VaYakhél (E Moisés Reuniu) – Pekudei (Contas)
Do livro “Divulgando Uma Porção”
(Êxodo, 35:1-38:20, 38:21-40:38)
Sumário da Porção
A porção, VaYakhél (E Moisés Reuniu), começa com o mandamento, “Em seis dias será o trabalho feito, mas o sétimo dia será para vós um dia sagrado” (Êxodo, 35:2). A porção também lida com o donativo das pessoas de ouro, prata, cobre e tecidos preciosos e assim por diante. Moisés determina que Bézalel e Aoliabe realizarão a obra sagrada pois eles são sábios de coração e coletarão o donativo que veio da nação inteira, incluindo das mulheres.
Bézalel e Aoliabe contam a Moisés que os donativos são tão volumosos que há um excesso e não há necessidade de mais. Moisés anuncia isto ao povo.
A porção elabora sobre a construção do tabernáculo pelos sábios de coração: as vestimentas, tábuas, trancas e a Menorá. A porção Pekudei (Contas), menciona os nomes das pessoas que participaram na construção do tabernáculo: Itamar, filho de Aarão o sacerdote; Bézalel, filho de Uri; e Aoliabe, filho de Aisamaque.
Quando a construção do tabernáculo é concluída, os filhos de Israel o trazem a Moisés, que se certifica que foi feito de acordo com o mandamento do Criador. O Criador diz a Moisés sobre que dia estabelecer o tabernáculo e por que ordem santificar cada um de seus elementos. Ele também ordena Moisés a untar Aarão e seus filhos como sacerdotes.
O fim da porção conta sobre a nuvem que cobre a tenda do encontro. Cada vez que a nuvem sobe acima do tabernáculo os filhos de Israel viajam. E cada vez que ela desce sobre o tabernáculo, eles acampam.
Comentário
Ambas as porções apresentam uma sequência de um tópico. A Torá começa com “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero. ” * A inclinação ao mal é nossa inteira natureza que se manifesta no nosso ódio de uns pelos outros. Primeiro devemos descobri-la; assim, a primeira revelação da inclinação ao mal toma lugar com Abraão na Torre da Babilônia. Subsequentemente, a descobrimos no trabalho forçado no Egito, então no pé do Monte Sinai, onde o ódio prevaleceu entre todos, como está escrito, “Ódio desceu para as nações do mundo”.** Este é o reconhecimento do mal.
Não é simples tarefa conhecer o mal. É mais do que descobrir que um é preguiçoso ou enganador, ladrão ou explorador. Em vez disso, o mal aparece somente quando queremos nos unir com os outros. Isso acontece somente entre aqueles que são atraídos para a conexão, para “Ama teu próximo como a ti mesmo. ” *** Quando tentamos, a Natureza resiste e não nos deixa conectar.
De acordo com a Torá, que é a força superior, se desejarmos verdadeiramente alcançar o amor pelos outros e através dele o amor pelo Criador (o amor abrangente) e queremos descobrir a força benevolente comum que prevalece no mundo, tudo o que precisamos é da Torá.
Hoje, pode parecer que o mundo é terrível porque o estamos a examinar através da nossa inclinação ao mal, através de nossas qualidades corruptas. Mas “Todos aqueles que jogam defeito, jogam no seu próprio defeito. ” **** À medida que nos corrigimos, nos tornamos justos e justificamos o Criador e Sua Criação. Então começamos a ver o mundo como bom. Baal HaSulam descreve-o no seu ensaio, “Ocultação e Revelação da Face do Criador”. ***
Quando começamos a nos conectar com os outros e a os amar, quando nos aproximamos do mundo global e integral – à medida que o descobrimos cada dia, daí a presente vinda à superfície da sabedoria da Cabala – começamos a sentir o mal. Então e somente então precisamos nós da Torá, a “luz que reforma”. *****
A Torá não se trata de estudar o texto. Em vez disso, ela trata-se de estudar em prol de receber a luz que corrige, de adquirir mais e mais amor pelo mundo. Assim, nos tornamos mais e mais semelhantes ao Criador, regressando à imagem do homem, chamado “Adão”. A parte que alcançamos e corrigimos sobre nossa inclinação ao mal, a parte que torna a inclinação ao malem uma boa inclinação, é chamada uma “alma”.
É por isso que levamos do Egito os principais Kelim (vasos), que são valiosos aos olhos da grande inclinação ao mal. É através destes que emergimos do período conhecido como “Egito” e reconhecemos a inclinação ao mal, construindo dela o bezerro de ouro. Quando tudo aparecer clara e intensamente, verdadeiramente precisamos da Torá.
Por esta razão, as primeiras tábuas eram desadequadas para a correção. Somente as segundas tábuas que Moisés trouxe a Israel no Dia do Perdão eram adequadas para a correção, assim que o povo havia reconhecido o mal dentro deles. Conhecemos o mal em nós e precisamos da Torá somente depois de vermos o bezerro de ouro dentro de nós. Assim, resistimos amar os outros, em vez disso querendo explorar o mundo inteiro.
A Torá explica as fases da construção do tabernáculo – precisamos escolher entre todos os maus desejos que temos para os outros que podemos corrigir de receber para dar, do ódio ao amor. Esta é a Torá inteira, as instruções de como fazer isto. Em vez de estarmos imersos na nossa inclinação ao mal, vendo somente a realidade estreita deste mundo, se corrigirmos nossos desejos até ligeiramente podemos abrir-nos para ver o mundo superior, aqui e agora.
À medida que nos desenvolvemos desta maneira, o mundo ao nosso redor se abre e aparece como o mundo de Assiá, Yetzirá, Briá, Atzilut e Adam HaRishon – o mundo de Ein Sof (infinito), no fim da correção. Primeiro, construímos uma pequena Neshamá (alma) comum a todos. Esta é a “tenda do encontro”, que inclui os níveis inanimado, vegetativo, animado e falante, isto é, nossa qualidade, o Yod-Hey-Vav-Hey, o completo HaVaYaH dentro de nós. Precisamos tomar de cada desejo e conectar tudo a um único desejo integral que é comum a todos, que conecte todos prontos para isso, construindo juntos um Kli (vaso) unido comum. É assim que todos avançarão.
Precisamos ter as qualidades de um sacerdote, como Bezalel ou Aarão e certas qualidades de Moisés, o primeiro dos sacerdotes, Levitas e Israel. A Torá explica como podemos usar a luz que atraímos em prol de compreender que desejos podemos corrigir agora e quais podemos corrigir mais tarde.
Como disse Moisés na anterior porção, somente metade dos desejos foram corrigidos usando o meio shekel, o shekel da santidade. A outra metade vem do alto. A metade é nossa carência e a outra metade é a luz que corrige e complementa. Com nossos esforços construímos tudo o que depende de nós, todas as qualidades da alma: sacerdotes, Levitas e Israel, usando prata, ouro e várias pedras preciosas.
Através da mente e coração que somente as qualidades de Bézalel têm – pois são uma réplica do Criador – sentimos que temos um exemplo através do qual construirmos nossas almas de acordo com o Criador que aparece diante de nós. É assim que construímos a alma. Nela, experimentamos o novo mundo, o Kli, nossos desejos corrigidos. Dentro desses desejos está a força de doação e amor chamada Boré (o Criador), das palavras Bó Re’eh (Venha e Veja). É assim que chegamos para ver, descobrindo o Criador.
Os primeiros passos alternam na aparição entre nuvem e fogo, enquanto o Criador ascende e desce. “Levantai-vos, Ó Senhor, dispersai Teus inimigo e que aqueles que Te odeiam fujam diante de VÓS” (Números, 10:35). Na nossa presente situação, no nosso mundo, não podemos falar destas coisas ou das partes que precisamos corrigir pois ainda não temos sensação de nossas almas. Não encontramos estes desejos em nós ou sabemos como examiná-los ou os conectar neste sistema extremamente complexo.
A Torá fala-nos disto na forma de uma história que é uma réplica do nosso mundo terreno: rochas, árvores, pessoas, roupas, tempo, movimento e lugar. Estas formas são descritas para que possamos discernir que partes da alma devemos corrigir.
Dentro da alma há forças que trabalham em prol de receber; estas devem ser transformadas para trabalharem em prol de doar. Ainda não conseguimos exprimir estas forças e dar-lhes um nome pois não as conhecemos, então a Torá conta-nos a história à sua própria maneira e os Cabalistas o transmitem na “linguagem das raízes e ramos”.
Os Cabalistas contam-nos sobre as forças que operam, sobre as partes da alma. O Livro do Zohar com o comentário Sulam (Escada) que Baal HaSulam escreveu o narra na linguagem da Cabala, para que possamos compreender que a Torá fala somente das partes de nossa alma e a correção do coração, que são nossos desejos. Desta maneira, podemos revelar a inteira Torá, descobrindo-a nos nossos corações como um sistema corrigido e descobrir a força superior, o Criador, dentro de tudo isso.
Perguntas e Respostas
O que significa reunir?
“Reunir” refere-se aos filhos de Israel que Moisés reúne em prol de declarar o dia de Shabat, a conclusão da obra. A meta deve ser clara desde o início pois “o fim de uma ação está no pensamento preliminar”. * Se soubermos porque devemos alcançar adesão com o Criador, porque devemos nos tornar a nós mesmos semelhantes, o descobrindo e sendo como Ele, literalmente “face- a-face”, estando no grau de Moisés, devemos saber isto em avançado. Até na mais pequena ação, deve haver a mesma meta, a mesma linha clara desenhada, nos obrigando a avançar somente nesta direção. Quaisquer que sejam os problemas que surjam no caminho, ascensões, descidas e reviravoltas, todas elas serão lidadas para que possamos progredir.
É por isso que no deserto que Israel atravessam há constante reconhecimento do mal e isso é na realidade para o melhor. Desejos adicionais continuam a vir à superfície e devemos corrigi-los em prol de avançar para a terra de Israel – o desejo corrigido onde o Criador reside.
Porque temos de saber todos os detalhes pelos quais avançar, estas ascensões e descidas?
É assim que alcançamos o plano da Criação, seu propósito, a sensação e entendimento dele. Há uma diferença entre a vontade de receber que o Criador formou em existência a partir da ausência no princípio da Criação e a vontade de receber no fim da Criação. No fim da Criação, esse desejo tem uma mente. Ele permanece a mesma vontade de receber, mas com uma mente, compreensão, reconhecimento e sensação. Tudo vem da conexão entre a mente e coração.
Vamos experimentar necessariamente todos os elementos descritos nesta porção?
Não os vamos experimentar sem o planear, sem desejar participar, sem elevar MAN e pedir para corrigir. Somente aqueles entre nós que querem, sentem e estão conscientes de quanto odeiam mas querem amar, vão experimentar alguma todas as coisas. Deste modo, devemos corrigir algo do inanimado em nós, algo do vegetativo e assim descobrir a realidade na qual nos encontramos e disso revelar a outra realidade.
Gradualmente, nos tornamos uma estrutura que contém a mente e coração, toda a sabedoria no mundo. O todo da Natureza está dentro de nós e nós incluímos todos os mundos. Nada há fora de nós. O vaso mundo que descrevemos fora de nós não existe realmente; ele é somente retratado desta maneira nos nossos Kelim externos, que se devem todos tornar internos. Assim, nada há senão o homem e o Criador, que são como um único sistema.
De O Zohar: Quem Quer Que Seja de Coração Generoso, Que O Traga a Mim
“Tomai de entre vós um donativo”. Quando uma pessoa coloca sua vontade pela obra de seu Mestre, essa vontade primeiro se sobe ao coração – a persistência e a base do corpo inteiro. Posteriormente, essa boa vontade sobe sobre todos os órgãos do corpo, a vontade de todos os órgãos do corpo e a vontade do coração se juntam, puxando sobre elas a claridade da Divindade para morar com eles. E essa pessoa é a porção do Criador, como está escrito, “Tomai de entre vós um donativo”. “De entre vós” é a extensão, de assumirmos sobre nós mesmos esse donativo, a Divindade, para que a pessoa seja uma porção do Criador. Zohar para Todos, VaYakhel (E Moisés Reuniu), item 71
Inicialmente, há um desejo egoísta que corrigimos pelo donativo. O donativo é a parte da vontade de receber com a qual podemos aumentar a qualidade de doação. O donativo eleva a parte da doação com a qual queremos dominar e avançar.
Com donativos que separamos do ego, nomeadamente partes que santificamos e invertemos em doação e amor, avançamos para o fim da correção. Nessa altura, não construímos um tabernáculo ou a avançar no tabernáculo em tempo, lugar e movimento. Em vez disso, estamos a alcançar o Monte Moriá e a construir o Templo.
Os Cabalistas alcançam a estrutura completa, a alma completa, chamada Beit HaMikdash (Casa de Santidade, Templo). Nele estão todas as partes: sacerdote, Levita, Israel e as nações do mundo. O grande Cabalista, Ramchal (Rabi Moshé Chaim Lozzato), escreveu um ensaio especial conhecido como “O Lugar de Moradia do Altíssimo”, no qual ele retratou em grande detalhe como se deve parecer o terceiro Templo. Ele não se referiu às rochas de Jerusalém, mas à estrutura da alma corrigida, que deve eventualmente estar no Shabat, como foi dito no princípio da porção. Chegamos ao Shabat aquando da conclusão dos seis dias, ou seis mil anos, quando todos os Kelim estão corrigidos e nada mais há para fazer ou com que trabalhar senão desfrutar, na felicidade e paz.
Quando os filhos de Israel trazem donativos, Moisés diz, “Isso é suficiente, haveis ido longe demais”. Soa estranho pois dizemos que não há limites para a doação.
Verdade, mas cada grau tem seu próprio escrutínio. A alma consiste de três partes: NHY, HGT, HBD ou Ibur (gestação), Yeniká (nutrição), e Môchin (consciência/maturidade), ou Néfesh, Ruach, Neshamá. Neshamá é chamada segundo a grande luz que pode estar nela.
Assim, ao grau que Israel dão um lote, no grau dos Letivas eles não dão tanto e no grau dos sacerdotes eles dão ainda menos. Isso depende do grau de uma pessoa e de quem realiza o escrutínio.
Isso também depende do grau ao qual elevamos nossos desejos. Se permanecemos nos desejos do grau de Israel, o que quer que tragamos é suficiente. Mas quando os desejos estão no nível de Levitas ou sacerdotes, não temos forças suficientes para estarmos em grau tão alto com todos nossos desejos, então eles são restringidos. Este é o sentido dos “graus na alma”.
Se o Criador nos dá e então diz, “Dai de volta”, porque deu Ele em primeiro lugar?
O Criador criou um mundo inteiro, o mundo de Ein Sof, então quebrou-o e deu-nos um mundo quebrado e um Adam quebrado (alma) para que o concertemos. Isso é semelhante a um puzzle ou peças de LEGO que montamos e aprendemos enquanto avançamos. Se dermos este jogo a uma criança sem o desmontarmos, a criança o desmontaria, pois, as crianças são conduzidas pelo impulso de separarem as coisas para as compreenderem. Por natureza, não podemos abordar uma coisa completa. Para a compreender, estudar, devemos quebrá-la ou fazê-la quebrar.
Como tudo isso se conecta aos donativos?
Nós pegamos nos nossos desejos quebrados e os elevamos tão alto quanto conseguimos para a correção e a correção vem do alto. O Criador nos deu tudo quebrado; precisamos somente de elevar essa corrupção (a reconhecer) e pedir para Ele participar na correção. A correção em si mesma vem sempre do alto através da luz que reforma, como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero … pois a luz nela reforma. ”******
Nós estamos no meio. Nós não pertencemos à inclinação ao mal; ela não é nossa pois na verdade, o Criador a fez e nos deu. Também não pertencemos à luz que reforma. Nosso trabalho é somente conectar as duas: o desejo corrupto abaixo com a luz do alto. Tudo o que precisamos fazer é pedir, exigir e orar pela correção.
Como o fazemos adequadamente? Como nos devemos preparar para este trabalho para que a tragamos ao Criador da maneira certa?
Nosso desejo é separar cada desejo cujo tempo chegou. Primeiro o examinamos através da luz, então o definimos para a correção através da luz e pedimos a correção. Estas coisas podem acontecer somente pela luz que brilha, sem estudar a sabedoria da Cabala é impossível fazer coisa alguma, pois é isto o que nos traz a luz.
Recebemos a luz quando estudamos a Cabala?
Sim. Durante o estudo, começamos a ver como tudo encaixa no seu lugar. Se estudarmos adequadamente, leva algum tempo para na realidade o concretizar, mas podemos estudar a Bíblia, o Pentateuco, a Gemará e Mishná e todos eles serão uma fonte de luz para nós.
De O Zohar: Estas São as Contas do Tabernáculo
E como o desejo de todos de Israel estava em que eles se voluntariaram, assim era seu desejo nesse cálculo. Pelo seu desejo, eles prolongaram as Mochin do cálculo e então o trabalho inteiro foi feito pelo desejo. Assim, cálculo é necessário aqui no tabernáculo, dado que pelo cálculo é o trabalho feito. É por isso que está escrito, “Estas são as contas do tabernáculo”.
Esse é um cálculo que macula todos os cálculos no mundo – prolongamentos de GAR de Chochmá – que não são de Kedushá (santidade), pois eles persistem, mas destroem o lugar para o qual são atraídos. Todavia, este cálculo no tabernáculo, que é VAK de Chochmá, persiste mais que todos os outros e com ele o tabernáculo persiste e não por outro. Zohar para Todos, Pekudei (Contas), item 49
Há uma grande diferença entre VAK e GAR. GAR significa que nós mesmos atraímos; VAK significa rejeitamos, que tudo é feito em doação. As luzes todas passam através de nós; recebemos o inteiro Ein Sof em prol de o transmitir para todos. Mas não somos prejudicados quando trabalhamos somente para doar, assim nos fazendo semelhantes à fonte, o Criador. Ele passa através Dele até cada um e cada um a todos, a grande esfera chamada “a alma comum de Ein Sof” é feita.
Termos
Trabalho
“Trabalho” é a correção do sistema do tabernáculo. Nada há mais que isso. Há nove obras na obra do tabernáculo; o resto não são trabalho ou arte.
Nuvem
Uma “nuvem” indica ocultação. O Criador esconde-se a Si Mesmo, mas a divulgação é em ocultação, quando um vê que Ele está escondido. Há opostos aqui, que é o porquê de nos corrigir. A nuvem conduz-nos e até Moisés foi para a nuvem.
Donativo
Um “donativo” para o Criador significa que quanto mais aumentamos a importância do Criador aos nossos olhos, a importância da qualidade do amor e doação, mais avançamos.
Tabernáculo e Tenda do Encontro
A alma contém um meio ambiente, um Kli externo (vasos). Embora ela contenha grandes luzes, elas são luzes circundantes. Também, há Kelim internos (plural de Kli), que são o tabernáculo. Em semelhança ao nosso mundo, temos uma Shoresh, Neshamá e Guf (raiz, alma e corpo, respectivamente) dentro de nós, e Levush e Heichal (veste e salão, respectivamente) que são o resto do mundo. É assim que somos construídos, como percebemos o Kli onde estamos. Mas tudo está dentro de nós, até quando nos parece que tudo é externo.
O mesmo é verdadeiro para o tabernáculo. Ele é um tabernáculo interno, rodeado da tenda do encontro, um tribunal e muitos outros detalhes. Quando começamos a reparar nele e a estudá-lo, vemos que cada elemento é verdadeiramente uma forma única de obra.
De O Zohar: Belos Galhos, a Alegria da Terra Inteira
A beleza do mundo e a visão do mundo não são vistas no mundo até que o tabernáculo fosse construído e estabelecido e a arca entrasse no lugar sagrado. Desse tempo em diante, a visão de todas as coisas, da Divindade, foi vista no mundo e o mundo foi estabelecido. Os dignos entram no tabernáculo e na arca até que cheguem ao ponto médio que lá está, que é “Belos ramos, a aletria de toda ..”. Assim que lá chegaram, a arca começou e disse, “Este é Meu lugar de repouso para sempre; aqui morarei eu, pois eu o desejei”. Zohar para Todos, Pekudei (Contas), item 42
Quando chegamos a este momento excitante, não há nada mais sublime. Estamos em contato e Dvekút (adesão) com o Criador e descobrimos a meta para a qual durante tanto tempo trabalhámos. Doravante, só melhoramos o ponto de Dvekút até ao fim da correção.
Hoje o mundo está em uma crise. Ela é o princípio da inclinação para a conexão. Mais precisamente, é o princípio da revelação da sabedoria da Cabala. Está escrito, “E eles não mais ensinarão a cada homem seu próximo e a cada homem seu irmão, dizendo, ‘Conhecei o Senhor’, pois todos eles Me conhecerão, desde o menor deles ao maior entre eles” (Jeremias, 31:33).
Em outras palavras, todos saberão do Criador. Esta é a sabedoria pelo qual foi escrito, “todos eles Me conhecerão”, e “Minha casa será chamada ‘uma casa de oração para todas as nações’“ (Isaías, 56:7).
Em outras palavras, o tabernáculo, a tenda, o Terceiro Templo, todos os desejos, tudo o que existe no universo alcançará conexão e correção. Como está escrito sobre isso, “Eu os trarei à montanha de Minha santidade e Eu jubilarei neles na Minha casa de oração, seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitáveis no Meu altar, pois Minha casa será chamada uma casa de oração para todas as nações” (Isaías, 56:7).
* Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin,
** Midrash Rabah, Shemot (Êxodo), Porção 2, Parágrafo 4.
*** Talmude de Jerusalém, Seder Nashim, Maséchet Nedarim, Capítulo 9, p 30b.
**** Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, p 70a.
***** Os Escritos de Baal HaSulam, p 766.
****** Midrash Rabah, Eichá, “Introdução”, Parágrafo 2.
******* Lechá Dodi, Elkabetz, cantado na Noite de Shabat
******** Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, 30b; Midrash Rabah, Eichá, “Introdução”, Parágrafo 2.
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