Shóftim (Juízes)

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Deuteronômio, 16:18-21:9)

 

Sumário da Porção

A porção, Shóftim (Juízes), continua a explicar as Mitzvot (mandamentos) ligadas à entrada na terra de Israel. A porção começa com a nomeação de juízes para fazerem as leis e oficiais para as aplicarem para que haja verdadeira justiça em Israel. A porção descreve as leis do rei, que deve ser escolhido de entre o povo. A porção também lida com a proibição contra se envolver em bruxaria e voltar o povo para os verdadeiros profetas. Finalmente, a porção ensina ao povo como eles se devem conduzir a si mesmos em um tempo de guerra.

Comentário

A Torá foi dada a cada pessoa para a autocorreção, como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal, Eu criei para ela a Torá como tempero”. Toda a pessoa, exigindo ou não justiça social, deve primeiro descobrir que ela está preenchida da inclinação ao mal. Devemos descobrir que somos completamente egoístas em prol de realizar nossa correção. Colocando-o diferentemente, precisamos descobrir que estamos a viver como criminosos.

Durante os Grandes Feriados* dizemos, “Estamos em falta; nós traímos”. Está escrito sobre estas palavras, “Mantenha-se longe de uma falsa palavra” (Êxodo 23:7). Precisamos descobrir que fomos nós que cometemos essas transgressões. Se pensarmos que o que está escrito na Torá está exagerado e que não é uma verdadeira descrição de quem nós somos, isso é um sinal que ainda estamos para conhecer quem somos realmente e que precisamos ainda de descobrir a totalidade da nossa inclinação ao mal.

É então que a Torá vem até nós, pois “a luz nela reforma”. Isto é, a Torá nos instruiu a como suscitar dela a luz para que nos reforme, para que possamos alcançar amor e conexão com os outros.

Há muito trabalho para nós fazermos: caminhamos nas trevas, em choros, em escrutínios, em elevar MAN, em várias transgressões, tais como com os espiões e as águas da contenda, até que alcançamos as fronteiras da terra de Israel. Nos corrigimos até que possamos usar nossos desejos em prol de doar.

Contudo, é mais que uma mera restrição do nosso desejo; é na realidade usar o desejo em favor dos outros. Os mesmos desejos que descobrimos dentro de nós – que trabalhavam somente para nosso próprio favor para enganar, mentir, roubar e manipular – agora chegaram a um ponto de correção e purificação através dos quarenta anos no deserto até à entrada na terra de Israel. É então que abordamos a fase do trabalho interno sobre o ego, o ponto onde nos voltamos e usamos o ego na doação, a favor dos outros. Aqui, isso é considerado que o anjo da morte se tornou um anjo sagrado.

É um tipo muito diferente de trabalho. Neste trabalho, uma pessoa precisa de juízes e oficiais. Os juízes são as decisões que uma pessoa toma em avançado, do Rosh (cabeça) do Partzuf (face) espiritual, Rosh da Neshamá (alma). “Juízes” são a premeditação a respeito de precisamente como trabalhar com o nosso ego, como o manipular e como o dispor para que ele dê seu máximo poder e transforme toda a sua negatividade na direção do favor pelos outros.

Posteriormente, um precisa estabelecer oficiais sobre si mesmo de modo a não se desviar do caminho, uma vez que até se a decisão estiver inicialmente correta, um não consegue adivinhar o futuro. Isto é chamado o Guf (corpo) do Partzuf, da Neshamá. A Neshamá são aqueles desejos egoístas que transformamos na intenção de doar.

Se usarmos os desejos de acordo com a forma do ego, não temos Rosh, nem precisamos de uma pois estamos a ser empurrados. Contudo, se quisermos começar a usar nossos desejos em favor dos outros, primeiro devemos os restringir e então agir de acordo com os escrutínios e decisões que anteriormente tomámos, através da luz que reforma. Quando usamos nossos egos favoravelmente, isso é considerado “arrependimento”. Nesse estado, usamos esses desejos somente em favor dos outros, sem quaisquer favores regressarem a nós.

A premeditação é chamada “juízes” e a execução é chamada “oficiais”. Estas são duas qualidades de doação: uma que planeia a ação (juízes) e a outra que as executa (oficiais). Estes são os mesmos desejos terríveis que em nós estavam anteriormente e que foram usados somente para prejudicar os outros e nos beneficiarem a nós mesmos. Estes desejos agora se tornaram Yashar El (direito a Deus), Yisrael (Israel). Eles são chamados Éretz Yisrael, onde Éretz significa Ratzon (desejo) e Yisrael significa Yashar El (direito a Deus). É assim que avançamos, quando nosso desejo estiver inteiramente direcionado para a doação sobre a força superior, o Criador, através da doação sobre os outros.

É por isso que precisámos das duas forças, oficiais e juízes, nos guardando e cuidando de nós, realizando os escrutínios certos. Anteriormente, tínhamos somente o escrutínio de doce e amargo. “Doce” significa que queríamos e “amargo” significa o que não queríamos. Aqui, contudo, isso refere-se a outro escrutínio a respeito de doce e amargo, um escrutínio de verdade e falsidade.

“Verdade” significa doação sobre a força superior, se aproximar dele, conexão com os outros        e atualização da qualidade de doação.

Foi por isso que foi dado à humanidade, para que possamos levar a cabo a conexão e trabalhar sobre nós mesmos, como está escrito, “Através do amor pelo homem ao amor por Deus”.

Corrigir os desejos significa alterá-los de cuidarmos de nós mesmos, da recepção, para usá-los a favor dos outros. Essa é uma correção de falsidade para a verdade, para que ela não seja amarga para nós, mas doce. “Verdade” significa usar o desejo em favor dos outros, até se nos souber amargo. Isso é chamado “fazer um Mitzvá” (singular de Mitzvot).

O homem é feito de um desejo de receber prazer. Há 613 Mitzvot, que são os 613 desejos em nós, nossos 613 impulsos egoístas com os quais nós exploramos os outros. Devemos transformá-los para serem em favor dos outros.

Há dois graus aqui: um é chamado o “deserto”, através do qual uma pessoa alcança o grau de Biná, doação e o outro é chamado Éretz Yisrael (terra de Israel), o desejo de doar, quando uma pessoa na realidade adquire, ou seja, corrige o uso de todos os desejos com a intenção de doar. É assim que nos tornamos Cabalistas, recebendo a revelação da Divindade, que é nossa meta. É o mesmo para cada pessoa e para o todo da humanidade.

Na verdade, já estamos na nossa correção final, em redenção completa. Transcendemos o uso egoísta de nossos desejos e qualidades e os elevamos para o uso altruísta a favor de todos e a favor da força superior, o Criador. Isto conduz-nos para a correção geral de nossos desejos, conectando- nos juntos para que cada um de nós alcance a revelação da Sagrada Divindade, a Assembleia de Israel, através de nossa correção em relação aos outros.

 

Perguntas e Respostas

Quando descobrimos que todos nossos desejos são para usar e explorar os outros, pedimos correção. Mas isso significa que na realidade desejamos prejudicar os outros?

É claro nós não sentimos ou entendemos se devemos nos imaginar a prejudicar os outros, ou talvez concordar que assim seja, até se não sentirmos dessa maneira.

Temos tendência a julgar as pessoas pelas suas ações. Contudo, a maioria das transgressões discutidas aqui são na intenção e não na ação.

Estamos inconscientes delas nas nossas ações, também. Começamos a ver que estamos a cometer estes pecados quando começamos a avançar para os outros. Erros e pecados são somente em relação aos outros. Quando verdadeiramente começamos a agir na direção da conexão, descobrimos quão incapazes somos, como rejeitamos, esquecemos e nos opomos a ela e como nos enganamos a nós mesmos a toda a hora, até inconscientemente.

Subitamente, descobrimos que nos esquecemos totalmente que a Torá nos incumbe de alcançar conexão, amor, “Todos de Israel são amigos”, etc. Este é um processo que acontece a todos; não podemos alcançar a espiritualidade e observar a Torá a menos que sigamos o caminho da conexão entre nós.

O que é um juiz?

“Juízes” são pensamentos e desejos que aparecem para nós de entre muitos outros que estão ainda enterrados em nós. Conhecemos mais ou menos nossas qualidades; podemos julgar o estado no qual nos encontramos e podemos voltar sua direção em favor dos outros, ou pelo menos ver como não temos desejo de dar aos outros e que vilões nós somos. Isto, em si mesmo, é um alto grau.

As pessoas ímpias na Torá não são pessoas vulgares. Este é um alto grau. A Torá foi escrita na realidade para os ímpios, como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal”. A Torá destina-se a aqueles com uma inclinação ao mal. Se não sentirmos que somos egoístas, criminosos, não precisamos da Torá e ela não se destina a nós.

Por que lei sentencia o juiz? Por que lei é um declarado transgressor?

O juiz é o indivíduo. Assim que direcionados para a conexão com os outros, começamos a nos julgar a nós mesmos: “Quero realmente me conectar com os outros? ” Escrutinamos porque queremos nos conectar: “Qual é a base sobre a qual devo observar essa lei? Está claro o que deve ser feito? Alguém me disse que o devo fazer? Quero eu o mundo vindouro ou este mundo? Espero ganhar alguma coisa disso? Ou, quero-o realmente pelo Criador sem qualquer autogratificação? ”

Cada passo no caminho contém muitos graus sobre os quais descobrimos que somos maus. Se não nos empurrarmos para a conexão com os outros, não descobriremos quão opostos à união somos nós. Há imenso trabalho antes de alcançarmos o estado de “Eu criei a inclinação ao mal”. Nesse trabalho descobrimos que o Criador criou a inclinação ao malem nós e sem ela, nada temos.

Nós não entendemos a natureza da Criação. A Criação é a inclinação ao mal. Estamos inconscientes da medida à qual procuramos somente o nosso próprio bem e não o bem dos outros. Além do mais, quanto mais os outros sofrem, mais superiores nos sentimos, que nos dá prazer e preenchimento.

Isso é muito enganador. Uma pessoa vulgar em uma sociedade que obedece a leis não se sente uma criminosa se ele ou ela não fez alguma coisa fora da lei.

Verdade, mas você descreve a vida corpórea, terrena. Aqui falamos de outra coisa. Se quiser descobrir o Criador, precisa transformar sua intenção em doação, em amar os outros.

E se afirmássemos o que você acaba de dizer a uma pessoa sem conhecimento na Cabala?

Seríamos ridicularizados, sem dúvida.

Não faz sentido e é completamente fora de moda.

Verdade, é por isso que precisamos explicar que hoje, devemos usar a verdadeira Torá. A sabedoria da Cabala é chamada a “verdadeira Torá”; ela é a interioridade da Torá pois a luz nela reforma. Em outras palavras, ela é um método para a correção da alma. Estamos em exílio do mundo espiritual e devemos deste modo nos corrigirmos e descobrir a espiritualidade, descobrir o Criador. Este é o propósito e a Torá nos foi dada para que chegássemos a ”conhece o Deus de teu pai e serve-O” (1 Crónicas, 28:9).

Em um estado corrigido, não haverá juízes nem oficiais, ou leis?

Não. Aqui, neste mundo, temos de viver de acordo com aquilo que a humanidade determina, de acordo com aquilo que as pessoas e o governo decidem. Devemos respeitar estas leis pois elas foram feitas por uma Providência oculta.

Neste mundo nós temos de ser como todos os outros, “Eu moro entre meu povo” (2 Reis, 4:13). Contudo, dentro de nós precisamos O começar a conhecer, para subirmos ao nível onde, de algum modo, nos assemelhamos a Ele se desejamos abrir nossos olhos na Torá, se quisermos descobrir a Divindade e as leis superiores e sentir e vir a conhecer o Criador. Alcançamos a revelação do Criador à medida de nossa Dvekút (adesão), a medida de nossa equivalência de forma.

Pode haver uma correspondência entre as leis corpóreas e a espiritual?

Sim, na correção final e completa.

E antes disso?

Antes disso, certamente não, porque nós determinamos as leis corpóreas de acordo com nossos egos. Quanto mais começarmos a manter estas leis na espiritualidade juntos, também quereremos projetá-las sobre o mundo corpóreo. Não podemos fazer isto separadamente. Antes da ruína do Templo, quando o povo de Israel mantinha estas leis, nós as mantínhamos e também vivíamos de acordo com elas.

Há quaisquer oficiais na sociedade de hoje?

Não. Hoje, oficiais e juízes trabalham pelas leis que as pessoas determinaram. Isso não tem qualquer conexão com a espiritualidade. Não podemos também estabelecer leis espirituais entre nós pois não as conseguimos manter. Todas as leis espirituais lidam com o amor pelos outros. Estas são leis do sistema geral global que hoje aparece e está a começar a exigir que o mantenhamos.

Mas a situação presente é ao contrário. As pessoas querem justiça, mas não sabem como a implementar.

A rede de conexões entre nós está a aparecer por todo o mundo. Todos nós estamos conectados através dela e todos são dependentes uns dos outros. É por isso que as pessoas sentem a necessidade da mudança, que elas devem fazer alguma coisa. Todos nos sentimos desconfortáveis pois nada que tentamos tem sucesso. Estamos em uma crise nas nossas famílias, no trabalho, no sistema de educação, na cultura e basicamente em todo o lugar.

Mas isto é algo profundo. Frequentemente sentimos que estamos em uma crise independentemente do que acontece no exterior.

Não faz diferença; o que importa é o que sentimos. Por fora, as coisas podem ser belas. No todo, as pessoas não estão a morrer de fome, todavia muitas possam ir para as ruas e levantar um grito. Elas estão inconscientes que por trás de suas exigências de justiça social reside um grito por falta de conexão. Esta é a verdade que hoje está a aparecer no mundo hoje.

O mundo está a manifestar-se como integral, global, como inteiramente interconectado.

A porção fala de um rei que deve ser escolhido de entre o povo. Se um rei é um governante todo- poderoso, como podemos falar de realeza nesse estado? É como se hoje as pessoas fossem nomear democraticamente um líder como rei; isso soa completamente irrealista.

Quando todos os pensamentos e desejos trabalham para a terra de Israel, para o desejo pelo Criador, o desejo pela doação abrangente, mutua e completa, uma pessoa escolhe a base com a qual ela influencia todas as coisas. Com essa base, um alcança a Kéter (coroa), ou seja, semelhança com o Criador de todas as maneiras.

Nós criaturas estamos em Malchut (realeza), que é nossa grande vontade de receber. A força superior que nos criou, por outro lado, está em Kéter. Precisamos conectar todos os nossos desejos do “povo”. A partir da união de todos, escolhemos nossa mais básica fundação e chamamos-lhe “rei”, como Rei David, o Messias filho de David, que é Malchut que alcança Kéter. Um “rei” em Israel não é como um rei em outras nações, do modo que os romances o imaginam. Ser-se rei em Israel é o trabalho mais duro que pode haver.

Isso trata-se de uma pessoa?

O “rei” é o juiz supremo. Ele é a pessoa a quem as pessoas vêm fazer perguntas e ele não se pode afastar daqueles que vêm até ele.

Ele também passa juízo?

Sim. Maimônides e outras fontes escrevem sobre esse trabalho, que é certamente trabalho duro.

É realista ter um rei em Israel hoje?

O rei não é aquele que se senta no trono. Ele é o juiz supremo. O rei é aquele que sabe como organizar, aproximar e corrigir as decisões mais cruciais com a direção de doar. Ele é responsável pela nação inteira, por coletar todos os desejos do povo dentro dele e os elevar até Kéter.

Há ora um rei em cada um de nós ou um rei geral entre nós, nos elevando ao Criador e nos conduzindo para a correção. Messias, filho de David, é aquele que puxa o todo de Malchut ao grau de Kéter.

Hoje, o povo não tem fé no governo; eles querem assumir o poder e tomar decisões. É esta uma nova fase que emerge que as conduzirá à conclusão que as pessoas precisam de um representante para falar por elas?

Não. As pessoas precisam de exigir ajuda do governo para receber educação para a educação mútua. Esta é a obrigação que recebemos no Monte Sinai, quando nos foi pedido se somos responsáveis uns pelos outros e se queremos ser como um homem com um coração.

Esta é nossa correção – “Aquilo que odeias, não faças ao teu amigo”. Esta é a fase do deserto. “Ama teu próximo como a ti mesmo” é a fase chamada “terra de Israel”, garantia mútua, ser-se “como um homem com um coração”. Nós devemos fornecer a educação da garantia mútua por nós mesmos a todas as pessoas. O governo pode ajudar pois ele tem os instrumentos, recursos e os mídia, mas são as pessoas que o devem exigir.

Então e o sistema judicial? Precisaremos nós de oficiais e juízes para manter a garantia mútua?

Teremos de reconstruir o sistema para que ele seja um sistema educativo, com pessoas que exerçam, como oficiais e juízes, uma espécie de Sinédrio renovado.

A porção menciona bruxaria e divinação. Porque são eles proibidos? Não mudariam as pessoas para o melhor se elas soubessem para onde se dirige o mundo?

Estamos proibidos de confiar em milagres ou adivinhar o futuro. As únicas ações permitidas são aquelas nas quais servimos como nossos próprios juízes e oficiais para promover nosso progresso. A sabedoria da Torá, ou seja, a Cabala, rejeita qualquer bruxaria ou bênção. Ela rejeita notas ou pedidos desde o Rabi, às fitas vermelhas, água benta e horóscopos de qualquer espécie. Tudo isso é considerado “idolatria”.

É semelhante ao que foi dito sobre Abrão antes de ele se tornar Abraão, o pai da nação. Ele estava envolvido em vender ídolos, um grau preliminar que existe em cada um de nós, em qualquer um que ainda não tenha sido corrigido através de uma divulgação genuína da inclinação ao mal, pois então um exige o verdadeiro tempero da Torá.

O povo de Israel aprendeu sobre condutas durante a guerra. O que é a guerra?

Ela é uma luta contra a inclinação ao mal. Os inimigos do homem são aqueles que habitam dentro dele no seu lar, aqueles no seu coração, ou seja todos os desejos, pensamentos, pecados e erros que ele deve transformar em Mitzvot, em ações de doação. Uma ação de doação é chamada um Mitzvá (singular de Mitzvot). Há uma guerra interminável aqui – a guerra do Criador com Amaleque, que dura gerações.

Mas como resultado, construímos um exército com um código de ética e valores.

Não tivemos outra escolha. No passado, também, tivemos um exército. Também o Rei David e assim fizeram todos os outros. Enquanto as pessoas não haviam sido corrigidas, tinha que haver um exército.   Se   nos mudássemos a   nós   mesmos   até    um    pouco    para    a    garantia    mútua, imediatamente chegaríamos e veríamos que nossos vizinhos nos deixariam em paz.

Afinal, não fazemos coisa alguma que esteja fundamentalmente errada. No minuto em que nos direcionamos corretamente para o amor pelos outros entre nós e dentro de Israel e nos começamos a conectar como antes, em amor fraterno, mudaremos a direção para o positivo, o mútuo e testemunharemos paz e sossego pelo país, saúde, educação e o fim das lutas externas ou internas.

 

Termos

Juiz

Um “juiz” é aquele que decide.

Oficial

Oficiais, bem como juízes, cuidam da boa influência sobre o povo.

Julgamento e Justiça

“Juízo” é um estado no qual um trabalha acima da sua grande vontade de receber. “Justiça” é um estado no qual um trabalha somente em favor dos outros, sem qualquer autogratificação.

Rei

Este é um estado onde uma pessoa tem a força para fazer o que é necessário de acordo com a Kéter

(coroa), de acordo com o Criador, a força superior que aparece.

Bruxaria

Qualquer ação pela qual um deseje obter benefício sem trabalho honesto, ou seja, que ele trabalha para o seu ego.

Futuro

O resultado de uma ação de doação.

Guerra

A única guerra é aquela contra a vontade de receber, contra o ego. Todas as outras guerras, incluindo aquelas no nosso mundo, resultam do fato de não estarmos a lutar contra nossos egos. Se tivéssemos sucesso nisso só um pouco, até nossos piores inimigos nos deixariam.

Lei

A natureza ao nosso redor é uma lei. É semelhante a lei que aparece e aponta para nossa interconectividade, mas prejudicialmente. A conexão certa e benéfica é chamada a “lei superior”.

Transgressor

Aquele que usa a sua vontade de receber para seu próprio favor e contra o bem dos outros.

Garantia Mútua

A realização de que somos interdependentes e devemos estar em mutualidade favorável uns para os outros.

De O Zohar: Grande Sinédrio, Pequeno Sinédrio

O Mitzvá subsequente é de assumir o grande tribunal, Biná, que – do lado de Chéssed – é chamada Elokim, Biná, “o grande tribunal”. Grande é Chéssed. Ela é grande nos seus Dinim, esquerda e grande nos seus méritos, direita. Quando a esquerda de Biná é incluída na direita, Chéssed, ambas são chamadas “grandes”, como está escrito, no Mitzvá, “Seguramente colocareis um rei sobre vós”. “Colocareis” significa no alto, em Biná, e “colocareis” abaixo, em Malchut. É assim que devemos assumir o grande tribunal do lado de Biná, embora ele já tenha assumido o pequeno tribunal do lado de Malchut. Zohar para Todos, Shóftim (Juízes), item 21


* Os dez dias começam em Rosh HaShaná e terminam em Yom Kipur. Também conhecidos como os “Dez Dias de Arrependimento”.

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