A RAZÃO DO PESO NO TRABALHO

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Precisamos conhecer a razão para a existência do peso sentido quando queremos trabalhar para anular o nosso “ego” diante do Criador, e não nos importamos com nosso próprio interesse. Chegamos a um estado como se o munto inteiro estivesse inerte, e sozinhos estivéssemos agora aparentemente ausentes do mundo, e deixássemos nossa família e amigos em prol da  anulação diante do Criador.

Existe apenas uma razão para isso, chamada “falta de fé”. Isso implica que não vemos diante de quem estamos nos anulando, significando que não sentimos a existência do Criador, e isso nos causa tal peso.

Entretanto, quando começamos a sentir a existência do Criador, nossa alma imediatamente anseia para ser anulada e conectada à raiz, para ser contida nela como uma vela numa tocha, sem qualquer preocupação ou razão. Contudo, isso nos ocorre de forma natural, como uma vela é anulada diante de uma  tocha.

Assim, segue que a essência do nosso trabalho é unicamente alcançar aquela sensação da existência do Criador, sentir a existência do Criador, que “a terra inteira está cheia da sua glória”. Nisso consistirá todo o nosso trabalho, ou seja, todo o vigor que depositamos no trabalho será unicamente a fim de alcançarmos tal meta, e não qualquer outra coisa.

Não devemos nos deixar desviar com vista a adquirir qualquer outra coisa. Inversamente, existe apenas algo de que carecemos, a saber, fé no Criador. Não devemos pensar em coisa alguma, ou seja, a única recompensa desejada para nosso trabalho deve ser a concessão de fé no Criador.

Sabemos que não há diferença alguma entre uma pequena iluminação e uma grande iluminação, a qual adquiramos. Isso ocorre porque não há mudanças na Luz. Ao invés disso, todas as mudanças ocorrem nos vasos que recebem a abundância, como está escrito, “eu, o Senhor, não mudo”. Por conseguinte, se pudermos magnificar nossos vasos, até aquele ponto magnificaremos  a luminescência.

Porém, a pergunta é, “Com o que podemos magnificar nossos vasos?” A resposta é, “Na medida em que louvemos e demos graças ao Criador por Ele nos ter aproximado dEle, assim podemos senti-lO um pouco e considerarmos a importância do fato, ou seja, que fomos recompensados com alguma conexão com o Criador”.

Quanto mais valor atribuirmos à importância que tal conexão tem para nós mesmos, crescerá, de forma proporcional, em nós mesmos, a medida da luminescência. Devemos saber que jamais saberemos a verdadeira medida da importância da conexão entre o homem e o Criador, porque não podemos avaliar seu verdadeiro valor. Em vez disso, quanto mais apreciarmos tal conexão, perceberemos seu mérito e importância. Existe uma força nisso, pois assim podemos ser recompensados em ter essa iluminação de forma  permanente.

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