A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE SOBRE UMA PESSOA

Do livro “Cabala Para o Estudante”

…Nós sabemos que há um costume, aplicado pelo mundo afora, que não é bom para um profissional altamente qualificado se encontrar entre trabalhadores pouco qualificados e aprender com suas ações. Por exemplo, quando um sapateiro está entre sapateiros inábeis, eles deixam-no entender que não vale à pena fazer um bom sapato, mas fazer o que quer que saia e que não vale a pena fazer um bom e belo sapato.

Ou um alfaiate, se ele for hábil, quando estiver entre alfaiates inábeis, eles deixam-no entender que não vale à pena se esforçar para fazer uma roupa limpa, arrumada e ajustada ao seu dono. Então, ele deve ser cauteloso ao estar em contato com eles.

Mas quando um construtor está entre alfaiates, não pode aprender de suas más ações, pois não há conexão entre eles. Mas dentro da mesma profissão, cada um deve observar a si mesmo e estar em contato apenas com pessoas de coração puro.

De acordo com o exposto, com qualquer pessoa que você considere um servo do Criador, você deve estar atento e ver se ele é um profissional qualificado, ou seja, deseja que seu trabalho seja limpo e puro e dirigido ao Seu Nome. No mínimo, ele deve saber que não é um bom trabalhador e procurar conselho na sua alma para ser um trabalhador hábil e não um trabalhador comum que visa apenas à recompensa.

Mas um bom e hábil trabalhador é o que não considera a recompensa, mas desfruta de seu trabalho. Se, por exemplo, um hábil alfaiate sabe que a roupa serve em seu dono em cada ponto, isso lhe dá prazer espiritual, mais que o dinheiro que recebe.

Então, com pessoas que não são da sua profissão, não é importante se você está entre elas, uma vez que você se empenha em construir e elas se empenham em desfrutar. Mas com pessoas que se empenham na Torá, mas não são meticulosas sobre manter a roupa ajustada ao seu dono, elas têm apenas uma mente que é contra a Torá, oposta a visão da Torá. E aqui você deve sempre estar atento… e manter uma boa distância dessas pessoas, como se fosse de um lançamento de flecha. E isto não   é assim com pessoas comuns.

  • Então, desde  que  você  não  tenha  qualquer  contato  com  o  povo de

Mizrahi, você não precisa de uma guarda cuidadosa.

  • Mas do povo de Agudat Israel, você precisa se
  • E com o Hassidismo, você precisa de ainda mais vigilância.
  • E com as pessoas que eram próximas de meu pai (Baal HaSulam) você precisa manter um olho muito

E a razão é esta: No mundo de Nekudim, Melech ha Da’at, o nível de Kéter, que é o primeiro Melech (rei), caiu mais baixo que todos os Melachim (Reis) durante   a quebra. Isto é assim porque enquanto que mais denso é também mais elevado quando tem um Massach, ele é o pior quando perder o Massach. Por esta razão, caiu mais baixo que todos os Melachim.

E nós podemos interpretar estas palavras. Quando eles andam no caminho do Criador, eles têm uma dupla vontade de receber para corporalidade, assim como para a espiritualidade. Assim, os que eram próximos a Baal HaSulam, enquanto estavam inclinados, tinham um Massach e Aviut (espessura). Mas agora eles não estão se entregando e não têm interesse em ter um Massach, todo o seu trabalho é serem “Judeus formosos” ou “Rebbes” (grandes rabinos).

Então, isto é Aviut sem uma Massach e eles naturalmente dão do que fazem. E quanto a mim, eu não tenho confiança neles e não há ninguém para segurá-los para baixo. Estou sendo breve, pois não desejo tê-los nos meus pensamentos, pois você conhece a regra: “Se está onde pensa”.

Para entender a questão mais claramente, vou lhe dar um breve exemplo: É sabido que entre cada dois graus há um meio, feito de ambos os discernimentos juntos.

  • Entre o inanimado e o vegetativo, há um meio chamado “corais”.
  • Entre o vegetativo e o animado, há a pedra do campo, que é um animal que está ligado a terra pelo seu umbigo e se nutre fora
  • E entre o animado e o falante, há o

Portanto, há uma pergunta: Qual é o meio entre a verdade e a mentira? Qual é o ponto que é feito de ambos os discernimentos  juntos?

Antes de esclarecer, irei acrescentar outra regra: É sabido que é impossível  ver um objeto pequeno e que é mais fácil ver um objeto grande. Assim, quando uma pessoa comete algumas mentiras, ela não pode ver a verdade, que ela está percorrendo um caminho falso. Em vez disso, ela diz que está percorrendo o caminho da verdade. Mas não há maior mentira que isso. E a razão é que ela não tem mentiras suficientes para ver o seu verdadeiro estado.

Mas quando uma pessoa adquiriu muitas mentiras, as mentiras crescem nela a uma extensão que ela as possa ver se ela desejar. Assim, agora que ela vê as mentiras, que está percorrendo um caminho falso, vê o seu verdadeiro estado. Em outras palavras, ela vê a verdade na sua alma e como voltar ao caminho  correto.

Segue-se que este ponto, que é um ponto de verdade, que ela está trilhando um caminho falso, é o meio entre verdade e falsidade. Esta é a ponte que liga a verdade e falsidade. Este ponto é também o fim da mentira e daqui em diante começa o caminho da verdade.

Então, podemos ver que para sermos recompensados com Lishmá (em Seu Nome), primeiro precisamos preparar a maior Lo Lishmá (não em Seu Nome) e então nós podemos alcançar Lishmá. E, da mesma forma Lo Lishmá é chamado uma “mentira” e Lishmá é chamado “verdade”. Quando a mentira é pequena e as Mitzvot e boas ações são poucas, ela tem uma pequena Lo Lishmá e ela não pode ver a verdade. Assim, nesse estado, diz que está percorrendo o caminho bom e verdadeiro, isto é trabalhando Lishmá.

Mas quando ela se envolve na Torá todo o dia e toda a noite em Lo Lishmá, então ela pode ver a verdade, uma vez que pelo acúmulo de mentiras, sua mentira aumenta e ela vê que está certamente percorrendo um caminho  falso.

E então ele começa a corrigir suas ações. Em outras palavras, então ela sente que tudo o que faz é apenas Lo Lishmá. A partir deste ponto, passa para o caminho da verdade, para Lishmá. Apenas aqui, neste ponto, começa o assunto de “de Lo Lishmá se chega a Lishmá”. Mas antes disso, ela afirma que está a trabalhando Lishmá e, como pode mudar o seu estado e seus caminhos?

Então, se uma pessoa estiver inativa no trabalho, ela não pode ver a verdade, que está imersa em falsidade. Mas ao aumentar Torá a fim de dar contentamento ao seu Fazedor, pode-se então ver a verdade: que ela está andando num caminho falso, chamado Lo Lishmá. E este é o ponto médio entre verdade e falsidade. Por isso, temos que ser fortes e confiantes em nosso caminho, assim cada dia será para nós como novo, pois nós precisamos sempre renovar nossas fundações e então iremos marchar em frente.

 

1 reply
  1. rogerio silva
    rogerio silva says:

    Acabei de ler este texto, e vejo o quanto o consegui absorver sobre verdade e mentiras, a mentira aos poucos vai influenciando as pessoas a perder a capacidade de ver a realidade e não conhecendo os motivos que a levam ter uma vida mais sinceras, por outro lado quando á correção dessas atitudes e, permanecendo o desejo de receber a luz, então conseguimos enxergar a realidade diante de nós.

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