Emor (Dizei)
Do livro “Divulgando Uma Porção”
(Levítico, 21:1-24:23)
Resumo da Porção
A porção, Emor (Dizei), começa com regras a respeito de sacerdotes, os proibindo de casar com uma mulher divorciada, uma viúva ou uma prostituta e os permitindo se casar somente com uma virgem. Eles também estão proibidos de se aproximar dos mortos. Somente parentescos são permitidos serem corrompidos ou se aproximar dos mortos. O Sumo Sacerdote está proibido de ser corrompido, até se seus próprios parentescos tenham morrido. Eles estão proibidos de barbear suas cabeças e barbas e estão proibidos de lançar quaisquer defeitos nos seus corpos. Um Cohen (sacerdote) com uma mácula no seu corpo não será considerado um sacerdote e não será capaz de servir no Templo. A porção também introduz leis de pureza e impureza para sacerdotes, tais como a proibição contra comer oferendas e as regras para uma filha estéril ou divorciada de um sacerdote. A porção também menciona muitas regras a respeito do Shabat, Pessach, o sétimo dia de Pessach, Shavuot, a Contagem do Omer e Yom Kipur (Dia do Perdão). O fim da porção fala de uma discussão entre dois homens, um deles amaldiçoou o nome do Criador. Ele foi punido pela expulsão do acampamento e execução por apedrejamento.
Perguntas e Respostas
O que há de tão especial sobre esta porção que elabora tanto acerca dos sacerdotes e festivais?
A correção é somente uma correção do coração, que contém todos os 613 desejos que precisamos corrigir de usar nossos egos para receber em usá-los para doar sobre os outros e para amar os outros. A Torá inteira lida com a correção do coração. A primeira fase na correção do coração é quando nos livramos do ego. A segunda fase é quando usamos todo nosso coração a favor dos outros.
A porção descreve todos os níveis de correção. Está escrito, “E vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma sagrada nação” (Êxodo, 19:6). Significa isto que todos devem alcançar o mais alto grau (um Cohen [sacerdote]) depois da preparação descrita nas porções, Aharei Mot (Após a Morte) e Kedoshim (Santos). A Torá promove-nos constantemente até que entremos na terra de Israel e alcancemos Dvekút (adesão) com o Criador.
A porção começa ao elaborar os termos do grau de sacerdotes. Um deve corrigir seus desejos, como ela especifica – há uma proibição contra casar com uma divorciada, uma viúva ou uma prostituta. Um sacerdote deve também evitar barbear sua face e sua cabeça. Ele deve também manter estas proibições até que ele esteja corrigido e veja seus desejos na imagem do Homem. É como aprendemos sobre a percepção da realidade: o mundo inteiro é um reflexo de nossos desejos, uma projeção externa de nossa interioridade.
Um sacerdote deve ter desejos naturais que tenham sido corrigidos para terem a direção de doar. Ele não deve debilitar seu corpo, colocar quaisquer tipos de pinturas nele, ou tocar no seu cabelo.
O cabelo é uma correção especial. A palavra, “Se’arot (cabelo), vem da palavra, Se’ará (tempestade). O cabelo é para ser corrigido e deste modo não deve ser removido.
Um “sacerdote” é um estado no qual um pode verdadeiramente trabalhar com todos os desejos em prol de doar, com todas as carências, com o “cabelo tempestuoso”. Suas fêmeas, nomeadamente seus desejos de receber, foram corrigidos e não estão mais nos graus de prostituta, divorciada ou uma viúva. Em vez disso, eles estão no grau de virgens. Uma pessoa chega a um grau em que ela corrige seus desejos de volta ao seu estado natural.
O sacerdote deve abordar a obra de Deus através de sacrifício. Ele deve aproximar seus desejos mais e mais da direção de doar, de amar. Todos devem alcançar este grau sendo considerados como “servir no Templo”. No grau de sacerdotes, colocamos todos os 613 desejos, chamados “nosso coração”, na casa de Kedushá (santidade) como um sagrado Kli (vaso) que está inteiramente em doação.
Durante os festivais, nos corrigimos em fases que são aparentemente externas. O sistema muda e dá- nos uma chance de corrigir nossos desejos mais em condições externas nos festivais mencionados na Torá: Pessach (Páscoa), Shavuot (Festival das Semanas) e Yom Kipur (Dia da Expiação). A Torá conta-nos sobre todos os festivais, exceto Chanucá e Purim.
Chanucá significa Chanu Kô (aqui acampado). Alcançamos a correção de doar em prol de doar quando nos elevamos acima de nossos egos e alcançamos o grau de Biná, da frase, “Aquilo que odeias, não faças ao teu amigo”. * Deste modo, nos separamos da vontade egoísta de receber e nos elevamos acima dela.
Purim é quando uma pessoa alcança na realidade o fim da correção. Em Yom Kipur (Kipur significa Kê Purim [como Purim]), descobrimos o mal em nós e nos arrependemos. Ao mesmo tempo, estamos felizes pois agora sabemos o que corrigir. Yom Kippur não se trata somente de um dia de choro. Em vez disso, ele é um dia de grande alegria pois estamos felizes que um trilho pelo qual alcançaremos Purim se abriu para nós e corrigimos todos os desejos em doação, para o amor. Em Purim matamos o Hamã em nós, todo o mal em nós e alcançamos o fim da correção – completa equivalência com o Criador.
A porção, Emor, contém todas as preparações, todas as porções anteriores. Ela lida com ascender ao mais alto grau. A porção lida também com o Shabat, um ano sabático, o sétimo dia de Pessach, o sétimo dia da semana e o sétimo ano. Este é um grau que sempre adquirimos no caminho pois Zeir Anpin contém seis dias de semana; ele é o Partzuf superior, do qual recebemos as luzes.
Todas as luzes, que correspondem a Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod e Yessód, entram nos nossos corações (Malchut) durante os seis dias. Então chega o sétimo dia, quando nada fazemos. Estas qualidades concluem o trabalho, então não nos são requisitados mais esforços, excerto manter a situação para que as luzes a tratem e santifiquem. É por isso que o sétimo dia é considerado um “dia de santidade”, dado que nele elevamos todos os desejos para a direção de doar.
Posteriormente vem o sétimo dia de Pessach, o sétimo dia de Shavuot, como está escrito, “Sete semanas inteiras haverão” (Levítico, 23:15), que são quarenta e nove dias de Pessach a Shavuot e o sétimo ano, Shmitá (omissão). Tal é o ciclo de sete.
O sétimo de Pessach, a Contagem do Omer, Shavuot – parece que é um processo. O que é Pessach e qual é o processo entre Pessach e Shavuot?
“Pessach” é nossa fuga do ego, do Egito. Embora comecemos a nos separar dele, ele continua a nos acompanhar em futuros graus, na forma de problemas que caem sobre nós, tais como o bezerro de ouro, as águas da contenda e espiões. Estes são todos resultados do Egito.
“O deserto” é um estado onde um se separa e purifica do ego até ao grau de Biná, a entrada para a terra de Israel. Esse estado é chamado “quarenta anos no deserto” porque ele é a correção que recebemos ao sair do ego. Não é simples; as correções são um reconhecimento de nossa natureza, a divulgação de nossos desejos quebrados e o entendimento de como os corrigir.
A primeira correção é quando emergimos do ego e nos elevamos acima dele. Ela é chamada o “êxodo do Egito” e o “rasgar do Mar Vermelho”. Instantaneamente alternamos da vontade de receber em prol de receber, nomeadamente Egito e avançamos para o deserto. É por isso que ainda não sabemos o que fazer, ou o que nos acontecerá e como isso se revelará. Não podemos saber como trabalhar com nossa natureza quando não para nosso benefício. Por esta razão, atravessamos um período de confusão até que cheguemos ao rasgar do Mar Vermelho e estejamos no pé do Monte Sinai.
Aqui a correção é na mesma vontade de receber da qual nos separámos e sobre a qual transcendemos. Na direção de Shavuot, começamos a corrigi-la em prol de doar, na direção da recepção da Torá. Sete Shabates são sete vezes sete, que são quarenta e nove dias para correções. Nossa correção é feita pelas seis Sefirot da força superior, Zeir Anpin, que é chamado “O Abençoado Seja Ele”. Este é o sistema superior que nos corrige, contendo seis qualidades – Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod e Yessód – que entram em Malchut, nossa vontade de receber, nos corrigimos na realidade pela contagem. Isto é, aparentemente contamos dinheiro, pagamos ao realizar correções cada dia.
Durante cada dia e noite, abençoamos a Sefirá (singular de Sefirot), um resultado da passagem do dia, da noite para o dia, como está escrito, “E houve tarde e houve manhã” (Gênese, 1:5). No dia anterior, corrigimos no anoitecer, também, na revelação do mau, bem como durante o dia, na revelação do bom. Atraímos luzes que corrigiram os desejos de receber e assim concluímos o dia. É por isso que damos graças por termos corrigido a Sefirá. Contamos as Sefirot, que é o porquê de ser chamado a “Contagem do Omer”. É assim que todos nossos desejos são corrigidos.
Passados trinta e três dias, há um dia especial, LAG baOmer, LAG significa trinta e três nas Sefirot Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód e Malchut. Multiplicando as sete Sefirot por sete temos quarenta e nove. Começamos a procurar o meio. Se recebermos todas as luzes antes de alcançarmos o meio, então nos é garantido terminar com sucesso. Isso é semelhante a uma pessoa a quem não é dado tudo. Contudo, se algumas das forças forem dadas e algumas forem corrigidas, essa pessoa pode começar a compreender e a avançar independentemente para o final – a correção de Shavuot. Este é o estado de uma pessoa no 33º dia da contagem.
Nós contamos Chéssed, Gvurá, Tiféret e Netzach, que são Sefirot completas, as luzes que nos devem alcançar. Na Sefirá Hod, contamos cinco Sefirot – Chéssed, Gvurá, Tiféret e Hod. Em Hod de Hod, se tivermos recebido as luzes do alto até ao ponto de incisão, nos é garantido continuar com sucesso. Trinta e três simboliza a recepção de todas as luzes da correção; é por isso que estamos felizes e celebramos o Festival da Luz ao acender fogueiras.
A trigésima terceira Sefirá, Hod de Hod, simboliza a conclusão de parte do processo?
Sim. Daí em diante, não há dúvida que a pessoa concretizará Shavuot. É por isso que a proibição de casar (que começa depois da noite de Pessach) é levantada nesse dia. Casamento significa conexão com Malchut. Outras proibições também são levantadas nesse dia, tais como a proibição contra cortar o seu cabelo. Estas correções manifestam-se externamente, também, mas a maioria das correções são por dentro, correções que realizamos sobre nós mesmos pela luz que brilha sobre nós e através de tal dádiva obtemos o amor pelos outros.
Porque é que quando alcança o grau de “sacerdote”, você está ainda atado a muitas leis e proibições?
Está escrito, “Vós sereis sagrados, pois Eu sou sagrado” (Levítico, 11:44). Quando em Kedushá (santidade), nos deleitamos nestas ações. Elas não são indesejáveis, mas em vez disso desejáveis. Logo, se tentarmos afastar uma mãe de fazer metade do trabalho necessário para seu bebê, ela não o permitirá. Ela tem prazer daquilo que ela faz pelo bebê. Este trabalho pode nos parecer difícil, mas quando se torna doação e como resultado recebemos a luz que brilha sobre nós e nos preenche, sentimos a eternidade da Natureza e perfeição e nos elevamos acima de todas as limitações deste mundo. Então, há somente bondade para nós.
Porque é o casamento uma questão tão séria para um sacerdote? É o casamento a conexão?
Sua vontade de receber (Malchut) deve ser purificada de quaisquer maculas. Anteriormente, ele era aparentemente “casado” com uma prostituta, uma viúva ou uma divorciada; isto é, seus desejos eram defeituosos. Agora, ele se elevou a tamanho grau que seu desejo de receber é “virginal”, como o desejo que o Criador criou. O Criador deu-nos um desejo de receber, mas o descobrimos somente na quarta e final fase, Yod-Hey-Vav-Hey. É assim que atravessamos todos os desejos até que cheguemos à “virgem”, ou seja como o Criador o deu. Deste modo, podemos trabalhar com o desejo inteiro.
Porque é proibido dizer o nome do Criador?
“Dizer” é revelar. Há uma revelação interna, que é doar em prol doar. Há limitações nela, mas isso não se refere a dizer as palavras ADNI, HaVaYaH e assim por diante. Uma pessoa faz um Zivug de Haka’á sobre a luz superior que deve alcançar os Kelim. Ao revelar, um a divulga dos lábios para fora aos “externos”, desejos que não foram corrigidos. É proibido divulgar o nome do Criador, a luz superior, aos desejos externos. Estes estão fora de Kedushá e não foram corrigidos e isto aparentemente causaria “curto circuito” a luz com um Kli que não foi corrigido com uma Massach (tela) e Ór Chozêr (Luz Refletida). É por isso que isso é chamado a “revelação do mal”, e não a “revelação do bem”.
De O Zohar: Os Filhos de Aarão
Aarão é o princípio de todos os sacerdotes no mundo pois o Criador o escolheu de todos para fazer a paz no mundo e porque os caminhos de Aarão subiam com ele até ela. Isto assim é, pois, todos os dias de Aarão, ele tentaria aumentar a paz no mundo. E porque assim foram seus caminhos, o Criador levantou-o para o sacerdócio, para que ele instasse a paz no agregado do alto, pois pela sua obra, ele causou o Zivug do Criador com Sua Divindade e paz é feita em todos os mundos. Zohar para Todos, Emor (Dizei), Item 2
O papel de um sacerdote é aumentar a paz no mundo.
Uma pesquisa na genética revelou que o sacerdócio é hereditário. Os pesquisadores testaram Judeus com apelidos que indicam relação ao sacerdócio (Kahana, Katz, Cohen, etc.) de todas as facções do povo Judeu. Eles descobriram o mesmo gene entre todos eles. Como ser um Cohen se relaciona ao mundo corpóreo se devemos todos ser sacerdotes?
Não podemos saber que mudanças genéticas acontecerão quando todos estivermos corrigidos. Talvez subamos acima de tudo o que é físico. Devemos entender que há o primeiro HaVaYaH no mundo de Ein Sof (infinito), então uma duplicação do HaVaYaH nas quatro Bechinot (discernimentos) de Ór Yashar (Luz Direta) em cada grau, chamada “dez Sefirot”. Cada grau final consiste de uma substância mais materializada que seu superior adjacente, mas a combinação, HaVaYaH, permanece. É por isso que está escrito, “Eu o Senhor não mudo” (Malaquias, 3:6).
O primeiro HaVaYaH é a luz que se expande em quatro Bechinot e alcança Malchut. Essa estrutura permanece. De acordo com este padrão, enquanto a luz desce de grau em grau, do mundo de Ein Sof até ao nosso mundo, ela dá-nos Partzufim (plural de Partzuf), mundos, Sefirot e tudo o que aprendemos no sistema superior. É assim que está em todos os mundos.
A Neshamá (alma), chamada Adam HaRishon (o Primeiro Homem), também foi criada pela mesma estrutura, seguindo a mesma fabricação interna. Esse padrão existe em todas as coisas.
Aprendemos que Abraão quis corrigir toda a Babilônia e que em cada um de nós está uma raiz pela qual podemos alcançar o nível de sumo sacerdote. Todos o devem alcançar, como está escrito, “Todos eles Me conhecerão, do menor deles ao maior entre eles” (Jeremias, 31:33), e “Minha casa será chamada ‘uma casa de oração’ para todas as nações” (Isaías, 56:7).
Há desejos e almas que são mais fáceis de corrigir e há aqueles que são mais difíceis, dependendo do nível do defeito. Os mais fáceis são os filhos de Israel. Eles têm de ser os primeiros a corrigir; assim, há centelhas mais fortes de luz neles, que são claras e ardentes e aparecem como Cohen, Levi e Israel.
Há pessoas que olham para uma pessoa e sabem se ele ou ela é uma Cohen (descendente de um sacerdote). É difícil assinalar um Levita ou Israel. Não surpreendentemente, podemos encontrar estas coisas na biologia e medicina pois tudo no nosso mundo vem do mundo de Ein Sof e é uma réplica no nosso mundo físico, nos nossos genes. É por isso que também deve acontecer neste mundo.
Talvez não tenhamos descoberto todos os fenômenos, mas está claro que cada fenómeno no mundo é o mesmo que o fenómeno que existe no alto, exceto que eles existem na matéria, não em potencial.
Termos
Cohen (Sacerdote)
Um “sacerdote” é o mais alto grau na correção do homem, onde um se torna semelhante ao Criador em todos os seus desejos, na sua inteira fabricação e está em um estado de doação e amor. Ao assim fazer, um se corresponde a si mesmo ao Criador e alcança Dvekút (adesão) com Ele. Este é o propósito da Criação.
Tum’á (Impureza)
Tum’á é intenção para si mesmo. Todas as condutas de Tum’á são as mesmas intenções sob diferentes nomes, tais como Faraó, Balaão, Balaque e todas as outras forças ímpias.
É ao contrário com os mesmos desejos assim que tenham sido corrigidos com a direção de doar. Os desejos permanecem o mesmo, mas os nomes que um recebe são em vez disso Cohen, Levi e Israel.
Maldição
Uma “maldição” significa que descobrimos que não podemos concordar com o Criador acerca de nossos desejos. Descobrimos como Balaão, Balaque e assim por diante. Se descobrirmos o termo da força superior, o Criador, Natureza, devemos trabalhar em prol de doar, em amor e dar. Se descobrirmos que nossos desejos são opostos, trabalhando em prol de receber, amaldiçoamos, resistimos, colidimos com o Criador e somos opostos em forma.
Divorciada, Viúva
Este não é o grande desejo inicial, mas podemos trabalhar com ele de uma maneira mais restrita. É por isso que ele não é uma “virgem”. Uma virgem significa que não tocamos no desejo, mas o deixamos como é. Se lhe tivermos tocado e realizado correções sobre ele, isso é chamado “divorciada”, “viúva” ou “prostituta”. Podemos trabalhar com estes desejos, mas no grau de um sacerdote. De fato, alcançamos o grau de sacerdote através de todos os desejos chamados por estes nomes.
Barbear a Cabeça e a Barba
Como aprendemos em O Estudo das Dez Sefirot (Parte 13, Tikuney Dikna), Se’arot (cabelo) é um tema extenso. O termo, Se’arot, vem da palavra So’er (tempestuoso), que aponta para pressão. Os canais de abundância que chegam até nós de Ein Sof devem ser restringidos, se tornarem mais estreitos e gotejar para nós naquilo que é chamado Mazal (sorte), da palavra Nozel (gotejar). Através do cabelo, as luzes vêm muito finas e em quantias limitadas, devido às limitações sobre a pessoa. Isso acontece deste modo para ajustar o tamanho da “colher” (o vaso) na quantidade que um possa receber, tal como com um bebê. A luz vem intermitentemente, em gotas, de acordo com a medida do tempo e peso.
“Barbear” refere-se ao próprio cabelo. Partzuf Se’arot é um Partzuf especial, uma estrutura ou sistema que cria a correspondência entre a luz de Ein Sof e os pequenos – nós. Nós podemos receber somente um pouco, que é o porquê de ser proibido barbear ou cortar o cabelo. Um sacerdote está proibido pois ele usa este sistema inteiro precisamente em prol de doar.
* Maséchet Shabat, 31a.
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