Parte II: O Mundo Foi Criado Para Mim. Capítulo 5: A Verdadeira Realidade

 

Éramos como aqueles que sonham

– Salmos, 126:1

 

O mais complicado, todavia fascinante tópico ligado a O Livro do Zohar e certamente à vida, é “a percepção da realidade.”

É sabido que à nossa volta há numerosas ondas que não percepcionamos. Contudo, há também um campo de informação superior chamado “a natureza superior” ou “o Criador.” Nós conseguimos entrar em contacto com esse campo e receber tudo dele, emoções, entendimento, informação, amor, sensação de vida eterna e a sensação de plenitude que existe nesse campo, que preenche tudo ao nosso redor.

O preciso propósito da sabedoria da Cabala é nos ensinar como desenvolver as nossas próprias ferramentas para que possamos percepcionar esse campo de informação superior. Isto pode ser feito somente se mudarmos por dentro; assim, quando mudamos, nós mesmos nos tornamos como esse campo, e portanto como o Criador.

Não há nada mais simples que isso. O campo está aqui, à nossa volta, todavia nós estamos bloqueados; não o estamos a receber.

Não há nada mais natural que entrar em contacto com o seu Fazedor… Na realidade, toda a criatura tem contacto com o seu Fazedor, como está escrito, “A terra inteira está cheia da Sua glória,” excepto que um não o sabe e não o sente. Na realidade, o que alcança contacto com Ele alcança somente a consciência. É como se um tivesse um tesouro no seu bolso e ele não soubesse. Junto com isso vem outro que lhe diz o que está no seu bolso e agora ele realmente se tornou rico.

Baal HaSulam, “Escritos da Última Geração,” Parte 2

Nós estamos inconscientes do Criador, da própria realidade, tal como uma pessoa está a sonhar, a experimentar todos os tipos de eventos, acreditando a si mesma estar desperta. É assim que nos estamos neste mundo.

Na sua “Introdução a O Livro do Zohar,” Baal HaSulam compara esta situação a uma minhoca que chocou num rabanete acreditando que o mundo inteiro era o rabanete em que ela nasceu. É assim que nós, a viver neste mundo, absortos do facto de que há um vasto mundo à nossa volta, iluminado, expansivo e belo. É aqui que os Cabalistas, os que já despertaram do sonho para a realidade, se encontram. De acordo com eles, o que agora sentimos é chamado “um mundo imaginário,” e somente quando nos elevarmos acima dele seremos capazes de verdadeiramente compreender que anteriormente, “Nós eramos como aqueles que sonham.”

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Experiência ao longo dos tempos e o avanço da ciência grandemente destilaram o espírito humano.

O Raiah Kook, Luzes da Fé, p 67

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O Livro do Zohar está a ser revelado para nos explicar a como percepcionar a realidade correctamente e não é de todo uma coincidência que a ciência também esteja a sinalizar que a realidade é de longe mais ampla e rica que conseguimos presentemente percepcionar. Os cientistas estão a dizer que há uma espécie de “energia negra,” que há todos os tipos de pontos brancos ou pretos no universo, que há outras dimensões que não conseguimos percepcionar nos nossos sentidos ou desenvolver ferramentas para percepcionar.

Também, quando examinamos outros animais, nós vemos que a sua percepção da realidade é diferente da nossa. Abelhas, moscas, ursos, sapos, cobras e até gatos e cães, que vivem perto de nós, percebem a realidade diferentemente. Um cão, por exemplo, percebe o mundo principalmente como retalhos de odor. A imagem do mundo da abelha é a soma das visões recebidas por cada uma das numerosas unidades que compõem os seus olhos.

Diferentes criaturas percebem a realidade diferentemente, mas no fim, todas elas estão a percepcionar a mesma realidade. Que realidade? É uma boa pergunta. E há outra boa pergunta: Se faltasse a uma pessoa um dos sentidos, perceberia essa pessoa menos da realidade?

E se a pessoa não sentisse falta de quaisquer sentidos, mas em vez disso tivesse outro, sentido adicional? Veria ele ou ela uma realidade mais ampla? Talvez a única pergunta seja, “Que sentido é esse?”

Com o mundo que agora percepcionamos, podemos dizer que precisamos de óculos ou um aparelho auditivo porque sabemos o que significa ver bem ou escutar bem. Contudo, se não soubessemos que sentido adicional nos faltáva, como o poderíamos adquirir? Tal como não sentimos que precisamos de um sexto dedo, não sentimos que precisamos de um sexto sentido. Como resultado, estamos a viver no nosso mundo sem uma necessidade de sentir a verdadeira realidade.

Examinemos-nos a nós mesmos de parte durante um momento. Nós existimos no mundo há várias décadas, todavia não fazemos ideia do que nos aconteceu ou o que acontecerá depois de desaparecermos. Na verdade, não fazemos ideia do que está a acontecer durante as nossas vidas. Por exemplo, sabemos de onde os nossos desejos vêm? De onde os nossos pensamentos vêm? Poderia ser dito que estamos a viver no escuro, excepto que enquanto estamos nele, temos uma falsa sensação de que compreendemos e controlamos as nossas vidas.

Nas gerações anteriores, as vidas das pessoas eram simples. Elas estavam preocupadas com comida, tentavam conduzir as suas vidas tão confortável quanto conseguiam, tinham filhos e deixavam-lhes as recompensas do seu trabalho. Os seus filhos continuavam a mesma rota, geração após geração. Quando vivemos deste modo, realmente não havia necessidade de saber o que estava a acontecer ao nosso redor. Mas hoje estamos a começar a fazer perguntas sobre a vida.

Estas perguntas movem-nos do interior até que não consigamos ficar calmos e continuar com o fluxo da vida como antes. Estamos a começar a sentir que sem saber porque estamos a viver, a vida simplesmente não faz sentido. É isto que nos requer descobrir a verdadeira realidade.

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Para fazer um passo em frente de uma maneira científica aqui, tudo o que precisamos é da sabedoria da Cabala, pois todos os ensinamentos no mundo estão incluídos na sabedoria da Cabala.

Baal HaSulam, “A Liberdade”

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Para melhor compreender as novidades que a Cabala apresenta em respeito à percepção da realidade, revejamos abreviadamente como a ciência abordou este tópico no decorrer dos anos.

A abordagem clássica, representada por Newton, disse que o mundo existe independentemente, independentemente do homem e que a forma do mundo é fixa. Então veio Einstein, que descobriu que a nossa percepção é relativa e depende dos nossos sentidos. Em consequência, não conseguimos dizer precisamente o que compreende o mundo fora de nós, pois tudo isso depende da percepção da realidade do observador.

A abordagem contemporânea À nossa percepção é baseada na física quântica e afirma que o observador afecta o mundo e assim afecta a imagem que um percebe. A imagem da realidade é uma espécie de “média” entre as qualidades do observador e as qualidades do objecto ou fenómeno a ser observado. Para melhor compreender a questão, olhemos para um exemplo familiar.  Um palestrante encontra-se num salão espaçoso e palestra para um público. Eles escutam as suas palavras através de ondas que vêm dos palestrantes para as suas orelhas e através delas até ao tambor auditivo.

Então as ondas atravessam um mecanismo electro-químico, seguindo-se o exame do cérebro para ver se há algo similar na memória e correspondentemente, ele descodifica este fenómeno electro-químico.

Assim, de acordo com a abordagem contemporânea científica, a imagem da realidade é retratada dentro de nós. Não podemos dizer qualquer coisa sobre o que existe fora de nós, dado que nuunca percepcionamos o que está fora de nós. A sabedoria da Cabala leva-nos um passo em diante. Há milhares de anos atrás, os Cabalistas descobriram que o mundo na realidade não tem qualquer imagem que se pareça!

No seu “Prefácio para O Livro do Zohar,” Baal HaSulam escreve, “Tomemos o nosso sentido de visão, por exemplo: nós vemos um vasto mundo perante nós, maravilhosamente preenchido. Mas na realidade, nós vemos tudo isso somente no nosso próprio interior. Por outras palavras, há uma espécie de máquina fotográfica no nosso endencéfalo, que retrata tudo o que nos parece e nada fora de nós.”

Baal HaSulam explica que no nosso cérebro, há “uma espécie de espelho polido que inverte tudo o que vemos aqui, para que o vejamos fora do nosso cérebro, à frente da nossa face.” [2]

Para ilustrar o problema, pense num ser humano como uma caixa fechada com cinco aberturas: olhos, orelhas, nariz, boca e mãos. Estes órgãos representam os cinco sentidos, visão, audição, olfacto, paladar e tacto, através dos quais nós percepcionamos que há aparentemente alguma coisa fora de nós.

Todos os tipos de estímulos entram através dessas cinco entradas na caixa, que são todos processados em relação à informação existente na memória da pessoa e em relação à vontade de um. O resultado é certa imagem da realidade, que é então projectada em “uma tela” nas parte traseira do cérebro.

Fomos deliberadamente feitos de uma maneira que os nossos sentidos criam para nós uma imagem ilusória que parece existir fora de nós. Isto permite-nos gradualmente estudar qual é a verdadeira imagem no exterior.

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Eu olhava para esse mundo eterno e o mundo encontrava-se somente nesses justos que reinam o desejo do seu coração.

Zohar para Todos, VaYera [O Senhor Apareceu], Item 239

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Se desejamos avançar do nosso presente estado, para expandir a nossa realidade e saber onde estamos verdadeiramente e para quê, precisamos somente de tender para o que está dentro de nós, a nossa vontade. Bem no fundohá a vontade e é ela que opera todas as nossas ferramentas de percepção, bem como as nossas mentes e os nossos pensamentos.

Por vezes, aparentemente não vemos o mundo. Fechamos-nos no interior e não prestamos atenção ao que está a acontecer ao nosso redor. Mas o que na realidade acontece é que o nosso desejo se torna desconexo, como se inconsciente. Por vezes, o nosso desejo é tão intenso que ele nos faz “devorar” o mundo inteiro. E às vezes, ele simplesmente se extingue como uma vela.

Porque é que as pessoas envelhecem? É porque elas não querem mais percepcionar o mundo. É difícil para elas e como resultado, os seus corpos deixam de funcionar. Na verdade, começamos a decair, a gradualmente morrer no meio das nossas vidas. E todavia, não é o corpo, mas é a nossa vontade que morre, perdendo a sua motivação para andar em frente.

As pessoas que começam a evoluir espiritualmente recebem energia e o desejo de avançar. Elas são como crianças, sempre cheias de desejos, despertando cada dia com vigor renovado.

O desejo é o que evoca necessidades em nós e o que nós vemos ou não vemos à nossa volta. Por exemplo, uma pessoa que se torna pai começa a reparar na presença de lojas de produtos para bebés em cada esquina. As lojas estavam lá antes, mas porque ele ou ela não tinham necessidade delas, sua existência passava despercebida.

A nossa vontade é egocêntrica e assim direcciona-nos para percepcionar somente o que é bom para nós ou o que é mau para nós, para que possamos ficar longe dele. Quanto mais o ego se desenvolve e com ele a mente, mais compreendemos, percepcionamos e controlamos. Correspondentemente, a nossa percepção da realidade expande-se.

Todavia, por muito expansiva, no fim a nossa percepção é muito limitada porque ela depende dos cinco sentidos que nos dão a sensação da vida física. O nosso corpo não é diferente que o de qualquer outro animal; assim, este tipo de percepção é definida como “percepção da realidade no nível animal.” Perceber a realidade mais ampla, a que não é limitada pelos nossos egos, é precisamente o assunto de O Livro do Zohar, a percepção da realidade no nível humano.

O que percepcionamos através da nossa vontade, nossa memória e os nossos cinco sentidos é chamado “este mundo.” Porque a nossa vontade e a nossa memória são somente nossas, pois somos limitados como células individuais. Para sentir a realidade inteira, o reino superior de informação, devemos conectar-nos aos desejos dos outros, aqueles que estão aparentemente fora de nós mas que são na realidade partes de nós. Por outras palavras, para percepcionar a verdadeira realidade devemos substituir a nossa vontade e mudar da vontade interior egoísta, para a exterior.

A regra, “Ama o teu amigo como a ti mesmo” não é uma lei moral que visa nos forçar a amar outras pessoas. Ela é em vez disso um meio pelo qual nos conectamos o todo da realidade a nós mesmos.

Normalmente, amamos algumas pessoas, somos indiferentes a outras e desgostamos de outras. Este tipo de abordagem deriva da sensação de que os outros estão fora de nós. Contudo, quando conseguimos juntar essas partes a nós, tornamos-nos inteiros e sentimos a verdadeira realidade.

Porque fomos criados desta maneira, separados da verdadeira realidade? É para que nós mesmos gradualmente conectemos todas estas partes a nós mesmos. Neste processo, estudamos leis e fenómenos que existem dentro da verdadeira realidade e assim nos tornamos iguais ao Criador.

Baal HaSulam descreve isto da seguinte maneira:

Tudo o que precisas é coleccionar todos esses orgãos dormentes que cairam da tua alma e os juntar num único corpo. Nesse corpo completo, o Criador instigará a Sua Divindade permanentemente, incesssantemente e a fonte do grande entendimento e regatos de luz serão como uma nascente interminável. Então, cada lugar sobre o qual lançares teus olhos será abençoado.

Baal HaSulam, Carta nº 4

A percepção correcta da realidade é de equivalente importância para nós. Ele não é meramente outro tópico teórico para discussões sofisticadas. O que vemos é somente uma projecção das nossas qualidades internas. O Baal Shem Tov falou imenso sobre o mundo ser o espelho da pessoa:

Aquele que vê qualquer defeito no seu amigo, é como se ele estivesse a olhar para o espelho. Se sua face de um está suja, é isto que ele vê no espelho. Se a sua face está limpa, este não vê defeitos no espelho. Como um é, assim ele o vê. Isto é “Ama o teu amigo como a ti mesmo.” [3]

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É uma regra inquebrável para todos os Cabalistas que, “Qualquer coisa que não alcancemos, não definimos por um nome e uma palavra.”

Baal HaSulam, “A Essência da Sabedoria da Cabala”

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A percepção da realidade é um tópico que claramente distingue a sabedoria da Cabala da filosofia, religião e ciência. A Cabala é um método de estudo prático que conduz uma pessoa passo-a-passo pelo seu desenvolvimento pessoal. Como qualquer outro método científico, a Cabala instruí o investigador a o que fazer, identifica que resultados podem ser esperados e explica as razões para eles. Ela não oferece descrições de estados teóricos ou que se pareça, estados que um não possa executar de facto e em completa consciência.

O “Prefácio a O Livro do Zohar” divide o reconhecimento da realidade em quatro níveis: matéria, forma em matéria, forma abstracta e essência. Também, ele define os limites dentro dos quais a percepção da realidade correcta é possível: em matéria e forma em matéria.

Forma abstracta e essência não conseguem  ser percepcionadas claramente ou de uma maneira que possam ser monitorizadas, assim O Zohar não lida com elas de todo. Inversamente, a filosofia não discute forma abstracta e a religião lida com a essência. Logo, a sabedoria da Cabala difere completamente da filosofia e religião no sentido em que lida somente com o que possa ser realistica e científicamente percepcionado.*

E então e a sabedoria da Cabala em comparação com a ciência? Há similaridades e há diferenças. A similaridade é que uma pessoa não imagina o que entra no desejo, mas estuda-o. A diferença é o tipo de desejo.

A ciência terrena, a ciência do mundo corpóreo, estuda o que entra no desejo interior egoísta. A sabedoria da Cabala estuda o que entra no desejo exterior.

Na Cabala, investigação começa somente depois de uma pessoa se ter unido com os outros desejos. A sabedoria da Cabala é chamada “a sabedoria da verdade” porque ela estuda a verdadeira realidade, não a imaginária, que depende e é limitada pela nossa vontade.

Na ciência corpórea, uma pessoa pode ser um indivíduo cruel e mau, todavia um grande cientista. Na Cabala, a investigação depende da extensão à qual nós mudamos. Quanto mais abandonamos o amor próprio para o amor aos outros, mais teremos sucesso em estudar o que se encontra fora de nós.

A nossa correcção pessoal e a realização da sabedoria são inseparáveis. Somente se um se corrigir a si mesmo percepciona o todo da realidade. Os 125 graus de realização espiritual são na realidade 125 graus da correcção da conexão entre o indivíduo que alcança e todos os outros.

Quer um seja uma pessoa que não sabe ler ou escrever, ou um cientista brilhante, um tolo completo ou um grande académico, isso é completamente irrelevante. Apenas quando um se corrige a si mesmo em relação aos outros se torna este na realidade sábio. Isto não significa que a Cabala não requira intelecto. Contudo, é um tipo diferente de intelecto, um que vem como resultado de corrigir o desejo.

Para percepcionar a verdadeira realidade, o mundo da verdade, devemos sair de nós mesmos e começar a conhecer o que realmente existe. Então descobriremos que a vida não depende do corpo de um, os seus sentidos, a sua vontade interior egoísta ou a sua memória. Em vez disso, vida depende somente da extensão à qual um está conectado a tudo o que existe no exterior, aos desejos dos outros.

Usando O Livro do Zohar, que nos fornece os poderes para realizar a lei da Natureza chamada “ama teu amigo como a ti mesmo,” nós transcendemos a realidade fictícia e avançamos para a percepção do mundo real. Embora o nosso corpo corpóreo possa morrer, isso não interromperá a nossa habilidade de viver no mundo real. A nossa vida espiritual continua porque estaremos já a viver numa grande vontade, uma superior e é lá onde o nosso verdadeiro eu se encontra.

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Através dos segredos da Torá, o valor do poder da vontade do homem está ainda por ser revelado no mundo e quão crucial é o seu nível na realidade. Esta revelação será a coroa de toda a ciência.

O Rav Raiah Kook, Luzes Sagradas, 3, p 80

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Notas


[1] Um dos Cabalistas que salientou as diferenças entre a sabedoria da Cabala e a religião foi Ramchal [Rav Mohse Chaim Luzzato]: “Há uma grande necessidade pela sabedoria da verdade. Primeiro, eu lhe contarei que devemos sabe-la porque somos ordenados, como está escrito, “E conhece e responde ao teu coração que o Senhor Ele é o Deus.” Logo, devemos conhecê-la ao conhecer, não meramente ao acreditar, mas por coisas com que o coração concorda, como está explicitamente escrito, “E responde ao teu coração.” ……Logo, há duas coisas que devemos conhecer: que o único Mestre é aquele que zela por e conduz tudo, seja acima ou abaixo e dois, que não há outro, ou seja conhecer a verdade da Sua singularidade. Essas duas coisas que devemos saber, diga-me você, onde as conheceremos? Que sabedoria as nos ensinará?

Não conseguimos compreendê-lo da Torá Lideral, pois em torno do que gira a Torá literal? Somente os mandamentos, como eles devem ser feitos e suas ordenações, ou a narração de contos que tomaram lugar, que são mencionados nela… e se você não extrair este conhecimento de todos esses, você deve manter este mandamento e deve encontrar uma maneira de o manter. Portanto, só se encontra nesta sabedoria da verdade” (Ramchal, Regras do Livro das Guerras de Moisés, “Primeira Regra”).

[2] Baal HaSulam, “Prefácio ao Livro do Zohar,” Item 34

[3] Apresentado em nome do Baal Shem Tov no livro Luz dos Olhos, começo da porção Chukot [ordenanças]

[4] Para mais sobre este tema, ver no “Prefácio ao Livro do Zohar” de Baal HaSulam

3 replies
  1. Angelo Ramos Jesus
    Angelo Ramos Jesus says:

    Muito interessante essa explicação a respeito da percepção do mundo. Ao que me parece e consegui compreender ao final do texto, que embora tudo o adquirimos em informações através dos nossos 5 sentidos está relacionado com o nosso interior que reflete para o exterior tal realidade. Devemos trabalhar para que a nossa percepção saia do nosso mundo interno e absorva a realidade exterior através de sentidos superiores que serão despertos (adquiridos) através do avanço com o trabalho dos 125 níveis.

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  2. Pedro Neves
    Pedro Neves says:

    A realidade que nos cerca só pode sentida em sua amplitude quando conseguimos desenvolver outros sentidos que ainda não possuímos.

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