Re’é (Vede) 

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Deuteronômio, 11:26-16:17)

 

Sumário da Porção

A porção, Re’é (Vede), começa com as palavras de Moisés para o povo vir e ver a bênção e a maldição, que o Criador os ordena. Se o povo aderir aos mandamentos do Criador, eles serão abençoados. Inversamente, eles serão amaldiçoados.

Posteriormente, as sondagens de Moisés com o povo e as preparações para entrar na terra de Israel, os deveres e as proibições que acompanham a entrada, a obra do Criador, especificamente no Templo e a proibição contra escutar falsos profetas que desviam o povo de servir o Criador. A porção também cita as leis de Kashrut*, dizimo, Shmitá (remissão) e os três festivais nos quais é costume fazer uma Aliyá la Régel (peregrinação) para Jerusalém.

 

Comentário

A Torá fala somente sobre o sentido interno de todas as questões acabadas de mencionar. Está escrito, “Vede”, se referindo à recepção da luz de Chochmá, que é ver. “Ver” é o mais alto dos cinco sentidos e marca o nível mais alto de realização. Quando uma pessoa vê verdadeiramente se o que está a acontecer é uma bênção ou uma maldição, ela encontra-se precisamente diante da entrada para a terra de Israel.

Éretz Yisrael: Éretz significa Ratzon (desejo) e Yisrael (Israel) significa Yashar El (direito a Deus). Em outras palavras, Éretz Yisrael é um desejo direcionado inteiramente para a doação, para a garantia mútua, conexão entre todos “como um homem com um coração”. No pé do Monte Sinai, aceitámos a condição, “Ama teu próximo como a ti mesmo”, para sermos “como um homem com um coração”. Quarenta anos mais tarde, completamos a correção e estamos prontos para entrar na terra de Israel, onde todos os desejos estão conectados em verdadeira doação. É por isso que isso é chamado Yashar El (direito a Deus). O Criador, cuja qualidade de doação e amor existe no mundo, governa o todo da realidade.

Passados os quarenta anos de correção – quarenta graus de Biná a Malchut e de Malchut a Biná – devemos obter a correção geral de nossa vontade de receber para que ela seja inteiramente em doação sobre os outros. Este é o grau de Biná, o grau de Chéssed (misericórdia), o grau de Abraão. Posteriormente, há as 613 Mitzvot (mandamentos) pelas quais um corrige todos os 613 desejos para terem a meta de doar sobre os outros, porque “Ama teu próximo como a ti mesmo” é uma grande regra na Torá, uma regra que inclui todas as coisas dentro dela.

Tudo o que precisamos é corrigir nossos desejos egoístas para a doação, amor e garantia mútua. Isto é, de fato, a condição para nossa recepção da Torá. A Torá é uma instrução de como podemos nos corrigir a nós mesmos. A luz que reforma é realmente o poder da Torá, o poder da luz que nos corrige.

Está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal, Eu criei para ela a Torá como tempero”, porque “a luz nela os reforma”.

Aquele que descobre a inclinação ao mal no interior, os desejos egoístas, o ódio, repulsa, o Monte Sinai (monte de Siná [ódio]) interno, merece receber a o método de correção chamado Torá, ou “a sabedoria da Cabala”, porque é aqui que está escondida a luz. É por isso que a Cabala é chamada “a interioridade da Torá”, e “A Torá (lei) da verdade”.

É assim que avançamos para a entrada para a terra de Israel. Doravante, devemos ser capazes de “ver” como distinguir nossos desejos corrigidos para os outros daqueles por corrigir. Nos tornámos verdadeiramente uma nação agora, com nosso desejo comum, que anteriormente estava na terra de Canãa, então o Egito e então um deserto?

Este são graus do nosso desejo comum, nos quais passámos por fases nos nossos relacionamentos. Agora, entramos em um relacionamento chamado Yashar El, que é somente na direção da doação mútua. Estamos nos tornando semelhantes à Shechiná (Divindade), à Assembleia de Israel, com todos nossos desejos direcionados para o Criador (Yashar El), diretamente à doação e amor mútuos, onde descobrimos a qualidade comum de doação chamada ”a revelação do Criador às criaturas”.

Está escrito que o Criador aparece somente na terra de Israel, em um desejo que é dirigido somente pela equivalência de forma. Quando estamos em um estado de amor e doação uns sobre os outros, descobrimos essa força comum na Natureza e ela aparece para nós.

A força comum que aparece dentro de nós é chamada “a conquista da terra” porque nessa altura podemos entrar nos nossos egos com a qualidade de doação e começar a conquistar todos nossos desejos. Podemos começar a colocá-los debaixo do governo da doação e amor mútuos. Gradualmente combatemos com todas as nações, ou seja, nossos próprios pensamentos e desejos que se revoltam contra a conexão e garantia mútua, contra a união entre nós. Assim que tenhamos separado estes desejos, os separamos da Kedushá (santidade).

Este é o tema principal da porção. Dentro de nós há vários tipos de desejos, chamados “inanimado”, “vegetativo”, “animal” e “falante”.

Nós os corrigimos do “fácil” para o “difícil”. A lista de leis diante de nós conta-nos como os distinguir e como realizar escrutínios e correções. Estas são as regras a respeito de Kashrut no inanimado, vegetativo e animal e mostram-nos como distinguir as relações entre humanos.

A preparação para este processo já foi feita pela luz de Chochmá. Nós o fizemos no deserto, ou seja, no estado de o “deserto” dentro de nós, através da luz de Chassadim. Agora nos corrigimos através da luz de Chochmá. Alternamos do grau de Chafetz Chéssed (desejar misericórdia), que é “Aquilo que odeias, não faças ao teu amigo”, e entramos em Éretz Yisrael, um grau de “Ama teu próximo como a ti mesmo”. Estas são as duas fases que conduzem à correção.

Testamos todos nossos desejos para ver se eles são uma bênção ou uma maldição. Se uma pessoa está em amor-próprio nesses desejos, estes são uma maldição porque nada de bom virá deles para essa pessoa. Contudo, se um os corrige, há uma promessa que ela sempre estará em equivalência de forma nesses desejos, em proximidade com a força superior, a força comum e que nenhum mal virá a essa pessoa.

Até hoje, se desejamos viver em Israel segura e prosperamente, com divisão justa, podemos alcançar isto somente ao corrigirmos nossos desejos egoístas, somente através de amor recíproco. Se começarmos a nos conectar, imediatamente sentiremos que há uma força entre nós que está a colocar as coisas em ordem. Ninguém entende como fazer isto, mas nós temos a Torá e podemos fazer essa conexão e sermos um exemplo para o resto do mundo.

Precisamos o compreender e fazer estas correções. Estas são as correções dos três anos do fruto Orlá (incircunciso), os sete anos de Shmitá (remissão) e o Yovél (jubileu, aniversário de cinquenta anos), bem como as regras de Kashrut sobre diferentes níveis – profetas e sacerdotes. Todos estes nos explicam como devemos ordenar as coisas dentro de nós para destruir a idolatria que vemos ao nosso redor e é dentro de nós quando nos dobramos para outras metas além do amor pelos outros e o estabelecimento de nosso Templo.

Trazer uma oferenda está também relacionado à correção. A palavra Korban (oferenda/sacrifício) vem da palavra, Karov (perto), ou seja, se aproximar da qualidade de doação, ao Criador. O Ketóret (incenso), da palavra, Máktir (coroamento), aproxima-nos da Kedushá (santidade), da doação sobre os outros. Precisamos compreender que Kedushá e Tumaá (impureza) são o amor pelos outros e seu oposto.

 

Perguntas e Respostas

O que são a bênção e a maldição de nossa geração?

Isto não mudou durante as eras. A Torá é eterna, desde o tempo da criação do mundo, desde a criação da inteira realidade, desde o mundo de Ein Sof (infinito), por todos os mundos até ao cascatear de nossa realidade hoje. Hoje devemos reviver a história e subir de volta ao mundo de Ein Sof, não com nossos corpos físicos, mas com nossas mentes, na nossa consciência.

Isto pode acontecer somente ao corrigirmos nosso desejo egoísta que foi criado deste modo para começar, como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal”. Correção significa alcançar amor pelos outros através da luz superior, a força superior. De fato, esse é o inteiro trabalho de Kedushá (santidade), a obra das oferendas, que aproxima a pessoa dela, sempre sabendo onde não se encontra ainda corrigido.

Quando lemos a Torá, vemos que estamos constantemente a cometer erros, tal como no deserto e noutros lugares. Quase toda a porção repete a história dos filhos de Israel falharem uma e outra vez. Contudo, falhamos somente para descobrir os desejos que ainda não estão corrigidos e para os trazermos para Kedushá, para a correção. Através dos desejos corruptos, alcançamos correção, conexão entre nós.

Então porque falhamos agora? No que caímos no nosso tempo?

Nossa geração é especial. Alcançámos a realização final, a correção completa do mundo porque o mundo inteiro está a descobrir que ele está em uma situação vaga e pouco clara. Todos nossos sistemas estão corrompidos; não conseguimos encontrar nosso caminho neste mundo pois somos incongruentes com as leis da Natureza.

A natureza que agora aparece para nós está a aparecer do interior. Ela é uma natureza de doação, uma natureza de amor pelos outros, um mundo global. Embora ainda nos relacionemos à manifestação desta realidade egoistamente, não nos dando bem com ela, recusando nos conectarmos ou nos unirmos com os outros, a realidade que está a aparecer nos obriga a assim fazer.

 

Ela está a emergir do interior, da rede de conexões entre nós que forma um mundo global e integral com o qual não correspondemos.

É precisamente quando descobrimos que não conseguimos achar nosso caminho no mundo que a sabedoria da Cabala aparece. Sem ela, estaremos perdidos pois não entenderemos o que nos está a acontecer. A sabedoria da Cabala explica-nos que devemos alcançar a garantia mútua, a lei que nos foi dada no pé do Monte Sinai, que devemos manter. Essa lei afirma que quanto mais sentimos a realidade como oposta a nós, como uma com a qual não nos conseguimos dar bem, mais e mais nós e o mundo devem ser corrigidos.

As correções estão na união, em avançar para a reciprocidade, em comunicar, em congruência com a Natureza, que sentimos como boa, útil, corroborante e não como uma resistência ou ameaça, como nós atualmente a sentimos. Embora todos nossos sistemas estejam à beira do colapso, sentimos principalmente os sistemas económicos e financeiros pois todos os nossos sistemas da vida dependem deles, especialmente a alimentação que precisamos para sobrevivermos.

A sabedoria da Cabala revela-nos o caminho fácil, bom e curto. Tudo o que precisamos fazer é escutar e a vida subitamente correrá mais suave. Se nos envolvermos nela, veremos quanta luz há diante de nós, que seguiremos seguramente e desfrutaremos da vida.

É especialmente verdade aqui em Israel. Nós temos um método. Se nos unirmos, formaremos um ponto focal para o resto do mundo. Todos os eventos da vida acontecem especificamente em prol de divulgar para nós o problema que devemos solucionar em prol de sermos salvos. Verdadeiramente temos de nos corrigir em união e verdadeiramente nos tornarmos o povo de Israel, conectados, unidos e liberados de todos os apuros. Ao assim fazer, nos tornaremos “uma luz para as nações”.

É contra a natureza humana pedir às pessoas para amarem todos?

Por agora, devemos começar superficialmente. Precisamos entender que solucionar nossos problemas e chegar verdadeiramente à terra de Israel, em prosperidade, segurança e abundância é possível somente se nos unirmos.

“Unir” significa estar em garantia mútua. Esta é a condição que tomamos sobre nós mesmos quando recebemos a Torá no pé do Monte Sinai e é para onde a Natureza nos está a empurrar, pois essa é a lei abrangente do sistema integral que está a aparecer diante de nós hoje. Podemos aprender esta lei da ciência, também. Ela conta-nos que não temos outra escolha; se estamos atados juntos deste modo, devemos organizar nossos sistemas em correspondência.

Isso é especialmente verdadeiro para nós e subsequentemente para o resto do mundo. É por isso que a caridade não faz sentido e o mesmo serve para pensar que podemos ter sucesso através de trabalhar para este ou aquele comité, ao aumentar os impostos ou ao pagar esta ou aquela soma.

Até se dividirmos a tarte comum, não teremos sucesso pois a lei da Natureza, que determina que nós temos de nos tornar conectados “como um homem com um coração”, está contra nós.

Como o fazemos?

Precisamos aprender como o fazer. Avançamos por tentativa e erro, mas vemos que isso pode ser feito e na realidade muito facilmente. O único obstáculo é uma barreira psicológica sobre a qual devemos saltar. Quando o fizermos, acontecerá facilmente. Precisamos virar uma minúscula “maçaneta”, como uma criança que pressiona um botão e liga uma máquina enorme. Certamente, é isto o que nós somos.

Isso acontecerá rapidamente, mas somente se compreendermos que a união é a solução para todos os nossos problemas. Se não compreendermos, sofreremos mais e mais golpes. A partir deles, ainda aprenderemos o que fazer. Contudo, esta é uma estrada longa e dolorosa.

Mas há problemas por todo o mundo.

Sim e no fim o mundo inteiro virá até nós.

Apontando o dedo para nós?

Sim, eles o farão subconscientemente e até conscientemente o sentirão. Eles até dizem que somos culpados por todos os problemas no mundo. Eles exigirão soluções práticas de nós. Então antes que comece, devemos tornar a sabedoria da Cabala conhecida pelo mundo e mostrar a todos o que significa se ser “uma luz para as nações”.

De o Zohar: E o Senhor disse para Abrão depois de Lot Ser Separado

“Somente o Criador governa sobre a terra de Israel. Quando Israel pecaram e ofereciam incenso a outros deuses fora da terra, a Divindade foi aparentemente rejeitada do seu lugar pois eles untavam e queimavam incenso para outros deuses se conectarem com a Divindade e então lhes foi dada governança. O incenso faz um laço de modo a conectar. Assim, eles sugavam da Divindade e recebiam a governança dela e então o resto das nações governavam, os profetas foram cancelados e todos aqueles altos graus não governaram sobre a terra”. Zohar para Todos, Lech Lechá (Ide em Diante), item 185

Na verdade, tudo depende se uma pessoa “convida” a força superior para estar perto dela. A força superior é uma força de doação e amor que está acima de nossos egos. É por isso que ela é chamada “superior”; ela é uma natureza acima da nossa. Devemos aproxima-la um pouco mais de nós, a atrair de acordo com a equivalência de forma para que ela esteja em nós e então nada temeremos.

O que são as leis aqui mencionadas, tais como a Kashrut e o dízimo?

Todas elas são correções da vontade de receber.

Seguir estas leis somente no nível físico e material me concederá correções?

Não, seguir no nível corpóreo não vai ajudar. É como se quiséssemos compartilhar nosso vencimento através de nossos próprios cálculos. Isto não resultará pois são nossos corações que precisam de correção, não agir com nossas mãos e pernas.

Contudo, não precisamos evitar ações físicas pois elas sustentam a estrutura da nação. É uma certa abordagem que deve persistir na nação, mas a coisa importante é a correção do coração. Baal HaSulam escreveu que a Torá foi dada aos homens do coração**, ou seja, corrigir o coração, como está escrito, “Escrevei-as na tábua do vosso coração” (Provérbios, 3:3). A Torá inteira foi escrita somente para corrigir o coração.

Corrigir o coração é trabalho interno.

Trabalho interno é tudo o que nos é pedido, corrigir o desejo. Nossos corpos são carne e há coisas diferentes que podemos fazer com eles. A carne pode sorri para os outros enquanto na verdade queremos matá-los. Não temos necessidade deste sorriso falso, esta atitude superficial para as coisas. Precisamos do coração, a conexão dos corações. Se não o fizermos, estaremos em grandes apuros, então esperemos que isso se torne mais prevalecente na nação e avancemos favoravelmente.

 

De O Zohar:

Pois quem é DEUS, além do Senhor? E quem é uma rocha, além de nosso Deus? “Pois quem é Deus, salvo o Senhor? ” Tudo está na permissão do Criador. Não é como parece nas estrelas e fortunas, que mostram alguma coisa e o Criador muda-o para outra maneira. “E quem é uma Rocha, salvo nosso Deus? ” Significa que não há tamanho pintor como o Criador. Ele é o pintor perfeito, que faz e pinta uma imagem em todas as suas correções e insta uma alma elevada dentro dela, que é semelhante à correção superior. Zohar para Todos, Lech Lechá (Ide em Diante), item 328

Tudo o que precisamos fazer é querer a correção. Essa força que está sobre nós, o desejo geral de doar, é chamada o “Criador”. É isso o que retrata em nós as imagens certas. As conexões entre nós são chamadas “suas formas”, e no fim, de acordo com nossos pedidos, ela nos conecta e encontra- se dentro de nós. Isso é chamado “o morador se vestir na Shechiná (Divindade) ”.

Nós somos a Shechiná, a Assembleia de Israel. Quando estamos unidos, a qualidade de doação está em nós.

Quando verdadeiramente alcançarmos esta garantia mútua entre nós, descobriremos a Kashrut, o dízimo e todas estas leis entre nós?

Quando começarmos a nos aproximar, experimentaremos todas as coisas que estão escritas na Torá.

O que é a obra do Criador, o Templo?

O coração do homem é chamado “uma casa”. Todos os desejos de um homem são chamados “ a casa do homem” ou “coração do homem”. Quando todos se direcionam para a doação, para a conexão com os outros, isso é chamado “santidade”.

É esse um certo estado de consciência, no qual fazemos a obra do Criador?

Não é um estado de consciência, é a nossa atitude, a nossa intenção em respeito aos outros.

Isso pode ser em qualquer altura e em qualquer lugar?

Sim, é claro. Não faz diferença onde você se encontra fisicamente.

A porção menciona os três Regalim (festivais de peregrinação), que no nosso mundo aparecem como festivais de Pessach (Páscoa), Shavuot (Festa das Semanas), e Sucot (Festa dos Tabernáculos).

Estes são graus. Quanto mais nos corrigimos, mais avançamos nos 125 graus. E quanto mais avançamos, mais pausas há entre os graus, tais como os dias da semana, o Shabat, começos dos meses, os três festivais de peregrinação, então a Shmitá, Yovél e assim por diante.

Os três festivais de peregrinação, Pessach, Shavuot e Sucot, são graus especiais. No Portão das Intenções do ARI, ele menciona-os muito frequentemente como “grandes” e “sublimes”. Estas são medidas de nossa conexão. Se trabalharmos e trabalharmos e nos conectarmos entre nós e subitamente algo se fecha, isso é chamado uma Regel (perna), ou seja, um passo em frente. À medida que nos conectamos e corrigimos nossas relações, as tornando mais próximas, alcançamos outra fase.

As três fases são NHY, CHGT, e CHBD, ou Ibur-Yeniká-Môchin (concepção-amamentação-idade adulta). Aprendemos sobre elas na sabedoria da Cabala. É assim que avançamos até que construamos entre nós uma Partzuf (face) completa chamada “Adam” (homem) que é Domé (semelhante) à qualidade completa de doação, que é o Criador.

É o estado de Éretz Yisrael absoluto, ou há ainda mais trabalho nisso?

De acordo com esta porção, avançamos para a terra de Israel e devemos corrigir todos nossos desejos através da luz de Chochmá. Trabalhar na terra de Israel não é simples. Não acontece tudo de uma vez, mas é em vez disso um processo algo longo.

Podemos compreender dos Regalim que trabalhamos em conexão, mas não vemos resultados até que um novo estado subitamente apareça e este é o próximo passo em diante?

Sim.

Isto é uma Regel?

Uma Regel é o fim de todas as fases anteriores. É quando uma pessoa para, como se estacionando e continua a partir dele em diante em direção ao próximo período.

Como se conecta o dízimo a tudo isso?

“Dízimo” significa um décimo de Malchut. Malchut é a décima Sefirá (singular de Sefirot) na nossa estrutura inteira. Nós temos desejos chamados Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód e Malchut. Malchut é a décima, mas dado que não a podemos corrigir, a passamos ao dar um dízimo (dez por cento) e esta é sua correção.

A quem o damos?

Ao povo, ao Templo. A casa é mais que simplesmente o coração do homem. Beit ha Mikdásh (A Casa do Templo) está inteiramente fora de nós. Ela está na nossa conexão com os outros, nos nossos desejos para com os outros e dedicamos Malchut a isso.

 

Termos

Bênção

Se queremos alcançar a qualidade de doação, a luz afeta-nos e constrói essa qualidade em nós.

Maldição

O oposto de uma bênção. Se uma pessoa deseja ter a intenção de receber, de explorar os outros, de receber deles, essa pessoa sofre golpes que a ensinam que ela deve ser o oposto. Funciona sempre dessa maneira.

Um Dever, em Oposição a uma Proibição

Correção em oposição à corrupção. É proibido estar na vontade de receber egoísta. Em vez disso, é

“um dever” a corrigir para um desejo com a direção de doar.

Lugar

Um “lugar” é um desejo. Não há lugares na realidade; o mundo em que nos encontramos é chamado um “lugar imaginário”. Parece-nos a nós que estamos em um lugar no espaço, em um universo, mas a verdade é que ele é um desejo do Criador, onde percebemos certos fenômenos.

Templo

Um Mikdásh (Templo) vem da palavra Kadosh (sagrado). Isto significa bênção, doação, amor pelos outros, qualquer coisa que esteja fora de uma pessoa é chamada Templo. Dentro de nós há somente um ponto. Quando nos conectamos aos outros, nossa atitude para eles constrói neles um Templo. Uma pessoa deve chegar ao Templo e entrar nele.

Um “Templo” são todos os desejos dos outros para os quais estamos em doação. Trazemos-      lhes contribuições ou dízimo; chegamos lá com todos nossos presentes, com os “sagrados”. Podemos doar sobre os outros qualquer coisa que queiramos. Trazemos oferendas e fazemos este trabalho. As oferendas são muito importantes porque dando aos outros, nos aproximamos da doação

Profecia

Este é um grau especial sobre o qual o Ramchal (Rabi Moshe Chaim Lozzatto) escreveu no seu belo estilo no livro, O Caminho do Senhor. Ele elabora lá todos os caminhos para alcançar os graus de doação, um deles é profecia.

Isto é algo que exista em cada pessoa no caminho?

Existe em todos e qualquer um pode alcançar.

Kashrut

Com cada um de nossos desejos que foram corrompidos, fazemos vários escrutínios. Cortamos e os ordenamos de tal maneira que os possamos usar com a meta de doar. Isto é considerado os tornar Kosher.

 

* Leis de Kashrut definem o que é Kosher, ou seja, permitido para comer ou para preparar a comida, vestir e outras áreas da conduta humana.

** “Introdução ao livro, Panim Meirot UMasbirot”.

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