A REENCARNAÇÃO

Do livro “O Livro Aberto”

As almas descem aos corpos físicos de acordo com uma ordem fixa e predeterminada. Toda vez, elas retornam a este mundo em um corpo novo. As características físicas de cada geração são similares às daquela que a precedeu,  mas as almas de cada geração vêm ao mundo com experiência acumulada das gerações anteriores. Elas têm novos poderes que adquiriram durante sua estada  “lá em cima”.

É por isso que em cada geração existe uma série de desejos, objetivos de vida, que caracterizam aquela geração. Em cada geração, descem almas com novos desejos latentes. Os desejos determinam como a ciência, a cultura, a arte e os relacionamentos sociais daquela geração irão se desenvolver.

Tudo é determinado de cima, mesmo antes das almas descerem a este mundo e determinarem a direção do desenvolvimento daquela geração. Olhando para os atributos das almas que descem ao mundo, é possível prever todos os detalhes do desenvolvimento de uma determinada geração, incluindo todos os eventos importantes que acontecerão, até os últimos detalhes, pois, antes de mais nada, as informações espirituais nas almas incluem tudo!

Mesmo que determinada geração não desenvolva o desejo de descobrir a verdadeira realidade – o Criador, ainda faz um certo progresso naquela direção quando experimenta dor e tormentos que são enviados a ela pelo Criador. Portanto, cada geração acumula experiência ao relacionar-se com seu egoísmo e, como resultado, começa a sentir aquela dor. Mas, nesse ponto, ainda é uma dor inconsciente porque a verdadeira razão para ela, que deriva de nossa natureza egoísta, não foi compreendida até aquele momento.

Conseqüentemente, a memória acumulada do tormento de todas as gerações trará o entendimento de que recebemos benevolência apenas de cima. Quando sentimos aquela benevolência apenas através de nossos vasos egoístas, a sentimos como absoluta maldade! A evolução das gerações nos levará à percepção da verdadeira realidade!

Tipos diferentes de almas descem durante cada era histórica, porque precisam de tipos diferentes de providência. Elas precisam da providência que se adequará aos tipos de almas que estarão no mundo naquele momento.

É por isso que em cada geração existem pessoas que conduzem-nos ao progresso espiritual. Elas escrevem livros, estabelecem grupos de discípulos, tudo isso para nos transmitir o método que melhor se adequará ao tipo de alma atual, pelo qual a verdadeira realidade nos é revelada, e a atingimos.

Em seu “Prefácio ao Zohar”, Baal HaSulam escreve que as almas descem a este mundo por um período de seis mil anos. Em cada geração, as almas são caracterizadas por qualidades cada vez piores e mais grosseiras.

Cada geração precisa de sua própria correção. Durante os dois primeiros milênios, as almas que desciam eram de fato tão puras que sequer precisavam da Torah para cumprirem com sua parte. Elas evoluíam neste mundo sem qualquer necessidade por um meio de revelação e compreensão da espiritualidade. Foi um tempo de obtenção de experiências e tormento neste mundo. O fato de terem existido neste mundo foi suficiente para avançarem rumo à correção espiritual. A dor acumulada pressionou as almas a saírem daquela situação dolorosa. A força motriz do desenvolvimento humano é de fato o desejo de se livrar da dor.

Nos próximos dois milênios, elas precisaram apenas da Torah revelada e do cumprimento físico das mitzvot (N.T.: mandamentos, preceitos) para sua evolução espiritual.

Elas se relacionavam com as mitzvot como ações que tinham a ver com o mundo físico. O cumprimento mecânico das mitzvot foi suficiente para que fossem purificadas e avançassem rumo à correção.

Mas a compreensão do objetivo das almas não acaba aqui. O número de almas é limitado: existem 600.000 almas. Cada vez, as almas descem ao mundo para realizarem, novamente, um outro progresso espiritual.

Quando nos referimos a uma alma como grosseira ou não grosseira nos referimos à duração de tempo que resta até que ela atinja o fim da correção. A alma que precisa de maior correção é considerada mais grosseira.

A era do declínio das almas durou até o século XVI, e terminou quando o ARI escreveu que do seu tempo em diante o estudo da Cabalá não seria apenas desejável, mas um dever para cada um: homens, mulheres e crianças de todas as nações.

É explicado que as almas alcançaram um determinado grau de evolução, de maneira que cada alma, ao usar o sistema exclusivo que o ARI desenvolveu, será capaz de atingir a compreensão completa da realidade, a compreensão da origem da  luz  e  do  fim  de  sua  própria  correção.  Conseqüentemente,  todas  almas poderiam compreender o propósito para o qual vieram a este mundo, para desempenhar seu destino neste mundo.

Só essa condição, já necessita da compreensão da verdadeira realidade, que a sabedoria da Cabalá possibilita. Essa compreensão acontecerá apenas quando toda a humanidade encontrar as leis da verdadeira estrutura do mundo, a origem delas; nesse momento, o tormento e a dor desaparecerão do mundo.

Quando compreendermos como a realidade nos afeta e como nos relacionamos com ela, desistiremos de corromper o que não devemos; não perderemos as oportunidades de se fazer o que precisa ser feito, e todas nossas ações serão conscientes e corretas – de acordo com a lei do universo. Então, este mundo e o mundo que descobriremos coexistirão em completa harmonia.

Mas, neste meio tempo, somos apenas capazes de errar. Apenas em retrospecto podemos ver que corrompemos ao invés de corrigirmos. Hoje, não há como evitarmos o erro. A humanidade está num beco sem saída, e indo em frente infligindo dor e fazendo o mal cada vez mais.

Nossa dor continuará a aumentar até que finalmente toda a humanidade compreenda que há apenas um caminho: o caminho do crescimento espiritual. Precisamos compreender isso: não temos outra alternativa, além de começarmos a estudar as leis do mundo superior, experimenta-las e entende-las, pois somos uma parte inseparável dele.

Este entendimento mudará dramaticamente nossa situação, e nos fará atingir níveis espirituais mais elevados. Começaremos a agir de maneira consciente, a partir de uma perspectiva mais ampla, a compreender o objetivo  final e começaremos a trabalhar juntos, e não como indivíduos que não se importam com ninguém além de si mesmos.

A IDÉIA DE EVOLUÇÃO NA PERSPECTIVA DA CABALÁ

Do livro “O Livro Aberto”

Os Cabalistas que atingiram o nível espiritual da revelação e da absoluta compreensão afirmam que não há nada em nossa realidade além do desejo fundamental por prazer. Esse desejo é chamado de “criação”. Ele é feito pelo Criador (Sua luz), e é por isso que a criação sente a luz como prazer, porque foi criada por ela, enquanto que a ausência da luz do Criador é sentida como dores e tormentos de todos os tipos: dores físicas, doenças, fome e morte.

Portanto, somos apenas constituídos de sensações positivas e negativas. Nosso cérebro foi feito com o propósito exclusivo de nos auxiliar na satisfação de nossas necessidades, para compreendermos, entendermos e discernirmos entre desejos positivos e negativos, para encontrarmos a fonte deles e implementarmos  a habilidade de atingir prazer e conforto.

Toda ação na natureza inanimada objetiva a preservação de sua forma. Nas plantas, o propósito principal é o crescimento; nos animais: o movimento, os desejos sexuais, a família e a sociedade, e a continuação das espécies, como também o crescimento; no homem: além de tudo acima, surge a ganância e os desejos por honra, controle e conhecimento. Mas na base de tudo isso, existe ainda o desejo básico de obter prazer, e a mente é apenas uma ferramenta adicional, da qual o desenvolvimento depende exclusivamente do desejo de obter prazer. Pelo fato de que quanto mais ambiciosos somos, mais sofremos, somos forçados a evoluir tentando nos livrar da sensação de desconforto. Somos obrigados a evoluir e, conseqüentemente, a inventarmos coisas novas e a ficarmos mais espertos.

Se diminuirmos artificialmente a intensidade do desejo, o homem sente menos desconforto, menos dor pela sua inabilidade de realizar seus desejos e de satisfazer suas necessidades. Todas religiões, crenças e os diversos sistemas de “lavagem cerebral”, meditações, ioga e assim por diante, objetivam a limitação do desejo natural do homem. É assim que atraem as pessoas; existem apenas para isso. O homem diminui seus desejos, se sente melhor e sofre menos. Mas, a humanidade  não  fica  parada.  Com  o  passar  de  cada  geração,  as  almas  das gerações passadas descem a este mundo com um desejo mais forte pelo prazer, pela luz, pelo Criador; um processo que não existe nas outras partes da criação.

O desenvolvimento humano é dirigido diretamente ao aumento do egoísmo e à busca por prazer – esta é a essência de nossa natureza e de nossa evolução. Isso também é expresso em todos os outros níveis da criação, porque eles dependem do homem e são valorizados através do homem. É por isso que existe evolução e mudanças na natureza inanimada também, como nas plantas e animais, da mesma maneira.

Mas, apenas na alma humana os desejos aumentam de geração para geração, porque é o homem que, pelo plano da natureza, precisa finalmente obter um desejo espiritual de se conectar, de ter prazer na luz do Criador. É por isso que todos os outros métodos e religiões desaparecerão da face da terra. Hoje já podemos ver isto acontecendo: não podem mais prover as pessoas com o que necessitam, as soluções para os problemas, através da supressão dos desejos. Não possibilitam tranqüilidade genuína e perfeição.

É por isso que apenas uma antiga ciência judaica, a sabedoria da Cabalá, que não se baseia na supressão de desejos, na coerção e nem no afastar-se da sociedade, tem sido e permanece o único meio de obtermos paz, tranqüilidade espiritual, felicidade genuína e perfeição enquanto vivemos neste mundo. Portanto, dor e tormento preencherão nossas vidas e nos farão finalmente aspirar por redenção. É por isso que é dito que nas últimas gerações a sabedoria da Cabalá se tornará a ciência fundamental, e única. Afinal, o que impulsiona o homem a desenvolver a ciência, as artes e tudo mais, se não o desejo de se realizar, de aliviar seu impulso por prazer?

Vemos até como famílias são destruídas como resultado do crescente desejo de receber – o egoísmo. Assim que o homem sobe a um degrau acima dos animais

– como resultado do desenvolvimento de sua ambição por obter prazer – suas estruturas sociais e suas ligações com os outros mudam. Isto acontece porque, como é mencionado no Zohar, desta geração em diante as massas também podem começar a estudar as leis do mundo espiritual. É por isso que o homem não pode mais voltar “aos bons e velhos tempos”. O homem apenas poderá  conseguir aquilo por meio da correção do desejo adicional. Isto é possível apenas através do estudo da sabedoria da Cabalá. A coerção e a restrição de desejos são ineficientes, porque a lei superior do desenvolvimento não permite que ninguém destrua a si mesmo, seu desejo, mas ela o fará sofrer, buscar pelo caminho certo – como ser preenchido com a luz do Criador.

Você pode aprender sobre os processos evolutivos em nosso mundo através de livros escritos por cientistas, físicos, biólogos e outros. Mas o que realmente precisamos entender é como a evolução da alma acontece.

O SENTIDO DE MINHA VIDA

Do livro “O Livro Aberto”

Através dos tempos, o homem tem procurado respostas para as perguntas fundamentais da vida: Quem sou eu? Qual é o propósito de minha permanência aqui? Por que o mundo foi criado? Há vida após a morte?

Cada um de nós se esforça ao máximo para encontrar as respostas, à sua própria maneira e através das fontes de informação à disposição. Cada um de nós cria sua perspectiva única da vida, dependendo do que descobre e da confiança que deposita em sua fonte de informação.

A pergunta sobre o sentido de nossas vidas dá uma dimensão global aos nossos tormentos cotidianos. E de fato, por que estamos destinados a sofrer assim? Essa pergunta nos irrita de maneira implacável, privando-nos de satisfação  mesmo quando obtemos sucesso na satisfação de algum de nossos desejos mundanos.

Uma pessoa que vem a atingir o objetivo pelo qual aspira, rapidamente retorna à sensação de vazio e insatisfação. Em retrospecto, os esforços que ela investiu na obtenção do seu objetivo e a dor que ela experimentou no decorrer do caminho não proporcionam um senso de satisfação duradouro com tal realização.

Pelo fato de até hoje resposta alguma ter sido dada a estas perguntas, as pessoas continuam a procurar em diversas direções, inclusive em todos tipos de religiões e crenças. Meditações e exercícios de desenvolvimento físico e intelectual nos dão um alívio passageiro, mas não nos permitem encontrar a resposta à pergunta sobre a essência da vida e do sofrimento humano, e sobre qual é o nosso propósito neste mundo. Todos aqueles métodos nos acalmam, às custas da anulação de nossas necessidades e desejos.

Porém mais cedo ou mais tarde todos descobrem que não podem mais rejeitar a realidade. A humanidade procura continuamente por uma justificativa lógica para a nossa existência. O homem tem tentado investigar e interpretar a natureza por milhares de anos.

Os cientistas contemporâneos aprenderam que quanto mais progridem em sua pesquisa científica, mais obscura e difícil de compreender se torna a imagem do mundo que descobrem. Os livros científicos contemporâneos parecem-se cada vez mais com ficção científica, contudo ainda fracassam em prover-nos com uma resposta clara sobre a essência do sentido da vida.

A sabedoria da Cabalá oferece um método claro e comprovado para entendermos o sentido de nossas vidas e nosso objetivo no universo. Esse método enfoca o desenvolvimento da habilidade humana de perceber uma parte oculta da realidade. A palavra Cabalá se origina da palavra hebraica lekabel (receber), e expressa a aspiração humana por conhecimento superior, por sentir e perceber a imagem ampla e real do universo.

Os Cabalistas nos falam sobre métodos práticos que são baseados em sua própria experiência pessoal. Seus livros transmitem o método para investigarmos  a realidade daquele mundo, para atingirmos e encontrarmos a resposta para a questão da essência de toda a vida.

HAILAN (A ÁRVORE)

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Ilustrações e Referências
DIAGRAMA 1
  • O Item 1 ilustra o Rosh, Toch, Sóf do Partzuf Kéter de AK.
  • O Item 2 ilustra o Partzuf AB de AK in Rosh, Toch, Sóf e como ele veste o Partzuf Kéter de AK de seu Pê abaixo.
  • O Item 3 ilustra o Partzuf SAG de AK em Rosh, Toch, Sóf e como ele veste Partzuf AB de AK de seu Pê abaixo.

DIAGRAMA 1, ITEM 1

Este é o Partzuf Kéter de AK, as primeiras dez Sefirot que expandiram de Ein Sóf ao espaço após o Tzimtzum. Seu Rosh toca Ein Sóf, Acima, e seu Siúm Raglin está no ponto médio, central, que é este mundo. Ele contém três Bechinot de dez Sefirot: dez Sefirot de Rosh, dez Sefirot de Toch, e dez Sefirot de Sóf.

As dez Sefirot de Rosh são chamadas “as raízes das dez Sefirot,” pois lá é o princípio de sua criação, através do encontro das dez Sefirot de Ohr Yashár pelo Zivug de Haka’á na Massach em Malchut de Rosh, que eleva dez Sefirot de Ohr Chozêr que vestem as dez Sefirot de Ohr Yashár, que estendem de Ein Sóf (como está escrito em    A Árvore da Vida, Portão 47, Capítulo 1). As dez Sefirot de Ohr Yashár estão organizadas de Cima para baixo, e seu oposto é o Ohr Chozêr, onde elas são organizadas de baixo para Cima. Malchut das dez Sefirot de Rosh é chamada .

As dez Sefirot de Toch nos Partzufim é AK são chamadas Akudim, no Partzuf Kéter, em AB, assim como em SAG. Porém, no Partzuf Kéter, a Luz Superior ainda não foi distinguida nas dez Sefirot, e a diferença entre elas estava apenas nas impressões (como o Ari escreveu em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, Capítulo 1). Além disso, Malchut das dez Sefirot de Toch é chamada  Tabúr.

As dez Sefirot de Sóf são consideradas o Siúm de cada Sefirá das dez Sefirot até Malchut. O Partzuf termina na Sefirá de Malchut, é por isto que ela é chamada Siúm Raglin.

DIAGRAMA 1, ITEM 2

Este é Partzuf AB de AK, a segunda Hitpashtut das dez Sefirot de Ein Sóf no espaço, após o Tzimtzum. Começa a partir de Chochmá, e carece da Luz de Kéter. Ele é emanado e surge de Malchut de Rosh do Partzuf Kéter, que é chamado . Assim, ele veste o Partzuf Kéter de seu abaixo ao Tabúr do Partzuf Kéter.

Suas dez Sefirot de Rosh são como as dez Sefirot de Rosh do Partzuf Kéter de AK, exceto que ele carece de Kéter. O modo que se geram estas dez Sefirot é elaborado em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, Capítulos 1 e 2, assim como no Talmud Eser Sefirot, Parte 5, onde estas palavras do Ari são explicadas  a fundo.

Aqui, as dez Sefirot de Toch se tornam mais evidentes do que as dez Sefirot de Toch no Partzuf Kéter, pois aqui haviam dez entradas e dez saídas na ordem do Presente e Não Presente (como está escrito em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, e no Talmud Eser Sefirot, Parte 5). Na Sefirá Kéter das dez Sefirot de Toch, existem dois Kelim, chamados YudHey. Isto também é assim em sua Sefirá Chochmá, mas na Sefirá Biná, as YudHey estão em apenas um Kli, e a Vav está no Kli de Yessód, e a Hey inferior está em Malchut.

As dez Sefirot de Sóf são as mesmas no Partzuf Kéter de AK, exceto seu Siúm Raglin que está acima do Tabúr do Partzuf Kéter.

DIAGRAMA 1, ITEM 3

Este é Partzuf SAG de AK, a terceira expansão das dez Sefirot de Ein Sóf ao espaço após o Tzimtzum, em Rosh, Toch, Sóf. Ele é emanado e sai do do Partzuf AB de AK. Ele começa de Biná e carece das Luzes de Kéter e Chochmá, e veste do do Partzuf AB  de AK abaixo, embora abaixo seja mais longo que ele, pois ele expande para baixo,  ao mesmo nível do Siúm Raglin do Partzuf Kéter de AK.

DIAGRAMA 2, ITEM 1

Este é o estado do Partzuf SAG de AK durante Tzimtzum Álef. Ele é apresentado acima, no Diagrama 1, Item 3, mas aqui há uma distinção adicional de seus próprios dois Partzufim: Partzuf Ta’amim, do ao Tabúr e, Partzuf Nekudim, do Tabúr abaixo. Você encontrará suas explicações no Talmud Eser Sefirot, Parte  6, pg. 390.

Até agora, os três mundos inferiores Briá, Yetzirá e Assiá ainda não chegaram a qualquer existência, pois SAG de AK, também, estendeu através do ponto deste mundo. Segue-se que ele foi considerado Atzilut até o ponto deste mundo.

DIAGRAMA 2, ITEM 2

Este é o estado de SAG de AK durante Tzimtzum Bet, antes do Zivug em Nikvey Eynaim, que foi feito para emanar as dez Sefirot de Nekudim. Por causa da descida de SAG dentro de MA e BON de AK, Biná recebeu a Bechinat Malchut. Assim, a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que se encontrava no ponto deste mundo, se elevou ao lugar do Tabúr, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento), que se encontrava no Pê  de Rosh de SAG, se elevou ao lugar de Nikvey Eynaim de Rosh de SAG, e Ózen, Chotem, Pê de Rosh desceram à Bechinat Guf de SAG. Além disso, a Luz foi esvaziada do Tabúr abaixo, e isto, em geral, é Partzuf SAG.

E ali há Rosh, Toch, Sóf, chamados CHABAD, CHAGAT, NEH”YM em seu próprio Partzuf Nekudot de SAG, estando inteiramente abaixo do Tabúr (veja acima, diagrama 2, Item 1). Nele, também, como no geral, é considerado que a Malchut Mesayémet (Finalizadora) se elevou até Biná de Guf, chamada Tiféret, no lugar onde linha de Ein Sóf terminou, e abaixo dela a Parsá foi estabelecida, pois lá é onde Bechinat Atzilut terminou.

Dali abaixo, se tornou o lugar dos três mundos Briá, Yetzirá e Assiá. O mundo de Briá foi feito dos dois terços inferiores de Tiféret, até o Siúm. O mundo de Yetzirá foi feito de Netzach, Hod e Yessód, e o mundo de Assiá foi feito de Malchut. Isto é explicado a fundo nas palavras do Ari, pg. 8, e em Ohr Pashut  lá.

DIAGRAMA 2, ITEM 3

Este é o estado em SAG de AK durante o Zivug que foi feito em Nikvey Eynaim: Ózen, Chotem, saíram de Bechinat Rosh e entraram no Guf, abaixo do lugar do Zivug de Rosh. Porém, visto que não há ausência na espiritualidade, dois tipos de Ózen, Chotem e são discernidos aqui: os primeiros são Ózen, Chotem, em seu ponto de saída, seu lugar no Rosh, como no princípio. Os segundos são Ózen, Chotem, que desceram dentro da atual Bechinat Guf abaixo de Pê de Rosh de SAG. Eles são chamados Ózen, Chotem, não no lugar de sua saída. E todos estes são chamados “Ózen, Chotem, internos”.

Aqui, as dez Sefirot de Toch através do Tabúr são chamadas Akudim, como antes do Tzimtzum Bet, pois as dez Sefirot que saíram do Zivug de Nikvey Eynaim só podiam se manifestar abaixo do Tabúr. Estas são chamadas “dez Sefirot de Nekudim”,  e eles saíram primeiramente fora do Partzuf SAG, emora sua internalidade tenha emergido no próprio AK.

Além disso, eles são chamados MA e BON de AK, pois a internalidade dos três Superiores de Nekudim é chamada MA de AK e a internalidade das sete inferiores de Nekudim é chamada BON de AK. Elas terminam no ponto do Siúm do Tzimtzum Bet, chamado “a Parsá entre Atzilut e Briá”. Abaixo dele estão três mundos, Briá inferior, Yetzirá e Assiá.

DIAGRAMA 2, ITEM 4

Este é um Partzuf Ózen, Chotem, Pê de SAG de AK externo, através do Tabúr. Do Tabúr abaixo, está o Partzuf das dez Sefirot de Nekudim, que termina na Parsá. Abaixo da Parsá ficam os três mundos inferiores, Briá, Yetzirá e Assiá.

Nos externos, Ózen, Chotem, são divididos em duas Bechinot Ózen, Chotem, : Ózen, Chotem, externos no lugar de seu surgimento, estando acima do , e Ózen, Chotem, internos, não em seu lugar de surgimento, estando abaixo do até o Tabúr. Seus três Superiores são ligados ao lábio inferior. Ele é chamado Shibólet haZakán (o fio de cabelo sob o lábio inferior), e os três Superiores são primariamente a Luz de Ózen, mas suas Bechinot Chotem, também estão incluídas neles. Estas são as raízes das três Superiores de Nekudim.

Suas sete inferiores, que são o atual Chotem e , ficam abaixo do Shibólet haZakán e se propagam até o Tabúr. Estes Ózen, Chotem, externos também são chamados de Dikná (barba) de SAG de AK, e você encontrará uma explicação detalhada deles no Talmud Eser Sefirot, Parte 6, pg. 409, Item 20.

As dez Sefirot de Nekudim estão do Tabúr abaixo. Suas três Primeiras estão no Tikun Kavim e vista MA de AK, e suas sete inferiores estão uma a baixo da outra, como no Tzimtzum Álef, vestindo BON de AK. Abaixo delas estão a Parsá e os três mundos Briá, Yetzirá e Assiá, sob a Parsá.

DIAGRAMA 3, ITEM 1

Este é o estado constante dos Partzufim de AK, dos quais os cinco Partzufim o novo MA emergiram, chamados “os cinco Partzufim constantes de Atzilut”. Uma vez que eles tenham sido estabelecidos, nenhuma diminuição jamais ocorrerá  neles.

Isto também explica a divisão de cada Partzuf em Kéter, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá, que também são chamados Kéter, AB, SAG, MA e BON, ou Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach e Néfesh. Cada Rosh, até o , é chamado Kéter ou Yechidá. Do até o Chazê em cada um deles, é chamado Atzilut, AB ou Chaiá. E do Chazê ao Tabúr em cada um deles, é chamado Briá, Neshamá ou SAG. E do Tabúr abaixo de cada um deles, é chamado Yetzirá e Assiá, MA e BON, ou  RuachNéfesh.

Adicionalmente, isto explica como eles se vestem um dentro dos outros. Cada um veste seu Superior do do seu Superior abaixo, de tal forma que o Rosh  de cada inferior veste o AB e Atizlut do Superior, e AB e Atzilut do inferior vestem o SAG e Briá de seu Superior.

Além disso, SAG e Briá de cada inferior veste MA BON, que é Yetzirá e Assiá do Superior. Assim, o do Superior é considerado o Galgálta do inferior, e o Chazê do Superior é considerado o do inferior, e Tabút do Superior é considerado o Chazê do inferior.

Isto também explica o surgimento do novo MA em cada um dos cinco

Partzufim de Atzilut, o MA em seu Partzuf correspondente em  AK.

DIAGRAMA 4

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Neshamá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK e Atzilut, e como toma e se nutre de Briá de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMA 5

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Chaiá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK e Atzilut, e como toma e se nutre de Atzilut de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMA 6

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Yechidá, com relação aos cinco Partzufim constantes AK and Atzilut, e como toma e se nutre de Rosh de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMA 7

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Neshamá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMA 8

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Chaiá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMA 9

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Yechidá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.

DIAGRAMAS 10, 11, 12

Estes (diagramas) representam como a escada de níveis nunca muda, e os níveis, como um todo, sempre permanecem como eles eram no princípio, durante a geração do novo MA, como no estado constant. Isto é assim porque quando ZA ascende e obtém Neshamá, todos os níveis se elevam junto com ele—os cinco Partzufim de AK e Atzilut—e cada um obtém a Bechinat Neshamá relacionada a ele. É similar a obter Chaiá de ZA e obter Yechidá de ZA.

O Diagrama 10 é o estado dos cinco Partzufim de AK a medida que eles ascendem para obter Neshamá. O Diagrama 11 ilustra seu estado quando eles obtém Chaiá, e o Diagrama 12 é seu estado quando eles obtém  Yechidá.

SOBRE O BNEI BARUCH

Do livro “Cabala Para o Estudante”

O Bnei Baruch é um grupo de Cabalistas em Israel, compartilhando a sabedoria da Cabalá com o mundo inteiro. Materiais de esutods em mais de 30 línguas são baseados em textos Cabalísticos autênticos que foram passados de geração à geração.

HISTÓRIA E ORIGEM

Em 1991, seguindo o falecimento do seu professor, Rabi Baruch Shalom HaLevi Ashlag (O Rabash), Rabi Michael Laitman, Professor de Ontologia e a Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia e Cabalá, e MSc em Medicina Bio-Cibernética, estabeleceu um grupo de estudos de Cabalá chamado “Bnei Baruch”. Ele chamou ele Bnei Baruch (Filhos de Baruch) para comemorar seu mentor, cujo lado ele nunca deixou nos últimos doze anos de sua vida, de 1979 até 1991. Rabi Laitman foi o principal aluno e assistente pessoal do Ashlag, e é reconhecido como  o

sucessor do método de ensino do Rabash.

O Rabash foi o primogênito e sucessor de Rabi Yehuda Leib HaLevi Ashlag, o grande Cabalista do século 20. Rabi Ashlag foi o autor da maior autoridade e comentário compreensivo no Livro do Zohar, entitulado O Comentário Sulam (Escada). Ele foi o primeiro a revelar o método completo para ascensão espiritual, e assim foi conhecido como Baal HaSulam (Autor da Escada).

Hoje, o Bnei Baruch baseia todo seu método de estudo no caminho pavimentado por estes dois grandes líderes espirituais.

O MÉTODO DE ESTUDO

O único método de estudo desenvolvido pelo Baal HaSulam e seu filho, o Rabash,   é ensinado e aplicado diariamente pelo Bnei Baruch. Este método baseia-se nas fontes autências da Cabalá tais como O Livro do Zohar, pelo Rabi Shimon Bar-Yochai, A Árvore da Vida, pelo Santo Ari, e O Estudo das Dez Sefirot, pelo Baal HaSulam.

Enquanto o estudo baseia-se nas fontes autênticas da Cabalá, ele é levado em uma linguagem simples e usa uma aproximação científica e contemporânea. O desenvolvimento desta aproximação fez o Bnei Baruch uma organização internacionalmente respeitada, tanto em Israel quanto no mundo como um todo.

A combinação única de um método de estudo acadêmico e das experiências pessoais amplia as perspectivas dos alunos concede-os uma nova percepção da realidade que vivem. Aqueles no caminho espiritual recebem assim as ferramentas necessárias para estudarem a si mesmos e a realidade que os  cerca.

A MENSAGEM

O Bnei Baruch é um movimento diverso de dezenas de milhares de alunos do mundo todo. Os alunos podem escolher seus próprios caminhos e a intensidade pessoal de seus estudos, de acordo com suas condições e capacidades únicas. A essência da mensagem disseminada pelo Bnei Baruch é universal: unidade das pessoas, unidade das nações e amor ao próximo.

Por milênios, os Cabalistas tem ensinado que o amor ao próximo deve ser a fundação de todas as relações humanas. Este amor prevalesceu nos dias de Abraão, Moisés, e o grupo de Cabalistas que eles estabeleceram. Se fizermos uma sala para estes valores experientes, ainda contemporâneos, descobriremos que possuímos o poder para colocar as diferenças de lado e nos unir.

A sabedoria da Cabalá, escondida por milênios, esteve aguardando pelo tempo quando nós estaríamos suficientemente desenvolvidos e prontos para implementar esta mensagem. Agora, está emergindo como uma solução que pode unir facções diversas em todos os lugares, nos permitindo, como indivíduos e como sociedade, enfrentar os desafios atuais.

 

ATIVIDADES

O Bnei Baruch foi estabelecido na premissa que “apenas pela expansão da sabedoria da Cabalá ao público podemos ser recompensados com a completa redenção” (Baal HaSulam).

Portanto, o Bnei Baruch oferece uma variedade de formas para as pessoas explorarem e descobrirem o propósito de suas vidas, provendo uma orientação cuidadosa para iniciantes assim como para estudantes  avançados.

Cabalá na Televisão

O Bnei Baruch estabeleceu uma companhia de produção, ARI Films (www.arifilms.tv) especializando em produção de programas de TV educacionais ao longo do mundo, e em muitas línguas.

Em Israel, o Bnei Baruch estabeleceu seu próprio canal, indo ao ar via cabo  e satélite de Domingo à Sexta-feira. O canal também vai ao ar na Internet em www.kab.tv. Todas as transmissões no canal são gratuitas. Os programas são adaptados para todos os níveis, de completos iniciantes até os mais avançados.

Adicionalmente, o ARI Films produz séries educacionais e  documentários.

Site na Internet

O site internacional do Bnei Baruch, www.kab.info, apresenta a sabedoria autêntica da Cabalá usando artigos, livros, e textos originais. É de longe a fonte mais expansiva de materiais da Cabalá Autêntica na internet, contendo uma livraria única e extensiva para leitores explorarem a fundo a sabedoria da Cabalá. Adicionalmente, os arquivos de mídia, www.kabbalahmedia.info, contém mais de 5.000 itens de mídia, livros para baixar, e um vasto reservatório de textos, vídeo e arquivos de áudio em muitas línguas.

O Centro de Aprendizagem online do Bnei Baruch oferece aulas únicas gratuitas de Cabalá para principiantes, alunos iniciantes neste corpo profundo de conhecimento no conforto de suas casas.

As lições diárias do Rabi Laitman também são transmitidas ao vivo em www.kab.tv, juntamente com textos e diagramas  complementares.

Todos estes serviços são gratuitos.

Jornal

Cabalá Hoje é um jornal gratuito mensalmente produzido e disseminado pelo Bnei Baruch em muitas línguas, incluindo o Inglês, Hebraico, Espanhol e Russo. Ele é apolítico, não comercial, e escrito em um estilo claro e contemporâneo. O propósito do Cabalá Hoje é expor o vasto conhecimento oculto na sabedoria da Cabalá sem custo e um formato e estilo claro e envolvente para os leitores de todos os lugares.

Cabalá Hoje é distribuído gratuitamente em todas as maiores cidades dos Estados Unidos, assim como em Toronto, Canadá, Londres, Inglaterra, Sidney e Austrália. É impresso em Inglês, Hebraico e Russo, e é também disponível na internet, em www.kabtoday.com.

Além disso, uma cópia do documento é enviada aos assinantes, com apenas o custo de entrega.

Livros de Cabalá

O Bnei Baruch publica livros autênticos, escritos pelo Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), seu filho, Rabi Baruch Ashlag (o Rabash), e Rabi Michael Laitman. Os livros do Rabi Ashlag e do Rabash são essenciais para a compreensão completa dos ensinamentos da Cabalá Autêntica, explicada nas lições do Rabi  Laitman.

O Rabi Laitman escreve seus livros em um estilo claro e contemporâneo baseado nos conceitos chaves do Baal HaSulam. Estes livros são uma conexão vital entre os leitores de hoje e os textos originais. Todos os livros são disponíveis para venda, assim como para download gratuito.

Lições de Cabalá

Assim como os Cabalistas tem feito por séculos, Rabi Laitman fornece lições diárias no centro do Bnei Baruch em Israel entre às 3:15–6:00 a.m. no horário de Israel. As lições são dadas em Hebraico e são traduzidas simultaneamente em oito línguas: Inglês, Russo, Espanhol, Português, Francês, Alemão, Italiano e Turco. Assim como tudo mais, a transmissão ao vivo é provida gratuitamente a milhares de alunos ao redor do mundo.

FINANCIAMENTO

O Bnei Baruch é uma organização sem fins lucrativos ensinando e compartilhando   a sabedoria da Cabalá. Para manter sua independência e pureza de intenções, o Bnei Baruch não é apoiado, financiado, ou atado de outra forma à qualquer organização governamental ou política.

Já que a maior parte de suas atividades é provida livre de custos, as fontes primárias dos financiamentos para as atividades do grupo são doações e dízimos – contribuídos pelos alunos voluntariamente – e os livros do Rabi Laitman, que são vendidos a preço de custo.

 

APÊNDICE B: ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES

 

Do livro “Cabala Para o Estudante”

(Como os acrônimos são de palavras Hebraicas, as letras em Português podem não coincidir com as palavras que elas representam)

 

AA Arich Anpin
AB HaVaYaH preenchido com Yud
ABA Achor be Achor
ABYA Atzilut, Briá, Yetzirá, Assiá
ACHAP Ózen, Chotem, Pê
AN Atik e Nukvá
Ari O Divino Rabi Isaac
AVI Aba ve Ima
BON HaVaYaH preenchido com Hey
BYA Briá, Yetzirá, Assiá
GE Galgálta Eynaim
CHUB Chochmá, Biná
CHABAD Chochmá, Biná, Dáat
CHACHAN Chochmá, Chéssed, Netzach
KH Kéter, Chochmá
KACHÁB Kéter, Chochmá, Biná
KACHÁB TUM Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret, Malchut
KCHABAD Kéter, Chochmá, Biná, Dáat
Lámed Bet número (32)
MA HaVaYaH preenchido com Álef
MAD Mayin Duchrin
MAN Mayin Nukvin

 

 

Matatron Nome de um Anjo
MI Duas letras do nome E-L-O-H-I-M
NE Nikvey Eynaim
NEH”Y Netzach, Hod, Yessód
NEH”YM Netzach, Hod, Yessód, Malchut
NR Néfesh, Ruach
NARAN Néfesh, Ruach, Neshamá
NARANCHAY Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá
OBDAM Or, Bassar, Guidin, Atzamot, Môcha
OH Ohr Chozêr
OM Ohr Makif
OP Ohr Pnimi
OY Ohr Yashár
PARDESS Peshat, Remez, Drush, Sod
PBA Panim be Achor
PBP Panim be Panim
RADLA Reisha de Lo Etyada
Ramak Rabi Moshe Kordovero
Ramchal Rabi Moshe Chaim Luzzato
RAPACH número (288)
Rashbi Rabi Shimon Bar Yochai
RIU número (216)
RTS Rosh, Toch, Sóf
SAG HaVaYaH preenchido com Yud, e Álef na Vav
SNGLH Shóresh, Neshamá, Guf, Levush, Heichal
IVAF Inanimado, Vegetativo,  Animado, Falante
TANTA Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot
TD Tikúney Dikná
VAK Seis Lados (Fins)
VAT Seis Abaixo
YESHSUT Yisrael Saba ve Tevuna
YHNRN Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh
ZA Zeir Anpin
ZAT Sete Abaixo
ZON Zeir Anpin e Nukvá

APÊNDICE A: GLOSSÁRIO CABALÍSTICO

Do livro “Cabala Para o Estudante”

 

Abertura dos

Olhos

Iluminação de Chochmá (sabedoria).
Acoplamento de

Malchut

Malchut (reino) de Rosh (cabeça).
 

Adoçando/ Mitigação

Se os Kelim (vasos) são defeituosos pela quebra, eles precisam da Luz para “adoçar” sua amargura, suas forças de Din (julgamentos), então, não haverá uma aderência neles para a

externalidade.

 

Agarrar/Segurar

Como um ramo deseja sugar através de sua aderência, a Klipá (casca) agarra num lugar desprovido de Kedushá (santidade). A ausência é o tubo através do qual ela suga força e vitalidade de

acordo com a medida de deficiência da Kedushá.

 

Almas de Adam ha Rishon

Antes do pecado—NARAN de BYA em Atzilut (emanação). Após o pecado—Luz de Néfesh (alma) que permaneceu no Kli (vaso) de Kéter (coroa) de cada uma das Sefirot (luminosidades)

de BYA, exceto para AVI de Briá (criação).

 

 

 

 

 

 

Almas de Anjos

Os Kelim internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha (cérebro), Atzamot (essência) e Guidin (tendões), com Luzes de NARAN. Luzes de Chaiá e Yechidá vestem-se na Luz de Neshamá. Os Kelim (vasos) ZA e Malchut foram separados do Partzuf; portanto, eles são chamados de Bassar (carne) e Ohr (luz). Estes não são Kelim reais, completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora.  As Luzes dentro deles são Ruach e Néfesh e recebem dos Kelim internos. Há Luzes de RúachNéfesh nos Kelim internos e Luzes de RúachNéfesh nos Kelim externos. Almas de pessoas nascem do Zivug (acoplamento) dos Kelim internos e, as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim externos. As almas são consideradas a interioridade dos mundos, uma vez que emergem nos Kelim internos do Partzuf. Anjos são considerados a externalidade dos mundos, uma vez que

emergem dos Kelim exteriores do Partzuf.

 

 

 

 

 

Almas de Pessoas

Os Kelim (vasos) internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha (cérebro), Atzamot (essência) e Guidin  (tendões), com Luzes de NARAN. Luzes de Chaiá e Yechidá se vestem dentro da Luz de Neshamá. Os Kelim ZA e Malchut foram separados do Partzuf; portanto, são chamados de Bassar (carne) e Ohr (luz). Estes não são Kelim reais, completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora. As Luzes dentro deles são Rúach e Néfesh e recebem dos Kelim internos. Há Luzes de RúachNéfesh nos Kelim internos e Luzes de RúachNéfesh nos Kelim exteriores. Almas de pessoas nascem do Zivug dos Kelim internos e as almas de anjos nascem do Zivug dos Kelim externos. As almas são consideradas a interioridade dos mundos, uma vez que emergem nos Kelim internos do Partzuf (face). Anjos são considerados a exterioridade dos mundos, uma vez que

emergem dos Kelim externos do Partzuf.

Arredores da Cidade As primeiras seis Sefirot (luminosidades) do mundo de Briá  (criação),

projetando-se do mundo da Atzilut (emanação) para baixo.

Árvore Yessód (fundação) de ZA, a linha média, o lugar de Zivug

(acoplamento).

 

Árvore da Vida (Etz Chaim) Do lugar do Chazê (peito) para Cima. São cobertos Chassadim (misericórdia), a Luz dos Achoraim (costas) de Biná (entendimento) e, portanto, não há aderência para as  Klipót

(cascas).

Árvore do Conhecimento

(Etz ha Da’at)

O lugar do Chazê (peito) para baixo, chamado Assiá (ação). Sua parte principal é Yessód (fundação), que é uma linha

média, chamada Etz (árvore).

Árvore do

Conhecimento do Bem e do Mal

Do Chazê (peito) de ZA para baixo, já que lá existe

iluminação de Chochmá (sabedoria). Assim, naquele lugar há uma espera para as Klipót (cascas), chamadas “mal”.

 

 

 

Asas

Malchut de Ima (reino da mãe) está sempre em Katnut (pequenez), interrompendo ZON do seu exterior. Ao fazer isso, ela guarda ZON, uma vez que apenas a iluminação de Chochmá passa através dela. Parsá (ferradura), abaixo de Atzilut (emanação), também é feita de Malchut de Ima e ela é chamada “sapato”, protegendo os pés de ZON. Nenhuma iluminação de

Chochmá (sabedoria) passa através dela.

 

Através dos Lados

 

Doação Limitada.

Audição A Luz de Biná (entendimento) de Rosh (cabeça).
 

Beijar (Neshikin)

Zivug (acoplamento) dos dois Partzufim (faces) internos ZA e Nukvá (feminino), também chamados de “Zivug de voz e fala”.
 

Brancura Superior

 

Antes de ser vestida em um Kli (vaso), a Luz é branca, já que todas as cores vêm apenas dos Kelim (vasos).

Cabeça de raposas O Rosh (cabeça) do grau inferior. É também uma cauda de

leões—o Siúm (fim) do grau Superior.

 

 

 

Cabelos (Se’arot)

 

Luzes que o Moach (cérebro) não pode tolerar devido à ausência de Tikunim (correções). Por esta razão, eles saem em Galgálta (crânio). Eles também são chamados Motrey (excedente) Môcha (excesso de Môcha).

 

Caindo

Quando ZA é digno, Tevuná (compreensão) sobe para Ima (mãe), faz um Zivug (acoplamento) em Aviut Bet (segunda espessura) e o doa para ZA. Isso é chamado “apoiar os

caídos”, ZON, uma vez que lhes dão GAR.

 

 

 

 

Casa (Bayit)

 

 

Ou Heichal (salão)—Bechiná (discernimento) Malchut que foi separada dos Kelim (vasos) internos e se tornou um Kli (vaso) para Ohr Makif (Luz circundante).

Cauda de Leões O Siúm (final) do Grau Superior, que se torna o grau de

“cabeça de raposas”, o Rosh (cabeça) do grau inferior.

Centelha (Netzitzo) Ohr Chozêr (Luz Retornante).
Chochmá A Luz de Atzmuto do emanado. Também, conhecer o resultado intencional de todos os detalhes na realidade.
Chochmá dos Trinta e Dois Caminhos Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) que Biná (entendimento) recebe para ZON, incluindo os vinte e dois Otiyot (letras) de

Biná e as dez Sefirot (luminosidades) para ZON em  Biná.

Chochmá inferior Chochmá (sabedoria) em Nukvá (feminino).
Chochmá

primordial

Chochmá (sabedoria) em AA, que não brilha em Atzilut

(emanação). Em vez disso, brilha apenas Chochmá dos trinta e dois caminhos.

Chochmá Superior Chochmá (sabedoria) em ZA.

 

 

 

 

 

 

 

Classificando e Corrigindo

Classificação significa o rebaixamento dos trinta e dois Nitzotzin (centelhas)—trinta e dois Malchuyot (reinos)—como resíduos, então, apenas 288 permanecem para a construção da Kedushá (Santidade). Ele é corrigido pela iluminação de Aba (pai) e isso é chamado “classificando as Luzes”. Mas sem Malchut, não há nenhum grau. Assim, Hitkalelut (inclusão) de ambos, o primeiro Hey e o Hey inferior, são recebidos da Massach (tela) de Ima (Mãe), e isto se chama “a associação da qualidade de Din (julgamento) com a qualidade de Rachamim (misericórdia)”. Deste Hitkalelut, trinta e dois novos Malchuyot são completados, para concluir os 320 Nitzotzin. Essa classificação só é possível através da Luz de Aba, já que não brilha para Bechiná Dálet (quarto discernimento) e assim o desperdício é resolvido. Mas o Tikun (correção) é através  da

Luz de Ima (mãe). Classificando significa resolver as partes de Bechiná Dálet que obstruem a recepção da Luz Superior.

 

Comprimento

A distância entre duas bordas de um grau, da mais  pura

Bechiná (discernimento) (mais Alta) para a mais grosseira (mais baixa).

 

Coração

 

Kli (vaso) para a Luz de Ruach; está em CHAGAT.

 

Costela

Nome de Nukvá (feminino) quando está ligada Achor be Achor (costa com costa) ao Achoraim (costas) de Chazê (peito) de ZA, já que está ligada ao seu Guf (corpo) e eles servem a

um Kéter (coroa).

 

Curto

Escassez de Chochmá (sabedoria). Amplo—abundância de

Chassadim (misericórdia). Estreito—escassez de Chassadim. Longo—abundância de Chochmá.

De Baixo para Cima Luz que se estende do grosseiro ao puro, chamado  Ohr

Chozêr (Luz Retornante).

 

 

De Cima para Baixo

Luz que se estende do puro ao grosseiro, chamado Ohr Yashár (Luz direta). Além disso, de Bechiná Álef (primeiro discernimento) através de Bechiná Dálet (quarto discernimento). Bechiná Dálet ficou sem Luz, portanto, ela é considerada a mais baixa. Bechiná Álef está Acima de todas elas, pois o seu desejo é o menor.
Desperdício Os Sigim (dejetos) deixados após os escrutínios.

 

 

 

 

Discurso

Dez Sefirot (luminosidades) de Luz que passam através de seu Malchut (reino) e descem para o Guf (corpo). Também, dez Sefirot de Luz que passam de Malchut de Rosh (cabeça), chamada Pê (boca), para o Toch (interno). O Partzuf (face) interno de Nukvá (feminino) é chamado “discurso”. Se ele se afasta e ela permanece apenas com o Partzuf exterior, então é chamado  “mudez”,  porque  o  Partzuf  interior  é  GAR  e  o

exterior é VA”K.

Disse ao Seu

mundo: “Chega! Espalhe não mais”.

Malchut (reino), que termina a Hitpashtut (expansão) da Luz

Superior no Chazê (peito) do mundo de Yetzirá (criação), coloca ali esse limite.

 

 

 

Doando Luzes

De Sefirá (iluminação) a Sefirá, através Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela), todas as luzes vêm para Kéter (coroa). Quando Bechiná Guimel (terceiro discernimento) de Kéter purifica Bechiná Bet (segundo discernimento), ela dá Luzes para Chochmá (sabedoria). Quando Aviut (espessura) Chochmá purifica Bechiná Bet (segundo discernimento) para Bechiná  Álef  (primeiro  discernimento),  ela  dá  Luzes  ao Kli

(vaso) de Biná (entendimento), etc.

Éden inferior Yessód (fundação) do mundo de Assiá (ação).
Éden Superior Yessód (fundação) do mundo de Briá (criação).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Espaço Vazio

Pela força de Tzimtzum Álef (primeira restrição), Malchut (reino) finaliza a Luz Superior. Este Siúm (conclusão) fica acima do ponto deste mundo. Através de Tzimtzum Bet (segunda restrição), o lugar do Tzimtzum sobe de Siúm Galgálta (crânio) ao Chazê (peito) do Partzuf (face) Nekudim (pontos). E de lá para baixo, um lugar vazio foi feito e o lugar das Klipót (cascas). No entanto, pela queda de vasos de doação abaixo do Chazê do local de BYA, apenas quatorze Sefirot (luminosidades) permaneceram por Mador haKlipót (seção das cascas). Através do pecado de Adam HaRishon (primeiro homem), o ponto de Siúm (final) de Kedushá (santidade) desceu à Biná (entendimento) de Malchut do mundo de Assiá (ação), chamada “o solo do Jardim do Éden inferior”, do qual foi feito o lugar do espaço vazio. Segue-se que o espaço foi diminuído pela quebra dos vasos e do pecado de Adam HaRishon, uma vez que desceu do lugar de Parsá (ferradura) para

Biná de Malchut de Assiá. Mas as Klipót obtiveram a força para construir quatro mundos.

 

Espaço/Vazio

Bechiná Dálet (quarto discernimento), que é esvaziada de Luz devido a Tzimtzum Álef (primeira restrição) não está ausente do emanado, mas há um espaço vazio

nele, sem Luz.

Espiritualidade Desprovido de qualquer estado corporal, tais como

tempo, espaço e movimento.

 

Estreito

Escassez de Chassadim (misericórdia). Amplo— abundância de Chassadim. Escassez de Chochmá (sabedoria)   é   chamada   “curto”   e   abundância  de

Chochmá é chamado “longo”.

 

Eu (Ani)

Quando Malchut (reino) é revelada, é chamada de “eu” ou “mim”. Quando está oculta, é chamada de “Ele” ou “dEle”.
 

Extenso

Abundância de Chochmá (sabedoria). Curto—escassez de    Chochmá.    Amplo—abundância     de    Chassadim

(misericórdia); Estreito—escassez de Chassadim.

 

Extenso

Abundância de Chassadim (misericórdia). Estreito— escassez de Chassadim. Escassez de Chochmá  (sabedoria)   é   chamada   “curto”   e   abundância  de

Chochmá é chamada “longo”.

Face Masculina Doação de Chochmá (sabedoria).
Filho Um inferior, com respeito ao Superior.

 

 

Firmamento (Rakia)

Yessód (fundação) de ZA é chamado por esse nome

porque é o Siúm (final) de ZA—Água Superior—e o início de Nukvá—água inferior.

Força Um discernimento que é como a semente da qual a

árvore crescerá.

 

Força da Klipá

Vestimentas de Luzes partem de seus Kelim (vasos) devido ao mal misturado neles e caem nas Klipót

(cascas) com o resíduo da Luz. Isso dá força a Klipá.

 

Forma

As quatro Bechinot (discernimentos) Aviut (espessura) em Malchut (reino), chamadas Chochmá (sabedoria),

Biná (entendimento), ZA e Malchut (reino) são chamadas “quatro formas”.

Gadlut (Grandeza/ Adultez/ Maturidade) Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) no grau.
Galgálta Partzuf Kéter (face coroa), o Kli (vaso) que veste a Luz

de Yechidá (única).

 

GAR

Luzes  de  Rosh  (cabeça)  que  antecederam  aos Kelim

(vasos), que são as Sefirot (iluminações) KACHÁB, chamadas Rosh do Partzuf (face).

GAR do Guf CHAGAT
Guidin (Tendões) Kli    de    Biná    (entendimento)     nas     dez    Sefirot

(iluminações) cujos níveis são iguais.

Guimel Valor numérico: 3
 

Grande/Adulto/Maduro

Revelação  de  Ohr  Chochmá  (Luz  de  sabedoria).  A

ausência de Ohr Chochmá faz um Partzuf (face) pequeno.

 

Guf (Corpo)

Os vasos reais de recepção em cada grau, que se expandem pela  força de Ohr Chozêr (Luz Retornante)

de sua Massach (tela) para baixo. Ai é onde a recepção das Luzes ocorre na realidade.

 

Haka’á (Notável/ Batida)

O encontro entre a Luz Superior e a Massach (tela) é comparável ao encontro de dois objetos duros, onde um deseja romper os limites do outro e este resiste e

não deixa penetrar o primeiro.

 

 

HaVaYaH– ADNY

Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face) de ZA e Nukvá (feminino) implícito no anagrama YADONEHY. Yud de HaVaYaH, que é ZA, no início do anagrama, implicando a Chochmá (sabedoria) em ZA. Yud de ADNY, no final do anagrama, implica a

Chochmá em Nukvá.

Haya Ohr Chochmá
Chet Valor numérico: 8

 

Hevel Ohr  Chozêr  (Luz  Retornante)  que  sobe  da  Massach

(tela) para cima.

Hey Valor numérico: 5
 

Histaklut (Olhando)

Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela). A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), ou Ohr Eynaim  (Luz  dos

olhos), ou visão, ou Histaklut (observar).

 

Histaklut Álef (Primeiro Olhar)

Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela). A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), ou Ohr Eynaim  (Luz  dos

olhos), ou visão, ou Histaklut (observar).

 

Histaklut Bet (sengundo Olhar)

Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela) que sobe do Tabur (umbigo) ao (boca) e faz Zivugim (acoplamentos) ao longo do seu caminho,    gerando    Partzufim    (faces)    de Nekudot

(pontos).

 

Hitpashtut (Expansão)

Luz que é emitida do Emanador e vem ao ser emanado através da ampliação da vontade de receber do ser emanado, que amplia a Hitpashtut (expansão) para si

de acordo com a medida do seu desejo para a Luz.

Hitpashtut Álef (Primeira Expansão) Luz de Ta’amim (sabores)
 

Hitpashtut Bet (Segunda Expansão)

A segunda entrada de Luzes após a Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela). Então, já existem Kelim (vasos), de acordo com a regra, “a expansão da

Luz e sua partida torna o Kli (vaso) apto para a sua tarefa”.

Holam As Luzes acima dos Otiyot (letras).
Chotem (Nariz) Sefirá (luminosidade) ZA de Rosh (cabeça).
Hurva (Ruina) O lugar das Klipót (cascas) neste mundo (também desertos).
Ibúr Zivug (acoplamento) de Katnut (pequenez).
 

Idrin

Salas internas, CHAGAT de ZA, preenchidos de Ohr Chassadim   (Luz  da   Misericórdia)   ,  não  revelando

iluminação de Chochmá (sabedoria). É por isso que são chamadas “interiores”.

Ima inferior Malchut (reino) de Atzilut (emanação).
 

 

Imagem (Demut)

Tzélem (também imagem) significa vestes dos Môchin (cérebros) de ZA e Demut significa vestes dos Môchin de Nukvá (feminino). As Otiyot (letras) Yud, Hey, Vav do  Nome HaVaYaH  são Tzélem  e, a  última  Hey  de

HaVaYaH é o Demut.

 

 

Interna (Pnimi)

Partzufim (faces) Ibúr (gestação), Yeniká (amamentação)

e Môchin (cérebros) vestidos de forma que o maior é também o mais interno.

 

Internalidade

O Aviut (espessura) na Massach (tela) é chamado por esse nome, porque este é o lugar para a doação de abundância.
Janela A força de Ohr Chozêr (Luz Retornante) que abre a

recepção de Luz no Kli (vaso).

Jardim do Édem inferior Yessód  (fundação)  de  Malchut  (reino)  no  mundo de

Assiá (ação).

 

Jardim do Éden

Malchut (reino) de Atzilut (emanação). Éden é Chochmá (sabedoria), e Jardim é Malchut. A totalidade do mundo de Atzilut  é Chochmá. É  por isso que Malchut

de Atzilut é chamado “Jardim do Éden”.

Jardim do Eden Superior No    mundo    de (entendimento). Briá (criação), que é Biná
Jerusalém O Yessód (fundação) externo de Malchut (reino).
 

 

Kamatz (sinal de pontuação)

Kmitza (condensação) das Luzes. Isto indica as dez Sefirot (iluminações) de Rosh (cabeça), que são condensadas nos Kelim (vasos) de Guf (corpo) antes de suas vestes. A Hitpashtut (expansão) das Luzes no Guf

é chamada Patach (aberta), pois abre uma entrada para a Luz.

 

Katnut (Pequenez)

Os dois Partzufim (faces) Ibúr (gestação) e Yeniká (amamentação) em cada Partzuf (face) são chamados por esse nome, uma vez que carecem de Rosh (cabeça)

ou Môchin (cérebros).

Kelim de Achoraim (Kelim externos) Kelim (vasos) abaixo do Chazê (peito) no Partzuf

(face).

Kelim de Panim Kelim (vasos) Acima do Chazê (peito) no Partzuf

(face).

 

Kéter

Colocação da raiz no grau. Vem da palavra Machtir, que significa “circunda”, como é mais pura que qualquer grau e, portanto, envolve o Partzuf (face) de

Cima.

 

Kissê Din (Trono de julgamento)

Malchut (reino) de Môchin (cérebros) de Ima (mãe), que veste em Malchut do mundo de Beriá (entendimento). É chamado Techelet (azul celeste) e

Sandalfon.

Kissê Rachamim (Trono de Misericórdia) Os nove Superiores Môchin (cérebros) de Ima (mãe).

 

Kista de Chayuta (Cista (Cofre) da Força Vital) O Reshimô (recordação) da Luz passada. Isto é o que fica no Partzuf (face) em seu lugar, como ele sobe para o Superior para MA”N e, tem a “partida dos Môchin

(cérebros)”.

Kli O desejo de receber nos seres emanados.
 

Kli Malchut

Bechiná  Dálet  (quarto discernimento)  de Ohr  Yashár

(Luz direta), em que houve o Tzimtzum Álef (primeira restrição), de modo a não receber Luz.

 

Kli para Ohr Makif

O  exterior,  a  metade  mais  pura  da  parede  no Kli

(vaso). A metade interna, mais grossa, da parede no

Kli, serve como um Kli para Ohr Pnimi (Luz interna).

 

Kli para Ohr Pnimi

A metade interna, mais grossa, da parede no Kli (vaso). O Kli para Ohr Makif (Luz circundante) é o exterior, a

metade mais pura do Kli.

Kli que Eleva MAN ACHÁP do Superior durante Gadlut (grandeza).
 

Klipat Noga (A casca Noga)

Nitzotzin (centelhas) que contêm uma mistura de bom

e mau. Quando Noga recebe Luz em sua parte boa, ela também doa Luz à sua parte má.

 

Klipót (Cascas)

O desejo de só receber, ou seja, um desejo contradizendo a Luz Superior, que é apenas de doação. Assim, são separados da Vida das Vidas e são

considerados “mortos”.

Kuf Valor numérico: 100
Lamed Valor numérico: 30
 

 

LamedBet (32) Deuses do Ato da Criação

Trinta e dois caminhos de Chochmá (sabedoria), que vêm de Biná (entendimento), chamados Elokim  (Deus). Ele classifica Reish-Pê-Chet (288) fora de Shin- Chaf  (320)  Nitzotzin  (centelhas),  que  são  as  nove

Superiores, deixando Malchut (reino) abaixo, como resíduo.

 

Leite

Luzes     de    Chassadim    (misericórdia),     que    Biná

(entendimento) dá a ZA após seu nascimento. Essas

Luzes voltam a ser Chochmá (sabedoria), e isso é chamado “leite que se torna sangue”.

Lento Extensão  gradual  das  Luzes  por  meio  de  causa  e

consequência.

 

 

 

Linha (Kav)

Indicando uma diferenciação “de Cima para baixo”, que não existia anteriormente, bem como a sua iluminação é muito menor que o valor anterior. Também, dez Sefirot (luminosidades) de Yósher (retidão) são chamadas Tzinor (mangueira) da perspectiva dos Kelim (vasos) e Kav da perspectiva  das

Luzes.

 

 

Local Vago e Espaço

Quando ZA sobe para AA, que é o seu verdadeiro lugar da perspectiva dos Nekudim (pontos), um espaço vazio permanece em BYA, já que lá, não há Luz da totalidade de Atzilut (emanação), até pelo Gmar Tikun (fim  da  correção),  Atzilut  descerá  abaixo  da  Parsá

(ferradura).

 

Longe / Distante

Uma grande medida de disparidade de forma. Além disso, a diminuta iluminação de Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). Perto significa ampla iluminação de Ohr

Chochmá.

Lugar O  desejo  de receber  no  emanado. Também, tempo,

espaço e movimento são todos o mesmo assunto.

 

 

 

Lugar de Assentamento

Como o lugar dos mundos BYA é dividido em GE de BYA, o lugar de Kedushá (Santidade), e as quatorze Sefirot (luminosidades) de Mador ha Klipót (Seção das Cascas), este mundo é dividido em um lugar de assentamento,  que  inclui  BYA—o  lugar  do Templo,

Eretz Ysrael e exterior—bem como o local de ruína, que são os desertos, em que as pessoas não se estabelecem.

Lugar de BYA Preparedo durante Tzimtzum Bet (segunda restrição).
 

Lugar de Concepção

O   terço   inferior   da   Sefirá   (luminosidade) Tiféret

(beleza)  de  AVI,  enquanto  é  um  Partzuf  (face) com

YICHUD (unificação).

 

Lugar de Trevas

A Sefirá (luminosidade) Malchut (reino), que finaliza o

Partzuf (face) devido à força de Tzimtzum (restrição) nela, faz trevas de seu exterior.

Lugar onde as Klipót

Apertam

Um lugar de deficiência em Kedushá (Santidade).
Luz antiga Luzes  que  permaneceram  no  mundo  de  Nekudim

(pontos) após a quebra dos vasos.

Luz de Atzilut Ohr Chochmá (Luz de sabedoria).
Luz de Beriá Ohr   Chassadim   (Luz   da   Misericórdia),   sem   Ohr

Chochmá (Luz de sabedoria).

 

Luz de Malchut Luz que o Partzuf (face) recebe do seu Superior

adjacente, e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamado Ohr Néfesh ou “Luz Feminina”.

Luz de Reshimô O que permanece após a saída da Luz do Kli (vaso).
 

Luz Feminina

Luz que o Partzuf (face) recebe do seu Superior adjacente e não como doação de Ein Sóf (infinito). É

também chamada Ohr Néfesh ou Ohr Malchut.

 

Luz limitada no Kli

Quando a Luz está presa e dependente da medida de Aviut (espessura) no Kli (vaso), por isso não pode se expandir mais, ou menos, que a medida de Aviut no

Kli.

 

 

 

MA

HaVaYaH preenchido com Álefs: Yud-Hey-Vav-Hey. Todos os níveis que emergem em Atzilut (emanação) emergem ao nível de MA. Atzilut é considerado o novo MA em relação às Luzes—os Nitzotzin (centelhas) e os Kelim (vasos) de Nekudim (pontos) que se conectam a ele. Eles são considerados mais velhos que ele, uma vez  que  já  tinham  sido  usados  no  Partzuf  (face)

anterior de Nekudim.

 

Malchut

A última Bechiná (discernimento). É chamada por esse nome  por  que  uma  orientação  assertiva  e  firme se

estende dela na governança completa.

 

Malchut Não tem Luz

A Massach (tela) é purificada e permanece apenas  Aviut Shóresh (espessura raiz) insuficiente para um Zivug   (acoplamento).   Portanto,   ela   pode   receber

apenas do Zivug feito em ZA.

 

 

 

 

 

MAN

O que provoca o Zivug (acoplamento). Também, a GE do inferior foi anexada no mesmo grau com o ACHÁP do Superior, que caíram neles no estado de Katnut (pequenez). Assim, como resultado da Dvekút (adesão) durante o período de Katnut, quando o Superior veio por Gadlut (grandeza), porque o seu ACHÁP levantou- se e tornou-se um novo NEHY, dentro de seu ACHÁP está a GE do inferior. Tal como a Massach (tela) e as Reshimot (recordações) de AB, incluídos no Rosh (cabeça) de Galgálta (crânio) e gerando AB, isto é o que aconteceu no Tzimtzum Bet (segunda restrição), através do Ibúr (gestação), exceto o Zivug (acoplamento) está

em Yessód (fundação).

 

 

 

 

 

MANTZEPACH

םןץףך

Bechinot (discernimentos) Massach (tela) e Aviut (espessura) do Partzuf (face) que permaneceram nele desde o momento da sua Katnut (pequenez). MA”N  do inferior estão ligadas ao ACHÁP do Partzuf Nukvá (feminino), na própria MA”N de Nukvá, que sobrou para si de seu Ibúr (gestação). Da Massach do seu Ibúr, o inferior recebe o nível de Ibúr. Assim, o MA”N do Ibúr foi incluído no MANTZEPACH (Mem, Nun, Tzadi, e Kuf finais) de Nukvá, como ela os eleva a

ZA. Nesse momento, um Ibúr foi feito em seu MA”N, e ele recebe seu nível.

Masculino (Zachar) Um Partzuf (face) que recebe Luzes do seu Superior na integralidade, como elas eram no Superior.
 

 

Massach

A força do Tzimtzum (restrição) despertado no emanado para a Luz Superior, detendo-o de descer para Bechiná Dálet (quarto discernimento). Assim, no momento em que atinge e toca Bechiná Dálet, esta força imediatamente desperta, a ataca e a repele. E essa

força é chamada Massach (tela).

 

 

 

Mayin Nukvin

Como Nekudot (pontos) de SAG se expandiram abaixo do Tabur (umbigo), uniram-se dois Reshimot (recordações)—dos primeiros cinco de SAG e da Hey inferior de Galgálta (crânio). A Massach (tela) é uma inclusão de duas fêmeas: Biná (entendimento) e Malchut (reino). É por isso que a Massach é chamada Maín Nukvin (águas femininas), daqui em diante há sempre duas fêmeas incluídas em cada um dos seus

Zivugim (acoplamentos).

 

Mazla (Aramaico: sorte)

Se’arot (cabelos) Dikná são chamadas por esse nome

porque suas Luzes gotejam como gotas até que se juntem as grandes Luzes nos mundos.

Meio/Médio Conectando e decidindo entre duas bordas distantes.
Mem Valor numérico: 40
 

 

Meses de Concepção (Ibúr)

(Também: o tempo de concepção). Tempo e espaço são iniciações da forma. Um Partzuf (face) é concluído através de muitos Zivugim (acoplamentos) e Luzes, que são  sete,  nove  ou  doze  meses,  de  acordo  com  o

número de Luzes que se juntam na conclusão.

Metzach Biná (entendimento) de Kéter (coroa).

 

Metzach do Desejo Durante o Zivug (acoplamento) de Gadlut (grandeza), quando Ohr Chochmá (Luz da sabedoria) brilha através

da Luz de AB-SAG, as Se’arot (cabelos) se afastam e o tempo de boa vontade aparece.

MI Biná (entendimento).
Môchin Luzes de GAR ou Luzes de Rosh (cabeça).
 

 

Môchin de Gadlut

Os Môchin (cérebros) que ZA recebe através de sua ascensão ao MA”N após nove anos. Ele é chamado Ibúr Guimel (terceira gestação), bem como “Môchin da procriação”, já que ZON faz um Zivug Panim be Panim

(acoplamento face a face) e pode procriar almas.

 

 

 

Môchin de Holoada (procriação)

Os Môchin (cérebros) que ZA recebe através de sua ascensão ao MA”N após nove anos. Naquele momento, ZON faz um Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face) e pode procriar almas. É também chamado de Môchin de Gadlut (cérebros de grandeza) e Ibúr Guimel (terceira gestação). Também, é a Luz de Chaiá que ZA recebe de AVI ao nível de  AB.

Através destes Môchin, ZA gera o GAR das almas.

Moshe e Israel GAR de ZA.
 

Motrey (Excesso) Môcha

Luzes que o Moach (cérebro) não pode tolerar devido à ausência de Tikunim (correção). Assim, eles saem em Galgálta (crânio). Eles também são chamados Se’arot

(cabelos).

Movimento Qualquer   regeneração   de   forma   de   uma  forma

anterior.

 

 

 

Mudez-Discurso

Dez Sefirot (luminosidades) de Luz que atravessam de Malchut de Rosh (reino da cabeça), chamadas (boca), para o Toch (dentro). O Partzuf (face) inteno de Nukvá (feminino) é chamado “Discurso”. Se elas se afastam e ela permanece somente com  o Partzuf exterior,  então

é considerado “mudez“, uma vez que o Partzuf interior é GAR e o exterior é VAK.

 

Mulher (Nukva)

Malchut (reino) do mundo de Atzilut (emanação) é chamada  por  esse  nome  porque  recebe  Luz  de ZA

através de uma Nekev (orifício) em seu Chazê (peito), onde a Luz é diminuída.

 

 

 

 

Mundo (Olam)

O nome Olam começa com o Partzuf (face) BON do mundo de Adam Kadmon (homem primitivo), desde ZA e Malchut (reino) dos Kelim (vasos) internos de Bechiná Dálet (quarto discernimento) desapareceram e tornaram-se Kelim para Ohr Makif (Luz circundante), chamados  Levúsh  (vestimenta)  e  Heichal  (palácio).

Além disso, Olam significa Hey’elem (ocultação).

 

 

 

 

Mundos e Almas

AVI fazem dois Zivugim (acoplamentos): 1) Achor be Achor (costa com costa), para reviver os mundos com Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia); 2) Panim be Panim (face a face), para procriar almas. Um Levush (vestimenta) estende-se do primeiro Zivug (acoplamento) externo e, do segundo Zivug interno estende Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) às almas. É por isso que há três Partzufim (faces): externo e médio—do  primeiro  Zivug  e,  interno—do  segundo

Zivug.

 

Néfesh

Luz  que   o  Partzuf   (face)  recebe   de  seu adjacente

Superior e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamado de “Luz feminina”.

Nehirô Ohr Yashár (Luz direta).
Nehirô Dakik Iluminação  fina  e  pequena  que  revive  as  Klipót

(cascas).

 

Nekudá

Malchut (reino) no qual não há Zivug (acoplamento) e que não levanta Ohr Chozêr (Luz Retornante), permanece  escura,  sem  Luz,  devido  ao  Tzimtzum

(restrição) feita no ponto médio.

 

 

 

Nekudôt

Quatro níveis que emergem sobre o Zivug (acoplamento) na Massach (tela) durante sua Hizdakchut (refinamento). Luzes de Tabur (umbigo)— Nekudôt (pontos) Sobre as Otiyot (letras)—Holam. Luzes de Yessód (fundação)—Nekudôt dentro de OtiyotMelafom. Luz de Siúm (final) Raglaim (pernas)—Nekudot

abaixo dos Otiyot (letras).

 

 

Neshamá

Luz que veste o Kli (vaso) de Biná (entendimento) é chamada Neshimá (respiração), da palavra Linshom (respirar), porque ZA recebe a Luz do espírito da vida,

de Biná (entendimento), subindo e descendo, como na respiração.

Nesirá (Serrando) Separação de Nukvá (feminino) de ZA.

 

Nikvey (Orifícios de) Ózen, Chotem, Eynaim Em Tzimtzum Bet (segunda restrição), Malchut (reino) subiu para a Sefirá (luminosidade) Chochmá  (sabedoria) em cada Sefirá, e fez orifícios em Chótem (nariz), Ózen (orelha) e Eynaim (olhos). Antes da ascensão de Malchut, havia apenas um orifício em cada

Sefirá, no (boca).

 

 

Nikvey Eynaim

Bechiná Álef (primeiro discernimento) no Rosh (cabeça), já que Chochmá (sabedoria) é chamada Eynaim (olhos) e, pela força da subida da Hey inferior ao Eynaim, uma Nukvá (feminino) foi feita também em

Chochmá.

 

 

 

Nitzotzin

Os Reshimô (recordações) que restaram das Luzes de Nekudim (pontos) após sua saída dos Kelim (vasos) quebrados. Existem neles dois tipos de Luzes: 1) Ohr Yashár (Luz direta), puro, chamado “Luzes”, que permaneceram em Atzilut (emanação) e, 2) Ohr Chozêr (Luz    Retornante),    grosseiro,    chamado   Nitzotzin

(centelhas), que desceram para BYA com os Kelim.

 

 

No Futuro

As Luzes de Biná (entendimento) Superior são chamadas assim, já que são definidas em ZA para o futuro.  As  Luzes de  Tvuná (introspecção) entram no

ZON permanentemente e, portanto, são chamadas de “o próximo mundo”.

 

Nome

Uma descrição de como a Luz, que está implícita em um nome, é alcançada. O nome de cada grau descreve

os modos de realização nesse grau.

Nova Luz Qualquer   Luz   emergindo   da   correção   dos Kelim

(vasos) no mundo de Atzilut (emanação).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novas Almas

1) Completamente novas, se estendendo de Chochmá (sabedoria) de Ohr Yashár (Luz direta). Estas não vêm ao mundo de Tikun (correção). 2) Regeneração de almas, que vêm de Chochmá dos trinta e dois caminhos, de Biná (entendimento) incluídos em Chochmá. No entanto, eles são novos em relação à ZON, uma vez que eles vêm do novo MA (e apenas almas de BON são velhas). Nelas, também, há dois Bechinôt (discernimentos): 1) Novas almas de Panim be Panim (face a face), aplicadas durante o Templo, quando ZA estava permanentemente no nível de AB e, Briá (criação), considerado as almas, estava em Atzilut (emanação). Por esta razão, as almas, também, estavam no mundo de Atzilut e eram consideradas Panim be Panim. 2) Após a ruína, quando Briá desceu ao seu lugar sob a Parsá (ferradura), e não tem Luz de Atzilut, mas Achor be Achor (costas com costas). Assim,

em relação ao Achor be Achor, estas almas são consideradas novas.

 

 

NARANCHAY

Os Kelim (vasos) das dez Sefirot (luminosidades) são chamados KACHÁB ZON. As Luzes das dez Sefirot são chamadas Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá, Yechidá.  Os

Kelim são vistos como sendo de Cima para baixo e as Luzes—de baixo para Cima, na ordem do crescimento.

 

Nukvá

A altura de seu crescimento: no futuro, ela será Panim be Panim (face a face) com ZA, em um Kéter (coroa). Sua    maior    diminuição—um    ponto    sob    Yessód

(fundação) de ZA.

Nun Valor numérico: 50
 

Nutrição

Estes devem ser de um Grau Superior, uma vez que

fornecem força para levantar de forma permanente e vestir o Superior.

 

O Fim de Tudo

Bechiná   Dálet   (quarto   discernimento)   em Bechiná

Dálet—o mais grosseiro de todos—é chamada Sóf (fim) porque todos os graus vêm apenas para corrigi-la.

Odor A  Luz  em  ZA  de  Rosh  (cabeça),  chamada  Chotem

(nariz).

Ohr Panim Ohr Chochmá (Luz de sabedoria).
Ohr Pnimi (Luz Interna) Luz vestida num Kli (vaso).

 

Ohr Yashár Luz que se estende de Ein Sóf (infinito) aos Partzufim (faces). Ela não afeta os Igulim (círculos), mas apenas as Sefirot (luminosidades) de Yósher (direta), de acordo com o desejo de receber nelas: o Doador dá a um desejo   mais   grosseiro,  para   Bechiná  Dálet  (quarto

discernimento). Também, a Luz, que se estende de pura a grosseira, chamada “de Cima para baixo”.

Olhando na face Doando Ohr Chochmá (Luz de sabedoria).
Orgãos Sefirot de Guf (luminosidade do corpo).
 

Ohr (Luz)

Tudo recebido em Bechiná Dálet (quarto discernimento). Inclui tudo, exceto o desejo de receber.
Ohr Chochmá Luz  que  se  estende  do  Criador  para  a  criatura,  a

totalidade e o sustento dos seres emanados.

 

 

Ohr Chozêr (Luz Retornante)

Luz que não foi recebida em Bechiná Dálet (quarto discernimento) e foi repelida pela Massach (tela). Após Tzimtzum Álef (primeira restrição), ela serve como um vaso de recepção para todos os Partzufim (faces), em

vez de Bechiná Dálet. Também, a Luz que se estende de grosseira a pura, chamada “de baixo para Cima”.

 

 

Ohr Eynaim

Luz que surge sobre a Massach (tela) em NE na Bechiná Aviut Álef (fase de espessura um). Também, Luz de Hitpashtut (expansão) de Ein Sóf (infinito) aa Massach. A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de   sabedoria),   Ohr   Eynaim   (visão)   ou   Histaklut

(observação).

 

Ohr Makif

Qualquer Luz que é repelida de recepção no Sóf (final) do Partzuf (face), devido à fraqueza da  Massach  (tela).

Circunda o Partzuf (face) e pressiona a Massach (tela), para ser vestido nela no futuro.

 

Ohr Néfesh

Luz  que  o  Partzuf  (face)  recebe  do  seu  Superior

adjacente e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamada de “Luz Feminina” ou Ohr Malchut.

 

Origem da Alma

O desejo de receber, que foi impresso nas almas, que as separa da Luz Superior. A transição entre o mundo

de Atzilut (emanação) e o mundo de Briá (criação).

 

Origem das Luzes

Malchut (reino) de Rosh (cabeça) é chamada assim, uma vez que cria Ohr Chozêr (Luz Retornante), que veste a

Luz e leva-a para o Guf (corpo).

 

Oscilante

VA”K é chamado por esse nome, porque até o

Partzuf (face) alcançar GAR, oscila entre Din

(julgamento) e Rachamim (clemência).

 

Otiyot (Letras) Kelim (vasos).
 

Outros Deuses

O aperto das Klipót (cascas) nos Achoraim de Nukvá

(Dorsos femininos), já que ela não é totalmente

classificada antes Gmar Tikun (final da correção).

Panim O lugar no Kli (vaso) que se destina a receber ou a doar.
 

 

 

 

 

Parede (Dofen)

A Aviut (espessura) da Massach (tela) é o Kli (vaso) que recebe Luz. Isso é chamado “a parede do Kli” porque todo o Kli é somente suas paredes. As quatro Bechinot (discernimentos) de Aviut são quatro camadas na espessura da parede, posicionadas uma sobre a outra  e consideradas internalidade e externalidade. A Bechiná (discernimento) mais espessa na parede do Kli estende mais a abundância e é considerada a internalidade do Kli. O resto das Bechinot, as mais puras, são consideradas a exterioridade do Kli, onde Bechiná Dálet é a interna, em comparação a Bechiná Guimel, Bechiná Guimel é interna em comparação a

Bechiná Bet, etc.

 

 

Parede (Kotel)

Um Massach (tela) de Achoraim (costas) de Ima (mãe), que detém Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) de atingir ZON, quando estão em Katnut (pequenez),  pela força

de estar Chafez Chéssed (Deleitando-se em Misericórdia).

Parsá Uma fronteira que divide o Partzuf (face) em vasos de doação e vasos de recepção.
Partições O Guf (corpo) do Partzuf (face).
 

Partzuf

Dez Sefirot (luminosidades), uma abaixo da outra, que

vem através da ascensão de Malchut (reino) ao Emanador.

 

 

Patach (sinal de pontuação)

Hitpashtut (expansão) de Luzes no Guf (corpo) é chamada assim porque abre uma entrada para a Luz. Kamatz (sinal de pontuação) é Kemitza (condensação) de Luzes, indicando as dez Sefirot (luminosidades) de Rosh   (cabeça),   que   são   condensadas   antes   de se

vestirem nos Kelim (vasos) de Guf.

Patriarcas (Avot) As  Sefirot  (luminosidades)  CHAGAT  em  relação  às

Sefirot NEHY, que são seus descendentes.

Malchut (reino) de Rosh (cabeça).
Valor numérico: 80
Peiot Malchut (reino) é chamada por esse nome porque ela

é a última das Sefirot (luminosidades).

 

Pleno Quando   não   há   nenhuma   deficiência   e   nada a

acrescentar à sua completude.

 

Poço (de água)

Yessód (fundação) de Nukvá (feminino), do qual Ohr

Chozêr (Luz Retornante) aumenta, como que de um poço.

 

Ponto Médio

Bechiná  Dálet  (quarto  discernimento)  em  Ein  Sóf

(infinito) é chamada por esse nome porque está em

unidade com a Luz de Ein Sóf.

Indica a origem de cada grau dentro delas, se é de
Pontuação das Otiyot Hitkalelut (inclusão) com o Superior, com o inferior,
(Letras) ou  consigo  mesma.  O  preenchimento  dos  nomes
indica o nível do grau.
 

Preenchimento

A medida de Aviut (espessura) na Massach (tela) é chamada   por   esse   nome,   por   ser   a   razão   do

preenchimento do Kli.

O nome HaVaYaH são dez Sefirot (iluminações): Yud
Chochmá      (sabedoria),      a      primeira      HeyBiná
(entendimento),   VavZA,   a   Hey   abaixo,  Malchut
(reino). Mas este nome não indica o nível das dez
Sefirot. O nível pode ser Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá
ou   Yechidá.   O   nível   é   determinado   pelo   seu
Preenchimento de

HaVaYaH

preenchimento. O preenchimento indica a Luz nas dez   Sefirot   de   HaVaYaH:   o   nível   de   Néfesh  de

HaVaYaH é preenchido com  HeyGuematria BON, o

nível   de   Rúach   com   o   preenchimento   de Álef
Guematria    MA,    o    nível    de    Neshamá    com    o
preenchimento     de    Yud,    onde    apenas    Vav    é
preenchido  com  ÁlefGuematria  SAG  e  o  nível  de
Chaiá    é    completamente    preenchido    com    Yud,
incluindo a Vav de HaVaYaHGuematria AB.
 

Preenchimento de Nomes

Indica o nível do grau. A pontuação das letras indica  a origem de cada grau particular neles, se é Hitkalelut

(inclusão) com o Superior, inferior, ou em si mesma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Preenchimentos

Um Partzuf (face) são dez Sefirot (iluminações) vazias: Kéter (coroa), Chochmá (sabedoria), Biná (entendimento), ZA, e Malchut (reino). Elas são marcadas no nome HaVaYaH: Yud é Chochmá, Hey é Biná, Vav é ZA, e Hey é Malchut. Em Guematria, YudHeyVavHey = 10 +5 +6 +5 = 26 (ChafVav). No entanto, tudo isso não indica o seu nível: Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá ou Yechidá. O nível é determinado pelo preenchimento da Luz nas dez Sefirot. Ao nível de Chaiá, está inteiramente preenchida com Yud, inclusive o Vav de HaVaYaH. Sua Guematria é AyinBet (AB): YudHeyVivHey = (10+6+4) + (5+10) + (6+10+6) + (5+10) = AB = 72. Ao

nível de Neshamá, está preenchida com Yud e somente o Vav é preenchido com Álef. Sua Guematria é Samech-Guimel (SAG): YudHeyVavHey = (10+6+4) + (5+10) + (6+1+6) + (5+10) = SAG = 63. Ao nível de

Rúach, é preenchida com Hey e, somente o Vav é preenchido com Álef. Sua Guematria é MemHey (MA): YudHeyVavHey = (10+6+4) + (5+1) + (6+1+6) + (5+1)

= MA = 45. Ao nível de Néfesh, é preenchida com Hey e, somente o Vav é sem preenchimento. Sua Guematria    é    BetNun    (BON):    YudHeh-Vv-Heh =

(10+6+4) + (5+5) + (6+6) + (5+5) = BON = 52.

 

Preparação para Receber

Quando  há  um  Massach  (tela)  no  Partzuf  (face) na

medida certa para Zivug (acoplamento) e extensão da Luz.

Primeiro Ibúr Zivug (acoplamento) para a mera existência do  Partzuf

(face).

 

Proliferação de Luz

Muitas Reshimot (recordações) que não foram regenerados num Zivug (acoplamento) e, portanto, exigem a sua correção e elevarem-se ao MA”N para um

novo Zivug.

Próximo Proximidade de forma para um amigo.
 

Próximo Mundo

Luzes de Tvuná (introspecção), que vêm em ZON permanentemente. No futuro—Luzes de Biná (entendimento) Superior. Elas são chamadas por  esse

nome, uma vez que são definidas em ZA para o futuro.

 

Quadrangular Zivugim (acoplamentos) feitos em Malchut (reino) durante sua Hizdakchut (refinamento) de Bechiná Dálet (quarto discernimento) para Bechiná Guimel (terceiro discernimento), de Bechiná Guimel para Bechiná Bet (segundo discernimento) e até que chegue à (boca). Recebem   este   nome   após   os   quatro   tipos   de

purificação da Massach (tela).

 

Qualidade do Lugar

A quantidade do lugar é o número de graus que existem  naquele  lugar.  A  qualidade  do  lugar  é  a

importância do grau presente no local.

 

Quantidade do Lugar

Quantidade do lugar é o número de graus naquele lugar. A qualidade do lugar é a importância do grau

naquele lugar.

 

Quatro Formas

Uma   Aviut   (espessura)  ou   desejo na  criatura,      é considerada   sua   substância.   As   quatro   Bechinot

(discernimentos) na Aviut (espessura) são chamadas de “quatro formas”.

Quatro rudimentos Dálet   Bechinot   (quatro   discernimentos)   na   Aviut

(espessura) do Kli (vaso) Malchut (reino).

Queda Descida  de um  grau para  um  mais  baixo, porque se

tornou como ele.

 

Queda de Órgãos de Adam HaRishon

Antes do pecado, Adam HaRishon (primeiro homem) havia NARAN de Atzilut (emanação). Após o pecado, todos os órgãos de sua alma caíram e somente Luz de Néfesh  (alma) permaneceu  nos Kelim  (vasos) das 100

Ketarim (plural de Kéter).

Queda dos Órgãos A queda das almas para as Klipót (cascas). Nos Kelim

(vasos), a queda para as Klipót chama-se “quebra”.

 

RADLA

Dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça) de Atik (antigo) são chamados Reisha de Lo Etyada (RADLA) porque   usam   Malchut   (reino)   de   Tzimtzum   Álef

(primeira restrição).

Raquel Nukvá (feminino) de ZA, do seu Chazê (peito) para baixo.
Rastro Yessód (fundação) de Aba (pai) tem esse nome porque  é longo e estreito.
 

 

Redondo

Quando não há distinção de Acima e abaixo entre as quatro Bechinot (discernimento) no desejo. Por esta razão,  as  quatro  Bechinot  são  chamadas  de “quatro

Igulim (círculos) redondos” um dentro do outro, como não há Acima e abaixo entre eles.

 

 

 

Regeneração de Almas

Doação de Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) às almas, como tiveram durante a Gadlut (Grandeza) do mundo de Nekudim (pontos) e, que foi removida pela quebra. É também como se elas tivessem tido uma segunda chance, antes do pecado de Adam HaRishon (primeiro

homem) e a segunda partida através da queda dos órgãos da alma.

Reish Valor numérico: 200
 

Remoção/Distanciando

Um Tikun (correção) em que o Kli (vaso) distancia-se de receber Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) e em vez

disso escolhe Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia).

 

Repouso

Quando um Partzuf (face) sobe para MA”N, seu lugar é   considerado   em   estado   de   sono,   sem Môchin

(Cérebros). Permanece com Kista de Chayuta (cista (peito) da força vital).

Reshimô/Reshimot Que a Luz deixa após sua partida. Este é o núcleo e a

raiz do nascimento de outro Partzuf (face) fora dela.

Resíduo/Sobra (She’er) Um Zivug (acoplamento) para reviver os mundos.
 

Ressoreição dos Mortos

Retorno de BYA para o mundo de Atzilut (emanação) é dado esse nome porque a saída do mundo da Atzilut

é chamada “morte”.

 

Retorno para o Emanador

Partida da Luz na Hizdakchut (refinamento)  da Massach (tela) para Malchut (reino) de Rosh (cabeça), o Emanador  das  dez  Sefirot  (luminosidades)  de  Guf

(corpo).

 

Rodas

Sefirot (luminosidades) de Igulim (círculos) são chamadas por esse nome porque nelas as Luzes se tornam  redondas,  já  que  lá  não  há  pureza  e Aviut

(espessura).

 

 

 

Rosh (Cabeça)

A parte no emanado que é ao máximo igual à forma de Shóresh (raiz). É também as dez Sefirot (luminosidades) da Luz Superior que se expande para a Massach (tela) em Malchut, (reino) para elevar Ohr Chozêr (Luz Retornante). É chamada por esse nome, porque precedem a Massach (tela) e Ohr Chozêr. Além disso, é as dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz direta) que se

veste nas dez Sefirot de Ohr Chozêr.

Rosto Feminino Kelim de Panim (vasos da face) relacionados à recepção

de Chochmá (sabedoria).

 

Rúach Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). É uma luz que  se veste no Kli (vaso) de ZA, pois sua conduta é para se elevar  a  Biná  (entendimento)  para  sugar  sua  Luz e

descer a fim de dá-la a Malchut (reino).

Saliência Iluminação de Chochmá (sabedoria).
Samech Valor numérico: 60
Sangue impuro Também conhecido como “nascimento de  sangue”.
 

 

Sefira

Dez Sefirot (luminosidades) de Ohr Yashár (Luz direta) vestidas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante), que emergem num Zivug (acoplamento), são chamadas “uma Sefirá (luminosidade)”, após a Maior

Sefirá no nível, embora contenha dez Sefirot em comprimento e espessura.

 

Segol

Uma  indicação  de  que  há  três  Nekudot  (pontos)

CHABAD quando CHAB estão Panim be Panim (face  a face).

Segundo Ibúr Zivug (acoplamento) para adicionar Ohr Chochmá (Luz

de sabedoria) ao Partzuf (face).

 

Selado

As mesmas dez Sefirot (luminosidades) que vão de Rosh (cabeça) ao Guf (corpo), uma vez que um selo é Ohr Chozêr (Luz Retornante) que sobe da Massach (tela),

vestindo as dez Sefirot de Rosh.

 

Selo (Hotam)

Ohr Chozêr (Luz Retornante) que sobe da Massach (tela), vestindo as dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça). Nechtám (selo)—as mesmas dez Sefirot como

elas vão de Rosh ao Guf (corpo).

Separação Dois graus sem equivalência de forma entre eles, de

qualquer lado.

 

 

 

 

Separando os Sigim

(Escórias)

Sigim são as Hey inferiores, que foram misturadas nos sete Melachim (reis) e causaram a quebra do mundo de Nekudim (pontos). Assim, o Tikun (correção) é a necessidade de remover a Hey inferior de todos os Kelim (vasos) quebrados. Isso é feito por Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), Luz de Aba (pai). Este Tikun é chamado “separação dos Sigim“. Além disso: um Tikun que é feito por Ohr Chochmá, Luz de Aba, que deverá remover a Hey inferior de todos os Kelim quebrados. Isto é assim porque Sigim são a Hey inferior, que foi misturada com os sete Melachim e causou a quebra do

mundo de Nekudim.

Shin Valor Numérico: 300

 

Shóresh (Raiz) Todas as Bechinot (discernimentos) em Kéter (coroa);

dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça).

 

Sigim (Escórias)

Hey inferior que se misturou com os sete Melachim

(reis)  e  causou  a  quebra  do  mundo  de  Nekudim

(pontos).

Simples (Pashut) Sem distinção de graus ou lados.
Siúm Kelim de Panim Chazê (peito).
Siúm de Tzimtzum Álef Acima do ponto deste mundo.
Siúm de Tzimtzum Bet A Parsá (ferradura) que termina Atzilut (emanação).
Siúm Raglaim de Adam Kadmon O ponto de Siúm (conclusão) deste mundo. Este é o

fim da linha de Ein Sóf (infinito) e o ponto médio de todos os mundos.

Siúm Raglaim de Atzilut Biná  (entendimento)  de  NEHY  de  Adam  Kadmon

(homem primitivo).

 

 

Sóf/Siúm (Conclusão/Fim)

Feito pela força que repele em Bechiná Dálet (quarto discernimento). Lá a Luz Superior deixa de brilhar porque não a recebe. Bechiná Dálet é chamada Siúm

(final), porque ela pára de receber a Luz Superior e ao fazê-lo termina o grau.

Sofrimento Quando o Kli (vaso) é digno vestir a Luz, mas não a veste, devido à sua própria escolha.
Sol em seu estojo NEHY de ZA que veste em Nukvá (feminino).
 

Sorte (Mazal)

Yessód  (fundação).  É  chamado  Mazál  (sorte) porque

emite Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) de forma intermitente, como gotas.

 

Substância/ Matéria (Homer)

A Aviut (espessura) num Partzuf (face) de Bechiná Dálet (quarto discernimento) no desejo. Também, tem comprimento,  largura,  profundidade  e  seis arestas—

acima, abaixo, leste, oeste, norte e sul.

 

 

Sucção das Klipót

A substância das Klipót (cascas) é completamente má; elas não podem receber qualquer Luz. Mas, durante a quebra dos vasos, vasos de doação caíram nas Klipót

(cascas) e se tornaram a sua alma e os meios de subsistência.

Superior Mais importante.
Suplemento do Shabat A subida dos mundos da quinta hora, na véspera do

Shabat (sábado).

Ta’amim Hitpashtut (expansão) da Luz de Cima para baixo, de

(boca) ao Tabur (umbigo).

Tabur Malchut de Guf (corpo), a partir do qual começa a limitação real e a rejeição da Luz.
Tabur do Coração O lugar do Chazê (peito).

 

Tav Valor numérico: 400
 

Tefilin

Tzitzit (franjas) são Se’arot (cabelos) de ZA, que brilham em Rosh (cabeça) de Nukvá (feminina), que reduzem Bechinat   (discernimento)   Tefilin   em   seu   Metzach

(testa).

Telhado Kéter (coroa) em cada grau.
Templo (Beit ha Mikdash) Briá (criação) deste mundo.
Tempo Certa quantidade de Bechinot (discernimentos) que resultam um ao outro por causa e consequência.
 

Tempo de Boa Vontade

Durante o Zivug (acoplamento) em Gadlut (grandeza), Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) brilha através da Luz de AB-SAG, os Se’arot (cabelos) partem e o Metzach

(testa) do desejo aparece.

Terra de Edom (Eretz Edom) Malchut  (reino)  incluído  em  Biná  (entendimento) é

chamado Biná, “a terra de Edom”.

Terra de Israel (Eretz

Ysrael)

Yetzirá (formação) desse mundo.
Terra inferior Malchut (reino).
 

Terreno Superior

Biná (entendimento). Malchut (reino) é o terreno inferior. Quando Malchut está incluído em Biná, Biná

se chama Eretz Edom (terra de Edom).

Tet Valor numérico: 9
Tocando (Tangencial) Disparidade de forma  insuficiente de  um  grau  para

separar dois graus na raiz.

 

Tohu

Bohu (sem forma) é chamado AA, onde há realização.

Tohu (vazio) é chamado Atik (antigo), onde não há realização.

Torá Luz de ZA.
Triângulo No  desejo,  um  grau  com  apenas  as  primeiras  três

Bechinot (discernimentos).

Trinta Graus no Guf de Nukva Ibúr    (gestação),     Yeniká     (amamentação),     Môchin

(cérebros) em Achor de Nukvá (dorso do feminino), em cada um dos quais tem dez Sefirot (luminosidades).

 

 

Trono

Dez Sefirot (luminosidades) de Luz de Ima (mãe), que se espalharam no mundo de Briá (criação): GAR é chamado Kissê (trono) e VA”K é chamado “seis degraus do trono”. Malchut (reino) que veste em Malchut de Briá é chamada Din (julgamento), Techelet

(azul celeste) e Sandalfon.

 

Tubo/Conduite (Tzimor)

Kelim de Yósher (vasos de retidão) são chamados por

esse nome porque eles expandem e limitam a Luz dentro de suas fronteiras.

 

Tzadi Valor numérico: 90
 

 

 

 

Tzélem

Ohr Chozêr (Luz Retornante) que se eleva sobre a Hitkalelut (inclusão) MA”N das inferiores na Massach (tela) e Aviut (espessura) do Superior, vestindo as dez Sefirot (luminosidades) de Ohr Yashár (Luz direta). Este Ohr Chozêr pertence ao Superior, mas desde que o Superior faz um Zivug (acoplamento) para as necessidades do inferior, na Aviut do inferior, este Ohr Chozêr desce para o inferior, juntamente com o Ohr Yashár. Para recebê-lo, o inferior deve diminuí-la em três graus, chamados Mem-Lamed-Tzadi, ou como ele lê

de baixo para Cima Tzadi-Lamed-Mem (Tzélem).

 

 

 

Tzere (sinal de pontuação)

Implicando CB quando Biná (entendimento) está em Achoraim (costas) para Chochmá (sabedoria) e eles não têm nenhum ponto de Da’at (conhecimento) sob eles, para levá-los ao Zivug (acoplamento). Biná, também é chamada Tzere (e), já que todos os órgãos de ZA recebem  sua forma  através  de  sua  Massach  de Aviut

(tela de espessura).

Tzimtzum Quem  vence  o  seu  desejo,  detém-se  e  não recebe,

apesar do grande desejo de receber.

 

Tzimtzum Álef

Tzimtzum  (restrição)  de  Malchut  (reino);  Tzimtzum

sobre Bechiná Dálet (quarto discernimento). Assim, a linha de Ein Sóf (infinito) para em Malchut de NEHY.

 

 

 

Tzimtzum Bet

Tzimtzum (restrição) NEHY de Adam Kadmon (homem primitivo); Tzimtzum sobre Bechiná Bet (segundo discernimento). Por esta razão, a linha de Ein Sóf (infinito) pára em Biná (entendimento) de NEHY de AK, da qual o lugar dos mundos BYA foi feito. Tzimtzum Bet é a associação de Midat (medida) haRachamim  (clemência),  Biná  (entendimento), com

Midat haDin (julgamento), Malchut (reino).

 

Tzitzit

Se’arot (cabelos) de ZA, que brilha no Rosh de Nukvá

(cabeça      do     feminino),      que     extrai     Bechiná

(discernimento) Tefilin no seu Metzach (testa).

Um Luz Superior que se espalha de Atzmuto, de Cima para baixo, sem nenhuma mudança na forma.
Unhas dos pés O Siúm (conclusão) de cada Partzuf (face).
 

Unico

A Luz Superior que produz uma multiplicidade de graus  para  equalizá-los.  Unidos—quando   no   final,

tudo se torna único.

 

Unidos Quando,  no  final,  tudo  se  torna  um.  Um—a  Luz

Superior que traz equivalência à multidão de graus.

Unificação (Yichud) Duas diferentes Bechinot que equalizaram suas formas em outra.
Vago Um lugar que está pronto para sofrer correções.
 

 

VAK e Nekudá das Klipót

de Atzilut

Antes do pecado de Adam HaRishon(primeiro homem), uma vez que todos os mundos subiram para Atzilut (emanação), haviam Klipót  (cascas)  nas quatorze Sefirot (luminosidades) de Mador ha Klipát (seção das cascas). Elas não tinham um Partzuf (face), somente  VAK  para  ZA  da  Klipá  (casca)  e  Nekudá

(ponto) para a Nukvá (feminino) da Klipá.

Vav Valor numérico: 6
Virada para baixo Quando a luz é dispensada de acordo com a medida

de Aviut (espessura), para vir e vestir a Aviut.

 

Virada para cima

Durante o Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela). Eles são chamados por esse nome, porque se voltam

para uma Aviut (espessura) mais fina.

 

 

Visão (Re’iá)

Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) para a Massach (tela). Uma Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) ou Ohr Eynaim (Luz dos olhos) ou Re’iá (visão), ou Histaklut (observação),

Ohr Chochmá de Rosh (cabeça).

Vivente No Kli (vaso) interno com a Luz de Néfesh (alma).
 

Vivo/Animado

Yessód   (fundação),   porque   eleva   as   nove   Sefirot

(luminosidades) de Ohr Chozêr (Luz Retornante) e recebe em si as nove Sefirot de Ohr Yashár (Luz direta).

 

Voz e Fala

Zivug (acoplamento) dos dois Partzufim (faces) internos

ZA e Nukvá (feminino). Também chamados de Zivug de Neshikin (Acoplamento por Beijos).

Yaakov (Jacó) VAK de ZA, Partzuf (face) externo.
 

 

Yashár (Direto)

Descida da Luz Superior nos Kelim (vasos) precisamente de acordo com o desejo nos Kelim, de acordo com sua Bechiná Dálet (quarto discernimento), como um objeto pesado que caísse direto ao chão. Nos

Kelim sem Aviut (espessura)—desejo—a Luz é em círculo, já que eles não têm atração, força de tração.

Yechidá A  Luz  vestida  na  Sefirá  (luminosidade)  de  Kéter

(coroa).

 

 

 

YESHSUT

ZAT ou ACHÁP de AVI. Quando AVI faz um Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face), AVI e YESHSUT são considerados como um Partzuf (face). Quando AVI faz um Zivug Achor be Achor (acoplamento costa com costa), YESHSUT parte AVI

num Partzuf separado.

Yud Valor numérico: 10
YudÁlef (11) Sinais do incenso Centelhas de Luz que permaneceram para reavivar o

coração de pedra.

Yosef (José) Yessód (fundação) de ZA.
Yotzer (criando) Doação de Luz sobre os mundos; inclui tudo exceto o

desejo de receber.

Ysrael (Israel) (Também: Moshe (Moisés) e Israel.) GAR de  ZA  ou

Partzuf (face) interno.

Zayin Valor numérico: 7
 

 

Zeir Anpin

Significa “face curta”, já que a maioria de ZA é Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia) e sua minoria—Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). Ohr Chochmá é chamada Panim  (face).  Assim,  Kéter  (coroa)  é  chamado Arich

Anpin, que significa “face longa”, tendo Ohr Chochmá.

 

Zion (Tzion)

O Yessód (fundação) interno de Nukvá (feminino) é chamado  por  esse  nome  através  da  palavra  Yetzia

(saída).

Zivug de Guf Um  Zivug  (acoplamento)  completo—Zivug  AVI para

dar Luz às almas e procriação à ZON.

 

 

 

Zivug de Haka’á (Acoplamento marcante)

A ação da Massach (tela) de repelir a Luz de Bechiná Dálet (quarto discernimento) para a sua raiz. Há duas questões opostas neste ato: Haka’á (marcante/surpreendente) da Luz e um Zivug (acoplamento) subseqüente com ele, o que induz a sua aceitação no Kli (vaso), já que a Luz o rejeitou, de Bechiná Dálet se torna Ohr Chozêr (Luz Retornante), que se torna a roupa do Kli, o que revela a Luz no

Partzuf (face).

 

Zivug de Neshikin

A Zivug que decorre de Rosh SAG para Rosh de Nekudim, que corrige o GAR do Partzuf Nekudim, mas não se expande para o Guf de Nekudim. É também

chamado “um Zivug espiritual”.

Zivug de Yessódot (plural de Yessód) Corrige o ZAT do Partzuf. Também chamado “Zivug

inferior” e Zivug do Guf.

 

Zivug Espiritual Um Zivug (acoplamento) que decorre de Rosh (cabeça) SAG para Rosh de Nekudim (pontos), que corrige o GAR do Partzuf (face) Nekudim, mas não se expande para  o Guf (corpo) de  Nekudim. É também  chamado

de Zivug de Neshikin (Zivug de beijos).

 

 

 

 

 

 

 

 

Zivug interno de Atzilut

Os Kelim (vasos) internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha, Atzamot, Guidin (tendões), com Luzes de NARAN. As Luzes Chaiá e Yechidá (a única) vestem-se na Luz de Neshamá (alma). Os Kelim ZA e Malchut (reino) foram separados do Partzuf (face), portanto, são chamados Bassar (carne) e Or. Estes não são Kelim reais completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora. Eles recebem as suas Luzes—Rúach (Vento, Alma) e Néfesh (alma)—dos Kelim interiores. Por esta razão, há Luzes RúachNéfesh nos Kelim interiores, e Luzes RúachNéfesh nos Kelim exteriores. Almas de pessoas nascem a partir do Zivug (acoplamento) dos Kelim interiores e as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim exteriores. Por isso, as almas das pessoas são consideradas a interioridade dos mundos, à medida que emergem nos Kelim internos do Partzuf e, os anjos são  considerados  a  externalidade dos mundos,  uma

vez que emergem dos Kelim exteriores do Partzuf.

Zivug permanente Zivug (acoplamento) de AVI no seu lugar.
Zona de Shabat Um fim na Luz Superior pela força de Malchut (reino).

 

PREFÁCIO GERAL

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Para os proficientes em A Árvore da Vida, e para todos, como  em, “Primeiro, aprenda; depois, compreenda”

1)            Nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto parece muito perplexo, pois porque o Criador incomodaria um anjo de Cima com golpear e nutrir uma minúscula, insignificante folha de grama?

Todavia, este dizer é um dos segredos da Criação que são demasiados longos para interpretar. Isto é assim porque o coração dos infinitamente sábios deseja revelar uma porção e ocultar duas porções com suas alegorias de ouro, pois eles são cautelosos de revelar a Torá a um discípulo indigno. É por esta razão que nossos sábios disseram que o que não aprende das lendas, pois lendas estão seladas e bloqueadas perante as massas, e são reveladas apenas a uns poucos escolhidos numa geração.

E nós também encontramos em O Livro do Zohar, que Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai) instruiu Rabi Aba a escrever os segredos, porque ele sabia como revelar com intimação. Veja na Idra, onde está escrito que para cada segredo que Rashbi revelava na sabedoria, ele choraria e diria, “Ai, se eu conto; ai, se eu não conto. Se eu não conto, meus amigos perderão essa palavra; e se eu conto, os perversos saberão como servir seu Mestre.”

Isto significa que ele estava em apuros de ambos os ângulos: se ele não revelasse os segredos da Torá, os segredos seriam perdidos dos verdadeiros sábios, que temem Deus. E se ele revelasse os segredos, pessoas de nenhum mérito falhariam neles, pois elas não compreenderiam a raiz dos assuntos e comeriam fruto imaturo.

Assim, Rashbi escolheu Rabi Aba para escrever, por causa de sua sabedoria em alegorias, organizar coisas de tal uma maneira que seria suficientemente reveladas aos que são dignos de as compreenderem, e escondidas e bloqueadas aos que são indignos  de as compreenderem. É por  isso que ele disse que Rabi Aba  sabia  como revelar com intimação. Por outras palavras, embora ele revelasse, ainda permanece um segredo aos indignos.

Contudo, em O Zohar, eles prometeram-nos que esta sabedoria está destinada a ser completamente revelada no fim dos dias, até aos pequenos. E eles também disseram que com esta composição, as crianças de Israel seriam redimidas de exílio, isto é, que com a aparição da sabedoria da verdade, Israel será recompensado com completa redenção. Nós veremos também que as palavras de O Zohar e os segredos escondidos na sabedoria da verdade estão a ser gradualmente revelados, geração por geração, até sermos recompensados com revelação de toda esta sabedoria, e nesse tempo seremos  recompensados com completa redenção.

Para clarificar o texto com o qual começamos, iremos primeiro explicar o versículo no famoso Livro da Criação, onde está escrito das dez Sefirot sendo dez e não nove, dez e não onze. Maioria dos interpretes o examinaram, mas explicá-lo-emos à nossa própria maneira, para que os assuntos sejam revelados a todos os que buscam a palavra de Deus.

É sabido que as dez Sefirot são chamadas Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Está escrito no Portão às Introduções do Ari, na secção “HaDa’at,” que elas são na realidade cinco Bechinot (discernimentos): Kéter, Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut; mas Zeir Anpin engloba seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y. Eu escrevi longamente sobre as dez Sefirot dentro desta composição, então aqui eu diria brevemente que neste prefácio geral, eu desejo dar ao estudante um verdadeiro e geral conhecimento da maioria desta sabedoria expansiva, e verdadeira orientação no estilo de estudo.

No livro, A Árvore da Vida, maioria dos estudantes falham compreender os assuntos, dado que os conceitos espirituais estão acima do tempo e acima de lugar, mas eles são expressos em termos corpóreos, visionados e definidos em tempos e lugares. Adicionalmente, nos escritos do Ari, a ordem para principiantes está organizada nesta sabedoria. Os livros foram compostos pelas sagradas palavras que ele diria perante seus estudantes dia após dia, e os próprios estudantes eram proficientes na sabedoria da verdade.

Então, não há texto – longo ou curto – em todos os livros que foram escritos, que não requer verdadeira proficiência na sabedoria na sabedoria em geral. Por esta razão, os estudantes tornam-se exaustos e não conseguem conectar  os assuntos.

Logo, eu sai com este prefácio, para conectar os assuntos e os fundamentos da sabedoria de uma maneira concisa, para que ela esteja prontamente disponível para o estudante com todo o texto que ele possa desejar estudar nos escritos do Ari. E por esta razão, eu não elaboro ou interpreto cada assunto ao máximo, pois isto será   clarificado   dentro   de   minha   composição.   Em   vez   disso,   eu   resumo suficientemente para meu propósito. E nossos sábios disseram, “Primeiro, aprende; então, compreende.”

O Ari escreveu que as dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’YM são na realidade cinco Bechinot, KACHAB, ZA, e Malchut. Este é o significado do nome de quatro letras, Yud, Hey, Vav, Hey. A ponta da Yud é Kéter; a Yud é Chochmá; Hey é Biná, Vav é Zeir Anpin – contendo seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y – e a última Hey é Malchut.

Você deve saber que as Otiyot (letras) e as Sefirot são uma coisa. Mas seguindo a regra que nenhuma Luz expande sem um Kli (vaso), quando falamos de ambos juntos, isto é, quando a Luz está vestida no Kli, elas são chamadas Sefirot. E quando nós falamos dos Kelim (plural de Kli) sozinhos, eles são chamados  Otiyot.

Está escrito sobre a Luz que o branco no livro da Torá implica a Luz, e o preto no livro da Torá, isto é as letras, implica os Kelim. Isto significa, como o Ramban interpreta relativamente a “Eu formo a luz, e crio escuridão”, que a questão de suscitar existência a partir da ausência é chamada “Criador,” dado que ela é uma inovação, algo que não existia antes de sua criação. E na Luz, e todo o deleite e prazer incluídos na Luz, esta não é uma inovação e suscitação existência a partir da existência, mas em vez disso existência a partir da existência, pois a Luz e toda a abundância estão já incluídas na Sua Essência.

Por esta razão, se diz, “formo a luz,” pois esta não é uma questão de criação, mas de formação, isto é, formando a Luz de uma maneira que os habitantes abaixo   a possam receber. Mas a escuridão é uma inovação que foi gerada com a Criação, ao suscitar existência a partir da ausência, isto é, que ela não está incluída na Sua Essência. É por isso que se diz, “e criou escuridão”. Mas a escuridão é o verdadeiro oposto da Luz; assim, nós devemos compreender como escuridão pode se estender da Luz.

Em Panim Masbirot (Uma Face Acolhedora), “Ramo Um”, elaborei sobre este ponto, e aqui apenas passarei levemente por isto. É sabido que está escrito em O Zohar que o propósito da Criação é de deleitar Suas criaturas, dado que esta é a conduta de O Bom fazer o bem. Claramente, cada desejo nEle é uma lei mandatária para as criaturas. Segue-se que desde que o Criador contemplou deleitar Suas criações, uma natureza mandatária de querer receber Seu prazer foi imediatamente impresso nas criaturas, isto é, o grande desejo de receber Sua Abundância. Saiba que esta ânsia é chamada um Kli, em respeito à sua raiz.

Por esta razão, os Cabalistas disseram que não há Luz sem um Kli, dado que o desejo de receber incluído em cada ser emanado e criatura é o Kli, e ele é também a completa medida da Luz. Por outras palavras, ele recebe precisamente à medida que ele deseja, não mais e não menos, dado que não há coerção na espiritualidade,   e até nos corpóreos não é do lado de Kedushá  (santidade).

Claramente, a forma do Kli é diferente da Luz. É por isso que ela é chamada Kli e não Luz. Mas nós precisamos compreender o significado desta Diferença de Forma. Certamente, o desejo de receber para si mesmo é uma grande Diferença de Forma, dado que esta forma não se aplica ao Emanador por completo, pois de quem receberia Ele? Em vez disso, ela foi iniciada no primeiro emanado por sua criação de existência a partir da ausência. Nela, o desejo de receber é a Causa das Causas (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Isto clarifica o que está escrito em o Sagrado Zohar que a Kéter Superior é escuridão comparada à Causa das Causas. Eles estão a referir-se ao desejo de receber incluído na primeira emanação; e eles chamam esta Diferença de Forma, “escuridão”, uma vez que ela não existe no Emanador. Por esta razão, ela é a raiz da escuridão, que é a cor negra, comparada à Luz, e oposta  dela.

Também, foi explicado em Panim Masbirot que como coisas corpóreas são separadas uma da outra por um machado e um martelo, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. E quando a Diferença de Forma aumenta ao ponto de contrariedade, de um extremo ao outro, completa separação é criada entre eles.

Por esta razão, foi explicado lá que a forma do desejo de receber é imediatamente incluída em toda a Luz que expande dEle, mas como uma força escondida, potencial. Esta força não é revelada aos emanados exceto quando o emanado intensifica o desejo de querer abundância adicional, mais que a medida que expandiu nele pelo Emanador.

Por exemplo, quando a comida é saborosa, o desejo de um por mais comida aumenta mais que o seu comer. Assim depois do emanado aumentar o desejo de estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão, os verdadeiros vasos de recepção aparecem. E a coisa é que porque esta Diferença de Forma não se aplica a Ele, mas à criatura, ela é completada apenas pelo despertar dos emanados, e compreenda completamente.

2)            Assim, a expansão de Sua Luz não estende a fronteira de ser um Emanador e torna-se um emanado até que ele atravesse os quatro Bechinot, chamados Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut. Isto é assim porque a expansão da Sua Luz é chamada Chochmá, que é a medida completa da essência da Luz do que emanou. E quanto ela intensifica e estende mais abundância que a medida de sua expansão, é considerado Bechiná (singular para Bechinot) Bet (uma segunda Bechiná), chamada  Biná.

Também, três discernimentos devem ser feitos na segunda Bechiná: Primeiro discernimento: A essência da Sefira Biná é Chochmá. Segundo discernimento: A intensificação do desejo que ela manifestou, pelo qual a raiz do vaso de recepção foi revelado nela. Nesse sentido, há Diferença de Forma nela, isto é Aviut (desejo de receber), comparado ao Ohr (Luz de) Chochmá. Isto é chamado Gvurá Superior.

Terceiro discernimento: Esta é a essência da abundância que ela adquiriu por meio de um despertar de seu próprio desejo. Esta Luz é dada seu próprio nome – Ohr Chassadim, que é muito mais inferior que o Ohr Chochmá, que se expande somente do Emanador. Ohr Chassadim é associada à intensificação do emanado, como foi mencionado, que a Gvurá, que é uma Luz que foi feita mais densa, se tornou a raiz do Ohr Chassadim. Estes três discernimentos juntos são chamados Biná, e a segunda Bechiná de Chochmá. Logo, as duas Bechinot, Chochmá e Biná, foram clarificadas, e a Kéter é o Ein Sóf, a raiz do emanado.

E embora Bechiná Bet tenha manifestado um desejo intensificado em direção ao Operador, ela é ainda indigna de ser um completo vaso de recepção. A coisa é que na espiritualidade, o Kli com a Luz nele são muito próximos, virtualmente interdependentes. Quando a Luz desaparece, o Kli é cancelado, e quando o Kli desaparece, a Luz é cancelada. Logo, a importância do Kli é como a importância da Luz.

Assim, a forma do vaso de recepção não foi completada em Biná, dado que sua essência é o Ohr Chochmá. Por esta razão, o Ohr Chassadim, que ela estendeu por meio de sua própria intensificação, foi anulada perante sua essência como uma vela perante uma tocha. Logo, este Ohr Chassadim expandiu além de Biná para fora de si mesma e ganhou força para estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão através de Biná. Nessa altura, o vaso de recepção foi completado.

Logo, nós discernimos mais duas Bechinot, Bechiná Guimel (terceiro discernimento) e Bechiná Dálet (quarto discernimento), que são expansões que estendem de Biná, onde o vaso de recepção está ainda escondido, em potencial, enquanto ela não intensifica por acréscimo, e isto é chamado Zeir Anpin. E sua intensificação por mais abundância é chamada “o Kli de Malchut”, que é um vaso de recepção que foi completado no emanado, que é agora feito de Luz e Kli. Com isso, ela deixa de ser considerada uma Emanadora e é discernida como emanada.

Estas são as quatro Bechinot conhecidas como CHAB, ZA, e Malchut, que são o nome de quatro letras. CHAB são Yud-Hey, e ZON são Vav-Hey. Elas são consideradas dez Sefirot porque Zeir Anpin contém seis Sefirot, que são Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód.

A coisa é que a essência de ZA é a Luz de Chéssed e Gvurá, isto é, os dois Bechinot Ohr Chassadim e Gvurá Superior, que expandiu de Biná para fora. E nós devemos notar aqui que em Biná, Gvurá é a primeira e a raiz do Ohr Chassadim. Mas em Tiféret é ao contrário: Chéssed precede a Luz de Gvurá, uma vez que a Luz principal que expande é Chéssed, e a Gvurá é auxiliar dentro dela, em  Biná.

Agora você pode compreender o que foi escrito em A Árvore da Vida e por Rashbi, que no mundo de Nekudim, Gvurá de ZA precede sua Chéssed, dado que os ZON de Nekudim são considerados ZON de Biná, e não os próprios ZON, como nas duas Bechinot do fundo dos quatro supramencionados Bechinot. É por isso que Gvurá de ZA precede sua Chéssed.

Também, a Sefirá Tiféret de ZA é a unificação das mencionadas Chochmá e Gvurá ao ato do Kli de Malchut. Ela é chamada Tiféret uma vez que a Luz Mitpaer (ostenta) a si mesma na Bechiná Álef (primeira Bechiná), que é Chochmá, cujo desejo não foi suficiente para fazer um Kli. Mas Bechiná Guimel, que é Chassadim e Gvurot (plural de Gvurá) tinha expandido de Biná para fora, bastou para fazer o Kli de Malchut. Este é o significado de “de acordo com a beleza (Tiféret) de um homem, para morar na casa”. Isto explica as três Sefirot CHAGAT de ZA, e elas são chamadas “os três patriarcas,” dado que elas são a essência de ZA. Também, Netzach, Hod, e Yessód são chamadas “filhos”, uma vez que elas expandem de  CHAGAT.

A coisa é que por causa de Tzimtzum Álef (a primeira restrição), que é cuidadosamente explicada dentro do livro, um dura Massach (tela) foi feita no Kli de Malchut. Isto significa que Bechiná Dálet (a quarta Bechiná) no Kli Malchut detém a Luz Superior de se espalhar para dentro de Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma lá, como está escrito lá.

Todavia, a Luz expande e deseja chegar até Bechiná Dálet, também, pois a natureza da Luz Superior é de expandir aos inferiores até que ela seja quase separada de seu lugar, como está escrito em Panim Masbirot. Assim, um Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) foi feito entre a Luz Superior que se espalha para dentro do Kli de Malchut e a Massach detentora no Kli de Malchut.

Isto é como a luz do sol batendo num espelho, com centelhas sendo refletidas. Assim, dez Sefirot emergiram deste Zivug de Haka’á, chamadas dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Acontece que existem dois conjuntos de dez Sefirot em cada ser emanado: dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta) sobre as quatro Bechinot, e dez Sefirot de Ohr Chozêr.

Saiba que esta é a Luz Superior que re-expandiu de CHAGAT de ZA por Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Elas são chamadas Netzach, Hod,  Yessód.

Agora você pode compreender o que está escrito em Tikuney Zohar (Correções do Zohar), que Malchut é quarta para os pais e sétima para os filhos. Isto significa que quando ela é primeiro emanada, Malchut é discernida do ato de Tiféret de ZA e segue as CHAGAT, que são chamadas “Pais.” E da perspectiva da iluminação do Ohr Chozêr no seu Massach, ela segue as NEH’’Y que expandiram para ela para Zivug de Haka’á. E as NEH’’Y são chamadas “os filhos de CHAGAT”; assim ela é a sétima para os filhos.

Logo nós explicamos adequadamente a essência das dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’Y, e Malchut na sua raiz. Este é o primeiro conceito na sabedoria  da verdade, e isto deve sempre estar perante os olhos do estudante quando mergulhando nesta sabedoria.

Agora nós compreendemos o aviso soante em O Livro da Criação, “dez e não nove”. Isto significa que dado que um Massach detentor foi feito em Bechiná Dálet  do Tzimtzum (restrição) para baixo, é impossível erroneamente dizer que Bechiná Dálet é excluída das dez Sefirot, e apenas nove Sefirot permanecem em Kedushá (santidade). Por esta razão, lá avisa, “dez e não nove”.

E lá avisa além, “dez e não onze”. Isto significa que você não deve erroneamente dizer que Bechiná Dálet se tornou um vaso de recepção depois do Tzimtzum. Então, existem duas Sefirot em uma Malchut: uma é a Massach que sempre eleva Ohr Chozêr, e um vaso de recepção para receber o Ohr Yashár, também. É por isso que lá afirma, “dez e não onze”.

3)            Existem cinco proeminentes discernimentos nas dez supramencionadas Sefirot, os quais não se devem mover de nossos olhos e irão endireitar nossas maneiras ao estudar a sabedoria. O primeiro discernimento é a Luz de Atzmut (ser, essência), que é a Luz compreensiva de Ein Sóf que existe nos emanados. Esta é a essência, dado que os inferiores não participam aqui que se pareça; e ela é chamada Chochmá de Ohr Yashár.

O segundo discernimento é o Ohr Chassadim que se estende de Cima para baixo. Esta Luz está conjunta com o despertar de Gvurá dos emanados de Bechiná Bet, que é a Luz de Biná que ela atraiu. O terceiro discernimento é o Ohr Chassadim que sobe de baixo para Cima por meio de um Zivug de Haka’á. Ele é chamado Ohr Chozêr que sobe e se estende apenas dos emanados, devido à supramencionada detenção.

O quarto discernimento é a Luz da Gvurá Superior, isto é, Bechiná Bet, que   é Aviut de Biná que ela adquiriu com sua intensificação. O quinto discernimento é   a Gvurá inferior, ou seja, Bechiná Dálet, onde a intensificação do desejo é ativada no Ohr Chassadim que foi acrescentado pelos emanados. Isto é chamado “o Kli de Malchut de Ohr Yashár,” e esta Gvurá é o Kli de dez Sefirot, e recorde-se disso.

Saiba que a Massach em Kli Malchut é a raiz da escuridão, por causa da força detentora que existe na Massach, para impedir a Luz Superior de se espalhar em Bechiná Dálet. Esta é também a raiz da labuta em prol de receber recompensa, dado que trabalho é um ato involuntário, pois o trabalhador se sente confortável apenas quando repousando. Mas porque o senhorio está a pagar um salário, ele cancela sua vontade perante a vontade do senhorio.

Saiba que aqui neste mundo, não há ser ou conduta que não esteja enraizado nos Mundos Superiores, dos quais ramos se expandem aos mundos inferiores, até que eles sejam revelados a nós neste mundo. E você vê que em geral, trabalho e labuta estão enraizados na Massach no Kli de Malchut, que detém a Luz que ela cobiça, devido ao Emanador, O qual deseja doar deleite, e tudo o que é um Pensamento no Emanador é uma lei mandatária nos emanados. Naturalmente, Ele não necessita de ações, mas Seu Pensamento completa. Assim, ela escolhe não receber a Luz Superior, a menos que isso venha à Diferença de Forma (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Segue-se que a força detentora na Massach é igual à labuta. E a recompensa que o senhorio dá ao trabalhador está enraizada no Ohr Chozêr emitido pelo Zivug de Haka’á, onde pela Massach, uma raiz foi feita para o Ohr Chozêr. Acontece que ela volta a ser Kéter a estas dez Sefirot de Ohr Chozêr, assim como para Ohr Yashár. Como será explicado abaixo, todo este lucro veio a ela devido a este ato de detenção.

Do supramencionado, segue-se que as dez Sefirot são na realidade um Kli, chamado Malchut. Mas para completar sua forma, ele é discernido com três raízes:  os três Bechinot Chochmá, Biná, e ZA que se estendem um do outro. Você deve saber que esta Malchut é ainda contida no Ohr Ein Sóf de antes do Tzimtzum, chamada Malchut de Ein Sóf, na qual foi a primeira restrição.

Como está escrito em Panim Masbirot, “Ramo Um”, devido à Similaridade  de Forma com o Emanador, seu desejo subiu de querer receber em Bechiná Dálet, e   a Luz do Kav (linha) estendeu-se a ela de Ein Sóf. A Luz da Kav contém toda a Luz que se estende para os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briá, Yetzirá  e Assiá. Esta Luz é geralmente referida como Kav, da palavra Kav Midah (medida), pois ela se estende para os mundos por medida e um número racionado em cada mundo, de acordo com a forma do Kli de Malchut nesse mundo, como é elaborado no interior.

E a questão dos cinco supramencionados mundos são verdadeiramente a matéria da Kéter e os quatro conhecidos Bechinot nas dez Sefirot. Logo, o mundo de AK é o mundo de Kéter; o mundo de Atzilut é o mundo de Chochmá; o mundo de Briá é o mundo de Biná; o mundo de Yetzirá é o mundo de Zeir Anpin; e o mundo  de Assiá é o mundo de Malchut. Contudo, em cada mundo, existem dez Sefirot, e cada Sefirá das dez Sefirot deste mundo compreende dez Sefirot, também, como está escrito no interior.

Elas estão divididas nos cinco supramencionados mundos porque o Kli de Malchut deve ser primeiro integrado em cada Sefirá, por meio de Kéter. Isto ocorre  em Hitpashtut Álef (primeira expansão) de ACHAP de AK, onde ela foi integrada em ZON. Em Hitpashtut Bet (segunda expansão) de ACHAP, ela foi integrada em Biná.  E no mundo de Nekudim, ela foi integrada em Chochmá, e no mundo de Atzilut ela foi integrada em Kéter.

E dado que Malchut foi integrada em cada Sefirá, o mundo de Tikun (correção) começa: Seu Rosh (cabeça) é o supramencionado mundo de Atzilut, onde  a Luz de Ein Sóf se veste em Bechiná Álef. Então a Luz de Ein Sóf veste-se em Bechiná Bet, criando o mundo de Briá. Seguindo-se, ela veste-se em Bechiná Guimel, criando  o mundo de Yetzirá, e então ela veste-se em Bechiná Dálet, criando o mundo de Assiá. Isso será elaborado no interior como todas elas derivam uma da outra por uma maneira mandatária de causa e consequência, e como elas estão atadas uma à  outra.

4)            Primeiro, nós precisamos compreender a qualidade de cada dos mundos AK e ABYA, que eu explicarei um de cada vez. Comecemos com o mundo de Kéter, que é o mundo de Adam Kadmon. Seu primeiro Kli é o mundo de Akudim (atado). Em O Portão de Akudim, Capitulo Três, o Ari escreveu que todas as dez Sefirot emergiram, mas não todas elas emergiram juntas. No principio, apenas Malchut saiu no mundo de Akudim. E esta Malchut saiu na forma de Néfesh. Seguindo-a, o resto das partes emergiu, por meio de Kéter.

E quando Kéter veio, Malchut foi completada com todas as cinco Luzes Internas – Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Todavia, faltavam-lhes ainda todas as mencionadas Sefirot, que emergiram incompletas. Assim, elas tiveram que subir de volta para o Emanador para serem completadas. Mas agora, no retorno, Kéter retornou primeiro.

E quando Kéter subiu, a Luz de Chochmá subiu para o lugar de Kéter, Biná para o lugar de Chochmá, ZA para o lugar de Biná, e Malchut para o lugar de ZA. A seguir, Chochmá subiu ao Emanador, também. Então Biná subiu a Kéter, seguindo Chochmá, ZA a Chochmá, e Malchut a Biná. Então Biná subiu, também, e ZA subiu a Kéter, Malchut a Chochmá. Finalmente, ZA subiu e Malchut subiu a Kéter, até que Malchut, também, subiu ao Emanador.

Depois disso, a Luz voltou do Emanador e expandiu-se nelas, embora não na sua ordem inicial. Em vez disso, a Luz de Kéter não retornou, mas partiu e continuou em falta. Assim, a Luz de Chochmá saiu no Kli de Kéter, a Luz de Biná no Kli de Chochmá, a Luz de ZA no Kli de Biná, e a Luz de Malchut no Kli de ZA. O Kli de Malchut permaneceu sem Luz de todo, até então suas palavras abreviadamente. Adicionalmente, as dez Sefirot de Akudim emergiram de baixo para Cima. Malchut emergiu primeiro, então ZA, então Biná, então Chochmá, e finalmente Kéter, até então suas palavras.

Devemos cuidadosamente compreender a questão da suscitação das dez Sefirot de Cima para baixo e de baixo para Cima, mencionadas nas palavras do Ari. Certamente, não é acerca de medidas de Acima, abaixo, antes, e depois em tempo e lugar. Em vez disso, é em termos de razão e resultado, causa e consequência. Assim, como pode Malchut emergir primeiro, seguida por ZA, seguido por Biná, até que Kéter – a raiz de todas elas – emerge por fim? Isto parece perplexo. E quem e o que deu e inverteu o Superior a ser inferior e o inferior a estar  Acima?

A coisa é que ordem das dez Sefirot de Ohr Yashár já foi explicada acima, sendo cinco graus um abaixo do outro, pela medida de Hizdakchut (purificação) de cada uma delas da densa Luz cuja forma tinha mudado, isto é, a Bechiná Dálet.Bechiná Álef, dado que é considerada um potencial escondido, é a mais importante no grau. E Bechiná Bet já se moveu de potencial a real por se intensificar com um desejo pior que em Bechiná Álef. Bechiná Guimel é pior que Bechiná Bet, e Bechiná Dálet, Malchut  é a pior, dado que a Aviut nela é maior que nos resto.

Também, é sabido que assim que o Kli de Malchut emergiu, ela experimentou a Tzimtzum Álef de não receber em Bechiná Dálet. Esta força detentora é chamada Massach (tela), e quando o Ohr Yashár que desce de Ein Sóf golpeia a Massach em Malchut, há um Zivug de Haka’á, e então dez Sefirot de Ohr Chozêr emergem, como está escrito no interior (Ramo Três).

Dentro destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus estão invertidos comparados com o valor das dez Sefirot de Ohr Yashár. Nas dez Sefirot de Ohr Yashár, a mais pura é Mais Alta em mérito e melhor. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, a densa é Mais Alta e melhor. Isto é assim porque Malchut é a Kéter e a raiz destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que seu densa Massach detém a Luz de descer para sua Bechiná Dálet. Logo, Malchut volta a ser Kéter por meio de seu fim está no seu princípio, como está escrito em Panim Masbirot, Ramo Três.

Acontece que ZA recebe a Luz de Kéter de Ohr Chozêr; assim, ZA é considerado um grau de Chochmá, e Biná é considerada um grau de Biná porque ela recebe de ZA, que volta a ser Chochmá. Também, Chochmá de Ohr Yashár é considerada ZA, no Ohr Chozêr, dado que ela recebe o Ohr Chozêr de Biná. E Kéter de Ohr Yashár é considerado Malchut no Ohr Chozêr, dado que ele recebe de ZA. Então, você descobre que quanto as mais puras no grau serão inferiores em louvor e mérito, e compreenda isso cuidadosamente.

Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr juntam-se e integram nos dez Kelim. Quando elas se juntam como um, todos os graus são de igual mérito, dado que o nível de Malchut é igual ao de Kéter da perspectiva do Ohr Chozêr, onde Malchut volta a ser Kéter. Também, ZA é igual a Chochmá, dado que ZA é considerado Chochmá de Ohr Chozêr. E o nível de Chochmá é igual ao de Kéter, dado que Kéter recebe o Ohr Chozêr dela, como Chochmá recebe o Ohr Yashár de Kéter.

E dado que o nível de ZA é igual a Chochmá, e Chochmá a Kéter, segue-se que o nível de ZA é igual ao de Kéter, também. Segue-se que pela suscitação das dez Sefirot de Ohr Chozêr de Bechiná Dálet, todos os graus nas dez Sefirot foram equalizados, tendo o mesmo nível através de Kéter.

5)            Mas as Sefirot do mundo de Akudim desapareceram uma vez mais. E nós precisamos compreender a razão para sua partida. O Ari diz que a razão é que quando elas emergiram, elas emergiram incompletas e assim partiram uma vez mais para receber sua completude.

Contudo, nós precisamos compreender a carência e o Tikun (correção) que veio a elas por meio desta partida. Aqui o Ari escreveu que a carência foi porque Kéter emergiu apenas em Bechiná Néfesh. E em outro lugar, ele escreveu que a carência foi porque o Ohr Pnimi (Luz Interna) e o Ohr Makif (Luz Circundante) vieram do mesmo forâmen, e estavam a bater uma na outra, como ele escreve em Heichal AK, Sha’ar Vav, Sha’ar Akudim, Capitulo  Um.

Seguindo-se, os Ta’amim inferiores vieram, abaixo das Otiyot (letras), que são Luzes que emergem por meio do Pê de AK, e daí para fora. E aqui as Luzes foram completamente juntadas, dado que elas saem por um único canal. E uma vez que as Luzes Circundantes e as Luzes Internas se uniram, aqui começa a criação dos  Kelim.

Por esta razão, as cinco Luzes Internas e as Luzes Circundantes emergiram atadas juntas. É por isso que elas são chamadas Akudim, do versículo, “e amarrou Isaac”. Logo, quando elas emergem juntas fora do Pê (boca), atadas juntas, elas batem e golpeiam-se uma à outra, e seus golpes geram a existência dos  Kelim.

Isto significa que as Luzes de Ózen e Chótem onde o Ohr Pnimi se expande através dos foramens esquerdos das Ózen e o Chótem, e Ohr Makif expandiu-se através dos foramens direitos de Ózen e Chótem. Assim, elas persistiram e não partiram, dado que há um Kli especial para o Ohr Pnimi e um Kli especial para o Ohr Makif.

Mas na Luz do Pê, onde há apenas um forâmen, o Ohr Pnimi e o Ohr Makif estavam no mesmo Kli. Assim, elas estavam a golpear-se uma à outra, como resultado do qual a Luz partiu e os Kelim caíram. Por outras palavras, eles caíram de seu grau,  e mais Aviut foi acrescentado ao anterior Aviut, e isto criou os Kelim, dado que a partida da Luz completa os Kelim.

Para compreender o assunto dos dois foramens de Ózen e Chótem de AK, o assunto de um único forâmen no Pê de AK, e o significado das cinco internas e as cinco circundantes, os Bitush e Kelim e o Ibuy (acrescentar Aviut), eu preciso elaborar, dado que as palavras do Ari nestas questões são bastante  sucintas.

É tanto o quanto mais assim a respeito das circundantes, onde ele aparentemente se contradiz a si mesmo em toda e cada seção. Uma vez que ele diz que elas tinham Luzes Internas KACHÁB ZON e as cinco Luzes Circundantes KACHÁB ZON do Chótem para cima, mas do Pê para baixo, as Circundantes de Biná e ZON cessaram e apenas duas circundantes, Kéter e Chochmá permaneceram, e os cinco Partzufim KACHÁB ZON. E outra vez, ele disse que a partir mundo de Nekudim para baixo, as circundantes inferiores pararam, mas existem ainda cinco Luzes Circundantes e cinco Luzes Internas nas Luzes do Pê. E outra vez, ele diz que existem cinco Internas e cinco Circundantes no todo de ABYA, e outras tais contradições.

6)            Elaborarei dentro do livro, e aqui serei breve de forma a não me desviar do assunto. Isto está explicado em Ramo Um e em Ramo Quatro na ordem das dez Sefirot, a respeito dos quatro Bechinot de dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr, que em cada dez Sefirot, existem dois discernimentos de Hitpashtut (expansão) e dois discernimentos de Hitaabut (aumentar a Aviut), que expande da raiz, que é a Kéter destas dez Sefirot.

Chochmá, considerada vasta Hitpashtut, emerge primeiro. Isto significa que esta Hitpashtut contém toda a Luz que se estende de Ein Sóf a esses emanados. E o Kli, chamado Ohr ha Av (a Luz densa), ou seja, o desejo de receber contido na Hitpashtut da Luz, para a qual esse adquire Diferença de Forma do Emanador, no qual não há forma de recepção, e para o qual ele se torna mais escuro que a Luz, é ainda não revelado nesta vasta Hitpashtut. Isto é assim enquanto seu desejo não se intensificar, almejando abundância adicional mais que a medida de sua Hitpashtut. Em vez disso, ele é incluído na supramencionada Luz densa da perspectiva do Emanador, que deseja doar sobre ele.

Por esta razão, ele deve revelar seus vasos de recepção e realizá-lo de potencial a real. Assim ele torna-se mais denso à medida que se espalha, isto é, seu desejo de estender mais abundância que sua medida de Hitpashtut aumenta. E à Hitaabut que foi feita nesta Hitpashtut é dada seu próprio nome, devido a sua intensificação. Esta  é chamada Biná porque ela é mais escura que o Ohr Chochmá, no qual o desejo de receber foi revelado na realidade.

Esta Biná é ainda desajustada a ser um Kli real, dado que sua essência é de Chochmá; mas ela é a raiz do Kli, pois o Kli pode apenas ser completado da Hitaabut (espessamento) feita na segunda Hitpashtut. Ele é chamado “Hitpashtut através de uma janela”, significando que a abundância adicional que Biná extraiu pela sua intensificação se espalha dela para fora. Isto é chamado Ohr Chassadim, o oposto da vasta Hitpashtut Álef (primeira Hitpashtut), chamado Ohr Atzmut (Luz da  Essência).

A Hitpashtut através de uma janela que se espalha de Biná é chamada ZA, e essa se espessa enquanto se espalha, como a primeira Hitpashtut. Isto significa que ela, também intensifica para estender abundância adicional, mais que a medida de sua Hitpashtut de Biná. Com isso, ela atualiza os vasos de recepção contidos nela. A esta segunda Hitaabut é dada seu próprio nome, dado que por meio desta intensificação, ela cresceu mais escura que a Luz de Hitpashtut, e ela é chamada Malchut.

Bechiná Dálet, que é a Hitaabut criada na Hitpashtut através da janela, chamada Malchut, é o completo vaso de recepção, e não as três Bechinot a precedendo, que cascatearam apenas para revelar esta quarta Bechiná. É ela que passa pela primeira restrição, prevenindo-se a si mesma de receber abundância nesta Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma revelada nela. Esta força detentora é chamada Massach (tela) ou Pargod (cortina), que significa que ela detém a abundância de brilhar se espalhar e dentro dela.

Também, esta é a inteira diferença entre a primeira Hitaabut feita na vasta Hitpashtut, e a Hitaabut que foi feita numa Hitpashtut através de uma janela. Isto é assim porque na primeira Hitaabut, o Tzimtzum não governa; logo esta é apta para recepção de Luz. É por isto que ela é chamada “uma janela,” isto é receptora, como pois a casa recebe a luz do dia através da janela nela. Mas na segunda Hitaabut, a força do Tzimtzum a governa e ela previne-se a si mesma de receber a abundância na sua Aviut. Assim, ele é chamado um Massach, detendo a  Luz.

E após Bechiná Dálet ter aparecido com seu Massach, a Luz espalha-se para ela novamente, e a Massach detém-na, como mencionado acima. Consequentemente, um Zivug de Haka’á é feito sobre ela, e dez Sefirot de Ohr Chozêr emerge, como está escrito em Ramo Três. A ordenação destas dez Sefirot é oposta às dez Sefirot de Ohr Yashár, que emergem de baixo para Cima, dado que a Massach que suscitou essa grande Luz, e que é sua raiz, se tornou Kéter.

Este é o significado de “seu fim está embutido no seu princípio. Tal como Kéter é o princípio e o Rosh (cabeça) das dez Sefirot de Ohr Yashár, o fim, que é Malchut, se tornou o princípio e o Rosh das dez Sefirot de Ohr  Chozêr.

Logo, Malchut retornou a ser um Kéter a estas dez Sefirot, e ZA das dez Sefirot de Ohr Yashár agora tornou-se Chochmá, dado que o primeiro receptor de sua raiz é chamado Chochmá. É similarmente com o resto, até Kéter de Ohr Yashár, que se torna Malchut nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que esse recebe de ZA de Ohr Chozêr, que é Chochmá de Ohr Yashár.

Acontece que nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Yashár, os graus são medidos de acordo com a pureza da densa Luz, onde quanto mais puro é Mais Alto  e mais importante. Mas nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr, os graus são medidos pela Aviut, onde quanto maior a Aviut no grau, Mais Alto é e mais importante. Isto faz os Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Yashár inferiores nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, e os inferiores nas dez Sefirot de Ohr Yashár Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Chozêr.

As primeiras dez Sefirot que se espalham de Ein Sóf são chamadas Adam Kadmon. Estas são as raízes dos Kelim de Rosh, assim as dez Sefirot são chamadas devido ao Kli de Rosh: Galgalta (crânio), Eynaim (olhos), Óznaim (orelhas) são as KACHÁB das dez Sefirot de AK, e Chótem (nariz) e Pê (boca) são ZA e Malchut das dez Sefirot de AK. Também, é sabido que as dez Sefirot estão integradas uma na outra, como está escrito no interior. Assim, cada dos supramencionados Galgalta, Eynaim, e ACHAP, expandiram em dez Sefirot.

É proibido falar das dez Sefirot que se expandiram em Galgalta ve (e) Eynaim, que são Kéter e Chochmá das dez Sefirot de AK, e nós não temos relações com elas. Nós começamos a falar dos ACHAP para baixo, de Biná e ZON de AK.

Também, é sabido que as dez Sefirot são Kéter e as quatro Bechinot CHAB ZON, e lá estão Ohr Pnimi e Ohr Makif nelas. Isto significa que o que foi já vestido  no Kli é chamado Ohr Pnimi, e o que ainda não foi vestido no Kli é chamado Ohr Makif. Logo, em cada das dez Sefirot de ACHAP de AK estão cinco internos, KACHÁB ZON, e cinco circundantes KACHÁB ZON.

7)            Agora nós explicaremos a qualidade inerente do Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de AK. A questão das dez Sefirot de Ohr Yashár e dez Sefirot de Ohr Chozêr que existem em cada dez Sefirot foi já explicada. Nestas dez Sefirot de AK, também, existem dez Sefirot de Ohr Yashár de Kéter a Malchut, e similarmente, dez Sefirot de Ohr Chozêr de Malchut a Kéter, e o Ohr Yashár se estende e chega em completude a esses emanados. Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr não são total e imediatamente estendidas a esses emanados. Em vez disso, é estendido por todos os Partzufim emanados após Adam Kadmon. A coisa é que tudo que se estende do Emanador se estende completo e pleno. Estas são as dez Sefirot de  Ohr Yashár.

Mas as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dos emanados, a partir da força detentora em Bechiná Dálet, chamada Massach, não emerge imediatamente em pleno. Em vez disso, cada ser emanado tem uma parte disso, e é multiplicada de acordo com a multiplicação dos emanados, como está escrito no interior. Agora você pode ver que as dez Sefirot de Ohr Yashár e uma parte das dez Sefirot de Ohr Chozêr são o Ohr Pnimi, ao passo que o inteiro do Ohr Chozêr é o Ohr  Makif.

Também, foi já explicado acima que existem duas Nukvaot (plural de Nukva) nas dez Sefirot: Hitaabut na vasta Hitpashtut, e Hitaabut na Hitpashtut através de uma janela, chamadas Biná e Malchut. Você deve saber que Biná é discernida como um  Kli interno, no qual todo o Ohr Pnimi é vestido, e Malchut é o Kli externo, no qual todo o Ohr Makif é vestido. Isto significa que o Ohr Makif está atado a ela, dado que ela tem um Massach que é imprório para recepção, devido à força detentora nele.  Em vez disso, ele é a raiz das dez Sefirot de Ohr Chozêr.

Então, o conteúdo do Ohr Pnimi e Ohr Makif foi cuidadosamente explicado, assim como o conteúdo do Kli interno e o Kli externo. Agora nós podemos compreender as palavras do Ari, trazidas acima em Item 5 a respeito das cinco internas e cinco externas que emergiram atadas uma à outra através do Pê de AK. Isto diz respeito ao que ele explicou em Sha’ar TANTA, Capitulo Um, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Ózen, e o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Chótem emergiram em dois Kelim: um Kli interno para Ohr Pnimi e um Kli externo para Ohr Makif.

Também, elas são afastadas uma da outra, dado que as cinco circundantes KACHÁB ZON emergem do forâmen das Ózen direitas, e as cinco internas KACHÁB ZON emergem do forâmen das esquerdas Ózen, e similarmente no Chótem. Assim, ele conta-nos aqui, nas dez Sefirot de Pê de AK, que não existem dois Kelim distintos aqui, mas ambos, os cinco internos e os cinco circundantes, emergiram atados a um único Kli – a Pê, chamado Malchut de AK, isto é Bechiná Dálet. Todavia, o Kli interno, que é Bechiná Bet e Bechiná Biná, não existe aqui.

Nós podíamos perguntar sobre isso: Como é possível para o Ohr Pnimi, que são as dez Sefirot de Ohr Yashár, vestir-se no Kli de Pê, que é Bechiná Dálet que foi erguido com um Massach, e é impróprio para recepção? A coisa é que a própria Malchut é discernida com quatro Bechinot distintas, chamadas Atzamot (ossos), Guidin (tendões), Bassar (carne), e Or (pele). As Atzamot de Malchut indicam a Etzem (osso, mas também núcleo) de sua estrutura. Que é a própria Bechiná ZA, isto é a Hitpashtut através de uma janela, exceto que ela ganhou Aviut ao longo de sua Hitpashtut devido à intensificação do desejo a estender mais abundância que sua Hitpashtut de Biná.

Por esta razão, ela é definida por um nome de acordo consigo mesma. Logo, duas Bechinot são discernidas nela: Bechiná Álef é as Atzamot nela, a parte de ZA, e Bechiná Bet é a Aviut adicionada a ela por sua intensificação. Isto é chamado Guidin. E o que ela toma da força de Tzimtzum – a força detentora de forma a não receber abundância nesta densa Luz – chamada um Massach, a com o Zivug das dez Sefirot de Ohr Chozêr, é Bechiná Dálet em Malchut, chamada Or. E o Ohr Chozêr que sobe da Massach pela força do Zivug é chamado Bassar, e isto é a Bechiná Guimel de Malchut.

Então, você descobre que Malchut está contida da Hitpashtut de Biná, também. Além do mais, é na realidade a essência de sua estrutura. Agora você compreenderá que as Atzamot em Malchut se tornou o Kli interno nos cinco internos nas Luzes do Pê, e a Bechiná Or nela torna-se um Kli externo para os cinco circundantes nas Luzes do Pê. Agora foi cuidadosamente clarificado como os cinco internos KACHÁB ZON e cinco circundantes KACHÁB ZON emergiram  num único Kli – Malchut – no qual existem dois Kelim, também, internos e externos, embora conectados uns aos outros, dado que todas as quatro Bechinot são senão um Kli: Malchut.

8)            E agora nós explicaremos o assunto do golpear e os Bitush que ocorreram entre o Ohr Makif e o Ohr Pnimi devido a eles estarem atados em um Kli. Veja em A Árvore da Vida, Heichal AK, Sha’ar 2, p. 3, assim como em Sha’ar Akudim, Capitulo Dois, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli que está vestido nele. Assim, desde as dez Sefirot de Pê de AK o Ohr Pnimi e Ohr Makif estavam atados em um único Kli em Malchut, o Ohr Pnimi estava a purificar o Kli Malchut grau a grau. Esta é a razão da partida das dez Sefirot de Pê, chamadas  “o mundo de Akudim.”

A coisa é que foi já explicado em Item 6 e Item 4, que as dez Sefirot de Ohr Chozêr são de valor oposto às dez Sefirot de Ohr Yashár. Isto é assim porque nas dez Sefirot de Ohr Yashár, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua pureza, acima até sua raiz, que é o mais puro entre eles. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua Aviut, acima até sua raiz, que é  o mais denso entre eles. Este é a Bechiná Dálet, e Malchut que se tornou Kéter novamente. Também, Bechiná Guimel é Chochmá, Bechiná Bet é Biná, Bechiná Álef é ZA, e Kéter é considerada Malchut.

No princípio, a Massach foi purificado por um grau. Isto significa que a densa forma de Luz de Bechiná Dálet foi purificada, e readquiriu a forma de Aviut de Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Luz de Malchut partiu de seu lugar e subiu a Kli de ZA, desde então, também, o Ohr Yashár se expandiu de Ein Sóf na Massach, e a força detentora controlava a Massach até que um Zivug de Haka’á foi feito e as dez Sefirot  de Ohr Chozêr emergiram da Massach de Bechiná Guimel.

Contudo, elas não estão mais no nível de Kéter, como elas estavam inicialmente, mas estão no nível de Chochmá. Isto é porque a Aviut de Bechiná ZA e Bechiná Guimel de Ohr Yashár tem o valor de Chochmá no Ohr Chozêr. Acontece que   a Massach não voltou a ser Kéter devido ao Ohr Chozêr, mas voltou a ser Chochmá.

Posteriormente ele purificadou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Bet, que é Biná. Lá, também, o Ohr Yashár se expandiu a ela até ao Zivug de Haka’á e o erguer de Ohr Chozêr, embora no nível de Biná. E como a Aviut de Bechiná Guimel  e Bechiná Dálet foi perdida, ela perdeu as primeiras duas Sefirot de Ohr Chozêr.

A seguir, ele purificou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Álef, o Ohr Yashár de Ein Sóf acasalou nele, e o Ohr Chozêr subiu, embora no nível de ZA, carenciando Bechiná Biná, também. Depois ele purificou-se ainda mais, até à forma de Shóresh (raiz), que subiu até ao nível Kéter.

Nessa altura, não havia Aviut deixada na Massach em absoluto; assim não houve mais Zivug de Haka’á sobre o Ohr Yashár com ela. Por esta razão o Ohr Chozêr desapareceu completamente das dez Sefirot de Akudim, e veja no interior em Ramo Três e Ramo Quatro, onde isso é tudo explicado  elaboradamente.

Então, foi clarificado que dado que o Ohr Pnimi está vestido no Kli de Malchut também, portanto, ele purifica-o grau a grau, e no caminho de sua purificação, as dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr vão desaparecendo. Isto é assim porque durante sua ascensão a Bechiná Kéter, a Massach perde todo o seu poder para erguer Ohr Chozêr. Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashár partiram com ele, também, dado que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr são interdependentes e atados um ao outro.

9)            Para explicar isso, eu irei primeiro explicar o estado das Sefirot com uma imagem do Taam (singular de Ta’amim – sinais de pontuação) Segolta, assim:  , isto é, o Kéter está em cima, abaixo dela na direita está Chochmá, e à sua esquerda – Biná. Nós precisamos compreender isto, pois Deus nos livre, que o devamos compreender como uma descrição de lugares que o olho tangível percepcione. Também, a questão de Panim be Panim (face-a-face) e Achor be Achor (dorso-adorso) que se aplicam nas dez Sefirot, Deus nos livre que hajam costas e frente lá.

A coisa é que foi já explicado nas quatro Bechinot de Ohr Yashár que se expandem de Ein Sóf, que é Kéter, que a expansão do Kéter é chamada Chochmá. E  ele se adensa à medida que se expande, isto é a intensificação do desejo de atrair abundância mais que a medida de sua expansão. Assim, isso é considerado como dois discernimentos: Bechiná Álef é o todo da Luz que se expande de Ein Sóf à aquele emanado, chamado Chochmá, e Bechiná Bet é a Hitaabut, que foi dado a ele pela intensificação do desejo de atrair nova abundância, chamada  Biná.

Por esta razão, existem três discernimentos na Sefirá Biná: o primeiro discernimento é sua própria estrutura, que é uma parte da própria Chochmá. O segundo discernimento é a Luz que adensou nela por meio de sua intensificação  para estender nova abundância de Kéter. O terceiro discernimento é a essência da abundância que ela atrai de Kéter, chamado Ohr de Chassadim, que é muito inferior que ao Ohr Chochmá que se estende diretamente do Emanador. Mas a Luz de Biná que ela estende de Kéter é associada por ela intensificação inicial, que foi adensada para isso.

E quando Biná atrai a Luz de Chassadim de Kéter, ela não atrai a Luz de Chochmá da Sefirá de Chochmá. Assim, ela é considerada como sendo Achor be Achor (dorso a dorso) com Chochmá. Acontece que o Ohr Chochmá, que é a Luz de Atzmut das dez Sefirot gerais nesses emanados, cessa dela, pois Biná voltou sua Panim para atrair Ohr Chassadim de Kéter.

Todavia, quando Bechiná Dálet aparece, e as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dela, consideradas ainda mais Ohr Chassadim que o Ohr Chassadim em Biná, Biná não mais precisa atrair o Ohr Chassadim de Kéter, dado que ela recebe abundantemente do Ohr Chozêr de Malchut. Por esta razão, ela torna seu Panim de volta a Chochmá e atrai Ohr Chochmá uma vez mais. Nessa altura, o Ohr Chochmá, também, é atraído abundantemente nas gerais dez Sefirot nesses emanados. Isto é chamado Panim be Panim de CHAB, que eles ganharam por meio do Ohr Chozêr que sobe da Malchut.

 

Contudo, antes do exílio do Kli de Malchut, Biná voltou seu Panim ao Kéter, que é o estado do Taam Segolta, onde Biná está abaixo de Kéter, como Chochmá, mas Chochmá atrai a Luz de Atzmut de Kéter, e Biná atrai Luz de Chassadim de Kéter. E dado que a Luz de Atzmut é a Luz coletiva nos emanados, Chochmá é considerada “direita,” e a Luz de Chassadim é considerada “esquerda,” pois ela está associada com Gevura.

Então nós explicamos que a Luz de Atzmut não pode se espalhar no todo das dez Sefirot de Ohr Yashár, dado que Biná é Achor be Achor com ela, exceto durante um Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Nessa altura, Biná não mais precisa do Ohr Chassadim e volta a estar PBP (Panim be Panim) com  Chochmá.

Acontece que quando as dez Sefirot de Ohr Chozêr partiram do mundo de Akudim, acontece também que a Luz de Atzmut das dez Sefirot de Ohr Yashár também partiram com ele. Isto é porque o Ohr Chochmá e o Ohr Chozêr são interdependentes, e apenas Achoraim de Biná permanece lá no mundo de Akudim, ou seja, Luz de Chassadim e sua Gevura.

Agora você compreenderá as palavras do Ari que trouxemos acima, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli no qual está vestido, dado que ele gira à volta do Ohr Chochmá que se veste na interioridade do emanado por meio da Biná que volta a estar PBP com ele.que por meio disso os Achoraim de Biná são purificados. E dado que os Achoraim de Biná, que é Bechiná Bet, é a raiz de Bechiná Dálet, portanto, dado que a raiz é purificada, o ramo, Bechiná Dálet, também é purificado junto com ela.

10)          Agora nós explicaremos o assunto do Bitush das Luzes Internas com as Luzes Circundantes, dado que elas estão atadas uma à outra, que eu apresentei acima em Item 5. Também trarei as palavras do Ari em Sha’ar Akudim, Capitulo Cinco, onde ele mesmo explica o assunto do Bitush extensamente. Isto foi o que ele escreveu, abreviadamente: Segue-se que há três tipos de Luz [na Hitpashtut da Luz no mundo de Akudim e sua partida de volta para o Emanador]. A primeira Luz são as Luzes de Akudim, chamadas Ta’amim. A segunda é o Reshimô dessa Luz, que permanece após sua partida, e ele é chamado Tagin. A terceira é a Luz que vem a ele por meio da ascensão das Sefirot, altura na qual é através do Achoraim, que é Din. Isto é chamado Nekudot.

E quando a terceira Luz, chamada Nekudot, vem e golpeia a segunda Luz, chamada Reshimô, que é Rachamim, elas golpeiam e batem uma na outra. Isto é porque elas são opostas: uma é Ohr Yashár, que é Rachamim, e a outra é Ohr Chozêr, que é Din. E então Nitzotzin (centelhas) caem do Ohr Chozêr descendente, que é Din, e estes Nitzotzin são outra, quarta Luz, chamada Otiyot. Estes são os quatro discernimentos – Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot – todos os quais estão incluídos aqui nos Akudim. Também, estes Nitzotzin que caíram do descendente Ohr Chozêr são como os 248 Nitzotzin da quebra dos vasos no mundo  de Nekudim.

Interpretando suas palavras: De acordo com o que foi explicado acima relativo à ordem da expansão da Luz no mundo de Akudim, primeiro a Luz se expande de Ein Sóf ao Zivug de Haka’á na Massach no Kli de Malchut. Então, saem dela, as dez Sefirot de Ohr Chozêr de baixo para Cima, como está escrito em Item 6. Elas têm um valor inverso, onde os Superiores em Ohr Yashár estão abaixo no Ohr Chozêr, dado que nas dez Sefirot de Ohr Chozêr os graus diminuem de acordo com a pureza.

Logo, ZA, que é mais puro que Malchut, é de um grau mais baixo que Malchut. Mas isto é assim apenas em respeito à Chochmá nas dez Sefirot de Ohr Chozêr. E Biná, que é mais pura que ZA, foi diminuída no grau, e ela possui apenas o valor de Biná. Chochmá, que é mais pura que Biná, é diminuída no seu grau e tem apenas o valor de ZA. E Kéter tem o valor de Malchut, como está escrito lá e no interior, em Ramo Três.

Mas assim que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr se unem e se juntam conjuntos, isso cria um valor igual, onde o nível de cada das dez Sefirot alcança o nível de Kéter, como escrito em Item 4. E o todo do mundo de Akudim, a expansão e retorno da  Luz de Ein Sóf de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, e o Ohr Chozêr que se conjunta com o Ohr Yashár num nível igual por meio de Kéter, é chamado Ta’amim ou Hitpashtut Álef de Akudim.

Foi explicado acima (Item 8) que porque ao Ohr Pnimi se veste no Kli de Malchut, cuja natureza é de purificar o Kli, isso causa a purificação da Massach grau   a grau. No princípio, ele recebe a purificação como em Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Massach subiu a ZA. Nessa altura, o Ohr Ein Sóf se expande uma vez mais de Kéter aa Massach em Kli ZA, e de ZA ao Kéter. Isto diminui o valor do Ohr Chozêr que sobe da Massach ao grau de Chochmá, similar ao valor de ZA de Ohr Chozêr. Similarmente, os graus descem na Hizdakchut da Massach através da Hizdakchut de Bechiná Kéter de Ohr Yashár, altura na qual a Massach é cancelado e o Zivug de Haka’á cessa.

Logo, todo este Ohr Chozêr, que desce grau a grau até que ele desaparece completamente, é chamado “a Luz de Nekudot.” Isto é assim porque a Massach se estende do ponto de Tzimtzum, e assim detém o Ohr Yashár, também, de se aproximar e expandir nele. É como o ponto médio de Tzimtzum Álef que se decorou a si mesmo e fez partir a Luz nele, e assertivamente escolheu a Hizdakchut de sua Aviut, de modo a equalizar a forma dela com o Emanador, como foi explicado em detalhe em Panim Masbirot, Ramo Um. Assim, esta força, o desejo de ser purificado, está impressa na Massach.

Agora nós explicaremos o significado do Reshimô – a Luz de Tagin. É sabido que ainda embora a Luz parta, ela ainda deixa um Reshimô para trás dela. Assim, a primeira Hitpashtut no mundo de Akudim, que expandiu e retornou de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, suscitando dez Sefirot cujo nível equaliza Kéter em Ohr Pnimi, e similaridade, dez Sefirot de Ohr Makif, como escrito em Item 7 [note que aqui não houve Kli distinto para Ohr Pnimi e um Kli distinto para Ohr Makif]. Esse Kli, como um todo, é chamado Kli de Kéter. Isto é assim porque todas as dez Sefirot estavam no nível de Kéter. Assim, ainda embora esta Hitpashtut tenha partido uma vez mais, um Reshimô dela permaneceu independentemente, que mantém e sustenta a forma prévia lá, para que ela não fosse revogada ao todo devido à partida da Luz.

Concordantemente, você pode ver como a Luz de Reshimô, que permaneceu de Hitpashtut Álef, e o descendente Ohr Chozêr, que é a Luz de Nekudot, são dois opostos, golpeando e batendo um no outro. Isto é assim porque a Luz de Reshimô é fortalecida pela Hitpashtut Álef, onde o Ohr Yashár se expandiu por meio da Massach de Bechiná Dálet, e desejou muito que a Massach permanecesse especificamente em Aviut de Bechiná Dálet, dado que apenas pelo poder na excessiva Aviut em Bechiná Dálet tem ela o valor do nível de Kéter. Contudo, a Luz de Nekudot, a Massach em si mesmo, intensifica com todo o seu poder apenas para ser purificado de sua densa Luz, discernida como Din, e deseja ser absolutamente purificado e equalizar sua forma com o Emanador, dado que o primeiro início do ponto de Tzimtzum foi impresso nele, e esta é sua raiz.

11)          Agora nós podemos compreender a quarta Luz, que caiu por meio do Bitush da Luz de Reshimô com a Luz de Nekudot, chamada Otiyot. Elas são como as 248 Nitzotzin na quebra dos vasos no mundo de  Nekudim.

Você deve saber que em cada lugar em O Zohar, os Tikunim (correções de O Zohar), e nos escritos do Ari, a palavra Nitzotzin ou Natzatzin ou Hitnotzetzut indica Ohr Chozêr. Isto é porque a iluminação de Ohr Yashár é definida pelos nomes Orot ou Nehorin, e a iluminação de Ohr Chozêr é definida pelo nome Nitzotzin ou Zikin ou Hitnotzetzut. Logo, você vê que o assunto dos Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô no descendente Ohr Chozêr é também considerado Reshimô, embora ele seja um Reshimô de Ohr Chozêr, e assim definido pelo nome  Nitzotzin.

A ordem da descida do Ohr Chozêr foi explicada acima (Item 8). No princípio, ele recebeu para a purificação de ZA e foi separado de Bechiná Dálet, que é o real Kli de Malchut. E quando o Ohr Ein Sóf se expande aa Massach em Kli ZA uma vez mais, esta Luz de Malchut estará no nível de Chochmá, carenciando a Bechiná Kéter da Luz geral de Akudim, dado que a Malchut em ZA não volta a ser Kéter, mas Chochmá. [Foi explicado que o doador essencial do nível nas dez Sefirot do emanado é a Luz de Malchut, como supramencionado (Panim Masbirot, Ramo  Quatro).]

Segue-se que o verdadeiro Kli de Malchut está sem Luz, e dois Reshimot deviam ter ficado nele. O primeiro Reshimô é da Luz de Ta’amim, que mantém e sustenta a Aviut de Bechiná Dálet tanto quanto ela pode. O segundo Reshimô é da Luz de Nekudot, isto é a Luz atribuída aa Massach e que almeja a Hizdakchut.

Contudo, ambos não podem permanecer juntos, dado que eles são opostos. Isto é porque o lugar do Reshimô de Ta’amim é chamado Kli de Kéter, dado que suas dez Sefirot estão no nível de Kéter. E o lugar do Reshimô do descendente Ohr Chozêr é chamado Kli de Chochmá ou “abaixo de Kéter.” Assim, seu próprio Reshimô partiu de Malchut, também, e subiu ao Kli de ZA. E o Reshimô do descendente Ohr Chozêr permaneceu no seu lugar. Logo, aqui os Reshimô para os Nitzotzin de Ohr Chozêr foram rejeitados. Contudo, daqui em diante os Nitzotzin de Ohr Chozêr são rejeitados, para a Luz de Reshimô.

E após isso, na ascensão da Massach ao lugar de Biná, isto é, que ele recebeu  a purificação de Bechiná Bet, e o Ohr Ein Sóf se expande e uma vez mais de Kéter a Biná e de Biná a Kéter,  e então a Bechiná Chochmá é retirada, também. Então o Kli  de ZA permanece sem Luz, e dois Reshimot foram deixados lá, também, da Luz de Ta’amim e do Ohr Chozêr, que são opostos um ao outro. E aqui o Reshimô domina os Nitzotzin de Ohr Chozêr, dado que o Reshimô de Ta’amim permanece no Kli ZA; e assim sendo, ele permanece na forma de Kli de Kéter.

Todavia, os Reshimô de Ohr Chozêr, que são os Nitzotzin de Kli Chochmá, são rejeitados abaixo de Tabúr, abaixo do Kli de Kéter, dado que a Hitpashtut do mundo de Akudim é através de Tabúr, pois Malchut de Akudim é chamada Tabúr. Também, é já sabido que Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr, cujo valor é considerado Kéter de Chochmá, permanecem lá dado que os Reshimô de Malchut de Ta’amim, que são verdadeiramente Bechiná Kéter, sobem a ZA. E os Nitzotzin que caem de Kli ZA, que são os Nitzotzin de Chochmá em Chochmá, caem abaixo de Tabúr, onde está Kéter de Chochmá.

Similarmente, na ascensão da Massach a Chochmá, quando ele se purificou para Bechiná Álef, o Ohr Ein Sóf estava ainda a expandir de Kéter a Chochmá e de Chochmá a Kéter, e esta Luz está no nível de ZA. Assim, o nível de Biná foi retirado, também, e o Kli de Biná permaneceu vazio, sem Luz e permaneceram dois Reshimot, como escrito acima: Reshimô de Ta’amim que permaneceram no seu lugar, e Reshimô do descendente Ohr Chozêr que foram rejeitados e caíram abaixo dos Nitzotzin de Chochmá abaixo de Tabúr.

A seguir, ele foi purificado acima até Bechiná Kéter, que ele é o Shóresh (raiz),  e assim perdeu todos os Bechinot Aviut nele. Logo, o Zivug de Haka’á foi naturalmente cancelado, não tendo mais Ohr Chozêr. Acontece que nenhum Nitzotzin caiu de Bechiná Kéter de todo, e apenas o Reshimô de Ta’amim permaneceu  lá.

Então nós explicamos cuidadosamente a oposição entre o Reshimô e o descendente Ohr Chozêr, pelo qual o pacote foi quebrado, e o Reshimô das dez Sefirot de Ta’amim que permanecem no lugar deles. Estes são considerados Kelim KACHÁB ZON de Kéter, até Tabúr de AK. E os Nitzotzin, que são Reshimô do descendente Ohr Chozêr, caidos fora do grau em que eles estavam. Eles são considerados como estando abaixo de Tabúr, ou seja, abaixo de Malchut de Akudim, que são considerados Kelim KACHÁB ZON de Chochmá, como nós dissemos acima, que eles são chamados Otiyot.

12)          A razão para a Hizdakchut foi já explicada acima, no fim de Item 9: O Ohr Pnimi está conectado ao Kli de Malchut, que é na realidade apenas um Kli externo para o Ohr Makif, como está escrito em Item 7. Assim, quando o Ohr Chozêr sobe e trás CHAB de volta a PBP, como está escrito em Item 9, Aviut de Biná abandona-o, pois ela volta a ser um com a Chochmá, como eles eram inicialmente. E quando a Aviut na raiz é cancelada, a Aviut no ramo é cancelada, também. Logo, quando Biná se torna um objeto com Chochmá, ela purifica a Massach junto com ela, e ele, também, sobe grau a grau, por meio dela por causa dela, até que desaparece.

No princípio da entrada do Ohr Chozêr a Biná, ela começa a tornar seu Panim de volta a Chochmá. Logo, a Massach sobe de Bechiná Dálet e Bechiná Guimel. E quando ela atrai o Ohr Chochmá de Panim de Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Bet. E quando ela se torna um objeto com a Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Álef, até que ele sobe a Bechiná Shóresh. Este é o significado do que é mencionado no Idra Raba, “a centelha foi sugada”.

Segue-se que o Ohr Chochmá, que é a Luz principal de Atzmut no primeiro emanado, isto é, o mundo Akudim, e o Ohr Chozêr que sobe do Kli de Malchut, estão atados um ao outro e perseguem-se um ao outro. Isto é porque sem o Ohr Chozêr, o Ohr Chochmá não seria capaz de expandir no emanado, dado que a Biná volta sua face para sugar Ohr Chassadim de Kéter, e seu dorso a Chochmá. Isto significa que ela não irá sugar o Ohr Atzmut dele.

Contudo, quando o Ohr Chozêr sai, Biná volta sua face de volta a Chochmá, e apenas então pode a Luz de Atzmut se expande no emanado. Logo, a Luz de Atzmut depende do Ohr Chozêr. Mas quando CHÁB voltam a estar PBP, e sua amamentação de Kéter cessa, sua Aviut é cancelada, que naturalmente cancela a Aviut no ramo, que é a Massach. Então, o Ohr Chozêr desaparece, também. Então, o Ohr Chozêr é repelido e perseguido por causa da Luz de Atzmut.

Isto irá explicar completamente as palavras do Ari, que eu apresentei acima, Item 5, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif se batem um no outro, e seu golpear gera os Kelim. Isto é porque o Ohr Pnimi é o Ohr Chochmá que se expande no emanado devido ao Ohr Chozêr. E o Ohr Makif é a Massach, que é o Kli externo, que está atado a todo o Ohr Makif que está destinado a sair para os mundos por meio de Ohr Chozêr, como escrito em Item 7.

E embora eles sejam dependentes um do outro, ou seja, o Ohr Pnimi que se expande apartir de devolver golpes CHÁB PBP dos golpes em Ohr Makif que purifica a Massach e causa a partida da Luz do mundo de Akudim, e nisso também as Reshimot de Ta’amim e de Ohr Chozêr se separam um do outro, e o Reshimô de Ohr Chozêr é rejeitado fora da presença dela, isto é abaixo de Tabúr, chamados Otiyot (letras), e estes são os Kelim.

13)          Logo, nós clarificámos completamente a razão para a partida, devido à gradual Hizdakchut da Massach até que todo o Ohr Chozêr desapareceu, e junto com ele, a Luz de Atzmut de Kéter e Chochmá de Ohr Yashár. Todavia, isso não ficou assim: seguindo o desaparecimento da Luz de Atzmut, Biná voltou sua Panim de volta para Kéter, por abundância de Ohr Chassadim, e assim, as anteriores Achoraim e Aviut voltaram para ela; por isso, a Aviut dela voltou aa Massach, também, que são o ramo dela.

Também, é sabido que o Ohr Yashár do Emanador não para de fluir ao emanado sequer por um momento. Assim, depois da Massach ter ganhado novamente sua Aviut, o Ohr Yashár de Ein Sóf foi renovado nos quatro supramencionados Bechinot, acima até ao Zivug de Ohr Chozêr. E uma vez mais, as dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr expandiram-se no mundo de Akudim. Isto é chamado Hitpashtut Bet do mundo de Akudim.

Todavia, dado que CHÁB voltaram a estar PBP por meio do supramencionado Ohr Chozêr, a Aviut e Achoraim de Biná purificaram uma vez mais,  e com isso, a Aviut de Massach, que é seu ramo. E uma vez mais, o Zivug de Haká e o Ohr Chozêr foram cancelados, e Biná volta a atrair Ohr Chassadim de Kéter. Então, a Luz de Atzmut partiu como antes.

Similarmente, assim que as Achoraim e Aviut voltaram a Biná, a Aviut foi atraída na Massach, também, e naturalmente, o Ohr Yashár renovado na Massach. Por meio disso, a Luz de Atzmut expandiu, também.

Isto é repetido similarmente: quando o Ohr Chozêr vem, a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais. E quando a Luz de Atzmut vem, o Ohr Chozêr parte. E quando o Ohr Chozêr parte, a Massach ganha novamente sua Aviut, e o Ohr Chozêr é renovado, e a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais, e assim por diante. Acontece que esta segunda Hitpashtut é como uma chama constante movendo para trás e diante. É por isso que o Ari diz que Ohr Pnimi e Ohr Makif que estão atadas em um Kli golpeiam e batem uma na outra.

Isto clarifica a grande diferença entre Hitpashtut Álef de Akudim que estava no nível de Kéter, dado que o Ohr Yashár acasalou com a Massach de Bechiná Dálet, e a presente Hitpashtut, que está apenas no nível de Chochmá. Isto é porque a inteira Aviut da Massach é apenas uma Hitpashtut da Aviut de Biná, como na Aviut de ZA, que estende apenas o nível de Ohr Chochmá, como está escrito em Item 8. Mas esta Luz, também, não é constante. Em vez disso, ela é como uma chama que se movimenta para diante e trás. Isto explica completamente que a questão da Hitpashtut Bet de Akudim é continuada da partida da Hitpashtut Álef em si  mesma.

14)          Agora nós podemos compreender as palavras do Ari em Sha’ar Nikudim, Capítulos Um e Dois, que AK se restringiu a si mesmo e ergueu todas as Luzes de baixo de Tabúr ao Tabúr e Acima, e elas subiram como MAN a AB de Galgalta. Lá,  ele colocou um limite (cortina) nos seus internos e a Luz que subiu de NH’’Y saiu através dos Eynaim, até que se estendeu abaixo de Tabúr, e espalharam-se nas dez Sefirot do mundo de Nekudim.

E da Luz que foi renovada ao erguer MAN, ela espalhou-se também e fendeu a Parsá, e desceu abaixo de Tabúr, que se espalha através dos Nekavim (buracos) de Tabúr e Yessód, para dentro das dez Sefirot do mundo de Nekudim. Estas duas Luzes compreendem as dez Sefirot de Nekudim. Estas duas Luzes e este novo Tzimtzum requerem grande detalhe, que será feito a seu tempo. Aqui eu explicarei como necessário neste lugar.

Foi já explicado que as Luzes abaixo de Tabúr de AK são as Otiyot e Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô de Kéter e os Ta’amim no Reshimô de Chochmá e Nekudot. Até que elas sairam abaixo no inteiro Reshimô de Kéter, e este lugar de saída é chamado NEH’’Y e “abaixo de Tabúr.”

Agora, depois de Hitpashtut Bet – que é apenas Ohr Chochmá em Kli de Kéter – ter voltado ao mundo de Akudim, a equivalência entre as Reshimot de Ta’amim e as Reshimot de Nekudot foi feita uma vez mais. Isto é porque eles são ambos considerados Chochmá, e assim todos os KACHÁB ZON de Reshimot de Nekudot abaixo de Tabúr foram atraídos, subiram, e reconectaram-se com as Reshimot Acima de Tabúr. É por isto que o Ari diz que AK ergueu a Luz de baixo de seu Tabúr para Acima de seu Tabúr.

Contudo, nós precisamos compreender porque é isso chamado Tzimtzum. A coisa é que existem dois discernimentos nestes Nitzotzin que subiram. O primeiro é um Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr que permaneceu no próprio Tabúr, que ele é Malchut de Akudim e Bechiná Dálet. A Luz de Hitpashtut Bet não a alcança, dado que ela é de Bechiná Guimel, e tem Aviut da Hitpashtut de Achoraim de Biná. O segundo discernimento é Nitzotzin de CHÁB e ZON que é de Bechiná Guimel, como está escrito em Itens 11 e 12.

Logo, assim que CHÁB ZON de Nitzotzin subiram, as Luzes aumentaram lá mais que antes, devido à Aviut que foi acrescentada a elas por sua queda abaixo de Tabúr. E portanto, o Nitzotzin de Kéter no Tabúr, que é Bechiná Dálet, estenderam lá, também. E naturalmente, a Luz de Ohr Yashár de Ein Sóf, que nunca pára, foi espalhada e renovada sobre eles. Então, o Zivug de Ohr Chozêr foi feito em Bechiná Dálet, e como um resultado, dez novas Sefirot emergiram no nível de Kéter, como em Hitpashtut Álef.

Então, você vê como duas Bechinot de dez Sefirot foram feitas dos Nitzotzin que subiram: dez Sefirot no nível de Chochmá foram feitas dos CHÁB ZON de Nitzotzin que foram corrigidos na sua ascensão sozinhos, dado que eles são de Bechiná Guimel, como Hitpashtut Bet, e dez novas Sefirot no nível de Kéter foram feitas dos Nitzotzin de Kéter.

Estes dois Partzufim são as raízes dos Partzufim AVI e YESHSUT de Atzilut. O novo Partzuf no nível de Kéter é AVI, e é chamado Chochmá e Aba de Atzilut. E o Partzuf da velha Luz, no nível de Chochmá, é YESHSUT, e é chamado Biná e Ima de Atzilut.

Com estas raízes você irá compreender o que está escrito na Idra Zuta, que Aba trouxe Ima para fora devido a seu filho, e o próprio Aba foi feito como uma espécie de macho e fêmea. Isto é assim porque o Partzuf Superior, que está no nível de Kéter, chamado Aba, foi feito como uma espécie de macho e fêmea, dado que ele elevou Bechiná Dálet – Nukva e Malchut – até ele. E Biná, o Partzuf inferior, cujo nível está abaixo de Kéter, abandonou Aba por causa da Nukva, que é Bechiná Dálet, que termina e detém a Luz Superior de se expandir abaixo dela. É por isso que esta Bechiná Dálet é chamada Parsá, sem o Nekev (buraco) que existem em Bechiná Bet. E por causa desta Parsá, YESHSUT não veste a Luz de Kéter.

Acontece que Bechiná Bet, que é Biná, na qual a Tzimtzum Álef não se aplicou de todo, se tornou agora deficiente, dado que ela foi restringida, também, pois ela está abaixo de Bechiná Dálet. Foi por isto que o Ari disse que AK se restringiu a si mesmo ao erguer Luz de abaixo de Tabúr, relativamente a Bechiná Bet que foi agora restringida devido à ascensão de MAN.

15)          Você deve conhecer a grande diferença entre Rosh e Guf. O Rosh é chamado GAR, e o Guf é chamado VAK, ZAT, ou ZON. O Guf em si mesmo está dividido em GAR e ZON, também.

A raiz desta divisão é que acima até o Pê – Malchut – a estrutura é feita essencialmente de Ohr Yashár. E o Ohr Chozêr que sobe e se junta ele é apenas um veste em relação a ele e oposto a ele, o Guf, que ela é Hitpashtut da Massach em si mesmo, na mesma extensão que ele veste as Sefirot de Rosh. Assim, ele é feito principalmente de Ohr Chozêr, e as dez Sefirot de Ohr Yashár são como seus ramos.

Embora ele seja chamado ZON, ele é essencialmente apenas Malchut. Isto é assim porque não há Luz de Malchut na realidade de todo, exceto com NEH’’Y de   ZA que se unem com ela num Zivug de Haká. Assim, os dois são considerados como um que se expandem por meio do Ohr Chozêr. E foi já explicado acima que a Massach detentor e o Ohr Chozêr que emerge como um resultado dele não são atribuídos ao Emanador, mas apenas ao emanado. Por esta razão, o Rosh é considerado como a Atzmut da Luz do Emanador, e o Guf é considerado apenas como o ato do emanado em si mesmo.

Agora você compreende os cinco inclusivos Partzufim de AK, chamados Galgalta, AB, SAG, MA, e BON, e a ordem de sua criação e veste de uns e outros, como eles estão interligados e emergem um do outro por meio de causa e consequência. Isto é assim por causa de Seu uno, único, e unificado Pensamento – cuidadosamente explicado em Panim Masbirot, Ramo Um – que é de deleitar Suas criações. Este Pensamento é a raiz do Kli, e de Tzimtzum Álef que ocorreu em Bechiná Dálet, embora indiretamente, como está escrito lá em Item 7, como na alegoria sobre o homem rico. Veja em Item 8, que este único Pensamento engloba o todo da realidade, todos os mundos, e todas as muitas formas e condutas até ao fim da correção, quando todas elas se reunirem com a Luz de Ein Sóf de antes do Tzimtzum, em simples união, em uma forma que se encontra Acima de nós – “de deleitar Suas criaturas.”

E imediatamente seguindo o Tzimtzum em Bechiná Dálet, que é a Gadlut (maturidade, amadurecimento) do desejo em Malchut de Ein Sóf, quatro formas de gradações apareceram no Reshimô que foi esvaziado da Luz – no Kli. Elas são chamadas CHÁB, ZA, e Malchut, e elas contêm Ohr Pnimi e Ohr Makif, logo doze formas.

Posteriormente, a Luz estendeu-se sobre o supramencionado Reshimô, abaixo até ao ponto de Tzimtzum, dado que Sua Luz não para de todo, e recorde-se disso. Então a fina linha estendeu-se para dentro do Reshimô, e ela é chamada “fina” porque a Luz de Atzmut estende-se ao emanado apenas no Ohr Chozêr que sobe num Zivug  da Massach. E pelo poder do Ohr Chozêr, o Tzélem de AK foi revelado na forma de Partzuf Galgalta, que é chamado, no exemplo, “o princípio da linha.”

Ele expande sobre os vinte e cinco discernimentos, dado que existem KACHÁB ZON em cumprimento e existem KACHÁB ZON em espessura. Como  nós dissemos, porque Malchut voltou a ser Kéter, cada um KACHÁB ZON se expande em dez Sefirot até Kéter, e isso é chamado no exemplo, Galgalta, Eynaim, ACHAP, ou Galgalta, AB, SAG, MA, e BON. O nível de cada deles alcança Galgalta, e suas Luzes emergem da interioridade deste emanado, como foi explicado em Panim Masbirot, Ramo Três, Item 2, p. 32, a respeito da ordem da suscitação de Luzes devido à Hizdakchut da Massach.

16)          E assim começa a suscitação de AB. Suscitação diz respeito a carência. Devido à Hizdakchut de Bechiná Dálet do AK Interno, chamada Pê, ela recebeu Aviut de Bechiná Guimel. E depois da Luz de Ein Sóf ser atraída sobre este Massach, novas dez Sefirot emergem no nível de Chochmá, chamadas AB. Acontece que o AB que sai  é subtraído do AB que permanece dentro de AK, no nível de  Kéter.

Logo, o Kéter de AB externo veste Chochmá de Galgalta, e espalha-se até o Tabúr do AK Interno. E ele, também, contém vinte e cinto Bechinot de seus dez Sefirot de Ohr Yashár, que são seus Galgalta, Eynaim, Ózen, Chótem, Pê, cada um deles se espalha pelo poder do Ohr Chozêr sobre as cinco Bechinot, até Kéter de  AB.

Todavia, o Kéter geral do AK Interno permanece revelado, e nele é discernido Rosh e Guf também. Do Pê para baixo, ele é chamado Guf, dado que ele é apenas Hitpashtut da Massach sozinho. Assim, o Ohr Pnimi e Ohr Makif estão atados lá apenas na Bechiná Dálet de AB sozinho. É por isso que eles tinham de partir uma vez mais,   e isto é chamado “o mundo de Nekudim,” sendo ZON e Guf de AB Externo.

Também, foi já explicado que a Aviut voltou aa Massach depois da Histaklut de seu Guf, e uma segunda Hitpashtut ocorreu lá, como está escrito em Itens 13 e 14. Ele estende as Luzes abaixo de Tabúr para Acima de Tabúr, e por esta ascensão, os AVI Superiores são corrigidos. Uma Parsá foi espalhada por baixo deles, e YESHSUT é da Parsá ao Tabúr. Toda esta ascensão é chamada “Partzuf SAG Externo,” isto é, que ele abandonou seu grau anterior, que, no AB externo era Biná no nível de Kéter Chochmá, que é a Luz de Ózen até Shibolet há Zakan.

Contudo, neste Partzuf, que foi feito dos Nitzotzin que caíram das Luzes de  Pê do AB Externo, dado que Biná deste Partzuf está abaixo de todas as dez Sefirot de AVI Superiores, logo ela é carente do Kéter. Então, seu lugar é de Pê para baixo, isto  é de Shibolet ha Zakan, que é a Galgalta dele.

E como que o AB Externo veste apenas Malchut do Kéter geral e os Nove Superiores permanecem revelados, também o SAG Externo não veste apenas Malchut de Kéter de AB, ou seja, de Pê para baixo, e o seu Nove Superiores, que são o todo do Rosh, permanece revelado. E como o AB tirou seus ramos através das Se’arot (cabelo) Rosh, estas SAG tiraram seus ramos através das Se’arot ACHAP, que serão exaltados no seu lugar. Este é o significado da Luz que é retirada deles devido a sua saída, comparada à Superior que lá permanece nas Se’arot como circundantes, como circundante de retorno.

E este SAG veste o AK de Shibolet ha Zakan até seu fim. Isto significa que suas Bechiná Rosh, que são GAR, se estendem até Tabúr, que estão no valor de Galgalta, Eynaim, Ózen, e Chótem. Seu Pê expande-se por si mesmo em dez Sefirot de Guf, como o Pê de AB Externo. E o caso das Luzes do Pê de SAG externo, como no caso das Luzes de Pê de AB Externo, que devido a eles estarem atados em um único Kli, houve gradual Hizdakchut da Massach neles também, até que foi purificado em Bechiná Kéter, e a inteira Hitpashtut desapareceu.

Este é o significado da quebra dos vasos e a queda dos 248 Nitzotzin. Todavia, isto aconteceu apenas na Bechiná ZON deles, e não no GAR deles, devido à correção da Parsá, como será exaltado no seu lugar. Posteriormente, os Nitzotzin que caíram do Pê de SAG Externo se estenderam e subiram também, na forma de MAN, no lugar deles, que então o novo MA saiu, e as dez Sefirot de Atzilut foram estabelecidas na forma de doze Partzufim.

Logo, todas as anteriores Bechinot estão incluídas no mundo de Atzilut, como está escrito em A Árvore da Vida, E o mundo de Briá foi impresso do mundo de Atzilut, de uma maneira que tudo o que existe em Atzilut é impresso em Briá. Yetzira é impresso de Briá, Assiá é impresso de Yetzira, e, portanto, não há nenhuma realidade ou lidereança nos inferiores que não esteja diretamente relacionado aos Superiores, que d’Ele derive e se estenda até sua essência  inferior.

É por isto que nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto é assim porque tudo o que se estende de um mundo Superior até um inferior, se estende por meio de Zivúgim (plural de Zivug). Mas os mundos estão divididos em interioridade e exterioridade. A interioridade dos mundos, de Atzilut para baixo, não se estende por meio de um Zivug de Haká na Massach, mas por meio de Zivug de Yessódot (plural de Yessód). Mas a exterioridade, que se estende de mundo para mundo, estendes-se por meio de um Zivug de Haká.

Este é o significado do golpear, e é por isso que nossos sábios meticulosamente afirmaram que o anjo no mundo de Yetzirá, que é a raiz da folha  de grama no mundo de Assiá, doa sobre ela e nutre-a na forma de Zivug de Haká. Por outras palavras, ele lhe golpeia e diz, “Cresça!” dado  que dizer significa doar.

Então, a questão de causa e consequência em Galgalta, AB, SAG de AK foi cuidadosamente explicada, e a qualidade deles de se vestir um sobre o outro. Cada inferior tem o valor de ZON do Superior, que se estende apenas dos Nitzotzin das Luzes do Pê do Superior.

E foi clarificado que no surgimento de AB, a Massach estava incluído em Bechiná Guimel. E no surgimento de SAG, a Massach estava incluído em Bechiná Bet, até Nukva de Aba. E no surgimento de MA de dentro para fora, a Massach estava incluído em Bechiná Álef. Isto será explicado no seu  lugar.

Também, Malchut de Bechiná Guimel é chamado Tabúr, de Bechiná Bet é chamado Parsá, e de Bechiná Álef é chamado Kruma (crosta). Não há nada mais a acrescentar aqui; Eu apenas atei as questões nas suas raízes de uma fácil e breve maneira. Esta é minha intenção neste lugar; mas dentro do livro, as questões são explicadas elaboradamente.

TALMUD ESÊR SEFIROT, PARTE UM, HISTAKLUT PNIMIT*

Do livro “Cabala Para o Estudante”

Primeiro, você deve saber que quando lidando com assuntos espirituais que não dizem qualquer respeito a tempo, espaço e movimento, e além do mais, quando lidando com a Divindade, não temos as palavras pelas quais expressar e contemplar. O nosso vocabulário inteiro é retirado de sensações de sentidos imaginários. Assim, como podem eles nos ajudar onde o sentido e a imaginação  não reinam?

Por exemplo, se você pegar na mais subtil das palavras, nomeadamente “luzes,” esta contudo se assemelha e empresta da luz do sol, ou uma luz emocional  de satisfação. Então, como podem elas ser usadas para exprimir os assuntos Divinos? Elas certamente falhariam em proporcionar ao leitor algo  verdadeiro.

Isto é ainda mais verdadeiro num lugar em que estas palavras deveriam revelar as negociações na sabedoria impressa, como é feito com qualquer investigação da sabedoria. Se falharmos em até uma única palavra inadequada, o leitor será instantaneamente desorientado e não encontrará suas mãos e pernas em todo este assunto.

Por essa razão, os sábios da Cabalá escolheram uma linguagem especial, à qual chamamos “a linguagem dos ramos.” Não há uma essência ou uma conduta de uma essência neste mundo que não comece na sua raiz no Mundo Superior. Além do mais, o principio de todo o ser neste mundo começa do Mundo Superior e então desce a este mundo.

Então, os sábios acharam uma linguagem adequada sem problemas pela qual eles poderiam transmitir as suas realizações um ao outro por palavra oral e em escrita de geração para geração. Eles pegaram nos nomes dos ramos neste mundo, em que cada nome é autoexplicativo, como se apontando à sua Raiz Superior no sistema dos Mundos Superiores.

Isso deve apaziguar a sua mente em respeito às expressões perplexas que frequentemente encontramos nos livros da Cabalá, e algumas que são até estranhas ao espírito humano. Isso é porque uma vez que eles escolheram esta linguagem para se exprimirem a si mesmos, nomeadamente, a linguagem dos ramos, eles não poderiam mais deixar um ramo inutilizado devido ao seu grau inferior. Eles não podiam evitar usá-lo para exprimir o conceito desejado quando o nosso mundo sugere que nenhum outro ramo seja tomado no seu  lugar.

Tal como dois cabelos não se alimentam do mesmo forâmen, não temos dois ramos que se relacionem à mesma raiz. É também impossível exterminar o objeto na sabedoria que é relacionado a essa expressão inferior. Tal perda infligiria prejuízo e confusão em todo o reino da sabedoria, uma vez que não há outra sabedoria no mundo em que os assuntos estejam tão entremeados por causa e efeito, razão e consequência como na sabedoria da Cabalá. Os assuntos estão interligados e atados uns aos outros do alto a baixo como uma longa cadeia.

Então, não há liberdade de escolha aqui para trocar e substituir os maus nomes com uns melhores. Devemos sempre providenciar o ramo exato que aponta à sua Raiz Superior e elaborar sobre esse até que a definição exata seja proporcionada para a análise do leitor.

Certamente, aqueles cujos olhos ainda não foram abertos para as vistas do Céu, e ainda não adquiriram proficiência nas ligações dos ramos deste mundo com suas raízes nos Mundos Superiores são como os cegos raspando as paredes. Eles não compreenderão o verdadeiro significado de sequer uma única palavra, pois cada palavra é um nome de um ramo que se relaciona à sua  raiz.

Apenas se eles receberem uma interpretação de um sábio genuíno o qual se faz de si mesmo disponível para explicar na linguagem falada, que é necessariamente como traduzir de uma língua para outra, da linguagem dos ramos para a linguagem falada. Apenas então será ele capaz de explicar o termo espiritual como este o é.

Foi isso que me preocupei em fazer nesta interpretação, para explicar as dez Sefirot como o Divino sábio o Ari nos instruiu, na sua pureza espiritual, desprovido de quaisquer termos tangíveis. Então, qualquer principiante pode abordar a sabedoria sem cair em qualquer materialização ou engano. Com o entendimento destas dez Sefirot, um irá também chegar a examinar e saber como compreender as outras questões nesta sabedoria.

CAPITULO UM

“Saiba que antes das emanações serem emanadas e as criaturas criadas, uma Superior Luz Simples tinha preenchido o todo da realidade” (A Árvore da Vida). Estas palavras requerem explicação: Como houve uma realidade que a Luz Simples tenha preenchido antes dos mundos serem emanados? Também, a questão da aparição  do desejo de ser restringido de forma a trazer a perfeição das Suas ações à luz. Está implícito no livro que já havia certo desejo aqui.

Também, o problema do ponto médio nEle, onde a restrição ocorreu, é bastante perplexo, pois ele já tinha dito que não havia nem principio ou fim ali, então como havia um meio? Certamente estas palavras são mais profundas que o oceano, e devo desta forma elaborar na sua  interpretação.

Não há uma única coisa no todo da realidade que não esteja contido em Ein Sóf. Os termos contraditórios no nosso mundo são contidos nEle na forma de Um, Único e  Unificado.

1)            Saiba que não há uma essência de um único ser no mundo, tanto os percebidos pelos nossos sentidos e os percebidos pelo nosso olho da mente, que não esteja incluída no Criador, pois todos eles vêm até nós dEle, e pode um dar o que não está nEle?

Devemos compreender os conceitos que são separados ou opostos para nós. Por exemplo, o termo, “sabedoria” é considerado como diferente do termo, “doçura”, pois sabedoria e doçura são dois termos separados. Similarmente, o termo, “operador”, certamente difere do termo, “operação”. O operador e sua operação são necessariamente dois conceitos separados. Isto é ainda mais assim com termos opostos tais como “doce” e “amargo”; estes são certamente examinados separadamente.

Contudo, nEle, sabedoria, prazer, doçura e pungência, operação e operador, e outras tais diferentes e opostas formas são todas contidas como um na Sua Simples Luz. Não existem quaisquer diferenciações entre eles, como é o termo “Um, Único  e Unificado”.

“Um” indica uma uniformidade singular. “Único” implica que tudo que se estende dEle, todas estas multiplicidades estão nEle tão singulares como Sua Essência. “Unificado” mostra que embora Ele execute muitas operações, há uma Força que executa todas estas, e todas elas voltam e se unem na forma de Um. Certamente, esta uma forma engole todas as formas que aparecem nas Suas Operações.

Este é um assunto muito subtil e nem toda a mente o pode tolerar. O Ramban já nos tinha explicado o assunto da Sua singularidade, como expresso nas palavras, “Um, Único e Unificado”.

Há uma diferença entre “Um”, “Único”, e “Unificado”:

  • Quando Ele se une para agir com Uma Força, Ele é chamado “Unificado”.
  • Quando Ele se divide para acionar a Sua ação, cada parte d’Ele é chamada “Única”.
  • Quando Ele está em numa uniformidade singular, Ele é chamado “Um”.

Interpretação: “Unindo para agir com Uma Força”, quando Ele trabalha para dar, como é digno da Sua Unicidade, e Suas operações são imutáveis, quando Ele “divide para acionar a Sua ação”, isto é quando as Suas operações diferem, e Ele aparenta estar a fazer bem e mal, então Ele é chamado “Único”, uma vez que todas as Suas diferentes operações têm um resultado singular:  beneficiar.

Nós descobrimos que Ele é único em toda a ação singular e não muda pelas Suas várias operações. Quando Ele está numa uniformidade singular, Ele é chamado “Um”. Um aponta à Sua Essência, em que todos os opostos estão numa uniformidade singular. É como o Rambam escreveu, “NEle, conhecedor, conhecido e conhecimento são um, pois Seus Pensamentos são de longe mais Elevados que os nossos pensamentos, e Suas maneiras mais Elevadas que as nossas  maneiras”.

Dois discernimentos em  doação: antes que seja recebido e depois de ser recebido.

2)            Devemos aprender dos que comeram o manná. Manná é chamado “Pão do céu” pois este não materializou quando vestindo neste mundo. Nossos sábios disseram que todo e cada um provou tudo o que ele ou ela queriam provar nele.

Isso significa que ele tinha de ter formas opostas nele: uma pessoa provou doce e a outra provou-o como acre e amargo. Então, o manná em si mesmo tinha de ter sido contido de ambos os opostos juntos, pois pode um dar o que não está nele? Então, como pode haver dois opostos no mesmo  portador?

É desta forma uma obrigação que seja simples e desprovida de ambos os sabores, mas esteja apenas incluída neles de certa maneira que o receptor corpóreo possa discernir o sabor que ele ou ela quer. Da mesma maneira, você pode perceber o que quer que seja espiritual: é único e simples em si mesmo, mas consiste da inteira multiplicidade de formas no mundo. Quando caindo na mão de um corpóreo, receptor limitado, o receptor discerne uma forma separada nele, ao contrário de todas as outras formas unidas naquela essência espiritual.

Devemos desta forma distinguir sempre dois discernimentos na Sua doação:

  1. A forma da Essência dessa Abundância Superior antes de ser recebida, quando ela é ainda inclusiva Luz Simples.
  2. Depois da Abundância ter sido recebida, e então adquiriu uma forma separada de acordo com as propriedades do receptor.

Como podemos nós perceber a alma como uma parte da  Divindade?

3)            Agora podemos chegar ao entendimento do que os Cabalistas escreveram acerca da essência da alma: “A alma é uma parte de Deus Acima e não é de todo alterada do Todo, exceto que a alma é uma parte e não o Todo”. É como uma pedra que é cravada de uma montanha: a essência da pedra e a essência da montanha são   a mesma e não há distinção entre a pedra e a montanha, exceto que a pedra é apenas uma parte da montanha e a montanha é o todo.

Estas palavras parecem completamente perplexas. É mais difícil compreender como partes e diferenças podem ser discernidas na Divindade ao ponto de assemelharem estas a uma pedra que é cravada de uma montanha por um machado  e uma marreta. Mas na Divindade, como e o que as separaria uma da outra?

O espiritual é dividido por Diferença de Forma, como o corpóreo é dividido por um machado.

4)            Antes que venhamos a clarificar o assunto, explicaremos a essência da separação na espiritualidade: Saiba que entidades espirituais se tornam separadas uma da outra apenas por Diferença de Forma. Em outras palavras, se uma entidade espiritual adquire duas formas, não é mais uma, mas duas.

Deixem-me explicá-lo nas almas das pessoas, que são também espirituais: É sabido que a forma da lei espiritual é simples. Certamente, existem tantas almas como existem corpos, onde as almas brilham. Todavia, elas são separadas uma da outra pela Diferença de Forma em cada uma delas, como os nossos sábios disseram, “Como suas faces não são as mesmas, suas opiniões não são similares”. O corpo pode discernir a forma das almas e dizer se cada alma especifica é uma boa alma ou uma alma má e similarmente com as várias formas.

E você vê que assim como um assunto corpóreo é dividido, cortado, e torna- se separado por um machado e movimento que aumentam a distância entre cada parte, um assunto espiritual é dividido, cortado, e separado pela Diferença de Forma entre cada parte. De acordo com a medida de disparidade, assim é a distância entre cada duas partes.

Como pode haver Diferença de Forma na Criação em respeito  a Ein Sóf?

5)            É agora claro neste mundo, nas almas das pessoas. Porém, na alma, que é uma parte do Deus Acima, é ainda pouco claro como é ela separada da Divindade  ao ponto que lhe podemos chamar “uma Parte Divina”. Não devemos dizer, “por Diferença de Forma”, uma vez que já dissemos que a Divindade é Luz Simples, que contem toda a multiplicidade de formas e formas opostas no mundo na Sua Simples Singularidade, como em “Um, Único e Unificado”. Então, como podemos nós descrever Diferença de Forma na alma, fazendo-a diferente da Divindade, interpretando-a distinta, para lá adquirir uma parte dEle?

Certamente, esta questão aplica-se principalmente à Luz de Ein Sóf antes do Tzimtzum (restrição), pois na realidade perante nós, todos os mundos, Superiores e inferiores, se distinguem por dois discernimentos:

  1. O primeiro é a forma de toda esta realidade, como é antes do Tzimtzum. Nessa altura, tudo era sem fronteiras e sem fim. Este discernimento é chamado, “a Luz de Ein Sóf”.
  2. O segundo discernimento é a forma desta realidade inteira do Tzimtzum para baixo. Então tudo se tornou limitado e medido. Este discernimento é chamado os quatro mundos, Atzilut, Briah, Yetzirah, Assiá.

É sabido que não há pensamento e qualquer percepção na Sua Essência, e nenhum nome e apelação está nEle. E o que não alcançamos, como podemos definir por um nome? Um nome implica obtenção, indicando que o alcançamos como esse nome.

Então, é certo que não há qualquer nome e apelação na Sua Essência. Em vez, todos os nomes e apelações são apenas a Sua Luz, que se expande dEle. A expansão da Sua Luz antes do Tzimtzum, que preencheu toda a realidade sem barreiras e sem fim é chamada Ein Sóf. Então devemos compreender como a Luz de Ein Sóf é definida em si mesma e deixou Sua Essência, assim podemos defini-la por um nome, como dissemos sobre a alma.

Explicação das palavras: “Então, trabalho e labor foram preparados para a recompensa das almas, dado que ‘Aquele que come o que não é seu, tem medo de olhar na sua face.’”

6)            Para de alguma forma compreender este lugar sublime, devemos avançar em detalhe adicional. Investigaremos o eixo de toda a realidade perante nós e seu propósito geral. Há um Operador sem um propósito? E qual é esse propósito, pelo qual Ele inventou toda esta realidade perante nós nos Mundos Superiores e nos mundos inferiores?

Certamente, nossos sábios já nos instruíram em muitos lugares que todos os mundos foram criados apenas para Israel, que mantêm Torá e Mitzvot. Todavia, devemos compreender esta questão dos nossos sábios, que perguntaram sobre isso: “Se o propósito da criação dos mundos é de deleitar Suas criaturas, porque criou Ele este corpóreo, turvo e atormentado mundo? Sem este, Ele certamente deleitaria as almas tanto quanto Ele quisesse; então porque trouxe Ele a alma para tal abominável e imundo corpo?”

Eles explicaram-no com o verso, “O que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua face”. Isso significa que há um defeito de vergonha em qualquer dádiva gratuita. Para poupar às almas esta deformidade, Ele criou este mundo,  onde  há  trabalho.  E  desfrutaremos  do  seu  trabalho,  pois  elas  tomam pagamento do Todo em retribuição do seu trabalho, e são então poupadas da deformidade da vergonha.

Qual é a razão entre trabalhar setenta anos e deleite eterno,visto que não há maior dádiva gratuita que esta?

7)            Estas palavras deles são perplexas por completo. Primeira perplexidade: o nosso principal objetivo e oração é, “Poupe-nos uma dádiva gratuita”. Nossos sábios disseram que o tesouro de uma dádiva gratuita é preparado apenas para as maiores almas no mundo.

A sua resposta é ainda mais perplexa: Eles disseram que há uma grande falha nas dádivas gratuitas, nomeadamente a vergonha que encontra todo receptor de uma dádiva gratuita. Para remendar isto, o Criador preparou este mundo onde há trabalho e labor, para ser recompensado pelo seu labor e trabalho no mundo vindouro.

Mas essa resposta é certamente estranha. A que se parece? É como uma pessoa que diz ao seu amigo, “Trabalha comigo apenas por um minuto, e em retribuição dar-te-ei todo o prazer e tesouro no mundo para o resto da tua vida”. Não há certamente maior dádiva gratuita que essa, uma vez que a recompensa é totalmente incomparável com o trabalho, uma vez que o trabalho é neste mundo, um transitório, mundo sem valor comparado com a recompensa e o prazer no mundo eterno.

Que valor há no mundo passageiro comparado com o mundo eterno? É ainda mais assim em respeito à qualidade do trabalho, que é sem valor comparado com a qualidade da recompensa.

Os nossos sábios disseram, “O Criador está destinado a legar a cada justo

310 mundos”. Não podemos dizer que o Criador dá certa recompensa em retribuição pelo seu trabalho e o resto como uma dádiva gratuita, pois então que bem faria isso? A deformidade da vergonha permaneceria no resto da dádiva! Certamente suas palavras não são para ser tomadas literalmente, pois há um significado profundo aqui.

Toda a realidade foi emanada e criada com um único Pensamento. Este é o Operador, este é a própria Operação, esta é a procurada recompensa, e esta é a Essência do trabalho.

8)            Devemos compreender o Seu Pensamento em criar os mundos e a realidade perante nós. Suas Operações não surgiram por muitos pensamentos, como no nosso caminho. Isto é porque Ele é Um, Único, e Unificado. E como Ele é Simples, Suas Luzes, que se estendem d’Ele, são Simples e Unificadas, sem qualquer multiplicidade de formas, como está escrito, “Meus pensamentos não são teus pensamentos, nem tuas maneiras Minhas maneiras.”

Você deve desta forma compreender e perceber que todos os nomes e apelações e todos os mundos, Superiores e inferiores, são todos Uma Luz Simples, Única, e Unificada, No Criador, a Luz que se estende, o Pensamento, a Operação e o Operador e tudo o que o coração possa pensar e contemplar, são nEle uma e a mesma coisa.

Então, você pode julgar e perceber que esta realidade inteira, Superior e inferior são uma, no estado final do fim da correção, foi emanada e criada por um Pensamento Singular. Esse Pensamento Singular executa todas as operações, é a Essência de todas as operações, o Objetivo derradeiro e Essência do trabalho. É por si mesmo a própria perfeição e a procurada recompensa, como o Rambam escreveu, “Um, Único e Unificado”.

A questão do Tzimtzum explica como uma operação incompleta surgiudo Operador Perfeito.

9)            O Ari elaborou no assunto do Tzimtzum Álef (primeira restrição), pois este é um assunto muito sério. Isso é porque é necessário que todas as corrupções e as várias deficiências se estendam e venham d’Ele, como está escrito, “Eu formo a luz,   e crio escuridão”. Mas as corrupções e a escuridão são o completo oposto d’Ele, como podem eles derivar um do outro? Também, como podem eles juntar-se com a Luz e prazer no Pensamento da Criação?

Não podemos dizer que estes sejam dois pensamentos separados. Então, como se estende tudo isso d’Ele descendo até este mundo, que está tão cheio de escória, tormento, e imundice, e como podem eles existir juntos no pensamento singular?

CAPITULO DOIS

Explicando o Pensamento da Criação.

10)         Agora vamos clarificar o Pensamento da Criação. É certo que “O fim de uma ação está no pensamento preliminar”. Mesmo nos humanos corpóreos com os seus muitos pensamentos, a ação termina no pensamento preliminar. Por exemplo, quando um constrói a sua casa, compreendemos que o primeiro pensamento neste empenho é a forma da casa para morar nela.

Desta forma, é precedida por muitos pensamentos e muitas operações até que esta forma que um tinha pré-concebido seja completada. Esta forma é o que aparece no fim de todas as suas operações; então, a ação terminou no pensamento preliminar.

A ação final, que é o eixo e o propósito pelo qual todos estes foram criados,  é o de deleitar Suas criações. É sabido que o Seu pensamento termina e age imediatamente, pois Ele não é um humano, obrigado a agir, mas o próprio Pensamento completa a ação inteira de uma vez.

Consequentemente, podemos ver que assim que Ele contemplou a criação de forma a deleitar Suas criaturas, esta Luz imediatamente se estendeu e expandiu d’Ele na completa medida e forma dos prazeres que Ele tinha contemplado. Está tudo incluído nesse Pensamento, ao qual chamamos “O Pensamento da Criação”. Saiba que chamamos a este Pensamento da Criação, “A Luz de Ein Sóf”, uma vez que não temos uma única palavra ou enunciado na Sua Essência para O definir por qualquer nome.

O desejo de doar no Emanador gera necessariamente o desejo de receber no emanado, e ela éo Kli no qual o emanado recebe a Sua Abundância.

11)         O Ari disse que no principio, uma Superior Simples Luz tinha preenchido toda a realidade. Isto significa que desde que o Criador contemplou deleitar as criações, e a Luz aparentemente se expandiu d’Ele e O abandonou, o desejo de receber os Seus Prazeres foi imediatamente impresso nesta Luz.

Você pode também determinar que este desejo é a completa medida da Luz expansiva. Por outras palavras, a medida da Sua Luz e Abundância é como a medida do Seu Desejo de deleitar, não mais e não menos.

Por esta razão, chamamos à essência daquele desejo de receber, impresso na sua Luz por meio do poder do Seu Pensamento, pelo nome, “lugar”. Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa tem um estômago suficientemente grande para comer dois quilos de pão, enquanto que outra pessoa não consegue comer mais que um quilo de pão, de que lugar estamos nós a falar? Não é do tamanho dos intestinos, mas da medida do apetite. Você vê que a medida para o lugar da recepção do pão depende da medida e do desejo de comer.

É tudo o mais assim na espiritualidade, em que o desejo de receber a abundância é o lugar da abundância, e a abundância é medida pela intensidade do desejo.

O desejo de receber contido no Pensamento da Criação trouxe-o da Sua Essência, para adquirir o nome Ein Sóf.

12)         Agora você pode ver como a Luz de Ein Sóf abandonou a Sua Essência, na qual não podemos proferir qualquer palavra, e se tornou definida pelo nome Ohr (Luz de) Ein Sóf. É porque o discernimento acima que naquela Luz há o desejo de receber, incorporado nela a partir da Sua Essência.

Esta é uma nova forma que não está toda incluída na Sua Essência, pois de quem receberia Ele?  Esta forma é também a completa medida desta Luz.

Antes do Tzimtzum, a Diferença de Forma no desejo de receber era indiscernível.

13)         Na Sua Onipotência, esta nova forma não teria sido definida como uma mudança da Sua Luz, como está escrito, “Antes que o mundo fosse criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um”.

“Ele” indica a Luz em Ein Sóf, e “Seu Nome” implica o “Lugar”, que é Malchut de Ein Sóf, sendo o desejo de receber da Sua Essência, contida na Luz de Ein Sóf. Ele conta-nos que Ele é Um e Seu Nome Um. Seu Nome, que é Malchut de Ein Sóf, sendo o desejo, nomeadamente o desejo de receber que foi imerso na realidade inteira contida no Pensamento da Criação, antes do Tzimtzum, nenhuma Diferença de Forma e diferença da Luz eram discernidas nele. E a Luz e o lugar são literalmente um. Tivesse havido qualquer diferença e carência no lugar, comparada à Luz de Ein Sóf, haveriam lá certamente dois discernimentos.

Tzimtzum significa que Malchut de Ein Sóf diminuiu o desejo de  receber nela.

Então a Luz desapareceu pois não há Luz sem um Kli.

14)         Em relação ao Tzimtzum: O desejo de receber que é contido na Luz de Ein Sóf, chamada Malchut de Ein Sóf, que é o Pensamento da Criação em Ein Sóf, que contem o todo da realidade, ornamentou-se para ascender e equalizar sua forma com a Sua Essência. Então, ela diminuiu o seu desejo de receber a Sua Abundância em Bechiná Dálet no desejo. Sua intenção era que ao assim fazer, os mundos seriam emanados e criados até este mundo.

Então, a forma do desejo de receber seria corrigida e voltaria para a forma de doação, e isso lhe traria à Similaridade de Forma com o Emanador. Então, depois  de ela ter diminuído o desejo de receber, a Luz partiu, pois é já sabido que a Luz depende do desejo, e o desejo é o lugar da Luz, pois não há coerção na espiritualidade.

CAPITULO TRÊS

Explicação da origem da alma.

15)         Agora iremos explicar a questão da origem da alma. Foi dito que esta é uma parte de Deus Acima. Nós perguntamos, “Como e no que difere a forma da alma da Sua Simples Luz, que a separa de O Todo?” Agora podemos compreender que há verdadeiramente uma grande Diferença de Forma nela. Embora Ele contenha todas as concebíveis e imagináveis formas, ainda assim, depois das palavras acima, você encontra uma forma que não está contida nEle, nomeadamente a forma do desejo  de receber, pois de quem receberia Ele?

Contudo, as almas, cuja criação veio a ser porque Ele as queria deleitar, que é o Pensamento da Criação, foram necessariamente impressas com esta lei de querer e ansiar receber a Sua Abundância. É aí que elas diferem dEle, já que sua forma mudou a partir dEle. Já foi explicado que uma essência corpórea é separada e dividida pela força do movimento e afastamento de localização, e uma essência espiritual é separada e divida pela Diferença de Forma.

A medida de Diferença de Forma determina a distância entre uma e outra. Se a Diferença de Forma torna-se completa oposição, de um extremo ao outro, elas tornam-se completamente cortadas e separadas até que não se possam mais nutrir uma da outra, pois elas são consideradas estranhas uma à outra.

CAPITULO QUATRO

Depois do Tzimtzum e a Massach (tela) que foi colocado no desejo de receber, este foi desqualificado de ser um Kli (vasos) para a recepção e abandonou o sistema da Kedushá (Santidade). Em seu lugar, o Ohr Chozêr (Luz Retornante) serve como um vaso para a recepção, e o Kli do desejo de receber foi dado ao sistema  impuro.

16)         Depois do Tzimtzum e a Massach serem colocados sobre esse Kli, chamado “desejo de receber”, ele foi cancelado e partiu do sistema puro, e o Ohr Chozêr tornou-se o vaso de recepção no seu lugar.

Saiba que esta é toda a diferença entre os puros ABYA e os impuros ABYA. Os vasos de recepção dos puros ABYA são de Ohr Chozêr que está corrigido em Similaridade de Forma com Ein Sóf, ao passo que os impuros ABYA usam o desejo  de receber que foi restringido, que é a forma oposta de Ein Sóf. Isso faz deles separados e cortados da “Vida das Vidas”, nomeadamente Ein  Sóf.

A humanidade alimenta-se dos resíduos das Klipót (cascas), e então usa o desejo de receber como elas o fazem.

17)         Agora você pode compreender a raiz da corrupção, que foi prontamente incorporada no Pensamento da Criação, que é de deleitar as Suas criaturas. Depois do cascatear dos cinco mundos gerais, Adam Kadmon e ABYA, as Klipót apareceram nos quatro mundos impuros ABYA, também, como em “Um perante o outro assim Deus os fez”.

Nesse estado, o turvo corpo corpóreo é colocado perante nós, sobre o qual está escrito, “O coração do homem é mau desde sua juventude”. Isto é assim porque todo o seu sustento desde a sua juventude vem dos resíduos das Klipót. A essência das Klipót e impureza é sua forma de querer apenas receber. Elas não têm nada do desejo de doar.

Nisso, elas são opostas a Ele, pois Ele não tem qualquer desejo de receber, e tudo o que Ele quer é dar e deleitar. Por essa razão, as Klipót são chamadas “mortas”, uma vez que sua oposição de forma da Vida das Vidas as corta d’Ele e elas não têm nada da Sua Abundância.

Então, o corpo, também, que se alimenta dos resíduos das Klipót, é também cortado da vida e está enchido de imundice. E tudo isso é devido o desejo de apenas receber e não doar impresso nele. Seu desejo está sempre aberto a receber o mundo inteiro no seu estômago. Então, “Os perversos são chamados ‘mortos’ durante suas vidas”, uma vez que a sua Diferença de Forma fundamental da sua raiz, onde eles não têm nada da forma de doação, os corta d’Ele e eles tornam-se literalmente mortos.

Embora pareça que o mal, também, tenha a forma de doação quando eles dão caridade, etc., foi dito sobre isto em O Zohar, “Qualquer graça que façam dirige- se primariamente para si mesmos e para sua própria glória”. Mas os justos, que mantêm a Torá e Mitzvot de forma a não serem recompensados, mas a dar contentamento sobre seu Fazedor, então purificam seus corpos e invertem seus vasos de recepção para a forma de doação.

Isso torna-os completamente aderentes a Ele, pois sua forma é idêntica ao seu Fazedor sem qualquer Diferença de Forma. Nossos sábios disseram sobre o verso, “Diz sobre Sião: ‘Vós sois Meu povo’”, que estão Comigo em parceria. Isto significa que os justos são parceiros com o Criador, desde que Ele iniciou a Criação e os justos a concluiu ao tornar os vasos de recepção em doação.

Toda a realidade está contida em  Ein Sóf e estende existência da existência.

Apenas o desejo de receber é novo e estende existência da  ausência.

18)         Saiba que a própria iniciação que o Criador tinha iniciado na sua Criação, a qual Ele trouxe existência da ausência, aplica-se apenas à forma do desejo de desfrutar, impresso em cada criatura. Nada mais foi gerado na Criação, e este é o significado de “Eu formo a luz, e crio a escuridão”. O Ramban interpreta a palavra, “Criador”, como uma indicação de renovação, isto é, algo que não existia anteriormente.

Você vê que não diz, “criar Luz”, dado que não há inovação nisso, como na existência da ausência. Isto é porque a Luz e tudo contido na Luz, todas as sensações agradáveis e concepções no mundo, estendem existência da existência. Isto significa que elas já estão contidas nEle e não são desta forma uma inovação. É por isso que está escrito, “formo a luz”, indicando que não há inovações ou criações  nEle.

Todavia, diz-se sobre a escuridão, que  contem toda a sensação desagradável  e concepção, “e crio escuridão”. Isso é porque Ele as inventou literalmente existência da ausência. Por outras palavras, isso não existe na Sua realidade por completo, mas foi gerado agora. A raiz de todas elas é a forma do “desejo de desfrutar”, incluído nas Suas Luzes, que se expandem d’Ele.

No principio, é apenas mais escuro que a Luz Superior e é desta forma chamado “escuridão”, comparada à Luz. Mas finalmente, as Klipót, Sitra Achra, e os perversos pendem e surgem devido a isso, que são completamente cortados da Raiz da Vida por elas, como está escrito, “e suas pernas desceram até à morte”. “Suas pernas” indicam o fim de algo. E ele diz que no fim, a morte pende das pernas de Malchut — o desejo de desfrutar, encontrado na expansão da Sua Luz — até ao Sitra Achra e os que se alimentam dela e a seguem.

Porque somos ramos que se estendem de Ein Sóf, as coisas que estão na nossa Raiz são-nos agradáveis, e as que não estão na nossa Raiz são penosas e dolorosas a nós.

19)         Podemos perguntar, “Dado que esta Diferença de Forma do desejo de receber deve estar nas criaturas, pois de que outra forma se estenderiam eles d’Ele e se desviariam de serem Criador para serem criaturas?” Isto é apenas possível na supramencionada Diferença de Forma.

Além do mais, este desejo de desfrutar é a principal essência da Criação, o eixo do Pensamento da Criação. Este é também a medida de deleite e prazer, do qual ele é chamado “um lugar”.

Então, como podemos nós dizer sobre ele que é chamado “escuridão” e se estende até à Bechiná (discernimento) da morte, uma vez que ele cria separação e interrupção da Vida das Vidas nos inferiores receptores? Devemos também compreender qual é a grande preocupação que vem até aos receptores devido à Diferença de Forma da Sua Essência, e porquê a grande  ira.

Para explicar, devemos primeiro conhecer a origem de todos os prazeres e sofrimentos sentidos no nosso mundo. É sabido que a natureza de cada ramo é igual à sua raiz. Desta forma, cada conduta na raiz é derivada e amada e cobiçada pelo ramo, também, e qualquer questão que não esteja na raiz, o ramo, também, se remove a si mesmo dele, não o tolera e o odeia.

Esta é uma lei inquebrável que se cumpre entre cada ramo e sua raiz. Porque Ele é a raiz de todas as Suas criações, tudo nEle e o que se estende d’Ele diretamente é prazeroso e agradável a nós, pois a nossa natureza é próxima à nossa Raiz. Também, tudo o que não está nEle e não se estende a nós diretamente d’Ele, mas é em vez disso oposto à própria Criação será contra a nossa natureza e será difícil para nós o tolerar.

Por exemplo, nós adoramos descansar e odiamos veementemente o movimento, ao ponto que não fazemos sequer um único movimento se não para encontrar descanso. Isto é porque a nossa Raiz é imóvel e serena; não há movimento nEle por completo. Por esta razão, isto é contra a nossa natureza e odiado por nós.

Similarmente, adoramos sabedoria, força, riqueza e todas as virtudes pois elas estão incluídas nEle, O qual é a nossa Raiz. Odiamos os seus opostos, tais como insensatez, fraqueza, pobreza, ignomínia e tudo mais, uma vez que estes não estão de todo na nossa Raiz, que faz deles desprezáveis, repugnantes, e intoleráveis a nós.

Devemos ainda assim examinar como pode haver qualquer extensão que não venha diretamente d’Ele, mas seja oposta à Criação em si mesma? É como um homem rico que chamou um pobre sujeito, o alimentou-lhe e deu-lhe bebidas, prata, e ouro todo e cada dia, e cada dia mais que no dia  anterior.

Note que este homem prova dois sabores distintos nas grandes dádivas do rico: Por um lado, ele provou prazer imensurável devido à multitude de suas dádivas. Por outro lado, é difícil para ele tolerar a plenitude dos benefícios e fica envergonhado ao a receber. Isto causa-lhe impaciência devido à plenitude dos presentes regados sobre ele a toda a hora.

É certo que seus prazer das dádivas estende-se diretamente do benfeitor rico, mas a impaciência que ele sentiu nos presentes não veio do benfeitor rico, mas da própria essência do receptor – a vergonha despertada nele por razão da recepção e da dádiva gratuita. A verdade é que isto, também, vem até ele do homem rico, é claro, mas indiretamente.

Porque o desejo de receber não está na nossa Raiz, sentimos vergonha e intolerância nisso. Os nossos sábios escreveram que para corrigir isso, Ele tem “preparado” para nós trabalho na Torá e Mitzvot neste mundo, para inverter o desejo de receber em um desejo de doar.

20)         Aprendemos que todas as formas que indiretamente se estendem a nós d’Ele apresentam uma dificuldade para a nossa paciência e são contra a nossa natureza. Com isso, você verá que a nova forma que foi feita no receptor, nomeadamente o desejo de desfrutar, não é de nenhuma maneira inferior ou deficiente comparada a Ele. Além do mais, este é o eixo principal da Sua Criação. Sem este, não haveria Criação aqui de todo. Contudo, o receptor, que é o transportador dessa forma, sente a intolerância devido ao seu “eu”, dado que esta forma não existe na sua Raiz.

Agora podemos compreender a resposta dos nossos sábios que este mundo foi criado porque “o que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na sua face”. Eles referiam-se à Diferença de Forma no desejo de desfrutar, que existe necessariamente nas almas, uma vez que “o que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua face”.

Então, qualquer receptor de um presente está envergonhado quando o recebendo, devido à Diferença de Forma da Raiz, uma vez que a Raiz não contem essa forma de recepção. Para a corrigir, Ele criou este mundo, onde a alma vem e veste  um  corpo.  E  por  meio  da  prática  na  Torá  e  Mitzvot  de  forma  a  trazer contentamento ao Seu Fazedor, os vasos da alma de recepção tornam-se em vasos de doação.

Então, por si mesma, ela não quis a distinta abundância, contudo ela recebe a abundância de forma a trazer contentamento ao seu Fazedor, que deseja que todas as almas desfrutem da Sua Abundância. Porque ela está purificada da vontade de receber para si mesma, ela não está mais receosa de olhar para a Sua face, e então revela a perfeição completa da criatura. E a falta e a necessidade de pender todo o caminho abaixo até a este mundo, com o grande trabalho de tornar a forma de recepção na forma de doação, pode apenas ser concebido  neste mundo.

Os perversos são duplamente destruídos, e os justos duplamente herdam.

21)         Venha e veja que os perversos são duplamente destruídos, pois eles seguram ambas as pontas da corda. Este mundo é criado com uma vontade e um vazio de toda a boa abundância, e para adquirir posses precisamos de movimento.

Todavia, é sabido que profusão de movimento doi ao homem, pois esta é uma extensão indireta da Sua Essência. Todavia, é também impossível permanecer desprovido de posses e bens, pois isso, também, está em contraste com a Raiz, uma vez que a Raiz é preenchida abundantemente. Então, escolhemos o tormento do movimento de forma a adquirir o preenchimento das  posses.

Contudo, porque todas as suas posses são só para si mesmos, e “o que tem cem quer duzentos”, um morre finalmente com menos de “metade do seu desejo na sua mão”. No fim, eles sofrem de ambos os lados: da dor do movimento aumentado, e da dor da carência de posses, metade da qual lhes  falta.

Mas os justos herdam duplamente na sua terra. Em outras palavras, uma vez que tornam seu desejo de receber num desejo de doar, e o que eles recebem é em prol de doar, então eles herdam duplamente. Não apenas alcançam eles a perfeição dos prazeres e diversas posses, eles também adquirem Similaridade de Forma com seu Fazedor. Então, eles chegam à verdadeira Dvekút (Adesão) e estão em repouso, também, dado que a abundância vem até eles por si mesma, sem qualquer movimento ou esforço.

CAPITULO CINCO

O Pensamento da Criação compele cada item na realidade a derivar um do outro até ao fim da correção.

22)         Agora compreendemos o poder da Sua Singularidade, que Seus Pensamentos não são nossos pensamentos e toda a multiplicidade de matérias e formas que percebemos nesta realidade perante nós estão unidos nEle dentro de um Pensamento Singular, sendo o Pensamento da Criação deleitar Suas criaturas. Este Pensamento Singular engloba o todo da realidade em união perfeita até ao fim da correção, pois este é verdadeiramente o propósito da Criação, e este é o Operador, como a Força que opera nos operados. Isto é porque o que é meramente um Pensamento nEle é uma lei vinculativa nas criaturas. E uma vez que Ele contemplou deleitar-nos, ocorreu necessariamente em nós receber a Sua Boa  Abundância.

E esta é a operação. Isto significa que depois desta lei do desejo de receber prazer ter sido impressa em nós, nós definimo-nos a nós mesmos pelo nome, “operação”. Isto é porque por meio desta Diferença de Forma, deixamos de ser um Criador e tornamo-nos uma criatura, deixamos de ser o Operador e tornamo-nos a operação.

E este é o labor e o trabalho. Devido à força que opera nos operados, o desejo de receber aumenta em nós à medida que os mundos pendem, até que nos tornássemos um corpo separado neste mundo, oposto em forma da Vida das Vidas, que não doa fora de si mesma de todo, e trás morte aos corpos e a todo o tipo de tormento e trabalho à alma.

Este é o sentido de servir o Criador na Torá e Mitzvot. Por meio da iluminação da linha no lugar restringido, os Nomes Sagrados — Torá e Mitzvot — estendem-se. Ao laborar na Torá e Mitzvot para doar contentamento ao Fazedor, nossos vasos de recepção gradualmente se tornam vasos de doação, e esta é a procurada recompensa.

Quão mais corruptos nossos vasos de recepção são, mais não conseguimos abrir nossas bocas para receber Sua Abundância. Isto é assim devido ao medo da Diferença de Forma, como em “O que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na sua face”. Esta foi a razão para Tzimtzum Álef, mas quando corrigimos os nossos vasos de recepção a estar em prol de doar, então equalizamos nossos Kelim com o seu Fazedor e tornamo-nos dignos de receber Sua Abundância ilimitadamente.

Então você vê que todas estas formas opostas no todo da Criação perante nós, nomeadamente a forma do operador e operado, e a forma das corrupções e correções, e a forma do trabalho e sua recompensa, todas estão incluídas no Seu Pensamento Singular. Em simples palavras, é “de deleitar Suas criaturas”, precisamente isso, não mais nem menos.

A multiplicidade inteira de conceitos está também incluída nesse Pensamento, ambos os conceitos na nossa Santa Torá, e os dos ensinamentos seculares. Todas as muitas criações e mundos e várias condutas em todo e cada uma, derivam deste Pensamento Singular.

Malchut de Ein Sóf significa que Malchut não coloca qualquer fim  lá.

23)         Todavia, podemos nós reconhecer uma Malchut em Ein Sóf? Isso significaria que lá estão as Nove Sefirot Superiores, também! Das nossas palavras, torna-se muito claro que o desejo de receber que está necessariamente incluído na Luz de Ein Sóf é chamado Malchut de Ein Sóf. Lá, contudo, Malchut não colocou uma barreira ou um fim sobre essa Luz de Ein Sóf, dado que a Diferença de Forma devido ao desejo de receber não se tornou aparente nela. É por isso que é chamada Ein Sóf, porque Malchut não colocou um fim lá. Inversamente, do Tzimtzum para baixo, um fim foi feito em cada Sefira e Partzuf pela força de Malchut.

CAPITULO SEIS

É impossível para o desejo de receber aparecer em qualquer essência, exceto em quatro Bechinot (discernimentos), que são as quatro letras de HaVaYaH.

24)         Compreendamos completamente o fim que ocorreu em Malchut. Primeiro, iremos explicar o que os Cabalistas determinaram, que não há Luz, grande ou pequena, nos Mundos Superiores ou nos mundos inferiores, que não seja organizada pela ordem do nome de quatro letras, HaVaYaH.

Isto anda de mão dada com a lei de que não há Luz nos mundos que não esteja revestida num Kli. Eu já expliquei a diferença entre a Sua Essência e a Luz que expande d’Ele. Isso acontece apenas devido ao desejo de desfrutar que está contido na Sua Luz expansiva, sendo uma Diferença de Forma da Sua Essência, A qual não tem esse desejo.

A Luz expansiva é definida pelo nome “emanado” pois esta Diferença de Forma impede a Luz de ser o Emanador para ser o emanado. É também explicado que o desejo de desfrutar, incluído na Sua Luz, é também a medida da grandeza da Luz. É chamado o “lugar da Luz”, isto é, que este recebe a sua abundância de acordo com a sua medida de desejo de receber e anseio, não mais e não menos.

Isso também explica que este desejo de receber é a própria novidade que foi gerada na criação dos mundos por meio de fazer existência a partir da ausência. Isto é assim pois esta forma sozinha não está de todo incluída na Sua Abundância, e o Criador apenas agora a criou pelo propósito da Criação. Este é o sentido de “e criou escuridão”, dado que esta forma é a raiz da escuridão, devido à Diferença de Forma nela. Por esta razão, ela é mais escura que a Luz que se expande dentro dela e devido a ela.

Agora você pode ver que qualquer Luz que expanda d’Ele instantaneamente consiste de dois discernimentos:

  1. O primeiro é a essência da Luz expansiva antes que a forma do “desejo de desfrutar” apareça nela.
  2. O segundo é depois da forma do “desejo de desfrutar” aparecer nela, em tal altura este torna-se mais grosseiro e um tanto mais escuro, devido à aquisição da Diferença de Forma.

Então, o primeiro discernimento é a Luz e o segundo discernimento é o Kli. Por esta razão, qualquer Luz expansiva consiste de quatro Bechinot na impressão sobre o Kli. Isto é assim pois a forma do desejo de receber, chamada “um Kli para Luz expansiva”, não é completada toda de uma vez, mas por meio do operador e operado.

Há duas Bechinot no operador e duas Bechinot no operado. Elas são chamadas “potencial” e “real” no operador, e “potencial” e “real” no operado, que perfazem quatro Bechinot.

O desejo de receber não permeia o emanado exceto por meio de seu próprio despertar para receber por sua escolha própria.

25)         Devido ao Kli ser a raiz da escuridão, já que este é oposto à Luz, ele deve portanto começar a operar lentamente, gradualmente, por meio de causa e consequência, como está escrito, “As águas foram concebidas e  originaram escuridão” (Midrash Raba, Shemot 80, 22).

A escuridão é um resultado da Luz em si mesma e é operada por ela, como na concepção e nascimento, que são potenciais e reais. Isto significa que em qualquer Luz expansiva, o desejo de receber é necessariamente incorporado, embora isso não seja considerado como Diferença de Forma antes que este desejo seja claramente colocado na Luz.

O desejo de receber que está incorporado na Luz pelo Emanador não é suficiente para isso. Em vez, o próprio emanado deve ele mesmo independentemente descobrir o desejo de receber nele, em ação, ou seja, de sua própria escolha. Isto significa que ele deve estender abundância por sua própria escolha, mais que a medida de Luz da expansão nele pelo Emanador.

Depois do emanado ser operado por sua própria escolha em aumentar a medida do seu desejo, o anseio e o desejo de receber tornam-se constantes nele, e a Luz pode revestir permanentemente este Kli.

É verdade que a Luz de Ein Sóf expande aparentemente sobre todas as quatro Bechinot, alcançando completa medida do desejo pelo próprio emanado, que é Bechiná Dálet. Isto é porque ele não estenderia a sua própria essência de qualquer maneira e adquiriria um nome para si mesmo, ou seja Ein Sóf.

Contudo, a forma não mudou de todo devido ao desejo de receber na Sua Onipotência, e não há qualquer alteração distinguida ali entre a Luz e o lugar da Luz, que é o desejo de desfrutar; elas são uma e a mesma  coisa.

Está escrito, “Antes do mundo ser criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um”. É certamente difícil compreender esta dupla referência “Ele” e “Seu Nome”. O que tem o Seu Nome ali a ver antes do mundo ser criado? Deveria ter dito, “Antes do mundo ser criado, Ele era Um”.

Contudo, isto refere-se à Luz de Ein Sóf, que é anterior ao Tzimtzum. Embora lá haja um lugar e um desejo de receber a Abundância da Sua Essência, é ainda assim sem qualquer alteração ou distinção entre a Luz e o “Lugar”.

“Ele é Um” significa que a Luz de Ein Sóf e Seu Nome são um. Isto refere-se ao desejo de desfrutar lá incluído sem qualquer alteração ou que seja. Você deve compreender o que os nossos sábios implicavam, que o “Seu Nome” é desejo na Guematria, ou seja, o “desejo de desfrutar”.

Todos os mundos no Pensamento da Criação são chamados “a Luz de Ein Sóf”, e a soma dos receptores lá é chamada Malchut de Ein Sóf.

26)         Já foi explicado em respeito a “O fim de uma ação está no pensamento preliminar”, que este é o Pensamento da Criação, que expandiu da Sua Essência de forma a deleitar Suas criaturas. Aprendemos que nEle, o Pensamento e a Luz são uma e a mesma coisa. Segue-se desta forma que a Luz de Ein Sóf que se expandiu da Sua Essência contem o todo da realidade perante nós através do fim da correção futura, que é o fim de uma ação.

NEle, todas as criações já estão completas e com toda a sua perfeição e alegria que Ele desejou dar sobre elas. Esta realidade completa é chamada “a Luz de Ein Sóf”, e o que as contém é chamado Malchut de Ein Sóf.

CAPITULO SETE

Embora apenas Bechiná Dálet tenha sido restringida, a Luz deixou os primeiros três Bechinot, também.

27)         Já foi explicado que o ponto central, que é a o ponto inclusivo do Pensamento da Criação, nomeadamente o desejo de desfrutar nele, se ornamentou   a si mesma para melhorar a sua Similaridade de Forma com o Emanador. Embora não haja Diferença de Forma na Sua Onipotência da perspectiva do Emanador, o ponto do desejo sentiu-o como uma espécie de extensão indireta da Sua Essência, como com a alegoria sobre o homem rico. Por este motivo, ela diminuiu o seu desejo da última Bechiná, que é a completa enormidade do desejo de receber, para aumentar a Dvekút por meio de extensão direta da Sua Essência.

Então a Luz foi esvaziada de todo o lugar, isto é de todos os quatro graus que existem no lugar. Embora ela tenha diminuído a sua Luz apenas de Bechiná Dálet, é  a natureza do espiritual que este é indivisível.

 

 

Posteriormente, ele re-estendeu a linha da Luz dos primeiros três Bechinot, e Bechiná Dálet permaneceu um lugar vago.

28)         Posteriormente, a Luz de Ein Sóf estendeu-se uma vez mais para o lugar que foi esvaziado, mas não preencheu o lugar inteiro em todas as quatro Bechinot, mas apenas três Bechinot, como era desejo do ponto de Tzimtzum. Então, o ponto central que tinha sido restringido permaneceu vazio e oco, uma vez que a Luz iluminava apenas através de Bechiná Dálet, mas não até ao fim, e a Luz de Ein Sóf parou ali.

Iremos doravante explicar o assunto da Hitkalelut (mistura) das Bechinot umas nas outras, aplicada nos Mundos Superiores. Agora você vê que as quatro Bechinot estão integradas umas nas outras de tal maneira dentro da própria Bechiná Dálet que existem todas as quatro Bechinot, também, e apenas a última Bechiná em Bechiná Dálet permaneceu vazia e sem Luz.

CAPITULO OITO

Chochmá é chamada Luz, e Chassadim, “Água”. Biná é chamada “Água Superior”, e Malchut, “água inferior”.

29)         Agora explicaremos o significado das quatro Bechinot de causa e consequência, necessários para completar a forma do desejo de receber. Existem duas Bechinot de Luz em Atzilut. A primeira Bechiná é chamada “Luz”, nomeadamente Ohr Chochmá,  e a segunda Bechiná é chamada “Água”, que é  Chassadim.

A primeira Bechiná estende-se de Cima para baixo sem qualquer assistência do inferior. A segunda Bechiná estende-se com a ajuda do inferior, daí o nome, “água”, pois é a natureza da Luz de estar Acima, e a natureza da água de estar abaixo.

Existem também duas Bechinot na água em si mesma: Água Superior, por Bechiná Bet nas quatro Bechinot, e água inferior, por Bechiná Dálet nas quatro Bechinot.

Explicação da expansão de Ohr Ein Sóf para dentro das quatro Bechinot de forma a descobrir o Kli, que é o desejo de receber.

30)         Por esta razão, qualquer expansão de Ohr Ein Sóf consiste de Eser Sefirot. Isto é porque o Ein Sóf, que é a Raiz e o Emanador, é chamado Kéter. A Luz da expansão em si mesma é chamada Chochmá, e esta é a medida inteira da expansão  da Luz de Acima, de Ein Sóf.

Já foi dito que o desejo de receber está incorporado em cada expansão da Luz de Acima. Contudo a forma do desejo não se torna realmente aparente antes do desejo despertar nos emanados, para estender mais Luz que a medida da sua expansão.

Então, porque a vontade de receber está incluída como potencial imediatamente na Luz da expansão, a Luz é compelida a trazer o potencial ao real. Consequentemente, a Luz desperta para estender Abundância adicional, mais que a medida da sua expansão de Ein Sóf. Então, o desejo de receber realmente aparece nessa Luz e adquire uma nova forma em Diferença de Forma, pois com isso ela torna- se mais escura que a Luz, pois ela cresceu mais grosseira pela nova forma, dado que se tornou mais espessa com a nova forma.

Também, esta parte, que se tornou mais espessa, é chamada Biná. Na verdade, Biná é uma parte de Chochmá, isto é, a própria Luz da expansão de Ein Sóf. Mas porque ela aumentou o seu desejo e atraiu mais Abundância que a medida da expansão nela de Ein Sóf, ela então adquiriu Diferença de Forma e cresceu um pouco mais espessa que a Luz. Então, ela adquiriu o seu próprio nome, que é “a Sefirá Biná”.

A essência da Abundância adicional que ela estendeu de Ein Sóf pelo poder de fortalecimento do seu desejo é chamada Ohr Chassadim, ou “Água Superior”. Isto é porque este desejo não se estende diretamente de Ein Sóf como Ohr Chochmá, mas por meio de assistência do emanado, o qual intensificou o desejo. Então, ela merece o seu próprio nome, de ser chamado Ohr Chassadim ou  “água”.

Agora você constata que a Sefirá Biná consiste de três discernimentos de Luz:

  1. A Luz da essência de Biná, que é uma parte de Ohr Chochmá.
  2. O espessamento e a Diferença de Forma nela, adquiridos pela intensificação do desejo.
  3. O Ohr Chassadim que veio até ela pela sua própria extensão de Ein Sóf.

Contudo, isso ainda não completa o vaso inteiro de recepção, dado que Biná é essencialmente Chochmá, que é certamente transcendente, sendo uma expansão direta de Ohr Ein Sóf. Consequentemente, apenas a raiz para os vasos de recepção e  o operador para a operação do Kli apareceram em Biná.

Posteriormente, este mesmo Ohr Chassadim que ela estendeu por meio poder da sua intensificação estendeu dela uma vez mais, e alguma iluminação de Chochmá foi acrescentada. Esta expansão de Ohr Chassadim é chamada Zeir Anpin, ou CHAGAT.

Esta Luz de Hitpashtut também aumentou o seu desejo de estender nova abundância, mais que a medida de iluminação de Chochmá na sua expansão de Biná. Esta expansão também é considerada como duas Bechinot, dado que a Luz da expansão em si mesma é chamada ZA ou VAK, enquanto que esta  intensificação nela é chamada Malchut.

É assim que chegamos pelas dez Sefirot: Kéter é Ein Sóf; Chochmá é a Luz da expansão de Ein Sóf; Biná é o Ohr Chochmá que intensificou de forma a aumentar abundância, pela qual esta ganhou Aviut. ZA, a qual consiste de CHAGAT NEH”Y,   é Ohr Chassadim com iluminação de Chochmá, que expande de Biná; e Malchut é a segunda intensificação para acrescentar Chochmá mais do que há  em ZA.

As quatro Bechinot no desejo são as quatro letras HaVaYaH, que são KACHÁB TUM.

31)         Este é o significado das quatro letras no Nome de quatro letras: O ponto do Yud é Ein Sóf, ou seja a força operativa incluída no Pensamento da Criação, que   é deleitar as Suas criaturas, nomeadamente o Kli de Kéter.

Yud é Chochmá, ou seja Bechiná Álef, que é o real no potencial que está contido na Luz da expansão de Ein Sóf. O primeiro Hey é Biná, Bechiná Bet, que é a realização do potencial, ou seja, a Luz que cresceu mais espessa com a Chochmá.

Vav é Zeir Anpin ou CHAGAT NEH”Y, ou seja, a expansão de Ohr Chassadim que surgiu por meio de Biná. Este é Bechiná Guimel, a força para a execução da operação. O Hey inferior em HaVaYaH é Malchut, isto é, Bechiná Dálet. Este é a manifestação da ação completa no vaso de recepção que tem intensificado para estender mais abundância que a medida da sua expansão de Biná. Isso completa a forma do desejo de receber, e a Luz que reveste o seu Kli, sendo o desejo de receber que é completado apenas nesta quarta Bechiná e não  antes.

Agora você pode facilmente ver que não há Luz nos Mundos Superiores ou mundos inferiores que não esteja organizada sob o Nome de quatro letras, sendo as quatro Bechinot. Sem isto, o desejo de receber que deve estar em cada Luz é incompleto, pois este desejo é o lugar e a medida da  Luz.

As letras Yud e Vav de HaVaYaH são finas pois elas são discernidas como mero potencial.

32)         Isto pode surpreender-nos, dado que Yud implica Chochmá e Hey implica Biná, e toda a essência da Luz que existe nas dez Sefirot existe na Sefirá Chochmá, enquanto Biná, Zeir Anpin, e Malchut são meramente roupagens, em respeito a Chochmá. Então, Chochmá deveria ter tomado a letra maior no Nome de quatro letras.

A coisa é que as letras do Nome de quatro letras não implicam ou indicam a quantidade de Luz nas dez Sefirot. Em vez disso, elas indicam medidas de impacto  no Kli. O branco no pergaminho da voluta da Torá implica a Luz, e o preto, sendo as letras no rolo da Torá, indicam a qualidade dos  Kelim.

Então, porque Kéter é apenas discernido como a raiz da raiz do Kli, é implícito apenas na ponta de Yud. Chochmá, que é a força que realmente não apareceu na verdade, é implícita pela menor das letras, nomeadamente o Yud.

Biná, onde a força é levada a cabo em ação, é indicada pela letra mais larga,  o Álef. ZA é apenas a força para a execução da ação; então, ele está implícito por uma letra longa e estreita, que é Vav. A sua finura indica que a essência do Kli está por agora em potencial oculto nele, e o seu comprimento indica que no fim da sua expansão, o Kli completo aparece por meio dele.

Chochmá não conseguiu manifestar o Kli completo na sua expansão, pois Biná é um Kli incompleto, mas o operador do Kli. Então, a perna do Yud é curta, implicando que é ainda pequeno, e não manifestou o Kli inteiro pela sua expansão   e por meio da força ocultada nele.

Malchut está também implícita pela letra Hey, como Biná, que é uma letra larga, aparecendo na sua forma completa. Não o deve surpreender que Biná e Malchut tenham as mesmas letras, uma vez que no Mundo de Tikun elas são certamente similares e emprestam seus Kelim uma à outra, como no verso, “Então as duas foram”.

CAPITULO NOVE

Movimento espiritual significa renovação de Diferença de Forma.

33)         Devemos ainda assim compreender o significado de tempo e movimento com os quais vamos ao encontro em praticamente cada palavra nesta sabedoria. Certamente, você deve saber que movimento espiritual não é como movimento tangível de lugar  a lugar. Em vez disso, ele refere-se a uma renovação de  forma.

Denominamos cada renovação de forma pelo nome “movimento”. É essa renovação, essa Diferença de Forma que foi renovada no espiritual, ao contrário da sua forma geral precedente nessa espiritual, é considerada como tendo sido dividida e distanciada dessa espiritual, e abandonado o seu próprio nome e autoridade. Nisso, é exatamente como uma essência corpórea na qual certa parte a tenha abandonado   e se movimenta de lugar para lugar. Então, a renovação de forma é chamada “movimento”.

Tempo espiritual significa um certo número de renovações de Diferença de Forma que derivam uma da outra. Anterior e posterior significam causa e consequência.

34)         Em respeito à definição espiritual de tempo: Compreenda que para nós, a definição espiritual de tempo é apenas uma sensação de movimentos. A nossa imaginação retrata e concebe um certo número de movimentos, a qual discrimina um por um e os traduz como uma certa quantia de  “tempo”.

Então, se um tivesse estado num estado de completo repouso com o seu ambiente, este não estaria sequer consciente do conceito de tempo. Então assim é  na espiritualidade: Uma certa quantia de renovações de formas é considerada “movimentos espirituais”. Estas são misturadas uma com o outra por meio de causa  e consequência, e elas são chamadas “tempo” na espiritualidade. Também, “antes”   e “depois” são sempre referidos como “causa e consequência”.

CAPITULO DEZ

A substância inteira que é atribuída ao emanado é o desejo de receber.

Qualquer acrescento nela é atribuída ao Emanador.

35)         Saiba que o desejo de receber no emanado, que é o seu Kli, é também a substância geral atribuída ao emanado, de uma maneira que tudo o que existe para além dele é atribuída ao Emanador.

O desejo de receber é a primeira forma de toda a essência. Definimos a primeira forma como “substância” pois não temos qualquer realização na essência.

36)         Embora percebamos a vontade de receber como um incidente e uma forma na essência, como é que a percebemos como a substância da essência? Certamente, é o mesmo com as essências que estão perto de nós. Chamamos a primeira forma na essência pelo nome “a primeira substância na essência”, dado que não temos qualquer realização ou percepção que seja em qualquer substância, pois todos os nossos cinco sentidos são completamente impróprios para tal. A visão, audição, olfato, paladar e tacto oferecem à mente examinadora meras formas abstratas de “incidentes” da essência, formulando por meio da colaboração com nossos sentidos.

Por exemplo, se tomarmos até os mais minúsculos, átomos microscópicos  nos mais minúsculos elementos de qualquer essência, separados por meio de um processo químico, eles, também, são meramente formas abstratas que aparecem dessa maneira ao olho. Mais exatamente, nós distinguimos e os examinamos pelas formas do “desejo de receber e ser recebido” que encontramos  neles.

Seguindo estes procedimentos, podemos distinguir e separar estes vários átomos até à própria primeira matéria dessa essência. Contudo, mesmo então eles não seriam mais que forças na essência, não uma  substância.

Então você descobre que até na corporalidade não temos outra maneira de compreender a primeira matéria, exceto ao assumir que a primeira forma é a primeira matéria, que transporta todos os outros incidentes e formas que a seguem. É tanto ou mais assim nos Mundos Superiores, onde tangível e imaginário não residem.

* O Estudo das Dez Sefirot, Parte Um, Observação Interior