BeShalách (Quando Faraó Enviou)
Do livro “Divulgando Uma Porção”
(Êxodo, 10:17-17:16)
Sumário da Porção
Na porção, BeShalách (Quando Faraó Enviou), Faraó envia os filhos de Israel do Egito depois das dez pragas que ele e os Egípcios sofreram. O Criador não conduz os filhos de Israel diretamente para a terra de Israel pois isso significa que terão de atravessar a terra dos Filistinos. O Criador não quer que os filhos de Israel temam a guerra e regressem ao Egito, então Ele envia-os pelo deserto.
Moisés leva os ossos de José. O Criador caminha diante do povo, iluminando o caminho para eles com um pilar de nuvem durante o dia e um pilar de fogo durante a noite.
Quando Faraó sabe que os filhos de Israel realmente escaparam do Egito, ele muda sua opinião e decide persegui-los. Ele reúne 600 carruagens escolhidas que perseguem os filhos de Israel todo o caminho até ao Mar Vermelho.
Os filhos de Israel encontram-se a si mesmos com o mar diante deles e Faraó atrás deles. É então que o primeiro milagre toma lugar: Moisés golpeia o mar com sua vara, o mar é separado em dois e os filhos de Israel passam pela terra seca. Quando os Egípcios tentam passar, a água se encerra sobre eles e todos eles se afogam. Em gratidão para o Criador pelo milagre, os filhos de Israel cantam a Canção do Mar (Êxodo, 15).
Moisés conduz os filhos de Israel pelo deserto na estrada para Shur. Quando o povo fica com sede eles chegam a Mará, um lugar onde a água é tão amarga que não a conseguem beber. Aqui outro milagre ocorre e a água se torna doce (fresca). Moisés e o povo continuam a avançar para Eilam, onde eles descobrem doze nascentes de água e setenta palmeiras. Eles lá repousam e então continuam para o deserto de Sim. O povo queixa-se que se esgotaram os mantimentos e o Criador realiza dois milagres: no primeiro, maná desce do céu. No segundo, codornizes voam sobre o acampamento de Israel para que tenham carne à noite.
Os filhos de Israel recebem o primeiro mandamento – de observar o Shabat. Lhes é dito que no Shabat, nenhum maná descerá do céu e que no sexto dia eles devem reunir mantimentos para dois dias. Os filhos de Israel continuam do deserto de Sim e chegam a Refidim. Uma vez mais não há água e o Criador realiza outro milagre: Moisés golpeia uma rocha e água jorra dela.
Na sua chegada ao Monte Sinai, Amaleque aparece e luta contra Israel. Quando Moisés levanta suas mãos, Israel vence; quando ele as baixa, Amaleque vence. Finalmente Israel derrota Amaleque e o Criador diz para Moisés escrever em um livro de recordação que a memória de Amaleque deve ser apagada de debaixo dos céus.
Comentário
O homem nasce com um desejo inerentemente egoísta de receber. Contudo, quando o ascendendo, nossa perspectiva muda e não mais pensamos em nós próprios. Desde o momento em que nascemos queremos usar o mundo inteiro para nosso próprio benefício. Isto é o Amaleque em nós. Amalek é um acrónimo para Al Menat LeKabel (em prol de receber). Nós tornamos a vontade de receber em uma qualidade espiritual que está direcionada para a doação através de um processo no qual cada um de nós trabalha sobre o eu, usando a luz que reforma. A luz que reforma* é uma força que desperta naqueles que estudam corretamente a Cabala em um grupo. Essa força desperta e sentimos mudanças a acontecerem constantemente no interior.
Estas são as mudanças que a Torá descreve nesta porção. Faraó realmente manda embora o povo de Israel. Isto é, nossos egos estão sob stress e sofrimento em um conflito entre as forças que operam sobre ele. Finalmente, ele “permite-nos” liberdade e joga-nos fora de nós mesmo.
De fato, estamos somente a observar o revelar da guerra do Criador contra Amaleque (Êxodo, 17:16), a guerra do Criador contra Faraó, e o inteiro processo (Êxodo, 10) de endurecer o coração de Faraó, “Ide ao Faraó”, e “Vinde ao Faraó”.
Quando os filhos de Israel escapam do Egito com todos os Kelim, ou seja, desejos, nos elevamos acima do ego, mas as intenções egoístas permanecem. No processo de desenvolvimento, gradualmente nos livramos a nós mesmos delas durante as numerosas mudanças que atravessamos quando saindo do governo de Faraó e entrando sob o governo da qualidade do Criador – o reino da qualidade de doação e amor aos outros.
Na transição do amor ao eu para o amor aos outros, atravessamos várias mudanças que nos fazem sentir como se Faraó ainda nos perseguisse e tentássemos escapar. Por vezes podemos correr e outras vezes não podemos. É por isso que a realidade exige um milagre, ou seja, a influência da força superior sobre nós.
A influência da força superior sobre nós manifesta-se na sensação de que nos encontramos diante do mar, com as 600 carruagens escolhidas de Faraó atrás, e não há nada que consigamos fazer. Cada vez chegamos a um ponto onde não há nada pela frente e todas as estradas parecem bloqueadas, um milagre ocorre. É assim que alternamos de grau para grau, de estado para estado.
A diferença entre os graus é que o próximo grau se abre sempre depois de termos concluído o anterior. Cada vez, não sabíamos o que fazer e ficámos desesperados. Embora estivéssemos habituados a isto, somos surpresos cada vez de novo.
Depois da divisão do Mar Vermelho chegamos ao deserto. Um “deserto” é um estado onde não conseguimos fazer coisa alguma. Nada temos com que nos alimentarmos e estamos em um estado de vazio, não sabendo o que fazer. Nesse estado, parece que a vida não é vida, nem no presente nem no futuro.
Na próxima fase, a água é amarga e deve ser adocicada usando a vara. Isto significa que elevamos o desejo de doar e degradamos o desejo de receber pelo bem de receber. Deste modo alcançamos o grau de Biná em vez de Malchut e nos elevamos acima do ego, novamente rompendo para o próximo grau. Chegamos a um lugar chamado Eilam, onde há doze fontes de água e comida de setenta palmeiras.
Isso acontece toda e cada vez. Nossa vontade de receber egoísta desperta sem nós sabermos o que fazer com ela porque não temos a força para lidar quando ela grita em terror. É então que a força superior nos salva. Assim, repetida e gradualmente, nosso êxodo tomar lugar.
No êxodo do Egito, corrigimos a vontade de receber passo-a-passo. Elevamo-nos acima dela continuamente para que possa até lugar com Amaleque. As mãos de Moisés, que se levantam e caem, simbolizam a força de ascensão de Biná e descida de MAN.
Quando entramos na espiritualidade, ainda nada temos com o qual nos reanimarmos exceto a comida dos céus. Antes disso, nos satisfazíamos a nós mesmos egoisticamente, tentando ganhar às
custas de todos tanto quanto possível. Mas agora, na nossa transição para o amor aos outros – preenchemo-nos a nos mesmos com doação. É por isso que é chamada “comida dos céus”, “o alimento dos céus”.
Isto ocorre quando estamos dispostos a sair para a “luz da aurora”, a estarmos na qualidade de doação que brilha sobre o ego, a vontade de receber na qual um agora se sente vazio. Quando estamos dispostos a permanecer na vontade de receber até sem preenchimento, mas somente na doação sobre os outros, é então que o maná vem, o preenchimento dos céus.
Quarenta anos no deserto é o período em que obtemos a qualidade completa de doação. Somos alimentados ao darmos aos outros, que é verdadeiramente dos céus, pois quem somos nós para dar? Temos nós alguma coisa para dar? Porque devemos preencher a nós mesmos ao dar?
Esta sensação, a intenção que adquirimos sobre a vontade de receber, a inclinação para os outros, a conexão com os outros, é o grau chamado “aquilo que odeias, não faças ao teu amigo”. ** Ao nos conectarmos aos outros como a nós mesmos, recebemos o preenchimento chamado MAN, Meyin Nukvin (Aramaico: Água Feminina), que eleva nossa vontade de receber até Biná, o grau de doação.
Perguntas e Respostas
Muitos milagres tomam lugar nesta porção, praticamente todos os quais dizem respeito a água: atravessar o Mar Vermelho, a água amarga, Moisés golpeando a pedra e a água jorrando dela. O que é um milagre e porque está ele tão estritamente conectado a água especificamente nesta porção?
Água é a qualidade de doação, Biná. Há a água da contenda (Méribá), água amarga, e doce (fresca), água potável. Há também “água fria para uma alma desmaiada” (Provérbios, 25:25), e há outros termos que dizem respeito à água.
Água é vida. Enquanto nos desenvolvemos no ventre de nossa mãe, estamos imersos em água. Certamente água é nossa vida inteira; evoluímos na água e então subimos à terra. Água é a qualidade de Biná; ela emite de si mesma tal como os oceanos geram a vida.
Isto acontece cada vez através de um milagre, pois nós não possuímos a qualidade de doação, Biná, amor aos outros, a conexão a favor do outro. Por esta razão, a recebemos do exterior naquilo que é considerado um milagre. Tudo o que fazemos é causar esse processo se revelar, e quando acontece, ele é como um milagre, como está escrito, “Eu trabalhei e achei”.*** Achar é na realidade o milagre e nosso caminho para a doação, tudo acontece através de milagres.
O Criador levou os filhos de Israel em uma “tournée” no deserto por medo de lutarem com os Filistinos, para que eles atravessassem Sinai. Porque Ele não os levou diretamente para Israel?
Os filhos de Israel caminharam no deserto durante quarenta anos, mas você pode na realidade atravessar o deserto em uma semana. Temos uma vontade tão grande de receber: guerras com os Filistinos, com Amaleque, pecados tais como o bezerro de ouro e o pecado dos espiões e muitos outros problemas só para chegar à entrada para a terra de Israel. Adicionalmente, há a guerra para conquistar a terra.
São necessárias muitas guerras para conquistar a vontade de receber e a transformar de um desejo egoísta, Egito, em um desejo pela terra de Israel. Éretz (terra) significa Ratzon (desejo). Devemos direcionar nosso desejo não para trabalhar em prol de receber, que é Amaleque, mas em prol de doar, que é Yashar El (direito a Deus), Yisrael (Israel). É um processo muito longo no qual milagres ocorrem constantemente.
Porque evitam os filhos de Israel lutar com os Filistinos?
Porque os filhos de Israel não são fortes o suficiente ainda. Eles têm de adquirir a força de doação que os permitirá lutar e confrontar os Filistinos. Ainda não há linha direita, a força da doação, então é impossível usar a linha do meio e avançar com ela. Quando temos somente a força de recepção, a linha esquerda, devemos saltar os Filistinos.
De O Zohar: E Israel Viram a Grande Mão
“E Israel viram a grande mão … e eles acreditaram no Senhor”. Mas eles não acreditavam no Criador até então? Afinal, está escrito, “E o povo acreditava; e quando escutaram”. Além do mais, eles viram todas as grandes ações que o Criador fez por eles no Egito. Contudo, “E eles acreditaram” significa que eles acreditaram no que ele disse, “E Moisés disse para o povo, ‘Não temeis! Ficai e vede a salvação do Senhor. ’” Zohar para Todos, BeShalách (Quando Faraó Enviou), item 203
Em cada fase avançamos por graus. Nosso caminho, tal como escreve O Zohar, é 600 carruagens escolhidas, seis dias e o sétimo dia, Shabat, que corresponde ao fim da correção, o sétimo milénio. A estrada do êxodo do Egito até ao fim de nossa correção atravessa 125 graus, com cada grau se dividindo em graus adicionais. Há milagres cada vez e cada vez nos tornamos mais aderidos à força superior.
Estamos no meio de duas forças: por um lado, há a vontade de receber, que é a natureza com a qual nascemos, como está escrito, “a inclinação do coração do homem é má desde sua juventude” (Gênese, 8:21). Por outro lado, há o desejo de doar ao qual devemos chegar. Nesta escada de nossa natureza, a vontade de receber está no fundo e o Criador, o desejo de doar, está no topo, conosco no meio, como se pendendo a meio do ar. À extensão que a força do Criador aparece diante de nós, podemos subir até que alcancemos Dvekút (adesão) com Ele.
É por isso que só precisamos revelar nossa necessidade pelo Criador. Está escrito, “E os filhos de Israel clamaram do trabalho” (Êxodo, 2:23). Todos os choros e contendas são divulgações de nossa carência a partir da sensação de que temos de receber ajuda do alto.
É assim que vivemos pela misericórdia do Criador. É assim também que a luz superior, a luz que reforma, chamada Torá, aparece e nos salva. Até hoje devemos compreender que se revelarmos a carência certa, a força que nos libertará de todos os problemas aparecerá e vamos atravessar o Mar Vermelho na terra seca.
Então o que tem a fé a ver com tudo isto? O que significa que eles viram o milagre e acreditaram?
Fé é a força de doação, de Biná. Através da força de doação, vemos o mundo que nos rodeia, o mundo de Ein Sof (infinito), o mundo espiritual, os graus e as forças. Contudo, ainda não temos a visão da doação da conexão com os outros. Quando nos conectamos com os outros desenvolvemos novos “óculos” através dos quais vemos o mundo inteiro como circular, somente com uma força operando nele.
A sabedoria da Cabala ensina-nos a como descobrir a força do Criador que opera no mundo, o método para revelar Sua Divindade a Suas criações neste mundo.
Parece que o Criador continuamente coloca o povo de Israel em apuros, tais como a água salgada, então liberta-os dela, tal como a tornando em água doce. O que representa este processo?
Precisamos perceber que podemos entender as coisas somente ao ver ambos os lados, trevas bem como luz, pois “a vantagem da luz a partir das trevas” (Eclesiastes, 2:13). É por isso que continuamos a descobrir que o ego é pior que pensávamos e procuramos uma saída dele, compreendendo que a força superior deve estar envolvida.
Quando nos tornamos conscientes de que precisamos da força superior e clamamos, o Criador aparece. Cada vez, temos de chegar a tal estado – revelar nossa carência, a necessidade de Sua ajuda para que Ele possa aparecer. É assim que construímos nosso Kli (vaso) e é por isso que comemos a maná (MAN) no deserto. Nunca somos os donos ou senhorios; pedimos somente que o processo tome lugar.
É o mesmo hoje com o processo que atravessamos e processos ainda mais duros à nossa frente. Afinal, o propósito do processo é simplesmente nos trazer a um estado de descontrole, completo desamparo e desespero, que obriga a força superior a aparecer. Sem ela, não seremos capazes de avançar. Quando melhor compreendermos o processo, esta predileção melhor nos preparamos para ele, mais seremos capazes de atrair a força superior antes de estarmos em um estado desesperado. Foi por isso que a Torá foi dada, o interior da Torá, a sabedoria da Cabala, para que saibamos cada vez como prescrever a cura antes da doença.
Hoje é muito difícil fazer as pessoas entender que não têm controle. Estamos acostumados a pensar que através da ciência e tecnologia controlaremos a Natureza.
Assim foi até ao irromper da crise. Agora compreendemos que não temos controle de coisa alguma. Não controlamos o sistema de educação, nossas famílias, nós próprios, terrorismo, comércio, economia ou finanças e estes são sinais da crise abrangente, a quebra sistêmica na qual todos os sistemas estão a colapsar. Estamos a alcançar um estado onde precisaremos de uma revelação especial da força coletiva da Natureza.
Estamos feitos de tal maneira que cada um de nós puxa para o seu lado e a crescente crise prova que todos estamos atados juntos, dependentes uns dos outros e que somente em dependência mútua seremos capazes de resolver o problema. Contudo, dado que não conseguimos estabelecer uma conexão de Arvut (garantia mútua), precisaremos da ajuda da força superior. Levará muito tempo até que compreendamos que precisamos da força de unidade, que é o Criador fazer a paz entre nós, como está escrito, “Aquele que faz a paz nos Seus céus, Ele fará a paz sobre nós e sobre toda Israel” (da oração de Kadish).
O que representa o processo de atravessar o Mar Vermelho?
Quando Malchut entra em Biná, há água superior e água inferior. Em semelhança, no tempo da criação do mundo, havia a força superior que vem e deixa a vontade de receber entrar no mar, a água – assim conectando a vontade de receber com o desejo de doar. A vontade de receber é a força da terra. Israel, que conecta a força do solo, revela o solo dentro do mar, enquanto o mar em si mesmo é a força doadora, onde há Gvurot, um mar revolto.
Israel também revelam a força especial, Nachshon, que salta primeiro para a água. Esta é uma força dentro de nós disposta a avançar com completa dedicação, somente para alcançar a qualidade de doação, a conexão com Biná, aconteça o que acontecer. Quando saímos, fazemos o primeiro contato com o desejo de doar. A inteira fuga do Egito é uma fuga de nós próprios para todos os outros, para nos conectarmos com os outros.
De O Zohar: E Faraó Aproximou
Israel se aproximavam do mar e viram o mar diante deles se tornar mais revolto, suas ondas se endireitando para cima. Eles tiveram medo. Eles levantaram seus olhos e viram Faraó e seu exército, e fundas e flechas e estavam aterrorizados. “E os filhos de Israel clamaram”. Quem causou Israel a se aproximar de seu pai nos céus? Fora Faraó, como está escrito, “E Faraó aproximou”. Zohar para Todos, BeShalách (Quando Faraó Enviou), item 67
Cada vez, nossos egos despertam e não nos deixam avançar. De fato, o ego trabalha para nós porque Faraó (o ego) é o lado posterior do Criador, que criou a vontade de receber. Ele revela-se constantemente para nós até que vejamos que a vontade de receber, a serpente, está a condenar-nos à morte, para que tenhamos de escapar dela.
Hoje estamos em uma situação similar. Gradualmente estamos a aprender que nossos egos não nos deixam conectar e construir sistemas adequados, viver em famílias, nações e estados, ou construir o planeta e o mundo como circulares e conectados, dado que é isto que nos promoverá para a correção. É por isso que vivemos em um tempo especial, quando verdadeiramente determinaremos que a Arvut (garantia mútua) é a conexão entre nós.
Moisés foi instruído a escrever em um livro que a memória de Amaleque deveria ser apagada. O que é um livro no sentido espiritual?
Um livro é uma divulgação. Ele é uma divulgação de que temos no livro da Torá, que descreve as obras do Criador em relação à criatura. Nós agimos através destas revelações, através das letras, que estão escritas em preto sobre o branco em prol de apagar a intenção de Amaleque – para fazer a vontade de receber em prol de receber se tornar um desejo de receber em prol de doar. Isto é chamado Ratzon (desejo), Éretz (terra), e “em prol de doar” é como o Criador, quando alcançamos Yashar El (direito a Deus), Yisrael (Israel).
Em outras palavras, Amaleque é o oposto da terra de Israel. Amaleque é um termo geral, muito como Hamã, serpente e Faraó, exceto que ele também partes mais pequenas e específicas. Aprendemos que cada vez, o povo de Israel as enfrenta. Cada um de nós é como o povo de Israel, feito de qualidades de doação que são colocadas debaixo da vontade de receber.
Termos
Filistinos
“Filistinos” são nossos desejos egoístas. Até depois da fuga do governo da vontade de receber, eles ainda estão conectados à doação. Isso é chamado “doar em prol de receber”. Quando damos, alcançamos os outros. Mas quando começamos a dar, vemos que podemos também ganhar com isso. Deste modo, devemos elevar-nos acima dos desejos de fora das fronteiras do Egito, também, embora a correção neles seja diferente daquela que tomou lugar no Egito.
Não conseguimos descobrir estes desejos enquanto no Egito pois fomos “enterrados” debaixo de nossos egos. Quando emergirmos do ego, veremos como ele puxou a todos nós durante os quarenta anos no deserto e até posteriormente, na terra de Israel, quando conquistámos a terra.
A Canção do Mar
A “Canção do Mar” são louvores. Ela é gratidão por atravessar a fronteira, nunca regressando ao Egito. Por vezes choramos pelo passado, como nesta porção, mas não há voltar atrás. Fazemos a saída final do Egito. Depois da fuga, começamos a sentir o mundo espiritual e não apenas a existência deste mundo e esta sensação induz uma explosão de alegria.
MAN
MAN é Mey Nukvin (Aramaico: água feminina). Ela é a vontade de receber querendo subir ao nível de Biná. Quando sentimos que podemos e devemos doar nestes desejos, pedimos que aconteça. Assim precisamos da ajuda da força superior para o fazer acontecer e então a força aparecerá do alto.
Quando começamos a usar esta força, ela preenche-nos com doação sobre os outros e isto é chamado “comer maná”. Mas neste mundo, nunca nos sentiremos deste modo pois neste mundo estamos preenchidos pela recepção, enquanto no mundo espiritual estamos preenchidos pela doação.
De O Zohar: A História de Hamã
O mais precioso de tudo é a comida que os amigos que se envolvem na Torá comem, comida que vem da alta Chochmá, própria Chochmá. Isto é porque a Torá sai da Chochmá superior e aqueles que se envolvem na Torá entram na essência das raízes, assim sua comida vem do alto e sagrado lugar.
Zohar para Todos, BeShalách (Quando Faraó Enviou), item 382
* Midrash Rába, Eichá, ”Introdução”, Parágrafo
** Talmude Babilônico, Maséchet Shabat, 31a
*** Talmude Babilônico, Maséchet Meguilá, 6b.
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