OS QUATRO NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DO DESEJO

Do livro “O Livro Aberto”

 

Prefácio do livro “Panim Meirot Umasbirot”

O Criador criou o desejo. Ele não criou nada além do desejo de receber. Na terminologia da Cabalá ele é chamado de “desejo de receber”, que significa  receber prazer.

Portanto, tudo o que existe é o Criador e o desejo de receber o prazer que Ele criou. Mas, de receber que prazer? O Próprio Criador? A sensação do Criador nas criações é sinônima à sensação de prazer. A Cabalá chama esse prazer de “luz”, o desejo de receber é chamado de “vaso”. Assim, existe o Criador e a criatura, o desejo de receber e o prazer, a luz e o vaso.

A aspiração espiritual de receber a luz em nosso mundo pode ser dividida em quatro níveis: inanimado, vegetativo, animal e falante (homem). A intensidade e a situação do desejo de receber a luz muda de um nível para o outro.

A força inferior está no nível inanimado. O desejo é tão pequeno naquele nível que nenhum movimento é iniciado. A criação entretanto sente algo mesmo neste nível, porque se ela foi criada então há um desejo de receber nela, mas ele não é expresso de maneira alguma porque a força daquele desejo é muito  pequena.

Os resultados positivos e negativos do desejo de receber prazer e do egoísmo coincidem com a força da aspiração espiritual, e é por isso que um objeto inanimado não pode fazer nenhum mal, ou beneficiar a alguém ou a algo mais, porque é inerte.

No nível vegetativo, o desejo de receber a luz é mais desenvolvido, possui um desejo mais poderoso que aquele do inanimado. Por causa disso, possui a habilidade de crescer. Comparado ao inanimado, o vegetativo já pode atrair o bem e remover o mal, é portanto capaz de desenvolver-se.

Há um ciclo fixo nas plantas. O vegetativo vive e morre, é muito mais dependente de seu ambiente que um objeto inanimado. Ele sente as variações  entre dia e noite. É uma forma de vida completamente diferente comparada ao inanimado, e todas essas mudanças ocorrem exclusivamente graças ao aumento  na força do desejo de receber a luz.

No nível animal, a força do desejo de receber é ainda mais forte. O que é acrescentado ao animal em comparação às plantas? Cada animal sente seu ambiente individualmente, e pode se aproximar do bem e se afastar do mal. A intensidade da sensação de mal e bem em todas as plantas reunidas somada ao bem e o mal que podem causar são similares à força do desejo de um só corpo do nível animal.

Um animal se movimenta de um lugar para o outro, ele possui sentidos e impressões individuais, possui seu próprio caráter. Cada um possui seu próprio caráter individual. Porque o desejo de receber a luz nos animais é mais forte que nas plantas, eles possuem características pessoais, exclusivas. Contudo, os animais são ainda limitados em sua noção de tempo: podem sentir apenas a eles mesmos e são incapazes de sentir os outros, o passado, ou de ter qualquer interesse no futuro.

O próximo nível – o falante – é o homem. Ele abrange dois componentes: mente e coração (emoções). Os dois fatores ajudam-se mutuamente a se desenvolver, e é por isso que a força do homem não é limitada pelo espaço ou tempo.

O que não pode ser percebido por um componente, pode ser compreendido por outro. Por exemplo: eu não posso perceber eventos que ocorreram há mil anos atrás, mas posso analisar e entender estes eventos com a minha mente e compensar o déficit até o ponto em que possa perceber. A habilidade de pensar ajuda as emoções e os sentidos.

Pode existir também uma situação oposta: eu percebo algo. Como que esta percepção pode me afetar para melhor ou para pior? Eu acrescento minha habilidade de pensar aos meus sentimentos e assim analiso a situação. As emoções e pensamentos, da mesma maneira, expandem minha compreensão de fatores de tempo e espaço, eu não mais me sinto limitado, posso compreender outro ser humano e experimentar situações que não experimentei através de minhas percepções. Graças a essa habilidade, o homem é capaz de transcender o tempo e  o espaço.

Uma pessoa pode estar em qualquer nível de desenvolvimento no sentido espiritual: inanimado, vegetativo e animal, simultaneamente. Mas, uma pessoa que descobre o “ponto no coração” e começa a desenvolve-lo até que se torne dez sefirot, até que se torne um vaso no qual o homem percebe a revelação do Criador, é chamada de “Cabalista” e contém dentro dela todos aqueles que estão no nível falante, de todas as épocas e nações, da primeira geração até a última.

Essa pirâmide reflete a proporção entre as cinco formas de criação que existem na realidade: inanimada, vegetativa, animal, e o homem em nosso mundo, o nível falante; onde cada item individual de um nível superior supera toda a criação do nível inferior reunida.

Isto é expresso exclusivamente em nossos desejos:

Um só desejo do nível vegetativo pode causar tanto mal ou bem quanto todos os desejos do nível inanimado no universo.

Um só desejo do nível animal pode causar tanto mal ou bem quanto todos os desejos do nível vegetativo do universo.

Um só desejo do nível falante pode causar tanto mal ou bem quanto todos os desejos do nível animal do universo.

Se o ponto no coração, a raiz da alma, aparecer em todos nós, e começar a se desenvolver à proporção de um vaso espiritual, sua força será igual à força de todas as pessoas de todos os lugares e épocas. Essa é a pirâmide! Mas, quanto mais elevado é o objeto, menos exemplares dele existem, e mais exclusivos e prevalecentes se tornam na criação.

Distinguimos cinco níveis no desejo que Criador criou, que são indicados como (a próxima seção se refere ao significado das letra hebraicas do nome do Criador – ה-ו-ה-י):

O ponto mais alto do Yod

A letra Yod: י A letra Hey: ה A letra Vav: ו A letra Hey: ה

Esse é um símbolo do desejo que o Criador criou, um símbolo da criação. O desejo abrange cinco partes que são simbolizadas por cinco símbolos, letras. E não dizemos que esse é o nome da criação, mas o nome do Criador, porque o desejo é preenchido com luz, com a percepção do Criador. A única coisa que a  criação pode sentir é o Criador, e nada mais.

É por isso que a situação da criação, ou seja, o mundo que a criação sente, sua sensação de “eu”, é chamada pelo nome do Criador – a sensação coletiva da criação é uma expressão da intenção do Criador, como é expressa na criação. É por isso que esse vaso é nomeado de acordo com o Criador. Apenas quatro letras são pronunciadas, além do ponto mais alto do Yod (י), chamamos essas letras de Yod – Hey – Vav – Hey (ה-ו-ה-י).

Para resumir, esta é a estrutura da criação:

י O ponto mais alto do Yod – um desejo que ainda não é sentido.

י Yod – corresponde ao nível inanimado.

ה O primeiro Hey – corresponde ao nível vegetativo.

ו Vav – corresponde ao nível animal.

ה O último Hey – corresponde ao nível falante.

Cada nível do desejo – inanimado, vegetativo, animal e falante – é dividido em sub-níveis: inanimado, vegetativo, animal e falante. Isso significa que mesmo no nível inanimado existe uma divisão em níveis: inanimado, vegetativo, animal e falante.

Nosso propósito é compreender o que de fato é o homem, o que ele representa. Uma só planta encontra-se acima de toda a natureza inanimada, um só animal encontra-se acima de todo o plantio e um só humano encontra-se acima de todos os animais. Mas, o que “acima” significa? Significa que se o homem corrige  a si mesmo, seu desenvolvimento espiritual o conduz acima de qualquer outra forma de criação inferior.

É por isso que é dito que tudo está dentro do homem. E em sua ascensão espiritual o homem pode elevar todos os mundos, e depois todos os mundos servem aquela pessoa. É por isso que se uma pessoa realiza uma correção, toda a criação ascende de maneira correspondente. É por isso que apenas o homem tem de corrigir a si mesmo.

Mas, o que significa correção? É uma correção de nossa atitude, nossa compreensão do Criador (se Ele nos tiver dado o desejo e os poderes para isso). Aquele que recebeu esse desejo é chamado de “homem”. Abaixo desse nível há o “falante”, os animais, as plantas e o inanimado dentro do homem em nosso mundo.

São as pessoas que têm de corrigir toda a natureza, porque o homem possui uma alma – o desejo espiritual mais evoluído. A pessoa que descobre o ponto no coração neste mundo, que forma o embrião de sua alma, e começa a desenvolve- lo, torna-se muitíssimo significante e influente tanto no mundo corpóreo como no espiritual. Ela recebe poderes espirituais que a permite descobrir o Criador e se unir com Ele, se tornar como Ele. Todos os quatro níveis da criação existem dentro do homem.

Naturalmente, tudo é baseado no nível inanimado (pó/terra). A existência desse nível espiritual é justificada porque todos os níveis, as plantas, os animais e  o homem, contam com a terra para o seu sustento. Por um lado, a terra é em si um fator insignificante, mas em compensação, nenhuma forma de vida pode existir sem ela.

O mesmo pode ser dito das massas no nível inanimado: elas têm três direções possíveis de desenvolvimento. Dentro das massas existe a possibilidade de criar formas mais avançadas de desejo, às quais a Cabalá se refere como: “os ricos”, “dominadores” e “sábios”, que correspondem aos desejos por riqueza, poder e conhecimento que evoluem a partir do nível inanimado.

À conclusão do desenvolvimento espiritual do homem em um desejo, eis que se desenvolve um desejo mais maduro, sob a influência dos três desejos: a “cobiça”, a “inveja” e a busca por honra.

Graças a esses desejos, o homem se desenvolve espiritualmente e ascende a níveis mais elevados, até que alcance o último – a perfeição. Resumindo: por causa do desejo do primeiro nível, o atributo da cobiça que é dado ao homem separa o “rico” das massas. Esse nível espiritual corresponde ao nível vegetativo no universo.

Depois, quando a pessoa recebe o atributo da inveja, os dominadores são separados das massas. Esse é o segundo nível, e corresponde ao nível animal na natureza.

O próximo desejo na seqüência, “a busca por honra”, existe apenas em humanos. A pessoa que quer ser honrada precisa receber honra de outras pessoas. Esse é um nível de existência completamente diferente. Ela precisa de outras pessoas. Sua ambição já se desenvolveu ao ponto em que não é suficiente controlar algo inanimado. Ela também precisa controlar outras pessoas para que outras pessoas satisfaçam seu desejo por prazer. Ela anseia por estar em seu coração. Isso é chamado de “honra”.

A “inveja” ajuda a separar os “sábios” das massas. Pessoas que possuem um grande desejo e são motivadas pela inveja adquirem conhecimento  e sabedoria. Esse nível corresponde ao nível “falante” na estrutura do universo.

Suas ações não são limitadas pelo tempo ou espaço. O homem às vezes inveja de maneira tão intensa alguém que morreu há muito tempo atrás que é como se aquela pessoa estivesse viva ainda hoje. O tempo não pode influenciar essa sensação. O homem inveja outra pessoa não apenas porque ela possui algo que não tenho, mas também se ambos tiverem a mesma coisa, ou seja, o homem não aspira apenas por receber tudo que o outro tem (a ambição e o atributo do outro), mas também por arruinar a aspiração do outro, para que ele não tenha nada.

Se, por exemplo, estou no nível espiritual “falante”, minha ambição é tão forte que desejo receber tudo que os outros têm, e mais, desejo que não tenham nada, e assim serei capaz de intensificar minha ambição de maneira infinita – desejar tudo que os outros têm, o que significa que sozinho me igualarei à toda humanidade. Somos todos assim.

Este atributo é uma característica apenas do homem. As pessoas que não estão no nível “falante” não podem intensificar seu desejo, elas apenas seguem a honra e a ganância. Elas precisam de certeza na satisfação de suas necessidades, mas apenas de suas próprias. Se não fosse pela inveja, o homem seria incapaz de intensificar seu desejo de receber de maneira infinita.

Contudo, tais pessoas finalmente acabam desamparadas, incuráveis,  porque seu desejo não é forte o suficiente. É por isso que misturam todas as três direções, e porque seus desejos estão espalhados entre essas três direções, são quebrados em partes pequenas, e não existe uma aspiração direcionada que permitirá a obtenção de algo concreto. A pessoa constantemente muda sua  direção, busca por algo mais, desperdiça sua energia.

É como uma criança pequena que quer tudo que vê. Mesmo que  uma pessoa possua um forte desejo, mas se ela mantém-se alternando entre riquezas, honra, poder e conhecimento, acabará finalmente de mãos vazias. As pessoas no nível espiritual inanimado estão cientes de suas necessidades domésticas, suas necessidades por sexo, comida, lazer, televisão. A vida toda delas é como um dia.

Quando uma pessoa começa a desejar riquezas está disposta a trabalhar dia e noite apenas para ganhar dinheiro cada vez mais. Ela já não se interessa mais por coisa alguma. O mesmo acontece com uma pessoa que quer honra ou poder: ela quer ser eleita ao parlamento, se tornar o próximo presidente, tudo mais vem depois disso. Não há tempo para férias, família, prazer, nada existe além do desejo irresistível por poder e controle.

O problema daqueles que chegam ao nível da inveja é que olham para os outros e para tudo que têm, e querem ter tudo isso de uma só vez. É por isto que não podem obter nada. Mas, apesar disso, são capazes de tomar os desejos de outras pessoas, na medida em que desenvolvem um desejo forte assim, tão forte como o desejo do mundo todo reunido, e apesar desse desejo não estar nem de perto apontado para a direção correta, ele ainda possui um grande poder.

As forças negativas e positivas têm o mesmo poder, portanto, porque  a força de uma pessoa é maior que a força de todo o mundo animal, em todas as épocas, passado, presente e futuro, ela pode causar mais danos que todos os animais reunidos, e nessa medida ela pode também fazer o bem.

É por isso que antes de uma pessoa estar pronta para a ascensão espiritual, ou seja, antes de ser capaz de usar suas forças apenas para fazer o bem, ela precisa de um contrapeso espiritual.

Isso significa que neste meio tempo ela não pode invejar o nível “humano”, que é determinado de acordo com o nível da sabedoria e conhecimento da pessoa, ou seja, a ela não pode ser dado o conhecimento pelo qual ela pode prejudicar os outros e tomar o que possuem. A ela não pode ser dada forças e habilidades além daquelas que já possui porque seus desejos não estão balanceados pela sabedoria e pelo nível moral.

É por isso que os primeiros sábios esconderam seu conhecimento das massas, por temerem que estudantes indignos usassem mal o conhecimento que a eles fosse dado e que revertessem a energia espiritual para satisfazer seus desejos animais e causar a destruição do mundo.

A sabedoria tem de ser um recurso suplementar, uma força espiritual que a pessoa tem em acréscimo às forças naturais, e de acordo com seu nível espiritual e moral. De outra maneira, apenas prejudicará. A despeito de suas habilidades ilimitadas, eles viveram humildemente, na pobreza, e recusaram qualquer tipo de prazer material apenas por causa da compreensão espiritual.

Mas com o passar do tempo a moralidade decaiu; os sábios quiseram ser ricos também, e obter controle. Como resultado, a moral deles se deteriorou até o nível das massas, os muros de proteção em volta da sabedoria foram quebrados e eis que começou a haver um mau uso dela, para satisfazer as necessidades animais do homem, que prevalece até hoje.

Se não tivesse ocorrido o desenvolvimento científico no mundo, como ele seria? Poderíamos imaginar que haveria de fato algum desenvolvimento na espiritualidade e nos valores espirituais, apesar disso ser apenas uma suposição de que poderíamos continuar a se desenvolver de acordo com a ascensão espiritual.

Mas se o progresso combinasse com o nível moral, ainda estaríamos hoje na mesma situação que as pessoas estavam há dois mil anos atrás, de acordo com a medida de nossa correção. Devemos aprender disto que tudo que acontece além disso é de fato corrupção, corrupção com a finalidade de correção.

Não devemos nos desconectar de tudo e começar a viver do jeito  que nossos pais viveram há dois mil anos atrás, mas precisamos entender que  qualquer processo de desenvolvimento é um processo desequilibrado; as forças positivas e negativas na sociedade, como também no homem, são desequilibradas. Não importa o quanto queiramos melhorar nossas vidas, fazermos que  sejam fáceis e agradáveis, isso será possível apenas por meio de esforços espirituais.

É por isso que uma pessoa que aspira por progresso espiritual finalmente acaba querendo viver uma vida simples, humilde, ela não espera nada das maravilhas do mundo moderno e vê os produtos do progresso à sua volta como algo supérfluo.

O avanço da humanidade por meio da ciência é um desenvolvimento num caminho  de  dor.  A  humanidade  continuará  a  evoluir  até  descobrir  que  essa estrada não leva a lugar nenhum. Temos de nos separar dos últimos dois mil anos de progresso e começar a buscar por uma outra maneira. Verifica-se que após dois mil anos, a humanidade descobre que realmente não evoluímos em todo esse tempo, mas que ao invés disso nos movemos na direção oposta. Se tivéssemos investido nossos esforços no espiritual, teríamos chegado a resultados muito mais positivos!

A realidade existe apenas para um único propósito – para o homem realizar uma correção através da sabedoria da Cabalá. A Cabalá foi barrada das massas até hoje, mas na última geração, antes da vinda do Messias, a sabedoria da Cabalá deve ser aberta a todos, até para os mais jovens.

Se todos devem começar a estudar Cabalá, isso significa que seu nível espiritual deve ser alto o suficiente para esse propósito? Porém, nossos sábios disseram que nessa geração as pessoas seriam rudes e insolentes e não desejariam entender a sabedoria da Cabalá. Então, como isso é possível? E por que ocorre de hoje ser permitido revelar a sabedoria da Cabalá a todos?

Está escrito que “A face da geração será como a face do cão”. Não terá nenhum interesse na sabedoria da Cabalá, desejará apenas receber para si mesma. É por isso que não há o temor de que estudantes indignos venham a aprender, porque ninguém desejará esse conhecimento. A sabedoria da Cabalá afirma que antes de você poder receber os atributos do Criador, você tem de corrigir sua natureza de uma intenção de receber para uma intenção de doar, e apenas assim você será capaz de compreender a sabedoria da Cabalá. É por isso que nenhum teste é necessário para ver se um estudante é digno.

Os desejos se intensificaram tanto em todos nós que não estamos mais interessados em nada além de recompensas materiais, e apenas aqueles que aspiram pela compreensão e revelação da espiritualidade desejarão atingir a sabedoria da Cabalá, enquanto que todos os outros promoverão desordem com ela, tentando vende-la para lucrar.

Todos terão sua chance de começar a estudar, mas as pessoas serão capazes de compreender o Criador apenas na medida de sua aptidão espiritual e na medida de sua pureza espiritual. Apenas a pessoa que entender que a sabedoria  da Cabalá não traz nenhum ganho material, mas apenas dá a ela a chance de devolver prazer ao Criador, de dar contentamento a Ele, será capaz de avançar espiritualmente.

Se o homem tiver esse forte desejo (todos os outros desejos continuam presentes, mas em uma proporção completamente diferente), ele começará a estudar a sabedoria da Cabalá. As outras pessoas simplesmente não irão deseja-la. Mas, aprendemos disso o quanto tudo depende dos desejos da pessoa, precisamente, do que a pessoa quer alcançar.

O livro é aberto a uma pessoa, ela começa a estudar. Depois de algum tempo ela pode ver se está pronta ou não para isso. O desejo do homem é o fator que determina onde ele estará e o que fará. Apenas seu ponto interno pode dizer a ele exatamente em que nível espiritual ele está. Ele começa a gradualmente entender que além da unificação com o Criador, ele não obterá nada! Nenhum prazer terrestre, nenhuma riqueza, ou honra, ou qualquer tipo de poder. É por isso que apenas aqueles que estão cientes desse fato, e aspiram apenas pela revelação e pela obtenção da satisfação espiritual interior, permanecem.

No decorrer do avanço espiritual cada vez menos pessoas permanecem. Quanto mais um grupo se aproxima do objetivo, a escolha se torna mais difícil, e apenas os verdadeiramente dignos permanecem. O processo de estudo em si confere poderes e peneira os estudantes.

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