Beresheet (No Princípio)

Do livro “Divulgando Uma Porção”

(Gênese, 1:1 – 6:8)

Sumário da Porção:

Beresheet (No Princípio) é a primeira porção na Torá (Pentateuco). Ela conta a história da criação do mundo em seis dias, e o resto no sétimo dia. Ela fala sobre a criação do homem, sua chegada ao Jardim do Éden, e a criação da mulher. Esta porção também narra as histórias do pecado da Árvore do Conhecimento, Caim e Abel, as gerações de Caim a Lameque, as dez gerações de Adão a Noé, a corrupção que engoliu suas gerações, e a esperança renovada emergiu com o nascimento de Noé.

 

Comentário

Beresheet contém mais histórias que qualquer outra porção na Torá. De muitas maneiras é também a mais profunda, pois ela discute a base do nosso ser, a criação da alma. A alma comum foi criada a partir da vontade de receber deleite e prazer, ou simplesmente, “a vontade de receber”. Essa vontade é o núcleo da alma, e é afetada por seis qualidades: Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod    e Yessód. Estas qualidades penetraram a substância — a vontade de receber — e a desenharam em sincronia com a força superior, o Criador. A razão porque o homem é chamado “Adam” é que a palavra vem de Adamah, do versículo, Adameh la Elyon (“Eu serei como o mais alto”, Isaías, 14:14). Isto se refere à similaridade de Adam ao Criador — a doação sublime, amor sublime — a força superior que o deu à luz.

Adam é a estrutura da alma que é igual em forma ao Criador, e ela está em Dvekút (adesão) com Ele no Jardim do Éden. Um jardim significa “desejo”, e o jardim é a parte da criatura, a substância de Adam — ele é a vontade de receber. Éden marca o grau de doação, o grau de Biná. Adam, que está no grau de Biná, está no Jardim do Éden.

Isto não pertence ao nosso mundo ou ao universo que conhecemos, mas em vez disso à alma comum que o Criador criou. Bem desde o início, a alma comum atravessou uma preparação especial, “o pecado”, porque no seu começo ela era parte da força superior. Isto significa que a alma não tinha autoridade própria, nada em seu nome, ou qualquer sensação de existência independente. Neste sentido, a alma era como um embrião no ventre de sua mãe — por um lado, ela existe, por outro lado, ela é parte de sua mãe e cada uma das suas ações é governada por essa entidade superior.

Tal é a estrutura da alma. Enquanto ela existe no Jardim do Éden, o próprio jardim não permite independência. “Independência” significa que uma pessoa está além do controle de outrem, em um estado de se preparar para assumir autocontrole. A estrutura da alma é a criatura, o ser criado.

A palavra, Nivrá (criatura), vem da palavra, Bar (fora). Em prol de permitir à estrutura da alma na realidade se tornar uma criatura, ela deve ser retirada e removida do Criador. Em outras palavras, ela deve se tornar oposta ao Criador, e esta oposição é obtida através do pecado.

 

Explicando o Pecado

A alma consiste de duas forças: Caim e Abel. Abel quer existir ao elevar o Hével (sopro/vapor), ou seja, a Luz Refletida, ou doação, a força doadora. Caim é o oposto, querendo atrair todos os prazeres, todas as luzes, para dentro, para a alma.

Caim — a qualidade que atrai prazer, a luz para si mesmo, e não pelo bem do Criador, atrai-a até que Abel, o desejo de doar, desaparece. Este ato é chamado “Caim matando Abel. “

O Kli (vaso) da alma que recebe luz não pelo bem do Criador se quebra em pedaços, pedacinhos de desejos egocêntricos. Cada tal desejo é uma alma individual que se torna envolta em um embrulho semelhante a uma Klipá (casca/pele). Durante o processo de formação destas almas quebradas, quedas e descidas adicionais ocorrem pelos graus espirituais. Elas trazem-nos para aonde nos encontramos neste mundo, cada um de nós sendo uma parte da alma comum e singular que foi criada.

É precisamente porque estamos desconexos uns dos outros pelos nossos egos — imersos na vontade de receber em vez de na vontade de doar — que temos uma oportunidade de corrigir. Porque já fomos corrigidos no passado, podemos começar hoje a corrigir a ruína e pecado que tomou lugar no passado. Embora não sejamos nós que tenhamos cometido o pecado, nossas almas estão preparadas no interior para nos permitir levar a cabo a correção.

Esta correção é chamada “arrependimento”, constituindo um retorno a precisamente o estado onde estávamos enquanto no Jardim do Éden. Devemos nos apressar e alcançar esse estado, contudo, porque o mundo inteiro já está avançando para a conexão, um processo essencial de união e a percepção de nós mesmos como uma única alma. E finalmente, quando estamos todos em doação e amor mútuo, teremos sucesso em retornar à estrutura, o estado que mantivemos antes do pecado. Ao assim fazer, obteremos o estado em que estávamos enquanto no Jardim do Éden, e nos elevaremos uma vez mais acima da realidade deste mundo.

Nossa presente realidade desaparecerá porque ela só existe enquanto estamos imersos na vontade de receber em prol de receber. Quando temos a intenção de doar, contudo, não podemos mais existir na nossa presente realidade. Em vez disso, nossa existência se torna completamente espiritual e nos conduz de volta ao estado em que antes estávamos antes da nossa criação.

 

Perguntas e Respostas

Qual é o sentido da Criação e o que a precedeu?

“Criação” refere-se à criação do homem e do mundo. A criação do mundo precede à criação do homem por cinco dias. As qualidades, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach e Hod, são os primeiros cinco dias, e a qualidade chamada Yessód, a coleção dos anteriores cinco, é o sexto dia, Yessód liga todos eles juntos e se torna a Yessód (fundação) para a criação do homem. A sabedoria da Cabala descreve muitas ações que precedem à criação do mundo, tais como “existência a partir da existência” e “existência a partir da ausência”. Estas são duas forças que criam todos os estados: as quatro fases de Luz Direta, os mundos, Adam Kadmon e Atzilut. Contudo, não relacionamos estas ações ao nosso mundo porque a criação do nosso mundo e do homem estão ligadas somente ao mundo de Atzilut.

Qual é o Significado de Beresheet (No Princípio/Gênese)?

Na Cabala, a palavra Beresheet (no princípio/Gênese) não indica o primeiro ato que tomou lugar na Criação. Beresheet indica que a Criação começou dos céus e da terra, ou seja, de duas qualidades opostas. Céus é a qualidade de doação, e terra é a qualidade de recepção. Todos outros estados das criaturas deriva dessas duas qualidades.

Porque a Torá conta a história do meio e não do princípio?

A Torá conta-nos somente a parte que é relevante para nossa correção. É inútil aprender o que não pertence à nossa correção porque não a sentimos nem compreendemos, nem temos esses níveis ou qualidades. A estrutura da Criação é vasta, todavia aprendemos somente uma fração dela — aquela que é necessária para que nos organizemos a nós mesmos para o tempo presente. É exatamente assim que expomos as crianças ao mundo, como um processo gradual, lhes mostrando mais e mais do mundo enquanto elas amadurecem para que possam perceber e usar seu conhecimento para seu benefício.

O que é alma?

A alma é a vontade de receber que já está corrigida em doação. Embora sua natureza, sua substância, seja a vontade de receber prazer, acima dessa substância está uma correção que o homem faz — trabalhar pelo bem dos outros.

Se há somente duas forças na Natureza, a vontade de receber e a vontade de doar, onde está todo o resto?

Certamente, há somente duas forças, e graus das mesmas duas forças, ou seja, maneiras e níveis de conexão entre elas. Os graus relacionam-se aos níveis inerte, vegetativo, animado e falante.

As duas forças no nosso mundo se manifestam como forças positivas e negativas. Nós as conhecemos como “elétrons” e “prótons”, e suas várias combinações formam as diferentes substâncias. Estas substâncias não se tornam sólidas, ou seja, “imóveis”; elas também se tornam plantas, ou “vegetativas”.

Plantas possuem uma estrutura de absorção, emissão, metabolismo, e assim por diante. O próximo nível o nível “animado”, demonstra uma estrutura que se percepciona a si mesma como existindo, movendo e crescendo.

Posteriormente se desenvolve o nível “falante”, a estrutura do ser humano, único na história da Criação. Todavia, no fim, tudo é composto, nos vários estados de desenvolvimento, de elétrons e prótons.

O que é uma mulher e o que é um homem?

A vontade de receber dentro da alma é chamada “uma mulher”, e a vontade de doar dentro da alma é chamada um “homem” (Gever), da palavra Hebraica, Hitgabrut (superar), porque ela supera a vontade de receber.

 

Qual é o sentido e propósito das histórias de Beresheet?

As histórias de Beresheet não devem ser tomadas literalmente, como contos de um homem e mulher que pecaram, histórias de serpentes e maçãs, e assim por diante. Na realidade, as histórias descrevem as qualidades da vontade de receber e a vontade de doar.

Todas as qualidades de doação e recepção sobre as quais lemos nesta porção da Torá são nossas fundações. Inicialmente, nossa alma é uma alma, um desejo preenchido até à borda com luz. Ela está em perfeita congruência com a luz, a vontade de doar, e está desta forma no grau de Jardim do Éden — o grau de Elokim (Deus).

Isto nada tem a ver com nosso mundo, nem com coisa alguma que vemos e sentimos aqui e agora. Todas as qualidades descritas na porção são forças da dimensão superior, da qual a alma declina em qualidade, todavia não tão baixo como o mundo corpóreo.

Todas as quedas da alma são preparações para nossa presente situação. Nós, juntamente com o universo, desenvolvemo-nos do estado no qual a alma quebrou e recebeu a vontade de receber, quando o ego começou a se desenvolver. Nós temos nos desenvolvido desse ponto em diante. Contudo, parece que nós temos nos desenvolvido somente em uma dimensão. Agora, de nossa geração em diante estamos começando a evoluir em uma maneira mais qualitativa, ascendendo no nosso desenvolvimento mental.

À medida que descobrimos a negatividade nas nossas vidas, estamos começando a sentir que a vida podia e devia ser melhor, que nosso desenvolvimento está nos conduzindo para um beco sem saída. Hoje quando estudamos a Torá, não a estudamos como um documento histórico, mas em vez disso visamos usá-la para nos ajudar a avançar para nossa designada meta. Isto é, temos de nos elevar uma vez mais ao nível, ao estado, e às qualidades que tivemos no Jardim do Éden. Esta é na realidade nossa meta.

Hoje, estamos experimentando muitas crises porque estas forças se divulgam a nós da depravação da nossa situação, e que devemos corrigir a nós mesmos e nos elevar. Esta porção da Torá, Beresheet, partilha luz nas nossas vidas, no mundo, e no processo irreversível que estamos atravessando.

Qual é a diferença entre o nosso tempo e o tempo de Noé?

No tempo de Noé, as pessoas não estavam conectadas como estão hoje. É verdade que sempre fomos egoístas, procurando ter sucesso e lucrarmos para nós mesmos. Contudo, no passado, a Natureza não nos pressionou como agora faz, e podíamos fazer o que quiséssemos.

A sabedoria da Cabala ensina-nos que temos avançado muito bem usando nossos egos para construir nossa sociedade. Contudo, agora alcançamos o fim da estrada, embora maioria de nós está por reconhecer. Os recursos do nosso planeta estão a diminuir, e nós estamos entrelaçados em uma rede que nos liga juntos contra nossa vontade. Reconhecemos que algo está impedindo nosso progresso e nos prevenir de fazer o que queremos. E quando não podemos continuar a nossa abordagem habitual para a vida, ficamos alarmados, e chamamos-lhe uma “crise”.

Hoje sentimos estas crises nos laços familiares, na nossa cultura, ciência e a economia. Temos o sentido de que não estamos mais em controle do mundo em que vivemos. Sempre corremos de acordo com os caprichos de nossos egos, mas agora não podemos. O mundo está nos cercando, nos forçando a nos tornarmos congruentes uns com os outros. Pouco a pouco, o estado que existia no Jardim do Éden está se manifestando, um estado no qual estamos ligados uns aos outros em garantia mútua. No Jardim do Éden estávamos conectados “como um homem com um coração”, como uma única família, uma única alma. Agora devemos alcançar esse estado, mas não estamos equipados para isso; estamos quebrados.

Como a história como aquela de Caim e Abel pode dar um exemplo?

A história de Caim e Abel não serve como exemplo de boas coisas. Desde o momento em que forças contraditórias apareceram em Adam, ele foi conduzido a pecar. Agora devemos regressar ao estado em que estávamos antes do seu pecado. Os estados que estamos experimentando hoje estão nos obrigam a fazê-lo. Não seremos capazes de escapar. A vida nos pressionará até que procuremos uma solução, e a solução será nos adaptarmos ao estado do infinito que existia quando todos estávamos conectados como um.

De O Zohar: O Mundo Foi Dividido em 45 Tipos de Cor e Luz

“Adam HaRishon seguiu a serpente abaixo, e desceu para conhecer tudo o que há abaixo. Isto é, ele desceu para estender a iluminação da esquerda do alto a tudo o que está abaixo, ao lugar de Malchut ausente, como a serpente, dado que a extensão da iluminação do Zivug (acasalamento) de cima para baixo é a proibição da árvore do conhecimento. Desta forma, porque ele veio para atrair de cima para baixo, ele foi prontamente anexo às Klipot (cascas/peles) “. Zohar para Todos, Beresheet, 2, item 287

É a serpente a causa de todos os problemas?

A serpente é certamente a causa de todos os nossos problemas. A serpente representa todo e cada nosso pensamento e desejo de usar os outros ao máximo. Ela está sempre em nós, quer estejamos conscientes disso ou não.

Não é nossa culpa que sejamos assim. Estamos em falta somente com uma coisa: sermos passivos. Sofremos não porque nascemos egoístas ou indelicados, mas porque somos preguiçosos em nos corrigirmos a nós mesmos. É como se fossemos crianças que receberam certas qualidades à nascença e não podem ser culpadas por isso. Contudo, se uma criança pode fazer alguma coisa acerca desses traços, mas o evita fazer, a atitude da sociedade para com ela muda.

O que podemos fazer hoje?

Podemos começar a aprender sobre o novo mundo em que vivemos, onde nada funciona como antes: isto inclui a economia, indústria, comércio, família e educação.

Os jovens de hoje não sabem o que estudar — ou se devem estudar de todo. Eles não conseguem sequer decidir se devem ter filhos!

As pessoas estão face a um meio ambiente pouco claro, onde as coisas parecem enevoadas e imprevisíveis. Devemos examinar e aprender da Natureza o que está nos acontecendo, mas maioria das pessoas prefere não ouvir falar disso. Essa relutância deriva do ego, a serpente.

Enfrentamos um problema enorme. As pessoas ainda não são sérias o suficiente para que compreendam que grandes problemas nos esperam se não mudarmos. Desta forma, devemos circular a informação sobre o novo mundo e tornar as pessoas conscientes em prol de fazer as coisas mais fáceis para elas, antes que sofram as consequências.

Além do mais, se avançarmos antes de enfrentarmos esses golpes, seremos como crianças inteligentes que compreendem que inversamente vão sofrer. Logo, precisamos estudar mais e nos melhorarmos a nós mesmos, ou seremos forçados a estudar e melhorar, independentemente de nossa escolha.

O desafio é para todos nós, à medida que esta rede continua se fechando sobre nós, e quanto mais apertada se torna, mais dificuldades vamos experimentar. Economistas serão incapazes de afetar a crise econômica mundial, somente se todos nós nos unirmos podemos trazer mudança ao mundo. Se conseguirmos fazer isto, o sistema monetário, desemprego, indústria, saúde, e o resto dos sistemas serão reorganizados e melhorados. Sem essa mentalidade, nenhum sistema avançará favoravelmente.

 

Termos

Beresheet

Beresheet (no princípio) significa que o Criador criou seis qualidades e o homem. Dentro do homem estão todas as qualidades pelas quais se tornar semelhante ao Criador. Na realidade, esta é a obra da Criação — construir a substância, a vontade de receber. Estas qualidades permeiam a vontade de receber para que a estrutura bem como a alma alcancem o estado do Criador.

O Shabat (Sabat)

Esta é a correção final do Homem, quando ele retorna ao Jardim do Éden. É um estado no qual nos reunimos em uma única alma.

O Jardim do Éden

No Jardim do Éden, estamos todos em doação mútua, em completa garantia mútua.

A Mulher

A “mulher” é a vontade de receber dentro de nós, que devemos conectar com o homem dentro de nós para que a vontade de receber tenha a intenção de doar. Estamos imersos na nossa vontade de receber, um desejo que é inicialmente egoísta e que se destina a se assemelhar ao Criador, a doar sobre Ele.

A Serpente

A “serpente” é a inclinação ao mal, o anjo da morte. A serpente se tornará um anjo sagrado quando toda a vontade de receber for corrigida. *

A Árvore do Conhecimento

A “Árvore do Conhecimento” é a maior luz. Ela foi inicialmente recebida em prol de receber, assim causando a quebra da alma. No futuro, vamos receber essa luz, mas com a intenção de doar.

 

Sumário

Estamos verdadeiramente em Beresheet, no princípio. A humanidade está finalmente começando a compreender onde estamos, como estudos de sociólogos e outros cientistas sociais indicam. Esperemos que em breve percebamos que simplesmente nos devemos unir, que esta é a única maneira de construir um novo mundo corrigido. Assim fazendo, ganharemos benefícios físicos bem como espirituais.

É por isso que o ano começa com Beresheet, “no princípio”, pois ele contém tanto o fim como o princípio. Dentro desta porção, codificada na palavra Beresheet, está o inteiro processo que devemos, e vamos experimentar.

* “A serpente é a inclinação ao mal; ela é o anjo da morte” (Beresheet, 440).

“O Criador provê Suas correções a todos até que até o anjo  da  morte  retorne  a  ser  muito  bom”  (Zohar  para Todos, Mishpatim (Ordenanças), 165).

O Cabalista

Semion Vinokur

Um Romance Cinematográfico

Este romance é sobre Baal HaSulam, um dos maiores Cabalistas de todos os tempos. Baal HaSulam escalou todos os 125 degraus de realização espiritual. Ele obteve uma conexão completa com o poder que governa o mundo. Ele viveu no século XX e previu tudo o que aconteceu. Ele apaixonadamente desejava salvar a humanidade de futuros desastres e aflições.

É por isso que ele escreveu para nós uma interpretação completa de O Livro do Zohar.

Podemos observar as ações de um Cabalista, mas é praticamente impossível penetrar no seu mundo interior. Esta história é uma tentativa de compreender o homem interior e mostrar que não existem milagres, além daquele que uma pessoa se transforma.

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ÍNDICE

PREFÁCIO AO COMENTÁRIO SULAM

Do livro “Cabala Para o Estudante”

DEZ SEFIROT

1)            Primeiro, precisamos saber os nomes das dez Sefirot: KACHÁB, CHAGAT, NEH”YM. Estas são as siglas de Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Estes também são os dez revestimentos da Sua Luz, criados para que os mais baixos possam receber a Sua Luz.

Isto é como a luz do sol, que é impossível olhar para ela a menos que seja através de um vidro escurecido que diminui a sua luz e torna-a adequada para a capacidade dos olhos para a ver. Similarmente, se a Sua Luz não tivesse sido ocultada por estes dez revestimentos, chamados de “dez Sefirot”, em que cada um mais abaixo reveste a Sua Luz, os menores teriam sido incapazes de  obtê-la.

2)            Estas dez Sefirot são os dez Nomes Santos da Torá: o nome Ehyeh (pronuncia-se Ekyeh), é a Sefirá Kéter, o nome Yah (pronuncia-se Koh) é a Sefirá Chochmá; e o nome HaVaYaH com a pontuação de Elokim é Biná. O nome El (pronuncia-se Kel) é Chéssed, o nome Elohim (pronuncia-se Elokim) é Gvurá; e o nome HaVaYaH com a pontuação de Shvah, Cholam, Kamatz é Tiféret. O nome Tzvaót é Netzach e Hod, o nome Shadai (pronuncia-se Shadi) é Yessód, e o nome Adonay (pronuncia-se Adni) é Malchut  (O Zohar, Vayikra, artigos 157-163, 166-177).

3)            E apesar de contarmos dez Sefirot, não há mais de cinco Bechinot (discernimentos) nelas, chamados Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret e Malchut. A razão pela qual contamos com dez Sefirot é porque a Sefirá Tiféret contém seis Sefirot, chamadas Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod e Yessód, que faz delas dez (Introdução do Livro do Zohar, “Espelhos do Sulam” p 5).

E estas cinco Bechinot, KACHÁB TUM são discernidas em cada emanação e em cada criatura, em todos os mundos – os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá, que correspondem às cinco Bechinot KACHÁB TUM – bem como no  menor item  na realidade. Nós discernimos que o  Rosh  (cabeça) que está em Kéter, desde Rosh até Chazê (peito) é Chochmá; de Chazê até Tabúr (umbigo)   é Biná e abaixo do Tabúr é Tiféret e Malchut.

 

PORQUE TIFÉRET INCLUI CHAGAT  NEH”Y

4)            Quando as cinco Bechinot KACHÁB TUM surgiram, elas foram incorporadas umas nas outras de tal forma que cada uma delas continha KACHÁB TUM. No entanto, na Sefirá Tiféret, o nível das Sefirot desceu do GAR, sendo portanto, os nomes dos KACHÁB TUM incluídos nessa mudança para CHAGAT NH, e Yessód, que as contém. Portanto, quando dizemos que Tiféret contém seis Sefirot, não é por causa  de seu mérito sobre as três primeiras Sefirot , mas ao contrário, é a falta de luz do GAR que causou que as cinco Bechinot KACHÁB TUM recebessem diferentes nomes: CHAGAT NH.

Assim, Chéssed, é Kéter ,Gvurá, é Chochmá e Tiféret é Biná, Netzach é Tiféret e Hod é Malchut. A Sefirá Yessód é adicionada a elas, mas não é uma Bechiná adicional (singular para Bechinot) as cinco Bechinot. Pelo contrário, é um recipiente que contém todas as cinco Sefirot CHAGAT NH dentro dela. Além disso, elas são sempre chamadas VAK, que é um acrônimo para Vav (seis) Ktzavot (pontas/arestas), que são a seis Sefirot CHAGAT NEH”Y. E uma vez que esta descida das cinco Bechinot até CHAGAT NEH”Y ocorreu apenas em ZA, nós atribuímos as cinco mudanças das Bechinot apenas a ZA.

 

LUZ E KLI

5)            É impossível ter Luz sem um Kli em qualquer dos mundos. Inicialmente, havia apenas um kli nas dez Sefirot – Malchut. A razão pela qual nós dizemos que há cinco Bechinot KACHÁB TUM é que elas são todas partes de Malchut, chamada Bechiná Dálet. Isso significa que elas são organizadas por sua proximidade com o kli completo, que é Malchut, chamada Bechiná Dálet.

Mas depois do Tzimtzum Álef (a primeira restrição), a Massach (tela) foi construída no kli de Malchut, impedindo a Luz do Alto de entrar nele. Assim, quando a Luz do Alto atinge a Massach, a Massach a atinge e a repele. Esse golpe é chamado de “Zivug de Haka’á (acoplamento por golpe) da Luz do Alto com a Massach no kli de Malchut”, e a Luz repelida é chamada de “dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante)”.

Isto é assim porque a Luz repelida sobe de baixo para cima e preenche as dez Sefirot com a Luz Superior, chamado de “dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta). “E novos Kelim são feitos deste Ohr Chozêr, para vestir a Luz do Alto, em vez de Malchut, que havia sido restrita de modo a não receber Luz. O conteúdo desses novos Kelim (plural de kli) é chamado de dez Sefirot “de Ohr Chozêr”.

ROSH-TOCH-SÓF, PÊ-TABÚR-SIÚM RAGLIN

6)            E por causa dos novos Kelim (vasos) de Ohr Chozêr, cada Partzuf é composto por três partes, chamadas Rosh, Toch, Sóf (Cabeça, Interior, Fim). Foi explicado que, pela força da Massach que impede a luz de atingir Malchut, houve um Zivug de Haka’á com a Luz, que produziu as dez Sefirot de Ohr Chozêr e vestiu as dez Sefirot de Ohr Yashár  na Luz Superior.

Estas dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr são chamadas de “dez Sefirot de Rosh”. No entanto, estas dez Sefirot de Ohr Chozêr, que surgiram a partir da Massach superior e vestiram as dez Sefirot de Ohr Yashár, ainda não estão nos verdadeiros Kelim. Isso ocorre porque o nome, Kli, indica a Aviut nele, ou seja, a força de Din (julgamento, restrição) na Massach, que impede a Luz de entrar em Malchut.

Existe uma regra que a força Din opera apenas a partir do local da emergência do Din para baixo, não a partir do local da emergência do Din para cima. E desde que as dez Sefirot de Ohr Chozêr surgiram a partir da Massach, a força Din não é aparente no Ohr Chozêr e é incapaz de ser um Kli. Por esta razão, estas dez Sefirot de Ohr Chozêr são chamadas de Rosh, isto é, uma raiz para os Kelim, e não os Kelim verdadeiros.

E Malchut, na qual a Massach para o Zivug de Haka’á tinha sido estabelecida,  é assim chamado Pê (boca). Isto implica que, como em uma boca corporal, onde as Otiyot (letras) são feitas através de um Zivug de Haka’á das cinco saídas da boca, o Pê espiritual contém um Zivug de Haka’á para produzir dez Sefirot de Ohr Chozêr, sendo as cinco Bechinot KACHÁB TUM, que são os Kelim para as dez Sefirot de Ohr Yashár,  e os Kelim são chamados Otiyot. Assim, as dez Sefirot de Rosh foram explicadas.

7)            Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashár e as dez Sefirot de Ohr Chozêr tinham de expandir da Massach para baixo, nesse momento as dez Sefirot de Ohr Chozêr tornaram-se Kelim que recebem e revestem as dez Sefirot de Ohr Yashár. Isto é porque agora há uma Massach sobre as dez Sefirot de Ohr Chozêr. Por esta razão, a sua densidade controla das dez Sefirot de Ohr Chozêr, e com isso os Kelim foram feitos.

Também, estas dez Sefirot, que são Kelim verdadeiros, são chamadas Toch e Guf (corpo), isto é, eles são os próprios interiores do Partzuf. E Malchut do Toch é chamada Tabúr, como na frase, “o Tabúr (umbigo, centro) da terra”, referindo-se ao centro e ao meio. Isto indica que Malchut de Toch é a Malchut central, e é de seu Ohr Chozêr que os Kelim verdadeiros do Guf foram feitos.

Também pode ser dito que Tabúr vem das palavras, Tov Ohr (Boa Luz), indicando que até então a Luz é boa, pois ela está revestida em Kelim que são adequados a recebê-la. Então nós explicamos as dez Sefirot de Toch através do Tabúr.

8)            Então, nós descobrimos dois discernimentos em Malchut de  Rosh:

  • A Malchut Mesayémet (Finalizadora): a Massach  detendo a Luz Superior de se revestir no Kli de Malchut.
  • A Malchut Mezavéguet (de Acoplamento): Não tivesse sido pelo Zivug da Luz Superior com a Massach através de um Zivug de Haka’á, que eleva Ohr Chozêr para revestir a Luz Superior, não haveriam recipientes de recepção na Luz Superior, e não haveria Luz na realidade, dado que não há Luz sem um Kli.

Mas em Malchut de Rosh, estes dois discernimentos são apenas duas raízes. A Malchut Mesayémet (Finalizadora) é a raiz da Malchut que termina o grau, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) é a raiz do revestimento da Luz nos  Kelim.

Ambas estas ações apareceram e ocorreram no Guf do  Partzuf:

  • De Pê a Tabúr, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) mostra a sua força lá, e a Luz Superior é revestida em Kelim.
  • E de Tabúr para baixo, a Malchut Mesayémet (Finalizadora) mostra a sua força e produz dez Sefirot de Siúm (conclusão). Cada Sefirá emerge com iluminação apenas de Ohr Chozêr, sem a Luz Superior. E quando ela alcança a Malchut destas dez Sefirot de Siúm, todo o Partzuf termina. Isto é porque esta Malchut é a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que não recebe nada, e então termina a expansão do Partzuf.

E nós chamamos a esta Malchut, Malchut de Siúm Raglaim, que corta a Luz e termina o Partzuf. E estas dez Sefirot de Siúm que expandem de Tabúr para baixo até seu Siúm Raglaim são chamadas “dez Sefirot de Sóf” (fim), e elas são todas as partes da Malchut de Sóf e Siúm.

Também, quando nós dizemos que lá há apenas Ohr Chozêr nelas, isso não significa que elas não tenham qualquer Ohr Yashár. Em vez disso, significa que elas têm certa  iluminação de Ohr Yashár, mas ela é considerada VAK sem um Rosh.

 

CHAZÊ

9)            Até então nós discutimos os Partzufim (plural de Partzuf) de Adam Kadmon. Mas nos Partzufim do mundo de Atzilut, outro Siúm foi acrescentado nas dez Sefirot de Toch: Malchut de Toch, chamada Tabúr, elevou-se até Biná das Sefirot de Toch, e finalizou as dez Sefirot do grau Toch lá. Este Siúm é chamado Chazê, e a Parsá foi colocada lá.

Isto significa que o novo Siúm que foi feito pela ascensão de Malchut até Biná no lugar do Chazê é chamado Parsá (diafragma, boca do estômago), como no firmamento que separa as Águas Superiores — Kéter e Chochmá que permaneceram no grau Toch — de Biná e TM, que abandonou o grau das dez Sefirot de Toch e se tornou o grau das dez Sefirot de Sóf.

Por esta razão, as dez Sefirot de Toch foram divididas em dois  graus:

  • De Pê a Chazê é considerado dez Sefirot de Toch, Atzilut, GAR do Guf.
  • De Chazê para baixo até Tabúr, é considerado dez Sefirot de Sóf, Briá, VAK sem um Rosh, como as dez Sefirot de Sóf.

RELAÇÃO INVERSA ENTRE KELIM E LUZES

10)         Há sempre uma relação inversa entre Luzes e Kelim. Nos Kelim, a ordem é que  os Superiores são os primeiros a crescer num Partzuf. Primeiro, Kéter vem até ao Partzuf, então Chochmá, então Biná, então Tiféret, e então Malchut. Por esta razão,  nós nomeamos os Kelim KACHÁB TUM, isto é, de Cima para baixo, pois assim é a sua ordem de aparição no Partzuf.

Mas as Luzes são opostas. A ordem das Luzes é que os inferiores entrem no Partzuf primeiro. A primeira a entrar é a Luz de Néfesh, então a Luz de Ruach, então  a Luz de Neshamá, então a Luz de Chaiá, e então a Luz de  Yechidá.

Assim, no princípio vem a Luz de Néfesh, que é a Luz de Malchut, a mais pequena de todas de todas as Luzes. E a última a chegar é a Luz de Yechidá, a maior de todas as Luzes. É por isso que nós nomeamos sempre as Luzes NARANCHAY, isto é, de baixo para Cima, pois esta é a sua ordem de entrar no Partzuf.

11)         Desta forma segue-se que enquanto há apenas um Kli no Partzuf, que é necessariamente o Mais Alto Kli —Kéter —que é o primeiro a emergir, a grande Luz relacionada a Kéter, a Luz de Yechidá, não entra no Partzuf. Em vez disso, a Luz que entra e reveste no Kli de Kéter é a menor Luz, a Luz de  Néfesh.

E quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os Kelim maiores — Kéter e Chochmá — a Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do  Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, e a Luz de Ruach reveste-se no Kli de Kéter. Similarmente, quando o terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra no Partzuf. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Chochmá até ao Kli de Biná, a Luz de Ruach abandona o Kli de Kéter e entra no Kli de Chochmá, a Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Kéter até a Kli de Chochmá, e a Luz de Ruach se reveste no Kli de Kéter.

Similarmente, quando o terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra no Partzuf. Nesse estado do Kli de Chochmá até ao Kli de Biná, a  Luz de Ruach parte do Kli de Kéter e entra no Kli de Chochmá, e a Luz de Neshamá reveste-se no Kli de Kéter.

E quando um quarto Kli cresce no Partzuf, sendo o Kli de Tiféret, a Luz de Chaiá entra no Partzuf. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Biná até ao Kli de Tiféret, a Luz de Ruach até ao Kli de Biná, a Luz de Neshamá até ao Kli de Chochmá, e a Luz de Chaiá até ao Kli de Kéter. E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, todas as Luzes entram nos seus respectivos Kelim. Isto é porque então a Luz de Yechidá é atraída para o Partzuf: a Luz de Néfesh desce do Kli de Tiféret até ao Kli de Malchut, a Luz de Ruach desce do Kli de Biná e entra no Kli de Tiféret, a Luz de Neshamá desce do Kli de Chochmá e entra no Kli de Biná, e a Luz de Chaiá desce do Kli de Kéter e entra dentro do Kli de Chochmá, e a Luz de Yechidá vem e reveste-se no Kli de Kéter.

12)         Você descobrirá que enquanto nem todos os cincos Kelim KACHÁB TUM tenham crescido no Partzuf, as Luzes não estão nos seus lugares designados. Além disso, elas estão numa percentagem invertida, dado que se o Kli de Malchut —  o menor Kli — está carente no Partzuf, a Luz de Yechidá — a maior Luz — estará faltando. E se os dois Kelim do fundo — Tiféret e Malchut — estiverem em falta, as duas maiores Luzes — Chaiá e Yechidá — estarão em falta. E se os três Kelim do fundo

— Biná, Tiféret, e Malchut — estiverem em falta, as três maiores Luzes — Neshamá, Chaiá, e Yechidá — estarão em falta etc.

Então, enquanto nem todos os cincos Kelim KACHÁB TUM tenham crescido num Partzuf, há uma relação inversa entre os Kelim e as Luzes. Se uma Luz   e um Kli estão em falta, então a maior Luz, a Luz de Yechidá, estarão em falta. E é o oposto nos Kelim: o mais pequeno Kli estará em falta — o Kli de Malchut.

13)         Agora você pode ver porque é que nós dizemos que através da ascensão de Malchut até Biná, o grau terminou abaixo de Chochmá. E por esta razão, apenas duas Sefirot permaneceram no grau —Kéter e Chochmá, enquanto Biná e TM do grau foram canceladas e desceram do grau. Todavia, isto relaciona-se apenas aos Kelim. Mas é o oposto nas Luzes: as Luzes Néfesh-Ruach permaneceram no grau, e as Luzes Neshamá, Chaiá, e Yechidá foram canceladas do grau.

14)         Agora você pode compreender porque O Zohar por vezes diz que com a ascensão de Malchut até Biná, as cinco Otiyot (letras) do nome Elokim foram divididas de uma maneira que as duas Otiyot MI (Mem, Yud) permaneceram no grau e as três Otiyot ELEH (Álef, Lámed, Hey) partiram e foram canceladas no grau.

Mas algumas vezes O Zohar diz o oposto, que quando Malchut subiu até Biná, as duas Otiyot EL (Álef, Lámed) permaneceram no grau, e as três Otiyot HYM (Hey, Yud, Mem) foram canceladas e desceram do grau. A coisa é que as cinco Otiyot Elokim são as cinco Sefirot KACHÁB TUM ou cinco Luzes NARANCHAY. E quando Malchut sobe até Biná, apenas os Kelim Kéter e Chochmá, que são as duas Otiyot EL, permanecem no grau, e as três Otiyot HYM descem do  grau.

Na Luz é ao contrário: as duas Otiyot do fundo MI, que implicam as duas Luzes menores, Néfesh-Ruach, permaneceram no grau, e as três Superiores Otiyot, ELEH, que implicam Yechidá, Chaiá, Neshamá, partiram e foram canceladas do grau.

Então, na Introdução do Livro do Zohar, O Zohar fala das cinco Luzes NARANCHAY, implicadas nas cinco Otiyot Elokim. É por isto que diz que MI permaneceram e ELEH abandonaram o grau. Também, no Zohar (Bereshit, 1), ele  fala de cincos Kelim KACHÁB TUM, implicados nas cinco Otiyot  Elokim.

Por esta razão, ele afirma o oposto: EL permaneceu no grau e as três Otiyot HYM abandonaram o grau. Devemos recordar-nos destas palavras e examinar cada lugar para ver se ele fala de Luzes ou de Kelim, e isto irá resolver muitas contradições aparentes.

 

A ASCENSÃO DE MALCHUT A BINÁ

15)         Nós devemos cuidadosamente compreender o assunto da suavização de Malchut com Biná, pois é a raiz de toda a sabedoria. Malchut é Midot ha Din (qualidade de julgamento), na qual o mundo não pode existir. Por esta razão, o Emanador elevou- a até à Sefirá de Biná, que é Midot ha Rachamim (qualidade de misericórdia). Nossos sábios insinuaram sobre isso: “No principio, Ele contemplou criar o mundo em Midot ha Din”, isto é, apenas em Malchut, que é Midot ha Din. “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midot ha Rachamim e associou-a com Midot ha Din” (Bereshit Raba, 12).

Através da ascensão de Malchut a Biná, Malchut adquire a forma de Biná, que é Midot ha Rachamim, e então Malchut lidera o mundo em Midot ha Rachamim. Este assunto da ascensão de Malchut a Biná ocorre em todo e cada grau, do topo do mundo de Atzilut até o fundo do mundo de Assiá, uma vez que lá não há qualquer grau sem dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH”YM. E a Malchut em cada grau subiu até Biná nesse grau e foi suavizada lá.

 

A DIVISÃO DE CADA GRAU EM DUAS  METADES

16)         É sabido que Malchut finaliza cada Sefirá e cada grau. Isto significa que pela Tzimtzum (restrição) que foi feita sobre ela, de não receber a Luz Superior, Malchut para de receber a Luz no grau de se espalhar dentro dela. Logo, a Luz do grau estende- se apenas através de Malchut e para quando ela alcança a Massach em Malchut, e um Zivug de Haka’á com a Luz é executado sobre a Massach em Malchut.

Desta forma, dado que Malchut do grau subiu até Biná nesse grau, Malchut acaba com a Luz no lugar até o qual ela subiu, isto é, no meio de Biná. Logo, metade de Biná, Tiféret, e Malchut, que estão por baixo da Malchut Mesayémet (Finalizadora), saem de seu grau e tornam-se outro grau, abaixo de  Malchut.

Assim, pela ascensão de Malchut a Biná, cada grau é cortado em dois: Kéter, Chochmá, e metade de Biná acima da Malchut permanecem no grau, e metade de Biná, Tiféret (incluindo CHAGAT NEH”Y), e Malchut saem do grau e tornam-se um grau abaixo dele. Este fim que Malchut criou no meio de Biná é chamado Parsá.

17)         Cada grau deve ter cinco Luzes, chamadas Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, e Néfesh vestidas em cinco Kelim, chamados Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret (incluindo CHAGAT NEH”Y), e Malchut. E uma vez que devido à ascensão de Malchut a Biná, apenas dois Kelim completos permaneceram no grau — Kéter e Chochmá — e três Kelim, Biná, Tiféret, e Malchut estão faltando nele, apenas duas Luzes permanecem nele — Néfesh, Ruach— vestindo os dois Kelim, Kéter e Chochmá. e as três Luzes Neshamá, Chaiá, e Yechidá estão faltando nele, uma vez que elas não têm Kelim nos quais revestir.

Acontece que o grau é carente das primeiras três Sefirot, dado que devido à ascensão de Malchut a Biná, o grau foi cortado em duas metades: metade dela permaneceu no grau — Kéter-Chochmá nos Kelim e Néfesh-Ruach nas Luzes – e metade dela abandonou o grau — Biná e TM nos Kelim, e Neshamá, Chaiá, Yechidá nas Luzes. É por isto que esta ascensão de Malchut a Biná é implicada pela Yud que entrou na Luz do grau, e o Ohr (Luz) tornou-se Avir (ar). Como resultado da ascensão de Malchut a Biná, o grau perdeu a Luz das suas primeiras três Sefirot e permaneceu no nível de Ruach-Néfesh, chamado Avir. Esta questão é também aplicada nas cinco letras do nome, Elokim, dividido em duas metades: MI-ELEH. As duas letras MI implicam as duas Luzes Ruach-Néfesh, vestidas nos dois Kelim Kéter-Chochmá que permaneceram no grau, e as três letras ELEH implicam os três Kelim Biná, Tiféret, e Malchut que abandonaram o grau.

 

A DESCIDA DE MALCHUT DE BINÁ A SEU LUGAR

18)         Contudo, ao elevar Mayin Nukvin da Torá e oração dos inferiores, a Iluminação Superior é extraída de Chochmá e Biná de AK, que trás Malchut de Biná em todos os graus, e desce-a até a seu lugar (O Zohar, VaYikahel, p 41). Os três Kelim, Biná, Tiféret, e Malchut previamente abandonaram o grau devido à entrada da Yud, que é Malchut, na Luz do grau, assim finalizando o grau por baixo de Chochmá e tornando o Ohr (Luz) em Avir (ar).

Mas agora, depois de Malchut ter descido de lá e abandonado o Avir, os Kelim voltam a seu grau. Logo, uma vez mais existem cincos Kelim KACHÁB TUM no grau. E dado que existem cinco Kelim, todas as cinco Luzes Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh voltam e vestem-se neles, e o Avir torna-se Ohr uma vez mais, dado que o nível dos primeiros três, chamado Ohr, voltou a seu grau.

 

UM TEMPO DE  KATNUT E UM TEMPO DE GADLUT

19)         Assim, foi explicado que devido à ascensão de Malchut a Biná, dois tempos foram feitos em cada grau: um tempo de Katnut (pequenez, infância) e um tempo de Gadlut (grandeza, fase adulta). Com a ascensão de Malchut a Biná, isso finaliza o grau abaixo de Chochmá, e Biná, Tiféret, e Malchut do grau abandonam o grau e vão para o grau abaixo dele. Logo, apenas Kéter-Chochmá nos Kelim e Ruach-Néfesh nas Luzes permanecem no grau, sem o GAR (primeiros três). Este é o tempo de Katnut.

Mas depois dos inferiores elevarem Mayin Nukvin e estenderem iluminação de Chochmá-Biná de AK, que trás Malchut fora de Biná, os três Kelim Biná e TM que caíram para o grau abaixo dele voltam e sobem de lá para seu grau inicial. E uma vez que existem agora cincos Kelim KACHÁB TUM no grau, cinco Luzes voltam e vestem-se neles: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Este é o tempo de Gadlut do grau. Assim nós explicamos que devido à queda de Biná e TM do grau até ao grau abaixo dele, o grau está em Katnut, sem GAR. E através do retorno de Biná e TM ao grau, o grau está em Gadlut, isto é, com preenchimento de  GAR.

 

COMO O INFERIOR SOBE AO SEU SUPERIOR

20)         Por esta ascensão de Malchut a Biná, a ligação e a possibilidade de elevar cada inferior ao seu Superior foram preparados. Isto é porque a regra é que quando o Superior desce ao inferior, ele torna-se como ele. E também, quando o inferior sobe ao Superior, ele torna-se como ele.

Logo, no estado do grau de Katnut, quando a Malchut Mesayémet (Finalizadora) sobe a Biná, ela leva Biná e TM para fora do grau com o grau abaixo dela, uma vez que o Superior que desce ao inferior se torna como ele. Por esta razão, no estado do grau de Gadlut, quando Malchut volta e sai de Biná e vai para seu lugar, Biná e TM que caíram de Biná voltam ao seu grau e tomam o grau inferior no qual eles estavam quando eles estavam caídos, juntamente com  eles.

Porque eles agora se tornaram um grau com o inferior, quando eles estavam caídos, e se tornaram como um com ele, eles levaram-no com eles sobre seu retorno ao grau, e elevaram o grau inferior até ao Grau Superior. De acordo com a regra que o inferior que sobe ao lugar do Superior se torna como ele, agora o grau inferior recebe todas as Luzes e Môchin que existem no Grau  Superior.

Assim foi clarificado como a ascensão de Malchut a Biná induziu a ligação entre os graus, para que cada grau possa subir ao grau acima dele. Então, até o grau mais baixo pode subir ao Mais Alto Nível através desta conexão feita pela queda de Biná e TM de cada grau ao grau abaixo dele (O Zohar, VaYikahel, p  41).

KATNUT  E GADLUT  DE YESHSUT E  ZON

21)         Assim que o assunto da ascensão de Malchut a Biná, se aplicou em todo e cada grau nos quatro mundos ABYA, foi explicado em geral, eu irei agora explicá-los em detalhe. Tomemos dois graus, chamados YESHSUT e ZON no mundo de Atzilut, como um exemplo. Através da ascensão de Malchut de YESHSUT a Biná de YESHSUT no estado de Katnut, as três Sefirot, Biná e TM de YESHSUT partiram e caíram no grau abaixo de YESHSUT, sendo ZON. E estas Biná e TM agarraram-se ao grau de ZON durante sua queda.

Então, à chegada do tempo de Gadlut, Malchut abandonou Biná de YESHSUT de volta para seu próprio lugar. Logo, Biná e TM de YESHSUT subiram de sua queda e chegaram ao grau de YESHSUT. E juntamente com elas, elas trouxeram ZON, uma vez que elas estavam anexadas a eles durante a Katnut, quando eles estavam caídos. Acontece que esse ZON, também, subiram e se tornaram o grau de YESHSUT, recebendo as mesmas Luzes e Môchin dignos do grau de  YESHSUT.

NÃO TIVESSE SIDO A ASCENÇÃO DE MALCHUT A BINÁ, ZON NÃO TERIAM SIDO DIGNOS DO MÔCHIN

22)         E aqui nós devemos saber que por si mesmos, ZON são indignos de receber Môchin, uma vez que a origem de ZON está em baixo do Tabúr de AK, onde Malchut de Midot ha Din governa, que é governada pela força de Tzimtzum e é imprópria de receber a Luz Superior. Todavia, agora que Biná e TM de YESHSUT elevou ZON ao grau de YESHSUT, ZON tornaram-se como o grau de YESHSUT e podem receber a Luz Superior como eles o fazem.

23)         Agora você pode cuidadosamente compreender porque nossos sábios (Bereshit Raba, Parasha 12): “No principio, Ele contemplou criar o mundo em Midot ha Din”, isto é, com Malchut da primeira restrição, que é Midot ha Din. E “mundo” deve ser compreendido como “este mundo”, que recebe de ZON de Atzilut. Isso é porque tudo o que é recebido em ZON de Atzilut pode ser recebido pelas pessoas neste mundo, e tudo o que não é recebido em ZON não é recebido pelas pessoas neste mundo, pois nós não podemos receber acima do  grau de ZON.

Assim, uma vez que a raiz de ZON está abaixo do Tabúr de AK, onde Malchut de Midot ha Din governa, eles não podem receber a Luz Superior e existir, dado que eles estão por baixo do Tzimtzum em Malchut. Tanto mais, este mundo não pode existir.

Este é o significado de, “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midot ha Rachamim e associou-a com Midot ha Din”. Isto significa que  Ele elevou Malchut de cada grau, que é Midot ha Din, à Biná do grau, que é Midot ha Rachamim. Segue-se que Malchut de YESHSUT subiu a Biná de YESHSUT, pelo qual Biná e TM de YESHSUT caíram ao grau abaixo dela, que é ZON, e agarrou-se a  eles.

Por esta razão, durante Gadlut de YESHSUT, quando Malchut desceu de Biná de YESHSUT e voltou a seu lugar, e os três Kelim Biná e TM de YESHSUT voltaram    a seu lugar, YESHSUT, como no principio, eles tomaram ZON que estavam agarrados a eles juntamente com eles, e elevaram-nos ao grau de YESHSUT. Assim, ZON tornou-se como o grau de YESHSUT, isto é, eles tornaram-se dignos de receber a Luz Superior como YESHSUT. Por esta razão, eles recebem a Luz Superior de YESHSUT e dão a este mundo, e agora o mundo pode  existir.

Mas não tivesse sido a associação de Midot ha Din com Midot ha Rachamim, isto é se Malchut de YESHSUT não tivesse subido a Biná de YESHSUT, Biná e TM de YESHSUT não teriam caído para ZON, e não haveria qualquer possibilidade para ZON subir a YESHSUT. Nesse estado, eles não seriam capazes de receber a Luz Superior para o mundo, e o mundo não seria capaz de existir. Assim nós explicamos o assunto da ascensão de Malchut a Biná.

 

TIKUN KAVIM

24)         Nos primeiros três Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG de AK, as Sefirot estavam numa linha singular, uma por baixo da outra. Mas no mundo de Nekudim, vestindo de Tabúr de AK para baixo, houve um Tikun Kavim (correção das linhas) em seu GAR, mas não nas sete Sefirot inferiores. E no mundo de Atzilut, houve umo Tikun Kavim nas sete Sefirot inferiores, também.

 

DOIS DISCERNIMENTOS EM TIKUN KAVIM

25)         A razão para isso é que Tikun Kavim executada nas dez Sefirot se estende da ascensão de Malchut a Biná, que se tornou Nukvá (fêmea) para Chochmá. Como resultado, dois lados foram feitos nas dez Sefirot:

  • A Malchut que foi misturada em cada Sefirá tornou-se o lado esquerdo da Sefirá;
  • A Sefirá em si é considerada a linha direita na Sefirá.

Também, a linha esquerda manchou a linha direita. Nesse estado, a Luz Superior acasalou na Massach de Dinim (plural para Din) nesta Malchut, e o nível de Chassadim que emergiu no Zivug de Haka’á da Luz Superior na Massach dessa Malchut tornou-se a linha do meio, unindo e equalizando as duas linhas uma com a outra. Não fossem os Dinim em Malchut, não haveria qualquer Zivug de Haka’á, nem haveriam os muitos Chassadim. Assim, Malchut, que é esquerda, tornou-se tão importante quanto a própria Sefirá, que é a direita.

É sabido que o princípio do Tikun da ascensão de Malchut a Biná foi no mundo de Nekudim, que emergiu depois do Partzuf SAG de AK. Logo, o Tikun das três Kavim começa no mundo de Nekudim, também, pois uma está dependente da outra. Mas nos primeiros três Partzufim, Galgálta, AB, SAG que precederam o mundo de Nekudim, não houve tal assunto como a ascensão de Malchut a Biná, assim, não houveram três linhas neles, mas apenas uma linha.

26)         E tudo isto é possível apenas em GAR do mundo de Nekudim, considerado GAR de Biná, cujas Chassadim são GAR, uma vez que elas são Ohr Chassadim na sua própria essência, dado que elas nunca recebem Ohr Chochmá. Por esta razão, o nível de Chassadim que emergiu na Massach de Malchut é suficiente para unir as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra, e devolver GAR às Sefirot.

Todavia, isto não é assim nas sete Sefirot inferiores no mundo de Nekudim, que são consideradas ZA, cuja essência é a iluminação de Chochmá em Chassadim, dado que elas precisam de Chochmá. E uma vez que a Malchut está envolvida em todas as Sefirot, elas não podem receber Chochmá. Por esta razão, elas são carentes e defeituosas enquanto Chochmá não brilha nelas.

Logo, o nível de Chassadim que emergiu na Massach de Malchut não as ajuda  a equalizar as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra. Isto é porque os Dinim estão na esquerda, que são os Dinim de Malchut que subiu a Biná, mancham a linha direita e removem a Luz de GAR dela. Assim, o Tikun Kavim de GAR não ajuda para corrigir as duas linhas, direita e esquerda em VAK, dado que VAK em todas as Sefirot são da Hitkalelut (mistura, integração) de ZA lá. Enquanto ela não tiver iluminação de Chochmá, ela é carente e defeituosa.

 

TIKUN KAVIM EM ZAT E EM YESHSUT

27)         Assim, o primeiro Tikun necessário das sete Sefirot inferiores é remover os Dinim em Malchut que foi misturada nas Sefirot, isto é, de simplesmente  estender iluminação de Chochmá-Biná de AK, que baixa a Malchut de Biná e devolve-a ao seu lugar. Nessa altura, os três Kelim Biná e TM voltam à Sefirá e tornam-se a linha esquerda, e Kéter e Chochmá que sobraram, tornam-se a linha direita. E dado que o grau é completado com cincos Kelim, KACHÁB TUM, todas as cinco Luzes NARANCHAY voltam para ele, e a Luz de Chochmá volta ao grau. Então a linha do meio pode unir as duas linhas uma na outra e completar o grau com todas as suas correções.

28)         O segundo Tikun é fortalecer a Parsá, que é a força finalizadora de Malchut que subiu a Biná, para que ela nunca seja cancelada. E até quando Malchut desce de Biná, sua força finalizadora permanece no lugar de Biná. Então Biná e TM, que se unem com o grau, devem subir acima da Parsá e unirem-se lá com o grau. Todavia, quando elas estão abaixo da Parsá, elas não podem conectar-se com o grau, mesmo que Malchut já tenha descido de lá, uma vez que sua força finalizadora permanece depois de sua descida de lá, também.

29)         E quando Biná e TM sobem acima da Parsá e conectam-se ao grau, elas não se tornam na verdade um grau com os dois Kelim Kéter e Chochmá, que nunca foram manchados pois eles nunca deixaram seu grau, e os três Kelim Biná e TM que abandonaram seu grau, foram manchados durante a Katnut, e agora voltaram. E essa diferença torna-os em duas linhas, direita e esquerda, em que Kéter e Chochmá do grau se tornam a linha direita, e Biná e TM do grau tornam-se a  linha esquerda.

30)         Esta diferença e estas direita e esquerda não se referem a uma localização porque o espiritual está acima de espaço e acima do tempo. Em vez disso, uma diferença significa que elas não querem se unir uma com a outra. Também, direita refere-se ao Ohr Chassadim e esquerda refere-se ao Ohr Chochmá.

A coisa é que Kéter e Chochmá do grau, que permanecem nele durante Katnut

– com Ohr Chassadim – se contentam com este Ohr Chassadim durante a Gadlut, também, depois de Malchut ter descido de Biná. Isto é porque esta Luz não foi danificada. Elas não querem receber o Ohr Chochmá e GAR que agora voltaram ao grau, com o retorno de Biná e TM ao grau. Por esta razão, Kéter e Chochmá são consideradas a linha direita, isto é Ohr Chassadim. Também, estas Biná e TM, as quais, sobre seu regresso ao grau, introduzem Ohr Chochmá e GAR ao grau, não querem se unir com Kéter e Chochmá, dado que elas mantêm o Ohr Chassadim que elas tinham tido durante a Katnut. Biná e TM têm alta consideração pelo Ohr Chochmá que agora veio ao grau; assim, elas são consideradas a linha esquerda, uma vez que elas mantêm o Ohr Chochmá.

31)         E esta diferença entre a linha direita e a linha esquerda é também considerada a divisão da direita da esquerda. A linha direita mantém a Chassadim, e deseja cancelar o Ohr Chochmá na linha esquerda, e ordenar o Ohr Chochmá sozinho. Inversamente, a linha esquerda, que mantêm o Ohr Chochmá, deseja cancelar o Ohr Chassadim na linha direita e ordenar apenas o Ohr Chochmá. Devido a esta disputa, nenhuma delas brilha, dado que o Ohr Chassadim na linha direita é carente de Ohr Chochmá, como um Guf sem um Rosh, e o Ohr Chochmá na linha esquerda é completa escuridão porque Ohr Chochmá não pode brilhar sem  Chassadim.

32)         E não há qualquer correção nesta disputa exceto através da linha do meio, criada pelo inferior que ascende lá por MAN, na forma da linha do meio. Um Zivug da Luz Superior é feito na Massach do inferior, chamada Massach de Chirik, e o nível de Chassadim emerge nele, e esta é a linha do meio. Por um lado, esta Massach diminui GAR da linha esquerda, e por outro lado, ela aumenta o Ohr Chassadim. Por estes dois, ela compele a linha esquerda a se unir com a linha direita.

Logo, a Luz de VAK de Chochmá da linha esquerda veste o Chassadim na linha direita, e agora ela pode brilhar. Também, isto completa a linha esquerda, e o Ohr Chassadim na linha direita une-se com a Chochmá na linha esquerda, assim obtendo  a Luz de GAR, que completa a linha direita. Assim, você vê como a linha do meio completa as duas linhas, direita e esquerda. Isto explica em termos gerais o Tikun das três linhas que foi estabelecido nas sete Sefirot inferiores.

 

A EMERGÊNCIA DAS TRÊS LINHAS EM  YESHSUT

33)         Agora nós explicaremos a ordem do surgimento das três linhas em um grau particular. E daí, você será capaz de deduzir sobre todos os  graus.

Tome o grau de YESHSUT, como exemplo, que são, as sete Sefirot do fundo de Biná. GAR de Biná de AA foram estabelecidas em AVI Superior, e ZAT de Biná de AA foram estabelecidas em YESHSUT. A primeira a emergir foi a linha direita de YESHSUT — Kéter e Chochmá de YESHSUT. Ela foi estabelecida durante a ascensão de Malchut de YESHSUT a Biná de YESHSUT, que finalizou o grau de YESHSUT por baixo da Chochmá, e Biná e TM de YESHSUT caíram para baixo, para o grau de ZA.

Então, estes dois Kelim, Kéter e Chochmá, permaneceram no grau de YESHSUT e tornaram-se a linha direita. E dado que existem apenas dois Kelim lá, Kéter e Chochmá, eles têm apenas duas Luzes, Néfesh Ruach, carenciando GAR.

34)         Então a linha esquerda emergiu — os três Kelim de Biná e TM de YESHSUT — depois de eles terem voltado e terem subido de sua queda. Isso foi estabelecido pela iluminação de Chochmá e Biná de AK, que trouxeram a Malchut Mesayémet (Finalizadora) de Biná de YESHSUT, e a retornaram a seu lugar. Nessa altura, Biná e TM de YESHSUT subiram de volta a seu grau.

E dado que os cincos Kelim no Partzuf estão agora completados, o completo NARANCHAY se vestiu neles. Nessa altura eles se tornaram a linha esquerda de YESHSUT. Também, com a emergência da linha esquerda, há uma divisão entre a direita e a esquerda: a direita deseja cancelar a esquerda e governar por si mesma, e   a esquerda, também, deseja cancelar a direita e governar por si mesma. Por esta razão, nenhuma delas pode brilhar enquanto a linha do meio, que as une, não for erguida.

35)         Posteriormente emergiu a linha do meio. Ela emergiu pela Massach do grau mais baixo em YESHSUT, ZA, que subiu como MAN a YESHSUT. Ele subiu a YESHSUT juntamente com os três Kelim Biná e TUM quando eles subiram de volta aos seus graus.

O nível da Luz que emerge sobre esta Massach une direita e esquerda em YESHSUT em uma. Contudo, a direita brilha de Cima para baixo e a esquerda brilha de baixo para Cima. Nesse estado, a Chochmá está vestida com Chassadim e pode brilhar, enquanto as Chassadim são incluídas na iluminação de Chochmá e são completadas com GAR.

Assim, você descobre que antes do estabelecimento da linha do meio, a linha direita e a linha esquerda estavam em disputa. Elas queriam revogar-se uma à outra:  a linha direita, sendo sem defeito e a raiz do grau, desejou revogar o domínio da esquerda e subjugá-la, assim como é a relação da raiz com seu ramo. E dado que a linha esquerda contém o Ohr Chochmá, que é maior que o Ohr Chassadim na linha direita, seu poder é desta forma maior para revogar o Ohr Chassadim na linha direita. É por isto que nenhuma delas podia brilhar, dado que Chochmá não pode brilhar sem revestimento de Chassadim, e Chassadim sem iluminação de Chochmá são VAK sem um Rosh.

36)         A razão de Chochmá não poder brilhar sem Ohr Chassadim é que ela é YESHSUT — as sete Sefirot inferiores de Biná — CHAGAT NEH”YM de Biná. E estas CHAGAT NEH”YM de Biná não são a própria Biná, mas da Hitkalelut de ZA em Biná. Isto é porque todas as dez Sefirot estão incluídas uma na outra e cada Sefirá contém dez Sefirot.

Por exemplo a Sefirá Biná é compreendida de todas as dez Sefirot KACHÁB TUM, e sua Biná é discernida como seu eu. Kéter e Chochmá nela são de Kéter e Chochmá que foram incluídas nela, e Tiféret e Malchut, que são suas CHAGAT NEH”YM, são da Hitkalelut de ZON nela. E é sabido que a Sefirá ZA de sua fonte está nas dez Sefirot de Ohr Yashár é principalmente Ohr Chassadim, mas o Ohr Chochmá brilha na sua Chassadim. Logo, é impossível que Chochmá venha a brilhar sem Chassadim em todas as sete Sefirot inferiores, dado que elas carenciam do núcleo e portador da iluminação de Chochmá – a Chassadim – a essência de ZA das dez Sefirot de Ohr Yashár, que é a raiz de todas as sete Sefirot inferiores incluídas em todos os graus.

Logo, a regra é que Chochmá pode brilhar sem Chassadim apenas nas primeiras três Sefirot. Mas nas sete Sefirot inferiores, onde quer que elas estejam, elas são consideradas ZA, e Chochmá não pode brilhar sem Chassadim, dado que as Chassadim são sua principal essência. Por essa razão, se Chochmá é carente de Chassadim, ela é escuridão e não Luz.

37)         Mas devido ao Peso da Chochmá que a esquerda contém, a linha esquerda não se rende de qualquer forma para se unir com a Chassadim na linha direita. Além do mais, ela luta com ela e deseja revogá-la. Ela não se rende à direita, a não ser pelas duas forças que sobem da linha do meio, que agem sobre ela e a subjugam:

  1. A Massach de Bechiná Álef na linha do meio, que é ZA. Esta Massach diminui o nível de Chochmá na linha esquerda do nível de GAR de Chochmá ao nível de VAK de Chochmá. Isto é assim para que Chochmá não se expandisse e brilhasse de Cima para baixo, mas brilhasse de baixo para Cima. Esta iluminação é considerada como apenas VAK de Chochmá.
  2. O Zivug da Luz Superior sobre esta Massach de Bechiná Álef, que estende o nível de Ohr Chassadim. Então, por outro lado, o nível de Chochmá na esquerda desceu para VAK de Chochmá, pela força da Massach; e por outro lado, a Chassadim na linha esquerda aumentou de dois lados: do lado da linha direita e do lado do Zivug da Luz Superior sobre a Massach na linha do meio. Nessa altura, a linha esquerda rende-se e une-se com a Chassadim na linha direita e na linha do meio. Contudo, enquanto a Massach da linha do meio não diminuir o nível de GAR de Chochmá, não há poder no mundo que a possa unir com a linha  direita.

38)         Nós devemos saber que duas forças operam nesta Massach da linha do meio, para diminuir o nível de GAR de Chochmá na linha esquerda. Isto é porque  em si mesmas ZON são impróprias para receber Môchin, pois elas são controladas  por Malchut de Midot ha Din, que é conduzida pela força de Tzimtzum, para não receber iluminação de Chochmá. Nós chamamos a esta Malchut de Midot ha Din, Man’ula (fechadura). Mas posteriormente, Malchut foi associada com Midot ha Rachamim, Biná, e em Bechiná Malchut que está associada com Biná, eles são dignos de receber Môchin — Luz de Chochmá. E nós chamamos a esta Malchut, que está associada com Biná, Miftacha (chave).

Assim, na Massach de ZA, também, que é sua linha do meio, existem estas duas forças de Miftacha e Man’ula. No principio, quando ela precisa diminuir o GAR da linha esquerda, ela trabalha nesta Massach de Man’ula, isto é, em Malchut de Midot ha Din. Onde quer que ela apareça, a Luz Superior foge. Mas dado que ela deseja que VAK de Chochmá permaneça, ela remove subsequentemente esta Massach de Man’ula, e opera com a Massach de Miftacha, sendo Malchut que está associada com Biná. E através de sua força, uma iluminação de VAK de Chochmá permanece, independentemente.

Assim, nós explicamos cuidadosamente como ZA sobe juntamente com Biná e TM de YESHSUT, e através de seu Massach, se une e completa as duas linhas, direita e esquerda em YESHSUT, onde ele se torna uma linha do meio. E estas três linhas em YESHSUT são chamadas Chochmá, Biná, Dáat de YESHSUT. As duas linhas, direita e esquerda, são chamadas CHUB, e ZA, a linha do meio que decide entre elas, é chamada Dáat.

CHOLAM, SHURUK, CHIRIK

39)         Estas três linhas são também chamadas “os três pontos, Cholam, Shuruk, Chirik”. A linha direita é o ponto de Cholam, a linha esquerda é o ponto de Shuruk, o Melafom, que é uma Vav com um ponto dentro dela, e a linha do meio é o ponto de Chirik. A razão para isso é que os pontos implicam iluminação de Chochmá, que ressuscita e movimenta as Otiyot (letras), que são os Kelim.

Assim, a linha direita, erguida durante a ascensão de Malchut a Biná, que carece de Chochmá, está implícita pelo ponto de Cholam, que se encontra acima das Otiyot. Isto indica que o ponto, que é Chochmá, não está vestido nos Kelim, que são as Otiyot, mas está acima dos Kelim. E a linha esquerda é feita de Biná e TM, que têm Ohr Chochmá, depois delas terem voltado a seu grau. Por esta razão, isso está implícito pelo ponto de Shuruk, que é uma Vav com um ponto dentro dela. Isto indica que o ponto, que é Chochmá, está vestido dentro dos Kelim, chamados Otiyot. E a linha do meio é feita do grau abaixo dela, que subiu ao mais Alto Grau, decidindo e completando suas duas linhas.

Não tivesse sido a linha do meio, Chochmá nunca teria sido capaz de brilhar. E dado que este Tikun vem do grau abaixo dela, ele está implícito pelo ponto de Chirik, que se encontra abaixo das Otiyot – os Kelim – pois este é seu grau inferior. E devido a isso, nós sempre nos referimos a Massach da linha do meio coma Massach  de Chirik.

A LINHA DO MEIO ACIMA DAS DUAS  LINHAS

40)         Certamente, há uma linha do meio acima das duas linhas, nas primeiras Roshim (cabeças) de Atik, onde a Reisha de lo Etyada decide e une as duas linhas, direita e esquerda, que são as duas Roshim, Kéter e Chochmá Stimaa de AA, que estão abaixo dela. Mas embora elas tivessem sido erguidas como a raiz para as três linhas, em todas as três linhas, a linha do meio vem de baixo, exceto  nestas.

E você descobre que existem Bechinot (discernimentos) de Tikun  Kavim:

  1. Tikun Kavim nas três Roshim de Atik, onde a linha do meio está acima das duas linhas.
  2. Tikun Kavim no GAR, onde não há aparição de Chochmá até na linha esquerda (Item 26).
  3. Tikun Kavim nas sete Sefirot inferiores, onde há aparição de Chochmá na linha esquerda (Itens 27-39).

 

TRÊS TIPOS DE CHOCHMÁ EM ATZILUT

41)         Existem três Chochmá em Atzilut:

  1. Chochmá nas dez Sefirot de Ohr Yashár, que, nos Partzufim, é Chochmá Stimaa de AA;
  2. GAR de Biná, que, nos Partzufim, é AVI, e é chamado “Chochmá da direita”;
  3. ZAT de Biná, que, nos Partzufim, é YESHSUT, e é chamado “Chochmá da esquerda”.

As primeiras duas Chochmá estão bloqueadas e não brilham nos inferiores. Apenas a terceira Chochmá, a Chochmá da esquerda, é aparente no lugar de Malchut,  e brilha para ZON e para os inferiores.

42)         Você já sabe que AA é Chochmá de Atzilut, e AVI são GAR de Biná de Atzilut, e YESHSUT são as sete inferiores Sefirot de Biná de Atzilut. E é sabido que existem apenas duas Sefirot, Kéter e Chochmá, no Rosh de AA, chamadas Kitra e Chochmá Stimaa29. Sua Biná abandonou seu Rosh e tornou-se um Guf sem um Rosh devido à Malchut Mesayémet (Finalizadora) que subiu e finalizou o Rosh por baixo de sua Chochmá.

Por esta razão, Biná e TM estão abaixo da Malchut Mesayémet (Finalizadora) no Rosh (Item 33), e assim foi discernida como um Guf. Também, estas Biná e TM são todas chamadas devido à Bechiná Mais Elevada nelas, que é Biná. E dado que ela abandonou o Rosh para formar um Guf sem um Rosh, ela é não mais digna de receber Chochmá até que ela volte à Rosh de AA.

43)         Esta Biná está dividida em dois Bechinot, GAR e ZAT, dado que o defeito da ausência de Chochmá que foi feito nela por sua saída do Rosh de AA não afeta o GAR de Biná em qualquer forma, dado que eles estão sempre no estado de “pois ele se deleita em misericórdia”. Logo, Biná almeja apenas Ohr Chassadim, e não Ohr Chochmá. Até quando ela estava no Rosh de AA, seu GAR não recebeu Chochmá, mas apenas Chassadim.

Isto estendeu-se a ela de Biná de Ohr Yashár, cuja essência é Chassadim sem Chochmá. Por esta razão, GAR de Biná não ficam defeituosos de nenhuma maneira por sua saída do Rosh, e eles são considerados completamente perfeitos quando ainda no Rosh de AA. Logo, GAR de Biná foram separados para um grau em e de si mesmos. Também, as vestes dos Superiores AVI, de Pê de AA para baixo, que são sempre considerados GAR, são feitas deles, embora eles estejam abaixo do Rosh de AA.

Mas as sete Sefirot inferiores não são a essência de Biná, mas são da Hitkalelut de ZON em Biná. E a essência de ZA é a iluminação de Chochmá em Chassadim. Assim, elas precisam da iluminação de Chochmá de forma a dar a ZON. e dado que elas não são dignas de receber Chochmá para ZON sob sua saída de Rosh de AA, eles são considerados defeituosas.

Por esta razão, eles foram separados do completo GAR de Biná e tornaram-se um grau separado em si mesmo, do qual Partzuf YESHSUT de Atzilut que veste de Chazê de AA para baixo foi feito. Também, eles são considerados VAK sem um Rosh, até que Biná volte ao Rosh de AA, momento no qual eles  obtêm GAR.

44)         Assim, você vê que Chochmá está principalmente no Rosh de AA, chamada Chochmá Stimaa, dado que esta Chochmá inicial foi bloqueada no Rosh de AA e não brilha para os inferiores, abaixo do Rosh de AA. E AVI e YESHSUT são as originais Biná de Atzilut, chamadas “o nível de SAG e MA”, cuja essência é Chassadim e não Chochmá.

E sob a saída de Biná do Rosh de AA, apenas ZAT de Biná — YESHSUT — são defeituosos, e assim permaneceram sem GAR. Eles são completados apenas sob o retorno de Biná a Rosh de AA, momento em que Chochmá recebe para ZON.

Nessa altura, eles são considerados como Chochmá da linha esquerda. Isto significa que esta Chochmá aparece apenas através das três linhas que emergem em YESHSUT, onde a Chochmá aparece na linha esquerda destas três  linhas (Item 34).

Embora GAR e ZAT de Biná, que são AVI e YESHSUT, voltaram a Rosh de AA, YESHSUT não recebem a Chochmá diretamente de Chochmá Stimaa em Rosh de AA, dado que cada grau recebe apenas de seu Superior adjacente. Logo, AVI recebem a Chochmá de Chochmá Stimaa no Rosh de AA, e dão a  YESHSUT.

45)         AVI são considerados como Chochmá da direita. Isto é porque mesmo quando eles estão abaixo do Rosh, eles são como completos como se eles estivessem no Rosh. Eles estão sempre unidos com a Chochmá Stimaa no Rosh de AA, mas não recebem dela, dado que eles estão sempre num estado de, “pois ele se deleita em misericórdia”.

Isto cuidadosamente explica que a essência de Chochmá está no Rosh de AA, mas ela está bloqueada e não brilha abaixo de seu Rosh. Também, a iluminação de Chochmá Stimaa, incluída em AVI, é considerada Chochmá da direita, embora elas não a recebam na verdade. E sob seu retorno ao Rosh, elas são chamadas Chochmá Ilaa (Chochmá Superior).

E a razão é que elas são consideradas Chochmá, embora elas não recebam dela, e que sua unificação com a Chochmá torna a Chassadim em AVI em completos GAR. Também a Chochmá que brilha em YESHSUT é a Chochmá da esquerda, dado que ela brilha apenas na linha esquerda. Esta Chochmá da esquerda é chamada “Trinta e dois caminhos de Chochmá (sabedoria)”, e esta é a Chochmá que aparece a ZON e aos inferiores.

Mas a Chochmá da direita não brilha qualquer Chochmá, mas apenas Chassadim, dado que AVI não recebem a Chochmá, muito menos a Chochmá de Ohr Yashár no Rosh de AA, que não brilha abaixo de seu Rosh. É por isso que ela é chamada Chochmá Stimaa. Logo, a iluminação de Chochmá não aparece, mas apenas Chochmá da esquerda, ainda embora esta não seja a própria Chochmá, mas Biná que recebe Chochmá para ZON.

TRÊS OTIYOT, MEM, LÁMED, TZADIK EM TZÉLEM

46)         Os Môchin de Gadlut – depois de Malchut ter voltado para baixo do lugar de Biná ao seu próprio, e Biná e TM terem voltado a seu grau, e o grau foi completado com cincos Kelim KACHÁB TM e cinco Luzes NARANCHAY. Isto é considerado que Malchut, que é a Yud que entrou no Ohr (Luz) e a tornou em Avir (ar), e o Avir voltou a ser Ohr. Existem três graus para discernir nestes Môchin, implícitos pelas três Otiyot (letras) — Mem, Lámed, Tzadik — que é Tzélem.

Primeiro Grau: Este é o GAR de Biná que foi estabelecido nos Superiores AVI. Eles estão num estado de “pois ele se deleita em misericórdia”, e nunca recebem Chochmá. Por esta razão, é discernido neles que a Yud não abandona seu Avir. Isto é porque Avir implica o nível de Ruach, Chassadim, e em AVI estas Chassadim são consideradas como GAR na verdade, e eles não têm interesse em remover a Yud de seu Avir.

Também, elas são chamadas Mem de Tzélem, dado que esta letra implica que elas contêm quatro Môchin: Chochmá, Biná, a direita de Dáat, e a esquerda de Dáat. Cada Môach (singular de Môchin) compreende dez Sefirot, logo eles são quarenta Sefirot. Isso também implica que os Môchin estão fechados como se por um anel, que é a forma da Mem, para não receberem Chochmá.

47)         Segundo Grau: Estas são as sete Sefirot inferiores de Biná que foram erguidas em YESHSUT, que requerem Chochmá em prol de dar a ZON. Assim, durante a Gadlut, a Yud abandona seu Avir e Ohr Chochmá volta a elas de forma a dar a ZON. Todavia, elas, também, não recebem Chochmá para si mesmas, dado que elas são de Biná, e cada Biná, seja GAR ou ZAT, é de Ohr Chassadim. A única diferença está em ZAT, que recebem Chochmá de forma a dar a  ZON.

Este grau é chamado Lámed de Tzélem. Esta letra implica que existem três Môchin neles: Chochmá, Biná e Dáat. Cada Môach contém dez Sefirot, logo elas são trinta Sefirot. Isto é porque a direita em Dáat e a esquerda em Dáat são consideradas como um aqui, uma vez que elas são consideradas a linha do meio, unindo Chochmá e Biná.

48)         O Terceiro Grau é ZON, em que Chochmá aparece do Chazê para baixo, dado que o lugar onde Chochmá aparece está neles. Isto é chamado Tzadik de Tzélem, depois das nove Sefirot em ZON. Cada uma inclui dez, logo elas são noventa30. Assim explicamos as três Otiyot Mem, Lámed, Tzadik (MLTz) nos três Partzufim AVI, YESHSUT e ZON no mundo de Atzilut em geral. No entanto, isto é assim em todos os detalhes, também, já que não existem graus nos quais estes três Bechinot MLTz não são discernidos, já que cada um deles contém  MLTz.

49)         Todavia, o lugar onde Chochmá aparece não é em ZA, mas em Malchut. Quando nós dizemos que Chochmá aparece do Chazê de ZA para baixo, isso é porque do Chazê de ZA para baixo é considerado Malchut. Assim, Chochmá não aparece nas primeiras nove Sefirot, mas apenas em Malchut. É por isso que Malchut é chamada Chochmá Tataa (Chochmá inferior).

 

DOIS DISCERNIMENTOS AO ELEVAR MAN

50)         Existem dois Bechinot (discernimentos) ao elevar MAN de ZA: 1) Dado que GAR de Biná, que são os Superiores AVI, estão sempre em Achoráim para Chochmá. Isto significa que eles não querem receber Chochmá, mas Chassadim, como está escrito, “pois ele se deleita em misericórdia”. Também, YESHSUT não pode receber Chochmá de AA, mas apenas através de AVI (Item 44). Logo, YESHSUT não pode receber Chochmá através de AVI, a não menos que ZA suba a YESHSUT por MAN. Nessa altura, AVI removem seu Achoráim da Chochmá, e Chochmá passa através de AVI para YESHSUT.

Este despertar estende-se de Biná de Ohr Yashár, que estende iluminação de Chochmá em Chassadim para ZA de Ohr Yashár. E desta forma, quando quer que ZA suba por MAN, AVI despertam para estender Chochmá por  isso.

51)         O segundo discernimento ao elevar MAN por ZA é de unir as duas linhas, direita e esquerda, em YESHSUT (Item 35). Isto é porque quando a linha esquerda de YESHSUT emerge, uma divisão é feita entre a direita e a esquerda. Por esta razão, nenhuma delas brilha até que ZA as una uma com a outra através da linha do meio, e então ambas brilham.

 

TRÊS SAEM DE UM, UM EXISTE EM TRÊS

52)         Assim, foi explicado que o segundo discernimento ao elevar MAN de ZA a YESHSUT é de unir as duas linhas de YESHSUT, direita e esquerda. Elas podem apenas brilhar através da Massach de Chirik em ZA (Item 39), que completa a linha do meio nelas e determina as duas linhas de Biná. Isso é considerado que três linhas emergem em Biná através da Massach de ZA, chamadas Chochmá, Biná, e Dáat.

A regra é que o inferior é recompensado com a completa iluminação que ele causa no Superior. Logo, dado que ZA, com sua Massach, causou o surgimento das três linhas Chochmá, Biná, e Dáat em YESHSUT, ZA, também, é recompensado com as três linhas, Chochmá, Biná e Dáat. Este é o significado do que está escrito no Zohar: “Três saem de um, um existe em três” (Bereshit, 1, Item  363).

 

A RAIZ DE NUKVÁ DE ZA, OU SEJA A MALCHUT

53)         Durante a Katnut do mundo de Nekudim, ZA, que é CHAGAT NEH”Y de Nekudim, tinha seis Kelim, CHABAD CHAGAT. Isto é porque da perspectiva das Luzes, onde os pequenos crescem primeiro, eles são chamados CHAGAT NEH”Y e falta-lhes GAR. E da perspectiva dos Kelim, onde os Superiores crescem primeiro, eles são chamados CHABAD CHAGAT e falta-lhes NEH”Y de  Kelim.

Logo, faltava-lhe NEH”Y de Kelim devido à ascensão de Malchut ao lugar de Biná de ZA, nomeadamente a Sefirá Tiféret, dado que CHAGAT de ZA são KACHÁB (Item 9), isto é, no terço Superior de Tiféret, no lugar de Chazê. E os dois terços, Biná e TM, que, em ZA, são chamados os dois terços Tiféret e NEH”Y, caíram do seu grau para o grau abaixo dele, para os mundos Briá, Yetzirá e Assiá, em baixo de ZA de Atzilut.

Por esta razão, apenas CHABAD CHAGAT de Kelim através do ponto de Chazê permaneceram nele. E o ponto de Chazê é a Malchut que finaliza o grau no lugar de Biná, e baixa Biná e TM, chamados TNEH”Y, ao grau abaixo dela (Item 16). É por isso que ZON em Katnut são sempre chamados VAK e Nekudá, dado que os seis Kelim CHABAD CHAGAT nele são chamados VAK, isto é Vav Ktzavot (seis fins), e o ponto de Chazê, que é a Malchut que finaliza seu grau é chamada Nekudá (ponto). Da perspectiva das Luzes, onde os mais pequenos crescem primeiro, eles são chamados CHAGAT NEH”Y, e a Malchut Mesayémet (Finalizadora) é chamada “Nekudá por baixo de Yessód”.

54)         Por esta razão, Malchut tomou todos os Kelim em BYA para seu próprio domínio, que é o ponto de Chazê. Isto é porque este ponto tomou todos os Kelim de TNEH”Y de ZA fora de BYA. Também, ela retornou esses Kelim ao grau de Atzilut quando a Gadlut de Nekudim emergiu, antes deles quebrarem. Isto é porque durante  a Gadlut, a Malchut Mesayémet (Finalizadora) decaiu do lugar do Chazê de volta para seu próprio lugar, sob NEH”Y de Kelim de ZA. Então os Kelim de Biná e TM que caíram para BYA, que são TNEH”Y, subiram de volta para Atzilut. E dado que ZA adquiriu o completo TNEH”Y de Kelim, ele tinha Luzes de  GAR.

E dado que não há ausência na espiritualidade, é considerado que até agora Malchut permanece no lugar de Chazê de ZA como antes, e que apenas a força de Din e Siúm (final) nela desceu para o ponto deste mundo. Assim, esses Kelim TNEH”Y de ZA que estavam sob sua autoridade durante a Katnut, e agora retornaram e se uniram com ZA, unem-se com ela durante a Gadlut, também, depois deles se terem unido e completado os TNEH”Y de ZA.

Também, eles tornam-se seus nove Sefirot inferiores, dado que o ponto de Chazê, que é a raiz de Malchut que ela tinha desde o tempo de Katnut, tornou-se Kéter. E nos três Kelim NEH”Y de ZA, cada Kli foi dividido em três terços. Os três terços de Netzach de ZATornaram-se Malchut, Chochmá, Chéssed, Netzach. E os três terços de Hod de ZATornaram-se Malchut, Biná, Gvurá, Hod, e os três terços de Yessód de ZATornaram-se Malchut, Dáat, Tiféret, Yessód. Então, estes TNEH”Y de ZA que subiram de BYA durante a Gadlut, e se uniram com seu grau, causando seus GAR de Luzes, unem-se com Malchut, também, e tornam-se seus nove Sefirot inferiores em Kelim e primeiros nove em Luzes.

55)         E você descobre que a raiz de Nukvá de ZA é o ponto de Chazê, que não está ausente nela sequer durante a Katnut. E ele é chamado pelo nome Kéter de Malchut. Estes Kelim TNEH”Y de ZA que caíram para BYA durante a Katnut e voltam a Atzilut durante a Gadlut, dividem-se em dois Partzufim: ZA e Malchut. Isto é porque eles servem como TNEH”Y de Kelim para ZA e CHABAD CHAGAT NEH”Y de Kelim para Malchut.

DE CHAZÊ DE ZA PARA BAIXO, PERTENCE A NUKVÁ

56)         Isto fornece a regra que de Chazê de ZA para baixo, isto é, os Kelim TNEH”Y de ZA, são considerados Malchut, chamados “a Nukvá de ZA separada”. Isto é porque todas as nove Sefirot do fundo de Malchut são feitos destes TNEH”Y de ZA depois de eles se unirem com ele, durante a Gadlut. Também, nós cuidadosamente compreendemos o que nós dissemos, que em Katnut, ZA e Malchut estão na forma de Vav e Nekudá, isto é CHABAD CHAGAT de Kelim e Nekudá de Chazê. A ZA falta GAR de Luzes devido à ausência de NEH”Y de Kelim, e a Malchut faltam as primeiros nove Sefirot de Luzes devido à ausência das inferiores nove nos  Kelim.

Logo, foi cuidadosamente clarificado que a raiz da Nukvá de ZA em Katnut e Gadlut é da Katnut e Gadlut do mundo de Nekudim. E embora os Kelim de Nekudim tenham quebrado, eles ainda assim voltaram e foram corrigidos no mundo de Atzilut, em ambos estes tempos de Katnut e Gadlut. Assim, ambos ZA e Malchut de Atzilut são VAK e Nekudá em Katnut, como na Katnut das dez  Sefirot de Nekudim.

Nessa altura, TNEH”Y de ZA de Atzilut caem em BYA, e este ponto é a raiz  da Nukvá. Durante a Gadlut, eles voltam ao seu grau em ZA de Atzilut e completam NEH”Y de Kelim para ZA e as nove inferiores de Kelim para sua Nukvá, que é Malchut, como em Katnut e Gadlut do mundo de Nekudim. Então, estes TNEH”Y de ZA de seu Chazê para baixo são as raízes de Gadlut de Nukvá.

 

DOZE PARTZUFIM EM ATZILUT

57)         Cada grau que contém três vezes dez Sefirot – dez Sefirot de Rosh, dez Sefirot de Toch, e dez Sefirot de Sóf – é chamado um Partzuf. Ele é discernido pela sua Bechiná Mais Elevada. Se a Bechiná Mais Elevada é Kéter, todas as trinta Sefirot nele são chamadas Kéter; e se a Bechiná Mais Elevada é Chochmá, todas elas são chamadas Chochmá etc.

Também, existem cinco Partzufim cujo nível é medido pelo Zivug de Haka’á nos cinco Bechinot na Massach. Um Zivug de Haka’á sobre a Massach de Bechiná Dálet estende o nível de Kéter; Massach de Bechiná Guimel estende o nível de Chochmá; Massach de Bechiná Bet estende o nível de Biná; Massach de Bechiná Álef estende o nível de ZA; e Massach de Bechiná Shóresh estende o nível de  Malchut.

58)         Todavia, existem doze Partzufim em Atzilut: os quatro Partzufim de Kéter, chamados Atik e Nukvá, e Arich e Nukvá; os quatro Partzufim de Biná, chamados Superiores AVI e YESHSUT; e os quatro Partzufim de ZON, chamados “o grande ZON” e “o pequeno ZON”. A razão porque eles estão divididos desta maneira é que cada Partzuf em Atzilut compreende dois tipos de Kelim:

  • Kelim que emergiram no mundo de Atzilut nos Zivúgim de Haka’á (plural de Zivug de Haka’á). Esses são chamados Kelim de MA.
  • Kelim que quebraram no mundo de Nekudim, chamados Kelim de BON. Eles estão corrigidos e sobem de BYA, e conectam-se aos níveis que emergiram através de um Zivug de Haka’á no mundo de Atzilut, chamado MA. Também, os Kelim de MA são considerados “macho” e os Kelim de BON são considerados “fêmea”. Assim, cada Partzuf contém macho e fêmea.

59)         Além disso, cada Partzuf está dividido em GAR e ZAT. Acontece que há macho e fêmea no GAR do Partzuf e há macho e fêmea no ZAT do Partzuf. Por esta razão, quatro Partzufim emergiram em cada Partzuf.

Os dois Partzufim de GAR de Kéter são chamados Atik e Nukvá, onde Atik é MA e Nukvá é BON. Os dois Partzufim de ZAT de Kéter são chamados Arich Anpin e Nukvá, onde Arich Anpin é MA e Nukvá é BON. Os dois Partzufim de GAR de Biná  são chamados Superiores AVI, os dois Partzufim de ZAT de Biná são chamados YESHSUT, dos dois Partzufim de GAR de ZON são chamados “o grande ZON”, e os dois Partzufim de ZAT em ZON são chamados “o pequeno  ZON”.

60)         A razão pela qual nós não contamos quatro Partzufim em Chochmá é que AA é o nível de Chochmá de MA, mas a Chochmá nele foi bloqueada dentro de seu Kéter, por meio de “um dentro do outro”. Também, Chochmá nunca brilha em Atzilut. Em vez disso, toda a Chochmá que brilha em Atzilut é de Biná que voltou ao Rosh de AA e se tornou Chochmá. Esta Biná vestida em AVI e YESHSUT. E AVI são considerados como Chochmá da direita, e YESHSUT são considerados como  Chochmá da esquerda (Item 41). Logo, nós não contamos quatro Partzufim em Chochmá, mas em Biná, que é também considerada Chochmá, que brilha em ZA e Malchut em todos os mundos.

 

UMA GRANDE REGRA EM TEMPO E  LUGAR

61)         Saiba que todas as expressões da sabedoria da Cabalá que lidam com tempo e espaço não se referem aos imaginários tempo e espaço na corporalidade, dado que aqui tudo está acima do tempo e acima do espaço. Em vez disso, “antes” e “depois” referem-se a causa e consequência. Nós referimo-nos à causa como “antes”, e à consequência como “depois”, uma vez que toda  a causa precede sua consequência.

Também, “acima”, “abaixo”, “ascensão” e “descida” são medidas de Aviut e Zakut (pureza).31 Isto é porque “ascensão” significa Hizdakchut, e “descida” significa Hit’abbut (aumentar a Aviut). E quando nós dizemos que um grau inferior subiu, isso significa o que o inferior foi purificado e se tornou tão puro como o Grau Superior.

Assim, é considerado que ele se agarrou a ele porque Similaridade de Forma anexa os espirituais um ao outro.

Também, quando nós dizemos que o inferior reveste o Superior, isso significa que uma Similaridade de Forma com a exterioridade do Superior foi feita nele. Isto é porque nós chamamos à exterioridade do Superior  “vestir o Superior”.  E é o mesmo em todas as outras coisas percebidas no tempo ou no espaço. Estude-  as desta maneira, isto é, em significados espirituais, de acordo com o assunto.

DUAS DIFERENÇAS ENTRE OS PARTZUFIM DE GAR E OS PARTZUFIM DE VAK

62)         Cada Partzuf é emanado e nasce da Massach de Guf do Partzuf Superior por meio de causa e consequência. Isto aplica-se a todos os Partzufim, de Partzuf Kéter de AK, que emergiu após a primeira restrição, ao fim dos Partzufim de Assiá. Também, eles vestem-se uns aos outros; isto é, cada inferior veste o Guf do seu Superior.

63)         Os Partzufim estão divididos em Partzufim de GAR — Partzuf Kéter, Partzuf Chochmá e Partzuf Biná — e Partzufim de VAK — Partzuf ZAT de Biná, chamado YESHSUT, Partzuf ZA e Partzuf Malchut. Estes três Partzufim são sempre considerados Partzufim de VAK. E até quando eles recebem GAR, eles não deixam de ser VAK, uma vez que lhes falta KACHÁB da sua própria raiz. E há uma diferença entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK, tanto no seu surgimento e nascimento quanto em como eles vestem o Guf do Superior.

Os Partzufim de GAR saem de Pê de Rosh do seu adjacente Superior. Isto começa em Partzuf Kéter de AK, uma vez que Partzuf Kéter de AK emergiu em Rosh e Guf, houve o Bitush de Ohr Makif (Luz Circundante) e Ohr Pnimi (Luz Interna) nas dez Sefirot do Guf.

Isto significa que essa Luz, que a Aviut da Massach deteve de entrar no Guf do Partzuf, é chamada Ohr Makif. Ela golpeou a Aviut da Massach, cuja Ohr Pnimi está vestida em seu Ohr Chozêr (Luz Retornante), e através deste golpear do Ohr Makif na Aviut sobre a Massach, a Massach no Guf foi purificada e sua forma foi equalizada com a Massach acasaladora no Rosh do Partzuf. Isto é considerado que a Massach de Guf subiu e foi incluída na Massach no Pê de Rosh, dentro do Zivug lá, uma vez que Similaridade de Forma é considerada Dvekút  (adesão/anexação).

Assim, através de sua Hitkalelut (inclusão/mistura) no Zivug do  Rosh, todos os Bechinot (discernimentos) de Aviut na Massach foram renovados, à parte da última Bechiná. Então, um Zivug de Haka’á na medida de Aviut que permaneceu na Massach — Aviut de Bechiná Guimel — emergiu nele da Luz Superior no Rosh, e o nível do Partzuf Chochmá emergiu nele.

 

 

Nessa altura, foi reconhecido que a Massach era de outra Bechiná, uma vez que o Superior é Partzuf Kéter, e este nível que foi renovado na Massach é o nível de Chochmá, dado que a última Bechiná tinha sido perdida. E seu reconhecimento é considerado “nascimento”, isto é que ele abandonou o nível de Kéter e se tornou um Partzuf distinto que tem apenas o nível de Chochmá. Logo, a fonte do recém nascido Partzuf Chochmá é a Massach de Guf do nível de Kéter, que purificou e subiu à Pê de Rosh, e a saída, local de nascença, é Pê de Rosh de Partzuf Kéter.

E depois do Partzuf Chochmá ter nascido e emergido do Pê de Rosh de Partzuf Kéter, é considerado vestir apenas o Guf de Partzuf Kéter, isto é, o GAR de Guf, que é CHAGAT. Isto é porque a Massach de Guf é a raiz da qual ele nasceu. Também, ele veste apenas a exterioridade do Guf de Partzuf Kéter, uma vez que o nível de Bechiná Guimel é externo a Partzuf Kéter, cujo nível é do Ohr Chozêr de Bechiná Dálet. Logo, isto é considerado como vestir, indicando Dvekút na  exterioridade

64)         Como foi explicado relativamente ao nascimento de Partzuf Chochmá de AK de Pê de Rosh de Partzuf Kéter de AK, Partzuf Biná emergiu de Pê e Rosh de Partzuf Chochmá precisamente desta maneira. Depois do Partzuf Chochmá ter sido completado com Rosh e Guf, houve outro Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, que purifica a Aviut da Massach e equaliza sua forma com a Massach de Malchut do Rosh.  E uma vez que ele é incluído no Zivug do Rosh, a Bechiná Aviut nele foi renovada, exceto a última Bechiná, que foi perdida.

Então, dez Sefirot emergiram na Aviut remanescente nele, Aviut de Bechiná Bet, no nível de Biná. E dado que foi reconhecido que ele é um mais baixo que Partzuf Chochmá, ele foi discernido como separado dele e nasceu em seu próprio domínio. todavia, ele veste o Guf do Superior, o qual é sua raiz. E ele também veste o GAR de Guf, no lugar de CHAGAT.

65)         Os três Partzufim de VAK — YESHSUT, ZA, e Malchut — emergiram nesta mesma maneira, exceto que existem duas diferenças neles:

  1. Seu inferior não emerge do Pê de Rosh de seu adjacente Superior, mas do Pê de Rosh do que está Acima do seu Superior. Por exemplo, ZA não emerge do Pê de Rosh de YESHSUT, mas apenas depois de YESHSUT se ter tornado um Partzuf com AVI, que são um Acima do Seu Superior. Similarmente, Nukvá não emerge do Pê de Rosh de ZA, mas apenas após ZATer subido até AVI. Similarmente, Partzuf Atik de Atzilut não emergiram do primeiro Rosh de Nekudim, mas do Rosh de SAG de AK. A razão é que estes Roshim (plural para Rosh), considerados VAK de sua própria raiz, são desajustados para Zivug com a Luz Superior de uma maneira que eles possam emanar um Partzuf inferior.
  2. Isto diz respeito à veste: Os Partzufim de VAK não vestem o GAR de Guf de seu Superior, CHAGAT, mas o VAK de Guf do Superior, que é NEH”Y de Chazê para baixo. Uma vez que eles são VAK na sua raiz, eles não se podem agarrar ao GAR de Guf do Superior. Logo, as duas diferenças entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK foram cuidadosamente clarificadas:
  • Uma diz respeito ao surgimento, onde apenas Partzufim de GAR emergem do Pê de seu adjacente Superior. Isto não é assim nos Partzufim de VAK, que emergem de um Acima de seu Superior.
  • E a outra diz respeito à veste, que apenas Partzufim de GAR podem se agarrar aos CHAGAT do Superior, que são GAR de Guf, mas não os Partzufim de VAK, que se agarram apenas de Chazê para baixo, no VAK de Guf.

 

TRÊS CONDIÇÕES PARA O SURGIMENTO DE UM PARTZUF INFERIOR

66)         Existem três condições para um Zivug gerar um Partzuf  inferior:

A primeira condição é a Massach que acasala com a Luz Superior num Zivug de Haka’á e eleva Ohr Chozêr, que veste a Luz Superior. O nível do inferior é de acordo com a medida da veste de Ohr Chozêr. Similarmente, depois da Massach suscitar todos os Partzufim e graus no mundo de Nekudim, eles não persistiram mas quebraram e cancelaram, e a Massach foi purificada de todas as cinco Bechinot Aviut nela, retornou ao Rosh de SAG, e todos os graus que surgiram em Nekudim deixaram suas Reshimot na Massach.

Assim, quando a Massach foi incluída no Zivug em Rosh de SAG, suas prévias Reshimot foram renovadas nele. Inicialmente, a Massach suscitou a Bechiná Mais Elevada nela, a Reshimô de Partzuf Kéter, chamado Atik de Atzilut, em Aviut de Bechiná Dálet. O resto das Reshimot, que permaneceram na Massach, surgiram juntamente com o nascimento de Atik para o lugar de Atik.

E assim que Atik tinha sido completado, houve um Zivug de Haka’á nele, na Bechiná Mais Elevada no remanescente da Massach dentro dele, que é Bechiná Guimel, e suscitou o nível de AA nele. E o resto das Reshimot na Massach, sobre as quais Zivug de Haka’á ainda não tinha sido feito, desceram junto com o nascimento de AA para o lugar de AA.

E quando AA foi completado, um Zivug foi feito nele sobre a Bechiná Mais Elevada no remanescente da Massach, que é Bechiná Bet, e suscitou o nível de AVI, etc., similarmente. Logo, todos os Partzufim emergem através de um Zivug de Haka’á da Luz Superior com a Massach.

67)         A segunda condição é que Kéter e Chochmá de cada inferior estão anexados a Biná e TM de seu Superior. Logo, quando o Superior é completado e ergue sua Biná e TM, Kéter e Chochmá do inferior sobem junto com eles para o lugar do Superior e são incluídos no Zivug do Superior. Logo, cada inferior recebe seu nível do Zivug do Rosh do Superior.

68)         A terceira condição é que ZA sobe a YESHSUT e completa e une as Luzes da direita e esquerda de YESHSUT. Não tivesse sido a ascensão de ZA por MAN, a direita e esquerda de YESHSUT não teriam sido capazes de brilhar. Segue-se que a ascensão de ZA a YESHSUT causou a suscitação das três linhas, direita, esquerda, e média, que são CHABAD de YESHSUT.

Há uma regra: o inferior é recompensado com a completa medida de Luz que ele causa sua iluminação no Superior. Assim, ZA recebe os mesmos Môchin de CHABAD de YESHSUT. Este é o significado de “Três emergem de um; um existe em três”. Logo, nós explicamos as três condições para o Zivug suscitar o  inferior.

69)         Em essência, o Zivug para suscitar o inferior surge do Zivug de Haka’á da Luz Superior na Massach, já que isto mede o nível do inferior. Todavia, isso requer um despertar de MAN do inferior, e este despertar é feito por Kéter e Chochmá do inferior, que estão anexadas a Biná e TM do Superior. Desta forma, ambos são requisitados para suscitar um Partzuf inferior.

Todavia, em ZA há uma questão adicional: sua Massach não estende Kelim de GAR, dado que ela é um Massach da Bechiná Álef. Logo, o Superior não pode dar-lhe Môchin de um Zivug da Massach na Luz Superior. Assim, a terceira condição é requisitada – de receber os Môchin ao induzir Môchin no seu Superior, como em “três emergem de um; um existe em três”.

 

TRÊS FASES NA SUSCITAÇÃO DAS DEZ  SEFIROT

70)         A primeira fase é nos primeiros Partzufim de AK, onde todas dez Sefirot emergiram de uma vez. No Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Dálet, das dez Sefirot do nível de Kéter emergiu. E no Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Guimel, dez Sefirot no nível de Chochmá emergiram. E no Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Bet, dez Sefirot no nível de Biná emergiram.

71)         A segunda fase é o mundo de Nekudim, que emergiu numa Massach de Bechiná Álef, conectado com a Malchut, e na qual dez Sefirot emergiram em dois tempos. Primeiro, Malchut subiu a Biná de SAG de AK. Então, quando a Massach de SAG se purificou na Bechiná Álef, chamada Nikvei Eynaim, Malchut subiu e uniu-se com Bechiná Álef, finalizando o grau em baixo de Chochmá, chamado Eynaim. Segue- se que apenas dois Kelim permaneceram no grau, Kéter e Chochmá, com duas Luzes, Ruach e Néfesh. E os três Kelim Biná e TM caíram do grau. Isto é chamado Katnut (pequenez) de Nekudim.

Na altura de Gadlut (grandeza, fase adulta), os três Kelim Biná e TM voltaram ao grau e os cincos Kelim KACHÁB TUM no grau foram completados com as cinco Luzes NARANCHAY. Logo, foi clarificado que no mundo de Nekudim, as dez Sefirot não emergiram de uma vez, como nos primeiros três Partzufim de AK, mas em vez disso emergiram em dois tempos — um tempo de Katnut e um tempo de Gadlut.

Durante a Katnut, apenas duas Sefirot emergiram, e durante a Gadlut, as três Sefirot remanescentes emergiram.

72)         A terceira fase é o mundo de Atzilut, no qual as dez Sefirot emergiram em três tempos, chamados Ibúr (concepção), Yeniká (amamentação), e Môchin. Isso é assim porque aqui a Hizdakchut da Massach no último grau foi adicionada ao mundo de Atzilut. Isto é porque a Massach foi purificada a partir da Bechiná Álef, chamada Nikvei Eynaim, em uma Massach com Aviut de Bechiná Shóresh, cuja Ohr Chozêr veste apenas o nível da Luz de Malchut no Kli de Kéter, chamado Metzach. Assim, esta Luz é chamada “MA que emerge da Metzach (testa)”. Isto é porque KACHÁB TUM de Rosh são chamados Galgálta, Eynaim, ACHAP, e Metzach é Galgálta.

Assim, as duas descidas de Malchut são requisitadas aqui:

  1. Um declínio da Metzach até Nikvei Eynaim, chamado Yeniká.
  2. Um declínio de Nikvei Eynaim até seu lugar no Pê. Isto é chamado Môchin.

Logo, o primeiro nível que emerge na Massach de Aviut Shóresh é chamado Ibúr. O segundo nível, emergindo na Massach depois da descida de Malchut até Bechiná Álef, é chamado Yeniká. E o terceiro nível, emergindo na Massach depois do declínio de Malchut até seu lugar, é chamado Môchin. Então, foi clarificado que no mundo de Atzilut, as dez Sefirot emergem em três tempos, chamados Ibúr, Yeniká, e Môchin.

 

IBÚR, YENIKÁ, MÔCHIN DE ACHOR E IBÚR, YENIKÁ, MÔCHIN DE PANIM

73)         Foi já explicado que o nível que emerge numa Massach com mera Aviut Shóresh  é chamado “o nível de Ibúr”. Este é o nível da Luz de Néfesh no Kli de Kéter. Em respeito às suas três linhas, ele é chamado “o nível de NEH”Y”. Todavia, há o nível de Ruach nele, também, chamado “o nível de CHAGAT”, exceto que ele é sem Kelim. Por esta razão, CHAGAT devem vestir-se em Kelim de NEH”Y, que é porque o nível de Ibúr é chamado “três dentro de três”, isto é CHAGAT dentro  de NEH”Y.

74)         O significado disso é que embora a Hizdakchut da Massach cause a perda da última Bechiná, para a qual os dez níveis estão um abaixo do outro, a última Bechiná não está inteiramente perdida, mas uma Reshimô de Hitlabshut dela permanece na Massach. Por exemplo, quando a Massach de Partzuf Kéter de AK foi purificada e subiu ao Pê de Rosh, ela foi incluída no Zivug lá, e suas Reshimot foram renovadas. Em respeito a Aviut na Massach, na qual o Zivug de Haka’á foi feito, apenas a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel permaneceu na Massach, dado que a última Bechiná, Bechiná Dálet, tinha sido perdida. Mas o Hitlabshut de Bechiná Dálet ainda permaneceu na Massach.

 

Segue-se que existem dois Bechinot Superiores na Massach que são dignos para Zivug:

  1. A Aviut de Bechiná Guimel, que detém a Luz Superior e recebe o Zivug de Haka’á, no qual o nível de Chochmá emerge.
  2. O Hitlabshut de Bechiná Dálet. Embora ele seja desajustado para Zivug de Haka’á, dado que ele não tem Aviut que detenha a expansão da Luz, quando ele é incluído e associado com Aviut de Bechiná Guimel, um Zivug de Haka’á é feito sobre ele, também, produzindo praticamente o nível de Kéter.

Estes dois níveis são chamados “macho” e “fêmea”. O nível que emergiu em Bechiná Dálet de Hitlabshut, associado com Bechiná Guimel de Aviut é chamado “macho”, e o nível que emergiu em apenas Bechiná Guimel de Aviut é chamado “fêmea”.

Similarmente, quando a Massach de Guf de Partzuf Chochmá de AK purificou- se e subiu a seu Pê de Rosh, duas Reshimot permaneceram nela – macho e fêmea. Isto  é porque a Reshimô de Bechiná Guimel de Hitlabshut, associada com a Bechiná Bet de Aviut, produz praticamente o nível de Chochmá. Isto é considerado o macho. E a Reshimô de Bechiná Bet de Aviut, a qual é a principal que recebe o Zivug de Haka’á, produz o nível de Biná. Isto é considerado uma fêmea.

Da mesma forma, há masculino e feminino no Hizdakchut da Massach de Guf de Partzuf Nekudim. O macho, ou seja, a Reshimô de Bechiná Álef de Hitlabshut que permaneceu na Massach, está associada à Bechiná Aviut de Shóresh quase ao nível da Bechiná Álef, significando o nível de ZA, que é o nível de Ruach, CHAGAT, e a fêmea

,que é a Aviut de Bechiná Shóresh, que recebe o Zivug de Haka’á, é ao nível da Luz de Néfesh, Malchut, que, na perspectiva das três linhas, é chamada  NEH”Y.

75)         Portanto, podemos discernir dois níveis, ao nível de Ibúr: o nível de CHAGAT e o nível de NEH”Y. O nível de CHAGAT, que é do sexo masculino, surge nas Reshimot de Bechiná Álef de Hitlabshut, que se juntaram com a Aviut de Shóresh. E o nível de NEH”Y, que é do sexo feminino, surge apenas no da Reshimô Aviut Shóresh.

E desde que a Reshimô de Hitlabshut é imprópria para receber um Zivug de Haka’á, exceto através da associação com Aviut Shóresh, o nível de CHAGAT não está em si próprio, mas deve vestir-se no interior do NEH”Y. Por esta razão, o nível de Ibúr, que é CHAGAT e NEH”Y juntos, é considerado “três em três”, isto é, dentro NEH”Y CHAGAT.

76)         E depois dos dois níveis CHAGAT dentro de NEH”Y emergirem no Hitkalelut do Zivug de Rosh do Superior, e isso foi reconhecido que eles são novos níveis, diferentes do Superior, este reconhecimento é considerado “nascimento”. Isto significa que foi reconhecido que um novo Partzuf nasceu aqui, diferente do Superior, e eles declinam e veste o Guf do Superior. Se eles são Partzufim de GAR, eles vestem o GAR de Guf, que são CHAGAT, e eles são Partzufim de VAK, eles vestem o VAK de Guf, que são TNEH”YM do Chazê para baixo.

Também, eles sugam a Luz do Partzuf Superior, uma sucção que contribui para a descida de Malchut da Metzach até à Nikvei Eynaim. Nessa altura, ela recebe Aviut de Bechiná Álef uma vez mais, que está conectado a Malchut, e isso foi nos Partzufim de Nekudim. Então o nível de CHAGAT adquire Bechinot Kelim, também, e eles não mais precisam dos Kelim de NEH”Y. É desta forma considerado que através de sucção, CHAGAT expandem e saem de NEH”Y. E então ele tem completo nível de Ruach.

Por exemplo, em Partzuf Atik de Atzilut, a Massach de Nekudim subiu primeiro

–             através de sua Hizdakchut – o Rosh de SAG de AK. E depois da última Bechinat (Bechiná de) Aviut nele ter sido perdida, a Massach permaneceu com Aviut de Bechiná Shóresh, chamado Metzach, e Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Álef. E então dois níveis, CHAGAT NEH”Y, emergiram nele, três dentro de três, dado que CHAGAT não tem Kelim.

Quando eles foram reconhecidos como um novo nível, foi considerado que eles tinham partido e nasceram e vieram a seu lugar, para vestir de Tabúr de AK para baixo. Dado que é Partzuf VAK, ele veste apenas VAK de Guf, e isto é chamado Partzuf Atik.

Posteriormente, através de Yeniká, que ele suga de SAG de AK, ele baixa a Massach de Metzach a Nikvei Eynaim. Seguindo-se os Kelim saíram para seus CHAGAT, também, expandido de dentro de NEH”Y. Logo, os dois Bechinot, chamados Ibúr e Yeniká, foram clarificados.

77)         Agora vamos explicar Partzuf Môchin. Após o Partzuf receber os dois Bechinot Ibúr e Yeniká, ora o MAN para o Criador e traz o CHUB do Criador para estar face a face. Então eles dão ao menor a iluminação que diminui a Malchut do Nikvei Eynaim para o seu próprio lugar – o Pê.

Naquela época, esses três Kelim, Biná e TM, que caíram por causa da subida Malchut a Biná volta ao seu grau anterior, e o Partzuf é completado com cincos Kelim KACHÁB TUM e cinco Luzes NARANCHAY. Isso é chamado Partzuf Môchin, uma vez que as três primeiras Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá são chamadas  Môchin.

Por exemplo, após Atik receber as duas Bechinot Ibúr e Yeniká completas, que são os níveis de Ruach e Néfesh, ele sobe de volta para o Rosh de SAG para o MAN, e retornam Chochmá e Biná para ficar face a face. E desde que Biná na Partzuf Chochmá de AK não é misturada com Malchut, quando Atik recebe a sua iluminação abaixa  sua Malchut de Biná, também. Naquela época, ele levanta os três Kelim Biná e TM, que caíram pela mistura de Malchut em Biná, em seu próprio grau, e agora tem KACHÁB TUM de Kelim, em que as luzes NARANCHAY podem se vestir.

78)         E quando Môchin surge pela primeira vez, ele faz uma divisão entre a direita e a esquerda. Isso ocorre porque a linha de esquerda, que leva a iluminação de Chochmá, deseja cancelar a linha da direita, que carrega a Luz de Chassadim. Devido a esta falha e Bitush (bater) da esquerda e direita, que ocorrem nessa Môchin, eles são chamados Môchin de Achor. Assim, os três Bechinot Ibúr, Yeniká e Môchin de Achor foram esclarecidos.

79)         Esta Bitush da esquerda e direita causa o Partzuf a voltar a erguer MAN ao Superior. Isto é porque a iluminação da esquerda, que é iluminação de Chochmá, golpeia e purifica todo a Aviut no Partzuf até que a Massach se torna tão puro como ele era quando ele primeiro subiu à Rosh do Superior. Isto significa que apenas Aviut Shóresh e Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Álef permaneceram nele. E através desta equivalência, ele adere à Rosh do Superior.

Assim que ele é incorporado no Zivug de Rosh do Superior, ele recebe um Zivug de Haka’á da Luz Superior uma vez mais, sobre a Aviut de Bechiná Shóresh e Bechiná Álef de Hitlabshut que foram renovadas na Massach. Isto suscita o nível de  três dentro de três nele uma vez mais, isto é o nível de CHAGAT, vestido no nível  de NEH”Y, chamado “o nível de Ibúr”. Logo nós explicamos que o Bitush da esquerda e a direita que ocorreu em Môchin de Achor causou o Partzuf a voltar ao Superior e receber uma nova Bechiná de Ibúr do Superior.

80)         E assim que ele recebeu a nova Bechiná Ibúr, ele partiu do Rosh do Superior uma vez mais e vestiu o Guf do Superior. E através deste revestimento, ele sugou as Luzes do Superior uma vez mais.

Estas Luzes de Yeniká baixaram a Aviut de Shóresh em Aviut de Bechiná Álef. Elas baixaram a Malchut da Metzach ao lugar de Nikvei Eynaim, momento em que um completo nível da Bechiná Álef surgiu na Massach. Isto é considerado como a Hitpashtut (expansão) de CHAGAT de dentro das NEH”Y. Segue-se que ele obteve uma nova Bechiná de Yeniká, que está no nível de Ruach.

81)         E depois de ele ter obtido novos Ibúr e Yeniká, ele eleva-se por MAN até ao Superior uma vez mais, e esta ascensão é por si mesmo, dado que ao abandonar sua raiz anexada a Biná e TM do Superior (Item 67), ele pode agora voltar lá quando quer que ele necessite. Ele une os CHUB que estão lá face a face, e eles dão sobre ele a iluminação que baixa a Malchut de Nikvei Eynaim até seu lugar. Nessa altura, Biná   e TM sobem e unem-se nele como antes, e ele obtém KACHÁB TUM de Kelim e NARANCHAY de Luzes.

Para prevenir fenda de direita e esquerda de voltar a despertar, a linha do meio sobe de baixo e une a direita e a esquerda para que elas brilhem juntas: a Chochmá na esquerda irá vestir na Chassadim na direita, e a Chassadim na direita será integrada na Chochmá na esquerda (Item 37). Então os Môchin brilham na sua mais completa perfeição, e eles são chamados Môchin de Panim. Assim nós explicamos como devido à Bitush da esquerda e direita nos Môchin de Achor, os três Bechinot Ibúr, Yeniká, e Môchin de Panim ressurgiram.

82)         Assim, um Partzuf é completo apenas depois de ele receber Ibúr, Yeniká, e Môchin de Achor e Ibúr, Yeniká, e Môchin de Panim. Devido à Hizdakchut da Massach que foi acrescentada em Atzilut ao grau de Aviut de Bechiná Shóresh, os Partzufim de Atzilut não serão capazes de receber suas dez Sefirot, exceto após três vezes consecutivas, chamadas Ibúr, Yeniká, Môchin. E dado que na primeira suscitação dos Môchin houve a Bitush da direita e esquerda, até que a esquerda purificasse toda a Aviut na Massach, todas as Luzes, Ibúr, Yeniká, e Môchin que tinha recebido partiram.

Isto é assim porque quando a Aviut na Massach é cancelada, o Zivug é cancelado e as Luzes partem. O Partzuf retorna à Rosh do Superior, recebendo novas três dentro de três. Então ele nasce e recebe uma nova Yeniká, que baixa a Malchut  de Metzach aos Eynaim, os CHAGAT saem das NEH”Y, e ele recebe o nível de Ruach uma vez mais. A seguir, ele eleva-se por MAN e recebe Neshamá, Chaiá, Yechidá uma vez mais, nas quais há já a linha do meio, que une a direita e a esquerda uma com a outra. Isto é chamado Môchin de Panim, e eles podem brilhar e persistir. Logo, antes dos Môchin serem obtidos pela segunda vez, eles não  podem persistir.

 

PANIM E ACHOR (FACE-A-COSTAS), E PANIM BE PANIM (FACE-A-FACE)

83)         Até quando o Partzuf já tinha recebido as Môchin de Panim, a Chochmá e Biná lá estão ainda num estado de Panim e Achor. Isto significa que apenas Chochmá recebe as Môchin de Panim. Mas Biná está sempre num estado de deleitar em misericórdia e quer Chassadim e Chochmá; logo, é considerado que suas Achoráim estão direcionadas à Chochmá, e ela não quer receber as Môchin de Panim dela.

Chochmá e Biná estão nesse estado de Panim e Achor até que ZA sobe até elas por MAN. Também, há uma conexão entre Biná de Ohr Yashár, concedendo iluminação de Chochmá a ZA de Ohr Yashár. Assim, quando ZA sobe por MAN a Biná, Biná imediatamente vira sua Panim de volta a Chochmá para receber as Môchin de Panim dela — que são Môchin de iluminação de Chochmá — para ZA, como ela faz nos cinco Bechinot de Ohr Yashár. Então é discernido que Chochmá está já Panim be Panim com Biná.

 

QUEM MEDE O NÍVEL EM ATZILUT?

84)         E nós devemos perguntar isto: “A Massach de Atzilut tem apenas Bechiná Shóresh de Aviut, chamadas Metzach, tendo apenas o nível de Ohr Néfesh. Logo, quem causou o surgimento dos cinco Partzufim em Atzilut, Atik, AA, AVI, e ZON, onde Atik está no nível de Yechidá, AA — o nível de Chaiá, AVI — o nível de Neshamá, e ZON —o nível de Ruach?” Esta pergunta aplica-se também ao mundo de Nekudim, dado que apenas Aviut de Bechiná Álef permaneceu na Massach, chamada Nikvei Eynaim. Logo, como puderam cinco Partzufim surgir em Nekudim?

85)         A coisa é que essa Bechiná Dálet, também, estava conectada na Massach  de Nekudim e na Massach de Atzilut pela força de Malchut que subiu a Nekudot de SAG de AK. E não tivesse Bechiná Dálet sido associada na Massach neles, nenhum Partzuf teria sido capaz de surgir nessa Massach. Isto é porque até a Aviut de Bechiná Álef em Nekudim é considerado como “fina Histaklut” (parecido), do qual o Zivug de Haka’á não produz qualquer Partzuf. É tanto o quanto mais na Aviut de Metzach em Atzilut: ele é indigno de um Zivug de Haka’á para a suscitação de um  Partzuf.

Mas dado que Bechiná Dálet conjugada com suas telas, elas se tornaram dignas de Zivug de Haka’á. Agora nós podemos perguntar, “Nesse caso, o nível de Kéter devia ter surgido na Massach, dado que Bechiná Dálet está anexada a Massach!”

86)         A resposta é que essa Bechiná Dálet não produz o nível de Kéter, exceto quando ela está no lugar de Malchut. Nessa altura, o Ohr Chozêr que sobe do Zivug  de Haka’á nela veste os cinco Kelim KACHÁB TUM sobre as cinco Luzes NARANCHAY. Mas se Bechiná Dálet se encontra no lugar de ZA, onde estão apenas quatros Kelim KACHÁB Tiféret, o Ohr Chozêr atrai apenas quatro Luzes NRNH nos quatros Kelim KACHÁB e Tiféret.

E se Bechiná Dálet se encontra no lugar de Biná, onde estão apenas três Kelim KACHÁB, o Ohr Chozêr atrai apenas três Luzes NARAN. E se Bechiná Dálet se encontra no lugar do Kli de Chochmá, onde estão apenas dois Kelim — Kéter e Chochmá — seu Ohr Chozêr atrai apenas duas Luzes, Néfesh Ruach.

Isto é o que aconteceu em Nekudim, onde o Zivug foi feito na Nikvei Eynaim, que é o Kli de Chochmá. Assim, apenas o nível de Néfesh Ruach surgiu em Katnut.

E se Bechiná Dálet se encontra no lugar de Kéter, onde há senão um Kli, seu Ohr Chozêr atrai apenas uma Luz: Néfesh. Isto é o que aconteceu em Atzilut — apenas o nível de Néfesh surgiu na Ibúr, dado que o Zivug foi feito no lugar da Metzach, que  é o Kli de Kéter.

Todavia, após a iluminação de Yeniká, que Bechiná Dálet rejeitou para o lugar de Bechiná Álef, chamado Nikvei Eynaim, o nível de Ruach surgiu. Mas então, através da iluminação de CHUB Panim be Panim do Superior, que baixou Bechiná Dálet a seu lugar em Malchut, que eleva as caídas Biná e TM a seu grau, existem cincos Kelim KACHÁB TUM lá uma vez mais. Nessa altura, Bechiná Dálet suscita o nível de Kéter na Luz de Yechidá, e este é o nível de Atik de Atzilut.

87)         Agora nós precisamos explicar como o resto dos Partzufim abaixo de Atik saíram. No principio, depois da quebra dos recipientes, Massach de Nekudim subiu o Rosh de SAG. Ela foi purificada de todos os cinco Bechinot Aviut que surgiram nela em cinco Partzufim, até que ela se equalizou com a Massach de Rosh de SAG. Todavia, as Reshimot da Aviut dos cinco Partzufim que surgiram nela permaneceram nela, exceto a última Bechiná, que foi perdida, como está escrito sobre todos os Partzufim. Logo, quando ela foi incluída no Zivug da Massach de Rosh de SAG, a Aviut de todos os cinco Partzufim foi renovada na Massach de Nekudim, e um Zivug de Haka’á surgiu na Aviut na Massach.

Contudo, nem todos os Bechinot na Aviut participaram no Zivug de Haka’á, mas apenas sua Bechiná Mais Elevada, que é Aviut de Metzach, conectada a Bechiná Dálet. E através dos três Bechinot Ibúr, Yeniká, e Môchin, suas dez Sefirot foram completadas no nível de Kéter.

As outras Reshimot, do resto dos Partzufim de Nekudim que estavam na Massach, não receberam alguma coisa deste Zivug no Rosh de SAG, dado que elas estão abaixo do nível de Kéter; assim, elas são desperdício comparado com seu valor. Por esta razão, no surgimento de Atik do Rosh de SAG, todas as Reshimot do resto dos Partzufim que não estavam incluídas no seu Zivug desceram com  ele.

E depois de Atik ter sido completado em Ibúr, Yeniká, Môchin de Panim, a Luz Superior brilhou na Bechiná Mais Elevada a partir das Reshimot que permaneceram nele, que é Aviut de Bechiná Guimel. E através das três Bechinot, Ibúr, Yeniká, e Môchin, dez Sefirot no nível de Chochmá surgiram. Isto é Partzuf  AA.

É o mesmo aqui; todas as Reshimot de Aviut que são menos que Aviut de Bechiná Guimel são desperdício comparados ao valor do Zivug no nível de Bechiná Guimel que surgiu no Rosh de Atik. Assim, quando AA nasceu e abandonou Rosh de Atik para seu lugar, todos essas Reshimot foram atraídos para seu lugar juntamente com isso.

E depois de AA ter obtido todas as três Bechinot Ibúr, Yeniká, Môchin em completude, a Luz Superior brilhou na Bechiná Mais Elevada que permaneceu nessas Reshimot, que é Aviut de Bechiná Bet. Então, através das três Bechinot Ibúr, Yeniká, Môchin, dez Sefirot no nível de Biná surgiram nele. Este é Partzuf AVI, e o resto dos Partzufim surgiram similarmente. Assim nós explicamos como os Partzufim de Atzilut surgiram um a partir do outro.

 

DOIS ESTADOS EM MALCHUT

88)         Malchut é a Nukvá de ZA. Sua raiz começa em Malchut de Tzimtzum Bet, que terminou nas sete Sefirot de Katnut de ZA de Nekudim. E ela é um grau separado de ZA, dado que ZA inclui CHAGAT NEH”Y de Nekudim, e o grau abaixo dela é Malchut, que finaliza os Nekudim. Assim, esta Malchut é considerada uma Nukvá separada de ZA e um grau mais baixo que ZA.

E há também Bechiná Nukvá no Guf de ZA, dado que o lado esquerdo de ZA é considerado sua Nukvá. Todavia, esta Nukvá é considerada o próprio Guf (corpo) de ZA, dado que ZA é a linha do meio, que recebe das duas linhas, esquerda e direita, de Biná. A direita nele recebe da linha direita de Biná, que é Ohr Chassadim, considerada o lado masculino nela, e o lado esquerdo nele recebe da linha esquerda de Biná, que é Ohr Chochmá, considerada o lado Nukvá nela. Todavia, ambos são um grau, incluídos um no outro.

É sabido que no princípio, o sol e a lua, que são os separados Nukvá e ZA, eram considerados as duas grandes luzes. O nível Nukvá era igual ao de ZA, e ela era tão grande como ele. Mas então a lua – a Nukvá que é separada de ZA – queixou-se   e disse, “Dois reis não podem usar a mesma Kéter (coroa)”. Então foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a si mesma”. Assim ela tornou-se a pequena luz.

Então, você acha dois estados aqui em Nukvá:

  • No primeiro estado, ela estava com ZA, no estado das duas grandes luzes, igual a ZA;
  • O segundo estado é depois da Nukvá ser diminuída e se tornou a pequena luz.

Explicação: No principio da correção da separada Nukvá de ZA, o Emanador conectou-a com a Nukvá no Guf de ZA, que é o lado esquerdo nele, e as duas se tornaram uma Nukvá para ZA. Quando Môchin da direita e esquerda foram atraídos para elas de Biná, ZA, que é a direita nela, tomou as Luzes da direita de Biná, e a Nukvá separada tomou as Luzes da linha esquerda de Biná, como a Nukvá no Guf de ZA, dado que ela foi juntada em uma única Nukvá com ela.

E você já sabe que as Luzes da linha direita de Biná são Chassadim, e as Luzes da linha esquerda de Biná são Chochmá. Segue-se que agora ZA recebeu as Chassadim da direita de Biná sem Chochmá, e a Nukvá separada recebeu a Chochmá da esquerda de Biná sem Chassadim, e é sabido que Chochmá não pode brilhar sem Chassadim.  Por esta razão, a Chochmá congelou nela e ela tornou-se escuridão e não Luz.

Este é o significado da queixa da lua, dizendo que dois reis não podem usar  a mesma Kéter. Isto é porque quando eles ambos usam a mesma Kéter, que é Biná, considerada sua Kéter, ZA se torna Chassadim sem Chochmá, e a Nukvá se torna Chochmá sem Chassadim, que é escuridão, e ela não conseguiu tolerar esse estado.

Nós podemos perguntar, “Mas antes da Nukvá separada se juntar com a Nukvá no seu Guf, a direita nela, que é o macho, recebeu Chassadim, e a esquerda nela, que é a Nukvá no seu Guf recebeu Chochmá; todavia, a Nukvá no seu Guf podia tolerá-lo e não era escuridão!” A coisa é que a Nukvá no seu Guf é o próprio ser de ZA. Assim, a Chochmá nela não está separada da Chassadim em ZA. Mas isto não é assim com a Nukvá separada, que é verdadeiramente um grau diferente de ZA. Mas porque ela se juntou com a Nukvá no seu Guf, ela recebeu a Chochmá da esquerda   de Biná como ela. Assim, após ela ter recebido a Chochmá dentro dela, a Chochmá foi separada da Chassadim, dado que ela não tinha conexão com a Chassadim de ZA.

Logo, nós cuidadosamente explicamos o primeiro estado da Nukvá separada. Para ser capaz de brilhar para os inferiores, foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a ti mesma”, isto é diminui-te desse grande grau de ser igual com o grau de ZA e receber de Biná. Em vez disso, ela deve descer abaixo de Yessód de ZA, como ela estava na sua raiz: abaixo do inteiro grau de ZA, e receber todas as suas Luzes de  ZA.

E dado que ela recebe suas Luzes de ZA, que é a linha do meio, a Chochmá que ele lhe dá a ela está integrada com Chassadim e ela pode brilhar. Este é o segundo estado da Nukvá separada. O que ela recebeu no primeiro estado é considerado como Néfesh, Ruach, Neshamá de Achor, isto é elas não brilham. E o que ela recebe no segundo estado é considerado como Néfesh, Ruach, Neshamá de Panim, isto é que elas brilham em completude (O Zohar, Bereshit 1, Itens 111-116; Idra Raba, Item 323-325).

Existem méritos ao seu primeiro estado, desde então seu Mais Alto nível era Biná e ela podia receber Chochmá dela, e ela não precisou de receber de ZA. Todavia, ela não podia brilhar para os inferiores, devido à ausência de Chassadim. Por esta razão, é considerada Achoráim.

Mas no segundo estado, depois de ela ser diminuída sob a Massach de Yessód de ZA, ela não era mais digna de receber Chochmá, dado que a Massach de Yessód ZA   a detia. Assim, ela teve de receber Chochmá em Kelim de Achoráim, que permaneceram nela do primeiro estado. Mas existem mais méritos ao segundo estado que ao primeiro estado, dado que ela podia brilhar ambas Chochmá e Chassadim para os inferiores, ao passo que no primeiro estado, ela não podia brilhar aos inferiores.

29 Nota do tradutor: estes nomes estão em Aramaico. Kitra é a Sefirá Kéter, e Chochmá Stimaa significa  Chochmá bloqueada.

30 Nota do tradutor: na Gematria, o valor numérico de Tzadik é 90.

31 Nota do tradutor: Na Cabalá, Zakut se refere ao poder da Massach, ao invés do significado tradiconal da palavra: pureza.

PREFÁCIO À SABEDORIA DA CABALÁ

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Durante o estudo, é recomendado examinar os desenhos que estão no fim do capítulo, HaIlan

O PENSAMENTO DA CRIAÇÃO E AS QUATRO FASES DA LUZ DIRETA

1)            Rabi Chanania filho de Akashia diz: “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot (mandamentos), como está escrito, ‘O Senhor estava contente, pelo bem da Sua retidão’, para fazer o ensinamento grande  e glorioso” (Makot, 23b). É sabido que “merecer” (Zechut) é derivado da palavra “purificar” (Hizdak’chut). É como os nossos sábios disseram, “As Mitzvot foram dadas somente para a purificação de Israel” (Bereshit Raba, Parasha 44). Nós precisamos entender esta purificação que alcançamos através da Torá e Mitzvot, e qual é a Aviut (espessura, grossura, o desejo de receber) que está dentro de nós, que devemos purificar usando a Torá e Mitzvot.

Uma vez que nós já discutimos isto em meu livro “Panim Masbirot” e no Estudo das Dez Sefirot, eu resumidamente reiterarei aqui: O Pensamento da Criação era deleitar as criaturas, de acordo com a Sua abundante generosidade. Por esta razão, foi impresso nas almas um grande desejo e anseio em receber Sua Shefá (Abundância).

Isto é assim porque o desejo de receber é o Kli (vaso) para a medida do prazer na Shefá. De acordo com a medida e força do desejo de receber a Shefá, assim é a medida correspondente do prazer e deleite na Shefá, nem mais e nem menos. E eles estão tão intimamente conectados, que nós não os diferenciamos exceto no que eles se relacionam: o prazer está relacionado à Shefá, e o grande desejo de receber a Shefá está relacionado à criatura que a recebe.

Estes dois necessariamente se estendem do Criador, e necessariamente vieram no Pensamento da Criação. Entretanto, nós diferenciamos entre eles naquela Shefá que vem da Sua Essência, estendendo existência a partir da existência, enquanto que o desejo de receber incluído ali é a raiz das criaturas. Isto significa que é a raiz de algo recém criado, isto é, surgido da existência a partir da ausência, uma vez que certamente não existe a forma do desejo de receber em Sua Essência.

Portanto, nós podemos dizer que este desejo de receber mencionado acima   é toda a substância da Criação do início ao fim. Isto é, a medida que todos os incontáveis tipos de criaturas, todas as incontáveis instâncias e todas as suas condutas que apareceram e que aparecerão, são nada além de medidas e várias denominações do desejo de receber. E tudo o que existe nas criaturas, ou seja, tudo o que é recebido no desejo de receber impresso em sua natureza, estende de Sua Essência existência a partir da existência. Não é de forma alguma uma nova criação, pois não é nada novo. Pelo contrário, se estende de Sua Eternidade existência a partir da existência.

2)            E de acordo com o que foi dito, o desejo de receber está inatamente incluído no Pensamento da Criação com todas as suas inumeráveis denominações, juntamente com a grande Shefá que Ele pensou deleitar e transmitir a elas. E saiba que este é o segredo do Ohr (Luz) e Kli que nós discernimos nos Mundos Superiores. Eles vêm necessariamente conectados uns aos outros e descem cascateando juntos degrau por degrau. E a medida a qual os degraus descem da Luz de Sua Face, e se distanciam dEle, é a medida correspondente da materialização do desejo de receber contido na Shefá.

Nós poderíamos também declarar o oposto: que de acordo com a medida em que o desejo de receber incluído na Shefá se materializa, ele desce degrau por degrau, como será explicado. Os níveis descem até o mais baixo de todos os lugares, onde o desejo de receber se torna completamente materializado. Este lugar é chamado “o mundo de Assiá”, o desejo de receber é considerado “o corpo humano”, e a Shefá que é recebida é considerada a medida de “vitalidade naquele  corpo”.

Isto é similar em outras criaturas neste mundo, de forma que a única diferenciação que existe entre os Mundos Superiores e este mundo é que enquanto

o desejo de receber incluído em Sua Shefá não for materializado completamente, ele é considerado como estando nos mundos espirituais, Acima deste mundo. E uma vez que o desejo de receber se materializou totalmente, ele é considerado como estando neste mundo.

3)            A ordem do cascateamento mencionada acima, que leva o desejo de receber à sua forma final neste mundo, segue a sequência dos quatro discernimentos que existe no nome de quatro letras, HaVaYaH. Isto é porque as quatro letras, HaVaYaH (Yud, Hey, Vav, Hey), no Seu Nome contém toda a realidade, sem qualquer aspecto da realidade ser deixada fora dele.

No geral, elas são descritas nas dez Sefirot, Chochmá, Biná, Tiféret, Malchut e sua Shóresh (Raiz). Elas são dez Sefirot porque a Sefirá Tiféret contém seis Sefirot internas chamadas CHAGAT NEH”Y (Chéssed–Gvurá–Tiféret   Netzach–Hod–Yessód),  e a Raiz, chamada Kéter. Mas em sua essência, elas são chamadas CHÁB TUM (Chochmá–Biná   Tiféret–Malchut). Lembre-se disto.

E eles são quatro mundos, chamados: Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. E o mundo de Assiá contém “este mundo” dentro de si. Portanto, não existe criatura neste mundo, que não tenha sido feita nova do mundo de Ein Sóf, no Pensamento da Criação, que é deleitar Suas criaturas, como dissemos anteriormente. Assim, está inatamente composto de Luz e Kli, ou seja, uma certa medida da Shefá com o desejo de receber esta Shefá.

A medida da Shefá se estende da Sua Essência – existência a partir da existência, e o desejo de receber esta Shefá é novo – existência a partir da ausência, como dissemos anteriormente.

Mas para que est desejo de receber adquira sua forma final, ele precisa cair em cascata junto com a Shefá dentro de si através dos quatro mundos – Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. Então a criatura é completada em Luz e Kli, chamado Guf (corpo), e   a “Luz da Vida” dentro de si.

4)            A razão pela qual o desejo de receber precisa cair em cascata pelos quatro discernimentos mencionados acima em ABYA (Atzilut, Briá, Yetzirá, Assiá) é que existe uma grande regra no que diz respeito aos Kelim (plural de Kli): a expansão da Luz e sua partida torna o Kli apto para sua tarefa. Explicação: Enquanto o Kli não tenha sido uma vez separado de sua Luz, ele está incluído na Luz e é anulado dentro dela tal como uma vela frente a uma tocha.

E a ideia desta nulificação é que eles são completamente opostos um do outro, de um extremo ao outro. Isto é assim porque a Luz é a Shefá que se estende  de Sua Essência existência a partir da existência. Da perspectiva do Pensamento da Criação em Ein Sóf, tudo é em direção à doação e não existe nenhum traço do desejo de receber nele. Seu oposto é o Kli, que é o grande desejo de receber esta Shefá, que  é a raiz da nova criatura, na qual não existe qualquer aspecto de doação.

Portanto, quando eles são unidos juntos, o desejo de receber é anulado na Luz dentro dele, e ele é incapaz de determinar sua forma até que a Luz tenha partido dali uma vez. Isto é assim porque seguindo a partida da Luz dele, este começa a suplicar por ela, e esta súplica define e delineia a forma do desejo de receber como convém. Subsequentemente, quando a Luz retorna e é vestida no desejo de receber, eles são considerados agora como dois aspectos separados: Kli e Luz, ou Guf e Vida. E observe isto atentamente, porque isto é muito  profundo.

5)            E portanto, nós precisamos dos quatro discernimentos que estão no nome HaVaYaH, chamados Chochmá, Biná, Tiféret e Malchut. Bechiná Álef (Fase Um), chamada Chochmá, inclui a totalidade do ser emanado, Luz e Kli. Isto é porque o grande desejo de receber está nela com toda a Luz, chamada Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) ou Ohr Chaiá (Luz da Vida), pois ela é toda a Chayim (Vida) no ser emanado, vestida em seu Kli. Entretanto esta Bechiná Álef é considerada completamente Luz e o Kli nela é quase imperceptível, já que está misturado com a Luz e anulado nela tal como uma vela frente a uma tocha.

A seguir, vem Bechiná Bet (Fase Dois), pois em seu estágio final, o Kli de Chochmá prevalece em Similaridade de Forma com a Luz Superior dentro de si. Isso significa que é despertado um desejo de doar ao Emanador, de acordo com a natureza da Luz dentro de si – inteiramente para doar.

Assim, usando este desejo, que foi despertado nela, uma nova Luz se estende para ela do Emanador, chamada Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Como resultado, ela se tornou quase totalmente separada da Ohr Chochmá dada a ela pelo Emanador, isto é porque o Ohr Chochmá só pode ser recebida em seu próprio Kli – que é o grande desejo de receber em toda sua medida, como discutido acima.

Desta maneira, a Luz e o Kli na Bechiná Bet são completamente diferentes daqueles em Bechiná Álef, uma vez que nela o Kli é o desejo de compartilhar e a Luz dentro dele é considerada Ohr Chassadim, uma Luz que se origina da Dvekút (adesão) do emanado no Emanador, pois o desejo de compartilhar induz sua Similaridade de Forma com o Emanador e na espiritualidade Similaridade de Forma é Dvekút, como será explicado posteriormente.

A seguir vem Bechiná Guimel (Fase Três). Isto é porque após a diminuição da Luz dentro do ser emanado em Ohr Chassadim sem nenhuma Chochmá, embora  se saiba que Ohr Chochmá é a essência do ser emanado, portanto Bechiná Bet em seu estágio final é despertada e atrai dentro de si mesma uma medida de Ohr Chochmá, para brilhar em seu Ohr Chassadim. Este despertar reacendeu certa medida do desejo de receber, que forma um novo Kli chamado Bechiná Guimel ou Tiféret. E a Luz nele  é chamada “Luz de Chassadim com iluminação de Chochmá” uma vez que a maior parte daquela Luz é Ohr Chassadim e, sua menor parte é Ohr  Chochmá.

A seguir, vem Bechiná Dálet (Fase Quatro), uma vez que o Kli de Bechiná Guimel também despertou em seu estágio final para atrair Ohr Chochmá em completa medida, tal como ocorreu em Bechiná Álef. Assim, este despertar é considerado “anseio” na medida do desejo de receber que estava em Bechiná Álef e, o superando, pois agora ela já se separou daquela Luz, pois o Ohr Chochmá não é vestido nele e ele anseia por ele. Portanto, a forma do desejo de receber foi inteiramente determinada, uma vez que o Kli é determinado seguindo a expansão da Luz e sua partida dali. Mais tarde, quando ela retorna e recebe novamente a Luz, vemos que o Kli precede a Luz. Portanto, esta Bechiná Dálet é considerada a conclusão do Kli e é chamada de Malchut.

6)            Estes quatro discernimentos mencionados acima são as dez Sefirot, discernidas em cada emanação e em cada criatura, num todo, que são quatro mundos e, até mesmo na menor parte na realidade. Bechiná Álef é chamada Chochmá ou “o mundo de Atzilut”; Bechiná Bet é chamada Biná ou “o mundo de Briá”; Bechiná Guimel é chamada Tiféret ou “o mundo de Yetzirá” e Bechiná Dálet é chamada Malchut ou “o mundo de Assiá”. E vamos explicar os quatro discernimentos aplicados em cada alma:

Quando a Neshamá (Alma) é estendida de Ein Sóf e vai para o mundo de Atzilut, ela é Bechiná Álef da Alma. Todavia, lá ela ainda não é discernida por esse nome, uma vez que o nome Neshamá (alma) implica que existe alguma diferença entre ela e o Emanador e que através desta diferença, ela partiu de Ein Sóf e revela sua própria vontade.

E enquanto ela não tem uma forma de um Kli, não há nada que a separe de Sua Essência, a ponto de merecer ser chamada pelo próprio nome. E você já sabe que Bechiná Álef do Kli não é considerada de modo algum um Kli e, é totalmente anulada na Luz. E este é o significado do que foi dito sobre o mundo de Atzilut, que é completa Divindade, no segredo de “Hu (Ele), Suas Chayohi (Emanações Vivificantes) e Seus Garmohi (Órgãos) são Um” 25. Até mesmo as almas de todas as criaturas viventes, enquanto atravessam o mundo de Atzilut, ainda são consideradas ligadas à Sua Essência.

7)            E no mundo de Briá está governando agora a Bechiná Bet mencionada acima, ou seja, o aspecto do Kli do desejo de compartilhar. Por conseguinte, quando a alma desce em cascata ao mundo de Briá e adquire o aspecto do Kli que existe ali, ela é diferenciada com o nome Neshamá (alma). Isto significa que ela já saiu e se separou da Sua Essência e merece seu próprio nome – Neshamá. Porém, este é um Kli muito puro e fino, uma vez que ele está em Similaridade de Forma com o Emanador. Por isso, ele é considerado completamente  espiritual.

8)            E no mundo de Yetzirá está governando agora a Bechiná Guimel mencionada acima, contendo uma pequena quantidade da forma do desejo de receber. Portanto, quando a alma cai em cascata para o mundo de Yetzirá e adquire aquele Kli, ela sai do aspecto espiritual de Neshamá e é então chamada Ruach. Isto é porque aqui seu Kli já está misturado com um pouco de Aviut, ou seja, uma pequena quantidade do desejo de receber nele. Todavia, ela ainda é considerada espiritual, por que essa medida de Aviut é insuficiente para separá-la completamente de Sua Essência e merecer o nome “corpo”, que se mantém por si  próprio.

9)            E no mundo de Assiá está governando agora a Bechiná Dálet, que é o Kli completo do grande desejo de receber, como mencionado acima. Assim, lá é atingido um corpo completamente separado e distinto de Sua Essência, que se mantém por si próprio. A Luz nele é chamada Néfesh (da palavra Hebraica “descanso”), indicando que a Luz está imóvel em si mesma. E saiba que não há um pequeno detalhe da realidade que não contenha toda ABYA.

10)         Assim descobrimos como esta Néfesh, que é a Luz da Vida vestida no corpo, se estende de Sua Própria Essência, existência a partir da existência. E conforme atravessa os quatro mundos ABYA, ela se torna cada vez mais distante da Luz de Sua Face, até que chega ao seu Kli designado, chamado Guf (corpo). Então é considerado que o Kli completou sua forma desejável.

E até mesmo se a Luz dentro dele diminuísse tanto, ao ponto que não há mais consciência da sua raiz de origem, através da aplicação em Torá e Mitzvot com   a intenção de dar contentamento ao Criador, a  pessoa gradualmente purifica  seu Kli, chamado Guf, até que ele se torne merecedor de receber a grande Shefá, em toda a medida incluída no Pensamento da Criação no tempo em que foi criado. E isto é  o que Rabi Chanania diz “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot”.

11)         E com isso você pode entender a verdadeira barreira para diferenciar entre espiritualidade e corporeidade: Quando há um desejo de receber completo,  em todos os seus aspectos, que é Bechiná Dálet, ele é chamado “corpóreo”. E isto é encontrado em todos os elementos da realidade que vemos diante de nossos olhos neste mundo. Enquanto ele estiver acima da medida deste grande desejo de receber, ele é chamado pelo nome “espiritualidade”, que são os mundos de ABYA – Acima deste mundo – e toda a realidade dentro deles.

E com isto entenda que todo o conceito de subidas e descidas descrito nos Mundos Superiores, não está relacionada a um lugar imaginário, Deus proíba, mas apenas aos quatro discernimentos no desejo de receber. Pois aquilo que está mais distante de Bechiná Dálet é considerado ser mais Elevado. Reciprocamente, aquilo que está mais próximo de Bechiná Dálet, é considerado mais  inferior.

12)         O ponto central e a totalidade da Criação são nada além do desejo de receber. O que está além disto, não está na categoria da Criação, mas estende-se de Sua Essência através da existência a partir da existência. Portanto, por que discernimos este desejo de receber como Aviut (espesso) e túrbido e, somos ordenados a purificá-lo através da Torá e Mitzvot, ao ponto que sem isto, não atingiremos a meta sublime do Pensamento da Criação?

13)         E a razão é que, assim como os objetos corpóreos são separados um do outro pela distância física, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. Isto também pode ser encontrado em nosso mundo. Por exemplo: Quando duas pessoas compartilham os mesmos pontos de vista, elas amam uma a outra, e a distância física não causa efeito sobre elas quando elas estão distantes uma da outra.

Por outro lado, quando suas opiniões são distantes, elas se odeiam uma a outra e, a proximidade física não as trará mais próximas. Portanto, a Diferença de Forma em suas opiniões as distancia uma da outra e a proximidade de forma em  suas opiniões as aproxima. E se, por exemplo, a natureza de uma delas está em todos os aspectos da natureza oposta da outra, então elas estão tão distantes uma da outra como o Leste do Oeste.

E desta forma compreenda que na espiritualidade, todos as questões de distância e proximidade, Zivug (acoplamento) e Yichud (unificação) que é discernido nelas, são nada além de medidas de Diferença de Forma. Elas se distanciam uma da outra conforme suas medidas de Diferença de Forma e se tornam ligadas uma a outra conforme sua medida de Similaridade de Forma.

E com isto entenda que embora o desejo de receber seja um princípio intrínseco na criatura, pois ele é toda a essência da Criação dentro da criatura, e é o Kli apropriado para recepção da meta que está no Pensamento da Criação, no entanto, isto separa completamente a criatura do Emanador. Isto é assim, porque existe a Diferença de Forma no ponto de oposição entre ela mesma e o Emanador. Isto, porque há uma Diferença de Forma entre a criatura e o Emanador ao nível de serem opostos, pois o Emanador é completa doação sem nenhuma centelha de recepção e, a criatura é completa recepção sem nenhuma centelha de doação. Portanto, não há maior oposição de forma do que esta. Resulta, portanto, que esta oposição de forma necessariamente separa a criatura do  Emanador.

14)         Para salvar as criaturas desta separação titânica, foi feito o segredo do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). A ideia é que, a Bechiná Dálet que nós falamos é separada de todos os Partzufim (faces/semblantes) de Kedushá (santidade), de tal maneira que aquela grande medida de recepção permaneceu em um espaço vazio, desprovido de toda Luz.

Isto é assim porque todos os Partzufim de Kedushá emergiram com uma Massach (tela) erguida em seus Kli Malchut para que eles não recebessem nesta Bechiná Dálet. Então, quando a Luz Superior foi estendida e se espalhou nos seres emanados, este Massach a rejeitou de volta. Isto é considerado como se houvesse um impacto entre a Luz Superior e a Massach, que eleva Ohr Chozêr (Luz Retornante) de baixo para Cima, vestindo as dez Sefirot da Luz Superior.

A porção da Luz que é rejeitada e empurrada de volta, é chamada de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Conforme veste a Luz Superior, ela se torna um Kli para recepção da Luz Superior ao invés de Bechiná Dálet, a razão para isso é que o Kli de Malchut foi expandido por meio do Ohr Chozêr – a Luz rejeitada ou retornante – que subiu e vestiu a Luz Superior de baixo para Cima e, também expandiu de Cima para baixo. Assim, as Luzes foram vestidas nos Kelim (plural de Kli), dentro do Ohr Chozêr.

Este é o segredo de Rosh (cabeça) e Guf (corpo) em cada grau. O Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) da Luz Superior impactando na Massach causa a subida do Ohr Chozêr de baixo para Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh, ou seja, as raízes dos Kelim (vasos). Isto é assim, porque lá não pode haver um revestimento real.

Posteriormente, quando Malchut se expande com Ohr Chozêr de Cima para baixo, o Ohr Chozêr termina e se torna Kelim para a Luz Superior. Então, as Luzes  são vestidas nos Kelim e isto é chamado de “Guf desse grau”, isto é, Kelim completos.

15)         Assim, novos Kelim foram feitos nos Partzufim de Kedushá no lugar de Bechiná Dálet, após o Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). Eles foram feitos do Ohr Chozêr do Zivug de Haka’á na Massach.

De fato, devemos entender este Ohr Chozêr e como ele se torna um Kli HaCabalá (Vaso de Recepção), já que inicialmente era apenas uma Luz rejeitada. Assim, ele está cumprindo agora um papel oposto em relação a sua própria essência.

Eu explicarei isto com uma alegoria da vida: A natureza do homem é estimar e favorecer a qualidade de doar e desprezar e detestar a recepção de um amigo. Portanto, quando uma pessoa vai ao seu amigo e ele (o anfitrião) a convida para uma refeição, ela (o convidado) recusará, mesmo que esteja faminta, já que aos seus olhos é humilhante receber um presente de seu amigo.

No entanto, quando seu amigo lhe implora suficientemente, até que fique claro que ao comer, ela estará fazendo um grande favor ao seu amigo, ela aceita comer, já que não sente mais que está recebendo um presente e, que seu amigo é o doador. Pelo contrário, ela (o convidado) é o doador, que está fazendo um favor ao seu amigo por estar recebendo este benefício dele.

Assim, você descobre que embora a fome e o apetite sejam vasos de recepção designados para comer e, que esta pessoa tinha fome e apetite suficientes para receber a refeição de seu amigo, ela ainda não podia experimentar nada, devido à vergonha. Porém, quando seu amigo começou a lhe implorar e, ela continuou a resistir, novos vasos começaram a se formar dentro dela para comer, uma vez que a força das súplicas de seu amigo e a força da sua própria resistência, conforme se acumulavam, finalmente se acumularam em uma quantidade suficiente para transformarem, a medida de recepção, em medida de  doação.

Isto a leva a entender que, ao comer, estará fazendo um grande favor e trazendo grande contentamento ao seu amigo. Nesse estado, a pessoa consequentemente atinge novos vasos de recepção, para receber a refeição de seu amigo. Agora vemos que a força da resistência se tornou o vaso principal para receber a refeição e não a fome e o apetite, embora eles sejam verdadeiramente os vasos usuais de recepção.

16)         Da alegoria acima entre a pessoa e seu amigo, podemos entender a questão do Zivug de Haka’á mencionado acima, e o Ohr Chozêr que se eleva através dele, que então se torna novos vasos de recepção para a Luz Superior ao invés da Bechiná Dálet. Podemos comparar a Luz Superior, que se choca com a Massach e quer se expandir na Bechiná Dálet, ao amigo suplicando a pessoa a comer, pois assim como ele anseia que seu amigo receba a sua refeição, a Luz Superior deseja se espalhar ao receptor. E a Massach, que se choca com a Luz e a repele, se assemelha a resistência   e a rejeição do amigo em receber a refeição, uma vez que ele rejeita seu favor.

Nós encontramos aqui, que é precisamente a resistência e a rejeição que se tornaram os vasos apropriados para receber a refeição do amigo. Isto pode ser comparado à Ohr Chozêr que se eleva pelo choque da Massach, e a rejeição da Luz Superior, este Ohr Chozêr se torna um novo vaso de recepção para a Luz Superior, ao invés de Bechiná Dálet, que serviu como vaso de recepção antes do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição).

Entretanto, isto foi colocado apenas nos Partzufim (plural de Partzuf) de Kedushá (santidade) de ABYA, não nos Partzufim das Klipót (cascas) e neste mundo, onde a própria Bechiná Dálet é considerada o vaso de recepção. Assim, elas são separadas da Luz Superior, já que a Diferença de Forma em Bechiná Dálet as separa. Por esta razão, as Klipót são consideradas más e mortas, pois elas são separadas da Vida das Vidas pelo desejo de receber dentro delas. Isto é mencionado acima no Item 13 (veja lá). Examine isto profundamente, pois é impossível explicar mais.

CINCO DISCERNIMENTOS NA MASSACH

17)         Até aqui esclarecemos os três fundamentos básicos na sabedoria. O primeiro é a Luz e o Kli, onde a Luz é uma extensão direta de Sua Essência e o Kli é o discernimento do desejo de receber, que está necessariamente incluído nessa Luz. Um sai do Emanador e se torna um ser emanado na medida desse desejo. Além disso, esse desejo de receber é considerado Malchut discernido na Luz  Superior. É por isto que é chamado Malchut, no segredo de “Ele e Seu Nome são Um”, pois Shemo (Seu Nome) em Guematria é Ratzon (Desejo).

A segunda questão é a esclarecimento das dez Sefirot e os quatro mundos ABYA, que são os quatro graus um abaixo do outro. O desejo de receber precisa se pendurar abaixo deles até que esteja completado – Kli e conteúdo.

A terceira questão é o Tzimtzum e a Massach colocados nesse vaso de recepção, que é Bechiná Dálet, em troca da qual, novos vasos de recepção foram feitos nas dez Sefirot, chamados Ohr Chozêr. Entenda e memorize estes três fundamentos e suas razões, tal como aparecem perante você, uma vez que sem eles não há compreensão de até mesmo uma simples palavra nesta sabedoria.

18)         Agora explicaremos os cinco discernimentos na Massach, pelos quais os níveis mudam durante o Zivug de Haka’á realizado com a Luz Superior. Primeiro, precisamos entender perfeitamente que embora se proibisse Bechiná Dálet de ser um vaso de recepção para as dez Sefirot após o Tzimtzum, e o Ohr Chozêr que se eleva da Massach através do Zivug de Haka’á tornou-se o vaso de recepção em seu lugar, ela ainda deve acompanhar o Ohr Chozêr com seu poder de recepção. Não fosse por isto, o Ohr Chozêr teria sido incapaz de ser um vaso de  recepção.

Você também deve entender que a partir da alegoria no item 15. Lá, nós demonstramos que a força de rejeitar e recusar a refeição tornou-se um vaso de recepção em vez de fome e apetite. Isto ocorre, porque a fome e o apetite, os vasos normais de recepção, foram proibidos de serem vasos de recepção neste caso, devido à vergonha e desgraça de receber um presente de um amigo. Somente as forças de rejeição e recusa se tornaram vasos de recepção em seu lugar, pois através da rejeição e recusa, recepção se tornou doação e através deles, adquiriu vasos de recepção adequados para receber a refeição de seu amigo.

Porém, não se pode dizer que ele não necessita mais dos vasos usuais de recepção, ou seja, a fome e o apetite, pois é claro que sem o apetite para comer, não será capaz de satisfazer o desejo de seu amigo e trazer a ele contentamento ao comer na sua casa. Mas o fato é que a fome e o apetite, que foram banidos em sua forma usual, agora se transformaram, pelas forças da rejeição e recusa, em uma nova forma – recepção a fim de doar. Assim, a humilhação se converteu em  dignidade.

Segue-se que os vasos normais de recepção ainda estão ativos como sempre, mas adquiriram uma nova forma. Você concluirá também, no que concerne a nossa questão, que é verdade que Bechiná Dálet foi proibida de ser um Kli para a recepção das dez Sefirot por causa de sua Aviut, ou seja, pela Diferença de Forma do Doador, que a separa do Doador. Porém, através da correção da Massach em Bechiná Dálet, que se choca com a Luz Superior e a repele, sua forma anterior, defeituosa, se transformou e adquiriu uma nova forma, chamada Ohr Chozêr, como a transformação da forma de recepção numa forma de  doação.

O conteúdo de sua forma inicial não mudou, ele ainda não come  sem apetite. Da mesma forma, toda a Aviut, que é a força de recepção na Bechiná Dálet, veio dentro do Ohr Chozêr, portanto o Ohr Chozêr torna-se adequado para ser um vaso de recepção.

Portanto, dois discernimentos sempre devem ser feitos na  Massach:

  1. Kashiut (dureza), que é a força dentro dela que rejeita a Luz Superior;
  2. Aviut, que é a medida do desejo de receber a partir de Bechiná Dálet incluida na Massach. Pelo Zivug de Haka’á através da força de Kashiut nele, sua Aviut torna-se Zakut (pureza), significando recepção transformada em doação.

Estas  duas  forças  na  Massach  agem  nos  cinco  discernimentos:  as quatro Bechinot CHÁB TUM e sua raiz, chamada Kéter.

19)         Já explicamos que os primeiros três discernimentos não são ainda considerados um Kli, mas somente Bechiná Dálet é considerada um Kli. Ainda assim, porque os três primeiros discernimentos são suas causas e induzem a conclusão de Bechiná Dálet, uma vez que Bechiná Dálet é concluída, quatro medidas são registradas em sua qualidade de recepção:

  • Bechiná Álef nela é a menor medida da qualidade de recepção;
  • Bechiná Bet é um pouco mais espessa (com mais Aviut) que Bechiná Álef em termos de sua qualidade de recepção.
  • Bechiná Guimel é mais espessa que Bechiná Bet na sua qualidade de recepção.
  • E finalmente, Bechiná Dálet é a mais espessa de todas e sua qualidade de recepção é perfeita em todos os sentidos.
  • Devemos também  discernir  que  a  raiz  das quatro  Bechinot  (plural de Bechiná), que é a mais pura de todas, também está incluída nela.

Estes são os cinco discernimentos da recepção contidos em Bechiná Dálet, que são chamados pelos nomes das dez Sefirot KACHÁB (Kéter-Chochmá-Biná) TUM (Tiféret-Malchut), incluídas em Bechiná Dálet, uma vez que as quatro fases são CHÁB TUM e, a raiz é chamada Kéter.

20)         Os cinco discernimentos de recepção em Bechiná Dálet são chamados pelos nomes das Sefirot KACHÁB TUM. Isto, porque antes do Tzimtzum, enquanto Bechiná Dálet ainda era o vaso de recepção para as dez Sefirot incluídas na Luz Superior através de “Ele é Um e Seu Nome Um”, uma vez que todos os mundos ali estão incluídos, seu vestir, nesse lugar, nas dez Sefirot, seguiu estas cinco Bechinot. Cada Bechiná das cinco Bechinot vestidas nela corresponde a Bechiná nas dez Sefirot na Luz Superior.

  • Bechiná Shóresh (Fase Raiz) em Bechiná Dálet vestiu a Luz de Kéter nas dez Sefirot;
  • Bechiná Álef em Bechiná Dálet vestiu a Luz de Chochmá nas dez Sefirot;
  • Bechiná Bet nela vestiu a Luz de Biná;
  • Bechiná Guimel nela vestiu a Luz de Tiféret;
  • E sua própria Bechiná vestiu a Luz de Malchut.

Portanto, mesmo agora, após a primeira restrição, quando Bechiná Dálet foi proibida de ser um vaso de recepção, os cinco discernimentos de Aviut nela são nomeados após as cinco Sefirot KACHÁB TUM.

21)         E você já sabe que em geral, a substância da Massach é chamada Kashiut, que significa algo muito duro, o qual não permite que nada empurre para dentro de suas fronteiras. Da mesma forma, a Massach não permite que nenhuma Luz Superior passe através dela e em Malchut, Bechiná Dálet. Portanto, é considerado que a Massach detem e repele a medida total de Luz que deveria vestiir o Kli  de Malchut.

Também ficou claro, que aquelas cinco Bechinot de Aviut em Bechiná Dálet estão incluídas e, vêm na Massach e juntam-se à sua medida de Kashiut. Assim, cinco tipos de Zivug de Haka’á são discernidos na Massach, correspondendo nele às cinco medidas de Aviut:

  • Um Zivug de Haka’á em um Massach completo, com todos os níveis de Aviut, elevam suficiente Ohr Chozêr para vestir todas as dez Sefirot, acima do nível de Kéter.
  • Um Zivug de Haka’á sobre um Massach em que falta o Aviut de Bechiná Dálet, e contém apenas Aviut de Bechiná Guimel, eleva suficiente Ohr Chozêr para vestir as dez Sefirot somente até o nível de Chochmá, faltando Kéter.
  • E se tem somente Aviut de Bechiná Bet, seu Ohr Chozêr diminui e é suficiente apenas para cobrir as dez Sefirot até o nível de Biná, faltando Kéter e Chochmá.
  • Se contiver apenas Aviut de Bechiná Álef, seu Ohr Chozêr diminui mais ainda e é suficiente apenas para cobrir até o nível de Tiféret, faltando KACHÁB.
  • E se também faltar Aviut de Bechiná Álef e, é deixado apenas Aviut de Bechiná Shóresh, seu golpe é muito fraco e é suficiente para vestir somente até o nível de Malchut, faltando as nove primeiras Sefirot que são KACHÁB e Tiféret.

22)         Portanto você vê como os cinco níveis das dez Sefirot emergem através dos cinco tipos do Zivug de Haka’á da Massach, aplicados nas suas cinco medidas de Aviut. E agora vou dizer-lhe a razão, poi se sabe que a Luz não é alcançada sem um Kli.

Também, você sabe que estas cinco medidas de Aviut vêm das cinco medidas de Aviut em Bechiná Dálet. Antes do Tzimtzum, existiam cinco Kelim em Bechiná Dálet vestindo as dez Sefirot KACHÁB TUM (item 18). Após o Tzimtzum Álef, elas foram incorporadas nas cinco medidas da Massach, que junto com o Ohr Chozêr elevam-se  e voltam a serem cinco Kelim, com respeito ao Ohr Chozêr nas dez Sefirot KACHÁB TUM, em vez de cinco Kelim em Bechiná Dálet, nela mesma, antes do Tzimtzum.

Consequentemente está claro que, se um Massach contém todos estes cinco níveis de Aviut, ele contém os cinco Kelim para vestir as dez Sefirot. Mas quando ele não contém todas as cinco medidas, uma vez que a Aviut de Bechiná Dálet está ausente nele, ele contém somente quatro Kelim. Portanto ele somente pode cobrir quatro Luzes: CHÁB TUM, mas falta uma Luz – A Luz de Kéter – justamente por lhe faltar um Kli – Aviut de Bechiná Dálet.

Da mesma forma, quando Bechiná Guimel também está ausente e a Massach contém apenas três medidas de Aviut, ou seja, somente até Bechiná Bet, ele contém somente três Kelim. Assim, ele pode vestir apenas três Luzes: Biná, Tiféret e Malchut. Neste estado, faltam duas Luzes, Kéter e Chochmá, tal como lhe faltam os dois Kelim, Bechiná Guimel e Bechiná Dálet.

E quando a Massach contém somente duas medidas de Aviut, que  são: Bechiná Shóresh e Bechiná Álef, ele contém somente Kelim. Portanto, ele veste apenas duas Luzes: a Luz de Tiféret e a Luz de Malchut. Assim o nível, não tem três Luzes KACHÁB, exatamente como lhe faltam três Kelim: Bechiná Bet, Bechiná Guimel, e Bechiná Dálet.

E, quando a Massach tem apenas um nível de Aviut, que é somente Bechiná Shóresh da Aviut, ele tem somente um Kli. Portanto, ele pode vestir apenas uma Luz:  a Luz de Malchut. Este nível não tem as quatro Luzes KACHÁB e Tiféret, tal como faltam quatro Kelim: Aviut de Bechiná Dálet, Bechiná Guimel, Bechiná Bet e Bechiná Álef.

Por esta razão, o nível de cada Partzuf precisamente depende da medida de Aviut na Massach. A Massach de Bechiná Dálet induz ao nível de Kéter, Bechiná Guimel induz ao nível de Chochmá, Bechiná Bet induz ao nível de Biná, Bechiná Álef induz ao nível de Tiféret e Bechiná Shóresh induz ao nível de  Malchut.

23)         Todavia, devemos ainda descobrir porque quando o Kli de Malchut – Bechiná Dálet – está faltando na Massach, lhe falta a Luz de Kéter e, quando o Kli de Tiféret está faltando, lhe falta a Luz de Chochmá, etc. Parece que isto deveria ter sido ao contrário, que quando o Kli de Malchut, Bechiná Dálet, está ausente na Massach, somente a Luz de Malchut estaria faltando no nível e, ele deveria ter as quatro luzes KACHÁB e Tiféret. Também, na ausência de dois Kelim, Bechiná Guimel e Bechiná Dálet, deveriam faltar as Luzes de Tiféret e Malchut e o nível deveria ter as três Luzes KACHÁB, etc.

24)         A resposta é que sempre há uma relação inversa entre Luzes e os vasos. Nos Kelim, os Mais Elevados crescem primeiro no Partzuf: primeiro Kéter, então o  Kli de Chochmá, etc. e o Kli de Malchut cresce por último. Este é o porquê de nomearmos os Kelim pela ordem KACHÁB TUM, de Cima para baixo, pois esta é a ordem do seu crescimento.

É o contrário com as Luzes. Nas Luzes, as Luzes inferiores são as primeiras a entrarem no Partzuf. Primeiro entra Néfesh, que é a Luz de Malchut, então Ruach, que é a Luz de ZA, etc. e a Luz de Yechidá é a última a entrar. Este é o porquê de nomearmos as Luzes pela ordem NARANCHAY26, de baixo para Cima, pois esta é a ordem que elas entram – de baixo para Cima.

Assim, quando somente um Kli cresceu no Partzuf, que é necessariamente o Kli mais Elevado – Kéter – a Luz de Yechidá, atribuída para aquele Kli, não entra no Partzuf, mas somente a menor das Luzes – A Luz de Néfesh. Assim, a Luz de Néfesh veste-se no Kli de Kéter.

E, quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os dois mais Elevados – Kéter e Chochmá – a Luz de Ruach também entra nele. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá e a Luz de Ruach se veste no Kli de Kéter.

Da mesma forma, quando um terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra nele. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Chochmá para o Kli de Biná, a Luz de Ruach ao Kli de Chochmá e a Luz de Neshamá veste-se no Kli de Kéter.

E quando um quarto Kli cresce no Partzuf – o Kli de Tiféret – a Luz de Chaiá entra no Partzuf. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Biná para o Kli de Tiféret, a Luz de Ruach para o Kli de Biná, a Luz de Neshamá para o Kli de Chochmá, e a Luz  de Chaiá para o Kli de Kéter.

E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, a Luz de Yechidá entra nele. Então, todas as Luzes entram nos seus respectivos Kelim. A luz de Néfesh desce do Kli de Tiféret para o Kli de Malchut, a Luz de Ruach para o Kli de Tiféret, a Luz de Neshamá para o Kli de Biná, a Luz de Chaiá para o Kli de Chochmá e a Luz de Yechidá para o Kli de Kéter.

25)         Assim, desde que nem todos os cinco Kelim KACHÁB TUM cresceram no Partzuf, as Luzes não estão em seus lugares designados. Mais ainda, elas estão numa relação inversa: na ausência do Kli de Malchut, a Luz de Yechidá está ausente,   e quando dois Kelim, TUM, estão faltando, Yechidá e Chaiá lá estarão ausentes, etc. Isto é assim, porque nos Kelim, os mais Elevados surgem primeiro e, nas Luzes, as últimas são as primeiras a entrar.

Você também descobrirá que cada nova Luz que reentra veste-se apenas no Kli de Kéter. Isto é assim, porque o receptor precisa receber no seu Kli mais puro, o Kli de Kéter.

Por esta razão, após a recepção de cada nova Luz, as Luzes que já estão vestidas no Partzuf precisam descer um grau do seu lugar. Por exemplo, quando a  Luz de Ruach entra, a Luz de Néfesh precisa descer do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, para criar espaço no Kli de Kéter para receber a nova Luz, Ruach. Da mesma forma, se a nova Luz é Neshamá, também Ruach, necessita descer do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, para liberar seu lugar em Kéter para a nova Luz, Neshamá. Como resultado, Néfesh, que estava no Kli de Chochmá, precisa descer para o Kli de Biná, etc. Tudo isto é feito para criar espaço no Kli de Kéter para a nova Luz.

Mantenha esta regra em mente e você sempre será capaz de discernir em cada caso se está se referindo aos Kelim ou às Luzes. Então você não ficará confuso, porque sempre existirá uma relação inversa entre eles. Portanto, esclarecemos de forma completa a questão dos cinco discernimentos na Massach e, como através deles, os níveis mudam um abaixo do outro.

 

OS CINCO PARTZUFIM DE AK (ADAM KADMON)

26)         Portanto, esclarecemos completamente a questão da Massach que  foi colocado no Kli de Malchut – a Bechiná Dálet após ter sido restringida – e a questão dos cinco tipos de Zivug de Haka’á dentro dele, que produzem cinco níveis de dez Sefirot uma abaixo da outra. Agora explicaremos os cinco Partzufim de AK, que precedem os mundos de ABYA.

Você já sabe que este Ohr Chozêr, que se eleva através do Zivug de Haka’á de baixo para Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior, é suficiente apenas para as raízes dos Kelim, chamadas “dez Sefirot de Rosh (cabeça) do  Partzuf”. Para completar os Kelim, Malchut de Rosh expande daquelas dez Sefirot de Ohr Chozêr que vestiram  as dez Sefirot de Rosh e se espalham dela e, dentro dela, de Cima para baixo, na mesma medida que as dez Sefirot de Rosh. Este espalhamento completa os Kelim, chamados  “o Guf do Partzuf”. Portanto, devemos sempre distinguir dois discernimentos das dez Sefirot em cada Partzuf: Rosh e Guf.

27)         No início, o primeiro Partzuf de AK emergiu. Isto porque, imediatamente após Tzimtzum Álef, quando Bechiná Dálet foi proibida de ser um receptáculo para a Luz Superior e foi erigida com um Massach, a Luz Superior foi atraída para se vestir no Kli de Malchut, como antes. Todavia, a Massach no Kli de Malchut deteve e repeliu a Luz. Através desse choque na Massach de Bechiná Dálet, ele levantou Ohr Chozêr para o nível de Kéter na Luz Superior e este Ohr Chozêr tornou-se uma vestimenta e as raízes dos Kelim para as dez Sefirot na Luz Superior, chamadas “dez Sefirot de Rosh” do “primeiro Partzuf de AK”.

Posteriormente, Malchut com o Ohr Chozêr, se expandiu dela e dentro dela, pela força das dez Sefirot de Rosh em dez novas Sefirot de Cima para baixo. Isto completou os Kelim de Guf. Então, a completa medida que emergiu nas dez  Sefirot de Rosh também se vestiu nas dez Sefirot de Guf. Isto completou o primeiro Partzuf de AK, Rosh e Guf.

28)         Em seguida, o mesmo Zivug de Haka’á, repetiu-se na Massach erguido no Kli de Malchut, que tem apenas Aviut de Bechiná Guimel. E então, somente o nível   de Chochmá, em Rosh e em Guf, emergiu sobre ele, uma vez que a ausência da Massach em Aviut de Bechiná Dálet lhe causou ter apenas quatro Kelim, KACHÁB Tiféret. Portanto, o Ohr Chozêr tem espaço para cobrir somente quatro Luzes, CHANARAN (Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh), faltando a Luz de Yechidá. Isto é chamado AB de AK.

Seguindo, o mesmo Zivug de Haka’á repetiu-se na Massach no Kli de Malchut que contém apenas Aviut de Bechiná Bet. Assim, dez Sefirot, de Rosh e Guf, no nível  de Biná emergiram nele. Isto é chamado Partzuf SAG de AK. Faltam-lhe os dois Kelim, ZA e Malchut e duas Luzes, Chaiá e Yechidá.

Depois o Zivug de Haka’á emergiu numa Massach que tem somente Aviut de Bechiná Álef. Portanto, dez Sefirot de Rosh e Guf, emergiram no nível de Tiféret, faltando três Kelim, Biná, ZA e Malchut e três Luzes, Neshamá, Chaiá e Yechidá. Ele tem somente as Luzes de Ruach e Néfesh, vestidas nos Kelim Kéter e Chochmá. Isso é chamado Partzuf MA e BON de AK. Lembre-se da relação inversa entre os Kelim e as Luzes (como mencionado no item 24).

29)         Assim, explicamos o surgimento dos cinco Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG, MA, BON, um abaixo do outro. A cada inferior falta a Bechiná Mais Alta de seu superior. Assim, o Partzuf AB não tem a Luz de Yechidá, o Partzuf SAG não tem a Luz de Chaiá, tal como o seu superior, AB a tem. Partzuf MA e BON não têm a Luz de Neshamá, que o seu superior SAG,  tem.

Isto é assim, porque depende da medida de Aviut na Massach onde o Zivug  de Haka’á ocorre (item 18). Todavia, devemos entender quem e o que fez a Massach diminuir gradualmente sua Aviut, Bechiná por Bechiná, até que ele se dividiu em cinco níveis que existem nestes cinco tipos de Zivúgim (plural de Zivug – acoplamento).

 

A HIZDAKCHUT DA MASSACH DE ATZILUT DO PARTZUF

30)         Para entender a questão de concatenação dos graus pelos cinco níveis, um abaixo do outro, explicado anteriormente sobre os cinco Partzufim de AK, bem como em todos os graus que aparecem nos cinco Partzufim de cada mundo dos quatro mundos ABYA, através de Malchut de Assiá, precisamos entender completamente a questão da Hizdakchut (purificação) da Massach de Guf, implementada em cada um dos Partzufim de AK, o mundo de Nekudim e o mundo do Tikun (correção).

31)         O fato é que não há Partzuf, ou qualquer grau inteiro, que não contenha duas Luzes, chamadas Ohr Makif (Luz Circundante) e Ohr Pnimi (Luz Interna) e vamos explica-las em AK. O Ohr Makif do primeiro Partzuf de AK é a Luz de Ein Sóf, que preenche toda a realidade. Após Tzimtzum Álef e a Massach que foi erguido em Malchut, houve um Zivug de Haka’á da Luz de Ein Sóf naquele Massach. E usando o Ohr Chozêr que a Massach levantou, ele redesenhou a Luz Superior para o mundo, limitado na forma das dez Sefirot de Rosh e dez Sefirot de Guf (item  25).

 

Todavia esta extensão a partir de Ein Sóf no Partzuf AK não preenche toda a realidade, como antes do Tzimtzum. Ao invés, isto é discernido com um Rosh e um Sóf.

  • De Cima para baixo – sua Luz para no ponto deste mundo, a qual é a Malchut Mesayémet (Finalizadora), como no verso, “E Seus pés manter-se- ão… sob o Monte das Oliveiras”.
  • E do interior para o exterior, porque assim como existem dez Sefirot KACHÁB TUM de Cima para baixo, e Malchut conclui AK de baixo, existem dez Sefirot KACHÁB TUM do interior para o exterior, chamadas Môcha, Atzamot, Gidim, Bassar e Ohr. O Ohr é Malchut, a qual termina o Partzuf do lado de fora. A este respeito, Partzuf AK é considerado uma mera linha tênue comparada com Ein Sóf, o qual preenche toda a realidade. Isto é assim porque Partzuf Ohr a acaba e a limita de todos os lados, do exterior, e não pode expandir-se e preencher de forma completa o espaço restrito. Portanto somente uma linha tênue se mantém no meio do espaço.

E a medida de Luz recebida em AK, a linha tênue, é chamada de Ohr Pnimi. A diferença entre Ohr Pnimi em AK e a Luz de Ein Sóf antes do Tzimtzum é chamada de Ohr Makif, uma vez que ela se mantém como Ohr Makif em volta do Partzuf de AK, tal como ela não podia se vestir dentro do Partzuf.

32)         Isto esclarece minuciosamente o significado de Ohr Makif de AK, cuja imensidão é incomensurável. Todavia, isto não significa que Ein Sóf, que preenche toda a realidade, é em si própria considerada Ohr Makif de AK. Ao contrário, isto significa que um Zivug de Haka’á foi feito em Malchut do Rosh de AK, que Ein Sóf golpeou a Massach ali posicionada. Em outras palavras, ela quis revestir-se em Bechiná Dálet de AK, como antes da Tzimtzum, mas a Massach em Malchut de Rosh AK golpeou-

  1. Isto significa que ela deteve-a de se espalhar em Bechiná Dálet e a repeliu (item 14). Este Ohr Chozêr que emergiu do empurrão para trás da Luz tornou-se Kelim para também vestir a Luz Superior.

No entanto existe uma grande diferença entre a recepção em Bechiná Dálet antes do Tzimtzum e a recepção de Ohr Chozêr depois do Tzimtzum, como agora ela vestiu somente uma linha tênue no Rosh e Sóf. Isto é o que a Massach fez através de choque com a Luz Superior. E na medida em que foi rejeitada de AK pela Massach,   a medida completa da Luz Superior de Ein Sóf que queria revestir-se em Bechiná Dálet – se não tivesse sido pela Massach que a deteve – tornou-se Ohr Makif circundando AK.

A razão é que não existe mudança ou ausência na espiritualidade. E uma vez que a Luz de Ein Sóf é atraída para AK, para vestir-se em Bechiná Dálet, isto, portanto precisa ser assim.

Assim, embora a Massach agora a tenha a detido e repelido, isto não nega a extensão de Ein Sóf. Ao contrário, isto a sustenta, mas de uma maneira diferente, através da multiplicação de Zivúgim (plural de Zivug) nos cinco mundos de AK e ABYA, até o final da correção, quando Bechiná Dálet esta completamente corrigida através deles. Neste tempo, Ein Sóf se revestirá nela como no início.

Portanto, nenhuma mudança ou ausência foi efetivada lá pelo choque da Massach com a Luz Superior. Este é o significado sobre o que está escrito no Zohar, “O Zivug de Ein Sóf não desce até que lhe é dada seu par”. Enquanto isto, ou seja,  até aquele momento, é considerado que esta Luz de Ein Sóf tornou-se Ohr Makif, significando que ela se revestirá nela no futuro. Por ora, ela a circula e brilha sobre ela a partir do exterior com certa iluminação. Esta iluminação condiciona-a para expandir-se pelas leis certas que a trarão para receber este Ohr Makif na medida em que Ein Sóf foi inicialmente atraída para ela.

33)         Agora nós esclarecemos esta questão da Bitush (batida) de Ohr Pnimi e Ohr Makif uma contra a outra, a qual produz a Hizdakchut (purificação) da Massach   e a perda da última Bechiná de Aviut. Como estas duas luzes são opostas, todavia conectadas através da Massach em Malchut de Rosh de AK, elas batem e se chocam uma contra a outra.

Interpretação: O Zivug de Haka’á no Pê (boca) de Rosh de AK na Massach em Malchut de Rosh, chamada Pê, foi a razão para o revestimento de  Ohr Pnimi  de AK por Ohr Chozêr ela ergueu-se, e também a razão para a saída de Ohr Makif de AK. Porque ela deteve a Luz de Ein Sóf de vestir-se em Bechiná Dálet, a Luz saiu na forma de Ohr Makif.

Em outras palavras, aquela parte inteira de Luz que Ohr Chozêr não pode vestir, como Bechiná Dálet em si, saiu e tornou-se Ohr Makif. Portanto, a Massach no Pê é a razão de Ohr Makif, assim como ela é a razão para Ohr Pnimi.

34)         Nós aprendemos que ambas Ohr Pnimi e Ohr Makif estão conectadas na Massach, mas em ações opostas. E tal como a Massach se estende parte da Luz Superior dentro do Partzuf através de Ohr Chozêr que a veste, isto conduz Ohr Makif  a distanciar-se de revestir a Massach.

E já que parte da Luz que fica do lado de fora, pois Ohr Makif é muito larga, devido a Massach que a detém de vestir AK, isto é considerado que ela choca-se na Massach e a remove, uma vez que ela quer revestir dentro do Partzuf. Em contraste, isto é considerado que a força de Aviut e Kashiut na Massach choca-se com Ohr Makif, a qual quer cobrir dentro dela, e a detém, pois ela choca-se com a Luz Superior durante o Zivug. Estas batidas que Ohr Makif e Aviut na Massach batem-se uma na outra são chamadas de Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi.

Todavia, esta Bitush entre elas ocorreu somente no Guf do Partzuf, uma vez que o cobrimento da Luz nos Kelim, o qual deixa Ohr Chozêr fora do Kli, ali é aparente. Entretanto, esta Bitush não se aplica para as dez Sefirot de Rosh, uma vez que Ohr Chozêr ali não é considerada Kelim, ou seja, o que for, mas como meras e finas raízes. Por esta razão, a Luz nelas não é relacionada como limitação de Ohr Pnimi, para o ponto de distinção entre esta e a Luz que permanece fora como Ohr Makif. E uma vez que esta distinção entre elas não existe, não há batida de Ohr Pnimi e Ohr Makif nas dez Sefirot de Rosh.

Somente uma vez que as Luzes se estendem do Pê para baixo das dez Sefirot  de Guf, onde as Luzes cobrem os Kelim, as quais são as dez Sefirot de Ohr Chozêr do  Pê abaixo, existe batida ali entre Ohr Pnimi dentro dos Kelim e Ohr Makif que permaneceu do lado de fora.

35)         A Bitush continuou até que Ohr Makif purificou a Massach de todos os seus Aviut e a elevou para sua Raiz Superior no Pê de Rosh. Isto significa que ela purificou todos Aviut de Cima para baixo, chamada Massach e Aviut de Guf, deixando-a com somente Shóresh (raiz) de Guf, a Massach de Malchut de Rosh, chamada de Pê. Em outras palavras, ela tinha sido purificada de seus Aviut inteiros de baixo para Cima que é o divisor entre Ohr Pnimi e Ohr Makif, deixando somente a Aviut de baixo para Cima, onde a distinção entre Ohr Pnimi e Ohr Makif ainda não ocorreu.

É sabido que a Similaridade de Forma junta espirituais em um. Portanto, uma vez que a Massach de Guf tenha sido purificada de todos Aviut de Guf, deixando nela somente Aviut que é igual a da Massach do Pê de Rosh, sua forma foi equalizada com a Massach de Rosh. Portanto, ela foi integrada e tornou-se literalmente uma com ela, uma vez que não havia nada para dividi-las em duas. Isto é considerado que a Massach de Guf subiu para o Pê de Rosh.

E uma vez que a Massach de Guf foi integrada na Massach de Rosh, ela se reincluiu no Zivug de Haka’á na Massach do Pê de Rosh, e um novo Zivug de Haka’á  foi feito com ela. Consequentemente, dez novas Sefirot, em um novo nível, emergiram nele, chamado AB de AK ou Partzuf Chochmá de AK. Isto é considerado “um filho”, um descendente do primeiro Partzuf de AK.

36)         E após Partzuf de AB de AK emergir, completo com Rosh e Guf, a Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi se repetiu ali, também, assim como foi explicado acima no que concerne ao primeiro Partzuf de AK. Sua Massach de Guf foi purificada de todos os seus Aviut de Guf, também, até ela equalizar sua forma com sua Massach de Rosh e então ter sido incluída no Zivug em seu Pê de Rosh.

A seguir, um novo Zivug de Haka’á foi feito nele, produzindo um novo nível de dez Sefirot no nível de Biná, chamado SAG de AK. Isto é considerado o filho e um descendente do Partzuf AB de AK, uma vez que emergiu do seu Zivug no Pê de Rosh.  E os Partzufim de SAG de AK para baixo emergiram de maneira similar.

37)         Portanto nós explicamos o surgimento dos Partzufim um abaixo do outro pela força da Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, a qual purifica a Massach de Guf até que ela a traz de volta para o estado da Massach de Pê de Rosh. Neste tempo, ela é incluída ali no Zivug de Haka’á, o qual se desdobra no Pê de Rosh, e através deste Zivug emite um novo nível de dez Sefirot. Este novo nível é considerado o filho do Partzuf anterior.

Desta maneira, AB emergiu do Partzuf Kéter, SAG do Partzuf AB, MA do Partzuf SAG, e assim por diante com o resto dos degraus em Nekudim e ABYA. Todavia, nós ainda precisamos entender porque as dez Sefirot emergiram somente  em Bechiná Guimel, e não em Bechiná Dálet, e porque SAG somente em Bechiná Bet, etc., significando que cada um mais baixo é inferior ao seu superior por um degrau. Porque eles não emergiram um depois do outro no mesmo  nível?

38)         Primeiro, nós precisamos entender porque as dez Sefirot de AB são consideradas uma ramificação do primeiro Partzuf de AK, uma vez que ele emergiu do Zivug no Pê de Rosh do primeiro Partzuf, assim como as dez Sefirot do Guf do Partzuf nele mesmo. Portanto, de que maneira ele saiu do primeiro Partzuf, para ser considerado um segundo Partzuf e seu desdobramento?

Aqui você necessita entender a grande diferença entre a Massach de Rosh e a

Massach de Guf. Existem dois tipos de Malchut no Partzuf.

  1. A Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) – com a Luz Superior – pela força da Massach erguida nela.
  2. A Malchut Mesayémet (Finalizadora) – a Luz Superior nas dez Sefirot do Guf – pela força da Massach erguida nela.

A diferença entre elas é tão grande quanto à diferença entre o Emanador e   o emanado. Malchut de Rosh, a qual se copula em um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, é considerada “A Emanador do Guf”, uma vez que a Massach erguida nela não rejeitou a Luz Superior tal como ela chocou-se com a Massach. Ao contrário, através de Ohr Chozêr que ela levantou, ela vestiu e estendeu a Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh. Portanto, ela expandiu de Cima para baixo, até que as dez Sefirot da Luz Superior cobriram no Kli de Ohr Chozêr,  chamado de Guf.

Por esta razão, a Massach e Malchut do Rosh são consideradas Emanadoras das dez Sefirot do Guf, e nenhuma limitação ou rejeição são visíveis naquela Massach e Malchut. Todavia, a Massach e Malchut de Guf, que é, após as dez Sefirot terem se expandido do Pê de Rosh do Acima para baixo, espalharam-se somente abaixo de Malchut naquelas dez Sefirot. Isto é porque a Luz Superior não pode espalhar-se dentro de Malchut. Por esta razão, o Partzuf para aqui, e o fim e a conclusão do Partzuf são feitas.

Portanto, todo o poder do Tzimtzum e limitação aparecem apenas nesta Massach e na Malchut do Guf. Por esta razão, toda a Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi  é somente feita na Massach do Guf, pois isto é que limita e empurra Ohr Makif para longe e de brilhar no Partzuf. Isto não é assim na Massach de Rosh, uma vez que a Massach de Rosh somente estende e veste as Luzes, mas o poder de limitação é ainda completamente oculto nela.

39)         A isto se segue que pela força da Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, a Massach da última Malchut tornou-se a Massach e Malchut, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) mais uma vez (item 35). Isto é porque a Bitush de Ohr Makif purificou a última Massach de todo seu Aviut de Guf, deixando nela somente finas Reshimot (registros) daquela Aviut, igual à Aviut da Massach de Rosh.

É também conhecido que a Similaridade de Forma liga e une os espirituais um ao outro. Portanto uma vez que a Massach de Guf equalizou a forma do seu Aviut com a Massach de Rosh, ela foi imediatamente incluída e elas se tornaram como se fossem uma Massach. Neste estado, ela recebeu força para Zivug de Haka’á, como a Massach de Rosh, e as dez Sefirot do novo nível emergiram  nela.

Todavia, conjuntamente com este Zivug, as Reshimot de Aviut de Guf, as quais estavam nele (Aviut de Guf) desde o começo foram renovados na sua Massach de Guf. Naquele estado, a Diferença de Forma entre ela mesma e a Massach de Rosh inclui-se nela uma vez mais, para um extensão. O reconhecimento desta diferença separa e remove-a do Pê de Rosh do Superior, uma vez que após ela ter retornado e sua origem

– do Pê do Superior para baixo – tornou-se conhecida, ela não podia continuar a se manter acima do Pê do Superior, como a Diferença de Forma separa os espirituais um do outro. A isto se segue que ela foi compelida a declinar dali para o lugar do Pê do Superior para baixo.

Portanto, é necessariamente considerada a segunda entidade com respeito   ao Superior, assim como até o Rosh do novo nível é considerada meramente o corpo do novo nível, uma vez que ela se estende de sua Massach de Guf. Portanto, esta Diferença de Forma distingue-as em duas entidades separadas. E já que o novo nível é inteiramente um resultado da Massach de Guf do Partzuf anterior, ele é considerado um descendente, tal como um ramo que se estende dele.

40)         E existe outra diferença entre o inferior e o Superior: Cada inferior emerge na Massach com um nível diferente do de acima em relação as cinco Bechinot (item 22). Também, cada inferior não tem a Bechiná mais Elevada das Luzes do Superior e a Bechiná mais inferior dos Kelim do Superior. A razão é que esta é a natureza do Bitush de Ohr Makif na Massach para excluir a última Bechiná de sua Aviut.

Por exemplo, no primeiro Partzuf de AK, cuja Massach contém todos os cinco níveis de Aviut, descendo para Bechiná Dálet, o Bitush de Ohr Makif na Massach  de Guf purifica completamente a Aviut de Bechiná Dálet, não deixando sequer um Reshimô (singular de Reshimot) daquela Aviut. E somente as Reshimot de Aviut de Bechiná Guimel e Acima permanecem na Massach.

Portanto, quando a Massach está incluído no Rosh e recebe um Zivug de Haka’á na Aviut que permaneceu em seus Reshimot do Guf, o Zivug emerge somente em Bechiná Guimel de Aviut na Massach. Isto, porque a Reshimô de Aviut de Bechiná Dálet se foi dali. Portanto, o nível que emerge naquele Massach é somente no nível de Chochmá, chamado HaVaYaH de AB de AK, ou Partzuf AB  de AK.

Nós já aprendemos, no item 22, que o nível Chochmá que emerge na Massach de Bechiná Guimel não tem a Malchut de Kelim e o discernimento nas Luzes, da Luz  de Yechidá, que é a Luz de Kéter. Assim o Partzuf AB não tem o último discernimento dos Kelim do Superior e o Mais Alto discernimento das Luzes do Superior. E por causa desta grande disparidade de forma, o inferior é considerado um Partzuf separado do Superior.

41)         De modo semelhante, uma vez que o Partzuf AB expandiu-se no Rosh e Guf e lá havia o Bitush de Ohr Makif na Massach de Guf de AB, que é a Massach de Bechiná Guimel, este Bitush cancela e anula a Reshimô de Aviut da última Bechiná na Massach, que é Bechiná Guimel. Disto resulta que durante a ascensão da Massach para o Pê de Rosh e sua inclusão no Zivug de Haka’á, o golpe ocorreu somente na Aviut de Bechiná Bet que permaneceu nesse Massach, uma vez que Bechiná Guimel desapareceu dele. Por isso produz somente dez Sefirot no nível de Biná, chamadas HaVaYaH de SAG de AK, ou Partzuf SAG, faltando-lhe ZA e Malchut nos Kelim, e Chaiá e Yechidá nas Luzes.

Da mesma forma, quando este Partzuf SAG expandiu-se no Rosh e Guf, houve o Bitush de Ohr Makif no seu Massach de Guf, que é a Massach de Bechiná Bet. Este Bitush cancela e anula a última Bechiná de Aviut na Massach – Bechiná Bet – deixando apenas as Reshimot de Aviut da Bechiná Álef e Acima na  Massach.

Assim, durante a ascensão da Massach ao Pê de Rosh e a inclusão no Zivug de Haka’á ali, o golpe ocorreu somente na Massach de Bechiná Álef que permaneceu na Massach, já que Bechiná Bet já tinha desaparecido dela. Por esta razão, ela provoca somente dez Sefirot no nível de Tiféret, chamado “o nível de ZA”, faltando-lhe Biná, ZA, e Malchut nos Kelim, e da mesma forma nas Luzes, Neshamá, Chaiá e Yechidá, etc..

42)         Isto esclarece completamente a razão para o declínio dos níveis um abaixo do outro durante a concatenação dos Partzufim entre si. É porque o  Bitush dos Ohr Makif e Ohr Pnimi, aplicados em cada Partzuf, sempre cancela ali a última Bechiná da Reshimô de Aviut. Porém, devemos saber que existem dois discernimentos nas Reshimot que permanecem na Massach após sua Hizdakchut  (purificação):

  1. Reshimô de Aviut
  2. Reshimô de Hitlabshut (vestimenta)

Por exemplo, uma vez que a Massach de Guf do primeiro Partzuf em AK foi purificado, dissemos que a última Bechiná das Reshimot de Aviut, a Reshimô de Bechiná Dálet, foi perdido e que tudo o que restou na Massach foi a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel. Porém, embora a Reshimô de Bechiná Dálet contenha dois discernimentos, como já dissemos – Hitlabshut e Aviut – somente a Reshimô de Aviut de Bechiná Dálet havia desaparecido da Massach por aquela Hizdakchut. Mas a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet permaneceu naquele Massach e não desapareceu dele.

Reshimô de Hitlabshut refere-se a uma Bechiná (discernimento) muito sutil da Reshimô de Bechiná Dálet, que não contém Aviut suficiente para o Zivug de Haka’á com a Luz Superior. Este Reshimô permanece a partir da última Bechiná em cada Partzuf durante sua Hizdakchut. E o que dissemos que a última Bechiná  desaparece  de cada Partzuf durante sua Hizdakchut refere-se nele somente aa Reshimô de Aviut.

43)         O resto das Reshimot de Hitlabshut da última Bechiná que ficaram em cada Massach provocaram a descoberta de dois níveis – masculino e feminino – nas cabeças de todos os Partzufim: começando em AB de AK, SAG de AK, MA e BON de AK e em todos os Partzufim de Atzilut. Isto, porque no Partzuf AB de AK, onde há somente Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel na Massach, que provoca dez Sefirot no nível de Chochmá, a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet, que permaneceu ali na Massach, não serve para Zivug com a Luz Superior, devido a sua pureza. Todavia, ele está incluido com a Aviut de Bechiná Guimel e torna-se um só Reshimô, no momento em que a Reshimô de Hitlabshut adquire a força para se acasalar com a Luz Superior. Por esta razão o Zivug de Haka’á com a Luz Superior emergiu nela, provocando dez Sefirot quase ao nível de Kéter.

Isto é assim, porque ela tinha Hitlabshut de Bechiná Dálet. Esta Hitkalelut (mistura/ integração) é chamada Hitkalelut do feminino ao masculino, uma vez que  a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel é chamado “feminino”, como ela carrega a Aviut. E a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet é chamado “masculino” uma vez  que ele vem de um lugar mais Alto e porque ele é purificado da Aviut. Portanto, embora a Reshimô do masculino seja insuficiente para um Zivug de Haka’á em si mesmo, se torna adequado para um Zivug de Haka’á através da Hitkalelut do feminino nele.

44)         A partir daí, também existe Hitkalelut do masculino no feminino. Isto significa que a Reshimô de Hitlabshut está integrado na Reshimô de Aviut. Isto produz um Zivug de Haka’á somente no nível feminino, o nível de Bechiná Guimel, que é o nível de Chochmá, chamado HaVaYaH de AB. O Zivug Superior, quando o feminino está incluído  no masculino, é considerado o  nível  do masculino, que  está próximo ao nível de Kéter. E o Zivug inferior, quando o masculino está incluído no feminino, é considerado o nível feminino, que é somente o nível de  Chochmá.

Todavia, a Aviut no nível masculino não vem de si mesmo, mas por meio da Hitkalelut com o feminino. E embora seja suficiente para provocar o nível das dez Sefirot de baixo para Cima, chamado Rosh, este nível ainda não pode se espalhar de Cima para baixo na forma de um Guf, o que significaria a vestimenta das Luzes nos Kelim. Isto é assim, porque um Zivug de Haka’á na Aviut que vem de Hitkalelut é insuficiente para a expansão dos Kelim.

Assim, o nível masculino contém somente um discernimento de Rosh, sem um Guf. O Guf do Partzuf se estende somente do nível feminino, que tem sua própria Aviut. Por esta razão, nomeamos o Partzuf somente após o nível feminino, isto é, Partzuf AB. Isto é assim, porque a essência do Partzuf é o seu Guf – a vestimenta das Luzes nos Kelim. E isto emerge somente do nível feminino, como explicamos. É por isso que após ela o Partzuf é nomeado.

45)         E, como explicamos a respeito dos dois níveis – masculino e feminino – no Rosh do Partzuf AB, estes dois emergem precisamente da mesma maneira no Rosh de SAG. Mas ali, o nível masculino é próximo a Chochmá, uma vez que ele é da Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Guimel na Hitkalelut de Aviut da Bechiná Bet. E o nível feminino está no nível de Biná, do Aviut de Bechiná Bet. E aqui, também o Partzuf é nomeado somente após o nível feminino, uma vez que o masculino é um Rosh sem um Guf.

Da mesma forma, no Partzuf MA de AK, o nível masculino está próximo ao nível de Biná, chamado “o nível de YESHSUT”, como ele é da Reshimô de Bechiná  Bet de Hitlabshut, com Hitkalelut de Aviut de Bechiná Álef, embora o nível feminino seja apenas o nível de ZA, pois é somente Bechiná Álef de Aviut. E aqui, também o Partzuf é chamado apenas após o feminino, isto é, Partzuf MA ou Partzuf VA”K, uma vez que o masculino é um Rosh sem um Guf. Você irá encontra-lo de modo semelhante em todos os Partzufim.

 

TA’AMIM, NEKUDOT, TAGIN, E OTIYOT.

46)         Agora esclarecemos o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, ocorrendo após a expansão do Partzuf para um Guf. Isto causa a purificação da Massach de Guf, todas as Luzes do Guf partem e a Massach com as Reshimot que permanecem nele se elevam para o Pê de Rosh, onde são renovados com um novo Zivug de Haka’á e produzem nas Reshimot um novo nível na medida de Aviut. Agora explanaremos os quatro tipos de Luzes, TANTA (Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot), ocorrendo com o Bitush de Ohr Makif e as subidas da Massach para o Pê de Rosh.

47)         Foi explicado que através do Bitush de Ohr Makif na Massach de Guf, ele purifica a Massach de todas as Aviut de Guf até que seja purificado e se iguale aa Massach de Pê de Rosh. A equivalência de forma com o Pê de Rosh os une como um e isto é incluído nele no Zivug de Haka’á.

No entanto, a Massach não é purificada de uma vez, mas gradualmente, primeiro de Bechiná Dálet para Bechiná Guimel, então de Bechiná Guimel para Bechiná Bet, então de Bechiná Bet para Bechiná Álef e então de Bechiná Álef para Bechiná Shóresh. Finalmente, é purificado de todas as suas Aviut e torna-se tão puro como a Massach de Pê de Rosh.

Agora, a Luz Superior não para de brilhar nem por um momento e acopla-  se com a Massach em cada estágio de sua Hizdakchut. Isto porque, uma vez que foi purificado de Bechiná Dálet e, o nível de Kéter tenha sido inteiramente removido e,   a Massach tenha ido para a Aviut de Bechiná Guimel, a Luz Superior acopla-se aa Massach na Aviut remescente de Bechiná Guimel e produz dez Sefirot no nível de Chochmá.

Depois, quando a Massach se afasta de Bechiná Guimel e o nível de Chochmá também parte, deixando somente Bechiná Bet na Massach, a Luz Superior acopla-se com ele em Bechiná Bet e produz dez Sefirot no nível de Biná. Então, quando ele também foi purificado da Bechiná Bet e este nível partiu, deixando nele somente Aviut da Bechiná Álef, a Luz Superior acopla-se com a Massach na Aviut da Bechiná Álef remescente e, produz dez Sefirot no nível de ZA. E quando ele também foi purificado de Aviut de Bechiná Álef e o nível de ZA partiu, ele fica somente com o Shóresh (raiz) de Aviut.

Nesse estado, a Luz Superior faz um Zivug na Aviut Shóresh que permanece  na Massach e produz dez Sefirot no nível de Malchut. E quando a Massach também é purificado de Aviut Shóresh, o nível de Malchut também parte de lá, uma vez que nenhuma Aviut de Guf permanece ali. Naquele estado, se considera que a Massach e seus Reshimot elevaram-se e se uniram com a Massach de Rosh, tornaram-se ali incluídos em um Zivug de Haka’á e produziram dez novas Sefirot sobre ele, chamadas uma “criança” e uma “consequência” do primeiro Partzuf.

Portanto explicamos que o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi que purificam a Massach de Guf do primeiro Partzuf de AK e elevam-no para o seu Pê de Rosh, pelo qual o segundo Partzuf, AB de AK, emerge, ele não é feito de uma só vez. Ao contrário, isto ocorre gradualmente, uma vez que a Luz Superior acopla-se com ele em cada estado nos quatro graus que atravessa durante sua Hizdakchut, até que ele  se equalize com o Pê de Rosh.

E como isso foi explicado em relação à estimulação dos quatro níveis durante a Hizdakchut do Guf do primeiro Partzuf para o propósito de AB, três níveis emergem durante o período Hizdakchut da Massach de Guf do Partzuf AB, como ele emana Partzuf SAG e da mesma forma em todos os graus. A regra é esta: Um Massach não  se purifica de uma vez, mas gradualmente. E a Luz Superior, que não para de se espalhar para o inferior, acopla-se com este em cada grau ao longo da sua purificação.

48)         Todavia, estes níveis que emergem na Massach durante sua Hizdakchut gradual, não são considerados Hitpashtut dos graus reais, como o primeiro nível que emergiu antes do começo da Hizdakchut. Ao contrário, eles são  considerados Nekudot, e são chamados de Ohr Chozêr e Din (julgamento), uma vez que a força de Din da partida das Luzes está misturada nelas. Isto é assim, porque no primeiro Partzuf, tão logo o Bitush começou a ocorrer e, purificou a Massach de Guf de Bechiná Dálet, ele é considerado como tendo sido completamente purificado, pois não existe “mais ou menos” no espiritual.

E já que ele começou a se purificar, tinha que se purificar completamente. Todavia, uma vez que a Massach se purifica gradualmente, existe tempo para que a Luz Superior acople-se com ele em cada grau de Aviut que a Massach assume durante sua Hizdakchut, até que esteja completamente purificado. Assim, a força de partida  se mistura com os níveis que emergem durante sua partida e elas são consideradas apenas Nekudot, Ohr Chozêr e Din.

É por isto que discernimos dois tipos de níveis em cada Partzuf: Taamin e Nekudot. Isto é assim porque as primeiras dez Sefirot de Guf que emergem em cada Partzuf são chamadas Ta’amim e os níveis que emergem no Partzuf na medida em que se purifica, após a Massach já tinham começado a se purificar até que alcancem Pê de Rosh são chamadas Nekudot.

49)         As Reshimot que permanecem abaixo, no Guf, após a partida das Luzes de Ta’amim, são chamados Tagin e as Reshimot que permanecem dos níveis de Nekudot são chamados Otiyot, que são Kelim. Também os Tagin, que são as Reshimot das Luzes de Ta’amim, pairam sobre as Otiyot e os Kelim e os sustentam.

Assim, aprendemos os quatro tipos de Luzes, chamadas Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot. O primeiro nível a emergir em cada Partzuf dos cinco Partzufim chamados Galgálta, AB, SAG, MA e BON é chamado Ta’amim. Os níveis que emergem em cada Partzuf uma vez que ele começou a se purificar, até que esteja completamente purificado, são chamados de Nekudot. As Reshimot  que permaneceram das Luzes de Ta’amim em cada nível, após sua partida são chamados de Tagin e as Reshimot que permanecem das Luzes dos níveis de Nekudot após suas partidas são chamados de Otiyot ou Kelim. Lembre-se que em todos os cinco Partzufim chamados Galgálta, AB, SAG, MA e BON, para todos eles há Hizdakchut e todos eles têm estes quatro tipos de Luzes.

O ROSH, TOCH, SÓF EM CADA PARTZUF E A ORDEM DE HITLABSHUT DOS PARTZUFIM UM NO OUTRO.

50)         Você já sabe a diferença entre as duas Malchuyot em cada Partzuf – a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) e a Malchut Mesayémet (Finalizadora). Dez Sefirot de Ohr Chozêr emergem da Massach na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento), vestindo as dez Sefirot da Luz Superior, chamadas “dez Sefirot de Rosh”, ou seja, somente raízes.

Daí para baixo, as dez Sefirot de Guf do Partzuf se expandem na forma de Hitlabshut (vestimenta) das Luzes nos Kelim completos.

Estas dez Sefirot de Guf são divididas em dois discernimentos de dez Sefirot: dez Sefirot de Toch (interiores) e dez Sefirot de Sóf (final/conclusão). A posição das dez Sefirot de Toch é do Pê ao Tabúr (umbigo), o lugar da vestimenta das Luzes nos Kelim. As dez Sefirot do final do Partzuf estão posicionadas do Tabúr para baixo para o Siúm Raglin (fim das pernas/pés).

Isto significa que Malchut termina cada Sefirá até que ele chegue a sua própria posição, que é incapaz para receber qualquer Luz, por isso ai termina o Partzuf. Esta interrupção é chamada de “o fim dos Etzbaot Raglin (dedos dos pés) do Partzuf” e dai para baixo, é um espaço vazio, um vazio sem Luz.

Saiba que estes dois tipos de dez Sefirot se estendem das dez Sefirot raiz, chamadas Rosh, uma vez que ambas estão incluídas na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento). Isto é assim porque ali existe a força das vestes – Ohr Chozêr que se eleva e reveste a Luz Superior. Existe também a força de detenção da Massach sobre Malchut por isso ela não recebe a Luz pela qual o Zivug de Haka’á que eleva Ohr Chozêr foi feito. No Rosh estas duas forças são apenas raízes.

Todavia, quando elas se expandem de Cima para baixo, a primeira força, que é uma força de vestimenta, é executada nas dez Sefirot de Toch, do Pê para baixo, até  o Tabúr. E, a segunda força, que detém Malchut de receber Luz, é executada nas dez Sefirot de Sóf e Siúm, do Tabúr para baixo, para o final dos Etzbaot Raglin.

Estes dois tipos de dez Sefirot são sempre chamados CHAGAT NEHY”M. Todas as dez Sefirot de Toch, do Pê ao Tabúr, são chamadas de CHAGAT, e todas as dez Sefirot de Sóf do Tabúr para baixo são chamadas de  NEHY”M.

51)         Devemos também saber que a questão do Tzimtzum foi somente em Ohr Chochmá, cujo Kli é o desejo de receber que acaba em Bechiná Dálet, onde ocorreram o Tzimtzum e a Massach. Todavia, ali não existia nenhum Tzimtzum sobre Ohr de Chassadim, uma vez que seu Kli é o desejo de doar, no qual não existem Aviut e disparidade de forma do Emanador e não necessita  quaisquer correções.

Portanto, nas dez Sefirot da Luz Superior estas duas Luzes, Chochmá e Chassadim, estão conectadas juntas sem nenhuma diferença entre elas, uma vez que são uma Luz que se expande de acordo com sua qualidade. Por esta razão, quando elas vêm para vestir nos Kelim após o Tzimtzum, o Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia) também se detém em Malchut embora ela não seja restringida. Isto é assim, porque se Ohr Chassadim se expandisse no lugar onde Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) não pudesse se expandir nem em pequena quantidade – a Malchut Mesayémet (Finalizadora) – existiria uma quebra na Luz Superior, pois o Ohr Chassadim teria de ser completamente separado de Ohr Chochmá. Assim, a Malchut Mesayémet  (Finalizadora) tornou-se um  espaço  vazio, desprovida até mesmo de Ohr Chassadim.

52)         Agora, podemos entender o conteúdo das dez Sefirot de Sóf do Partzuf do Tabúr para baixo. Não se pode dizer que elas são consideradas somente Ohr Chassadim, sem nenhuma Chochmá, uma vez que Ohr Chassadim nunca está completamente separada de Ohr Chochmá. Ao contrário, também é necessária uma pequena iluminação de Ohr Chochmá nelas. Você deve saber que sempre chamamos esta pequena iluminação “VA”K sem um Rosh”. Portanto, os três discernimentos das dez Sefirot no Partzuf chamados Rosh, Toch e Sóf foram  explicados.

53)         E agora explicaremos a ordem de vestimenta dos Partzufim Galgálta, AB  e SAG de AK um sobre o outro. Saiba que cada inferior emerge da Massach de Guf do Superior, uma vez que foi purificado e equalizou sua forma com a Malchut e a Massach no Rosh. Isto é assim porque então ele está incluído na Massach no Rosh, no Zivug de Haka’á que ocorre nele.

E uma vez que ele sofre o Zivug de Haka’á nos dois Reshimot – Aviut e Hitlabshut – que permanecem na Massach de Guf, sua Aviut é reconhecida como Aviut de Guf. Através deste reconhecimento, é discernido que o nível emerge do Rosh do primeiro Partzuf de AK, desce e veste seu Guf, ou seja, na sua raiz, uma vez que ela é da Massach de Guf.

Certamente, a Massach com a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do novo Partzuf teve que descer para o lugar do Tabúr do primeiro Partzuf, uma vez que a Massach de Guf com a Malchut Mesayémet (Finalizadora) do primeiro Partzuf começa ali. Também, a raiz do novo Partzuf e seu controle está lá. Todavia, a última Bechiná de Aviut desapareceu da Massach pelo Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif (item 40) e somente Aviut de Bechiná Guimel ficou na Massach. Esta Bechiná Guimel de Aviut é chamada Chazê (peito). Por esta razão, a Massach e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do novo Partzuf não tem poder e raiz no Tabúr do Superior, mas somente no seu Chazê, onde está ligado tal como um ramo a sua raiz.

54)         Portanto, a Massach do novo Partzuf desce para o lugar do Chazê do primeiro Partzuf, onde provoca dez Sefirot de Rosh desta e acima através de um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, até o Pê do Superior – Malchut de Rosh do primeiro Partzuf. Mas o inferior não pode de modo algum vestir as dez Sefirot de Rosh do Partzuf Superior, já que este é considerado meramente a Massach de Guf do Superior. Posteriormente, ele gera dez Sefirot de Cima para baixo, chamadas “dez Sefirot de Guf” no Toch e Sóf do inferior.

O lugar deles está somente abaixo do Chazê do Partzuf Superior para o seu Tabúr, uma vez que do Tabúr para baixo é o lugar das dez Sefirot do Siúm do Superior, sendo Bechiná Dálet. O inferior não tem poder algum sobre a última Bechiná do Superior, uma vez que ele o perdeu durante sua Hizdakchut (refinamento) (item 40). Por esta razão, o Partzuf inferior, chamado Partzuf Chochmá de AK, ou Partzuf AB de AK, deve terminar acima do Tabúr do primeiro Partzuf de  AK.

Assim, foi completamente esclarecido que cada Rosh, Toch, Sóf do Partzuf AB de AK, que é o inferior do primeiro Partzuf de AK, se mantém do lugar abaixo do Pê do primeiro Partzuf descendo ao seu Tabúr. Assim, o Chazê do primeiro Partzuf é o lugar do Pê do Rosh do Partzuf AB, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) e o Tabúr do primeiro Partzuf são o lugar do Siúm Raglin do Partzuf AB, isto é, a Malchut Mesayémet (Finalizadora).

55)         Tal como já foi explicado em relação à ordem do surgimento do Partzuf AB desde o primeiro Partzuf de AK, é a mesma em todos os Partzufim, até o fim do mundo de Assiá. Cada inferior emerge da Massach de Guf do seu Superior, após ele ter sido purificado e incluído ali na Massach de Malchut de Rosh do Superior no Zivug de Haka’á.

Depois, ele sai dali para seu ponto de fixação no Guf do Superior e provoca em seu lugar, as dez Sefirot de Rosh de baixo para Cima, através de um Zivug de Haka’á com a Luz Superior. Também ela se expande de Cima para baixo dentro das dez Sefirot de Guf em Toch e Sóf, com foi explicado no Partzuf AB de AK. Todavia, existem diferenças em relação ao final do Partzuf, tal como está escrito em outro lugar.

TZIMTZUM BET, CHAMADA DE TZIMTZUM NEHY DE AK.

56)         Assim, explicamos completamente a questão do Tzimtzum Álef (a primeira restrição) realizada no Kli de Malchut – Bechiná Dálet – para ela não receber a Luz Superior dentro dela. Também explicamos a questão da Massach e seu Zivug de Haka’á com a Luz Superior, que eleva Ohr Chozêr. Estes Ohr Chozêr tornam-se novos vasos de recepção ao invés de Bechiná Dálet.

Também explicamos a Hizdakchut da Massach de Guf, feita nos Gufim (plural de Guf) de cada Partzuf pelo Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, que produz os quatro discernimentos TANTA do Guf de cada Partzuf e eleva a Massach de Guf a ser considerado a Massach de Rosh. Isto o qualifica para um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, no qual outro Partzuf nasce em um grau abaixo do Partzuf anterior. Finalmente explicamos o surgimento dos três primeiros Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG e a ordem de como se vestem um no  outro.

57)         Saiba que nestes três Partzufim, Galgálta, AB e SAG de AK não há sequer uma raiz para os quatro mundos ABYA, uma vez que aqui, não há sequer espaço para os três mundos de BYA. Isto, porque o Partzuf interno de AK estendeu para baixo para o ponto deste mundo e, a raiz da correção desejável, que foi a causa para o Tzimtzum, não foi revelada. Isto é assim, porque a propósito do Tzimtzum que se desdobrou em Bechiná Dálet era para corrigi-la, de forma que não existiria disparidade de forma dentro dela, uma vez que ela recebe a Luz Superior (item 14).

Em outras palavras, para criar o Guf de Adam daquela Bechiná Dálet, tornará  a força de recepção em Bechiná Dálet para ser com a finalidade de doar, através de seu engajamento em Torá e Mitzvot a fim de dar contentamento ao seu Fazedor. Por isto, ele equalizará a forma de recepção em doação completa e este seria o fim da correção, já que isto traria Bechiná Dálet de volta para ser um vaso  de recepção  da Luz Superior, estando em completa Dvekút (adesão) com a Luz, sem nenhuma disparidade de forma.

Todavia, até aqui, a raiz desta correção não foi revelada, pois isto requer que o homem (Adam) seja incluído com as Bechinot superiores, acima de Bechiná Dálet,  de modo a estar apto para executar boas ações de doação. E se Adam tivesse abandonado o estado dos Partzufim de AK, ele teria ficado completamente no estado de espaço vazio. Isto, porque então a Bechiná Dálet inteira, que deve ser a raiz do Guf de Adam, estaria abaixo dos Raglaim (pés) de AK, na forma de um espaço vazio e escuro, como seria de forma oposta da Luz Superior. Portanto, ele seria considerado separado e morto.

E, se Adam tivesse sido criado a partir disso, não teria sido capaz de corrigir suas ações, quaisquer que fossem, uma vez que não existiriam centelhas de doação nele. Ele seria considerado um animal que não tem nada da forma de doação e cuja vida seria apenas para si próprio. Isto seria como os ímpios que estão imersos no desejo de auto recepção, “e até mesmo a generosidade que eles fazem, a fazem para  si próprios”. É dito a respeito deles, “os perversos – durante suas vidas são chamados ‘mortos’, já que estão em oposição de forma da Vida das  Vidas”.

58)         Este é o significado das palavras dos nossos sábios: “No princípio, Ele contemplou criar o mundo com a qualidade de Din (julgamento). Ele viu que o mundo não existe e precedeu a qualidade de Rachamim (misericórdia) e associou-a com a qualidade de Din (Bereshit Raba, 12). Isto significa que cada “primeiro” e “próximo” na espiritualidade refere-se à causa e  consequência.

É por isso que está escrito que a primeira razão para os mundos, isto é os Partzufim de AK, emanados antes de todos os mundos, foram emanados na qualidade de Din, isto é, apenas em Malchut, chamada Midat haDin (qualidade de julgamento). Isto se refere à Bechiná Dálet que foi restringida e partiu como um espaço vazio e a conclusão dos Raglaim de AK, isto é, o ponto deste mundo, abaixo do Siúm dos Raglaim de AK, na forma de espaço vazio desprovido de qualquer Luz.

“Ele viu que o mundo não existe” isto é, que deste modo, ele era impossível para Adam, que seria criado desta Bechiná Dálet, para adquirir atos de doação então, o mundo seria corrigido na quantidade desejada por ele. Isto é porque ele “associou a qualidade Rachamim com a qualidade de Din”.

Explicação: A Sefirá (singular de Sefirot) Biná é chamada Midat haRachamim (qualidade da misericórdia) e a Sefirá Malchut é chamada Midat haDin, uma vez que  o Tzimtzum foi feito nela. O Emanador elevou Midat haDin, que é a força concludente feita na Sefirá Malchut e a elevou para Biná – Midat haRachamim. Ele as associou uma com a outra e, através desta associação, Bechiná Dálet – Midat haDin – foi incorporada com as centelhas de doação no Kli de  Biná.

Isto permitiu que o Guf de Adam, que emergiu de Bechiná Dálet, integrar-se também com a qualidade de doação. Assim, ele será capaz de executar boas ações com a intenção de dar contentamento ao seu Fazedor, até que ele transforme a qualidade de recepção nele para ser inteiramente com a intenção de doar. Assim, o mundo alcançará a correção desejada pela criação do mundo.

59)         Esta associação de Malchut em Biná ocorreu no Partzuf SAG de AK e estimulou um segundo Tzimtzum nos mundos, de si próprio para baixo. Isto, porque um novo Siúm na Luz Superior foi feito sobre ele, isto é, no lugar de Biná. Segue-se que a Malchut Mesayémet (Finalizadora) que permaneceu no Siúm Raglaim de SAG de AK, acima do ponto deste mundo, elevou-se e finalizou a Luz Superior na metade  de Biná de Guf de SAG de AK, chamada Tiféret, uma vez que KACHÁB de Guf é chamada CHAGAT. Assim, Tiféret é Biná de Guf.

Também, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) que permaneceu no Pê de Rosh de SAG de AK, subiu para o lugar de Nikvey Eynaim (pupilas) de AK, que é metade de Biná de Rosh. Então, foi feito ali um Zivug para MA de AK, em Nikvey Eynaim, chamado “o mundo de Nekudim”.

60)         Isto também é chamado Tzimtzum NEHY de AK. Isto, porque SAG de AK, que acabou de igual maneira com Partzuf Galgálta de AK, acima do ponto deste mundo, acaba acima do Tabúr do AK interior através da associação e ascensão de Malchut para o lugar de Biná, na metade de Tiféret, que é metade de Biná de Guf de AK interior. Isto é assim, porque a Malchut final, subiu para aquele lugar e deteve a Luz Superior de se espalhar dali para baixo.

Por esta razão, um espaço vazio foi feito ali, desprovido de Luz. Assim, TNEHY (Tiféret, Netzach, Hod, Yessód) de SAG tornaram-se restritas e desprovidas da Luz Superior. É por isto que Tzimtzum Bet (segunda restrição) é chamado Tzimtzum NEHY de AK, uma vez que através do novo Siúm no lugar do Tabúr, NEHY de SAG de AK foram esvaziados de suas Luzes.

Também se considera que ACHÁP de Rosh de SAG afastou o grau de Rosh de SAG e se tornou seu Guf, uma vez que a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) subiu para Nikvey Eynaim e as dez Sefirot de Rosh emergiram da Massach em Nikvey Eynaim   e Acima. Também, de Nikvey Eynaim para baixo, ele é considerado o Guf do Partzuf, uma vez que ele pode somente receber iluminação de Nikvey Eynaim e abaixo, que é considerado Guf.

O nível destas dez Sefirot que emergiram em Nikvey Eynaim de SAG de AK são as dez Sefirot chamadas “o mundo de Nekudim”. Elas desceram a partir de Nikvey Eynaim de SAG para seu lugar abaixo do Tabúr do AK interior, onde se expandiram com Rosh e Guf. Saiba que este novo Siúm, feito no lugar de Biná de Guf, é chamado Parsá. Também, existe internalidade e externalidade aqui e, somente as dez Sefirot externas são chamadas “o mundo de Nekudim”, enquanto as dez Sefirot internas são chamadas MA e BON de AK em si.

61)         Todavia, devemos entender que uma vez que as dez Sefirot de Nekudim e MA de AK foram emanadas e emergiram de Nikvey Eynaim de Rosh de SAG, deveriam ter vestido SAG de seu Pê de Rosh e abaixo, tal como os outros Partzufim, onde cada inferior veste seu superior, de Pê de Rosh para baixo. Porque não foi assim? Porque desceram e vestiram o lugar abaixo do Tabúr de AK? Para compreendermos isto, precisamos entender completamente como esta associação ocorreu, quando Biná e Malchut estavam conectadas em unidade.

62)         A questão é que durante o emergir do Partzuf SAG, ele acabou inteiramente acima do Tabúr do AK interior, como foi explicado sobre Partzuf AB de AK. Elas não puderam se espalhar do Tabúr para baixo, já que o governo de Bechiná Dálet do AK interior começa ali, em suas dez Sefirot de Siúm e não há nada de Bechiná Dálet ou o que quer que seja nos Partzufim AB e SAG (item 54).

Todavia, quando Nekudot de SAG de AK começaram a emergir, após a Massach de SAG, que é Bechiná Dálet de Aviut, foram purificados através do Bitush de Ohr Makif neles, e vieram para Bechiná Bet de Hitlabshut e Bechiná Álef de Aviut, os Taamin de SAG partiram. Então, o nível de Nekudot surgiu na Aviut que permaneceu na Massach, em VA”K sem um Rosh.

Isto é assim, porque as dez Sefirot que emergem na Bechiná Álef de Aviut são  o nível de ZA, faltando GAR. Também, não há Biná no nível masculino, que é Bechiná Bet de Hitlabshut, mas somente próximo a isso. Isto é considerado VA”K de Biná.

Assim, esta forma do nível de Nekudot de SAG foi equalizada com as dez Sefirot de Siúm abaixo do Tabúr de AK, também considerado VA”K sem um Rosh (item 52). É sabido que a equivalência de forma une os espirituais em um. Assim, este nível posteriormente desceu abaixo do Tabúr de AK e lá se misturou com ZO”N de AK, onde eram como um, uma vez que são de níveis iguais.

63)         Podemos nos surpreender com o fato que existe ainda uma grande distância entre eles a respeito de suas Aviut, uma vez que Nekudot de SAG vem da Aviut de Bechiná Bet e não têm nada de Bechiná Dálet. E, embora seja o nível de ZA, não é como no nível de ZA abaixo do Tabúr de AK, que é ZA de Bechiná Dálet. Portanto, existe uma grande diferença entre eles.

A resposta é que a Aviut não é aparente no Partzuf durante a vestimenta da Luz, mas somente após a partida da Luz. Assim, quando Partzuf Nekudot de SAG apareceu no nível de ZA, desceu e vestiu no nível de ZO”N do Tabúr de AK para baixo, Bechiná Bet foi misturada com Bechiná Dálet e causou o Tzimtzum Bet. Isto criou um novo Siúm no lugar de Biná de Guf daquele Partzuf, bem como solicitou uma mudança no lugar do Zivug, fazendo-o o Pê de Rosh, ao invés de Nikvey Eynaim.

64)         Assim, você acha que a origem da associação de Malchut em Biná, chamado Tzimtzum Bet, ocorreu somente abaixo do Tabúr de AK, pela expansão naquele lugar do Partzuf Nekudot de SAG. Logo, este nível de dez Sefirot de Nekudim, que vem de Tzimtzum Bet, não poderia se espalhar acima do Tabúr de AK, uma vez que não existem força e governo que possam aparecer acima de sua fonte. E desde que o lugar onde Tzimtzum Bet foi criado, foi do Tabúr para baixo, o nível de Nekudim também teve que expandir ali.

 

O  LUGAR  PARA  OS  QUATRO  MUNDOS  ABYA,  E  A  PARSÁ  ENTRE ATZILUT E BYA.

65)         Assim, aprendemos que Tzimtzum Bet ocorreu somente no Partzuf Nekudot de SAG, posicionado do Tabúr de AK para baixo, através do seu Siúm Raglim, ou seja, acima do ponto deste mundo. Saiba que todas as mudanças que se seguiram após a segunda restrição vieram somente naquele Partzuf Nekudot de SAG, e não Acima dele.

Quando dissemos que Acima, através da ascensão de Malchut para a metade de Tiféret de AK, onde ela terminou o Partzuf, a metade inferior de Tiféret e NEHY”M de AK saiu na forma de espaço vazio, isso não ocorreu no próprio TNEHY de AK, mas somente em TNEHY do Partzuf Nekudot de SAG de AK. Todavia, estas mudanças são consideradas uma mera elevação do MA”N no próprio AK. Em outras palavras, ele vestiu-se nestas mudanças para emanar as dez Sefirot de Nekudim, elas mesmas, embora nenhuma mudança tenha sido estimulada no próprio  AK.

66)         E tão logo o Tzimtzum ocorreu, durante a ascensão de Malchut para Biná, até mesmo antes da elevação de MA”N e o Zivug que foi feito em Nikvey Eynaim de AK, isto causou ao Partzuf Nekudot de SAG de AK dividir-se em quatro partes:

  1. KACHÁB CHAGAT acima de seu Chazê são consideradas o lugar de Atzilut;
  1. Os dois terços inferiores de Tiféret, do Chazê para baixo até o Siúm de Tiféret tornaram-se o lugar do mundo de Briá;
  1. Suas três Sefirot, NEHY, tornaram-se o lugar do mundo de Yetzirah;
  2. A Malchut nele, se tornou o lugar do mundo de Assiá;

67)         A razão para isto é que o lugar do mundo de Atzilut significa o lugar merecedor da expansão da Luz Superior. E porque a ascensão da última Malchut para o lugar de Biná de Guf, chamado Tiféret, o Partzuf acaba ali e a Luz não pode atravessar dali para baixo. Assim, o lugar de Atzilut acaba ali, na metade de Tiféret, no Chazê.

E você já sabe que este novo Siúm, feito aqui, é chamado “A Parsá abaixo do mundo de Atzilut”. E existem três divisões nas Sefirot abaixo da Parsá. Isto, porque  na verdade, apenas duas Sefirot, ZO”N de Guf, chamadas NEHY”M, precisavam surgir abaixo de Atzilut. Isto é assim, porque uma vez que o Siúm foi feito em Biná de Guf, que é Tiféret, somente as ZO”N abaixo de Tiféret estão abaixo do Siúm e não Tiféret, embora metade de Tiféret inferior, também tenha saído para baixo do Siúm.

A razão é que Biná de Guf também consiste de dez Sefirot KACHÁB ZO”N. E uma vez que estes ZO”N de Biná são as raízes das ZO”N de Guf includentes, que foram incluídos em Biná, eles são considerados como eles. Portanto, também ZO”N de Biná saiu abaixo da Parsá de Atzilut, junto com as ZO”N inclusivas. Por esta razão, a Sefirá Tiféret foi quebrada através dele no lugar do Chazê, uma vez que Malchut que subiu para Biná está ali e traz a tona as ZO”N de Biná, isto é, os dois terços de Tiféret do Chazê para baixo, para seu Siúm.

Todavia, existe ainda uma diferença entre os dois terços de Tiféret e NEHY”M uma vez que os dois terços de Tiféret verdadeiramente pertencem a Biná de Guf e nunca emergiram abaixo do Siúm de Atzilut por causa delas mesmas, mas só porque elas eram as raízes de ZO”N. Portanto, suas falhas não eram tão grandes, uma vez que não saíram por causa delas mesmas. Portanto, se tornaram separadas de NEHY”M e se tornaram um mundo em e delas mesmas, chamado de “o mundo de Briá”.

68)         Também ZO”N de Guf, chamado de NEHY”M, estão divididas em dois discernimentos, uma vez que Malchut é considerada Nukvá (feminino), sua falha é maior e ela se torna o lugar do mundo de Assiá. ZA, que é NEHY, tornou-se o mundo de Yetzirá, acima do mundo de Assiá.

Portanto explicamos como Partzuf Nekudot de SAG foi dividido por Tzimtzum Bet e tornou-se o lugar de quatro mundos: Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. KACHÁB CHAGAT, abaixo, até seu Chazê, tornou-se o lugar do mundo de Atzilut. A metade inferior de Tiféret, do Chazê ao Siúm de Tiféret, tornou-se o lugar do mundo de Briá, as NEHY nele – o mundo de Yetzirá e sua Malchut – o mundo de Assiá. Seus espaços começam a partir do ponto do Tabúr de AK e terminam acima do ponto deste mundo, isto é, através do Siúm Raglin de AK, o qual é o fim da vestimenta do Partzuf Nekudot de SAG sobre o Partzuf Galgálta de AK.

A KATNUT E GADLUT INICIARAM-SE NO MUNDO DE  NEKUDIM

69)         Agora que você sabe sobre o Tzimtzum Bet que ocorreu no Partzuf Nekudot de SAG com o propósito de emanar as dez Sefirot no mundo de Nekudim, o quarto Partzuf de AK, devemos retornar para explicar a eliciação das dez Sefirot particulares de Nekudim. A eliciação de um Partzuf a partir do seguinte já foi explicada. Cada Partzuf inferior nasce e se origina da Massach de Guf do Superior, após sua Hizdakchut e ascensão para renovar o Zivug no Pê do Superior. E a causa desta Hizdakchut é o Bitush no Pê de Ohr Makif na Massach do Partzuf Superior, que purifica a Massach de sua Aviut de Guf e a equaliza com a Aviut de Rosh (item 35).

Desta maneira, Partzuf AB de AK emergiu do Partzuf Kéter de AK, Partzuf SAG de AK do Partzuf AB de AK e o quarto Partzuf de AK, chamado “dez Sefirot do mundo de Nekudim”, nasceu e emergiu de seu superior, sendo da mesma maneira SAG de AK.

70)         Todavia, existe outra questão aqui. Nos Partzufim anteriores, a Massach foi feito somente das Reshimot de Aviut do Guf do Superior, durante a Hizdakchut da Massach ao Pê de Rosh do Superior. Mas aqui, na Hizdakchut da Massach de SAG de AK para Nekudim, este Massach foi feito de dois tipos de Reshimot. Além de ser feito de seus próprias Reshimot de Aviut, com relação às Sefirot de Guf de SAG de AK, também está incluido com as Reshimot de Aviut de ZO”N de AK abaixo do Tabúr. Isto, por causa de sua mistura abaixo do Tabúr de AK, como está escrito (item 61) que Nekudot de SAG desceu abaixo do Tabúr de AK e ali se misturou com ZO”N de AK.

71)         Portanto, a questão de Katnut (pequenez) e Gadlut (idade adulta) foi iniciada aqui, no Partzuf Nekudim. Com respeito aas Reshimot de Aviut na Massach, dez Sefirot de Katnut Nekudim emergiram sobre elas. E com respeito aas Reshimot de ZO”N de AK abaixo do Tabúr, que se misturaram e, se conectaram com as Reshimot da Massach, as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim emergiram sobre  elas.

72)         Você também deve saber que as dez Sefirot de Katnut Nekudim que emergiram na Massach são consideradas o núcleo do Partzuf Nekudim, uma vez que emergiram gradualmente, isto é, do núcleo da Massach de Guf do Superior, o mesmo que os três Partzufim de AK anteriores emergiram. Mas as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim são consideradas como mera adição ao Partzuf Nekudim. Isto, porque elas somente surgiram do Zivug nas Reshimot de ZO”N de AK, abaixo do Tabúr, que não aparecem gradualmente, mas foram adicionadas e conectadas aa Massach devido ao declínio do Partzuf Nekudot de SAG abaixo do Tabúr de AK (item  70).

73)         Devemos primeiro esclarecer as dez Sefirot de Katnut Nekudim. Você já sabe que seguindo a Hitpashtut (espalhamento/expansão) de SAG de AK, elas submeteram-se ao Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi no seu Massach, que gradualmente as purificou. Os níveis que emergiram com sua purificação, são chamados Nekudot  de SAG e elas desceram abaixo do Tabúr de AK e ali se misturaram com Bechiná Dálet (item 62). Após terem completado sua purificação de todas as Aviut de Guf na Massach e permanecerem somente com Aviut de Rosh, se considera como tendo elevado o Rosh de SAG, onde elas receberam um novo Zivug na medida da Aviut que ficou nas Reshimot da Massach (item 35).

74)         E aqui, também, é considerado que a última Bechiná de Aviut, Aviut de Bechiná Bet  que estava na Massach, desapareceu  completamente, deixando somente a Reshimô de Hitlabshut. Assim, nada restou da Aviut além da Bechiná Álef. Portanto (item 43) a Massach recebeu dois tipos de Zivúgim (plural de Zivug) em Rosh de SAG.

  1. Hitkalelut de Bechiná Álef de Aviut dentro da Bechiná Bet de Hitlabshut (vestimenta), chamada “Hitkalelut da Reshimô feminino na Reshimô Masculino”, produziu um nível próximo ao grau de Biná, que é o grau de  VA”K de Biná. Este nível é chamado de “a Sefirá Kéter de Nekudim”.
  2. Hitkalelut do masculino com a Reshimô do feminino, a Reshimô da Bechiná Bet de Hitlabshut em Bechiná Álef de Aviut, produziu o nível de ZA, considerado VA”K sem um Rosh, chamado “Aba ve Íma de Nekudim costa com costa”.

Estes dois níveis são chamados GAR de Nekudim, isto é, eles são considerados dez Sefirot de Rosh Nekudim, uma vez que cada Rosh é chamado GAR ou KACHÁB. Mas existe uma diferença entre eles: Kéter de Nekudim, que está no nível masculino, não se espalha no Guf e brilha somente no Rosh. Somente AVI de Nekudim, que são os níveis femininos, chamados “sete Sefirot inferiores de Nekudim” ou “CHAGAT NEHY de Nekudim” expandem-se para o Guf.

75)         Assim, existem três graus um abaixo do outro:

  1. Kéter de Nekudim, com o nível de VA”K de Biná.
  2. O Nível de AVI (Aba e Íma) de Nekudim, que tem o nível de ZA. Estes são ambos considerados Rosh.
  3. ZAT de Nekudim, CHAGAT NEHY”M, considerado Guf de Nekudim.

76)         Saiba, que pela ascensão de Malchut a Biná, estes dois graus de Nekudim dividiram-se em duas metades em suas saídas, chamadas Panim (face) e Achoraim (costas). Isto é assim, porque desde que o Zivug foi feito em Nikvey Eyanim, existem somente duas e meia Sefirot no Rosh – Galgálta, Eynaim (olhos) e Nikvei Eynaim, isso  é, Kéter, Chochmá, e a metade Superior de Biná. Estas são chamadas Kelim de Panim (Kelim frontais).

Os Kelim de ACHÁP, que são a metade inferior de Biná, ZA e Nukvá, emergiram das dez Sefirot de Rosh e foram considerados o grau abaixo de Rosh. Portanto, Kelim de Rosh, que partiu o Rosh, são considerados Kelim de Achoraim (Kelim posteriores). Cada grau foi dividido desta maneira.

77)         Segue-se que não há um único grau que não tenha Panim e Achoraim. Isto porque os ACHÁP do nível masculino, Kéter de Nekudim, emergiram do grau de Kéter e desceram ao grau de AVI de Nekudim, o nível feminino. E ACHÁP do nível feminino – AVI de Nekudim – desceu e caiu ao seu grau de Guf, o grau das sete Sefirot inferiores CHAGAT NEHY de Nekudim.

Acontece que AVI compreende duas Bechinot, Panim e Achoraim: dentro deles estão Achoraim do grau de Kéter, ou seja, os ACHÁP de Kéter e no topo destes vestem os Kelim de Panim de AVI, eles mesmos, isto é, seus próprios Galgálta Eynaim e Nikvey Eynaim. Também, ZAT de Nekudim compreendem Panim e Achoraim: os Kelim de Achoraim de AVI, que são seus ACHÁP, estão dentro de ZAT e os Kelim de Panim de ZAT vestem-nos de fora.

78)         Esta questão da divisão em duas metades fez os graus de Nekudim incapazes de conter mais do que Bechiná Néfesh Ruach, ou seja, VA”K sem GAR. Isto, porque cada grau é deficiente dos três Kelim, Biná e ZO”N, por isso da ausência das luzes de GAR ali, sendo Neshamá, Chaiá, Yechidá (item 24). Portanto, explicamos completamente as dez Sefirot de Katnut de Nekudim, que são os três graus chamados Kéter, AVI e ZAT. Cada grau contém somente Kéter Chochmá no Kelim e Néfesh Ruach nas Luzes, uma vez que Biná e ZO”N de cada grau caíram para o grau abaixo dele.

ELEVANDO MA”N E A ELICIAÇÃO DE GADLUT DE NEKUDIM

79)         Agora vamos explicar as dez Sefirot de Gadlut (Idade adulta/grandeza) de Nekudim que emergiu em MA”N de Reshimot de ZO”N de AK abaixo de seu Tabúr (item 71). Primeiro, precisamos entender a elevação de MA”N. Até aqui, apenas discutimos a ascensão da Massach de Guf para o Pê de Rosh do Superior, uma vez que foi purificado. Também, houve um Zivug de Haka’á nas Reshimot incluídos nele, que produzem o nível de dez Sefirot para as necessidades do inferior. Agora, no entanto, a questão da elevação de Mayin Nukvin (MA”N/águas femininas) foi renovada, para estas Luzes, que se elevaram de abaixo do Tabúr de AK ao Rosh de SAG, que são as Reshimot de ZO”N de Guf de AK, chamados “elevar MA”N”.

80)         Saiba, que a origem de elevar MA”N é de ZA e Biná das dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta) (Item 5). Ali está explicado que Biná, considerada Ohr Chassadim, reunido com Chochmá quando emanou a Sefirá Tiféret, chamada Bechiná Guimel e estendeu a iluminação de Chochmá, desta para Tiféret, que é ZA. A maior parte de  ZA emergiu do Ohr Chassadim de Biná e sua menor parte com iluminação de Chochmá.

Isto é, onde a conexão entre ZA e Biná foi feita, como sempre, as Reshimot de ZA sobem a Biná, Biná se conecta com Chochmá e estende a iluminação de Chochmá desta, para ZA. Esta ascensão de ZA para Biná, que a conecta com Chochmá, é sempre chamada “elevando MA”N”. Sem a ascensão de ZA para Biná, Biná não é considerada Nukvá para Chochmá, uma vez que ela mesma é apenas Ohr Chassadim e não necessita receber Ohr Chochmá.

Ela é sempre considerada “costa a costa” com Chochmá, o que significa que ela não quer receber de Chochmá. Somente quando ZA se eleva até ela, ela se torna Nukvá para Chochmá uma vez mais, para receber iluminação de Chochmá e, desta, para ZA. Dessa maneira, a ascensão de ZA faz dela uma Nukvá e é por isto que sua ascensão é chamada de Mayin Nukvin, como a subida de ZA a leva “face a face” uma vez mais. Isto significa que ela recebe dele a forma que Nukvá faz, a partir do masculino. Assim, explicamos completamente a elevação de  MA”N.

81)         Você já sabe que Partzuf AB de AK é o Partzuf Chochmá e Partzuf SAG de AK é o Partzuf Biná. Isto significa que eles são discernidos de acordo com a Bechiná Mais Elevada do seu nível. AB, cuja Bechiná Mais Elevada é Chochmá e, é considerada totalmente Chochmá. SAG, cuja Bechiná Mais Elevada é Biná, é considerada totalmente Biná.

Então, quando as Reshimot de ZO”N de Guf abaixo do Tabúr de AK se elevaram para o Rosh de SAG, lá eles se tornaram MA”N para SAG, para este SAG, que é Biná, acoplou-se com o Partzuf AB, que é Chochmá. Posteriormente, AB deu a SAG uma nova Luz para as necessidades de ZO”N, abaixo do Tabúr que se elevou ali.

E uma vez que ZO”N de AK recebeu esta nova Luz, eles desceram novamente para seus lugares abaixo do Tabúr de AK, onde existem as dez Sefirot de Nekudim, onde iluminaram a nova Luz dentro das dez Sefirot de Nekudim. Este é o Môchin (Luz) de Gadlut das dez Sefirot de Nekudim. Assim, explicamos as dez Sefirot de Gadlut que emergiram no segundo tipo de Reshimot, que são as Reshimot de ZO”N abaixo do Tabúr de AK (item 71). Certamente, são estes Môchin de Gadlut que causam a quebra dos vasos, tal como será descrito abaixo.

82)         Foi explicado acima (item 74) que existem dois graus em Rosh de Nekudim, chamados Kéter e AVI. Dessa forma, quando ZO”N de AK brilhou a nova Luz de AB SAG para as dez Sefirot de Nekudim, primeiro foi mostrado a Kéter de Nekudim através de seu Tabúr de AK, onde Kéter veste e completa-o com GAR em Luzes e Biná e ZO”N em Kelim. Posteriormente, brilhou para AVI de Nekudim através de Yessód de AK, onde AVI veste e completou-os com GAR em Luzes e Biná e ZO”N em Kelim.

83)         Primeiro, vamos explicar o Gadlut, que esta nova Luz causou nas dez Sefirot de Nekudim. A questão é que devemos perguntar sobre o que está escrito no item 74, que o nível de Kéter e AVI de Nekudim foram considerados VA”K porque agiram na Aviut de Bechiná Álef. Mas dissemos que através da descida de Nekudot de SAG abaixo do Tabúr de AK, Bechiná Dálet juntou-se com a Massach de Nekudot de SAG, que é Biná. Assim, este Massach contém também um Reshimô de Bechiná Dálet de Aviut. Nesse caso, durante a Hitkalelut da Massach em Rosh de SAG, dez Sefirot deveriam ter emergido no nível de Kéter e a Luz de Yechidá e não no nível de VA”K de Biná na Sefirá Kéter e o nível de VA”K sem um Rosh em  AVI.

A resposta é que a causa é o lugar. Uma vez que Bechiná Dálet está incluída em Biná, que é Nikvey Eyanaim, Aviut Dálet desapareceu dali na interioridade de Biná, como se ela não estivesse ali, sob nenhuma hipótese. Portanto, o Zivug foi feito somente nas Reshimot de Bechiná Bet de Hitlabshut e Bechiná Álef de Aviut, que são essencialmente apenas da Massach de Biná (item 74) e, somente dois níveis emergiram ali: VA”K de Biná e VA”K completa.

84)         Portanto, agora ZO”N de AK abaixo do Tabúr estendeu a nova Luz através do seu MA”N a partir de AB SAG de AK e o iluminou para o Rosh de Nekudim (item 81). E uma vez que Partzuf AB de AK não tem conexão com este Tzimtzum Bet, que elevou a Bechiná Dálet ao lugar de Nikvey Eynaim, quando sua Luz foi atraída para o Rosh de Nekudim, ele cancelou novamente o Tzimtzum Bet nele, que elevou o lugar do Zivug para Nikvey Eynaim. Além disso, baixou a Bechiná Dálet de volta ao seu lugar  no Pê, como antes do Tzimtzum Álef, isto é, o lugar do Pê de  Rosh.

Assim, os três Kelim – Ózen (orelha), Chotem (nariz) e Pê (boca) – que caíram de grau devido ao Tzimtzum Bet (item 76), agora retornaram aos seus lugares – seus graus –como antes. Então, o lugar do Zivug desceu uma vez mais de Nikvey Eynaim para Bechiná Dálet no lugar do Pê de Rosh. E uma vez que Bechiná Dálet já está em seu lugar, dez Sefirot surgiram ali no grau de Kéter.

Desta forma, foi explicado que através da nova Luz, que ZO”N de AK estendeu para Rosh de Nekudim, ele ganhou as três Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá e  os três Kelim ACHÁP, que são Biná e ZO”N que estavam faltando quando ele emergiu pela primeira vez.

85)         Agora, esclarecemos completamente Katnut e Gadlut de Nekudim. Tzimtzum Bet, que elevou a Hey inferior – Bechiná Dálet – ao lugar de Nikvey Eyanim, onde estava oculta, causou o nível de Katnut de Nekudim – o nível de VA”K ou ZA nas Luzes de Néfesh Rúach. Ali lhes faltava Biná e ZO”N nos Kelim e nas Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá. E através da aproximação de uma nova Luz de AB SAG de AK aos Nekudim, Tzimtzum Álef voltou ao seu lugar.

Biná e ZO”N dos Kelim voltaram para o Rosh, uma vez que a Hey inferior desceu de Nikvey Eyanim e voltou ao seu lugar – Malchut, chamado Pê. Então um Zivug foi feito em Bechiná Dálet, que retornou ao seu lugar e, emergiram dez Sefirot  ao nível de Kéter e Yechidá. Isto completou as NARANCHAY das Luzes e KACHÁB ZO”N dos Kelim.

Em resumo, de agora em diante nós nos referiremos ao Tzimtzum Bet e a Katnut pelo nome “ascensão da Hey inferior para Nikvey Eynaim e a descida de ACHÁP abaixo”. Também, nos referimos à Gadlut pelo nome de “A aproximação da Luz de AB SAG, que baixa a Hey inferior de Nikvey Eyanim e traz ACHÁP de volta aos seus lugares”. Lembre-se desta explicação acima.

Lembre-se também que GE (Galgálta Eyanim) e ACHÁP são nomes das dez Sefirot KACHÁB ZO”N de Rosh e as dez Sefirot de Guf são chamadas de HGT (CHAGT) NEHY”M. Elas, também, estão divididas em GE e ACHÁP, desde Chéssed e Gevurá e o terço Superior de Tiféret – através do Chazê – são Galgálta ve (e) Eynaim e Nikvey Eynaim e os dois terços de Tiféret e NEHY”M  são ACHÁP, como foi escrito acima.

Além disso, lembre-se que Galgálta, Eynaim e Nikvey Eynaim, ou CHAGAT acima do Chazê, são chamados Kelim de Panim (Kelim anteriores). E ACHÁP, ou os dois terços inferiores de Tiféret e NEHY”M do Chazê para baixo são chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posteriores), como escrito no item 76. Você também deve se lembrar de que a fissura do grau que ocorreu com Tzimtzum Bet, que deixou somente Kelim de Panim na totalidade do grau. E finalmente, cada inferior contém em si os Kelim de Achoraim do Superior (item 77).

EXPLICANDO AS TRÊS NEKUDOT CHOLAM, SHURUK, CHIRIK

86)         Saiba, que as Nekudot (pontos) estão divididas em três Bechinot – Rosh, Toch, e Sóf, que são:

  • Nekudot Superiores, acima das Otiyot (letras), incluídas no nome, Cholam;
  • Nekudot Médias,  dentro  das   Otiyot,   incluídas  no   nome, Shuruk  ou

Melafom, ou seja, Vav e um ponto dentro dela;

  • Nekudot Inferiores, abaixo das Otiyot, incluídas no nome, Chirik

87)         Estas são suas explicações: Otiyot são Kelim, isto é, Sefirot do Guf. Isto porque, as dez Sefirot de Rosh são somente raízes para os Kelim, não Kelim reais. Nekudot significa Luzes, que sustentam os Kelim e os movem, significando Ohr Chochmá chamado Ohr Chaiá27. Ele é considerado uma nova Luz, que ZO”N de AK recebeu de AB SAG e iluminou os Kelim de Nekudim, trazendo abaixo a Hey inferior de volta ao Pê de cada grau, e retornando o ACHÁP de Kelim e GAR das Luzes para cada grau.

Portanto, esta Luz movimenta os Kelim de ACHÁP e os eleva do grau inferior, conectando-os ao Superior, como no inicio. Este é o significado dos Nekudot que movem as Otiyot. E uma vez que esta Luz se estende de AB de AK, que é Ohr Chaiá, ela revive aqueles Kelim de ACHÁP ao vesti-los.

88)         Você já sabe que ZO”N de AK brilhou esta nova Luz para as dez Sefirot de Nekudim através de dois lugares: Iluminou o Kéter de Nekudim através do Tabúr e iluminou AVI de Nekudim através de Yessód.

Saiba que esta iluminação através do Tabúr é chamada Cholam, que brilha para as Otiyot acima delas. Isto é assim porque a iluminação do Tabúr alcança somente Kéter de Nekudim, o nível masculino de Rosh de Nekudim (item 74). E o nível masculino não se expande para os sete inferiores de Nekudim, que são os Kelim de Guf, chamados Otiyot, assim se considera estar brilhando sobre elas somente do seu lugar acima, sem expandir-se nas próprias Otiyot.

Esta iluminação através de Yessód é chamada Shuruk, isto é, Vav com um ponto que fica dentro da linha das Otiyot. A razão é que esta iluminação vem para AVI de Nekudim, que são os níveis femininos do Rosh de Nekudim, cujas Luzes assim se expandem para o Guf, que são ZAT de Nekudim, chamadas Otiyot. É por isso que você encontrará o ponto de Shuruk dentro da linha das Otiyot.

89)         Assim, o Cholam e Shuruk foram completamente explicados. A iluminação de uma nova Luz através do Tabúr, que abaixa a Hey inferior de Nikvey Eynaim de Kéter para o Pê e eleva os ACHÁP de Kéter uma vez mais, é o ponto de Cholam acima das Otiyot. A iluminação de uma nova Luz através de Yessód, que abaixa a Hey inferior de Nikvey Eynaim de AVI para seus Pêyot (Plural de Pê) e retorna seus ACHÁP, é o ponto de Shuruk dentro das Otiyot. Isto ocorre porque estes Môchin também vêm em ZAT de Nekudim, chamadas Otiyot.

90)         Chirik é considerada a nova Luz que as ZAT, elas próprias, recebem de AVI, para derrubarem a Hey inferior final, que está em seu Chazê, para o lugar de Siúm Raglin de AK. Assim, seus ACHÁP, ou seja, os Kelim de Chazê para baixo, que  se tornaram o lugar de BYA, retornam para eles. Então, BYA mais uma vez será como Atzilut.

Mas ZAT de Nekudim não poderia trazer a Hey inferior abaixo do Chazê e revogar completamente Tzimtzum Bet, a Parsá, e o lugar de BYA. Ao contrário, quando eles estenderam a Luz em BYA, todos os Kelim de ZAT imediatamente quebraram, uma vez que a força da Hey inferior final, que está na Parsá, foi misturada com estes Kelim.

Assim, a Luz teve que instantaneamente partir dali e os Kelim quebraram, morreram e, caíram em BYA. Ademais, seus Kelim de Panim, acima da Parsá, os Kelim acima do Chazê, também quebraram, já que toda a Luz também partiu dali. Assim, eles quebraram e caíram em BYA, devido a sua união em um Guf com os Kelim de Achoraim.

91)         Portanto você vê que o ponto de Chirik não poderia emergir e controlar no mundo de Nekudim, uma vez que, por outro lado, ele causou a quebra dos vasos. Isto foi porque ela queria vestir-se dentro das Otiyot, em TNEH”YM abaixo da Parsá de Atzilut, que se tornou BYA.

Entretanto, mais tarde, no mundo do Tikun, o ponto de Chirik recebeu sua correção, uma vez que ela foi corrigida no brilho abaixo das Otiyot. Isto significa que quando ZAT de Atzilut recebe a Luz de Gadlut de AVI, que deve abaixar a Hey inferior final do lugar do Chazê ao Siúm Raglin de AK e conectar os Kelim de TNEH”YM para Atzilut, as Luzes se espalharão abaiaxo até Siúm Raglin de AK. No entanto, eles não fazem assim, mas levantam estes TNEHY do local de BYA para o lugar de Atzilut, acima da Parsá e recebem as Luzes enquanto elas estão acima da Parsá de Atzilut, assim nenhuma quebra de vasos ocorreria neles novamente, como no mundo de Nekudim.

Isto é considerado que o ponto de Chirik, que eleva os Kelim de TNEHY de ZAT de Atzilut, está abaixo dos Kelim de TNEH”YM que ela elevou, isto é, ela está no lugar da Parsá de Atzilut. Assim, o ponto de Chirik serve sob as Otiyot. Isto explica os três pontos, Cholam, Shuruk, Chirik, de maneira geral.

A ASCENSÃO DO MA”N DE ZAT DE NEKUDIM PARA AVI E A EXPLICAÇÃO DA SEFIRÁ DÁAT

92)         Já foi explicado que devido à ascensão da Hey inferior à Nikvey Eynaim, que ocorreu em Tzimtzum Bet, quando a Katnut das dez Sefirot de Nekudim emergiram, cada grau foi dividido em duas metades.

  • Galgálta ve Eynaim permaneceram no grau, portanto, eles são chamados

Kelim de Panim (Kelim anteriores).

  • Auzen, Chotem e Pê, que caíram do grau para o abaixo deste, são, portanto chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posteriores).

Assim, cada grau é agora feito de internalidade e externalidade, uma vez que os Kelim de Achoraim do grau Superior cairam na internalidade de seus próprios Kelim de Panim. E os ACHÁP de Kéter de Nekudim caídos, estão vestidos dentro de Galgálta ve Eynaim de AVI e os ACHÁP de AVI caídos, estão vestidos dentro de Galgálta ve Eynaim de ZAT de Nekudim (item 76).

93)         Em consequência, quando a nova Luz de AB SAG de AK vem para o grau, e baixa a Hey inferior de volta ao seu lugar na Pê, durante a Gadlut de Nekudim, o grau traz seus ACHÁP de volta para ela e suas dez Sefirot de Kelim e dez Sefirot de Luzes são completadas. É então considerado que também o grau inferior, que foi anexado aos ACHÁP do Superior, sobe junto com elas ao  Superior.

Isto é assim, porque a regra é que “não há ausência na espiritualidade”. E como o inferior estava ligado aos ACHÁP do Superior durante a Katnut, também não estão separados entre si durante a Gadlut, quando os ACHÁP do Superior retornam ao seu grau. Disso resulta que o grau inferior agora se tornou um grau Mais Elevado, uma vez que o inferior que sobe ao Superior torna-se como  Ele.

94)         Disso resulta, que quando AVI receberam a nova Luz de AB SAG e baixaram a Hey inferior de Nikvey Eynaim de volta aos seus Pê e elevaram também seus ACHÁP para elas, às ZAT (sete Sefirot inferiores), que vestem estes ACHÁP durante a Katnut, agora se elevaram com elas para AVI. Assim, as ZAT se tornaram um simples grau com AVI. Esta ascensão das ZAT para AVI é chamada “elevar MA”N”. E quando elas estão no mesmo grau que AVI, recebem também as Luzes de AVI.

95)         E isto é chamado MA”N uma vez que a ascensão de ZA para Biná leva-a de volta para estar face a face com Chochmá (item 80). Se sabe que cada ZAT são ZO”N. Assim, quando ZAT subiram com ACHÁP de AVI para o grau de AVI, se tornam MA”N para Biná das Sefirot de AVI. Então elas retornam para estar face a face com Chochmá de AVI e provêm ZO”N, que são ZAT de Nekudim que se elevaram para elas, com a iluminação de Chochmá.

96)         Apesar da acima mencionada ascensão de ZAT para AVI, isto não significa que elas estavam completamente ausentes de seus lugares e subiram para AVI, uma vez que não há ausência na espiritualidade. Também, qualquer “troca de lugar” na espiritualidade não significa que partiu de seu antigo lugar e mudou-se para uma nova localização, assim como nos mudamos na corporalidade. Ao invés,  há meramente um acréscimo aqui: elas vieram para um novo local, enquanto permanecem no antigo. Assim, embora ZAT subiram para AVI para MA”N, ainda permaneceram em seus lugares, nos seus graus inferiores, como  antes.

97)         Da mesma forma, você pode entender que mesmo que digamos que uma vez que ZO”N se elevaram por MA”N para AVI e lá receberam suas Luzes e dali saíram e retornaram ao seu lugar abaixo, aqui, também, isto não significa que eles partiram de seus lugares acima e se moveram para o lugar abaixo. Tivesse ZO”N estado ausente de seu lugar acima em AVI, o Zivug de AVI face a face pararia instantaneamente e eles retornariam para estar costas-com-costas como antes. Eles parariam sua abundância, e ZO”N, abaixo, também perderiam seus  Môchin.

Já foi explicado acima, que Biná naturalmente deseja somente Ohr Chassadim, como em: “pois ele se deleita em misericórdia”. Ela não tem qualquer interesse em receber Ohr Chochmá; assim, ela está costas-com-costas com Chochmá. Somente quando ZO”N ascende para eles, pois MA”N faz Biná retornar para um Zivug face-a- face com Chochmá, para doar a iluminação de Chochmá para ZA (item 80).

Portanto, é necessário que ZO”N sempre permaneça ali, para dar sustentação e subsistência para o Zivug de AVI face-a-face. Por esta razão, não pode ser dito que ZO”N estão ausentes dos seus lugares de AVI quando eles vêm para os seus lugares abaixo. Ao invés, como já dissemos, qualquer “mudança de lugar” é apenas uma adição. Assim, embora ZO”N desçam de seus lugares, também, eles ainda permaneceram acima.

98-99) Agora você pode entender a Sefirá Dáat que teve seu inicio no mundo de Nekudim. Em todos os Partzufim de AK, através de Nekudim, existem apenas dez Sefirot KACHÁB ZO”N. Mas do mundo de Nekudim em diante, existe a Sefirá Dáat, que consideramos com KACHÁBAD ZO”N.

O fato é que não houve ascensão de MA”N nos Partzufim de AK, mas somente a ascensão de Massach ao Pê de Rosh (item 79). Mas você deve saber que a Sefirá Dáat surge da ascensão de MA”N de ZO”N para AVI, como foi esclarecido ao comentarmos que ZO”N, ao se elevarem ali com MA”N para Chochmá e Biná, permanecem ali mesmo após a suas saídas dali aos seus lugares abaixo, para prover sustento e subsistência ao Zivug de AVI face-a-face. Estes ZO”N, que permanecem em AVI são chamados “A Sefirá Dáat”. Portanto, agora CHUB têm a Sefirá Dáat, que as sustenta e as posiciona no Zivug face-a-face. Estes são as ZO”N que ali subiram a MA”N e permaneceram ali até mesmo após a saída das ZO”N para os seus lugares.

Assim, a partir de agora, chamamos as dez Sefirot pelos nomes KACHÁBAD ZO”N. Mas nos Partzufim de AK, antes do mundo de Nekudim, antes de elevar MA”N, lá não havia Sefirá Dáat. Você também deve saber que a Sefirá Dáat é sempre chamada “cinco Chassadim e cinco Gevurot”, uma vez que ZA que permanece ali é considerado cinco Chassadim e a Nukvá que permaneceu ali é considerada cinco Gevurot.

100)       Podemos perguntar a respeito do que está escrito no Livro da Criação, que as dez Sefirot são “dez e não nove, dez e não onze”. Dizia-se que a Sefirá Dáat foi iniciada  no mundo de Nekudim, portanto, existem onze Sefirot KACHÁBAD ZO”N.

A resposta é que isso não é de todo um acréscimo para as dez Sefirot, uma vez que aprendemos que a Sefirá Dáat é ZO”N que acendeu para MA”N e permaneceu ali. Portanto, não há acréscimo aqui, mas ao contrário dois discernimentos em ZO”N:

  1. As ZO”N em seus lugares abaixo, que são considerados Guf;
  2. As ZO”N que permaneceram no Rosh de AVI, uma vez que eles já estavam ali durante a subida de MA”N e não há ausência na espiritualidade. Assim, aqui não há acréscimo nas dez Sefirot, pois no fim, há somente dez Sefirot KACHÁB ZO”N. E se o discernimento de ZO”N permanece  no Rosh em AVI, isto não adiciona nada às dez Sefirot.

A QUEBRA DOS VASOS E SUA QUEDA EM BYA

101)       Agora que explicamos completamente a subida de MA”N e a Sefirá Dáat, que são consideradas os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim que se estenderam e subiram para AVI. Isto, porque AVI recebeu a nova Luz de AB SAG de AK de ZO”N de AK  na forma do ponto de Shuruk. Elas baixaram a Hey inferior de seus Nikvey Eynaim para o Pê e elevaram seus Kelim de Achoraim, que tinham caído em ZAT de Nekudim. Como resultado, os Kelim de Panim de ZAT, que estavam ligados aos Kelim de Achoraim de AVI (itens 89-94), também acenderam e ZAT de Nekudim ali se tornou MA”N e retornou AVI para estar face-a-face.

E uma vez que a Hey inferior, que é Bechiná Dálet, já tinha retornado para o seu lugar no Pê, o Zivug de Haka’á que foi feito naquele Massach de Bechiná Dálet produziu dez Sefirot completas no nível de Kéter na Luz de Yechidá (item 84). Assim, ZAT, que estão incluidos ali como MA”N, receberam também aquelas grandes Luzes de AVI. Todavia, tudo isto é somente considerado como sendo de Cima para baixo, uma vez que AVI são considerados o Rosh de Nekudim, onde ocorre o Zivug que produz as dez Sefirot de Cima para abaixo.

Posteriormente, eles se expandem também em um Guf, de Cima para baixo (item 50). Então, as ZAT se estendem com todas as Luzes que tinham recebido em AVI para os seus lugares abaixo e o Rosh e Guf do Partzuf Gadlut de Nekudim acabam. Esta Hitpashtut é considerada o Taamin do Partzuf Gadlut de Nekudim  (item 26).

102)       As quatro Bechinot – Taamin, Nekudot, Tagin, Otiyot – são também discernidas no Partzuf Nekudim (item 47). Isto é assim porque todas as forças que existem nos Superiores também devem existir nos inferiores. Mas no inferior, existem questões adicionais ao Superior. Foi explicado que o coração da Hitpashtut de cada Partzuf é chamado Taamin. Depois que ele se expande, o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi ocorre nele e, através deste Bitush, a Massach é gradualmente purificado até que se iguala com o Pê de Rosh.

E uma vez que a Luz Superior não para, a Luz Superior acopla-se com a Massach em cada estado de Aviut ao longo de sua purificação. Isto significa que quando ela se purifica de Bechiná Dálet para Bechiná Guimel, o nível de Chochmá emerge nela. E quando ela vem para Bechiná Bet, o nível de Biná emerge nela. Quando ela vem para Bechiná Álef, o nível de ZA emerge nela e, quando ela vem para Bechiná Shóresh, o nível de Malchut emerge nela. Todos estes níveis que emergem na Massach através de sua purificação são chamados Nekudot.

As Reshimot que permanecem das Luzes, uma vez que elas partiram, são chamados Tagin. Os Kelim que permanecem após a partida das suas Luzes, são chamados Otiyot e, uma vez que a Massach foi completamente purificado de sua Aviut de Guf, é incluído ali na Massach de Pê de Rosh no Zivug e, um segundo Partzuf emerge nele.

103)       E aqui, no Partzuf Nekudim, isto foi feito exatamente da mesma maneira. Aqui, também, dois Partzufim surgem – AB e SAG – um abaixo do outro. E em cada um deles estão Taamin, Nekudot, Tagin e Otiyot.

A única diferença é que a questão da Hizdakchut da Massach não foi feita aqui por causa do Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, mas por causa da força de Din na Malchut Mesayémet (Finalizadora), incluída naqueles Kelim (item 90). Por esta razão, os Kelim vazios não ficaram no Partzuf após a partida das Luzes, tal como nos três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK, mas quebraram, morreram e caíram de BYA.

104)       Partzuf Taamin, que emergiu no mundo de Nekudim, que é o primeiro Partzuf em Nekudim, que emergiu no nível de Kéter, emergiu com Rosh e Guf. O Rosh saiu em AVI e, o Guf é a Hitpashtut de ZAT de Pê de AVI para baixo (Item 101). Esta Hitpashtut do Pê de AVI para baixo é chamada de Mélech ha Dáat (Rei Dáat).

E isto é certamente a totalidade de ZAT de Nekudim que re-expandiu do seu lugar após a elevação de MA”N. Mas uma vez que suas raízes permaneceram em AVI para o sustento e subsistência ao face-a-face de AVI (item 98), chamado Môach ha Dáat, que acopla AVI, sua expansão de Cima para baixo em um Guf é também chamada por esse nome – Mélech ha Da’at. Este é o primeiro Mélech (Rei) de Nekudim.

105)       Sabe-se que toda a quantidade e qualidade nas dez Sefirot de Rosh também aparecem na Hitpashtut de Cima para baixo para o Guf. Assim, como nas Luzes do Rosh, a Malchut acasaladora, retornou e desceu de Nikvey Eynaim para o Pê. Então, GE (Galgálta Eyanim) e Nikvey Eynaim, que são os Kelim de Panim, reuniram seus Kelim de Achoraim, seus ACHÁP e, as Luzes se expandiram neles. Da mesma forma, como elas expandiram-se de Cima para baixo ao Guf, as Luzes também foram atraídas para seus Kelim de Achoraim, que são os TNEH”YM em BYA, abaixo da Parsá de Atzilut.

No entanto, uma vez que a força da Malchut Mesayémet (Finalizadora) na Parsá de Atzilut está misturada naqueles Kelim, tão logo as Luzes de Mélech ha Dáat encontraram esta força, todas partem dos Kelim e sobem para as suas raízes. Então, todos os Kelim de Mélech ha Dáat se quebram face e costa, morrem e caem para BYA, uma vez que a partida das Luzes dos Kelim é como a partida da vitalidade de um corpo corpóreo, chamada “morte”. Então, a Massach foi purificado da Aviut de Bechiná Dálet, uma vez que estes Kelim já quebraram e morreram e somente Aviut de Bechiná Guimel permaneceu nele.

106)       E como a Aviut da Bechiná Dálet foi revogada da Massach de Guf pela quebra, aquela Aviut também foi revogada na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do Rosh em AVI. Isto é assim porque Aviut de Rosh e Aviut de Guf são a mesma coisa, exceto que uma é potencial e a outra é real (item 50). Assim, o Zivug no nível de  Kéter também parou no Rosh em AVI e os Kelim de Achoraim, os ACHÁP que completaram o nível de Kéter, caíram uma vez mais ao grau abaixo – os ZAT. Isto é chamado “revogando os Achoraim do nível de Kéter de AVI”. Disto resulta que todo o nível de Taamin de Nekudim, Rosh e Guf, partiram.

107)       E uma vez que a Luz Superior não para de brilhar, esta se acopla mais uma vez sobre Aviut de Bechiná Guimel que permaneceu na Massach de Rosh em AVI, produzindo dez Sefirot no nível de Chochmá. O Guf de Cima para baixo expandiu-se para a Sefirá Chéssed e esta é o segundo Mélech de Nekudim. Este, também se estendeu para BYA, quebrou e morreu, então, a Aviut de Bechiná Guimel também foi revogada da Massach de Guf e de Rosh. Além disso, os Kelim de Achoraim, os ACHÁP que completaram este nível de Chochmá de AVI, foram revogados mais uma vez e caíram ao grau abaixo deste, para ZAT, como aconteceu no nível de  Kéter.

Na sequência, o Zivug foi feito em Aviut Bechiná Bet que permaneceu na Massach, produzindo dez Sefirot no nível de Biná. O Guf, de Cima para baixo, expandiu-se na Sefirá Gevurá e este é o terceiro Mélech de  Nekudim.

Este, também, se estendeu em BYA, quebrou e morreu, revogando a Aviut   de Bechiná Bet no Rosh e Guf, finalizando também o Zivug no nível de Biná na Rosh. O Achoraim do nível de Biná de Rosh caiu ao grau abaixo dela em ZAT e então o Zivug foi feito na Aviut de Bechiná Álef que permaneceu na Massach, produzindo nela dez Sefirot no nível de ZA. Também, seu Guf, de Cima para baixo, espalha-se no terço Superior de Tiféret. Todavia, este, também, não durou e sua Luz partiu dele. Assim,  a Aviut de Bechiná Álef foi purificada com Guf e Rosh e os Achoraim do nível de ZA cairam para o grau abaixo dela, para ZAT.

108)       Isto completa a decida de todos os Achoraim de AVI, que são os ACHÁP. Isto é assim, porque com a quebra de Mélech ha Dáat, somente os ACHÁP que pertencem ao nível de Kéter foram cancelados em AVI. E com a quebra de Mélech ha Chéssed, somente os ACHÁP que pertencem ao nível de Chochmá foram cancelados em AVI. E com a quebra de Mélech ha Gevurá, os ACHÁP que pertencem ao nível de Biná foram cancelados; e com a partida do terço Superior de Tiféret, os ACHÁP do nível de ZA foram cancelados.

A isto segue que a totalidade de Gadlut de AVI foi cancelada e somente GE de Katnut permaneceu nela e, somente Aviut Shóresh permaneceu na Massach. Depois, a Massach de Guf foi purificado de todas as suas Aviut e se equalizou com a Massach de Rosh, Então, ele foi incluído num Zivug de Haka’á de Rosh e as Reshimot nele foram renovados, além da última Bechiná (item 41). E por esta renovação, um novo nível emergiu nele, chamado YESHSUT.

109)       E uma vez que a última Bechiná foi perdida, tudo o que restou foi Bechiná Guimel, na qual dez Sefirot no nível de Chochmá emergiram. E quando sua Aviut de Guf foi reconhecida, esta deixou o Rosh de AVI, desceu, e vestiu o lugar do Chazê de Guf de Nekudim (item 55). Produziu as dez Sefirot de Rosh do Chazê para cima e este Rosh é chamado de YESHSUT. Ele produziu seu Guf do Chazê para baixo dos dois terços de Tiféret através do Siúm de Tiféret. Este é o quarto Mélech de Nekudim e, este também, se estendeu para BYA, quebrou e morreu. Assim, Aviut de Bechiná Guimel purificou Rosh e Guf. Seus Kelim de Achoraim do Rosh caíram para o grau abaixo deste, no lugar de seu Guf.

Posteriormente, o Zivug foi feito em Aviut de Bechiná Bet, que permaneceu nela, produzindo nela o nível de Biná. Seu Guf, de Cima para baixo, expandiu-se nos dois Kelim Netzach e Hod, que são ambos um Mélech – o quinto Mélech de Nekudim.  E eles, também, estenderam-se para BYA, quebraram e morreram. Assim, a Aviut de Bechiná Bet, purificou Rosh e Guf e os Kelim de Achoraim do nível caíram ao grau abaixo desta: o Guf.

Depois, o Zivug foi feito na Aviut de Bechiná Álef, que permaneceu nela e produziu o nível de ZA. Seu Guf, de Cima para baixo, se expandiu no Kli de Yessód   e, este é o sexto Mélech de Nekudim. Este, também se expandiu em BYA, quebrou e morreu. Assim, a Aviut da Bechiná Álef também foi purificada no Rosh e Guf e os Kelim de Achoraim no Rosh caíram para o grau abaixo deles, para o  Guf.

Então, houve o Zivug em Aviut de Bechiná Shóresh que permaneceu na Massach, produzindo o nível de Malchut. Este de Cima para baixo se estendeu no Kli de Malchut, e este é o sétimo Mélech de Nekudim. Este também, expandiu-se em BYA, quebrou e morreu. Assim, Aviut Shóresh também foi purificada no Rosh e Guf e, o Achoraim de Rosh caiu para o grau abaixo deste, no Guf. Agora todos os Kelim de Achoraim de YESHSUT foram cancelados, assim como, a quebra dos vasos de todas ZAT de Nekudim, chamadas “os sete Melachim (Reis)”.

110)       Assim, explicamos o Taamin e Nekudot que emergiram nos dois Partzufim AVI e YESHSUT de Nekudim, chamados AB SAG. Em AVI, quatro níveis emergiram um abaixo do outro:

  • O nível de Kéter é chamado “contemplação dos Eynaim de AVI”.
  • O nível de Chochmá é chamado Guf de Aba.
  • O nível de Biná é chamado Guf de Íma.
  • O nível de ZA é chamado Yesodot (fundações) de AVI. Quatro corpos se expandem a partir deles:
  • Mélech ha (Rei de) Dáat;
  • Mélech ha Chéssed;
  • Mélech ha Gevurá;
  • Mélech do terço Superior de Tiféret, através do Chazê.

Estes quatro Gufim (plural de Guf) quebraram-se em ambos Panim e Achoraim. Mas com respeito aos seus Roshim (plural de Rosh), isto é, os quatro níveis em AVI, todos os seus Kelim de Panim permaneceram nos níveis, isto é, GE e Nikvey  Eynaim  de cada nível, que havia neles desde Katnut de Nekudim. Somente os Kelim de Achoraim em cada grau, que se juntaram a eles durante o Gadlut, foram recancelados pela quebra, caíram para o grau abaixo deles. E permaneceram como eram antes do emergimento de Gadlut de Nekudim (itens 76-77).

111)       O emergimento dos quatro níveis, um abaixo do outro, no Partzuf YESHSUT foi precisamente da mesma maneira:

  • O primeiro  nível  é  o  nível  de  Chochmá,  chamado  “contemplação de Eynaim de YESHSUT um para o outro”.
  • O nível de Biná;
  • O nível de ZA;
  • O nível de Malchut;

Quatro Gufim se expandiram a partir deles:

  • O Mélech dos dois terços inferiores de Tiféret;
  • Mélech de Netzach e Hod;
  • Mélech de Yessód;
  • Malchut.

Seus quatro Gufim quebraram em ambos Panim e Achor (costas). Mas nos Roshim, isto é, nos quatro níveis de YESHSUT, os Kelim de Panim permaneceram neles e, somente seus Achoraim foram cancelados pela quebra, e caíram para o grau abaixo deles. Após o cancelamento dos dois Partzufim AVI e YESHSUT, o nível de MA de Nekudim emergiu. E uma vez que tudo que se expandiu dela para o Guf foram somente correções dos Kelim, não elaborarei aqui.

O MUNDO DO TIKUN E O NOVO MA QUE SURGIU DE METZACH DE AK

112)       Do início do prefácio até este ponto nós explicamos de forma completa os primeiro quatro Partzufim de AK:

  • O primeiro Partzuf de AK é chamado Partzuf Galgálta, cujo Zivug de Haka’á é realizado em Bechiná Dálet e suas dez Sefirot estão no nível de Kéter.
  • O segundo Partzuf de AK é chamado AB de AK. O Zivug de Haka’á nele é feito em Aviut da Bechiná Guimel e suas dez Sefirot estão no nível de Chochmá. Ele veste do Pê do Partzuf Galgálta para baixo.
  • O terceiro Partzuf de AK é chamado SAG de AK. O Zivug de Haka’á nele ocorre na Aviut de Bechiná Bet e suas dez Sefirot estão no nível de Biná. Ele veste o Partzuf AB de AK do Pê para baixo.
  • O quarto Partzuf de AK é chamado MA de AK. O Zivug de Haka’á nele ocorre em Aviut da Bechiná Álef e suas dez Sefirot estão no nível de ZA. Este Partzuf veste SAG de AK do Tabúr para baixo e está dividido em internalidade e externalidade. A internalidade é chamada MA e BON de AK, e a externalidade é chamada de “o mundo de Nekudim”. Isto é onde se realiza a associação de Malchut em Biná, chamada Tzimtzum Bet, tal como a Katnut, Gadlut, a elevação de MA”N e a Dáat, que determina e acopla as AB (CHUB) face a face, e a questão da quebra dos vasos. Isto é assim, porque todos eles foram iniciados no quarto Partzuf de AK, chamado MA ou “o mundo de Nekudim”.

113)       Estes cinco discernimentos de Aviut na Massach são nomeados após as Sefirot no Rosh, isto é, Galgálta Eynaim e ACHÁP:

  • Aviut de Bechiná Dálet é chamada Pê, em que o primeiro Partzuf de AK emerge.
  • Aviut de Bechiná Guimel é chamada Chotem, na qual Partzuf AB de AK emerge.
  • Aviut de Bechiná Bet é chamada Ózen, no qual Partzuf SAG de AK emerge.
  • Aviut de Bechiná Álef é chamado Nikvey Eynaim, no qual Partzuf MA de AK e o mundo de Nekudim emergem.
  • Aviut de Bechiná Shóresh é chamado Galgálta ou Metzach, no qual, o mundo de Tikun (correção) emerge, chamado de “o novo MA”, uma vez que o quarto Partzuf de AK é o centro do Partzuf MA de AK, uma vez que ele se origina de Nikvey Eynaim no nível ZA, chamado de HaVaYaH de MA.

Mas a quinta parte de AK, que emergiu de Metzach, isto é, Bechiná Galgálta, considerada Aviut Shóresh, na verdade tem somente o nível de Malchut, chamado BON. Todavia, porque Bechiná Álef de Hitlabshut, considerada ZA, permaneceu lá, esta também, é chamada MA. Todavia, é chamada MA que emergiu de Metzach de AK, que significa, que é de Hitkalelut da Aviut Shóresh, chamada Metzach. É também chamada “o novo MA,” para distingui-la de MA que emergiu de Nikvey Eynaim de AK. Este novo Partzuf MA é chamado “o mundo de Tikun” ou “o mundo de Atzilut”.

114)       Todavia devemos entender porque os três primeiros níveis de AK, chamados Galgálta, AB e SAG não são considerados três mundos, mas três Partzufim e como o quarto Partzuf de AK se diferencia para merecer o nome “mundo”. Isto também diz respeito ao quinto Partzuf de AK, uma vez que o quarto Partzuf é chamado “o mundo de Nekudim” e o quinto Partzuf é chamado de “o mundo de Atzilut” ou “o mundo de Tikun”.

115)       Devemos saber a diferença entre um Partzuf e um mundo. Qualquer nível de dez Sefirot que emerge na Massach de Guf de um Superior, após esta ter sido purificada e incluída no Pê de Rosh do Superior (item 50), é chamado Partzuf. Após sua saida do Rosh do Superior, este se expande em seu próprio Rosh, Toch e Sóf e também contém cinco níveis um abaixo do outro, chamados Taamin e Nekudot (item 47). Todavia, este é nomeado somente após o nível de Taamin nele. E os três primeiros Partzufim de AK – Galgálta, AB, SAG (item 47) – emergiram daquela maneira. Mas um mundo significa que este contém tudo que existe no mundo Acima dele, tal como um carimbo e impressão, onde tudo que existe no carimbo é transferido em sua totalidade para sua impressão.

116)       Portanto você vê que os três primeiros Partzufim, Galgálta, AB e SAG de AK são considerados um mundo, o mundo de AK, que emergiu na primeira restrição. Mas o quarto Partzuf de AK, onde Tzimtzum Bet ocorreu, tornou-se um mundo em si e de si mesmo, devido à dualidade que ocorreu na  Massach de Nekudot de SAG em sua descida do Tabúr de AK. Isto é assim porque foi duplicado pela Aviut de Bechiná Dálet, na forma da Hey inferior em Eynaim (item  63).

Durante a Gadlut, Bechiná Dálet voltou ao seu lugar no Pê e produziu o nível de Kéter (item 84), e este nível se igualou com o primeiro Partzuf de AK. E após se espalhar na Rosh, Toch, Sóf, nos Taamin e Nekudot, um segundo Partzuf emergiu nele, no nível de Chochmá, chamado YESHSUT, que é similar ao segundo Partzuf de AK, chamado AB de AK. E seguindo sua Hitpashtut (expansão) nos Ta’amim e Nekudot, um terceiro Partzuf emergiu, chamado de MA de Nekudim (item 111), que é similar  ao terceiro Partzuf de AK.

Por esta razão, tudo que existiu no mundo de AK apareceu aqui no mundo de Nekudim, isto é, três Partzufim um abaixo do outro. Cada um deles contém Ta’amim e Nekudot e todas as suas instâncias, como os três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK no mundo de AK. É por isso que o mundo de Nekudim é considerado como uma impressão carimbada do mundo de AK.

Também, por esta razão é considerado um mundo completo em si e por si mesmo. (E a razão porque os três Partzufim de Nekudim não são chamados Galgálta, AB, SAG, mas ao contrário AB, SAG, MA é que a Aviut de Bechiná Dálet que se juntou com a Massach de SAG está incompleto, devido a Hizdakchut que ocorreu no primeiro Partzuf de AK. É por isto que eles desceram para ser AB, SAG e MA).

117)       Assim, aprendemos como o mundo de Nekudim foi impresso do mundo de AK. Da mesma forma, o quinto Partzuf de AK, isto é, o novo MA, foi inteiramente impresso do mundo de Nekudim. Assim, embora todos os discernimentos que serviram em Nekudim tenham ali sido quebrados e cancelados, eles foram renovados no novo MA. É por  isto que ele é considerado um mundo separado.

Ele também é chamado “o mundo de Atzilut” porque acaba completamente acima da Parsá que foi criada na segunda restrição. É também chamado “o mundo do Tikun (correção)” porque o  mundo de Nekudim  não poderia persistir por  causa da quebra e cancelamento que nele ocorreu. Só depois, no novo MA, quando todas aquelas Bechinot que estavam no mundo de Nekudim voltaram e vieram no novo MA, elas ali se estabeleceram e persistiram.

É por isto que é chamado “o mundo de Tikun”, pois de fato, é na verdade o mundo de Nekudim, mas aqui, no novo MA, ele recebe sua correção do Todo. Isto, porque através do novo MA, todos os Achoraim que caíram de AVI e YESHSUT para o Guf, bem como os Panim e Achoraim de todo as ZAT, que caíram em BYA e morreram, se reúnem e sobem através dele para Atzilut.

118)       A razão para isto é que cada Partzuf inferior retorna e preenche os Kelim do Superior, após a partida de suas Luzes durante a Hizdakchut da Massach. Isto, porque após a partida das Luzes do Guf do primeiro Partzuf de AK, por causa da Hizdakchut da Massach, a Massach, recebeu um novo Zivug no nível de AB, que tornou a preencher os Kelim vazios do Guf do Superior, isto é, o  primeiro Partzuf.

Também, após a saída das Luzes de Guf de AB por causa da Hizdakchut da Massach, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de SAG, que preencheu novamente os Kelim vazios do Superior, que é AB. Além disso, após a partida das Luzes de SAG, devido a Hizdakchut da Massach, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que emergiu de Nikvey Eynaim, sendo os Nekudim, que preencheram novamente os Kelim vazios do Superior, sendo Nekudôt de  SAG.

E só assim, após a saída das Luzes de Nekudim por causa do cancelamento  dos Achoraim e a quebra dos vasos, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que emergiu do Metzach do Partzuf SAG de AK. Isso preenche os Kelim vazios  de Guf do Superior, que são os Kelim de Nekudim que foram cancelados e quebrados.

119)       No entanto, há uma diferença essencial aqui, no novo MA: Ele se tornou um homem, e um Superior aos Kelim de Nekudim, que ele corrige. Por outro lado, nos Partzufim anteriores, o menor não se torna um homem e um Superior aos Kelim de Guf do Superior, mesmo que ele os preencha através de seu nível. E essa mudança é porque nos Partzufim anteriores não houve falha na saida das Luzes, pois somente a partida da Massach causou sua ida.

Mas aqui, no mundo de Nekudim, houve uma falha nos Kelim, já que a força da Malchut Mesayémet (Finalizadora) foi misturada com os Kelim de Achoraim de ZAT, tornando-os impróprios para receberem as Luzes. Esta é a razão por que eles quebraram e cairam em BYA. Assim, eles são completamente dependentes do novo MA para reanimá-los, classificá-los e elevá-los para Atzilut. Como resultado, o novo MA é considerado como masculino e doador.

E estes Kelim de Nekudim, ordenados por ele, tornam-se Nukvá (feminino) para MA. Por este motivo, seu nome foi alterado para BON, que significa que se haviam tornado Tachton (inferior) para MA, apesar de serem superiores ao novo MA, uma vez que são Kelim do mundo de Nekudim e são considerados MA e Nikvey Eynaim, cuja Mais Alta Bechiná é VA”K de SAG de AK (item 74). Mesmo assim, eles agora se tornaram Tachton (inferiores) para o novo MA, razão pela qual são chamados BON.

OS CINCO PARTZUFIM DE ATZILUT E O MA E BON EM CADA PARTZUF

120)       Foi explicado que o nível do novo MA, também se expandiu em um mundo completo em si mesmo, como o mundo de Nekudim. A razão é que, como foi explicado em relação ao nível de Nekudim, também a duplicação da Massach, Bechiná Dálet (item 116). Isso, porque a iluminação de ZO”N de AK que brilhava através do Tabúr e Yessód às GAR de Nekudim, trouxe Tzimtzum Álef de volta ao seu lugar e a Hey inferior desceu de sua Nikvey Eynaim ao Pê, o que causou que emergissem todos estes níveis  de  Gadlut  de  Nekudim  (item  101).  No  entanto,  todos  estes  níveis  foram cancelados e quebrados mais uma vez e, todas as luzes partiram deles. Por esta razão, Tzimtzum Bet voltou ao seu lugar e Bechiná Dálet se reuniu com a Massach.

121)       Assim, também no novo MA, que emergiu do Metzach, também há duas Bechinot de Katnut e Gadlut, como no mundo de Nekudim. O Katnut emerge primeiro, de acordo com a Aviut revelado na Massach, que é o nível de ZA de Hitlabshut, chamado CHAGAT e o nível de Malchut de Aviut, chamado NEH”Y, devido às três linhas feitas em Malchut. A linha direita é chamada Netzá, a linha esquerda é chamada Hod e a linha do meio é chamada Yessód.

No entanto, uma vez que há apenas Hitlabshut  em Bechiná Álef, sem  Aviut, ela não tem Kelim. Assim, o nível de CHAGAT é desprovido de Kelim, vestindo nos Kelim de NEH”Y e este nível é chamado Ubar (embrião). Isso significa que lá há apenas Aviut de Shóresh, que ficou na Massach depois de sua Hizdakchut, durante sua ascensão para Zivug no Metzach do Superior. E o nível que emerge daí é apenas o nível de Malchut.

No entanto, no seu interior está oculta a Hey inferior, considerada como “a menor Hey no Metzach”. Uma vez que o Ubar recebe o Zivug do Superior, ele desce de lá para o seu lugar (tem 54) e recebe os Môchin de Yeniká do Superior, que são Aviut de Bechiná Álef, consideradas “a Hey mais baixa em Nikvey Eynaim”. Assim, ela também adquire Kelim para CHAGAT e CHAGAT propaga de NEH”Y e tem o nível de ZA.

122)       Depois, mais uma vez, ele sobe por MA”N ao Superior. Isso é chamado Ibúr Bet (segunda concepção/impregnação), onde recebe Môchin de AB SAG de AK. Então, Bechiná Dálet desce de Nikvey Eynaim ao seu lugar no Pê (Item 101) e um Zivug é feito em Bechiná Dálet em seu lugar, produzindo dez Sefirot ao nível de Kéter. Assim, os Kelim de ACHÁP sobem de volta para seu lugar no Rosh e o Partzuf é completado com dez Sefirot de Luzes e vasos. E estes Môchin são chamados Môchin de Gadlut do Partzuf. Este é o nível do primeiro Partzuf de Atzilut, chamado Partzuf Kéter ou Partzuf Atik de Atzilut.

123)       E você já sabe que depois da quebra dos vasos, toda a ACHÁP caiu de seus graus, cada um ao grau abaixo dele (itens 77, 106). Assim, os ACHÁP do nível de Kéter de Nekudim estão em GE do nível de Chochmá e os ACHÁP do nível de Chochmá estão em GE do nível de Biná, etc. Assim, durante Ibúr Bet de Gadlut do primeiro Partzuf de Atzilut, chamado Atik, que elevou seus ACHÁP mais uma vez, GE do nível de Chochmá aumentou juntamente com eles. Eles foram corrigidos junto com os ACHÁP do nível de Atik e receberam lá o primeiro  Ibúr.

124)       E uma vez que GE de Chochmá recebeu seu nível de Ibúr e Yeniká (nutrição) (Item 121), eles subiram novamente ao Rosh de Atik, onde receberam um segundo Ibúr para os Môchin de Gadlut. Bechiná Guimel desceu ao seu lugar no Pê, produziu dez Sefirot sobre ela, no nível de Chochmá e, seus Kelim de ACHÁP subiram de volta ao seu lugar no Rosh. Assim, Partzuf Chochmá foi concluído com dez Sefirot de Luzes e Kelim. Este Partzuf é chamado Arich Anpin de  Atzilut.

125)       A GE do nível de Biná subiu junto com estes ACHÁP de AA, onde recebeu seu primeiro Ibúr e Yeniká. Depois, subiu ao Rosh de AA para um segundo Ibúr, elevou seus ACHÁP, recebeu os Môchin de Gadlut e, Partzuf Biná foi concluído com dez Sefirot, Luzes e vasos. Este Partzuf é chamado AVI e YESHSUT, uma vez que GAR são chamados AVI e ZAT são chamados  YESHSUT.

126)       E GE de ZO”N subiu junto com estes ACHÁP de AVI, onde recebeu seu primeiro Ibúr e Yeniká. Isso completa ZO”N no estado de VA”K para ZA e Nekudá (ponto) para Nukvá. Assim explicamos os cinco Partzufim do novo MA, que emergiram no mundo da Atzilut, no estado constante, chamados Atik, AA, AVI e ZO”N.

  • Atik emergiu no nível de Kéter;
  • AA – no nível de Chochmá;
  • AVI no nível de Biná;
  • E ZO”N em VA”K e Nekudá, que é o nível de ZA.

Além disso, aqui, nunca pode haver qualquer diminuição nestes cinco níveis, uma vez que os atos dos inferiores nunca alcançam às GAR de maneira que possam manchá-las. As ações dos inferiores, atingem a ZA e Nukvá, isto é, seus Kelim de Achoraim, que obtêm durante o Gadlut. Mas as ações dos inferiores não podem atingir os Kelim de Panim, que são GE em Luzes de VA”K e Nekudá. Assim, estes cinco níveis são considerados Môchin constantes em Atzilut.

127)       A ordem em que se vestem um no outro e no Partzuf AK é que Partzuf Atik de Atzilut, embora emergisse de Rosh de SAG de AK (item 118), ainda não pode se vestir do Pê de SAG de AK para baixo, mas apenas abaixo do Tabúr. Isto porque, acima do Tabúr de AK é considerado Tzimtzum Álef,  Akudim.

Uma vez que Partzuf Atik é o primeiro Rosh de Atzilut, Tzimtzum Bet não o controla, por isso deve ter sido digno de vestir acima de Tabúr de AK. Mas desde que Tzimtzum Bet já havia sido estabelecido no seu Pê de Rosh, para o resto dos Partzufim de Atzilut, a partir dele para baixo, só pode vestir do Tabúr de AK para  baixo.

Acontece, que o nível de Atik começa no Tabúr de AK e termina igualmente com as Raglaim de AK, ou seja, acima do ponto deste mundo. Isto é assim por causa de seu próprio Partzuf. No entanto, por causa de sua conexão com o resto dos Partzufim de Atzilut, de cuja perspectiva é considerado como incluído também em Tzimtzum Bet, a este respeito, considera-se que suas Raglaim terminam acima da Parsá de Atzilut, desde que Parsá é o novo Siúm (final) de Tzimtzum Bet (item 68).

128)       O segundo Partzuf no novo MA, chamado AA, que foi emanado e saiu do Pê de Rosh de Atik, começa no local de seu emergimento, do Pê de Rosh de Atik e, veste as ZAT de Atik, que terminam acima da Parsá de Atzilut. O terceiro Partzuf, chamado AVI, que emergiu do Pê de Rosh de AA, começa do Pê de Rosh de AA e termina acima do Tabúr de AA. E ZO”N começa no Tabúr de AA e acaba igualmente com o Siúm de AA, ou seja, acima da Parsá de Atzilut.

129)       Você deve saber que cada nível destes cinco Partzufim do novo MA ordenou e conectou a si mesmos uma parte dos Kelim de Nekudim que se tornaram sua Nukvá. Assim, quando Partzuf Atik emergiu, tomou e conectou a si mesmo toda GAR de Nekudim, que permaneceram completas durante a quebra dos vasos. Isto se refere a GE nelas, que emergiram durante sua Katnut, chamadas Kelim de Panim (item 76). Na Katnut de Nekudim, apenas a metade Superior de cada grau veio com eles, ou seja, GE e Nikvey Eynaim. A metade inferior de cada um deles, chamada ACHÁP, desceu para o grau inferior.

Assim, considera-se que Partzuf Atik do novo MA tomou a metade Superior de Kéter dos Kelim de Nekudim, bem como a metade Superior de CHUB e as sete raízes de ZAT, incluídas em GAR de Nekudim. E, estes tornaram-se um Partzuf Nukvá para o Atik do novo MA e juntaram-se uns com os outros. Eles são chamados MA e BON de Atik de Atzilut, uma vez que o masculino de Atik é chamado MA e os Kelim de Nekudim que se juntaram são chamados BON (item 119). Eles estão organizados face e costas: Atik de MA no Panim e Atik de BON em seu  Achor.

130)       Partzuf AA do novo MA, que emergiu no nível de Chochmá, ordenado  e conectado a si mesmo na metade inferior de Kéter de Nekudim – os ACHÁP de Kéter

– os quais, durante a Katnut, estavam no grau abaixo Kéter, isto é, em Chochmá e Biná de Nekudim (item 77). Eles se tornaram uma Nukvá a AA da nova MA e ambos se juntaram. Sua postura é direita e esquerda: AA de MA, que é o masculino, fica à direita, e AA de BON, que é a Nukvá, fica à esquerda.

E a razão pela qual Partzuf Atik de MA não levou também a metade inferior de Kéter de Nekudim é que desde que Atik é o primeiro Rosh de Atzilut, cujo nível é muito alto, conectou a si mesmo apenas os Kelim de Panim de GAR de Nekudim, onde nenhuma falha ocorreu durante a quebra. Isto não é assim na metade inferior de Kéter, os ACHÁP que caíram em CHUB durante a Katnut. Depois, durante a Gadlut, eles se elevaram de CHUB e se juntaram em Kéter de Nekudim (item 84). Então, depois da quebra dos vasos, caíram de Kéter de Nekudim uma vez mais e foram cancelados. Assim, falharam por sua queda e cancelamento e são, portanto, indignos de Atik. Por isso AA de MA os tomou.

131)       E o novo Partzuf AVI, no nível de Biná, classificou e conectou a si mesmo a metade inferior de CHUB de Nekudim, que são os ACHÁP de CHUB que caíram na ZAT de Nekudim durante a Katnut. Mas depois, durante a Gadlut de Nekudim, eles se elevaram e se juntaram com CHUB de Nekudim (item 94). Durante a quebra dos vasos eles caíram em ZAT de Nekudim mais uma vez e foram cancelados (item 107) e, AVI de MA classificou-os para ser seu Nukvá.

Eles são chamados de ZAT de Chochmá e ZAT de Biná de BON, uma vez que Chéssed de Biná permaneceu com as GAR de CHUB de BON no Partzuf Atik e somente a Vav inferior, de Gevurá para baixo, permaneceu na metade inferior de Biná. Acontece que o masculino de AVI é o nível de Biná de MA e Nukvá de AVI é ZAT de CHUB de BON. Eles estão à direita e à esquerda: AVI de MA à direita e AVI de BON à esquerda. E YESHSUT de MA, que são ZAT de AVI, tomou a Malchut de CHUB de BON.

132)       E Partzuf ZO”N do novo MA, no nível de VA”K e Nekudá, classificou e conectou a si mesmo os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim, fora de sua quebra em BYA, isto é, a Bechiná GE de ZAT de Nekudim (item 78). Eles se tornaram Nukvá para ZO”N de MA e ficam à direita e à esquerda: ZO”N de MA à direita e ZO”N de BON   à esquerda.

133)       Assim, explicamos o MA e BON nos cinco Partzufim de Atzilut. Os cinco níveis do novo MA, que emergiu no mundo de Atzilut classificaram os velhos Kelim que trabalharam em Nekudim e os transformaram em Nukvas (femininas), chamadas BON.

  • BON de Atik foram ordenadas e feitas da metade Superior de GAR de Nekudim.
  • BON de AA e AVI foram ordenadas e feitas da metade inferior de GAR de Nekudim, que lhes serviu durante a Gadlut de Nekudim e foram canceladas mais uma vez.
  • BON de ZO”N foram ordenadas e feitas dos Kelim de Panim que surgiram durante a Katnut de Nekudim, que quebraram e cairam junto com seus Kelim de Achoraim durante sua Gadlut.

UMA GRANDE REGRA RELATIVA AOS MÔCHIN CONSTANTES E ÀS SUBIDAS DOS PARTZUFIM E DOS MUNDOS DURANTE OS SEIS MIL ANOS

134)       Já foi explicado que o emergimento da Gadlut de GAR e ZAT de Nekudim veio em três sequências, por meio de três pontos Cholam, Shuruk, Chirik (item 86). Disso você pode entender que existem dois tipos de conclusão das dez Sefirot para a recepção dos Môchin de Gadlut.

A primeira é através de ascensão e integração no Superior, ou seja, quando ZO”N de AK iluminou a nova Luz através do Tabúr em Kéter de Nekudim e baixou a Hey inferior de Nikvey Eynaim de Kéter ao seu Pê. Assim, os ACHÁP de Kéter caídos que estava em AVI elevaram-se e voltaram para os seus graus em Kéter, completando suas dez Sefirot.

Considera-se que, naquele estado, GE de AVI ligada aos ACHÁP de Kéter subiu junto com eles. Assim, também AVI estão incluídos nas dez Sefirot completas de Kéter, desde a mais baixa que sobe para o Superior torna-se como ele (item 93). Assim, considera-se que também AVI, obteve ACHÁP que faltava para completar suas dez Sefirot, pela sua integração em Kéter. Este é o primeiro tipo de Môchin de Gadlut.

135)       O segundo tipo é um grau que foi completado nas dez Sefirot por si mesmas quando ZO”N de AK iluminaram a nova Luz através de Yessód de AK, chamado “o ponto de Shuruk”, para AVI e baixaram a Hey inferior de Nikvey Eynaim de AVI elas mesmas, ao seu Pê. Por isso, elas elevaram os Kelim de ACHÁP de AVI a partir do local em que eles caíram em ZAT ao Rosh de AVI e completaram suas dez Sefirot. Assim, agora AVI estão completas por si mesmas, já que agora eles obtiveram os Kelim reais de ACHÁP que lhes faltavam.

No entanto, no primeiro tipo, quando receberam a sua conclusão, de Kéter através da Dvekút com seus ACHÁP, eles eram na verdade ainda deficientes de ACHÁP. Mas, devido à sua Hitkalelut em Kéter, eles receberam uma iluminação de seus ACHÁP, que bastavam apenas para completá-los em dez Sefirot, enquanto ainda estavam no lugar de Kéter, e não quando partiram dali para o seu próprio lugar.

136)       Da mesma forma, também há dois tipos de conclusões em  ZAT:

  1. Durante a iluminação de Shuruk e a ascensão dos ACHÁP de AVI, no momento em que a GE de ZAT que está ligada a eles, também subiu juntamente com eles para AVI, onde eles receberam ACHÁP para completar suas dez Sefirot. Estes ACHÁP não são mais os seus verdadeiros ACHÁP, mas somente iluminação de ACHÁP, suficiente para completar as dez Sefirot, enquanto estão em AVI e não em sua descida para o seu próprio lugar.
  2. A conclusão das dez Sefirot, que as ZAT obtiveram durante a Hitpashtut de Môchin de AVI para as ZAT, pela qual elas, também, reduziram seu Hey inferior final de seu Chazê ao Siúm Raglin de AK e elevaram suas TNEHY de BYA e as conectaram ao seu grau, para Atzilut. Então, se não tivessem sido quebradas e morrido, teriam sido concluídas com dez Sefirot completas por si mesmas, já que agora haviam obtido os reais ACHÁP que lhes faltava.

137)       Nos quatro Partzufim que emergiram de AVI nos Kelim de CHAGAT, bem como nos quatro Partzufim que emergiram de YESHSUT aos Kelim de TNHYM (Itens 107-109), existem também esses dois tipos de conclusão das dez Sefirot. Isso ocorre porque em primeiro lugar, cada um deles foi completado por sua adesão com ACHÁP de AVI e YESHSUT enquanto eles ainda estavam no Rosh. Este é o primeiro tipo  de  conclusão  das  dez  Sefirot.  Depois, quando  se  expandiram para BYA, elas queriam estar completas pela conclusão do segundo tipo de dez Sefirot. Isso se aplica também às Sefirot dentro das Sefirot.

138)       Você deve saber que esses cinco Partzufim de Atzilut, Atik, AA, AVI e ZO”N foram estabelecidos em permanência,28 e nenhuma diminuição se aplica a eles (item 126). Atik emergiu no nível de Kéter; AA no nível de  Chochmá; AVI no nível  de Biná e; ZO”N ao nível de ZA, VA”K sem um Rosh.

Assim, os Kelim de ACHÁP que foram ordenados por eles, do período de Gadlut, foram considerados realização do primeiro tipo de dez Sefirot, por meio do ponto de Cholam que é mostrado em Kéter de Nekudim. Então, AVI também, foram concluídos por Kéter e obtiveram iluminação dos Kelim de ACHÁP (item 134). Assim, apesar de Atik, AA e AVI, todos tinham dez Sefirot completas no Rosh, não GAR expandida dele para seus Gufim. Mesmo Partzuf Atik tinha apenas VA”K, sem um Rosh, no Guf e assim fizeram AA e AVI.

A razão para isto é que o puro é ordenado primeiro. Assim, apenas a conclusão do primeiro tipo de dez Sefirot foi ordenada nele, do ponto de vista de sua ascensão ao Superior, ou seja, a iluminação dos Kelim de ACHÁP, o que é suficiente para completar as dez Sefirot no Rosh. Mas ainda não há Hitpashtut do Rosh ao Guf, desde quando AVI foram incluídos em Kéter de Nekudim, estabeleceram para a iluminação de ACHÁP pela força de Kéter e nada pela sua Hitpashtut para o seu lugar próprio, de Pê de Kéter de Nekudim para baixo (Item 135). E uma vez que os corpos de Atik e AA e AVI estavam em VA”K sem um Rosh, é tanto mais com a própria ZO”N, considerada o Guf de Atzilut comum que emergiu nas VA”K sem Rosh.

139)       No entanto, isso não foi assim em AK. Em vez disso, toda a quantidade que emergiu nos Roshim dos Partzufim de AK também expandidos para seus Gufim. Por isso, todos os cinco Partzufim de Atzilut são considerados como meros VA”K dos Partzufim de AK. É por isso que eles são chamados “o novo MA” ou “MA dos cinco Partzufim de AK”, isto é, o nível de ZA, que é MA sem GAR. GAR são Galgálta, AB, SAG, uma vez que o coração do grau é medido de acordo com sua expansão para o Guf, do Pê para baixo. E uma vez que os três primeiros Partzufim não se espalham no Guf, mas apenas VA”K sem um Rosh, eles são considerados MA, que é o nível de VA”K sem um Rosh, no que diz respeito aos cinco Partzufim de  AK.

140)       Assim, Atik de Atzilut, com o nível de Kéter no Rosh, é considerado VA”K para Partzuf Kéter de AK e carece Neshamá, Chayá, Yechidá de Kéter de AK. AA de Atzilut, tendo o nível de Chochmá no Rosh, é considerado VA”K para Partzuf AB de AK, que é Chochmá, faltando Neshamá, Chayá, Yechidá de AB de  AK.

AVI de Atzilut, com o nível de Biná no Rosh, são considerados VA”K do Partzuf SAG de AK e carecem de Neshamá, Chayá, Yechidá de SAG de AK. ZO”N de Atzilut são considerados VA”K do Partzuf MA e BON de AK e carecem de Neshamá, Chayá, Yechidá de MA e BON de AK. E YESHSUT e ZO”N estão sempre no mesmo grau — um sendo o Rosh e o outro sendo o Guf.

141)       A conclusão dos ACHÁP das dez Sefirot do segundo tipo são ordenadas através da elevação de MA”N a partir das boas obras dos inferiores. Isto significa que eles completam AVI, em relação a si próprios, como no ponto de Shuruk. Então, os próprios AVI diminuem a Hey inferior da sua Nikvey Eynaim e elevam seus ACHÁP para eles. Então eles também têm a força para doar ao ZAT, que são ZO”N, isto é, para os Gufim de Cima para baixo. Isso, porque os GE de ZO”N, ligados aos ACHÁP de AVI, são atraídos junto com eles para AVI e recebem deles a conclusão de suas dez Sefirot (item 94).

Nesse momento, a soma total de Môchin em AVI é dada para ZO”N que também se elevam junto com eles para seus ACHÁP. Assim, quando os cinco Partzufim de Atzilut recebem esta conclusão do segundo tipo, há GAR para os Gufim dos três primeiros Partzufim — Atik, AA e AVI de Atzilut — bem como para ZO”N de Atzilut, o Guf de Atzilut comum.

Então, os cinco Partzufim de Atzilut se elevam e vestem os cinco Partzufim de AK. Isso ocorre porque durante a Hitpashtut de GAR aos Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, eles se equalizam com os cinco Partzufim de  AK:

  • Atik de Atzilut se eleva e veste Partzuf Kéter de AK
  • AA veste AB de AK
  • AVI – SAG de AK
  • E ZO”N vestem MA e BON de AK.

E, em seguida, cada um deles recebe Neshamá, Chayá e Yechidá de sua Bechiná em AK correspondente.

142)       No entanto, em relação as ZO”N de Atzilut, estes Môchin são considerados como apenas o primeiro tipo de conclusão das dez Sefirot. Isso, porque esses ACHÁP não são ACHÁP completos, mas mera iluminação de ACHÁP, que eles recebem através AVI, enquanto estão no lugar de AVI. Mas em sua expansão para o seu lugar próprio, eles ainda não têm seus próprios ACHÁP (item  136).

Por esta razão, todos Môchin que ZO”N obtém nos 6.000 anos são considerados “Môchin de ascensão”, já que podem obter Môchin de GAR somente quando se elevam ao lugar de GAR, como então são concluídos por eles. Mas se eles não se elevam ao lugar de GAR, não podem ter Môchin, já que ZO”N ainda tem que classificar o segundo tipo de Môchin e, isso vai ocorrer apenas no final da correção.

143)       Assim, explicamos que os Môchin dos cinco Partzufim permanentes em Atzilut são do primeiro tipo de classificação dos Kelim de AVI. No mundo de Nekudim, esta iluminação é chamada “iluminação de Tabúr” ou “o ponto de Cholam”. Mesmo  AVI  têm  apenas  o  primeiro  tipo  de  conclusão;  portanto,  nenhuma iluminação de GAR espalha dos Roshim de Atik, AA e AVI aos seus próprios Gufim e para ZO”N, já ZAT de Nekudim, também não receberam nenhuma daquela iluminação de Cholam (item 88).

E os Môchin dos 6000 anos, até o final da correção, que vêm através da elevação de MA”N dos inferiores, são considerados classificação dos Kelim para completar o segundo tipo das dez Sefirot de AVI. No mundo de Nekudim, esta iluminação é chamada “iluminação do Yessód” ou “ponto de Shuruk”, desde então AVI eleva seus próprios ACHÁP, aos quais também GE de ZAT estão ligados. Assim, ZAT também recebem Môchin de GAR no lugar de AVI. E, estes Môchin alcançam os Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut e as ZO”N comum, exceto que devem estar acima, no lugar de GAR, e vesti-los.

No futuro, no fim da correção, ZO”N receberão a conclusão do segundo tipo das dez Sefirot e irão baixar a conclusão da Hey inferior do seu Chazê, que é Parsá de Atzilut, para o lugar de Siúm Raglin de AK (item 136). Então, TNEHY de ZO”N em BYA se conectarão ao grau de ZO”N de Atzilut e Siúm Raglin de Atzilut se equalizarão com Siúm Raglin de AK. Então, o Rei Messias aparecerá, como está escrito: “E Seus pés se levantarão… sobre o monte das Oliveiras”. Assim, foi completamente esclarecido que não há correção para os mundos durante 6.000 anos, exceto por meio de ascensão.

EXPLICANDO OS TRÊS MUNDOS BRIÁ, YETZIRÁ E ASSIÁ

144)       Há sete pontos básicos para discernir nos três mundos BYA:

  1. De onde era o lugar para estes três mundos serem feitos?
  2. Os níveis dos Partzufim BYA e a situação inicial dos mundos quando foram criados e emanados da Nukvá de Atzilut.
  3. Todos os níveis, desde os Môchin adicionados e a posição que tinham obtido antes do pecado de Adam HaRishon.
  4. Os Môchin que permaneceram nos Partzufim BYA e o local para o qual os mundos caíram depois de terem sido danificados pelo pecado de Adam HaRishon.
  5. Os Môchin de Íma que os Partzufim BYA receberam depois de sua queda abaixo da Parsá de Atzilut.
  6. Os Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut, que desceram e vestiram os Partzufim BYA e tornaram-se o que é para eles discernido como Neshamá para Neshamá.
  7. A Malchut de Atzilut que desceu e se tornou Atik para os Partzufim BYA.

145)       O primeiro discernimento já foi explicado (item 66): Por causa da ascensão da Malchut Mesayémet (Finalizadora) que estava abaixo do Siúm Raglin de AK, para o lugar de Chazê de ZAT de Nekudôt de SAG, que ocorreu durante Tzimtzum Bet, os dois terços inferiores de Tiféret e NEHY”M caíram abaixo do novo ponto do Siúm em Chazê de Nekudôt. Assim, eles não são mais dignos de receber a Luz Superior e o lugar dos três mundos BYA foi feito a partir deles:

  • O lugar do mundo de Briá foi feito dos dois terços inferiores de Tiféret;
  • O local do mundo de Yetzirá foi feito das três Sefirot NEH”Y;
  • O lugar do mundo de Assiá era feito de Malchut.

146)       O segundo discernimento são os níveis dos Partzufim BYA e suas posições sobre sua saída e nascimento de Nukvá de Atzilut. Saibam que então, ZA já havia obtido a Bechiná Chayá de Aba e a Nukvá já havia obtido a Bechiná Neshamá de Íma.

E você já sabe que as ZO”N recebem os Môchin de AVI somente pela ascensão e vestimenta (item 142). Assim, ZA veste Aba de Atzilut, chamado AVI Superior, a Nukvá veste Íma de Atzilut, chamada YESHSUT e então Nukvá de Atzilut é ordenada   e emanada do mundo de Briá com seus cinco  Partzufim.

147)       E já que a Nukvá fica no lugar de Íma, ela é considerada como tendo o grau de Íma, uma vez que o inferior que sobe ao Superior torna-se como ele. Portanto, o mundo de Briá, que foi ordenado por ela, é considerado o grau de ZA, uma vez que é um grau inferior a Nukvá, considerada Íma e o inferior para Íma é ZA. Então o mundo de Briá, que fica no lugar de ZA de Atzilut, está abaixo de Nukvá de Atzilut, que foi então considerada Íma de Atzilut.

148)       Assim, considera-se que o mundo de Yetzirá, que foi ordenado e emanado pelo mundo de Briá, está então, no grau de Nukvá de Atzilut. Isto é assim porque é o grau abaixo do mundo de Briá, que foi, então, considerado ZA de Atzilut. E o que está abaixo de ZA é considerado Nukvá. No entanto, nem todas as dez Sefirot do mundo de Yetzirá são consideradas Nukvá de Atzilut, mas apenas as quatro primeiras de Yetzirá. A razão é que há dois estados para a Nukvá: face a face e costa com costa:

  • Quando ela está face a face com ZA, seu nível é igual ao de ZA;
  • E quando está costa com costa, ocupa apenas quatro Sefirot TNEHY de ZA. E, já que então o estado de todos os mundos era apenas costa com costa, havia  somente quatro Sefirot  na  Nukvá. Assim,  também o mundo  de  Yetzirá,  tem apenas suas primeiras quatro Sefirot no local de Nukvá de Atzilut. E as últimas seis de Yetzirá eram as primeiras seis Sefirot do mundo atual de Briá, de acordo com as qualidades no lugar de BYA no primeiro discernimento (item 145), onde os mundos BYA caíram após o pecado de Adam HaRishon e este é agora o seu lugar permanente.

149)       O mundo de Assiá, que foi ordenado pelo mundo de Yetzirá, é considerado o grau atual de Briá. Desde que o mundo de Yetzirá estava anteriormente no grau de Nukvá de Atzilut, o grau abaixo dele – mundo de Assiá – é considerado o mundo atual de Briá. Mas, uma vez que apenas as quatro primeiras (Sefirot) de Yetzirá foram consideradas Nukvá de Atzilut e suas seis menores estavam no mundo de Briá, assim, apenas as quatro primeiras do mundo de Assiá abaixo dela são consideradas como as quatro Sefirot inferiores do mundo de Briá. E as últimas seis do mundo de Assiá estavam no lugar das primeiras seis do mundo de Yetzirá atual.

Então, as quatorze Sefirot – NEHY”M da Yetzirá atual e todas as dez Sefirot do mundo de Assiá atual – foram desprovidas de qualquer Kedushá (santidade) e tornaram-se Mador ha Klipót (a seção das cascas). Isto é assim, porque haviam apenas Klipót (cascas) no lugar dessas quatorze Sefirot, uma vez que os mundos de Kedushá terminaram no lugar de Chazê do mundo de Yetzirá atual. Assim, aprendemos os níveis dos Partzufim BYA e o lugar de sua posição em sua primeira  aparição.

150)       Agora vamos explicar o terceiro discernimento – os níveis dos Partzufim BYA e a postura que tiveram dos Môchin adicionados antes do pecado de Adam HaRishon. Isto porque através da iluminação da adição do Shabbat, eles tinham duas ascensões.

1             . Na quinta hora, na véspera do Shabbat, quando Adam HaRishon nasceu. Então, a iluminação do Shabbat começa a brilhar na forma do quinto do sexto dia. Então:

  • ZA obteve Bechinat Yechidá e se elevou e vestiu AA de Atzilut;
  • E Nukvá – Bechinat Chayá se elevou e vestiu AVI de Atzilut;
  • Briá se elevou para YESHSUT;
  • O conjunto de Yetzirá subiu para ZA;
  • As quatro primeiras Sefirot de Assiá se elevaram para o lugar de Nukvá de Atzilut;
  • E as últimas seis de Assiá se elevaram para o lugar das primeiras seis de Briá.

2             . Na véspera do Shabbat, ao anoitecer. Através da adição de Shabbat, as últimas seis de Assiá se elevam também para o lugar de Nukvá de Atzilut e os mundos de Yetzirá e Assiá permanecem no mundo de Atzilut, no lugar das ZO”N de  Atzilut, na forma face a face.

151)       E agora vamos explicar o quarto discernimento – o nível dos Môchin que permaneceram em BYA e o lugar em que caíram após o pecado. Por causa da falha do pecado da Árvore do Conhecimento, todos Môchin adicionados que obtiveram através das duas ascensões afastaram os mundos e ZO”N voltou a ser VA”K e Nekudá. E os três mundos BYA ficaram apenas com os Môchin com os quais inicialmente emergiram. O mundo de Briá estava no grau de ZA, o que também significa VA”K, Yetzirá e Assiá na medida acima mencionada (item 148).

Além disso, o discernimento de Atzilut deixou-os completamente e eles caíram abaixo da Parsá de Atzilut, com a qualidade do local de BYA, elaborado pelo Tzimtzum Bet (item 145). Assim, as quatro inferiores de Yetzirá e as dez Sefirot do mundo de Assiá caíram e ficaram no lugar das quatorze Sefirot das Klipót (item 149), chamado Mador ha Klipót.

152)       O quinto discernimento é o Môchin de Íma que BYA receberam no lugar para onde eles caíram. Após BYA terem partido de Atzilut e caido abaixo da Parsá de Atzilut, tinham apenas VA”K (item 151). Então YESHSUT se vestiu em ZO”N de Atzilut e YESHSUT se acasalaram com a finalidade de vestirem-se em ZO”N e partilharam Môchin de Neshamá aos Partzufim BYA nos seus  lugares:

  • O mundo de Briá recebeu deles dez Sefirot completas ao nível de Biná;
  • O mundo de Yetzirá recebeu deles VA”K;
  • E o mundo de Assiá, apenas o discernimento costa com costa.

153)       O sexto discernimento é a Neshamá para Neshamá, que os Partzufim BYA obtiveram dos Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut. Isso ocorre porque durante a diminuição lunar, o Partzuf de Achor de Nukvá de Atzilut caiu e vestiu-se  nos Partzufim BYA. Ele contém três Partzufim, chamados Ibúr, Yeniká e  Môchin.

  • Bechinat (discernimento de) Môchin caiu em Briá;
  • Bechinat Yeniká caiu em Yetzirá;
  • E Bechinat Ibúr caiu em Assiá.

Tornaram-se Bechinat Neshamá para Neshamá para todos os Partzufim BYA, que é considerado Chayá, com respeito a eles.

154)       O sétimo discernimento é Nukvá de Atzilut, que se tornou o RADLA e  a iluminação de Yechidá em BYA. Isso é porque foi explicado que, durante a diminuição lunar, os três discernimentos – Ibúr, Yeniká, Môchin – do Partzuf Achor de Nukvá de Atzilut caíram e se vestiram em BYA. Eles são considerados como os Achoraim dos nove inferiores de Nukvá, que são Ibúr, Yeniká, e  Môchin:

  • NEH”Y é chamado Ibúr;
  • CHAGAT é chamado Yeniká;
  • CHABAD é chamado Môchin.

No entanto, o Achor de Bechiná Kéter de Nukvá tornou Atik aos Partzufim BYA, de uma forma que as Luzes dos atuais Partzufim BYA são, principalmente das remanescentes, deixados nelas depois do pecado de Adam HaRishon, que é o VA”K de cada uma delas (item 151).

  • Receberam Bechiná Neshamá dos Môchin de Íma (item 151);
  • E receberam Bechiná Neshamá para Neshamá, que é Bechiná Chayá, dos nove inferiores do Partzuf Achor de Nukvá;
  • E receberam Bechiná Yechidá de Bechiná Achor de Kéter de Nukvá de Atzilut.

EXPLICANDO AS ASCENÇÕES DOS MUNDOS

155)       A principal diferença entre os Partzufim de AK e os Partzufim do mundo de Atzilut é que os Partzufim de AK são de Tzimtzum Álef, onde cada grau contém dez Sefirot completas. Além disso, há apenas um Kli nas dez Sefirot – o Kli de Malchut, mas as primeiras nove Sefirot são apenas consideradas  Luzes.

Os Partzufim de Atzilut, no entanto, são de Tzimtzum Bet, como está escrito: “no dia em que o Senhor Deus fez a terra e o céu”, quando Ele associou Rachamim (misericórdia) com Din (julgamento) (item 59). Midat ha Din (qualidade do julgamento), que é Malchut, se elevou e se conectou a Biná, que é Midat ha Rachamim (qualidade da misericórdia) e elas estavam coligadas. Assim, um novo Siúm foi colocado sobre a Luz Superior no lugar de Biná. A Malchut Mesayémet (que Finaliza) o Guf elevou-se para Biná de Guf, que é Tiféret, no lugar do Chazê e se acoplou com Malchut no Pê de Rosh se elevou para Biná de Rosh, chamada Nikvey Eynaim.

Assim, o nível dos Partzufim diminuíu em GE, que são Kéter Chochmá em Kelim, ao nível de VA”K sem um Rosh, que são Néfesh Ruach em Luzes (item 74). Portanto, são deficientes dos ACHÁP de Kelim, que são Biná e ZO”N e as Luzes de Neshamá, Chayá e Yechidá.

156)       Foi explicado (item 124) que, ao elevar MA”N para o segundo Ibúr, os Partzufim de Atzilut obtiveram a iluminação dos Môchin de AB SAG de AK, o que reduz a Hey inferior de Nikvey Eynaim de volta ao seu lugar no Pê, como em Tzimtzum Álef. Assim, recuperam o ACHÁP de Kelim e Neshamá, Chayá e Yechidá de Luzes. No entanto, isso ajudou apenas para as dez Sefirot do Rosh dos Partzufim, mas não para seus Gufim, uma vez que estes Môchin não se espalharam de Pê para baixo para seus Gufim (item 138).

Por isso, mesmo depois dos Môchin de Gadlut, os Gufim permaneceram em Tzimtzum Bet, como durante o Katnut. Por esta razão, todos os cinco Partzufim de Atzilut são considerados como tendo apenas o nível das dez Sefirot que emergem em Aviut de Bechiná Álef, o nível de ZA, VA”K sem um Rosh, chamado de “o nível de MA”. Eles vestem o nível de MA dos cinco Partzufim de AK, ou seja, a partir do Tabúr dos cinco Partzufim de AK para baixo.

157)       Assim, Partzuf Atik de Atzilut veste Partzuf Kéter de AK de seu Tabúr para baixo e recebe a sua recompensa do nível de MA de Partzuf Kéter de AK, que está ali. Partzuf AA de Atzilut veste Partzuf AB de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA de AB de AK, que está ali. AVI de Atzilut veste Partzuf SAG de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA de SAG, que está ali. ZO”N de Atzilut veste Partzuf MA e BON de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA do Partzuf MA e BON de AK.

Assim, cada um dos cinco Partzufim de Atzilut recebe de seu Partzuf correspondente em AK, apenas VA”K sem um Rosh, chamado “o nível de MA”. E mesmo que haja GAR nos Roshim dos cinco Partzufim de Atzilut, apenas os Môchin que expandem de Pê para baixo em seus Gufim, que são meramente VA”K sem um Rosh, são levados em consideração (item 139).

158)       Isso não significa que cada um dos cinco Partzufim de Atzilut vista sua Bechiná (discernimento) correspondente em AK. Isso é impossível, uma vez que os cinco Partzufim de Atzilut vestem-se um sobre o outro e, assim fazem os cinco Partzufim de Atzilut. Pelo contrário, isto significa que o nível de cada Partzuf dos Partzufim de Atzilut está objetivando sua correspondente Bechiná nos cinco Partzufim de AK, do qual recebe a sua recompensa (HaIlan, Imagem no. 3  ).

159)       Para os Môchin fluírem do Pê para baixo para os Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, foi explicado (item141) que a elevação de MA”N dos inferiores  é necessária. Isso porque a seguir, as conclusões das dez Sefirot do segundo tipo são dadas a eles, o que também é suficiente para os Gufim.

E há três discernimentos nestes MA”N que os inferiores  elevam:

  • Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Bet, dez Sefirot no nível de Biná emergem, chamadas “o nível de SAG”. Estas são Môchin da Luz de Neshamá.
  • Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Guimel, dez Sefirot no nível de Chochmá emergem, chamadas “o nível de AB”. Estas são Môchin da Luz de Chayá.
  • Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Dálet, dez Sefirot no nível de Kéter emergem, chamadas “o nível de Galgálta”. Estes são Môchin da Luz de Yechidá (item 29).

160)       Saiba que os inferiores que são adequados para elevar MA”N são considerados apenas NARAN (Néfesh, Ruach, Neshamá) de Tzadikim (justos), que já estão incluídos em BYA e podem elevar MA”N para ZO”N de Atzilut, considerado seu (grau) Superior. Então, ZO”N eleva MA”N para seus Superiores que são AVI e, AVI os elevam mais Superior ainda, até que atinjam os Partzufim de AK. Então a Luz Superior desce de Ein Sóf para os Partzufim de AK sobre MA”N que se elevou ali e, o nível de dez Sefirot emerge, de acordo com a medida de Aviut de MA”N que eles elevaram.

  • Se for de Bechiná Bet, é ao nível de Neshamá;
  • Se for de Bechiná Guimel, é ao nível de Chayá.

E a partir daí, os Môchin descem grau por grau através dos Partzufim de AK, até chegarem aos Partzufim de Atzilut. E eles também viajam grau por grau, através   de todos os Partzufim de Atzilut, até chegarem aos Partzufim ZO”N de Atzilut, que transmitem estes Môchin sobre NARAN de Tzadikim que elevaram estes MA”N de BYA.

E esta é a regra: qualquer iniciação de Môchin vem apenas de Ein Sóf e nenhum grau pode elevar MA”N ou receber recompensa, exceto de seu Superior adjacente.

161)       Isto lhe diz que é impossível para os inferiores receber qualquer coisa de ZO”N de Atzilut antes que todos Partzufim Superiores no mundo de Atzilut e do mundo de AK forem trazidos para Gadlut por eles. E por isso foi explicado que não há iniciação de Môchin exceto a partir de Ein Sóf.

No entanto, as NARAN de Tzadikim só podem recebê-los de seus Superiores adjacentes, que são ZO”N de Atzilut. Assim, os Môchin devem jorrar em cascata através dos Mundos Superiores e Partzufim, até que atinjam os ZO”N, que depois transmitem para NARAN de Tzadikim.

Você já sabe que não há ausência no espiritual e, que a transferência de um lugar para outro não significa tornar-se ausente do primeiro lugar e chegar ao próximo local, como na corporalidade. Em vez disso, eles permanecem no primeiro lugar, mesmo depois que se moveram e chegaram ao próximo local, como se acendessem uma vela na outra, sem que a primeira se  prejudicasse.

Além disso, a regra é que a essência e a raiz da Luz continuem no primeiro lugar e, só um ramo dela se estende até o próximo local. Agora você pode ver que a recompensa que atravessa os Superiores, até atingir o NARAN de Tzadikim permanece em cada grau que percorreu. Assim, todos os graus crescem por causa da recompensa que eles passam para NARAN de Tzadikim.

162)       Agora você pode entender como as ações dos inferiores causam subidas e descidas nos Partzufim e mundos Superiores. Isto porque, quando eles melhoram suas ações e elevam MA”N e ampliam a recompensa, todos os mundos e graus através dos quais a recompensa passou a crescer e se elevar mais Alto, por causa da recompensa que eles passam. E quando eles corrompem seus atos, uma vez mais MA”N é corrompido e os Môchin também partem dos graus Superiores, uma vez que a transferência de recompensa deles para os inferiores se detem e, eles descem mais uma vez ao seu estado pemanente como no princípio.

163)       E agora vamos explicar a ordem das ascensões dos cinco Partzufim de Atzilut para os cinco Partzufim de AK e os três mundos BYA para YESHSUT e ZO”N de Atzilut, começando com seu estado constante e até o nível que pode ser atingido durante 6.000 anos antes do final da correção. No geral, existem três ascensões, mas elas são divididas em muitos detalhes.

O estado constante dos mundos AK e ABYA já foi explicado acima: o primeiro Partzuf que foi emanado após Tzimtzum Álef é Partzuf Galgálta de AK, vestido pelos quatro Partzufim de AK: AB, SAG, MA e BON e o Siúm Raglin de AK está acima do ponto deste mundo (itens 27, 31). Ele é circundado pelo ambiente de AK de Ein Sóf, cuja magnitude é infinita e imensurável (item 32). E assim como Ein Sóf o circunda, ele se veste dentro dele e é chamado “a linha de Ein Sóf”.

164)       E dentro de MA e BON de AK reside Partzuf TNEHY”M de AK, chamado Nekudôt de SAG de AK (itens 63, 66). Durante Tzimtzum Bet, a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que se situou acima do ponto deste mundo, elevou-se e determinou seu lugar no Chazê deste Partzuf, abaixo do terço Superior de Tiféret, onde criou um novo Siúm na Luz Superior, de modo a não se espalhar de lá para baixo. Este novo Siúm é chamado “Parsá abaixo de Atzilut” (Item  68).

Além disso, estas Sefirot de Chazê abaixo do Partzuf Nekudôt de SAG de AK que permaneceram abaixo da Parsá se tornaram um lugar para os três mundos BYA:

  • Os dois terços de Tiféret através do Chazê tornaram-se o lugar do mundo de Briá;
  • NEH”Y tornou-se o lugar do mundo de Yetzirá;
  • E Malchut, o lugar do mundo de Assiá (item 67).

Acontece que o lugar dos três mundos BYA começa abaixo da Parsá  e termina acima do ponto deste mundo.

165)       Assim, os quatro mundos, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá começam do local abaixo do Tabúr de AK e terminam acima do ponto deste mundo. Isso, porque os cinco Partzufim do mundo de Atzilut começam do local abaixo Tabúr de AK e terminam acima da Parsá. E, da Parsá para baixo, para este mundo, ficam os três mundos BYA. Este é o estado pemanente dos mundos AK e ABYA e nunca haverá qualquer diminuição neles.

E isso já foi explicado (item 138), que nesse estado, existe apenas Bechiná VA”K sem um Rosh em todos os Partzufim e mundos. Isto é assim porque, mesmo nos três primeiros Partzufim de Atzilut, em cujos Roshim há GAR, eles ainda não são transmitidos de seu Pê para baixo e todos os Gufim são VA”K sem um Rosh, tanto mais nos Partzufim BYA. Mesmo os Partzufim de AK, com relação aos seus arredores, são considerados como faltando GAR (item 32).

166)       Assim, sobre tudo isso há três ascensões para completar os mundos nos três níveis, Neshamá, Chayá e Yechidá, que lhes falta. E essas ascensões dependem da elevação de MA”N nos inferiores.

A primeira ascensão é quando os inferiores elevam MA”N da Bechiná Aviut de Bechiná Bet. Então, os ACHÁP do nível de Biná e Neshamá, com respeito as dez Sefirot do segundo tipo, são ordenados, da iluminação do ponto de Shuruk (item 135). Estes Môchin brilham aos ZAT e os Gufim, assim como nos Partzufim de AK, quando a  quantidade  total  que  existe  nas  dez  Sefirot  nos  Roshim  dos  Partzufim  de  AK atravessam e se espalham também para os Gufim.

167)       Acontece que quando estes Môchin viajam através dos Partzufim de Atzilut, cada um dos cinco Partzufim de Atzilut recebe Môchin de Biná e Neshamá, chamados Môchin de SAG, que iluminam GAR aos seus Partzufim, assim como em AK. Por isso, então se considera que crescem e se elevam e vestem os cinco Partzufim de AK, para a extensão dos Môchin que eles alcançaram.

168)       Assim, quando Partzuf Atik de Atzilut obteve estes Môchin de Biná, ele se eleva e veste Partzuf Biná de AK, opostos ao nível de SAG de Partzuf Galgálta de AK, do qual recebe sua Bechiná Neshamá de Yechidá de AK, que também brilha para suas ZAT.

E quando os Môchin chegam ao Partzuf AA de Atzilut, ele se eleva e veste o Rosh de Atik do estado permanente, opostos ao nível de SAG do Partzuf AB de AK, do qual recebe Bechiná Neshamá de Chayá de AK, que brilha para sua ZAT. E quando os Môchin chegam ao Partzuf AVI de Atzilut, se elevam e vestem as GAR de AA permanente, opostos ao nível de Biná de SAG de AK, da qual recebe Bechiná Neshamá de Neshamá de AK, que também brilha aos seus ZAT. E quando estes Môchin chegam ao YESHSUT e ZO”N de Atzilut, se elevam e vestem AVI permanente, opostos ao nível de Biná de Partzuf MA e BON de AK, dos quais recebem Bechiná Neshamá de Néfesh Ruach de AK. Em seguida, a NARAN de Tzadikim recebem os Môchin de Neshamá de Atzilut.

E quando os Môchin chegam aos Partzufim do mundo de Briá, o mundo de Briá se eleva e veste Nukvá de Atzilut, da qual recebe Bechiná Néfesh de Atzilut. E quando os Môchin chegam ao mundo de Yetzirá, se elevam e vestem o mundo de Briá permanente, do qual recebem Bechiná Neshamá e GAR de Briá. E quando os Môchin chegam ao mundo de Assiá, se elevam e vestem o mundo de Yetzirá, do qual recebem Bechiná Môchin de VA”K que está em Yetzirá. Assim explicamos a primeira elevação que cada Partzuf em ABYA obtido pelas MA”N de Bechiná Bet, que os inferiores elevaram (HaIlan, Imagem nº. 7).

169)       A segunda ascensão ocorre quando os inferiores elevaram MA”N de Aviut de Bechiná Guimel. Então, os ACHÁP do nível de Chochmá e Chayá são ordenados no que respeita à conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Môchin brilham para ZAT e Gufim, também, como nos Partzufim de AK. E quando os Môchin passarem através dos Partzufim ABYA, cada Partzuf se eleva e cresce através deles, de acordo com os Môchin que tenha atingido.

170)       Assim, quando os Môchin chegaram ao Partzuf Atik de Atzilut, este se eleva e veste as GAR do Partzuf Chochmá de AK, chamadas AB de AK, opostas ao nível de AB de Galgálta de AK, do qual recebem a Luz de Chayá de Yechidá. E quando os Môchin alcançam Partzuf AA de Atzilut, este se eleva e veste GAR de SAG de AK, oposto ao nível de AB de Partzuf AB de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de Chayá de AK. E quando os Môchin alcançam os Partzufim AVI de Atzilut, estes se elevam e vestem as GAR de Atik permanentes, oposto ao nível de AB do Partzuf SAG de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de Neshamá de AK, que brilha também para as ZAT e Gufim. E quando os Môchin alcançam YESHSUT de Atzilut, este se eleva e veste as GAR de AA permanente, oposto ao nível de AB de MA de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de MA de AK. E quando os Môchin alcançam ZO”N de Atzilut, estes se elevam para as GAR de AVI, opostos ao nível de AB de BON de AK, do qual recebem a Luz de Chayá de BON de AK. Além disso, eles recebem as almas dos justos de ZO”N.

E quando os Môchin alcançam o mundo de Briá, este se eleva e veste ZA de Atzilut, das quais recebe Bechiná Ruach de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Yetzirá, Yetzirá se eleva e veste Nukvá de Atzilut e recebe dela a Luz de Néfesh de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Assiá, este se eleva e veste o mundo de Briá e recebe dele Bechiná GAR e Neshamá de Briá. Então, o mundo de Assiá é concluído com as plenas NARAN de BYA. Assim explicamos a segunda elevação de cada Partzuf dos Partzufim ABYA que se elevaram e cresceram pelo MA”N de Bechiná Guimel, que as NARAN dos Tzadikim elevaram. (HaIlan,  Imagem nº. 8)

171)       A terceira elevação é quando os inferiores elevam MA”N de Aviut de Bechiná Dálet. Então, as ACHÁP do nível de Kéter de Yechidá são ordenadas, com relação à conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Môchin também brilham aos ZAT e seus Gufim, como nos Partzufim AK. E quando estes Môchin percorrem os Partzufim ABYA, cada Partzuf aumenta, cresce e veste seu Superior, de acordo com a medida daqueles Môchin.

172)       Assim, quando os Môchin alcançam Partzuf Atik de Atzilut, ele se eleva e veste as GAR do Partzuf Galgálta de AK e recebe dali sua Luz de Yechidá de Yechidá. E quando os Môchin alcançam Partzuf AA de Atzilut, ele se eleva e veste as GAR de Partzuf AB de AK e recebem dali a luz de Yechidá de Chayá de AK. E quando os Môchin alcançam Partzuf AVI de Atzilut, ele se eleva e veste GAR de SAG de AK e recebem dali a Luz de Yechidá de Neshamá de AK. E quando os Môchin alcançam Partzuf YESHSUT, ele se eleva e veste as GAR de MA de AK e recebe dali a Luz de Yechidá de MA de AK. E quando os Môchin alcançam ZO”N de Atzilut, eles se elevam e vestem GAR de BON de AK e recebem dali a Luz de Yechidá de BON de AK. E então os NARAN dos Tzadikim recebem a Luz de Yechidá das ZO”N de Atzilut.

E quando os Môchin alcançam o mundo de Briá, ele se eleva e veste Partzuf YESHSUT de Atzilut e recebe dali Neshamá de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Yetzirá, ele se eleva e veste Partzuf ZA de Atzilut e recebe dali Bechiná Ruach de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Assiá, ele se eleva e veste Nukvá de Atzilut e recebe dali Bechiná Luz de Néfesh de Atzilut (Hallan, Imagem no. 9).

173)       Acontece que agora, durante a terceira elevação, os cinco Partzufim de Atzilut foram concluídos com três níveis cada um, Neshamá, Chayá e Yechidá do AK, que lhes faltava no estado permanente. Considera-se, portanto, que estes cinco Partzufim se elevaram e vestiram os cinco Partzufim de AK, cada um em sua respectiva Bechiná nos Partzufim de AK.

Além disso, os NARAN de Tzadikim receberam as GAR que lhes faltava. Os três mundos de BYA que estavam sob a Parsá de Atzilut tinham apenas NARAN da Luz de Chassadim no estado permanente, afastados de Chochmá pela força da Parsá acima deles. Agora, no entanto, eles se elevaram acima da Parsá e vestiram YESHSUT e ZO”N de Atzilut, e têm NARAN de Atzilut, quando a Luz de Chochmá brilha em seus Chassadim.

174)       Deveríamos saber que os NARAN de Tzadikim vestem de forma pemanente apenas os Partzufim BYA abaixo da Parsá:

  • Néfesh veste as dez Sefirot de Assiá;
  • Ruach – as dez Sefirot de Yetzirá;
  • E Neshamá – as dez Sefirot de Briá.

Acontece que, apesar de receberem das ZO”N de Atzilut, ainda chega até eles somente através dos Partzufim BYA, que veste sobre eles. Assim, também as NARAN de Tzadikim, se elevam junto com as ascensões dos três mundos de BYA. Acontece que também os mundos BYA, crescem apenas de acordo com a medida de recepção de abundância pelas NARAN de Tzadikim, isto é, de acordo com as MA”N, classificadas por eles.

175)       Portanto, ficou claro que, no estado permanente, só há VA”K sem um Rosh em todos os mundos e Partzufim, cada um de acordo com sua Bechiná. Mesmo as NARAN de Tzadikim só são consideradas VA”K, embora tenham GAR de Neshamá do mundo de Briá, essas GAR são consideradas como VA”K, em comparação com o mundo de Atzilut, uma vez que são consideradas Luz de Chassadim, separada de Chochmá.

Além disso, os Partzufim de Atzilut, embora haja GAR nos seus Roshim, eles são apenas considerados como VA”K, uma vez que eles não brilham para os Gufim.  E todos os Môchin alcançam os mundos, que são mais do que VA”K, vêm somente através de MA”N que os Tzadikim (justos) elevam.

No entanto, estes Môchin só podem ser aceitos nos Partzufim através da ascensão do inferior ao lugar do Superior. Isto é assim, porque embora eles sejam considerados a conclusão do segundo tipo de dez Sefirot, com respeito aos Gufim e   as próprias ZAT, eles ainda são considerados como classificação de ACHÁP do primeiro tipo, que não são completados em seu próprio lugar, mas somente quando estão no lugar do Superior (Item 142). Assim, os cinco Partzufim de Atzilut não podem receber Neshamá, Chayá e Yechidá de AK, exceto quando se elevam e as vestem.

Além disso, os NARAN e os três mundos BYA não podem receber NARAN de Atzilut, exceto quando eles se elevam e vestem YESHSUT e ZO”N de Atzilut. Isso, porque esses ACHÁP do segundo tipo, que pertencem as ZAT e se expandem de Cima para baixo para o lugar de ZAT, só serão classificados no final da correção. Assim, quando os três mundos BYA se elevam e vestem YESHSUT e ZO”N de Atzilut, seus lugares permanentes, da Parsá para baixo, permanecem totalmente vazios de qualquer Luz de Kedushá.

E há uma diferença entre o Chazê acima do mundo de Yetzirá e de seu Chazê abaixo. Isso é porque, como foi explicado acima, que do Chazê do mundo de Yetzirá para baixo, é o lugar pemanente das Klipót (Item149). Mas por causa da falha do pecado de Adam HaRishon, as quatro Yetzirá de Kedushá inferiores e as dez Sefirot de Assiá de Kedushá desceram ali e se vestiram (Item 156). Assim, durante as ascensões de BYA para Atzilut, não há nem Kedushá nem Klipót a partir do Chazê de Yetzirá para cima. Mas do Chazê de Yetzirá para baixo, existem Klipót, já que esta é a sua seção.

176)       E já que os Môchin adicionais dos níveis de VA”K vêm somente através das MA”N dos inferiores, eles não estão constantemente presentes nos Partzufim, uma vez que são dependentes das ações dos inferiores. Quando eles corrompem suas ações, os Môchin (Item162) partem. No entanto, os Môchin permanentes nos Partzufim, que foram estabelecidos pela força do Próprio Emanador, nunca sofrerão qualquer mudança, uma vez que não são aumentados pelos inferiores e não são, portanto, viciados por eles.

177)       Não se admirem sobre AA de BON ser considerado Kéter de Atzilut e AVI como AB (Item130). Isto, porque AA é a metade inferior de Kéter de BON e AVI são a metades inferiores de CHUB de Nekudim. Por isso, sua correspondente Bechiná de AA em AK deveria ter sido Partzuf Kéter de AK e a Bechiná correspondente a AVI em AK deveria ter sido AB de AK.

A resposta é que os Partzufim de BON são femininos, não tendo recepção própria, exceto as que os masculinos – os Partzufim de MA – lhes transmitem. Por isso, todos esses discernimentos nas ascensões, que significam obter Môchin do Superior, são discernidos apenas nos masculinos, que são os Partzufim de MA. E, uma vez que AA de MA não têm nada de Bechinat Kéter, mas apenas o nível de Chochmá e AVI de MA não tem nada de Bechinat Chochmá, mas apenas o nível de Biná (Item 126), considera-se que suas Bechiná em AK correspondentes são AB de  AK para AA e SAG de AK para AVI. E Partzuf Kéter de AK se refere apenas a Atik, que tomou todo o nível de Kéter de MA.

178)       Vocês também devem notar o que é dito, que a escada de graus, como eles estão nos Môchin permanentes, nunca mudam por todas essas ascensões. Afinal, foi explicado que a razão para todas estas subidas era que NARAN de Tzadikim, que estão em BYA, não podem receber qualquer coisa antes de todos os Partzufim Superiores transferirem-nas para eles de Ein Sóf. Nessa medida, os próprios Superiores, por meio de Ein Sóf, crescem e se elevam, também, cada um a seu próprio Superior (Item161).

Acontece que na medida em que sobe um grau, todos os graus através de Ein Sóf também devem subir. Por exemplo, quando ZO”N sobe de seu estado constante, abaixo do Tabúr de AA, vestindo o Chazê de AA para baixo, então, AA, também subiu um grau acima do seu estado constante, de Pê de Atik para baixo, vestindo GAR de Atik. Seguindo-o, todos os seus graus internos subiram, também: suas CHAGAT subiram ao lugar das GAR permanentes, e seu grau do Chazê ao Tabúr subiu para o lugar das CHAGAT permanentes e de seu grau abaixo do Tabúr subiu para o lugar do Chazê através do Tabúr.

Portanto, as ZO”N, que subiram ao lugar do Chazê através do Tabúr do AA permanente, ainda estão abaixo do Tabúr de AA. Isso, porque então, o Tabúr de AA inferior já tinha subido ao lugar do Chazê ao Tabúr. (HaIlan, Imagem nº. 4: as ascensões das ZO”N no estado permanente dos cinco Partzufim de Atzilut, que se elevam e se vestem durante a obtenção de Neshamá para GAR de YESHSUT, acima do Pê de AVI para baixo, sobre o Chazê AA para baixo.)

No entanto, todos os Partzufim de Atzilut então sobem (HaIlan, Imagem nº. 7). Por esta razão, você descobrirá que então, as ZO”N ainda vestem YESHSUT do  Pê para baixo, acima do Chazê de AVI para baixo, sobre o Tabúr de AA para baixo. Assim, a escada de graus não mudou em nada pela ascensão. E é da mesma forma em todas as ascensões (HaIlan, imagens nº. 3- últimas).

179)       Devemos também saber que, mesmo após a ascensão dos Partzufim, eles deixam todo o seu grau no lugar permanente, ou no lugar em que estavam no início, já que não há ausência no espiritual (item 96). Assim, quando GAR de AVI sobem para GAR de AA, GAR de AVI ainda permanecem no lugar pemanente de Pê de AA para baixo. E YESHSUT sobem acima de CHAGAT do AVI elevado e recebem das GAR de AVI reais, que estavam lá antes da ascensão.

Além disso, se considera que existam lá três graus juntos. As GAR de AVI elevado fica no lugar das  GAR de AA permanente e doam seu lugar pemanente do  Pê de AA para baixo, onde YESHSUT estão agora presentes. Assim, GAR de AA e AVI e YESHSUT iluminam ao mesmo tempo no mesmo lugar.

Esta é também a maneira com todos os Partzufim de AK e ABYA durante as subidas. Por esta razão, quando um Partzuf sobe, devemos sempre observar o significado da ascensão com respeito aos Superiores em seu estado permanente e seu valor para os Superiores, que também sobem um grau. (Examine tudo que no livro HaIlan. Na Imagem nº. 3, encontra-se o estado dos Partzufim em seu estado permanente. E nas Imagens 4-6, você encontrará as três ascensões de ZA pelo valor dos cinco Partzufim de Atzilut permanentes. Nas imagens 7-9, você encontrará as três ascensões de todos os cinco Partzufim de Atzilut, pelo valor dos cinco Partzufim de AK permanentes. E nas imagens 10-12 você vai encontrar as três ascensões de todos os cinco Partzufim de AK em relação à linha do Ein Sóf  pemanente.)

A DIVISÃO DE CADA PARTZUF EM KÉTER E ABYA

180)       Devemos saber que o geral e o particular são iguais. Além disso, o que é discernido no geral, também está presente em seus detalhes e, até mesmo no menor detalhe que pode haver. Também, a realidade geral é discernida em cinco mundos, AK e ABYA, onde o mundo de AK é considerado Kéter dos mundos e, os quatro mundos ABYA são vistos como CHUB Z”ON (Item 3). Da mesma forma, não há um único item em todos os quatro mundos ABYA que não compreendem estes cinco:  O Rosh de cada Partzuf é considerado seu Kéter, correspondendo ao mundo de AK;  o Guf, de Pê ao Chazê é considerado nele Atzilut. De Chazê até o Tabur, é considerado sua Briá e, do Tabur para baixo até seu Siúm Raglin, é considerado seu Yetsirá e Assiá.

181)       E você deve saber que há muitas denominações para as dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEHY’M. Às vezes, são chamadas GE (Galgálta Eyanim) e ACHAP, ou KACHÁB e ZO”N, ou NARANCHAY, ou a ponta do Yude as quatro letras, Yud, Hey, Vav, Hey, ou simplesmente HaVaYaH e AB, SAG, MA e BON, sendo o quatro tipos de preenchimentos em HaVaYaH:

  • O preenchimento de AB é Yud, Hey, Viv, Hey (o Álef em Vav é substituído por uma Yud);
  • O preenchimento de SAG é Yud, Hey, Vav, Hey;
  • O preenchimento de MA é Yud, Hey (Álef substitui a Yud), Vav, Hey;
  • O preenchimento de BON é Yud, Heh (Hey substitui a Yud), Vav, Heh;

Elas também são chamadas AA, AVI e ZO”N. AA é Kéter, Aba é Chochmá, Ima é Biná, ZA é CHAGAT NEH”Y e Nukvá de ZA é  Malchut.

E elas também são chamadas AK e ABYA, ou Kéter e ABYA. Malchut de Kéter é chamado Pê, Malchut de Atzilut é chamado Chazê, Malchut de Briá é chamado Tabur, Malchut de Yetzirá é chamado Ateret Yesod e o Malchut geral é chamado Siúm Raglin.

182)       Saiba que você sempre deve distinguir duas instruções nestes diferentes nomes das dez Sefirot:

  1. Sua igualdade com a Sefirá a qual se refere;
  2. Como ele difere da Sefirá a que se refere pela qual seu nome mudou na denominação específica.

Por exemplo, Kéter das dez Sefirot de Luz Direta é Ein Sóf e, também, cada Rosh de um Partzuf é chamado Kéter. Da mesma forma, todos os cinco Partzufim de AK também são chamados Kéter. Partzuf Atik também é chamado Kéter e AA, também são chamados Kéter. Portanto, devemos considerar o seguinte: se todos são Kéter, por que seus nomes mudam para serem chamados por essas denominações? E também, se todos se referem à Kéter, eles não deveriam ser iguais a Kéter?

De fato, em certo sentido, eles são todos iguais a Kéter, pois são considerados Ein Sóf, para a regra que é: enquanto a Luz Superior não se vestir em um Kli, ela é considerada Ein Sóf. Por isso, todos os cinco Partzufim de AK são considerados como Luz sem um Kli no que diz respeito ao mundo de Tikun, uma vez que não temos nenhuma percepção nos Kelim de Tzimtzum Álef. Por isso, para nós, suas Luzes são consideradas Ein Sóf.

Além disso, Atik e AA de Atzilut são ambos considerados Kéter de Nekudim. No entanto, sob um ângulo diferente, estão afastados um dos outros, uma vez que Kéter de Ohr Yashár é uma Sefirá, mas em AK contém cinco Partzufim completos, cada um dos quais contendo Rosh, Toch e Sóf (Item 142). Além disso, Partzuf Atik é apenas metade da metade Superior de Kéter de Nekudim e Partzuf AA é a metade da metade inferior da Kéter de Nekudim (Item 129). Da mesma forma, estas duas instruções devem ser discernidas em todas as denominações das Sefirot.

183)       Saiba que a instrução especial nessas denominações das dez Sefirot chamadas Kéter e ABYA é para mostrar que se refere à divisão das dez Sefirot para Kelim de Panim e Kelim de Achoraim, feitas por causa de Tzimtzum Bet (Item 60). Então, o Malchut finalizador subiu para o lugar de Biná de Guf, chamado “Tiféret  no lugar de Chazê”, onde ele terminou o grau e criou um novo Siúm, chamado “Parsá abaixo de Atzilut” (Item 68).

E os Kelim abaixo do Chazê sairam de Atzilut e são chamados BYA. Os dois terços de Tiféret, do Chazê até o Siúm, são chamados de Briá; NEH”Y são chamados Yetzirá e, Malchut é chamado Assiá. Também já foi explicado que,  por esta razão, cada grau foi dividido em Kelim de Panim e Kelim de Achoraim: do Chazê para cima são chamados Kelim de Panim e do Chazê para baixo são chamados Kelim de Achoraim.

184)       Assim, este discernimento da Parsá no lugar do Chazê divide o grau em quatro Bechinot especiais, chamadas ABYA: Atzilut – através do Chazê e BYA – do Chazê para baixo. E o início da distinção está no próprio AK. Mas lá, a Parsá desceu através de seu Tabur (Item 68); portanto, a Atzilut nele é o AB SAG que terminam acima do seu Tabur.

Do seu Tabur para baixo é sua BYA, o lugar nele dos dois Partzufim MA e BON. É assim que os cinco Partzufim de AK são divididos em ABYA pela força do Siúm de Tzimtzum Bet, chamado Parsá: Galgálta é o Rosh, AB SAG através do seu Tabur são Atzilut e MA e BON de seu Tabur para baixo é BYA.

185)       Da mesma forma, todos os cinco Partzufim do mundo de Atzilut se dividem em seu próprio Kéter e ABYA:

  • AA é o Rosh da totalidade de Atzilut.
  • O AVI Superior, que são AB, vestindo de Pê de AA até o Chazê, são Atzilut. E ali, no ponto de Chazê, está a Parsá, que termina a Bechiná Atzilut do mundo de Atzilut.
  • YESHSUT, que são SAG, vestindo de Chazê de AA através do seu Tabur, são Briá de Atzilut.
  • ZO”N, que são MA e BON, vestindo do Tabur de AA através do Siúm de Atzilut, são Yetzirá e Assiá de Atzilut. Assim, o mundo de Atzilut, também, com seus cinco Partzufim, é dividido em Rosh e ABYA, como fazem os cinco Partzufim de AK. Mas aqui está a Parsá em seu lugar no Chazê de AA, que é o seu verdadeiro lugar (Item 127).

186)       No entanto, nos mundos em geral, todos os três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK são considerados como o Rosh geral. E os cinco Partzufim do mundo de Atzilut, que vestem do Tabur de AK para baixo, até a Parsá geral, sendo a Parsá que  foi feita no Chazê de Nekudot de SAG (Item 66), são o Atzilut geral. E os três mundos BYA gerais ficam da Parsá para baixo (Itens 67-68).

187)       Nesta mesma forma, cada grau particular em cada um dos mundos ABYA é dividido em Rosh e ABYA, mesmo Malchut de Malchut de Assiya, porque ele contém um Rosh e um Guf.

  • O Guf se divide em Chazê, Tabur e Siúm Raglin.
  • A Parsá, abaixo de Atzilut desse grau, está em seu Chazê e termina Atzilut.
  • Do Chazê ao Tabur, é considerado Briá do grau, que o ponto do Tabur conclue.
  • Do Tabur para baixo até seu Siúm Raglin, é considerado Yetzirá e Assiá do grau. E com relação às Sefirot, CHAGAT através Chazê são considerados Atzilut; os dois terços inferiores de Tiféret de Chazê até o Tabur são considerados Briá; NEH”Y é Yetzirá e, Malchut é Assiá.

188)       Por esta razão, o Rosh de cada grau é atribuído a Bechiná Kéter, ou Yechidá, ou Partzuf Galgálta. O Atzilut nele, do Pê ao Chazê, é atribuído a Chochmá, Ohr Chaiá, ou ao Partzuf AB. Briá nele, do Chazê ao Tabur, é atribuído a Biná, Ohr Neshamá, ou ao Partzuf SAG. E Yetzirá e Assiá nele, do Tabur para baixo, são atribuídos a ZO”N, Luzes Ruach Néfesh, ou ao Partzuf MA e BON. (Examine o livro, Hallan, da imagem no. 3 em diante, como cada Partzuf é dividido por estes Bechinot.)

25 Nota do tradutor: em Hebraico, Hu se refere à “Sua Essência”, Chayohi à “Luz Emanada” e Garmohi ao “Kli”.

26 Nota do tradutor: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá, pronunciados NaRaNCHaY

27 Nota do tradutor: Chaiá vem da palavra Chayim (vida).

28 Nota do tradutor: “em permanência” também se refere como “o estado constante”.