PREFÁCIO GERAL

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Para os proficientes em A Árvore da Vida, e para todos, como  em, “Primeiro, aprenda; depois, compreenda”

1)            Nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto parece muito perplexo, pois porque o Criador incomodaria um anjo de Cima com golpear e nutrir uma minúscula, insignificante folha de grama?

Todavia, este dizer é um dos segredos da Criação que são demasiados longos para interpretar. Isto é assim porque o coração dos infinitamente sábios deseja revelar uma porção e ocultar duas porções com suas alegorias de ouro, pois eles são cautelosos de revelar a Torá a um discípulo indigno. É por esta razão que nossos sábios disseram que o que não aprende das lendas, pois lendas estão seladas e bloqueadas perante as massas, e são reveladas apenas a uns poucos escolhidos numa geração.

E nós também encontramos em O Livro do Zohar, que Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai) instruiu Rabi Aba a escrever os segredos, porque ele sabia como revelar com intimação. Veja na Idra, onde está escrito que para cada segredo que Rashbi revelava na sabedoria, ele choraria e diria, “Ai, se eu conto; ai, se eu não conto. Se eu não conto, meus amigos perderão essa palavra; e se eu conto, os perversos saberão como servir seu Mestre.”

Isto significa que ele estava em apuros de ambos os ângulos: se ele não revelasse os segredos da Torá, os segredos seriam perdidos dos verdadeiros sábios, que temem Deus. E se ele revelasse os segredos, pessoas de nenhum mérito falhariam neles, pois elas não compreenderiam a raiz dos assuntos e comeriam fruto imaturo.

Assim, Rashbi escolheu Rabi Aba para escrever, por causa de sua sabedoria em alegorias, organizar coisas de tal uma maneira que seria suficientemente reveladas aos que são dignos de as compreenderem, e escondidas e bloqueadas aos que são indignos  de as compreenderem. É por  isso que ele disse que Rabi Aba  sabia  como revelar com intimação. Por outras palavras, embora ele revelasse, ainda permanece um segredo aos indignos.

Contudo, em O Zohar, eles prometeram-nos que esta sabedoria está destinada a ser completamente revelada no fim dos dias, até aos pequenos. E eles também disseram que com esta composição, as crianças de Israel seriam redimidas de exílio, isto é, que com a aparição da sabedoria da verdade, Israel será recompensado com completa redenção. Nós veremos também que as palavras de O Zohar e os segredos escondidos na sabedoria da verdade estão a ser gradualmente revelados, geração por geração, até sermos recompensados com revelação de toda esta sabedoria, e nesse tempo seremos  recompensados com completa redenção.

Para clarificar o texto com o qual começamos, iremos primeiro explicar o versículo no famoso Livro da Criação, onde está escrito das dez Sefirot sendo dez e não nove, dez e não onze. Maioria dos interpretes o examinaram, mas explicá-lo-emos à nossa própria maneira, para que os assuntos sejam revelados a todos os que buscam a palavra de Deus.

É sabido que as dez Sefirot são chamadas Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Está escrito no Portão às Introduções do Ari, na secção “HaDa’at,” que elas são na realidade cinco Bechinot (discernimentos): Kéter, Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut; mas Zeir Anpin engloba seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y. Eu escrevi longamente sobre as dez Sefirot dentro desta composição, então aqui eu diria brevemente que neste prefácio geral, eu desejo dar ao estudante um verdadeiro e geral conhecimento da maioria desta sabedoria expansiva, e verdadeira orientação no estilo de estudo.

No livro, A Árvore da Vida, maioria dos estudantes falham compreender os assuntos, dado que os conceitos espirituais estão acima do tempo e acima de lugar, mas eles são expressos em termos corpóreos, visionados e definidos em tempos e lugares. Adicionalmente, nos escritos do Ari, a ordem para principiantes está organizada nesta sabedoria. Os livros foram compostos pelas sagradas palavras que ele diria perante seus estudantes dia após dia, e os próprios estudantes eram proficientes na sabedoria da verdade.

Então, não há texto – longo ou curto – em todos os livros que foram escritos, que não requer verdadeira proficiência na sabedoria na sabedoria em geral. Por esta razão, os estudantes tornam-se exaustos e não conseguem conectar  os assuntos.

Logo, eu sai com este prefácio, para conectar os assuntos e os fundamentos da sabedoria de uma maneira concisa, para que ela esteja prontamente disponível para o estudante com todo o texto que ele possa desejar estudar nos escritos do Ari. E por esta razão, eu não elaboro ou interpreto cada assunto ao máximo, pois isto será   clarificado   dentro   de   minha   composição.   Em   vez   disso,   eu   resumo suficientemente para meu propósito. E nossos sábios disseram, “Primeiro, aprende; então, compreende.”

O Ari escreveu que as dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’YM são na realidade cinco Bechinot, KACHAB, ZA, e Malchut. Este é o significado do nome de quatro letras, Yud, Hey, Vav, Hey. A ponta da Yud é Kéter; a Yud é Chochmá; Hey é Biná, Vav é Zeir Anpin – contendo seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y – e a última Hey é Malchut.

Você deve saber que as Otiyot (letras) e as Sefirot são uma coisa. Mas seguindo a regra que nenhuma Luz expande sem um Kli (vaso), quando falamos de ambos juntos, isto é, quando a Luz está vestida no Kli, elas são chamadas Sefirot. E quando nós falamos dos Kelim (plural de Kli) sozinhos, eles são chamados  Otiyot.

Está escrito sobre a Luz que o branco no livro da Torá implica a Luz, e o preto no livro da Torá, isto é as letras, implica os Kelim. Isto significa, como o Ramban interpreta relativamente a “Eu formo a luz, e crio escuridão”, que a questão de suscitar existência a partir da ausência é chamada “Criador,” dado que ela é uma inovação, algo que não existia antes de sua criação. E na Luz, e todo o deleite e prazer incluídos na Luz, esta não é uma inovação e suscitação existência a partir da existência, mas em vez disso existência a partir da existência, pois a Luz e toda a abundância estão já incluídas na Sua Essência.

Por esta razão, se diz, “formo a luz,” pois esta não é uma questão de criação, mas de formação, isto é, formando a Luz de uma maneira que os habitantes abaixo   a possam receber. Mas a escuridão é uma inovação que foi gerada com a Criação, ao suscitar existência a partir da ausência, isto é, que ela não está incluída na Sua Essência. É por isso que se diz, “e criou escuridão”. Mas a escuridão é o verdadeiro oposto da Luz; assim, nós devemos compreender como escuridão pode se estender da Luz.

Em Panim Masbirot (Uma Face Acolhedora), “Ramo Um”, elaborei sobre este ponto, e aqui apenas passarei levemente por isto. É sabido que está escrito em O Zohar que o propósito da Criação é de deleitar Suas criaturas, dado que esta é a conduta de O Bom fazer o bem. Claramente, cada desejo nEle é uma lei mandatária para as criaturas. Segue-se que desde que o Criador contemplou deleitar Suas criações, uma natureza mandatária de querer receber Seu prazer foi imediatamente impresso nas criaturas, isto é, o grande desejo de receber Sua Abundância. Saiba que esta ânsia é chamada um Kli, em respeito à sua raiz.

Por esta razão, os Cabalistas disseram que não há Luz sem um Kli, dado que o desejo de receber incluído em cada ser emanado e criatura é o Kli, e ele é também a completa medida da Luz. Por outras palavras, ele recebe precisamente à medida que ele deseja, não mais e não menos, dado que não há coerção na espiritualidade,   e até nos corpóreos não é do lado de Kedushá  (santidade).

Claramente, a forma do Kli é diferente da Luz. É por isso que ela é chamada Kli e não Luz. Mas nós precisamos compreender o significado desta Diferença de Forma. Certamente, o desejo de receber para si mesmo é uma grande Diferença de Forma, dado que esta forma não se aplica ao Emanador por completo, pois de quem receberia Ele? Em vez disso, ela foi iniciada no primeiro emanado por sua criação de existência a partir da ausência. Nela, o desejo de receber é a Causa das Causas (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Isto clarifica o que está escrito em o Sagrado Zohar que a Kéter Superior é escuridão comparada à Causa das Causas. Eles estão a referir-se ao desejo de receber incluído na primeira emanação; e eles chamam esta Diferença de Forma, “escuridão”, uma vez que ela não existe no Emanador. Por esta razão, ela é a raiz da escuridão, que é a cor negra, comparada à Luz, e oposta  dela.

Também, foi explicado em Panim Masbirot que como coisas corpóreas são separadas uma da outra por um machado e um martelo, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. E quando a Diferença de Forma aumenta ao ponto de contrariedade, de um extremo ao outro, completa separação é criada entre eles.

Por esta razão, foi explicado lá que a forma do desejo de receber é imediatamente incluída em toda a Luz que expande dEle, mas como uma força escondida, potencial. Esta força não é revelada aos emanados exceto quando o emanado intensifica o desejo de querer abundância adicional, mais que a medida que expandiu nele pelo Emanador.

Por exemplo, quando a comida é saborosa, o desejo de um por mais comida aumenta mais que o seu comer. Assim depois do emanado aumentar o desejo de estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão, os verdadeiros vasos de recepção aparecem. E a coisa é que porque esta Diferença de Forma não se aplica a Ele, mas à criatura, ela é completada apenas pelo despertar dos emanados, e compreenda completamente.

2)            Assim, a expansão de Sua Luz não estende a fronteira de ser um Emanador e torna-se um emanado até que ele atravesse os quatro Bechinot, chamados Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut. Isto é assim porque a expansão da Sua Luz é chamada Chochmá, que é a medida completa da essência da Luz do que emanou. E quanto ela intensifica e estende mais abundância que a medida de sua expansão, é considerado Bechiná (singular para Bechinot) Bet (uma segunda Bechiná), chamada  Biná.

Também, três discernimentos devem ser feitos na segunda Bechiná: Primeiro discernimento: A essência da Sefira Biná é Chochmá. Segundo discernimento: A intensificação do desejo que ela manifestou, pelo qual a raiz do vaso de recepção foi revelado nela. Nesse sentido, há Diferença de Forma nela, isto é Aviut (desejo de receber), comparado ao Ohr (Luz de) Chochmá. Isto é chamado Gvurá Superior.

Terceiro discernimento: Esta é a essência da abundância que ela adquiriu por meio de um despertar de seu próprio desejo. Esta Luz é dada seu próprio nome – Ohr Chassadim, que é muito mais inferior que o Ohr Chochmá, que se expande somente do Emanador. Ohr Chassadim é associada à intensificação do emanado, como foi mencionado, que a Gvurá, que é uma Luz que foi feita mais densa, se tornou a raiz do Ohr Chassadim. Estes três discernimentos juntos são chamados Biná, e a segunda Bechiná de Chochmá. Logo, as duas Bechinot, Chochmá e Biná, foram clarificadas, e a Kéter é o Ein Sóf, a raiz do emanado.

E embora Bechiná Bet tenha manifestado um desejo intensificado em direção ao Operador, ela é ainda indigna de ser um completo vaso de recepção. A coisa é que na espiritualidade, o Kli com a Luz nele são muito próximos, virtualmente interdependentes. Quando a Luz desaparece, o Kli é cancelado, e quando o Kli desaparece, a Luz é cancelada. Logo, a importância do Kli é como a importância da Luz.

Assim, a forma do vaso de recepção não foi completada em Biná, dado que sua essência é o Ohr Chochmá. Por esta razão, o Ohr Chassadim, que ela estendeu por meio de sua própria intensificação, foi anulada perante sua essência como uma vela perante uma tocha. Logo, este Ohr Chassadim expandiu além de Biná para fora de si mesma e ganhou força para estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão através de Biná. Nessa altura, o vaso de recepção foi completado.

Logo, nós discernimos mais duas Bechinot, Bechiná Guimel (terceiro discernimento) e Bechiná Dálet (quarto discernimento), que são expansões que estendem de Biná, onde o vaso de recepção está ainda escondido, em potencial, enquanto ela não intensifica por acréscimo, e isto é chamado Zeir Anpin. E sua intensificação por mais abundância é chamada “o Kli de Malchut”, que é um vaso de recepção que foi completado no emanado, que é agora feito de Luz e Kli. Com isso, ela deixa de ser considerada uma Emanadora e é discernida como emanada.

Estas são as quatro Bechinot conhecidas como CHAB, ZA, e Malchut, que são o nome de quatro letras. CHAB são Yud-Hey, e ZON são Vav-Hey. Elas são consideradas dez Sefirot porque Zeir Anpin contém seis Sefirot, que são Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód.

A coisa é que a essência de ZA é a Luz de Chéssed e Gvurá, isto é, os dois Bechinot Ohr Chassadim e Gvurá Superior, que expandiu de Biná para fora. E nós devemos notar aqui que em Biná, Gvurá é a primeira e a raiz do Ohr Chassadim. Mas em Tiféret é ao contrário: Chéssed precede a Luz de Gvurá, uma vez que a Luz principal que expande é Chéssed, e a Gvurá é auxiliar dentro dela, em  Biná.

Agora você pode compreender o que foi escrito em A Árvore da Vida e por Rashbi, que no mundo de Nekudim, Gvurá de ZA precede sua Chéssed, dado que os ZON de Nekudim são considerados ZON de Biná, e não os próprios ZON, como nas duas Bechinot do fundo dos quatro supramencionados Bechinot. É por isso que Gvurá de ZA precede sua Chéssed.

Também, a Sefirá Tiféret de ZA é a unificação das mencionadas Chochmá e Gvurá ao ato do Kli de Malchut. Ela é chamada Tiféret uma vez que a Luz Mitpaer (ostenta) a si mesma na Bechiná Álef (primeira Bechiná), que é Chochmá, cujo desejo não foi suficiente para fazer um Kli. Mas Bechiná Guimel, que é Chassadim e Gvurot (plural de Gvurá) tinha expandido de Biná para fora, bastou para fazer o Kli de Malchut. Este é o significado de “de acordo com a beleza (Tiféret) de um homem, para morar na casa”. Isto explica as três Sefirot CHAGAT de ZA, e elas são chamadas “os três patriarcas,” dado que elas são a essência de ZA. Também, Netzach, Hod, e Yessód são chamadas “filhos”, uma vez que elas expandem de  CHAGAT.

A coisa é que por causa de Tzimtzum Álef (a primeira restrição), que é cuidadosamente explicada dentro do livro, um dura Massach (tela) foi feita no Kli de Malchut. Isto significa que Bechiná Dálet (a quarta Bechiná) no Kli Malchut detém a Luz Superior de se espalhar para dentro de Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma lá, como está escrito lá.

Todavia, a Luz expande e deseja chegar até Bechiná Dálet, também, pois a natureza da Luz Superior é de expandir aos inferiores até que ela seja quase separada de seu lugar, como está escrito em Panim Masbirot. Assim, um Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) foi feito entre a Luz Superior que se espalha para dentro do Kli de Malchut e a Massach detentora no Kli de Malchut.

Isto é como a luz do sol batendo num espelho, com centelhas sendo refletidas. Assim, dez Sefirot emergiram deste Zivug de Haka’á, chamadas dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Acontece que existem dois conjuntos de dez Sefirot em cada ser emanado: dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta) sobre as quatro Bechinot, e dez Sefirot de Ohr Chozêr.

Saiba que esta é a Luz Superior que re-expandiu de CHAGAT de ZA por Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Elas são chamadas Netzach, Hod,  Yessód.

Agora você pode compreender o que está escrito em Tikuney Zohar (Correções do Zohar), que Malchut é quarta para os pais e sétima para os filhos. Isto significa que quando ela é primeiro emanada, Malchut é discernida do ato de Tiféret de ZA e segue as CHAGAT, que são chamadas “Pais.” E da perspectiva da iluminação do Ohr Chozêr no seu Massach, ela segue as NEH’’Y que expandiram para ela para Zivug de Haka’á. E as NEH’’Y são chamadas “os filhos de CHAGAT”; assim ela é a sétima para os filhos.

Logo nós explicamos adequadamente a essência das dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’Y, e Malchut na sua raiz. Este é o primeiro conceito na sabedoria  da verdade, e isto deve sempre estar perante os olhos do estudante quando mergulhando nesta sabedoria.

Agora nós compreendemos o aviso soante em O Livro da Criação, “dez e não nove”. Isto significa que dado que um Massach detentor foi feito em Bechiná Dálet  do Tzimtzum (restrição) para baixo, é impossível erroneamente dizer que Bechiná Dálet é excluída das dez Sefirot, e apenas nove Sefirot permanecem em Kedushá (santidade). Por esta razão, lá avisa, “dez e não nove”.

E lá avisa além, “dez e não onze”. Isto significa que você não deve erroneamente dizer que Bechiná Dálet se tornou um vaso de recepção depois do Tzimtzum. Então, existem duas Sefirot em uma Malchut: uma é a Massach que sempre eleva Ohr Chozêr, e um vaso de recepção para receber o Ohr Yashár, também. É por isso que lá afirma, “dez e não onze”.

3)            Existem cinco proeminentes discernimentos nas dez supramencionadas Sefirot, os quais não se devem mover de nossos olhos e irão endireitar nossas maneiras ao estudar a sabedoria. O primeiro discernimento é a Luz de Atzmut (ser, essência), que é a Luz compreensiva de Ein Sóf que existe nos emanados. Esta é a essência, dado que os inferiores não participam aqui que se pareça; e ela é chamada Chochmá de Ohr Yashár.

O segundo discernimento é o Ohr Chassadim que se estende de Cima para baixo. Esta Luz está conjunta com o despertar de Gvurá dos emanados de Bechiná Bet, que é a Luz de Biná que ela atraiu. O terceiro discernimento é o Ohr Chassadim que sobe de baixo para Cima por meio de um Zivug de Haka’á. Ele é chamado Ohr Chozêr que sobe e se estende apenas dos emanados, devido à supramencionada detenção.

O quarto discernimento é a Luz da Gvurá Superior, isto é, Bechiná Bet, que   é Aviut de Biná que ela adquiriu com sua intensificação. O quinto discernimento é   a Gvurá inferior, ou seja, Bechiná Dálet, onde a intensificação do desejo é ativada no Ohr Chassadim que foi acrescentado pelos emanados. Isto é chamado “o Kli de Malchut de Ohr Yashár,” e esta Gvurá é o Kli de dez Sefirot, e recorde-se disso.

Saiba que a Massach em Kli Malchut é a raiz da escuridão, por causa da força detentora que existe na Massach, para impedir a Luz Superior de se espalhar em Bechiná Dálet. Esta é também a raiz da labuta em prol de receber recompensa, dado que trabalho é um ato involuntário, pois o trabalhador se sente confortável apenas quando repousando. Mas porque o senhorio está a pagar um salário, ele cancela sua vontade perante a vontade do senhorio.

Saiba que aqui neste mundo, não há ser ou conduta que não esteja enraizado nos Mundos Superiores, dos quais ramos se expandem aos mundos inferiores, até que eles sejam revelados a nós neste mundo. E você vê que em geral, trabalho e labuta estão enraizados na Massach no Kli de Malchut, que detém a Luz que ela cobiça, devido ao Emanador, O qual deseja doar deleite, e tudo o que é um Pensamento no Emanador é uma lei mandatária nos emanados. Naturalmente, Ele não necessita de ações, mas Seu Pensamento completa. Assim, ela escolhe não receber a Luz Superior, a menos que isso venha à Diferença de Forma (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Segue-se que a força detentora na Massach é igual à labuta. E a recompensa que o senhorio dá ao trabalhador está enraizada no Ohr Chozêr emitido pelo Zivug de Haka’á, onde pela Massach, uma raiz foi feita para o Ohr Chozêr. Acontece que ela volta a ser Kéter a estas dez Sefirot de Ohr Chozêr, assim como para Ohr Yashár. Como será explicado abaixo, todo este lucro veio a ela devido a este ato de detenção.

Do supramencionado, segue-se que as dez Sefirot são na realidade um Kli, chamado Malchut. Mas para completar sua forma, ele é discernido com três raízes:  os três Bechinot Chochmá, Biná, e ZA que se estendem um do outro. Você deve saber que esta Malchut é ainda contida no Ohr Ein Sóf de antes do Tzimtzum, chamada Malchut de Ein Sóf, na qual foi a primeira restrição.

Como está escrito em Panim Masbirot, “Ramo Um”, devido à Similaridade  de Forma com o Emanador, seu desejo subiu de querer receber em Bechiná Dálet, e   a Luz do Kav (linha) estendeu-se a ela de Ein Sóf. A Luz da Kav contém toda a Luz que se estende para os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briá, Yetzirá  e Assiá. Esta Luz é geralmente referida como Kav, da palavra Kav Midah (medida), pois ela se estende para os mundos por medida e um número racionado em cada mundo, de acordo com a forma do Kli de Malchut nesse mundo, como é elaborado no interior.

E a questão dos cinco supramencionados mundos são verdadeiramente a matéria da Kéter e os quatro conhecidos Bechinot nas dez Sefirot. Logo, o mundo de AK é o mundo de Kéter; o mundo de Atzilut é o mundo de Chochmá; o mundo de Briá é o mundo de Biná; o mundo de Yetzirá é o mundo de Zeir Anpin; e o mundo  de Assiá é o mundo de Malchut. Contudo, em cada mundo, existem dez Sefirot, e cada Sefirá das dez Sefirot deste mundo compreende dez Sefirot, também, como está escrito no interior.

Elas estão divididas nos cinco supramencionados mundos porque o Kli de Malchut deve ser primeiro integrado em cada Sefirá, por meio de Kéter. Isto ocorre  em Hitpashtut Álef (primeira expansão) de ACHAP de AK, onde ela foi integrada em ZON. Em Hitpashtut Bet (segunda expansão) de ACHAP, ela foi integrada em Biná.  E no mundo de Nekudim, ela foi integrada em Chochmá, e no mundo de Atzilut ela foi integrada em Kéter.

E dado que Malchut foi integrada em cada Sefirá, o mundo de Tikun (correção) começa: Seu Rosh (cabeça) é o supramencionado mundo de Atzilut, onde  a Luz de Ein Sóf se veste em Bechiná Álef. Então a Luz de Ein Sóf veste-se em Bechiná Bet, criando o mundo de Briá. Seguindo-se, ela veste-se em Bechiná Guimel, criando  o mundo de Yetzirá, e então ela veste-se em Bechiná Dálet, criando o mundo de Assiá. Isso será elaborado no interior como todas elas derivam uma da outra por uma maneira mandatária de causa e consequência, e como elas estão atadas uma à  outra.

4)            Primeiro, nós precisamos compreender a qualidade de cada dos mundos AK e ABYA, que eu explicarei um de cada vez. Comecemos com o mundo de Kéter, que é o mundo de Adam Kadmon. Seu primeiro Kli é o mundo de Akudim (atado). Em O Portão de Akudim, Capitulo Três, o Ari escreveu que todas as dez Sefirot emergiram, mas não todas elas emergiram juntas. No principio, apenas Malchut saiu no mundo de Akudim. E esta Malchut saiu na forma de Néfesh. Seguindo-a, o resto das partes emergiu, por meio de Kéter.

E quando Kéter veio, Malchut foi completada com todas as cinco Luzes Internas – Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Todavia, faltavam-lhes ainda todas as mencionadas Sefirot, que emergiram incompletas. Assim, elas tiveram que subir de volta para o Emanador para serem completadas. Mas agora, no retorno, Kéter retornou primeiro.

E quando Kéter subiu, a Luz de Chochmá subiu para o lugar de Kéter, Biná para o lugar de Chochmá, ZA para o lugar de Biná, e Malchut para o lugar de ZA. A seguir, Chochmá subiu ao Emanador, também. Então Biná subiu a Kéter, seguindo Chochmá, ZA a Chochmá, e Malchut a Biná. Então Biná subiu, também, e ZA subiu a Kéter, Malchut a Chochmá. Finalmente, ZA subiu e Malchut subiu a Kéter, até que Malchut, também, subiu ao Emanador.

Depois disso, a Luz voltou do Emanador e expandiu-se nelas, embora não na sua ordem inicial. Em vez disso, a Luz de Kéter não retornou, mas partiu e continuou em falta. Assim, a Luz de Chochmá saiu no Kli de Kéter, a Luz de Biná no Kli de Chochmá, a Luz de ZA no Kli de Biná, e a Luz de Malchut no Kli de ZA. O Kli de Malchut permaneceu sem Luz de todo, até então suas palavras abreviadamente. Adicionalmente, as dez Sefirot de Akudim emergiram de baixo para Cima. Malchut emergiu primeiro, então ZA, então Biná, então Chochmá, e finalmente Kéter, até então suas palavras.

Devemos cuidadosamente compreender a questão da suscitação das dez Sefirot de Cima para baixo e de baixo para Cima, mencionadas nas palavras do Ari. Certamente, não é acerca de medidas de Acima, abaixo, antes, e depois em tempo e lugar. Em vez disso, é em termos de razão e resultado, causa e consequência. Assim, como pode Malchut emergir primeiro, seguida por ZA, seguido por Biná, até que Kéter – a raiz de todas elas – emerge por fim? Isto parece perplexo. E quem e o que deu e inverteu o Superior a ser inferior e o inferior a estar  Acima?

A coisa é que ordem das dez Sefirot de Ohr Yashár já foi explicada acima, sendo cinco graus um abaixo do outro, pela medida de Hizdakchut (purificação) de cada uma delas da densa Luz cuja forma tinha mudado, isto é, a Bechiná Dálet.Bechiná Álef, dado que é considerada um potencial escondido, é a mais importante no grau. E Bechiná Bet já se moveu de potencial a real por se intensificar com um desejo pior que em Bechiná Álef. Bechiná Guimel é pior que Bechiná Bet, e Bechiná Dálet, Malchut  é a pior, dado que a Aviut nela é maior que nos resto.

Também, é sabido que assim que o Kli de Malchut emergiu, ela experimentou a Tzimtzum Álef de não receber em Bechiná Dálet. Esta força detentora é chamada Massach (tela), e quando o Ohr Yashár que desce de Ein Sóf golpeia a Massach em Malchut, há um Zivug de Haka’á, e então dez Sefirot de Ohr Chozêr emergem, como está escrito no interior (Ramo Três).

Dentro destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus estão invertidos comparados com o valor das dez Sefirot de Ohr Yashár. Nas dez Sefirot de Ohr Yashár, a mais pura é Mais Alta em mérito e melhor. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, a densa é Mais Alta e melhor. Isto é assim porque Malchut é a Kéter e a raiz destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que seu densa Massach detém a Luz de descer para sua Bechiná Dálet. Logo, Malchut volta a ser Kéter por meio de seu fim está no seu princípio, como está escrito em Panim Masbirot, Ramo Três.

Acontece que ZA recebe a Luz de Kéter de Ohr Chozêr; assim, ZA é considerado um grau de Chochmá, e Biná é considerada um grau de Biná porque ela recebe de ZA, que volta a ser Chochmá. Também, Chochmá de Ohr Yashár é considerada ZA, no Ohr Chozêr, dado que ela recebe o Ohr Chozêr de Biná. E Kéter de Ohr Yashár é considerado Malchut no Ohr Chozêr, dado que ele recebe de ZA. Então, você descobre que quanto as mais puras no grau serão inferiores em louvor e mérito, e compreenda isso cuidadosamente.

Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr juntam-se e integram nos dez Kelim. Quando elas se juntam como um, todos os graus são de igual mérito, dado que o nível de Malchut é igual ao de Kéter da perspectiva do Ohr Chozêr, onde Malchut volta a ser Kéter. Também, ZA é igual a Chochmá, dado que ZA é considerado Chochmá de Ohr Chozêr. E o nível de Chochmá é igual ao de Kéter, dado que Kéter recebe o Ohr Chozêr dela, como Chochmá recebe o Ohr Yashár de Kéter.

E dado que o nível de ZA é igual a Chochmá, e Chochmá a Kéter, segue-se que o nível de ZA é igual ao de Kéter, também. Segue-se que pela suscitação das dez Sefirot de Ohr Chozêr de Bechiná Dálet, todos os graus nas dez Sefirot foram equalizados, tendo o mesmo nível através de Kéter.

5)            Mas as Sefirot do mundo de Akudim desapareceram uma vez mais. E nós precisamos compreender a razão para sua partida. O Ari diz que a razão é que quando elas emergiram, elas emergiram incompletas e assim partiram uma vez mais para receber sua completude.

Contudo, nós precisamos compreender a carência e o Tikun (correção) que veio a elas por meio desta partida. Aqui o Ari escreveu que a carência foi porque Kéter emergiu apenas em Bechiná Néfesh. E em outro lugar, ele escreveu que a carência foi porque o Ohr Pnimi (Luz Interna) e o Ohr Makif (Luz Circundante) vieram do mesmo forâmen, e estavam a bater uma na outra, como ele escreve em Heichal AK, Sha’ar Vav, Sha’ar Akudim, Capitulo  Um.

Seguindo-se, os Ta’amim inferiores vieram, abaixo das Otiyot (letras), que são Luzes que emergem por meio do Pê de AK, e daí para fora. E aqui as Luzes foram completamente juntadas, dado que elas saem por um único canal. E uma vez que as Luzes Circundantes e as Luzes Internas se uniram, aqui começa a criação dos  Kelim.

Por esta razão, as cinco Luzes Internas e as Luzes Circundantes emergiram atadas juntas. É por isso que elas são chamadas Akudim, do versículo, “e amarrou Isaac”. Logo, quando elas emergem juntas fora do Pê (boca), atadas juntas, elas batem e golpeiam-se uma à outra, e seus golpes geram a existência dos  Kelim.

Isto significa que as Luzes de Ózen e Chótem onde o Ohr Pnimi se expande através dos foramens esquerdos das Ózen e o Chótem, e Ohr Makif expandiu-se através dos foramens direitos de Ózen e Chótem. Assim, elas persistiram e não partiram, dado que há um Kli especial para o Ohr Pnimi e um Kli especial para o Ohr Makif.

Mas na Luz do Pê, onde há apenas um forâmen, o Ohr Pnimi e o Ohr Makif estavam no mesmo Kli. Assim, elas estavam a golpear-se uma à outra, como resultado do qual a Luz partiu e os Kelim caíram. Por outras palavras, eles caíram de seu grau,  e mais Aviut foi acrescentado ao anterior Aviut, e isto criou os Kelim, dado que a partida da Luz completa os Kelim.

Para compreender o assunto dos dois foramens de Ózen e Chótem de AK, o assunto de um único forâmen no Pê de AK, e o significado das cinco internas e as cinco circundantes, os Bitush e Kelim e o Ibuy (acrescentar Aviut), eu preciso elaborar, dado que as palavras do Ari nestas questões são bastante  sucintas.

É tanto o quanto mais assim a respeito das circundantes, onde ele aparentemente se contradiz a si mesmo em toda e cada seção. Uma vez que ele diz que elas tinham Luzes Internas KACHÁB ZON e as cinco Luzes Circundantes KACHÁB ZON do Chótem para cima, mas do Pê para baixo, as Circundantes de Biná e ZON cessaram e apenas duas circundantes, Kéter e Chochmá permaneceram, e os cinco Partzufim KACHÁB ZON. E outra vez, ele disse que a partir mundo de Nekudim para baixo, as circundantes inferiores pararam, mas existem ainda cinco Luzes Circundantes e cinco Luzes Internas nas Luzes do Pê. E outra vez, ele diz que existem cinco Internas e cinco Circundantes no todo de ABYA, e outras tais contradições.

6)            Elaborarei dentro do livro, e aqui serei breve de forma a não me desviar do assunto. Isto está explicado em Ramo Um e em Ramo Quatro na ordem das dez Sefirot, a respeito dos quatro Bechinot de dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr, que em cada dez Sefirot, existem dois discernimentos de Hitpashtut (expansão) e dois discernimentos de Hitaabut (aumentar a Aviut), que expande da raiz, que é a Kéter destas dez Sefirot.

Chochmá, considerada vasta Hitpashtut, emerge primeiro. Isto significa que esta Hitpashtut contém toda a Luz que se estende de Ein Sóf a esses emanados. E o Kli, chamado Ohr ha Av (a Luz densa), ou seja, o desejo de receber contido na Hitpashtut da Luz, para a qual esse adquire Diferença de Forma do Emanador, no qual não há forma de recepção, e para o qual ele se torna mais escuro que a Luz, é ainda não revelado nesta vasta Hitpashtut. Isto é assim enquanto seu desejo não se intensificar, almejando abundância adicional mais que a medida de sua Hitpashtut. Em vez disso, ele é incluído na supramencionada Luz densa da perspectiva do Emanador, que deseja doar sobre ele.

Por esta razão, ele deve revelar seus vasos de recepção e realizá-lo de potencial a real. Assim ele torna-se mais denso à medida que se espalha, isto é, seu desejo de estender mais abundância que sua medida de Hitpashtut aumenta. E à Hitaabut que foi feita nesta Hitpashtut é dada seu próprio nome, devido a sua intensificação. Esta  é chamada Biná porque ela é mais escura que o Ohr Chochmá, no qual o desejo de receber foi revelado na realidade.

Esta Biná é ainda desajustada a ser um Kli real, dado que sua essência é de Chochmá; mas ela é a raiz do Kli, pois o Kli pode apenas ser completado da Hitaabut (espessamento) feita na segunda Hitpashtut. Ele é chamado “Hitpashtut através de uma janela”, significando que a abundância adicional que Biná extraiu pela sua intensificação se espalha dela para fora. Isto é chamado Ohr Chassadim, o oposto da vasta Hitpashtut Álef (primeira Hitpashtut), chamado Ohr Atzmut (Luz da  Essência).

A Hitpashtut através de uma janela que se espalha de Biná é chamada ZA, e essa se espessa enquanto se espalha, como a primeira Hitpashtut. Isto significa que ela, também intensifica para estender abundância adicional, mais que a medida de sua Hitpashtut de Biná. Com isso, ela atualiza os vasos de recepção contidos nela. A esta segunda Hitaabut é dada seu próprio nome, dado que por meio desta intensificação, ela cresceu mais escura que a Luz de Hitpashtut, e ela é chamada Malchut.

Bechiná Dálet, que é a Hitaabut criada na Hitpashtut através da janela, chamada Malchut, é o completo vaso de recepção, e não as três Bechinot a precedendo, que cascatearam apenas para revelar esta quarta Bechiná. É ela que passa pela primeira restrição, prevenindo-se a si mesma de receber abundância nesta Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma revelada nela. Esta força detentora é chamada Massach (tela) ou Pargod (cortina), que significa que ela detém a abundância de brilhar se espalhar e dentro dela.

Também, esta é a inteira diferença entre a primeira Hitaabut feita na vasta Hitpashtut, e a Hitaabut que foi feita numa Hitpashtut através de uma janela. Isto é assim porque na primeira Hitaabut, o Tzimtzum não governa; logo esta é apta para recepção de Luz. É por isto que ela é chamada “uma janela,” isto é receptora, como pois a casa recebe a luz do dia através da janela nela. Mas na segunda Hitaabut, a força do Tzimtzum a governa e ela previne-se a si mesma de receber a abundância na sua Aviut. Assim, ele é chamado um Massach, detendo a  Luz.

E após Bechiná Dálet ter aparecido com seu Massach, a Luz espalha-se para ela novamente, e a Massach detém-na, como mencionado acima. Consequentemente, um Zivug de Haka’á é feito sobre ela, e dez Sefirot de Ohr Chozêr emerge, como está escrito em Ramo Três. A ordenação destas dez Sefirot é oposta às dez Sefirot de Ohr Yashár, que emergem de baixo para Cima, dado que a Massach que suscitou essa grande Luz, e que é sua raiz, se tornou Kéter.

Este é o significado de “seu fim está embutido no seu princípio. Tal como Kéter é o princípio e o Rosh (cabeça) das dez Sefirot de Ohr Yashár, o fim, que é Malchut, se tornou o princípio e o Rosh das dez Sefirot de Ohr  Chozêr.

Logo, Malchut retornou a ser um Kéter a estas dez Sefirot, e ZA das dez Sefirot de Ohr Yashár agora tornou-se Chochmá, dado que o primeiro receptor de sua raiz é chamado Chochmá. É similarmente com o resto, até Kéter de Ohr Yashár, que se torna Malchut nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que esse recebe de ZA de Ohr Chozêr, que é Chochmá de Ohr Yashár.

Acontece que nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Yashár, os graus são medidos de acordo com a pureza da densa Luz, onde quanto mais puro é Mais Alto  e mais importante. Mas nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr, os graus são medidos pela Aviut, onde quanto maior a Aviut no grau, Mais Alto é e mais importante. Isto faz os Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Yashár inferiores nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, e os inferiores nas dez Sefirot de Ohr Yashár Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Chozêr.

As primeiras dez Sefirot que se espalham de Ein Sóf são chamadas Adam Kadmon. Estas são as raízes dos Kelim de Rosh, assim as dez Sefirot são chamadas devido ao Kli de Rosh: Galgalta (crânio), Eynaim (olhos), Óznaim (orelhas) são as KACHÁB das dez Sefirot de AK, e Chótem (nariz) e Pê (boca) são ZA e Malchut das dez Sefirot de AK. Também, é sabido que as dez Sefirot estão integradas uma na outra, como está escrito no interior. Assim, cada dos supramencionados Galgalta, Eynaim, e ACHAP, expandiram em dez Sefirot.

É proibido falar das dez Sefirot que se expandiram em Galgalta ve (e) Eynaim, que são Kéter e Chochmá das dez Sefirot de AK, e nós não temos relações com elas. Nós começamos a falar dos ACHAP para baixo, de Biná e ZON de AK.

Também, é sabido que as dez Sefirot são Kéter e as quatro Bechinot CHAB ZON, e lá estão Ohr Pnimi e Ohr Makif nelas. Isto significa que o que foi já vestido  no Kli é chamado Ohr Pnimi, e o que ainda não foi vestido no Kli é chamado Ohr Makif. Logo, em cada das dez Sefirot de ACHAP de AK estão cinco internos, KACHÁB ZON, e cinco circundantes KACHÁB ZON.

7)            Agora nós explicaremos a qualidade inerente do Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de AK. A questão das dez Sefirot de Ohr Yashár e dez Sefirot de Ohr Chozêr que existem em cada dez Sefirot foi já explicada. Nestas dez Sefirot de AK, também, existem dez Sefirot de Ohr Yashár de Kéter a Malchut, e similarmente, dez Sefirot de Ohr Chozêr de Malchut a Kéter, e o Ohr Yashár se estende e chega em completude a esses emanados. Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr não são total e imediatamente estendidas a esses emanados. Em vez disso, é estendido por todos os Partzufim emanados após Adam Kadmon. A coisa é que tudo que se estende do Emanador se estende completo e pleno. Estas são as dez Sefirot de  Ohr Yashár.

Mas as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dos emanados, a partir da força detentora em Bechiná Dálet, chamada Massach, não emerge imediatamente em pleno. Em vez disso, cada ser emanado tem uma parte disso, e é multiplicada de acordo com a multiplicação dos emanados, como está escrito no interior. Agora você pode ver que as dez Sefirot de Ohr Yashár e uma parte das dez Sefirot de Ohr Chozêr são o Ohr Pnimi, ao passo que o inteiro do Ohr Chozêr é o Ohr  Makif.

Também, foi já explicado acima que existem duas Nukvaot (plural de Nukva) nas dez Sefirot: Hitaabut na vasta Hitpashtut, e Hitaabut na Hitpashtut através de uma janela, chamadas Biná e Malchut. Você deve saber que Biná é discernida como um  Kli interno, no qual todo o Ohr Pnimi é vestido, e Malchut é o Kli externo, no qual todo o Ohr Makif é vestido. Isto significa que o Ohr Makif está atado a ela, dado que ela tem um Massach que é imprório para recepção, devido à força detentora nele.  Em vez disso, ele é a raiz das dez Sefirot de Ohr Chozêr.

Então, o conteúdo do Ohr Pnimi e Ohr Makif foi cuidadosamente explicado, assim como o conteúdo do Kli interno e o Kli externo. Agora nós podemos compreender as palavras do Ari, trazidas acima em Item 5 a respeito das cinco internas e cinco externas que emergiram atadas uma à outra através do Pê de AK. Isto diz respeito ao que ele explicou em Sha’ar TANTA, Capitulo Um, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Ózen, e o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Chótem emergiram em dois Kelim: um Kli interno para Ohr Pnimi e um Kli externo para Ohr Makif.

Também, elas são afastadas uma da outra, dado que as cinco circundantes KACHÁB ZON emergem do forâmen das Ózen direitas, e as cinco internas KACHÁB ZON emergem do forâmen das esquerdas Ózen, e similarmente no Chótem. Assim, ele conta-nos aqui, nas dez Sefirot de Pê de AK, que não existem dois Kelim distintos aqui, mas ambos, os cinco internos e os cinco circundantes, emergiram atados a um único Kli – a Pê, chamado Malchut de AK, isto é Bechiná Dálet. Todavia, o Kli interno, que é Bechiná Bet e Bechiná Biná, não existe aqui.

Nós podíamos perguntar sobre isso: Como é possível para o Ohr Pnimi, que são as dez Sefirot de Ohr Yashár, vestir-se no Kli de Pê, que é Bechiná Dálet que foi erguido com um Massach, e é impróprio para recepção? A coisa é que a própria Malchut é discernida com quatro Bechinot distintas, chamadas Atzamot (ossos), Guidin (tendões), Bassar (carne), e Or (pele). As Atzamot de Malchut indicam a Etzem (osso, mas também núcleo) de sua estrutura. Que é a própria Bechiná ZA, isto é a Hitpashtut através de uma janela, exceto que ela ganhou Aviut ao longo de sua Hitpashtut devido à intensificação do desejo a estender mais abundância que sua Hitpashtut de Biná.

Por esta razão, ela é definida por um nome de acordo consigo mesma. Logo, duas Bechinot são discernidas nela: Bechiná Álef é as Atzamot nela, a parte de ZA, e Bechiná Bet é a Aviut adicionada a ela por sua intensificação. Isto é chamado Guidin. E o que ela toma da força de Tzimtzum – a força detentora de forma a não receber abundância nesta densa Luz – chamada um Massach, a com o Zivug das dez Sefirot de Ohr Chozêr, é Bechiná Dálet em Malchut, chamada Or. E o Ohr Chozêr que sobe da Massach pela força do Zivug é chamado Bassar, e isto é a Bechiná Guimel de Malchut.

Então, você descobre que Malchut está contida da Hitpashtut de Biná, também. Além do mais, é na realidade a essência de sua estrutura. Agora você compreenderá que as Atzamot em Malchut se tornou o Kli interno nos cinco internos nas Luzes do Pê, e a Bechiná Or nela torna-se um Kli externo para os cinco circundantes nas Luzes do Pê. Agora foi cuidadosamente clarificado como os cinco internos KACHÁB ZON e cinco circundantes KACHÁB ZON emergiram  num único Kli – Malchut – no qual existem dois Kelim, também, internos e externos, embora conectados uns aos outros, dado que todas as quatro Bechinot são senão um Kli: Malchut.

8)            E agora nós explicaremos o assunto do golpear e os Bitush que ocorreram entre o Ohr Makif e o Ohr Pnimi devido a eles estarem atados em um Kli. Veja em A Árvore da Vida, Heichal AK, Sha’ar 2, p. 3, assim como em Sha’ar Akudim, Capitulo Dois, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli que está vestido nele. Assim, desde as dez Sefirot de Pê de AK o Ohr Pnimi e Ohr Makif estavam atados em um único Kli em Malchut, o Ohr Pnimi estava a purificar o Kli Malchut grau a grau. Esta é a razão da partida das dez Sefirot de Pê, chamadas  “o mundo de Akudim.”

A coisa é que foi já explicado em Item 6 e Item 4, que as dez Sefirot de Ohr Chozêr são de valor oposto às dez Sefirot de Ohr Yashár. Isto é assim porque nas dez Sefirot de Ohr Yashár, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua pureza, acima até sua raiz, que é o mais puro entre eles. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua Aviut, acima até sua raiz, que é  o mais denso entre eles. Este é a Bechiná Dálet, e Malchut que se tornou Kéter novamente. Também, Bechiná Guimel é Chochmá, Bechiná Bet é Biná, Bechiná Álef é ZA, e Kéter é considerada Malchut.

No princípio, a Massach foi purificado por um grau. Isto significa que a densa forma de Luz de Bechiná Dálet foi purificada, e readquiriu a forma de Aviut de Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Luz de Malchut partiu de seu lugar e subiu a Kli de ZA, desde então, também, o Ohr Yashár se expandiu de Ein Sóf na Massach, e a força detentora controlava a Massach até que um Zivug de Haka’á foi feito e as dez Sefirot  de Ohr Chozêr emergiram da Massach de Bechiná Guimel.

Contudo, elas não estão mais no nível de Kéter, como elas estavam inicialmente, mas estão no nível de Chochmá. Isto é porque a Aviut de Bechiná ZA e Bechiná Guimel de Ohr Yashár tem o valor de Chochmá no Ohr Chozêr. Acontece que   a Massach não voltou a ser Kéter devido ao Ohr Chozêr, mas voltou a ser Chochmá.

Posteriormente ele purificadou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Bet, que é Biná. Lá, também, o Ohr Yashár se expandiu a ela até ao Zivug de Haka’á e o erguer de Ohr Chozêr, embora no nível de Biná. E como a Aviut de Bechiná Guimel  e Bechiná Dálet foi perdida, ela perdeu as primeiras duas Sefirot de Ohr Chozêr.

A seguir, ele purificou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Álef, o Ohr Yashár de Ein Sóf acasalou nele, e o Ohr Chozêr subiu, embora no nível de ZA, carenciando Bechiná Biná, também. Depois ele purificou-se ainda mais, até à forma de Shóresh (raiz), que subiu até ao nível Kéter.

Nessa altura, não havia Aviut deixada na Massach em absoluto; assim não houve mais Zivug de Haka’á sobre o Ohr Yashár com ela. Por esta razão o Ohr Chozêr desapareceu completamente das dez Sefirot de Akudim, e veja no interior em Ramo Três e Ramo Quatro, onde isso é tudo explicado  elaboradamente.

Então, foi clarificado que dado que o Ohr Pnimi está vestido no Kli de Malchut também, portanto, ele purifica-o grau a grau, e no caminho de sua purificação, as dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr vão desaparecendo. Isto é assim porque durante sua ascensão a Bechiná Kéter, a Massach perde todo o seu poder para erguer Ohr Chozêr. Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashár partiram com ele, também, dado que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr são interdependentes e atados um ao outro.

9)            Para explicar isso, eu irei primeiro explicar o estado das Sefirot com uma imagem do Taam (singular de Ta’amim – sinais de pontuação) Segolta, assim:  , isto é, o Kéter está em cima, abaixo dela na direita está Chochmá, e à sua esquerda – Biná. Nós precisamos compreender isto, pois Deus nos livre, que o devamos compreender como uma descrição de lugares que o olho tangível percepcione. Também, a questão de Panim be Panim (face-a-face) e Achor be Achor (dorso-adorso) que se aplicam nas dez Sefirot, Deus nos livre que hajam costas e frente lá.

A coisa é que foi já explicado nas quatro Bechinot de Ohr Yashár que se expandem de Ein Sóf, que é Kéter, que a expansão do Kéter é chamada Chochmá. E  ele se adensa à medida que se expande, isto é a intensificação do desejo de atrair abundância mais que a medida de sua expansão. Assim, isso é considerado como dois discernimentos: Bechiná Álef é o todo da Luz que se expande de Ein Sóf à aquele emanado, chamado Chochmá, e Bechiná Bet é a Hitaabut, que foi dado a ele pela intensificação do desejo de atrair nova abundância, chamada  Biná.

Por esta razão, existem três discernimentos na Sefirá Biná: o primeiro discernimento é sua própria estrutura, que é uma parte da própria Chochmá. O segundo discernimento é a Luz que adensou nela por meio de sua intensificação  para estender nova abundância de Kéter. O terceiro discernimento é a essência da abundância que ela atrai de Kéter, chamado Ohr de Chassadim, que é muito inferior que ao Ohr Chochmá que se estende diretamente do Emanador. Mas a Luz de Biná que ela estende de Kéter é associada por ela intensificação inicial, que foi adensada para isso.

E quando Biná atrai a Luz de Chassadim de Kéter, ela não atrai a Luz de Chochmá da Sefirá de Chochmá. Assim, ela é considerada como sendo Achor be Achor (dorso a dorso) com Chochmá. Acontece que o Ohr Chochmá, que é a Luz de Atzmut das dez Sefirot gerais nesses emanados, cessa dela, pois Biná voltou sua Panim para atrair Ohr Chassadim de Kéter.

Todavia, quando Bechiná Dálet aparece, e as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dela, consideradas ainda mais Ohr Chassadim que o Ohr Chassadim em Biná, Biná não mais precisa atrair o Ohr Chassadim de Kéter, dado que ela recebe abundantemente do Ohr Chozêr de Malchut. Por esta razão, ela torna seu Panim de volta a Chochmá e atrai Ohr Chochmá uma vez mais. Nessa altura, o Ohr Chochmá, também, é atraído abundantemente nas gerais dez Sefirot nesses emanados. Isto é chamado Panim be Panim de CHAB, que eles ganharam por meio do Ohr Chozêr que sobe da Malchut.

 

Contudo, antes do exílio do Kli de Malchut, Biná voltou seu Panim ao Kéter, que é o estado do Taam Segolta, onde Biná está abaixo de Kéter, como Chochmá, mas Chochmá atrai a Luz de Atzmut de Kéter, e Biná atrai Luz de Chassadim de Kéter. E dado que a Luz de Atzmut é a Luz coletiva nos emanados, Chochmá é considerada “direita,” e a Luz de Chassadim é considerada “esquerda,” pois ela está associada com Gevura.

Então nós explicamos que a Luz de Atzmut não pode se espalhar no todo das dez Sefirot de Ohr Yashár, dado que Biná é Achor be Achor com ela, exceto durante um Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Nessa altura, Biná não mais precisa do Ohr Chassadim e volta a estar PBP (Panim be Panim) com  Chochmá.

Acontece que quando as dez Sefirot de Ohr Chozêr partiram do mundo de Akudim, acontece também que a Luz de Atzmut das dez Sefirot de Ohr Yashár também partiram com ele. Isto é porque o Ohr Chochmá e o Ohr Chozêr são interdependentes, e apenas Achoraim de Biná permanece lá no mundo de Akudim, ou seja, Luz de Chassadim e sua Gevura.

Agora você compreenderá as palavras do Ari que trouxemos acima, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli no qual está vestido, dado que ele gira à volta do Ohr Chochmá que se veste na interioridade do emanado por meio da Biná que volta a estar PBP com ele.que por meio disso os Achoraim de Biná são purificados. E dado que os Achoraim de Biná, que é Bechiná Bet, é a raiz de Bechiná Dálet, portanto, dado que a raiz é purificada, o ramo, Bechiná Dálet, também é purificado junto com ela.

10)          Agora nós explicaremos o assunto do Bitush das Luzes Internas com as Luzes Circundantes, dado que elas estão atadas uma à outra, que eu apresentei acima em Item 5. Também trarei as palavras do Ari em Sha’ar Akudim, Capitulo Cinco, onde ele mesmo explica o assunto do Bitush extensamente. Isto foi o que ele escreveu, abreviadamente: Segue-se que há três tipos de Luz [na Hitpashtut da Luz no mundo de Akudim e sua partida de volta para o Emanador]. A primeira Luz são as Luzes de Akudim, chamadas Ta’amim. A segunda é o Reshimô dessa Luz, que permanece após sua partida, e ele é chamado Tagin. A terceira é a Luz que vem a ele por meio da ascensão das Sefirot, altura na qual é através do Achoraim, que é Din. Isto é chamado Nekudot.

E quando a terceira Luz, chamada Nekudot, vem e golpeia a segunda Luz, chamada Reshimô, que é Rachamim, elas golpeiam e batem uma na outra. Isto é porque elas são opostas: uma é Ohr Yashár, que é Rachamim, e a outra é Ohr Chozêr, que é Din. E então Nitzotzin (centelhas) caem do Ohr Chozêr descendente, que é Din, e estes Nitzotzin são outra, quarta Luz, chamada Otiyot. Estes são os quatro discernimentos – Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot – todos os quais estão incluídos aqui nos Akudim. Também, estes Nitzotzin que caíram do descendente Ohr Chozêr são como os 248 Nitzotzin da quebra dos vasos no mundo  de Nekudim.

Interpretando suas palavras: De acordo com o que foi explicado acima relativo à ordem da expansão da Luz no mundo de Akudim, primeiro a Luz se expande de Ein Sóf ao Zivug de Haka’á na Massach no Kli de Malchut. Então, saem dela, as dez Sefirot de Ohr Chozêr de baixo para Cima, como está escrito em Item 6. Elas têm um valor inverso, onde os Superiores em Ohr Yashár estão abaixo no Ohr Chozêr, dado que nas dez Sefirot de Ohr Chozêr os graus diminuem de acordo com a pureza.

Logo, ZA, que é mais puro que Malchut, é de um grau mais baixo que Malchut. Mas isto é assim apenas em respeito à Chochmá nas dez Sefirot de Ohr Chozêr. E Biná, que é mais pura que ZA, foi diminuída no grau, e ela possui apenas o valor de Biná. Chochmá, que é mais pura que Biná, é diminuída no seu grau e tem apenas o valor de ZA. E Kéter tem o valor de Malchut, como está escrito lá e no interior, em Ramo Três.

Mas assim que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr se unem e se juntam conjuntos, isso cria um valor igual, onde o nível de cada das dez Sefirot alcança o nível de Kéter, como escrito em Item 4. E o todo do mundo de Akudim, a expansão e retorno da  Luz de Ein Sóf de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, e o Ohr Chozêr que se conjunta com o Ohr Yashár num nível igual por meio de Kéter, é chamado Ta’amim ou Hitpashtut Álef de Akudim.

Foi explicado acima (Item 8) que porque ao Ohr Pnimi se veste no Kli de Malchut, cuja natureza é de purificar o Kli, isso causa a purificação da Massach grau   a grau. No princípio, ele recebe a purificação como em Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Massach subiu a ZA. Nessa altura, o Ohr Ein Sóf se expande uma vez mais de Kéter aa Massach em Kli ZA, e de ZA ao Kéter. Isto diminui o valor do Ohr Chozêr que sobe da Massach ao grau de Chochmá, similar ao valor de ZA de Ohr Chozêr. Similarmente, os graus descem na Hizdakchut da Massach através da Hizdakchut de Bechiná Kéter de Ohr Yashár, altura na qual a Massach é cancelado e o Zivug de Haka’á cessa.

Logo, todo este Ohr Chozêr, que desce grau a grau até que ele desaparece completamente, é chamado “a Luz de Nekudot.” Isto é assim porque a Massach se estende do ponto de Tzimtzum, e assim detém o Ohr Yashár, também, de se aproximar e expandir nele. É como o ponto médio de Tzimtzum Álef que se decorou a si mesmo e fez partir a Luz nele, e assertivamente escolheu a Hizdakchut de sua Aviut, de modo a equalizar a forma dela com o Emanador, como foi explicado em detalhe em Panim Masbirot, Ramo Um. Assim, esta força, o desejo de ser purificado, está impressa na Massach.

Agora nós explicaremos o significado do Reshimô – a Luz de Tagin. É sabido que ainda embora a Luz parta, ela ainda deixa um Reshimô para trás dela. Assim, a primeira Hitpashtut no mundo de Akudim, que expandiu e retornou de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, suscitando dez Sefirot cujo nível equaliza Kéter em Ohr Pnimi, e similaridade, dez Sefirot de Ohr Makif, como escrito em Item 7 [note que aqui não houve Kli distinto para Ohr Pnimi e um Kli distinto para Ohr Makif]. Esse Kli, como um todo, é chamado Kli de Kéter. Isto é assim porque todas as dez Sefirot estavam no nível de Kéter. Assim, ainda embora esta Hitpashtut tenha partido uma vez mais, um Reshimô dela permaneceu independentemente, que mantém e sustenta a forma prévia lá, para que ela não fosse revogada ao todo devido à partida da Luz.

Concordantemente, você pode ver como a Luz de Reshimô, que permaneceu de Hitpashtut Álef, e o descendente Ohr Chozêr, que é a Luz de Nekudot, são dois opostos, golpeando e batendo um no outro. Isto é assim porque a Luz de Reshimô é fortalecida pela Hitpashtut Álef, onde o Ohr Yashár se expandiu por meio da Massach de Bechiná Dálet, e desejou muito que a Massach permanecesse especificamente em Aviut de Bechiná Dálet, dado que apenas pelo poder na excessiva Aviut em Bechiná Dálet tem ela o valor do nível de Kéter. Contudo, a Luz de Nekudot, a Massach em si mesmo, intensifica com todo o seu poder apenas para ser purificado de sua densa Luz, discernida como Din, e deseja ser absolutamente purificado e equalizar sua forma com o Emanador, dado que o primeiro início do ponto de Tzimtzum foi impresso nele, e esta é sua raiz.

11)          Agora nós podemos compreender a quarta Luz, que caiu por meio do Bitush da Luz de Reshimô com a Luz de Nekudot, chamada Otiyot. Elas são como as 248 Nitzotzin na quebra dos vasos no mundo de  Nekudim.

Você deve saber que em cada lugar em O Zohar, os Tikunim (correções de O Zohar), e nos escritos do Ari, a palavra Nitzotzin ou Natzatzin ou Hitnotzetzut indica Ohr Chozêr. Isto é porque a iluminação de Ohr Yashár é definida pelos nomes Orot ou Nehorin, e a iluminação de Ohr Chozêr é definida pelo nome Nitzotzin ou Zikin ou Hitnotzetzut. Logo, você vê que o assunto dos Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô no descendente Ohr Chozêr é também considerado Reshimô, embora ele seja um Reshimô de Ohr Chozêr, e assim definido pelo nome  Nitzotzin.

A ordem da descida do Ohr Chozêr foi explicada acima (Item 8). No princípio, ele recebeu para a purificação de ZA e foi separado de Bechiná Dálet, que é o real Kli de Malchut. E quando o Ohr Ein Sóf se expande aa Massach em Kli ZA uma vez mais, esta Luz de Malchut estará no nível de Chochmá, carenciando a Bechiná Kéter da Luz geral de Akudim, dado que a Malchut em ZA não volta a ser Kéter, mas Chochmá. [Foi explicado que o doador essencial do nível nas dez Sefirot do emanado é a Luz de Malchut, como supramencionado (Panim Masbirot, Ramo  Quatro).]

Segue-se que o verdadeiro Kli de Malchut está sem Luz, e dois Reshimot deviam ter ficado nele. O primeiro Reshimô é da Luz de Ta’amim, que mantém e sustenta a Aviut de Bechiná Dálet tanto quanto ela pode. O segundo Reshimô é da Luz de Nekudot, isto é a Luz atribuída aa Massach e que almeja a Hizdakchut.

Contudo, ambos não podem permanecer juntos, dado que eles são opostos. Isto é porque o lugar do Reshimô de Ta’amim é chamado Kli de Kéter, dado que suas dez Sefirot estão no nível de Kéter. E o lugar do Reshimô do descendente Ohr Chozêr é chamado Kli de Chochmá ou “abaixo de Kéter.” Assim, seu próprio Reshimô partiu de Malchut, também, e subiu ao Kli de ZA. E o Reshimô do descendente Ohr Chozêr permaneceu no seu lugar. Logo, aqui os Reshimô para os Nitzotzin de Ohr Chozêr foram rejeitados. Contudo, daqui em diante os Nitzotzin de Ohr Chozêr são rejeitados, para a Luz de Reshimô.

E após isso, na ascensão da Massach ao lugar de Biná, isto é, que ele recebeu  a purificação de Bechiná Bet, e o Ohr Ein Sóf se expande e uma vez mais de Kéter a Biná e de Biná a Kéter,  e então a Bechiná Chochmá é retirada, também. Então o Kli  de ZA permanece sem Luz, e dois Reshimot foram deixados lá, também, da Luz de Ta’amim e do Ohr Chozêr, que são opostos um ao outro. E aqui o Reshimô domina os Nitzotzin de Ohr Chozêr, dado que o Reshimô de Ta’amim permanece no Kli ZA; e assim sendo, ele permanece na forma de Kli de Kéter.

Todavia, os Reshimô de Ohr Chozêr, que são os Nitzotzin de Kli Chochmá, são rejeitados abaixo de Tabúr, abaixo do Kli de Kéter, dado que a Hitpashtut do mundo de Akudim é através de Tabúr, pois Malchut de Akudim é chamada Tabúr. Também, é já sabido que Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr, cujo valor é considerado Kéter de Chochmá, permanecem lá dado que os Reshimô de Malchut de Ta’amim, que são verdadeiramente Bechiná Kéter, sobem a ZA. E os Nitzotzin que caem de Kli ZA, que são os Nitzotzin de Chochmá em Chochmá, caem abaixo de Tabúr, onde está Kéter de Chochmá.

Similarmente, na ascensão da Massach a Chochmá, quando ele se purificou para Bechiná Álef, o Ohr Ein Sóf estava ainda a expandir de Kéter a Chochmá e de Chochmá a Kéter, e esta Luz está no nível de ZA. Assim, o nível de Biná foi retirado, também, e o Kli de Biná permaneceu vazio, sem Luz e permaneceram dois Reshimot, como escrito acima: Reshimô de Ta’amim que permaneceram no seu lugar, e Reshimô do descendente Ohr Chozêr que foram rejeitados e caíram abaixo dos Nitzotzin de Chochmá abaixo de Tabúr.

A seguir, ele foi purificado acima até Bechiná Kéter, que ele é o Shóresh (raiz),  e assim perdeu todos os Bechinot Aviut nele. Logo, o Zivug de Haka’á foi naturalmente cancelado, não tendo mais Ohr Chozêr. Acontece que nenhum Nitzotzin caiu de Bechiná Kéter de todo, e apenas o Reshimô de Ta’amim permaneceu  lá.

Então nós explicamos cuidadosamente a oposição entre o Reshimô e o descendente Ohr Chozêr, pelo qual o pacote foi quebrado, e o Reshimô das dez Sefirot de Ta’amim que permanecem no lugar deles. Estes são considerados Kelim KACHÁB ZON de Kéter, até Tabúr de AK. E os Nitzotzin, que são Reshimô do descendente Ohr Chozêr, caidos fora do grau em que eles estavam. Eles são considerados como estando abaixo de Tabúr, ou seja, abaixo de Malchut de Akudim, que são considerados Kelim KACHÁB ZON de Chochmá, como nós dissemos acima, que eles são chamados Otiyot.

12)          A razão para a Hizdakchut foi já explicada acima, no fim de Item 9: O Ohr Pnimi está conectado ao Kli de Malchut, que é na realidade apenas um Kli externo para o Ohr Makif, como está escrito em Item 7. Assim, quando o Ohr Chozêr sobe e trás CHAB de volta a PBP, como está escrito em Item 9, Aviut de Biná abandona-o, pois ela volta a ser um com a Chochmá, como eles eram inicialmente. E quando a Aviut na raiz é cancelada, a Aviut no ramo é cancelada, também. Logo, quando Biná se torna um objeto com Chochmá, ela purifica a Massach junto com ela, e ele, também, sobe grau a grau, por meio dela por causa dela, até que desaparece.

No princípio da entrada do Ohr Chozêr a Biná, ela começa a tornar seu Panim de volta a Chochmá. Logo, a Massach sobe de Bechiná Dálet e Bechiná Guimel. E quando ela atrai o Ohr Chochmá de Panim de Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Bet. E quando ela se torna um objeto com a Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Álef, até que ele sobe a Bechiná Shóresh. Este é o significado do que é mencionado no Idra Raba, “a centelha foi sugada”.

Segue-se que o Ohr Chochmá, que é a Luz principal de Atzmut no primeiro emanado, isto é, o mundo Akudim, e o Ohr Chozêr que sobe do Kli de Malchut, estão atados um ao outro e perseguem-se um ao outro. Isto é porque sem o Ohr Chozêr, o Ohr Chochmá não seria capaz de expandir no emanado, dado que a Biná volta sua face para sugar Ohr Chassadim de Kéter, e seu dorso a Chochmá. Isto significa que ela não irá sugar o Ohr Atzmut dele.

Contudo, quando o Ohr Chozêr sai, Biná volta sua face de volta a Chochmá, e apenas então pode a Luz de Atzmut se expande no emanado. Logo, a Luz de Atzmut depende do Ohr Chozêr. Mas quando CHÁB voltam a estar PBP, e sua amamentação de Kéter cessa, sua Aviut é cancelada, que naturalmente cancela a Aviut no ramo, que é a Massach. Então, o Ohr Chozêr desaparece, também. Então, o Ohr Chozêr é repelido e perseguido por causa da Luz de Atzmut.

Isto irá explicar completamente as palavras do Ari, que eu apresentei acima, Item 5, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif se batem um no outro, e seu golpear gera os Kelim. Isto é porque o Ohr Pnimi é o Ohr Chochmá que se expande no emanado devido ao Ohr Chozêr. E o Ohr Makif é a Massach, que é o Kli externo, que está atado a todo o Ohr Makif que está destinado a sair para os mundos por meio de Ohr Chozêr, como escrito em Item 7.

E embora eles sejam dependentes um do outro, ou seja, o Ohr Pnimi que se expande apartir de devolver golpes CHÁB PBP dos golpes em Ohr Makif que purifica a Massach e causa a partida da Luz do mundo de Akudim, e nisso também as Reshimot de Ta’amim e de Ohr Chozêr se separam um do outro, e o Reshimô de Ohr Chozêr é rejeitado fora da presença dela, isto é abaixo de Tabúr, chamados Otiyot (letras), e estes são os Kelim.

13)          Logo, nós clarificámos completamente a razão para a partida, devido à gradual Hizdakchut da Massach até que todo o Ohr Chozêr desapareceu, e junto com ele, a Luz de Atzmut de Kéter e Chochmá de Ohr Yashár. Todavia, isso não ficou assim: seguindo o desaparecimento da Luz de Atzmut, Biná voltou sua Panim de volta para Kéter, por abundância de Ohr Chassadim, e assim, as anteriores Achoraim e Aviut voltaram para ela; por isso, a Aviut dela voltou aa Massach, também, que são o ramo dela.

Também, é sabido que o Ohr Yashár do Emanador não para de fluir ao emanado sequer por um momento. Assim, depois da Massach ter ganhado novamente sua Aviut, o Ohr Yashár de Ein Sóf foi renovado nos quatro supramencionados Bechinot, acima até ao Zivug de Ohr Chozêr. E uma vez mais, as dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr expandiram-se no mundo de Akudim. Isto é chamado Hitpashtut Bet do mundo de Akudim.

Todavia, dado que CHÁB voltaram a estar PBP por meio do supramencionado Ohr Chozêr, a Aviut e Achoraim de Biná purificaram uma vez mais,  e com isso, a Aviut de Massach, que é seu ramo. E uma vez mais, o Zivug de Haká e o Ohr Chozêr foram cancelados, e Biná volta a atrair Ohr Chassadim de Kéter. Então, a Luz de Atzmut partiu como antes.

Similarmente, assim que as Achoraim e Aviut voltaram a Biná, a Aviut foi atraída na Massach, também, e naturalmente, o Ohr Yashár renovado na Massach. Por meio disso, a Luz de Atzmut expandiu, também.

Isto é repetido similarmente: quando o Ohr Chozêr vem, a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais. E quando a Luz de Atzmut vem, o Ohr Chozêr parte. E quando o Ohr Chozêr parte, a Massach ganha novamente sua Aviut, e o Ohr Chozêr é renovado, e a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais, e assim por diante. Acontece que esta segunda Hitpashtut é como uma chama constante movendo para trás e diante. É por isso que o Ari diz que Ohr Pnimi e Ohr Makif que estão atadas em um Kli golpeiam e batem uma na outra.

Isto clarifica a grande diferença entre Hitpashtut Álef de Akudim que estava no nível de Kéter, dado que o Ohr Yashár acasalou com a Massach de Bechiná Dálet, e a presente Hitpashtut, que está apenas no nível de Chochmá. Isto é porque a inteira Aviut da Massach é apenas uma Hitpashtut da Aviut de Biná, como na Aviut de ZA, que estende apenas o nível de Ohr Chochmá, como está escrito em Item 8. Mas esta Luz, também, não é constante. Em vez disso, ela é como uma chama que se movimenta para diante e trás. Isto explica completamente que a questão da Hitpashtut Bet de Akudim é continuada da partida da Hitpashtut Álef em si  mesma.

14)          Agora nós podemos compreender as palavras do Ari em Sha’ar Nikudim, Capítulos Um e Dois, que AK se restringiu a si mesmo e ergueu todas as Luzes de baixo de Tabúr ao Tabúr e Acima, e elas subiram como MAN a AB de Galgalta. Lá,  ele colocou um limite (cortina) nos seus internos e a Luz que subiu de NH’’Y saiu através dos Eynaim, até que se estendeu abaixo de Tabúr, e espalharam-se nas dez Sefirot do mundo de Nekudim.

E da Luz que foi renovada ao erguer MAN, ela espalhou-se também e fendeu a Parsá, e desceu abaixo de Tabúr, que se espalha através dos Nekavim (buracos) de Tabúr e Yessód, para dentro das dez Sefirot do mundo de Nekudim. Estas duas Luzes compreendem as dez Sefirot de Nekudim. Estas duas Luzes e este novo Tzimtzum requerem grande detalhe, que será feito a seu tempo. Aqui eu explicarei como necessário neste lugar.

Foi já explicado que as Luzes abaixo de Tabúr de AK são as Otiyot e Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô de Kéter e os Ta’amim no Reshimô de Chochmá e Nekudot. Até que elas sairam abaixo no inteiro Reshimô de Kéter, e este lugar de saída é chamado NEH’’Y e “abaixo de Tabúr.”

Agora, depois de Hitpashtut Bet – que é apenas Ohr Chochmá em Kli de Kéter – ter voltado ao mundo de Akudim, a equivalência entre as Reshimot de Ta’amim e as Reshimot de Nekudot foi feita uma vez mais. Isto é porque eles são ambos considerados Chochmá, e assim todos os KACHÁB ZON de Reshimot de Nekudot abaixo de Tabúr foram atraídos, subiram, e reconectaram-se com as Reshimot Acima de Tabúr. É por isto que o Ari diz que AK ergueu a Luz de baixo de seu Tabúr para Acima de seu Tabúr.

Contudo, nós precisamos compreender porque é isso chamado Tzimtzum. A coisa é que existem dois discernimentos nestes Nitzotzin que subiram. O primeiro é um Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr que permaneceu no próprio Tabúr, que ele é Malchut de Akudim e Bechiná Dálet. A Luz de Hitpashtut Bet não a alcança, dado que ela é de Bechiná Guimel, e tem Aviut da Hitpashtut de Achoraim de Biná. O segundo discernimento é Nitzotzin de CHÁB e ZON que é de Bechiná Guimel, como está escrito em Itens 11 e 12.

Logo, assim que CHÁB ZON de Nitzotzin subiram, as Luzes aumentaram lá mais que antes, devido à Aviut que foi acrescentada a elas por sua queda abaixo de Tabúr. E portanto, o Nitzotzin de Kéter no Tabúr, que é Bechiná Dálet, estenderam lá, também. E naturalmente, a Luz de Ohr Yashár de Ein Sóf, que nunca pára, foi espalhada e renovada sobre eles. Então, o Zivug de Ohr Chozêr foi feito em Bechiná Dálet, e como um resultado, dez novas Sefirot emergiram no nível de Kéter, como em Hitpashtut Álef.

Então, você vê como duas Bechinot de dez Sefirot foram feitas dos Nitzotzin que subiram: dez Sefirot no nível de Chochmá foram feitas dos CHÁB ZON de Nitzotzin que foram corrigidos na sua ascensão sozinhos, dado que eles são de Bechiná Guimel, como Hitpashtut Bet, e dez novas Sefirot no nível de Kéter foram feitas dos Nitzotzin de Kéter.

Estes dois Partzufim são as raízes dos Partzufim AVI e YESHSUT de Atzilut. O novo Partzuf no nível de Kéter é AVI, e é chamado Chochmá e Aba de Atzilut. E o Partzuf da velha Luz, no nível de Chochmá, é YESHSUT, e é chamado Biná e Ima de Atzilut.

Com estas raízes você irá compreender o que está escrito na Idra Zuta, que Aba trouxe Ima para fora devido a seu filho, e o próprio Aba foi feito como uma espécie de macho e fêmea. Isto é assim porque o Partzuf Superior, que está no nível de Kéter, chamado Aba, foi feito como uma espécie de macho e fêmea, dado que ele elevou Bechiná Dálet – Nukva e Malchut – até ele. E Biná, o Partzuf inferior, cujo nível está abaixo de Kéter, abandonou Aba por causa da Nukva, que é Bechiná Dálet, que termina e detém a Luz Superior de se expandir abaixo dela. É por isso que esta Bechiná Dálet é chamada Parsá, sem o Nekev (buraco) que existem em Bechiná Bet. E por causa desta Parsá, YESHSUT não veste a Luz de Kéter.

Acontece que Bechiná Bet, que é Biná, na qual a Tzimtzum Álef não se aplicou de todo, se tornou agora deficiente, dado que ela foi restringida, também, pois ela está abaixo de Bechiná Dálet. Foi por isto que o Ari disse que AK se restringiu a si mesmo ao erguer Luz de abaixo de Tabúr, relativamente a Bechiná Bet que foi agora restringida devido à ascensão de MAN.

15)          Você deve conhecer a grande diferença entre Rosh e Guf. O Rosh é chamado GAR, e o Guf é chamado VAK, ZAT, ou ZON. O Guf em si mesmo está dividido em GAR e ZON, também.

A raiz desta divisão é que acima até o Pê – Malchut – a estrutura é feita essencialmente de Ohr Yashár. E o Ohr Chozêr que sobe e se junta ele é apenas um veste em relação a ele e oposto a ele, o Guf, que ela é Hitpashtut da Massach em si mesmo, na mesma extensão que ele veste as Sefirot de Rosh. Assim, ele é feito principalmente de Ohr Chozêr, e as dez Sefirot de Ohr Yashár são como seus ramos.

Embora ele seja chamado ZON, ele é essencialmente apenas Malchut. Isto é assim porque não há Luz de Malchut na realidade de todo, exceto com NEH’’Y de   ZA que se unem com ela num Zivug de Haká. Assim, os dois são considerados como um que se expandem por meio do Ohr Chozêr. E foi já explicado acima que a Massach detentor e o Ohr Chozêr que emerge como um resultado dele não são atribuídos ao Emanador, mas apenas ao emanado. Por esta razão, o Rosh é considerado como a Atzmut da Luz do Emanador, e o Guf é considerado apenas como o ato do emanado em si mesmo.

Agora você compreende os cinco inclusivos Partzufim de AK, chamados Galgalta, AB, SAG, MA, e BON, e a ordem de sua criação e veste de uns e outros, como eles estão interligados e emergem um do outro por meio de causa e consequência. Isto é assim por causa de Seu uno, único, e unificado Pensamento – cuidadosamente explicado em Panim Masbirot, Ramo Um – que é de deleitar Suas criações. Este Pensamento é a raiz do Kli, e de Tzimtzum Álef que ocorreu em Bechiná Dálet, embora indiretamente, como está escrito lá em Item 7, como na alegoria sobre o homem rico. Veja em Item 8, que este único Pensamento engloba o todo da realidade, todos os mundos, e todas as muitas formas e condutas até ao fim da correção, quando todas elas se reunirem com a Luz de Ein Sóf de antes do Tzimtzum, em simples união, em uma forma que se encontra Acima de nós – “de deleitar Suas criaturas.”

E imediatamente seguindo o Tzimtzum em Bechiná Dálet, que é a Gadlut (maturidade, amadurecimento) do desejo em Malchut de Ein Sóf, quatro formas de gradações apareceram no Reshimô que foi esvaziado da Luz – no Kli. Elas são chamadas CHÁB, ZA, e Malchut, e elas contêm Ohr Pnimi e Ohr Makif, logo doze formas.

Posteriormente, a Luz estendeu-se sobre o supramencionado Reshimô, abaixo até ao ponto de Tzimtzum, dado que Sua Luz não para de todo, e recorde-se disso. Então a fina linha estendeu-se para dentro do Reshimô, e ela é chamada “fina” porque a Luz de Atzmut estende-se ao emanado apenas no Ohr Chozêr que sobe num Zivug  da Massach. E pelo poder do Ohr Chozêr, o Tzélem de AK foi revelado na forma de Partzuf Galgalta, que é chamado, no exemplo, “o princípio da linha.”

Ele expande sobre os vinte e cinco discernimentos, dado que existem KACHÁB ZON em cumprimento e existem KACHÁB ZON em espessura. Como  nós dissemos, porque Malchut voltou a ser Kéter, cada um KACHÁB ZON se expande em dez Sefirot até Kéter, e isso é chamado no exemplo, Galgalta, Eynaim, ACHAP, ou Galgalta, AB, SAG, MA, e BON. O nível de cada deles alcança Galgalta, e suas Luzes emergem da interioridade deste emanado, como foi explicado em Panim Masbirot, Ramo Três, Item 2, p. 32, a respeito da ordem da suscitação de Luzes devido à Hizdakchut da Massach.

16)          E assim começa a suscitação de AB. Suscitação diz respeito a carência. Devido à Hizdakchut de Bechiná Dálet do AK Interno, chamada Pê, ela recebeu Aviut de Bechiná Guimel. E depois da Luz de Ein Sóf ser atraída sobre este Massach, novas dez Sefirot emergem no nível de Chochmá, chamadas AB. Acontece que o AB que sai  é subtraído do AB que permanece dentro de AK, no nível de  Kéter.

Logo, o Kéter de AB externo veste Chochmá de Galgalta, e espalha-se até o Tabúr do AK Interno. E ele, também, contém vinte e cinto Bechinot de seus dez Sefirot de Ohr Yashár, que são seus Galgalta, Eynaim, Ózen, Chótem, Pê, cada um deles se espalha pelo poder do Ohr Chozêr sobre as cinco Bechinot, até Kéter de  AB.

Todavia, o Kéter geral do AK Interno permanece revelado, e nele é discernido Rosh e Guf também. Do Pê para baixo, ele é chamado Guf, dado que ele é apenas Hitpashtut da Massach sozinho. Assim, o Ohr Pnimi e Ohr Makif estão atados lá apenas na Bechiná Dálet de AB sozinho. É por isso que eles tinham de partir uma vez mais,   e isto é chamado “o mundo de Nekudim,” sendo ZON e Guf de AB Externo.

Também, foi já explicado que a Aviut voltou aa Massach depois da Histaklut de seu Guf, e uma segunda Hitpashtut ocorreu lá, como está escrito em Itens 13 e 14. Ele estende as Luzes abaixo de Tabúr para Acima de Tabúr, e por esta ascensão, os AVI Superiores são corrigidos. Uma Parsá foi espalhada por baixo deles, e YESHSUT é da Parsá ao Tabúr. Toda esta ascensão é chamada “Partzuf SAG Externo,” isto é, que ele abandonou seu grau anterior, que, no AB externo era Biná no nível de Kéter Chochmá, que é a Luz de Ózen até Shibolet há Zakan.

Contudo, neste Partzuf, que foi feito dos Nitzotzin que caíram das Luzes de  Pê do AB Externo, dado que Biná deste Partzuf está abaixo de todas as dez Sefirot de AVI Superiores, logo ela é carente do Kéter. Então, seu lugar é de Pê para baixo, isto  é de Shibolet ha Zakan, que é a Galgalta dele.

E como que o AB Externo veste apenas Malchut do Kéter geral e os Nove Superiores permanecem revelados, também o SAG Externo não veste apenas Malchut de Kéter de AB, ou seja, de Pê para baixo, e o seu Nove Superiores, que são o todo do Rosh, permanece revelado. E como o AB tirou seus ramos através das Se’arot (cabelo) Rosh, estas SAG tiraram seus ramos através das Se’arot ACHAP, que serão exaltados no seu lugar. Este é o significado da Luz que é retirada deles devido a sua saída, comparada à Superior que lá permanece nas Se’arot como circundantes, como circundante de retorno.

E este SAG veste o AK de Shibolet ha Zakan até seu fim. Isto significa que suas Bechiná Rosh, que são GAR, se estendem até Tabúr, que estão no valor de Galgalta, Eynaim, Ózen, e Chótem. Seu Pê expande-se por si mesmo em dez Sefirot de Guf, como o Pê de AB Externo. E o caso das Luzes do Pê de SAG externo, como no caso das Luzes de Pê de AB Externo, que devido a eles estarem atados em um único Kli, houve gradual Hizdakchut da Massach neles também, até que foi purificado em Bechiná Kéter, e a inteira Hitpashtut desapareceu.

Este é o significado da quebra dos vasos e a queda dos 248 Nitzotzin. Todavia, isto aconteceu apenas na Bechiná ZON deles, e não no GAR deles, devido à correção da Parsá, como será exaltado no seu lugar. Posteriormente, os Nitzotzin que caíram do Pê de SAG Externo se estenderam e subiram também, na forma de MAN, no lugar deles, que então o novo MA saiu, e as dez Sefirot de Atzilut foram estabelecidas na forma de doze Partzufim.

Logo, todas as anteriores Bechinot estão incluídas no mundo de Atzilut, como está escrito em A Árvore da Vida, E o mundo de Briá foi impresso do mundo de Atzilut, de uma maneira que tudo o que existe em Atzilut é impresso em Briá. Yetzira é impresso de Briá, Assiá é impresso de Yetzira, e, portanto, não há nenhuma realidade ou lidereança nos inferiores que não esteja diretamente relacionado aos Superiores, que d’Ele derive e se estenda até sua essência  inferior.

É por isto que nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto é assim porque tudo o que se estende de um mundo Superior até um inferior, se estende por meio de Zivúgim (plural de Zivug). Mas os mundos estão divididos em interioridade e exterioridade. A interioridade dos mundos, de Atzilut para baixo, não se estende por meio de um Zivug de Haká na Massach, mas por meio de Zivug de Yessódot (plural de Yessód). Mas a exterioridade, que se estende de mundo para mundo, estendes-se por meio de um Zivug de Haká.

Este é o significado do golpear, e é por isso que nossos sábios meticulosamente afirmaram que o anjo no mundo de Yetzirá, que é a raiz da folha  de grama no mundo de Assiá, doa sobre ela e nutre-a na forma de Zivug de Haká. Por outras palavras, ele lhe golpeia e diz, “Cresça!” dado  que dizer significa doar.

Então, a questão de causa e consequência em Galgalta, AB, SAG de AK foi cuidadosamente explicada, e a qualidade deles de se vestir um sobre o outro. Cada inferior tem o valor de ZON do Superior, que se estende apenas dos Nitzotzin das Luzes do Pê do Superior.

E foi clarificado que no surgimento de AB, a Massach estava incluído em Bechiná Guimel. E no surgimento de SAG, a Massach estava incluído em Bechiná Bet, até Nukva de Aba. E no surgimento de MA de dentro para fora, a Massach estava incluído em Bechiná Álef. Isto será explicado no seu  lugar.

Também, Malchut de Bechiná Guimel é chamado Tabúr, de Bechiná Bet é chamado Parsá, e de Bechiná Álef é chamado Kruma (crosta). Não há nada mais a acrescentar aqui; Eu apenas atei as questões nas suas raízes de uma fácil e breve maneira. Esta é minha intenção neste lugar; mas dentro do livro, as questões são explicadas elaboradamente.

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