BaMidbar (No Deserto)

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Números 1:1-4:20)

 

Sumário da Porção

A porção, BaMidbar (No Deserto), começa com o Criador ordenar aos filhos de Israel (pela tribo) a trazer homens que haviam servido no exército e que tivessem pelo menos vinte anos de idade e os nomear como cabeças de tribos e como presidentes. Depois da nomeação, é pedido a Moisés que lhes explique onde cada tribo deve estar durante a jornada e enquanto parando no deserto, se ordenarem a si mesmos por tribos e bandeiras de acordo com as quatro direções, com o tabernáculo no meio.

A porção reitera o papel dos Levitas, que devem servir no tabernáculo. A tribo de Levi é especial pois ela não tem lugar ou lote seu; ela deve servir e ajudar a todos, especialmente os sacerdotes no tabernáculo. O papel dos Levitas é reunir ou separar o tabernáculo em cada paragem durante a jornada dos filhos de Israel. Eles devem seguir rígidas regras que lhes explicam o que fazer com cada parte do tabernáculo e como manterem os vasos do tabernáculo.

 

Comentário

A Torá está dividida em duas partes: externa e interna. A Torá externa é aquela que lemos e conhecemos. Ela é a Torá que nossos pais observaram no passado. Contudo, há coisas a clarificar nela.

(Na realidade, nossos pais são nós mesmos em encarnações anteriores, dado que nossas almas reencarnam de geração para geração.)

A Torá descreve a jornada dos filhos de Israel no deserto e como se devem eles conduzir a si mesmos lá. Ela detalha como construir o tabernáculo, se dividir em sacerdotes, Levitas e tribos, como montar o acampamento e como continuar a jornada onde cada um se movimenta de lugar para lugar sob a bandeira da tribo, até as fronteiras da terra de Israel e começo de sua conquista.

A Torá interna é na realidade a coisa principal. Através dela corrigimos e nos ajustamos internamente em prol de descobrir essa força superior da qual recebemos a Torá de fato. Isto é, a Torá interna trata-se de revelar o Criador às Suas criaturas. Aqui, falamos de como o Homem é um pequeno mundo, onde tudo o que é descrito na Torá – sacerdotes, Levitas, Israel e as doze tribos – estão dentro de nós como réplicas. A Torá interna toca em cada um de nós e instrui-nos ao que devemos fazer para descobrir a força superior aqui e agora.

Até que nos tenhamos corrigido a nós mesmos, estamos imersos no ego, a inclinação ao mal, como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero”. * Esse estado é chamado um “deserto”. A sensação do deserto é o lugar das Klipot (cascas/peles), ou seja, desejos por corrigir. Enquanto nessa sensação, não temos nada que nos reanime, que nos dê vida espiritual. Até se tivermos abundância material, ainda sentimos que estamos no deserto.

Podemos vê-lo na vida de hoje, também, através de nosso mundo desesperado. Julgando pelas taxas de divórcio, abuso de drogas e terrorismo, mais e mais pessoas estão infelizes. Elas sentem que a vida não é mais satisfatória. Crescemos e não nos conseguimos acomodar com aquilo que temos; aspiramos por mais. Nossa sensação é que esta vida é um deserto.

Se pudermos comparar nossas vidas a um deserto, devemos ordená-las correspondentemente para que possamos as atravessar em paz e chegar à terra de Israel. A palavra, Éretz (terra), significa Ratzon (desejo), e Yisrael (Israel) significa Yashar El (direito a Deus), então estou direcionado somente para a revelação da Divindade.

Para tal, devemos usar a sabedoria da Cabala. A Cabala é um método para revelar o Criador para as criaturas neste mundo. “Alcançar a terra de Israel” significa corrigir nosso desejo para um estado onde descobrimos o Criador e o mundo espiritual aqui e agora, como está escrito, “Vereis vosso mundo na vossa vida”. *

A Torá oferece-nos instruções, nos contando que se seguirmos as fases descritas na porção, atravessaremos o deserto em paz e alcançaremos a revelação da Divindade. Este é o propósito de nossas vidas; somos feitos e destinados a obter esta revelação. Assim, devemos ver todas as regras e conselhos na porção como correções internas que devemos descobrir e seguir.

Nossas “doze tribos” são nossa própria vontade de receber. Isto é, elas são nossas qualidades internas que devem ser ordenadas de acordo com o Yod-Hey-Vav-Hey, pelas três linhas. Essa é uma estrutura de nossas almas — CHBD-HGT-NHY. O sacerdote, Levita e Israel são CHBD. Abraão, Isaac e Jacó, Moisés, Aarão, José e David são a estrutura das qualidades da alma e nos devemos definir a nós mesmos em concordância.

À extensão que corrigirmos nossos desejos, gradualmente chegamos a um estado onde descobrimos as fases de “caminhar no deserto”. Nesse processo obtemos as qualidades de doação, Biná. Aquando da conclusão da “caminhada”, alcançamos o estado de Moisés – agora, somos leais pastores. Isto significa que nos elevamos ao grau de fé, doação e completude. Quando o Moisés em nós morre, tendo concluído seu trabalho, esse grau permanece “do outro lado do Jordão”. É então que nos mudamos para a terra de Israel e a começamos a conquistar.

No deserto, bem como na ocupação da terra, há Klipot e  lutas. No deserto, só adquiríamos a  nova qualidade de doação sobre nossa vontade de receber. Nos elevámos acima da vontade de receber. Mas na terra de Israel, devemos conquistar a terra. Quando entramos na terra de Israel, literalmente invertemos nossa vontade de receber da recepção para o desejo de doar. A ocupação é gerir nossos egos na forma de doação e amor.

A porção explica a abordagem para as primeiras grandes correções que experimentamos no nosso caminho espiritual. O processo inteiro de nossa correção se divide em duas partes: o deserto e a terra de Israel. Nossa jornada através do deserto durante os quarenta anos é Malchut subindo a Biná, simbolizado pela letra Mem, que é quarenta em Guematria (valores numéricos dados a cada letra no alfabeto Hebraico).

De Biná, subimos ao grau de Kéter, conquistando a terra e construindo o Templo. É então que o coração se torna um Kli (vaso) para a recepção da luz, a revelação da Divindade. Isto é chamado Beit HaMikdash (Casa do Templo, ou simplesmente o Templo).

 

Perguntas e Respostas

Porque começa a porção com a necessidade de nomear cabeças das tribos e contar todos dos vinte anos de idade para cima?

Este processo representa uma pessoa ter de escolher que princípios seguir. Somos somente desejos de receber, mas também temos um pouco do desejo de doar do alto. Isso é chamado “uma porção de Deus do alto” (Jó 31:2). Esse é o princípio da alma.

Usando o princípio desta alma como cabeça e começando a gerir nossa vontade de receber geral para a doação, amor pelos outros, Arvut (garantia mútua), “ama teu próximo como a ti mesmo”, * e “aquilo que odeias, não faças ao teu próximo”,** dividiram esta massa de nossa vontade de receber adequadamente. Ela seguirá uma ordem de tribos, milhares e dezenas. Esta divisão também acontece dentro de cada tribo – em sacerdote, Levita e Israel.

Os sacerdotes e levitas que os ajudam são separados das tribos. Eles servem somente nossas necessidades espirituais. É por isso que são considerados a “cabeça coletiva”. Através desta psicologia interna, distinguimos o que é importante, o que não é e gradualmente nos corrigimos, onde o secundário se junta ao principal e o segue.

Presentemente, não conseguimos sentir esta divisão. Mas à medida que trabalhamos sobre nós mesmos, começaremos a sentir que nossa vontade de receber não é meramente um desejo, mas consiste verdadeiramente de doze tribos – homens, mulheres, crianças, animais, o deserto e outras partes – até o mundo inteiro.

Descobriremos que nossa vontade de receber está dividida em graus: inanimado, vegetativo, animado e humano. O inanimado, vegetativo e animado compõem o mundo circundante. O humano, é claro, são pessoas. Nos desejos que pertencem ao grau humano, temos livre arbítrio e podemos geri-los. É assim que devemos separar nossos desejos para que possamos avançar.

Dentro de nós, nada há senão desejos e instruções. As instruções são a Torá – a sabedoria da Cabala como a Torá interna. Separamos os desejos para que cada desejo, que é o falante, o Kli (vaso) que foi levado do Egito, seja corrigido em um Kli que pertença à terra de Israel, ao Templo e em prol de doar, em direção do amor.

De O Zohar: A Contagem e o Cálculo

E, todavia, o mundo não foi enraizado na sua raiz até que Jacó gerou doze tribos e setenta almas e o mundo foi plantado. Contudo, ele não foi completado até que Israel tivessem recebido a Torá e

o tabernáculo tivesse sido estabelecido. Então os mundos persistiram e foram completados e os superiores e inferiores foram perfumados. Zohar para Todos, BaMidbar (No Deserto), Item 6

Abraão, Isaac e Jacó são as três linhas. A linha direita é Abraão e sua Klipá (casca/pele) é Ismael. A linha esquerda é Isaac e sua Klipá é Esaú. A linha do meio é Israel e sua Klipá é frequentemente referida como a “multidão misturada”. Temos de gerir esta ordem através da Torá, nomeadamente pelo estudo adequado da sabedoria da Cabala, onde a luz está oculta, pois esta é a Torá da luz, como está escrito, “A luz nela os reformaria”. *

Se verdadeiramente nos queremos corrigir e nos ver ordenados e corrigidos como a Torá descreve, em três linhas, devemos estudar para que a luz nos influencie. Estamos divididos de tal maneira que na esquerda temos o ego e na direita temos a luz da Torá que reforma. Quanta mais da luz da Torá reforma o ego de acordo com nosso trabalho, a linha do meio – que inclui estas duas forças – acumula e subjuga o ego para o governo da luz. Assim, um Kli é formado no qual o poder do Criador, a luz superior, aparece.

Constantemente adicionamos ego à correção, usando uma luz maior que aparece. Deste modo, subimos a linha do meio, a linha de Jacó. Assim, antes da chegada de Jacó, não há correspondência entre o Homem e a força superior, o mundo superior. Assim que colocamos o Abraão, Isaac e Jacó internos na ordem destas três linhas, começamos a corresponder com a força superior e a trabalhar com ela em reciprocidade.

O que precisa uma pessoa de fazer até que estes discernimentos se desenvolvam?

Precisamos seguir à letra o que os Cabalistas escrevem: estudar em um grupo com amor de amigos. Nossas três fontes principais são O Livro do Zohar, os escritos do ARI e os escritos de Baal HaSulam. Internamente, devemos seguir somente o que está escrito nestes livros.

Porque foi Israel mandada nomear homens que serviram no exército e que tivessem vinte anos de idade ou mais. Ter vinte anos de idade na espiritualidade significa que um é adequado para os negócios “concretos”. Ibur (concepção), Yeniká (nutrição/infância) e Môchin (maturidade/idade adulta) são as três fases pelas quais crescemos. É como um feto que nasce passados nove meses que começa a crescer. As fases do crescimento espiritual são idênticas – da infância à maturidade. A infância espiritual termina aos treze anos.

Na espiritualidade, Ibur é um grau muito alto: nos tornamos completamente anulados no superior, incluídos nele como uma gota de sémen, enquanto  o  superior  a  nutre.  Para  a  luz nos influenciar, devemos nos cancelar a nós mesmos como se não existíssemos. Se queremos atrair a luz para que ela nos eleve, devemos aprender com um grupo e fazer parte dele; devemos querer o bom meio ambiente e a luz que vem através dele para nos influenciar. Deste modo avançamos em fases que podem durar menos que nove meses. Tudo depende de nossos esforços.

Quando nascemos, nossa vontade de receber já é maior que a de nossos predecessores. Desenvolvemos em consciência e entendimento até que estejamos nos treze anos e daí continuamos até aos vinte. Aos vinte, não somos meramente crescidos; em vez disso, podemos ser donos de nossa terra. “Terra” refere-se à maior, mais baixa, mais básica vontade de receber. Doravante, estamos prontos para toda a correção interna.

Há uma conexão entre os graus espirituais de Levi (Levita) e Cohen (sacerdote) e pessoas cujo último nome assim é?

Não, os papeis de Levi e Cohen aparecerão de acordo com nosso nível espiritual, não pelo seu apelido. Na espiritualidade, o filho de uma pessoa indica um resultado de um grau espiritual pois a sabedoria da Cabala fala somente de graus espirituais. No mundo físico, não podemos saber quem é um sacerdote, quem é levita e quem é Israel. Tudo isto aparecerá a devido tempo.

Estabelecer o Templo será possível somente depois de nos corrigirmos e restaurarmos o Templo nos nossos corações. Então, como com Bezalel, seremos capazes de construir a estrutura externa a partir de nossa realização e entendimento. Quando somos sábios de coração e nossos corações estão cheios da luz de Chochmá (sabedoria), a revelação da Divindade, saberemos que ação externa tomar através de nossas sensações. No Templo haverão sacerdotes, Levitas e Israel e cada um de acordo com o seu grau.

Esta porção foca-se na tribo de Levi; o que há de tão especial nela?

Está escrito sobre Israel em relação às nações do mundo: “E vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma sagrada nação” (Êxodo 19:6). Falando na generalidade, neste mundo nos é exigido somente reconhecer o negativo, nos tornarmos sensíveis ao que é mau e o corrigir para ser bom. À medida que descobrimos que nossa natureza é má, nos queremos livrar a nós mesmos dela. Mas nosso problema é a educação – de nós mesmos e dos outros.

Deste modo, o único papel dos sacerdotes e Levitas é educar o povo. Os sacerdotes conectam-se a um grau mais alto e trazem de lá a luz que reforma em prol de a passar para os Levitas, que então a passam ao povo. Logo, cada grau, cada Partzuf espiritual, se divide em três partes: CHBD, CHGT, NHY, que são Cohen (sacerdote), Levita (Levi) e Yisrael (Israel).

Os Levitas não têm lote pois o Criador é seu lote. Eles estão em Dvekút (adesão) com um grau mais alto, a força superior. Eles não têm desejo seu, que precisem de corrigir. Eles alcançaram um nível de correção onde sua vontade de receber se direciona inteiramente para doar. Por esta razão, eles estão anexos à força superior. Através dos Levitas, nós – Israel, que estão em um grau mais baixo – podemos receber a luz e a direção para o progresso.

Há um sentido na ordem das porções e se assim for, isso diz respeito ao nosso desenvolvimento espiritual?

Sim, é como nosso mundo está dividido. No nosso mundo, bem como no mundo espiritual, há termos, alturas do ano que são divididas em porções. Tudo possui uma força única. Assim, cada semana tem sua própria porção pois há uma força especial que atua do alto correspondentemente. À medida que avançamos de porção em porção, nos corrigimos.

Deste modo, como raiz e ramo, este estado também ocorre no nosso mundo. Não se deve misturar as porções; cada uma deve ser lida no seu tempo adequado. Logo, você não pode ler a porção, Bamidbar (No Deserto), em Rosh Hashaná (A Noite de Fim de Ano Judaico), nem pode ler durante o inverno uma porção que é para ser lida no verão.

Por vezes quando lemos uma porção, parece que não nos é mais relevante.

Não tratamos as porções como estando no passado. A Torá é a lei da vida. Para alcançar a fonte da vida, devemos assumi-lo sobre nós mesmos.

A Torá foi dada somente para que descobríssemos o Criador e nos apegássemos a Ele.

Qual é o sentido do “alarido” a respeito do tabernáculo: se levantar, partir, viajar e se encontrar ao seu redor?

Ele é o Kli sagrado, corrigido dentro de nós. Nós focamos todos nossos desejos, discernimentos, inclinações e qualidades em um estado de doação, que é semelhante ao Criador, a força de doação, o bom que faz o bem. Tentamos corrigir e trazer-nos a um estado onde nosso núcleo, nossa esperança, nosso ser inteiro tem algo no interior que é semelhante à força superior, para que a luz superior venha e nos corrija para esse estado.

O “tabernáculo” na realidade é a alma do homem. Se, a partir da nossa vontade de receber egoísta, corrigimos uma parte para que ela se direcione para doar, sentimos o Criador nessa parte. Essa parte é chamada “uma alma” e o que a preenche é a revelação do Criador.

O trabalho da correção torna-nos um tabernáculo e rodeia-nos no tabernáculo. Nós, de fato, nos devemos tornar a nós mesmos no Templo.

O quê ou quem é o pastor na porção?

Um “pastor” é o grau de Moisés, o leal pastor. Nós devemos escolher este grau cada momento, pois em cada junção temos de escolher o que nos conduz e para onde, de que se tratam nossas vidas, quem é nosso pastor e a quem devemos seguir com nossos desejos e pensamentos.

Nossa correção é caminhar em um caminho conhecido como “a Torá, Israel e o Criador são um”. Se queremos ser Israel, devemos seguir a luz que reforma. Quando a seguindo, a luz nos traz à qualidade do Criador, como está escrito, “Retornai, Ó Israel, ao Senhor vosso Deus” (Oseias 14:2).

Devemos decidir que precisamos dessa qualidade de doação e amor absoluto. Esta é a única razão pela qual a Torá nos foi dada e é isto que recebemos quando a usamos. Foi dito sobre isso, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero”, * pois “a luz nela os reformaria”**.

O que reforma é o Bom que faz o bem, a qualidade de doação e amor que adquirimos. Alcançamos essa qualidade no interior, não em certa imagem fora de nós. Percebemos dentro de nós a qualidade doação e amor a que chamamos Boré (Criador), nas palavras Bô Re’éh (venha e veja).

Esta orientação aparecerá no nosso mundo em um estado mais corrigido e se assim for, como?

É claro que a orientação aparecerá. Hoje, o mundo cai em uma crise global e sentimos que estamos verdadeiramente no deserto. Este deserto nos empurrará para avançar somente para a terra interna de Israel, porque este é o propósito inteiro da crise global.

 

Termos

Tribos

“Tribos” são uma parte da vontade de receber, que está dividida em CHBD, CHGT, NHY. Em todas elas, há HaVaYaH (Yod-Hey-Vav-Hey) e HaVaYaH vezes três é doze. Nossa vontade de receber está dividida em doze partes que, quando corrigidas, são chamadas “tribos”.

O Santo dos Santos

“O Santo dos Santos” é GAR de Biná, a qualidade absoluta de doação.

Exército

O “exército” é todos os desejos que se podem juntar à cabeça, fé, o pastor.

Bandeira

Uma “bandeira” é a tarefa que eu assumo. Cada parte e cada grupo nas doze tribos tem sua própria bandeira, que indica como cada parte progride e se corrige. A bandeira é única para cada tribo, daí que a divisão em doze tribos permaneça até depois de alcançarem o desejo corrigido, a terra de Israel.

Tabernáculo

O “tabernáculo” é onde eu corrijo minha vontade de receber para a direcionar para doar. Este é o lugar melhor e mais importante para nós.

Levita

“Levitas” são os assistentes dos sacerdotes. Seu papel é coordenar a parte sagrada no homem com a parte corrupta e corrigir a parte corrupta ao a juntar através de si mesmos à parte sagrada.

Deserto

O “deserto” é a vontade de receber que deve ser corrigida. Ele é um desejo no qual vemos serpentes marinhas, escorpiões e problemas. Nesse desejo nada temos com o qual nutrir nossas almas. Logo, devemos tornar o deserto na terra de Israel. Avançamos do deserto para a terra de Israel, mas de fato, é o Egito que se tornou um deserto e o deserto se tornou a terra de Israel. Permanecemos sempre dentro de nosso desejo, que corrigimos mais e mais até ao fim da correção.

A Terra de Israel

“A terra de Israel” é o desejo corrigido. O desejo que corrigimos é inteiramente Yashar El (direto a Deus), totalmente direcionado para doar contentamento sobre o Criador, como Ele doa sobre nós. Nós estamos ambos em Dvekút (adesão), doando um ao outro.

AcamparEnquanto avançamos de fase para fase, precisamos fazer paragens, como em Chanucá. Há muitas paragens na jornada no deserto. Acampamentos são ascensões e descidas, a atração da luz de Chassadim face à luz de Chochmá.

 

* Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, 30b.

** Talmude Babilônico, Maséchet Berachot, 17a.

*** Talmude de Jerusalém, Seder Nashim, Masechet Nedarim, Capítulo 9, p 30b.

**** Maséchet Shabat, 31a.

***** Midrash Rába, Eichá, Introdução, Parágrafo 2.

****** Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, 30b.

******* Midrash Rába, Eichá, Introdução, Parágrafo 2.

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