Shmini (No Oitavo Dia)

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Levítico, 9:1-11:47)

Sumário da Porção

A porção, Shmini (No Oitavo Dia), lida com os eventos do oitavo dia depois dos sete dias de preenchimento. * Este é o dia de inauguração do tabernáculo. Aarão e seus filhos oferecem sacrifícios especiais neste dia. Moisés e Aarão vão abençoar o povo e finalmente, o Criador aparece ao povo de Israel. Os filhos de Aarão, Nadáv e AVihu, pecam ao fazer uma oferenda sobre um fogo estrangeiro e o fogo os consome. Aarão e os filhos remanescentes recebem instruções especiais para se conduzirem a si mesmos na situação e entre outras ordens, eles são proibidos de carpir.

 

Cometário:

Esta porção conta outro mal-entendido entre Moisés e Aarão e seus filhos, a respeito de comer a oferenda do pecado. A porção termina com regras sobre comida proibida, detalhando os animais, bestas, aves e peixes que são proibidos* de comer. Regras de alimentação. Regras de Tuma’a (impureza) e Tahará (pureza) são também brevemente explicadas.

 

Perguntas e Respostas

A porção menciona muitos detalhes a respeito do tabernáculo e oferecer sacrifícios, o que é proibido e o que é permitido. Como devemos compreender isto internamente?

Precisamos examinar quais dos nossos 613 desejos precisamos corrigir e como. Foi dito sobre o Homem, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero”, * então podemos corrigir nossa inclinação ao mal, os desejos egoístas, nos quais pensamos somente em nos mesmos e não conseguimos realizar uma única ação de dar e amor pelos outros.

Está escrito, “Ama teu próximo como a ti mesmo”. ** Esta é uma força especial e a Torá foi dada pelo único propósito de a obter. Se estudamos a interioridade da Torá adequadamente, nomeadamente a Cabala, a sabedoria da luz, atraímos a luz que reforma, que nos corrige.

Os desejos em nós são  chamados  a  “inclinação  ao  mal”.  Inicialmente,  eles  são egoístas pois “a inclinação no coração de um homem é má desde sua juventude” (Gênese, 8:21). Nossa meta é corrigi-la através de nossos estudos e a transformar na intenção de doar sobre os outros, com a meta da conexão e amor. Ao nos corrigirmos, obtemos a qualidade de doação, equivalência com o Criador e Dvekút (adesão) com Ele em prol de ser como Ele. Este é o propósito da criação do Homem, de ser como o Criador.

Para corrigir nossos desejos e inclinações, precisamos seguir uma certa ordem, do fácil ao difícil. Para corrigir adequadamente nossa natureza, devemos conduzir-nos de acordo com nosso nível de desenvolvimento. Como uma criança que se torna uma pequena criança, então um jovem e finalmente um adulto, cada fase do nosso desenvolvimento requer mais atividades de maior complexidade. Em cada fase, atraímos a luz que reforma. Isto separa para nós, de acordo com a ordem de dificuldade, os desejos cujo tempo de correção chegou. É por isso que a Torá é chamada Ora’á (instrução), pois através dela avançamos e subimos a escada de graus até ao fim da correção de todos nossos desejos.

Na porção, Shmini, escrutinamos que desejos podemos corrigir, como os podemos corrigir e que desejos não podemos corrigir. Dentro de nós há desejos que não podem ser corrigidos, chamados o “coração de pedra”. Estes desejos são a base de nossa natureza. Eles são tão intensos que não conseguimos sequer pedir pela sua correção.

Ao corrigir o que devemos e ao nos arrependermos de não sermos capazes de corrigir o coração de pedra, bem como distinguindo o que é corrigível e o que está além de nossa habilidade de corrigir, ganhamos uma percepção clara da diferença entre eles. Ao nos arrependermos do que não conseguimos corrigir, todavia fazendo tudo o que podemos em respeito a estes desejos, eles se tornam corrigidos.

É por isso que as leis de Kedushá (santidade) são chamadas “leis de Kashrut” (o substantivo do adjetivo, Kosher). Examinamos estas leis – o que é kosher e o que não é, no inanimado, vegetativo, animado e humano, como as devemos realizar e em que nível.

A palavra, Kashrut, refere-se à palavra, Kosher (“permitido”, “adequado”, “licito”), referindo-se à prontidão para a doação. Uma “pessoa kosher” é aquela que se corrigiu a si mesma em todos os desejos de doação e amor pelos outros, pelo menos em um certo nível.

A medida do desejo é a soma de todos os desejos em nós nos níveis de inanimado, vegetativo e animado. Quanto mais o desejo se mistura com a emoção, razão, entendimento, conexão com as pessoas e a força superior, mais nós o corrigimos. As leis de Kashrut contam-nos como santificar, como trazer cada desejo à correção e como o usar para doar. A Torá dá-nos exemplos do nosso mundo, como usando o desejo por comida que na realidade se refere à correção do homem.

Contudo, estamos destinados a falhar, como crianças que não conseguem compreender como um novo brinquedo funciona até que elas o quebrem. Elas não entendem sequer que elas o quebraram, ou como, se de todo, é possível o concertar. Enquanto a criança não compreender totalmente a concepção do brinquedo – como foi ele feito e o papel de cada parte – a criança não se tornará apegada a ele.

Similarmente, devemos compreender as fundações da Criação e tocar nos nossos mais básicos, desejos egoístas, como está escrito, “Não há um homem justo na terra que faça o bem e não peque” (Eclesiastes, 7:20). Devemos experimentar todos os pecados, falhar e então os corrigir. Não há outro caminho.

Devemos reconhecer todo o mal em nós, como diz o Criador, “Eu criei a inclinação ao mal”. Somos nós que devemos descobrir onde reside nossa inclinação ao mal. Quando a descobrimos, somos considerados “ímpios”, “transgressores”. Reconhecemos o mal e nos arrependemos dele.

Contudo, não nos arrependemos do reconhecimento do mal dentro de nós pois foi assim que fomos feitos. Em vez disso, nos arrependemos que nossa inclinação não seja doar, mas receber para nós mesmos. Exigimos a força corretora e receber do alto a luz que reforma. Assim, mudamos de usar cada desejo egoisticamente e procurando autogratificação, para procurar o benefício dos outros. É assim que nos corrigimos a nós mesmos.

O reconhecimento geral da inclinação ao mal ocorre pela quebra dos vasos nos mundos superiores. Esta é nossa raiz da qual este mundo foi criado, preparada nas raízes superiores, o sistema superior. Ela está embutida na fundação da nação, nos atos de Nadáv e Avihu, como abaixo descrito. Agora devemos descobri-lo em nós neste mundo.

Nadáv e Avivhu tiveram de atravessar este processo e embora possa parecer que eles cometeram uma transgressão, sua ação ajuda-nos a descobrir a fundação de “Eu criei a inclinação ao mal” para que a possamos corrigir.

Nadáv e Avihu quiseram alcançar o fim da correção instantaneamente. Contudo, quando assim fizeram, descobriram a vontade de receber em prol de receber, a inclinação ao mal, Sitra Achra, Klipá (casca/pele), na sua pior forma. Nadáv e Avihu atrairam uma luz tão poderosa para si mesmos que não conseguiram recebê-la em prol de doar, então a receberam em prol de receber e deste modo morreram.

Aquele que avança nos graus também assim faz. Dentro de nós estão forças chamadas “Nadáv” e

“Avihu”, em acréscimo às forças de “Aarão” e “Moisés”.

“O homem é um pequeno mundo”, * e o que quer que seja contado na Torá existe em todo e cada um de nós. Podemos fazer as mesmas transgressões e corrigi-las passado algum tempo. É assim que nos tornamos conscientes da verdadeira inclinação ao mal, o coração de pedra, que não pode ser tocado. Através destas histórias, aprendemos a corrigir os desejos que podem ser corrigidos, na ordem certa da correção.

As leis de Kashrut no fim da porção derivam de todos nossos escrutínios. Elas explicam-nos como nos podemos corrigir a nós mesmos e como é melhor trazer o incenso, os desejos que estão adequadamente misturados, as forças de doação e recepção dentro de nós, para que se corrijam uma à outra.

É com isso que a porção, Shmini, (No Oitavo Dia) lida. Ela assim é chamada pois Malchut que ascende até Yessód é a oitava Malchut e nós devemos saber como a corrigir. Ela é chamada “Oitava” segundo a correção básica, de distinguir entre as partes de Malchut que não podem ser corrigidas e aquelas que podem ser e como podemos atrair as forças de correção. Examinamos tudo isso no nosso caminho espiritual, em uma correção chamada Shemini.

O número 7 aparece muitas vezes nesta porção. Há um sentido especial nisso?

Está escrito que há seis dias de trabalho e o sétimo é o Shabat*. Os seis dias são Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod e Yessód. “Dias” são na realidade graus pelos quais podemos corrigir nossos desejos. O Sétimo dia é Malchut, que é corrigido por si mesmo pelo que fizemos durante os seis graus e ao atrair a luz. De fato, todas as correções são feitas no sétimo dia.

O Shabat não é na realidade um dia de repouso, mas um estado onde não é mais possível examinar ou organizar qualquer coisa. Em vez disso, “Aquele que trabalhou na Véspera de Shabat comerá no Shabat” **. Somente aquilo que fazemos durante os seis dias entra em Malchut e é corrigido em Malchut, na nossa Yessód (também “fundação”), na nossa substância, nossos desejos.

O oitavo é a recepção da qualidade de Aarão, a qualidade de Biná, como está escrito, “Filhos de Biná, oito dias”. *** Malchut conecta-se a Biná, da qual atraímos a força da correção no oitavo dia.

O sistema superior é chamado Zeir Anpin, ou HaKadosh Baruch Hu (O Sagrado Abençoado Seja Ele). Ele é o sistema que nos corrige, a vestimenta, Malchut, que se conecta ao sistema superior. Em outras palavras, nossas almas se conectam ao Criador.

A alma é também chamada a “Assembleia de Israel” porque ela assembla todas as almas que desejam a correção. É assim que chegamos ao oitavo. Aqui, devemos ser cuidadosos quando encontramos situações, como encontraram Nadáv e Avihu, mas ainda temos de as experimentar.

Como já mencionado, “Não há um homem justo na terra que faça o bem e não tenha pecado” (Eclesiastes, 7:20). Significa isto que encontraremos muitas mais experiências para escrutinar quando seguimos nossas raízes e seguimos o que aconteceu a nossos antepassados. Depois de todas as correções e exílio que atravessámos, chegaremos à divulgação e saberemos como continuar. Adicionalmente, teremos boas instruções da sabedoria da Cabala, para  que  quando  enfrentemos escrutínios exigentes, os atravessemos rapidamente e continuemos nossa jornada.

A respeito do exemplo de Nadáv e Avihu, nós queremos sempre que nossos filhos não cometam erros. Isto mostra-nos que os erros são mandatários?

Sem estarmos conscientes disso, constantemente conduzimos nossos  filhos  para  erros.  E  não só crianças – até estudantes da universidade prestes a se tornarem doutores aprendem ao lhes serem apresentados problemas. O processo de aprendizagem em si mesmo envolve solucionar problemas. Apresentamos a crianças problemas e queremos que elas brinquem e os resolvam. Alternativamente, damos-lhes alguma coisa para montar ou exercícios em matemática, física ou química. Constantemente as desafiamos com problemas.

Quando nossas crianças se tornam jovens ou jovens adultos, ainda nos preocupamos que elas possam cometer erros. Como educamos crianças que não atuem sobre seus desejos intensos, como fizeram Nadáv e Avihu, que foram queimados por isso?

As crianças aprendem o que fazer, como o fazer e se o devem fazer completamente, somente por tentativa e erro. Similarmente, nós, também, aprendemos por tentativa e erro. Nós temos de descobrir a quebra, a crise, nossa natureza, ou não saberemos como a corrigir. Foi assim que nos foi dada a Torá, cuja luz brilha para nós e clarifica as matérias.

Há luz para o escrutínio dos Kelim (vasos) e há luz para a correção dos Kelim. Se soubermos como usar nossos Kelim (desejos) corretamente, vamos avançar pelas correções rápida e agradavelmente. Se cada vez que encontrarmos corrupção também soubermos que a podemos concertar e ao assim fazer descobrir outra porção do mundo espiritual, nossa eternidade, perfeição, não há dúvida que seremos felizes quando essa corrupção aparecer.

Em relação à educação, quando vemos nossos filhos cometerem erros e a corrigi-los, devemos ver isto como algo bom?

Sim. Há costumes onde agimos alegremente (até no Dia do Perdão [Yom Kippur]), em oposição à tristeza expressa pelos outros costumes. As diferenças derivam de entender mal o que estamos a descobrir. Na verdade, há algo a ser dito sobre as expressões de todos os costumes. Em cada revelação do mal deve haver também alegria, dado que temos o meio para a corrigir e alcançar contentamento. É impossível sentir-nos bem sem descobrir e corrigir o mau.

Está escrito que todos saberão a diferença entre as regras de Tuma’á (impureza) e Tahará (pureza). Diz-se que no tempo do Primeiro Templo, toda a criança de seis anos de idade conhecia essas leis. O que significa isso?

Isto não se refere a crianças no sentido físico da palavra, embora fosse esse o tipo de educação prevalecente nessa altura e as crianças realmente crescessem com entendimento, sensação e percepção da força superior. Elas recebiam educação que as trouxesse à doação e abertura dos seus olhos. Além deste mundo, que elas viam através dos seus cinco sentidos físicos, elas assistiam em desenvolver um sexto sentido, chamado Neshamá (alma). Com esse sentido, elas experimentavam a força superior e deste modo sabiam o que era bom e o que era mau. Elas conseguiam distinguir entre ambos e assim cresciam.

Tudo depende do meio ambiente. O meio ambiente educava as crianças para correções e cada criança cujo ego (vontade de receber) crescesse recebia a educação adequada. Educação é um sistema de correção através do meio ambiente, com explicações e apoio enquanto nossos desejos crescem. Educação significa ensinar crianças que seus desejos estão constantemente a crescer e devem ser usados em prol de doar, pelo amor.

Pode tal educação ser estabelecida hoje, também?

Isso acontecerá de qualquer modo porque a Natureza hoje nos está a obrigar a fazê-lo. Estamos a dirigir-nos para um estado onde teremos de instar este tipo de educação pelo mundo, não só para nós, mas para o mundo inteiro. Precisamos ser “uma luz para as nações” (Isaías, 42:6), e transmitir o método em diante, “pois Minha casa será chamada ‘uma casa de oração’ para todas as nações” (Isaías, 56:7), para que elas sejam todas como uma.

Hoje estamos no último exílio, que precede a nossa completa redenção. Deste modo, devemos primeiro trazer esta educação ao povo de Israel e subsequentemente ao resto do mundo. Estamos em fases avançadas neste caminho. A crise que experimentamos, o desamparo na educação e o colapso da estrutura familiar todos estamos destinados a abrir nossos olhos para grandes mudanças.

Isso significa que a crise foi destinada a nos fazer pedir uma solução em um nível superior?

Sim. A solução já existe e ela é simples: devemos entender que não há outra escolha, que temos um meio fácil e eficiente de obter prosperidade e felicidade, especialmente com nossos filhos. Inversamente, que tipo de mundo lhes vamos deixar?

Sabemos que os dias e ocasiões mencionados na Torá simbolizam mudanças internas; qual é a fase do dia da “inauguração do tabernáculo”?

Assim que uma pessoa tenha separado todos os seus Kelim na mente e coração, ou seja os seus desejos, pensamentos e intenções, essa pessoa pode trabalhar com estes Kelim em poder completo. Isto é chamado “a inauguração do tabernáculo”. Uma pessoa os traz como oferendas quando são escrutinadas.

As oferendas são todos os desejos que podemos transformar de direcionados para receber, de egoístas (inclinação ao mal), para direcionados para doar, para a forma de doação e amor. Esta é a correção. Ao corrigir mais e mais dos nossos desejos para doação e amor, nos aproximamos do Criador. A palavra, Korban (sacrifício/oferenda), vem da palavra Karov (perto/próximo), e Makriv (aproximar/oferecer/sacrificar). Este é o principal trabalho do Homem. Assim, “a inauguração do tabernáculo” significa que um preparou os Kelim com os quais ele pode começar a trabalhar.

Estar na luz, durante o dia, se refere a um estado que é oposto à noite?

Está escrito (Salmos, 36:10), “Pela Tua luz veremos nós luz”. Assim que que nos tenhamos corrigido a nós mesmos no grau de doar em prol de doar, o grau de Aarão – corrigimos esses desejos que estão em recepção para em prol de doar. Avançamos constantemente de querer receber para nós mesmos em todos nossos desejos, para um estado onde o que nos está a acontecer nos é claro. Assim, neutralizamos esses desejos em um ponto onde não os queremos usar para nosso próprio bem, uma vez que isso literalmente destruiria e “queimaria” nossa alma”. Nos prepararmos é “o tabernáculo”. Doravante, começamos a corrigir esses desejos em prol de doar.

 

Termos

Inauguração do Tabernáculo

“Inauguração do tabernáculo” é o ponto do qual podemos trazer oferendas, ou seja, corrigir nossos desejos de fato. Nesse estado, podemos corrigir cada desejo ao torná-lo semelhante à doação, amor pelos outros e o Criador. Nos tornamos semelhantes ao Criador nesse desejo, compreendendo a inteireza e eternidade da Criação. Nós mesmos nos tornamos como o Criador, como está escrito, “Regressai, Ó Israel, ao Senhor vosso Deus” (Oseias, 14:2). É isto que devemos alcançar e estas ações trazem consigo grande alegria.

Então não é coincidência que a revelação do Criador seja mencionada no mesmo dia que a inauguração do tabernáculo. Mas, o que significa revelar o Criador?

Ao começar a realizar a obra do tabernáculo, descobrimos o Criador, de acordo com a lei de equivalência de forma. À medida que realizamos as mesmas ações que o Criador, o Criador “veste- se” em nós e começamos a sentir que nossas ações criam nossa situação, nosso lugar e nosso estatuto. Aquele que realiza ações de doação e amor, corrigindo a inclinação ao malde um, se torna como o Criador. É por isso que tal pessoa é chamada “Homem” (Adam), da palavra Doméh (semelhante) ao Criador.

Nadáv e Avihu se sacrificaram com fogo estrangeiro. O que significa isso?

“Fogo estranho” é atrair luz que vem para a vontade de receber em prol de receber. Nadáv e Avihu não sabiam que isto era impossível pois eles não conseguiam calcular. Eles pretendiam agir com a direção de doar; eles queriam santificar ainda mais, fazer correções maiores do que era possível. Foi por isso que falharam. Eles pecaram ostensivamente, mas não é verdadeiramente um pecado pois eles não tinham conhecimento prévio disso.

Um “pecado” é quando sabemos que algo é um pecado, todavia o fazemos. Não temos tais pecados. Todos nossos pecados no caminho espiritual são de não saber e as questões subitamente aparecem como egoístas. Da próxima vez, tentamos evitá-lo. Não é como o pecado de Adam HaRishon, de quem está escrito, “Eu comi e eu comerei mais”. Este foi um pecado verdadeiro.

De O Zohar: No Oitavo Dia

Nesse dia, houve a alegria da assembleia de Israel, Malchut, conectando em laços de fé com todos os laços sagrados em todas as Sefirot de ZA. Isto assim é porque o incenso conecta tudo como um, que é o porquê de ser chamado “incenso”. Nadáb e Avihu vieram e ataram todos estes ao Sitra Achra e deixaram a Malchut fora pois eles não a conectaram às Sefirot de ZA. Eles ataram outra coisa no lugar de Malchut, que é o porquê de mais tarde ele alertar os sacerdotes, como está escrito “Com isto virá Aarão para o sagrado lugar”, quando ele ata Malchut, chamada “isto”. Zohar para Todos, Shmini (No Oitavo Dia), item 37

Aquando da recepção da luz, Nadáv e Avihu quiseram misturar todos os desejos juntos, para os corrigir e realizar uma ação de doação com eles, mas sem primeiro realizarem o trabalho de escrutínio. Contudo, é impossível atrair tudo de uma vez; isso deve ser feito gradualmente. Somente através deste trabalho, que cada um de nós experimenta, compreendemos nós como continuar na ordem adequada da correção.

* “Vós não saireis para fora da entrada da tenda do encontro durante sete dias, até ao dia em que o período da ordenação seja concretizado; pois ele vos ordenará durante sete dias” (Levítico, 8:33).

** Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, 30b.

*** Talmude de Jerusalém, Séder Nashim, Maséchet Nedarim, Capítulo 9, p 30b.

**** Midrash Tanchumá, Pekudei, item 3

***** “Seis dias será trabalho feito, mas no sétimo dia há um Shabat de repouso absoluto, uma convocação sagrada. Vós não fareis qualquer trabalho; esse é um Shabat para o Senhor em todas vossas moradias” (Levítico, 23:3)

****** Talmude Babilônico, Maséchet Avodá Zara, p 3a.

******* Como cantado na canção de Chanucá, Maoz Tzur.

******* Midrash Rabá, Beresheet, Porção 19

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