Devarim (Estas São as Palavras)

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Deuteronômio, 1:1-3:22)

 

Sumário da Porção

A porção, Devarim (Estas São as Palavras), começa com um longo discurso que Moisés faz diante do povo de Israel precisamente antes de sua morte. A porção contém uma revisão histórica de quarenta anos no deserto, que Moisés descreve ao povo de Israel. A porção também lida com nomear os presidentes das tribos e os juízes, o pecado dos espiões e sua punição, os relacionamentos entre Israel e Edom, Israel e Moabe e Israel e Amon, bem como as guerras com Siom e Ogue. Moisés apoia Yeóshua (Josué), filho de Nun, como o próximo líder do povo de Israel, que os conduzirá para a terra de Israel.

 

Comentário

Do cascatear dos graus espirituais e o que aprendemos sobre a percepção da realidade, sabemos que não há mundo fora de nós. Tudo aquilo que existe são estados espirituais que atravessamos, estados retratados dentro de nós. Tudo está dentro de nós, como foi dito, “O homem é um pequeno mundo”.

Avançamos de estado para estado. Cada estado emerge do seu predecessor e é incluído nele. Isso é chamado um Partzuf (face). Cada estado contém aquilo que existe no anterior, as Reshimô (recordações), impressões e memórias das quais ele nasceu e que agora deve implementar. Nenhuma coisa vem do nada; tudo depende daquilo que o precedeu.

Estas são as fases pelas quais ascendemos do grau do deserto para o grau da terra de Israel. O grau da terra de Israel contém todos os graus anteriores, desde Adam HaRishon (o primeiro homem, Adam), com o qual a Torá começa. É por isso que achamos que a Torá sempre repete estados descritos em livros anteriores e os prolonga para o próximo grau superiores.

Nós usamos o mesmo padrão nas nossas vidas diárias na escola, repetindo o mesmo material, mas cada vez em um nível mais alto. Isto é, estudamos as mesmas leis, mas em maior detalhe. Quando estudamos as leis de Newton no nível do liceu, voltamos a encontrar aquilo que já aprendemos várias vezes na escola. A diferença é que mais fórmulas são adicionadas. Este padrão se repete em várias áreas da vida.

Nesta porção, ascendemos a um grau muito alto. “A terra de Israel” é composta de todos os desejos do homem que são processados e corrigidos para terem a direção de doar, ou seja que são corrigidos completamente.

Tudo o que precisamos é corrigir aquilo que está em nós desde o estado no qual nascemos e do qual evoluímos. Precisamos transformar de visar usar nossos traços egoistamente para os usar pelo bem dos outros, como em “Ama teu próximo como a ti mesmo; essa é uma grande regra na Torá”. Na realidade, é a inteira Torá que nos explica como corrigir o coração, ou seja todos nossos desejos, que são chamados “coração”.

Hoje, não sabemos quem nós somos. Queremos descobrir o sentido de nossas vidas, a razão para a vida. Esta e questões semelhantes despertam especificamente na nossa geração e frequentemente conduzem à depressão e abuso de drogas e alcoolismo, pois não fazemos ideia do que fazermos com elas.

Há pouco  menos  de  um  século  atrás, pensávamos que  quanto  mais tivéssemos,  mais  seriamos felizes. Acreditávamos que o excesso de consumo era melhor que o consumo equilibrado até que nos encontramos em um estado de crise, especificamente porque recebemos demasiado e fizemos coisas desnecessárias só para nos satisfazermos. Agimos a partir das suposições, “quanto mais vendermos, mais felizes seremos”, e “quanto mais comprarmos, mais felizes seremos”. Criámos a monstruosa indústria publicitária para promover produtos redundantes e fazer-nos pensar que eles eram na realidade essenciais.

Nos últimos cem anos ou assim, a humanidade progrediu desta maneira até que chegámos a uma situação onde não só estamos infelizes, mas também nos tornamos cada vez mais pobres. Estamos a experimentar repetidas instâncias de escassez, vazio e desamparo.

E, todavia, temos de aprender todos isso em primeira mão. Essa é a primeira fase do nosso desenvolvimento, o “período de preparação”.

Da presente fase, avançaremos para a próxima na qual a espiritualidade se desenvolve. Vamos compreender que se continuarmos a viver como fizemos, vamos nos arruinar a nós mesmos completamente. Nos tornámos máquinas que consomem e descartam, mas no fim, o mundo será esgotado de matérias primas e não teremos nada com o qual nos sustentar.

Isto traz-nos às velhas questões: “Como vamos sobreviver? ” “Como podemos ter uma vida feliz e viver em uma sociedade que é equilibrada e igualitária? ” “Quais são os valores que devemos seguir em prol de ter uma boa vida na qual temos o que precisamos e merecemos? ”

No cerne do problema está uma parte da sociedade que recebe sem quaisquer restrições enquanto os outros sofrem. Para remendar isso, começamos com as questões que acabámos de mencionar enquanto entramos na próxima fase – a fase da correção, quando nos devemos corrigir. Essa fase começa no pé do Monte Sinai, quando percebemos que devemos estabelecer uma sociedade justa e igual, com felicidade espiritual para todos. Isto se espalhará através da união e garantia mútua. Se concordarmos com isso, assumiremos sobre nós o método da correção.

A sabedoria da Cabala é o método da correção. Ela explica como atravessamos as primeiras fases da nossa correção. A primeira fase depois do período de preparação é chamada “quarenta anos no deserto”. Nessa fase devemos ter um líder que compreende o que deve ser feito, que caminha em frente e a quem todos seguem para o deserto.

Um “deserto” é um lugar onde não sabemos como sobreviver ou nos sustentar – aos nossos filhos e mulheres, bem como ao gado – sem comida e água. Nós passamos pelo deserto, seja uma nação inteira ou um indivíduo, no qual há desejos e pensamentos que devemos corrigir gradualmente.

No deserto, corrigimos todos nossos desejos para estarem no grau de “desejar misericórdia”. Nesse grau, consumimos o que é necessário para viver e damos o resto à sociedade. “O resto” é tudo aquilo que podemos produzir ou fazer a favor dos outros. Dedicamos tudo à sociedade, pois esta é a correção de desejar misericórdia. Moisés, que está nessa correção, é a força que nos puxa do ego para a doação sobre os outros. Ele é aquele que nos leva através de várias correções individuais.

Dentro desse processo há uma divulgação dos desejos egoístas do homem, chamada “o pecado dos espiões”, “águas de contenda” e guerras com certas nações – Amon, Moabe e Edom – algumas das quais devem ser “chacinadas”. Estes são os desejos que devemos refrear de usar por enquanto pois eles são tão intensos que não os conseguimos corrigir, mas somente os conseguimos restringir.

Sob condições especiais, podemos corrigir alguns dos nossos desejos egoístas, tais como ”mulheres”. Podemos também corrigir desejos que não foram usados egoisticamente, mas ainda pertencem ao ego.

Por exemplo, os excessos são alguns desses desejos, alguns dos Kelim (vasos), as habilidades que podemos corrigir. É assim que avançamos pelo deserto, onde cada porção é uma fase enquanto passamos por paragens e acampamentos onde avançamos e nos corrigimos para uma fase de “desejar misericórdia”.

É por isso que os filhos de Israel, com todas suas tribos, contam quem está e quem não está a avançar pelo bem do público e garantir que cada pessoa tem aquilo que ele ou ela precisa para o sustento normal. Isto é chamado “divisão justa”. O resto, um dá ao público.

Não se trata de que devemos ter todos o mesmo. Em vez disso, é que cada um de nós deve ter aquilo que é adequado para nosso consumo relativo. Em outras palavras, dado que todos nascem diferentes e desiguais, o sentido da igualdade é interpretado diferentemente para cada pessoa.

 

Perguntas e Respostas

O discurso de Moisés prepara o povo para o próximo grau. O próximo grau não é aquele ao qual Moisés pertence, mas é o grau onde Yeóshua continua. Como pode Moisés preparar o povo para os desafios futuros na terra de Israel – com divisão justa e igualdade entre eles – quando conquistarem a terra, encontrando desejos que nunca usaram, mas com os quais agora devem lidar. Como pode Moisés os preparar para este grau?

Os filhos de Israel usaram os desejos que eles corrigiram e que eles agora vão corrigir em um nível mais profundo. No total, há 613 graus dentro de nós. Primeiro, os corrigimos somente no nível do deserto, ou seja, os usamos somente no grau de Biná, o grau de desejar misericórdia. Subsequentemente, no nível da “terra de Israel”, um transforma estes desejos naqueles com a meta de doar.

Estes são os mesmos desejos; não há outros. Dentro de nós há uma espécie de pacote de desejos, todos os quais são egoístas em respeito aos outros. Eles são chamados “a inclinação ao mal”. Corrigimos estes desejos em duas fases – a fase do “deserto” e a fase da “terra de Israel”. Contudo, trabalhamos sempre com os mesmos desejos.

Na fase do “deserto”, corrigimos o desejo usando a força especial superior – o Criador. Contudo,  o meio para fazer isso é Moisés, nossa conexão com a força superior. Dentro de nós há uma qualidade chamada “Moisés”. Ao usá-la e conectar-nos a ela, conectamo-nos à força superior. É por isso que Moisés é chamado um “líder”, aquele que nos pode ajudar a conectar à força superior. O líder   compreende   e   conhece    todos    os    processos    que    devemos    atravessar,    ou    não teríamos necessidade dele. Ele é a mais alta qualidade dentro de nós, reconhece o Criador e é semelhante a Ele. Com esta habilidade, o líder conecta-se à força superior.

Colocamo-nos em uma linha direta especial onde todos nossos desejos se conectam a Moisés e através de Moisés ao Criador. Por agora, é assim que descobrimos o Criador – parcialmente, de tempos a tempos. Ele “fala” para Moisés abertamente e através de sinais aos outros, tanto quanto esses desejos em uma pessoa conseguem descobrir o Criador.

Na próxima fase, quando entramos na terra de Israel, a qualidade de Moisés em nós já não nos acompanha. Precisa haver uma qualidade mais avançada para outras correções, uma qualidade chamada “Yeóshua”, filho de Nun. De fato, essa é ainda a qualidade de Moisés, mas com um papel mais elevado e mais responsabilidade. Embora Moisés aparentemente dê seu papel durante seus quarenta anos no deserto juntos, Yeóshua é na realidade Moisés tendo ascendido ao grau da terra de Israel.

O grau de Moisés morre no Monte Nevo, no outro lado do Rio Jordão. Os desejos são divididos dentro de nós na terra de Israel, Jordânia, além do Rio Jordão, Líbano, Síria e assim por diante.

Posteriormente, Moisés começa o próximo grau, chamado Yeóshua, filho de Nun. Todos começamos nossas correções no grau da terra de Israel. Isto é, todos os desejos no nível do deserto sobem até ao nível da terra de Israel, se tornando totalmente em favor dos outros.

Primeiro, aqueles que vivem em Israel hoje devem se tornar conscientes que ainda não estão na

“terra de Israel”. Pode ser dito que eles dificilmente alcançaram o deserto?

De acordo com a sabedoria da Cabala, nós estamos em exílio total, nem sequer no deserto.

Então, e liderança? Nós a temos?

Nós  não  temos  liderança  pois  não  queremos   um   líder.   Se quiséssemos liderança  espiritual, descobriríamos o líder internamente, bem como externamente.

Como haverá liderança se entramos em território inexplorado?

Certamente, os próprios líderes não fazem ideia do que fazer.

Onde está Moisés?

Se o quisermos, o teremos.

Isto requer trabalho interno?

Isso requer trabalho interno. Se quisermos nos corrigir, o descobriremos no exterior, também. De súbito, um novo líder aparecerá que não havíamos visto ou conhecido anteriormente. E saberemos que é verdadeiramente ele.

Os filhos de Israel também não desejaram aceitar a liderança de Moisés. Várias vezes durante o período  do  deserto,  eles  tentaram  derrubá-lo.   Em   cada   grau,   devemos escrutinar se   é  esta verdadeiramente a força ou não que estamos a seguir, dado que seu poder aumenta constantemente.

Não é uma nação ou gado para que o levemos conosco. Tudo é obtido através da educação do povo. Somente com a educação as pessoas começam a vê-lo claramente, que é o porquê de tudo deve ser feito pela educação. Todos os slogans que as pessoas escrevem devem primeiro ser explicados: “O que é igualdade”, “o que é justiça”? Certamente, o que é igualdade? Afinal, somos diferentes e temos necessidades diferentes.

Verdade, todos devem receber graus diferentes de tanto quantidade e qualidade. Não pode ser de qualquer outra maneira.

Mas alguém pode dizer, “Meu ego requer dez milhões de dólares por ano”.

É por isso que primeiro precisamos de um sistema de educação que nos ensine as leis da Natureza, as leis da Criação que aparecem diante de nós agora. Primeiro, todos devemos aprender sobre elas, abrir nossos olhos e ver o mundo em que vivemos. Talvez estejamos inconscientes do que o mundo se parece; talvez exijamos coisas que nos prejudicam, como os bebês fazem por vezes.

Aqueles que sofrem podem escutar, mas neste momento nem todos estão a sofrer.

Todos pensamos que estamos a sofrer e todos pensamos que merecemos mais. Deste modo, de acordo com a sabedoria da Cabala, devemos começar a equilibrar nossa sociedade e ao mesmo tempo começar a educar, ensinar e obrigar a todos a estudar as leis da Natureza. Enviamos nossos filhos a aproximadamente vinte anos de escola e universidade para os preparar para a vida. Agora somo todos como crianças da escola em respeito ao mundo que aparece diante de nós e todos devemos ir para a escola.

A sabedoria da Cabala explica o que enfrentamos. Ela é precisamente o porquê do que está a aparecer. Se não aprendermos, continuaremos no nosso caminho, tal como crianças obstinadas que não querem escutar seus pais e se colocam a si mesmas em risco.

Nós precisamos de uma fase preparatória. Neste momento, muitas pessoas estão nas ruas a gritar com dor. Primeiro, precisa lhes ser dado alguma coisa para as acalmar para que possam escutar.

Isso tem de ser em simultâneo, ou conduzirá a terrível destruição.

Você quer dizer que não se pode acomodar a simplesmente uma delas, mas as deve estabelecer a ambas?

Sim.

A ruína do Templo ocorreu devido ao ódio infundado. Como podemos evitar o ódio infundado hoje?

Este ódio é o resultado dos nossos egos elevados, o pecado dos espiões. Não queremos ir para a terra de Israel, e parece-nos que é difícil, proibido, não para nós, que é perigoso. Fazem-nos pensar que a Cabala nos pode tornar loucos, que é misticismo. Abreviadamente, estamos a repelir nossa própria correção de qualquer modo que conseguimos.

Os espiões dizem-nos, “Devemos corrigir-nos; devemos chegar a um estado em que todos somos amigos, irmãos, em garantia mútua e igualdade”. Mas de que igualdade estão eles a falar? Querem eles igualdade? Estes são senão slogans. Todos dizem, “Dê-me o que eu mereço”! Mas merecem eles aquilo que exigem?

Para as pessoas escutarem, deve haver um declínio terrível.

Verdade, mas podemos preveni-lo. Para fazer isso, precisamos tornar nossa situação real conhecida. Presentemente estamos em uma nova geração, em um lugar completamente diferentes. Nossa realidade é diferente. Ainda estamos por achar um nome adequado para ela, mas os laços sociais são diferentes e também são nossas conexões internacionais.

Quando as pessoas estão em sofrimento, elas começam a odiar aqueles que não são como elas. E todavia, agora testemunhamos um processo de fusão. Como podemos impedir-nos de nos desintegrar-nos devido ao ódio infundado?

Este é um processo de aglutinação, cujo propósito é quebrar, não de construir. Este é o maior problema – que todas estas forças agora se estão a unir em prol de quebrar. Deste modo, devemos explicar tanto quanto pudermos que há algo muito arriscado aqui, que devemos deliberar, que devemos dispor discussões de mesa redonda e conduzi-las em todo o lado e a toda a hora.

O que é a justiça social? Há tal coisa como justiça objetiva e absoluta?

Sim, há, quando cada um recebe somente o que é necessário para sobreviver de uma maneira razoável.

Quem o monitorizará?

De acordo com o orçamento geral, seria monitorizado tanto quanto o possível. Inicialmente, seria testado em percentagens, quanto cada um necessitaria no geral. Semelhante à Segurança Social, todos receberiam a mesma quantia, tal como os pobres e os ricos recebem a mesma mesada da Segurança Social.

Este é um cálculo econômico que no final deve ser equilibrado. A coisa importante é deixar o mundo e a nação saberem onde se encontram e porque são do modo que são. Agora, nos é requisitado entender o que é um estado (país), o que é esse sistema, como ele funciona e como determinar regras. Cada um de nós deve participar nesta divulgação, dando algo de nós mesmos.

Qual é a condição para o sucesso?

A condição para o sucesso é que nos sentemos e aprendamos sobre o novo mundo, tal como crianças são preparadas durante vinte anos antes de elas se tornarem cidadãos produtivos. Temos ainda de alcançar esse nível – sermos cidadãos do mundo integral no qual vivemos. Há novas leis que surgiram e nenhum líder ou governo sabe o que fazer com elas. Respostas podem chegar somente ao estudar as novas bases, que a sabedoria da Cabala nos revela.

 

Termos

O que significa que as nações devem ser destruídas, tais como Amon, Moabe e Edom, quais delas são desejos dentro de nós?

Destrui-las significa que temporariamente evitamos usa-las. Não podemos e nem devemos destruir estes desejos. Pelo contrário, devemos congelá-los dentro de nós até que os possamos corrigir e usá- los adequadamente.

O que é um discurso ou um diálogo? Parece que um desejo “fala” para o outro.

Ele é um escrutínio interno.

Discurso

O homem é seu próprio psicólogo.

Ele analisa-se a si mesmo?

Sim, nós analisamos que desejo usar e qual não usar e se o desejo deve ser usado de uma maneira ou de outra.

Mas assim que tenhamos feito um escrutínio, onde encontraremos a força para o levar a cabo?

Isto requer duas luzes – uma para o escrutínio e outra para a correção. É por isso que está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal, Eu criei para ela a Torá como tempero”, pois “A luz nela os reforma”. Isto é, somente através da luz um atravessa todas estas fases. Durante o estudo, a sabedoria da Cabala nos traz a luz interna com a qual vemos como são as coisas. Começamos a ver nosso próprio sistema interno e como participamos no sistema geral do mundo.

Líder

Um “líder” é a qualidade mais alta de um, onde após a examiná-la, avançamos.

Igualdade

Todos são distintamente iguais. Colocando-o diferentemente, precisamos tomar em consideração que não nascemos iguais nas nossas qualidades ou desejos. Deste modo, cada um de nós deve receber diferentemente.

Isso aplica-se tanto neste mundo como à espiritualidade?

Sim, mas para a espiritualidade, precisamos conhecer o estado interno das pessoas. Inversamente, não distribuiremos justamente. A sociedade de hoje não consegue resolver estes problemas até que aprendamos as leis da natureza. A sociedade deve vir a conhecer a interioridade do mundo, então eventualmente não teremos escolha senão estudar a sabedoria da Cabala.

Ódio infundado

Estas são forças de rejeição que descobrimos no interior, quando nos queremos aproximar das pessoas. Contudo, isto é adequado somente se um verdadeiramente se desejar unir com os outros. Descobrimos que estas forças existem sem esperar encontrá-las – elas são coisas que recebemos à nascença, deliberadamente, do alto.

Novo Mundo

Agora entrámos em um novo sistema circular, global, da Natureza que nos está a encerrar juntos em uma esfera. Somos interdependentes e não nos podemos separar ou gerir independentemente, seja dentro das facções da nação ou pelo mundo.

As fórmulas para isto encontram-se na sabedoria da Cabala. Se as estudarmos, seremos capazes de gerir o mundo lindamente.

De O Zohar: Então Cantou Moisés

“Caso digais, ‘Dado que estão atados no feixe da vida e se deleitam no prazer superior, porque os deve trazer abaixo o Criador para a terra?’ Quando todos esses espíritos e almas que estavam no mais alto grau nasceram e saíram para o mundo, o Criador os trouxe para baixo para a terra abaixo. É tanto quanto o mais agora, dado que o Criador deseja endireitar aquilo que está torto ao lhes mostrar os sinais e maravilhas que Ele fará por Israel”. Zohar para Todos, BeShalach (Quando Faraó Enviou), item 218

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