A INTENÇÃO DURANTE O ESTUDO REDUZ O PERÍODO DE CORREÇÃO
Do livro “O Livro Aberto”
Se uma pessoa reconhece um defeito em si mesma, mas ainda não consegue começar a odiar esse atributo, isso significa que ela não está completamente cônscia do mal nela, e portanto essa sensação não é chamada ainda de reconhecimento do mal. Mas isto já é um começo: ela se concentra em sobrepujar aquele defeito e vê que uma força superior a ajuda com isso.
Por exemplo: uma pessoa recebe um sinal de cima de que uma pessoa está menosprezando outra. Com isso, a força superior está tentando mostrar o atributo mau que está nela. Na mesma medida que a pessoa sente o mal, ela pode ficar longe dele. Se uma pessoa faz esforços espirituais, identifica os atributos negativos nela mesma, ela reduz o período de correção e diminui a dor. Se, no entanto, insiste, ela recebe mais pancadas, até que sucumbe e exclama: “Chega!”
Se o ladrão é pego durante o roubo começa a amaldiçoar sua vida. Mas no próximo instante se acalma, quando vê que era um falso alarme. No instante em que o medo vai embora, ele está pronto e disposto a roubar novamente.
Como é possível ser liberto desse atributo? Se o prazer é maior que a dor, estou disposto a aceitar o fato que o prazer é incompleto, impróprio? O que deve ser feito se uma pessoa quer corrigir suas características más, mas não encontra força suficiente em si para encarar isto sozinha?
Uma oração – uma súplica por correção – é respondida pelo Criador apenas se vem do fundo do coração, porque Ele responde apenas a orações sinceras, completas e eternas. Uma súplica pela correção dos atributos maus é quando o homem finalmente admite que não pode fazer isso por sua própria conta.
Nossos mestres contam-nos que existe apenas um meio para a correção – a intenção de ser corrigido (expressada na oração) durante o estudo de textos genuínos de Cabalá. Durante o estudo, a pessoa não deve esquecer o propósito de seu estudo e pedir forças espirituais continuamente para controla-lo, para pensar sobre ele. Isso irá funcionar.
Pelo fato de grandes Cabalistas terem nos dado os livros que escreveram quando estavam em um alto nível espiritual e eram capazes de ver a luz superior, quando estudamos a sabedoria da Cabalá com esses livros, expandimos essa luz sobre nós, desde que queiramos correção.
Em outras palavras, se penso sobre o problema do qual estou tentando me livrar durante o estudo, é como se eu expandisse a luz superior sobre mim mesmo, uma que cura e corrige, que me traz de volta ao Criador.
Você deve constantemente pensar sobre o que você precisa corrigir em si mesmo, durante a aula, ou quando você estuda por sua conta, ou ouve fitas. Você também pode pensar sobre saúde e outros problemas como esse, mas você deve antes de tudo se concentrar em suplicar por correção espiritual, porque ela dá ao homem muito mais do que qualquer outra súplica ou pedido.
Você não pode pedir: “corrija este ou aquele atributo”, mas você pode pensar sobre ele, enquanto estuda ou ouve uma fita. Não é necessário sentir. Se você estuda a Torah, você já se sente bem. É suficiente apenas lembrar e pensar sobre aquele problema enquanto estuda.
Se, por exemplo, eu ouço uma fita, não importa o quanto eu entendo do conteúdo sendo discutido. É suficiente que pense sobre como corrigir meus atributos. Se ouço uma fita e perco a concentração, mas o tempo todo penso na luz do Criador, sobre meu desejo de ser corrigido, de se aproximar do Criador, esse é
o uso mais eficiente das fontes de Cabalá. É, de fato, a única força que pode ajudar uma pessoa a mudar.
Eu sugiro que faça tudo simultaneamente: ouvir a fita, sentir a sabedoria, a sensação do Criador, como Ele se relaciona com você (por um lado), enquanto que por outro lado você continua a pensar sobre desejar ser corrigido. Neste caso a luz que desce sobre você durante o estudo chega no problema que você quer consertar. É exatamente durante o estudo e durante o trabalho na disseminação da sabedoria da Cabalá que você deve orar e pedir por correção. Isso também se aplica a orações por outras pessoas.
Uma pessoa que apenas ouve a fita e tenta processar o material, expande a luz, mas não faz nada com ela. A luz vem de cima para baixo, mas não estabelece contato com o egoísmo. Ao invés disso, passa por nós e vai embora. A luz precisa adentrar o egoísmo que você põe no caminho dela, de outra maneira você não corrige seus atributos, mas apenas recebe conhecimento. Mesmo se minha oração é artificial, eu ainda sou corrigido. Com isso eu apresso o processo do reconhecimento do mal, e em seguida vem a correção.
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