Noé
Do livro “Divulgando Uma Porção”
(Gênese, 6:9-11:32)
Sumário da Porção
A porção, Noé, fala de pessoas pecadoras e o Criador, que envia um grande dilúvio para o mundo. “Noé era um homem justo, perfeito nas suas gerações” (Gênese, 6:9). Foi por isso que ele foi escolhido para sobreviver ao dilúvio.
Mas ele não sobreviveu sozinho. Em vez disso, lhe foi ordenado construir uma arca e se mudar para ela com seus familiares e um par de cada animal. Eles permaneceriam na arca durante quarenta dias e quarenta noites até que o dilúvio parasse.
O Criador fez uma aliança com Noé e sua família que o dilúvio nunca regressaria. Como símbolo da aliança, ELE colocou o arco-íris no céu.
O fim da porção fala da torre de Babel, sobre as pessoas que decidiram construir uma torre cuja cabeça alcança os céus. O Criador respondeu ao confundir sua língua para que eles não se compreendessem uns aos outros, e finalmente os dispersando pelo país.
Comentário
A porção, Noé, é longa, intensa, e contém mais detalhes e eventos que outras porções. Como esta porção toma lugar no começo da Torá, ela também marca o princípio de nosso caminho espiritual, o tempo mais importante no nosso desenvolvimento espiritual.
Estas fases iniciais desdobram-se muito rapidamente, ao contrário de eventos subsequentes, quando começamos na realidade corrigir nossas qualidades meticulosamente.
Mais tarde, os eventos descritos são de longe mais detalhados, como veremos naqueles que mais tarde se revelam na Torá.
Nosso desenvolvimento toma lugar inteiramente sob nossa vontade de receber egoísta, que devemos tornar em doação. Hoje estamos ainda no meio de um processo onde toda a humanidade deve começar a trabalhar com seus egos para forjar as conexões certas entre as pessoas. A Luta para superar o ego é sempre o maior problema, e aparece como ondas de um grande mar, chamado Malchut de Ein Sof (Malchut do Infinito).
Cada vez, o ego se levanta e não sabemos o que fazer, então nossa única opção é nos escondermos em uma caixa, em uma arca. Esta não é meramente uma fuga; mas é na realidade uma correção. Construímos à volta de nós mesmos uma espécie de bolha, a qualidade de doação, e escondemo- nos nela de todas as nossas terríveis qualidades egoístas. É assim que avançamos.
Quando o ego se manifesta, caminhamos para a arca, ajustamos nossas correções para nos elevarmos acima do ego e evitarmos usá-lo. Na arca, desconectamo-nos do mundo circundante, onde terríveis coisas estão acontecendo. Quando assim fazemos, os desejos egocêntricos que ferozmente batem no casco de nossa arca, tentando puxar-nos para muitos lugares e direções, para as profundezas do mar.
E, todavia, permanecemos no interior da arca, concentrados no desejo de permanecer na qualidade de doação.
A permanência na arca dura quarenta dias e quarenta noites. Esta é a diferença entre Malchut e Biná, porque a Malchut toda, todos os desejos, estão incluídos em Biná. Verificamo- nos a nós mesmos ao questionar o corvo, mas o corvo não responde. A pomba, contudo, realmente responde porque ela é do lado de Rachamim (misericórdia), da direita, do lado da paz.
Quando recebemos a resposta que todos os nossos desejos são controlados pela qualidade de doação, isso é um sinal de que sobrevivemos ao dilúvio. Essa é uma indicação de que todos nossos desejos e qualidades, que são chamados “nossos familiares” (a família que está na arca), passaram a primeira fase da correção e agora somos capazes de continuar as correções. O propósito do processo inteiro, este fluxo, é para que nós corrijamos nossas almas egoístas quebradas e as tragamos para um estado onde elas estejam em doação pura, e assim em completa equivalência de forma, em Dvekút (adesão) com o Criador.
Quando saímos para o ar, para a terra seca, o Criador diz que Ele fará uma aliança conosco a respeito de todas as coisas que estamos prestes a atravessar. A aliança é pelo futuro, quando eventos semelhantes possam ocorrer, para que saibamos que podemos usar as forças que usamos no passado.
A aliança testemunha que não conseguimos corrigir a nós mesmos e que somos obrigados a usar as mesmas forças que usamos no passado. É por isso que não gostamos do símbolo do arco-íris no céu.
Aqui está um exemplo: Assumamos que estamos em uma discussão e que nos recordamos que costumávamos ser amigos. Então, pelo bem do passado relacionamento fazemos a paz novamente. Logo, o arco-íris, a aliança, não é um bom sinal porque ele marca nossa entrada para um tempo de fraqueza, onde maiores problemas estão pela frente, para os quais precisaremos desta aliança.
O tempo de Noé marca o começo de um novo desenvolvimento. Há dez gerações de Adão a Noé. Estas são as dez Sefirot, e há mais dez gerações (Sefirot) de Noé a Abraão. Há muitas qualidades em nós que crescem dentro de nós e então aparecem, até que novamente reconheçamos nossas qualidades egoístas. Aparentemente, esquecemos as qualidades da doação que tínhamos quando na Arca, então não podemos mais cobri-las com Chassadim, a qualidade de Chéssed (misericórdia), e com o amor aos outros, para sermos como uma família, como foi com Noé na arca quando o mundo inteiro era como uma família. Nessa altura todos estavam debaixo do dossel de Chassadim, debaixo de um dossel de amor, colaborando em garantia mútua.
Agora nossos desejos egoístas crescem uma vez mais, eles nos conduzem de volta para Babel – um estado onde vemos nossos egos pairar, tentando ter e controlar tudo. O grande egoísta que controla a pessoa é Nimrod. Esta é uma força que está disposta a fazer qualquer coisa.
Nimrod quer controlar nossas vidas. Ele não quer estar acima, na qualidade de doação, mas somente na qualidade de recepção, como podemos ver ao nosso redor no mundo de hoje.
Tudo aquilo que aconteceu no tempo de Noé tinha que acontecer por causa da regra, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero” (Kidushin, 30b), porque “a luz nela reforma”. Em outras palavras, precisamos descobrir o mal em nós, e desta revelação do mal descobriremos seu antídoto, uma vez que não quereremos permanecer no mal. É por isso que precisamos obter a luz que reforma, a luz especial que a sabedoria da Cabala nos conta como obter para que possamos corrigir a nós mesmos com ela.
Todas as histórias da Torá antes de Noé, tais como a de Caim e Abel, descrevem como o ego se intensificou. Aprendemos sobre isso em O Zohar, que nos conta o verdadeiro sentido das histórias da Torá. O Zohar diz-nos abertamente o que está simplesmente implícito na Torá. Ele revela-nos aquilo que se esconde por trás de cada história humana e o que nos está a Torá na realidade a contar nas suas narrativas. É por uma boa razão que a sabedoria da Cabala é chamada a “sabedoria da verdade”.
A Torá fala de nossas almas, sobre como devemos retirar essa alma do esconderijo. Devemos descobrir a alma em cada grau de sua Aviut, em cada fase de sua quebra, e devemos corrigi-la. Dentro da alma corrigida, devemos sentir nossas vidas espirituais e permanecer nelas, como está escrito, “Verás teu mundo na tua vida” (Berachot, 17a). Devemos descobrir o mundo espiritual, o Criador, o “eu” que se encontra no mundo espiritual, e devemos fazê-lo aqui e agora, enquanto estamos neste mundo.
Contudo, para entrar no mundo vindouro devemos primeiro descobrir nossas almas quebradas. Neste processo, nossas almas crescerão na linha esquerda. Isto significa que durante as dez gerações de Adão até Noé, grandes desejos da vontade de receber se desenvolveram na alma. Na fase onde terminamos com a linha esquerda, seguindo a decisão do Criador, a linha direita aparece e começa a corrigir a esquerda. A linha esquerda é a Malchut corrupta e quebrada, enquanto que a linha direita é Biná, as qualidades de doação, qualidades de amor, doação e misericórdia.
Subsequentemente, dez novas gerações chegam, as dez Sefirot de Noé até Abraão – destinadas a corrigir as anteriores gerações de Adão até Noé – ou seja dez Sefirot de Ór Yashar e dez Sefirot de Ór Chozêr. Abraão vem depois dessas vinte gerações e recebe o princípio de uma alma em um nível onde ele já consegue compreender e reconhecer seu propósito. É por isso que ele quebra as estátuas e começa a combater seu próprio ego enorme, que lhe aparece como Nimrod, como Babilônia. Com Nimrod na esquerda, e Abraão na direita, podemos começar a combater pela correção da alma.
Todos estes nomes e incidentes descrevem aquilo que acontece a nossas almas. A Torá fala daquilo que cada um de nós deve atravessar, e gradualmente descobriremos como podemos, na realidade, atravessar estas fases.
Perguntas e Respostas
O dilúvio é uma coisa má? Hoje, palavras tais como “tsunami” e “dilúvio” suscitam terror.
Sim, é uma coisa má na espiritualidade, também. Um dilúvio implica “más águas”, ou Gvurot. Água é essencialmente Chassadim, mas quando conectada a um ego que a controla, ela torna-se água perigosa.
Nesta história, bem como na história da torre de Babel, aprendemos que o Criador decidiu confundir as pessoas; Ele as fez pecar, e então aparentemente as puniu.
É claro, nada acontece sem Ele, pois “não há ninguém além d’Ele”. O que importa é como reagimos, aceitamos e participamos no que está acontecendo. Em cada situação, devemos ser Seus parceiros e compreender Suas obras. É como uma mãe que brinca com seu bebê. A mãe quer que o bebê a compreenda e brinque com ela como ela brinca com seu filho. Deste modo, é claro que o Criador está por trás do processo inteiro, mas a questão é se sabemos como reagir corretamente a aquilo que se revela em cada momento.
Podemos nós reagir como esse bebê?
Se olharmos para os bebês, veremos que eles nunca estão em repouso. Eles se esforçam constantemente para perceber o mundo, examinando e aprendendo dele. A infância é como o tempo de construir o homem, o tempo das correções do homem. Depois dos vinte anos de idade, todos começam a envelhecer e a minguar.
As fases que se atravessa, as más águas, Noé, e Abraão – colocam-nos em terrível inquietação. Mas no fim, todos nós temos de atravessar este processo para corrigir nossas almas.
É por isso que a Torá inteira, desde o seu princípio até “Israel”, foi escrita para nós, para que a possamos experimentar no nosso trabalho interno. Quando corrigimos a alma, entramos no mundo vindouro.
O que é a Arca de Noé, e como se entra nela?
A arca é a qualidade de Biná. É dito como Biná é feita, aprendemos de suas qualidades e como as Sefirot, GAR de Biná e ZAT de Biná, se conectam – ou seja as primeiras três Sefirot – Kéter, Chochmá e Biná. Então aprendemos das sete Sefirot inferiores – Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód e Malchut. Também nos dizem sobre as três partes de Biná – uma que pertence ao superior, uma que pertence à própria Biná e uma que pertence aos inferiores. Biná é uma qualidade que recebe do alto e se constrói a si mesma em prol de passar para baixo, como uma mãe que recebe do pai e transforma aquilo que ela recebeu em algo adequado para o bebê.
O que significa “estar em Biná”?
“Estar em Biná” significa receber a iluminação superior.
Tudo vem da influência da luz superior, e nos não a conseguimos encontrar sozinhos ou dentro de nós. Quando recebemos esta iluminação no interior, sentimos que estamos dentro de uma força especial onde o ego não consegue magoar ou nos desviar de nosso caminho. Estamos completamente protegidos lá, como se em uma bolha ou em uma caixa. Isso ainda não é realização, uma vez que somos protegidos dentro da caixa como um bebê no ventre, mas então o ventre se abre e o bebê emerge.
Assim que nascemos descobrimos que nossos egos cresceram tremendamente, isto já é o tempo da Babilônia, e neste estado Nimrod e Abraão crescem no interior.
Inicialmente, Abraão é controlado por Nimrod. Mas quando ele vê que seu ego trabalha contra ele e que ele se deve libertar, Abraão sai da autoridade de Nimrod e tenta estabelecer sua qualidade de Chéssed como governante do ego. Embora não o consiga presentemente fazer, uma vez que ele se tem de desconectar a si mesmo dele, ele finalmente escapa e se volta para a terra de Canaã.
O que representava a torre da Babilônia então? E é diferente agora?
A torre de Babel é o ego que aparece em nós, nos sufocando e não nos permitindo viver. Por um lado, há Nimrod, que quer crescer tão alto como o céu; por outro lado há Abraão, que vê que esta meta é impossível.
Nesse estado, eles separam seus caminhos. A maioria das qualidades seguem o ego, com Nimrod. As qualidades que podem ser separadas da tentação que reside na torre de Babel – e serem corrigidas por Abraão – são aquelas que se devem começar a corrigir. Estas qualidades (de Abraão) juntam-se à nossa jornada para a terra de Canaã, na correção parcial da alma.
Hoje, praticamente 4000 anos mais tarde, nós – os “descendentes de Abraão” e os “descendentes de Nimrod” – estão se reunindo para criar uma conexão conjunta. Nós construímos a Torre de Babel novamente – nosso império global financeiro e econômico. Enquanto por um lado tudo desmorona, por outro, nós, os “descendentes de Abraão”, estamos tentando fazer algo para corrigir isso. Contudo, até então ninguém escuta.
Hoje não temos escolha porque passamos o processo inteiro que O Livro do Zohar detalha. Agora devemos completar a correção para que Abraão possa governar a Babilônia, o ego.
Os poderes mundiais de hoje não pensam em mudar o homem. Eles concentram-se em mudar os sistemas financeiros e econômicos para satisfazer o ego ainda mais. Eles não pensam além disso, nem sequer como no tempo de Noé – entrando na bolha de doação mútua e evitar contato com o ego.
Eles não pensam em cessar as guerras e a competição porque seu único interesse é lucrar com isso. Até agora, nenhum dos poderes mundiais está pronto para escutar, dado que o sistema financeiro é uma projeção de nossas conexões egoístas, daí todas as crises no caminho. Tudo o que podemos fazer é aprender muito com isso disso.
A presente crise é a última porque ela descreve a totalidade das conexões egoístas entre nós, que estão prestes a quebrar. A mensagem da união pode ser circulada quando muitas pessoas falam sobre a crise e sua causa. É possível que este período acabe bem, mas também é possível que ele decline para uma guerra; isso depende das pessoas do lado de Abraão.
Então nós somos a “soma” à torre de Babel?
Nós pertencemos ao grupo de Abraão, aquele que deixou a Babilônia e se mudou com Abraão para a terra de Canaã. Os outros, os egoístas, pertencem ao grupo que veio de Nimrod, da Babilônia. Devemos atravessar este período do último reconhecimento do mal, que é a guerra de Gog uMagog, após o qual alcançaremos a correção final da alma comum.
Porque é que a confusão das línguas marca o colapso do sistema financeiro?
A confusão das línguas tem estado aqui desde a Babilônia e dura até hoje. Ela surgiu porque o grande ego singular se quebrou em uma miríade de pedaços para todas as suas inclinações e cada parte cada parte inclinava e puxava para si mesma. A manifestação externa disto é a confusão das línguas.
De O Zohar: E o Senhor Cheirou o Doce Gosto
“Depois do dilúvio, ‘Eu não novamente,’ uma vez que agora a revelação do mal foi completada, pois Eu não mais preciso acrescentar fogo para divulgar o Din (juízo), pois o mal foi revelado suficientemente.
‘Pois a inclinação no coração do homem é má desde sua juventude’, e ele não deve ser repreendido, e todas as punições do Criador são senão correções”. Zohar para Todos, Noé, item 243
“E todas as punições do Criador são senão correções”. Se verdadeiramente nos relacionarmos à vida deste modo e aceitarmos que tudo acontece pelo propósito da correção, devemos saber somente como participar, como nós mesmos fazermos parte deste fluxo, mesmo que um pouco, para experimentar uma vida espiritual cheia de abundância.
Termos
Noé
“Noé era um homem justo, perfeito nas suas gerações”, ou seja, essa qualidade de doação que agora aparece em uma pessoa. Noé é justo, do lado direito, Chéssed, em relação a esse dilúvio, em relação a esses desejos egoístas.
Dilúvio
Por um lado, o dilúvio é água. Por outro lado, ele é água com a força de Gvurá, o poder do fogo, o poder destrutivo egoísta. Ele é uma conexão incorreta entre a esquerda e a direita, onde a esquerda, o ego, domina a direita.
A Arca
A “arca” é a qualidade de Biná, doação, Chassadim (misericórdia). Ela é uma mãe que precisa atender a qualquer um que se junte a ela e esteja sob sua influência.
Quarenta Dias e Quarenta Noites
Este período marca a diferença entre Malchut e Biná. Biná é chamada a “Mem bloqueada” (a Mem final em Hebraico). Mem é quarenta em Guematria (valores numéricos dados a cada letra do alfabeto Hebraico). A ascensão da qualidade de recepção para a qualidade de doação, de Malchut para Biná, ou seja, ascender para um grau de quarenta.
O Corvo
O “corvo” é a parte da esquerda que requer correção, em comparação com a “pomba”, que é da direita. Deste modo, quando a pomba governa em vez do corvo, quando ela regressa com uma folha de oliveira, está claro que a correção foi completada e o ego está inteiramente sob dominação da doação.
Uma Folha de Oliveira
A azeitona é usada para muitas coisas, tais como óleo para lanternas. Óleo em si mesmo é uma das fundações da vida. Ele é a luz de Chochmá que pode estar dentro da luz de Chassadim, quando entramos em um estado que nos permite continuar a desenvolver. Nosso desenvolvimento toma lugar através da luz de Chassadim. Estas são sempre duas forças opostas.
Arco-Íris
O arco-íris marca a aliança. Se eu fizer uma aliança contigo, isso não será porque gostamos de estar juntos, porque nesse estado não há necessidade de assinar coisa alguma. Em vez disso, ela é uma garantia para amanhã. Tememos ou antecipamos que nosso relacionamento se possa deteriorar; deste modo, pela assinatura que mencionamos acima somos forçados a manter boas e adequadas relações.
Em Hebraico, um arco-íris é chamado “um arco na nuvem’. A nuvem não simboliza uma boa situação, mas o arco, a conexão entre nós que está sobre a nuvem, ata-nos de uma maneira que nos permite continuar. Precisamos dessa aliança, que é uma caução interminável.
A Torre de Babel
Este é o ego gigantesco que se intensificou durante o tempo de Nimrod. O ego que constantemente cresce: ele aprece na forma de más águas, em Gvurot no tempo de Noé, então na Torre de Babel, e então o Faraó, os Romanos e os Gregos. O ego cresce constantemente e usa diferentes fachadas.
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