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HAILAN (A ÁRVORE)
/0 Comments/in Baal HaSulam, Library /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
Ilustrações e Referências
DIAGRAMA 1
- O Item 1 ilustra o Rosh, Toch, Sóf do Partzuf Kéter de AK.
- O Item 2 ilustra o Partzuf AB de AK in Rosh, Toch, Sóf e como ele veste o Partzuf Kéter de AK de seu Pê abaixo.
- O Item 3 ilustra o Partzuf SAG de AK em Rosh, Toch, Sóf e como ele veste Partzuf AB de AK de seu Pê abaixo.
DIAGRAMA 1, ITEM 1
Este é o Partzuf Kéter de AK, as primeiras dez Sefirot que expandiram de Ein Sóf ao espaço após o Tzimtzum. Seu Rosh toca Ein Sóf, Acima, e seu Siúm Raglin está no ponto médio, central, que é este mundo. Ele contém três Bechinot de dez Sefirot: dez Sefirot de Rosh, dez Sefirot de Toch, e dez Sefirot de Sóf.
As dez Sefirot de Rosh são chamadas “as raízes das dez Sefirot,” pois lá é o princípio de sua criação, através do encontro das dez Sefirot de Ohr Yashár pelo Zivug de Haka’á na Massach em Malchut de Rosh, que eleva dez Sefirot de Ohr Chozêr que vestem as dez Sefirot de Ohr Yashár, que estendem de Ein Sóf (como está escrito em A Árvore da Vida, Portão 47, Capítulo 1). As dez Sefirot de Ohr Yashár estão organizadas de Cima para baixo, e seu oposto é o Ohr Chozêr, onde elas são organizadas de baixo para Cima. Malchut das dez Sefirot de Rosh é chamada Pê.
As dez Sefirot de Toch nos Partzufim é AK são chamadas Akudim, no Partzuf Kéter, em AB, assim como em SAG. Porém, no Partzuf Kéter, a Luz Superior ainda não foi distinguida nas dez Sefirot, e a diferença entre elas estava apenas nas impressões (como o Ari escreveu em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, Capítulo 1). Além disso, Malchut das dez Sefirot de Toch é chamada Tabúr.
As dez Sefirot de Sóf são consideradas o Siúm de cada Sefirá das dez Sefirot até Malchut. O Partzuf termina na Sefirá de Malchut, é por isto que ela é chamada Siúm Raglin.
DIAGRAMA 1, ITEM 2
Este é Partzuf AB de AK, a segunda Hitpashtut das dez Sefirot de Ein Sóf no espaço, após o Tzimtzum. Começa a partir de Chochmá, e carece da Luz de Kéter. Ele é emanado e surge de Malchut de Rosh do Partzuf Kéter, que é chamado Pê. Assim, ele veste o Partzuf Kéter de seu Pê abaixo ao Tabúr do Partzuf Kéter.
Suas dez Sefirot de Rosh são como as dez Sefirot de Rosh do Partzuf Kéter de AK, exceto que ele carece de Kéter. O modo que se geram estas dez Sefirot é elaborado em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, Capítulos 1 e 2, assim como no Talmud Eser Sefirot, Parte 5, onde estas palavras do Ari são explicadas a fundo.
Aqui, as dez Sefirot de Toch se tornam mais evidentes do que as dez Sefirot de Toch no Partzuf Kéter, pois aqui haviam dez entradas e dez saídas na ordem do Presente e Não Presente (como está escrito em A Árvore da Vida, Seção Presente e Não Presente, e no Talmud Eser Sefirot, Parte 5). Na Sefirá Kéter das dez Sefirot de Toch, existem dois Kelim, chamados Yud–Hey. Isto também é assim em sua Sefirá Chochmá, mas na Sefirá Biná, as Yud–Hey estão em apenas um Kli, e a Vav está no Kli de Yessód, e a Hey inferior está em Malchut.
As dez Sefirot de Sóf são as mesmas no Partzuf Kéter de AK, exceto seu Siúm Raglin que está acima do Tabúr do Partzuf Kéter.
DIAGRAMA 1, ITEM 3
Este é Partzuf SAG de AK, a terceira expansão das dez Sefirot de Ein Sóf ao espaço após o Tzimtzum, em Rosh, Toch, Sóf. Ele é emanado e sai do Pê do Partzuf AB de AK. Ele começa de Biná e carece das Luzes de Kéter e Chochmá, e veste do Pê do Partzuf AB de AK abaixo, embora abaixo seja mais longo que ele, pois ele expande para baixo, ao mesmo nível do Siúm Raglin do Partzuf Kéter de AK.
DIAGRAMA 2, ITEM 1
Este é o estado do Partzuf SAG de AK durante Tzimtzum Álef. Ele é apresentado acima, no Diagrama 1, Item 3, mas aqui há uma distinção adicional de seus próprios dois Partzufim: Partzuf Ta’amim, do Pê ao Tabúr e, Partzuf Nekudim, do Tabúr abaixo. Você encontrará suas explicações no Talmud Eser Sefirot, Parte 6, pg. 390.
Até agora, os três mundos inferiores Briá, Yetzirá e Assiá ainda não chegaram a qualquer existência, pois SAG de AK, também, estendeu através do ponto deste mundo. Segue-se que ele foi considerado Atzilut até o ponto deste mundo.
DIAGRAMA 2, ITEM 2
Este é o estado de SAG de AK durante Tzimtzum Bet, antes do Zivug em Nikvey Eynaim, que foi feito para emanar as dez Sefirot de Nekudim. Por causa da descida de SAG dentro de MA e BON de AK, Biná recebeu a Bechinat Malchut. Assim, a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que se encontrava no ponto deste mundo, se elevou ao lugar do Tabúr, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento), que se encontrava no Pê de Rosh de SAG, se elevou ao lugar de Nikvey Eynaim de Rosh de SAG, e Ózen, Chotem, Pê de Rosh desceram à Bechinat Guf de SAG. Além disso, a Luz foi esvaziada do Tabúr abaixo, e isto, em geral, é Partzuf SAG.
E ali há Rosh, Toch, Sóf, chamados CHABAD, CHAGAT, NEH”YM em seu próprio Partzuf Nekudot de SAG, estando inteiramente abaixo do Tabúr (veja acima, diagrama 2, Item 1). Nele, também, como no geral, é considerado que a Malchut Mesayémet (Finalizadora) se elevou até Biná de Guf, chamada Tiféret, no lugar onde linha de Ein Sóf terminou, e abaixo dela a Parsá foi estabelecida, pois lá é onde Bechinat Atzilut terminou.
Dali abaixo, se tornou o lugar dos três mundos Briá, Yetzirá e Assiá. O mundo de Briá foi feito dos dois terços inferiores de Tiféret, até o Siúm. O mundo de Yetzirá foi feito de Netzach, Hod e Yessód, e o mundo de Assiá foi feito de Malchut. Isto é explicado a fundo nas palavras do Ari, pg. 8, e em Ohr Pashut lá.
DIAGRAMA 2, ITEM 3
Este é o estado em SAG de AK durante o Zivug que foi feito em Nikvey Eynaim: Ózen, Chotem, Pê saíram de Bechinat Rosh e entraram no Guf, abaixo do lugar do Zivug de Rosh. Porém, visto que não há ausência na espiritualidade, dois tipos de Ózen, Chotem e Pê são discernidos aqui: os primeiros são Ózen, Chotem, Pê em seu ponto de saída, seu lugar no Rosh, como no princípio. Os segundos são Ózen, Chotem, Pê que desceram dentro da atual Bechinat Guf abaixo de Pê de Rosh de SAG. Eles são chamados Ózen, Chotem, Pê não no lugar de sua saída. E todos estes são chamados “Ózen, Chotem, Pê internos”.
Aqui, as dez Sefirot de Toch através do Tabúr são chamadas Akudim, como antes do Tzimtzum Bet, pois as dez Sefirot que saíram do Zivug de Nikvey Eynaim só podiam se manifestar abaixo do Tabúr. Estas são chamadas “dez Sefirot de Nekudim”, e eles saíram primeiramente fora do Partzuf SAG, emora sua internalidade tenha emergido no próprio AK.
Além disso, eles são chamados MA e BON de AK, pois a internalidade dos três Superiores de Nekudim é chamada MA de AK e a internalidade das sete inferiores de Nekudim é chamada BON de AK. Elas terminam no ponto do Siúm do Tzimtzum Bet, chamado “a Parsá entre Atzilut e Briá”. Abaixo dele estão três mundos, Briá inferior, Yetzirá e Assiá.
DIAGRAMA 2, ITEM 4
Este é um Partzuf Ózen, Chotem, Pê de SAG de AK externo, através do Tabúr. Do Tabúr abaixo, está o Partzuf das dez Sefirot de Nekudim, que termina na Parsá. Abaixo da Parsá ficam os três mundos inferiores, Briá, Yetzirá e Assiá.
Nos externos, Ózen, Chotem, Pê são divididos em duas Bechinot Ózen, Chotem, Pê: Ózen, Chotem, Pê externos no lugar de seu surgimento, estando acima do Pê, e Ózen, Chotem, Pê internos, não em seu lugar de surgimento, estando abaixo do Pê até o Tabúr. Seus três Superiores são ligados ao lábio inferior. Ele é chamado Shibólet haZakán (o fio de cabelo sob o lábio inferior), e os três Superiores são primariamente a Luz de Ózen, mas suas Bechinot Chotem, Pê também estão incluídas neles. Estas são as raízes das três Superiores de Nekudim.
Suas sete inferiores, que são o atual Chotem e Pê, ficam abaixo do Shibólet haZakán e se propagam até o Tabúr. Estes Ózen, Chotem, Pê externos também são chamados de Dikná (barba) de SAG de AK, e você encontrará uma explicação detalhada deles no Talmud Eser Sefirot, Parte 6, pg. 409, Item 20.
As dez Sefirot de Nekudim estão do Tabúr abaixo. Suas três Primeiras estão no Tikun Kavim e vista MA de AK, e suas sete inferiores estão uma a baixo da outra, como no Tzimtzum Álef, vestindo BON de AK. Abaixo delas estão a Parsá e os três mundos Briá, Yetzirá e Assiá, sob a Parsá.
DIAGRAMA 3, ITEM 1
Este é o estado constante dos Partzufim de AK, dos quais os cinco Partzufim o novo MA emergiram, chamados “os cinco Partzufim constantes de Atzilut”. Uma vez que eles tenham sido estabelecidos, nenhuma diminuição jamais ocorrerá neles.
Isto também explica a divisão de cada Partzuf em Kéter, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá, que também são chamados Kéter, AB, SAG, MA e BON, ou Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach e Néfesh. Cada Rosh, até o Pê, é chamado Kéter ou Yechidá. Do Pê até o Chazê em cada um deles, é chamado Atzilut, AB ou Chaiá. E do Chazê ao Tabúr em cada um deles, é chamado Briá, Neshamá ou SAG. E do Tabúr abaixo de cada um deles, é chamado Yetzirá e Assiá, MA e BON, ou Ruach–Néfesh.
Adicionalmente, isto explica como eles se vestem um dentro dos outros. Cada um veste seu Superior do Pê do seu Superior abaixo, de tal forma que o Rosh de cada inferior veste o AB e Atizlut do Superior, e AB e Atzilut do inferior vestem o SAG e Briá de seu Superior.
Além disso, SAG e Briá de cada inferior veste MA e BON, que é Yetzirá e Assiá do Superior. Assim, o Pê do Superior é considerado o Galgálta do inferior, e o Chazê do Superior é considerado o Pê do inferior, e Tabút do Superior é considerado o Chazê do inferior.
Isto também explica o surgimento do novo MA em cada um dos cinco
Partzufim de Atzilut, o MA em seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 4
O estado de ZA durante sua ascensão para obter Neshamá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK e Atzilut, e como toma e se nutre de Briá de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 5
O estado de ZA durante sua ascensão para obter Chaiá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK e Atzilut, e como toma e se nutre de Atzilut de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 6
O estado de ZA durante sua ascensão para obter Yechidá, com relação aos cinco Partzufim constantes AK and Atzilut, e como toma e se nutre de Rosh de BON de AK— seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 7
Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Neshamá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 8
Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Chaiá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMA 9
Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut durante sua ascensão para obter Yechidá, com relação aos cinco Partzufim constantes de AK, e como toma e se nutre de seu Partzuf correspondente em AK.
DIAGRAMAS 10, 11, 12
Estes (diagramas) representam como a escada de níveis nunca muda, e os níveis, como um todo, sempre permanecem como eles eram no princípio, durante a geração do novo MA, como no estado constant. Isto é assim porque quando ZA ascende e obtém Neshamá, todos os níveis se elevam junto com ele—os cinco Partzufim de AK e Atzilut—e cada um obtém a Bechinat Neshamá relacionada a ele. É similar a obter Chaiá de ZA e obter Yechidá de ZA.
O Diagrama 10 é o estado dos cinco Partzufim de AK a medida que eles ascendem para obter Neshamá. O Diagrama 11 ilustra seu estado quando eles obtém Chaiá, e o Diagrama 12 é seu estado quando eles obtém Yechidá.
SOBRE O BNEI BARUCH
/0 Comments/in Library /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
O Bnei Baruch é um grupo de Cabalistas em Israel, compartilhando a sabedoria da Cabalá com o mundo inteiro. Materiais de esutods em mais de 30 línguas são baseados em textos Cabalísticos autênticos que foram passados de geração à geração.
HISTÓRIA E ORIGEM
Em 1991, seguindo o falecimento do seu professor, Rabi Baruch Shalom HaLevi Ashlag (O Rabash), Rabi Michael Laitman, Professor de Ontologia e a Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia e Cabalá, e MSc em Medicina Bio-Cibernética, estabeleceu um grupo de estudos de Cabalá chamado “Bnei Baruch”. Ele chamou ele Bnei Baruch (Filhos de Baruch) para comemorar seu mentor, cujo lado ele nunca deixou nos últimos doze anos de sua vida, de 1979 até 1991. Rabi Laitman foi o principal aluno e assistente pessoal do Ashlag, e é reconhecido como o
sucessor do método de ensino do Rabash.
O Rabash foi o primogênito e sucessor de Rabi Yehuda Leib HaLevi Ashlag, o grande Cabalista do século 20. Rabi Ashlag foi o autor da maior autoridade e comentário compreensivo no Livro do Zohar, entitulado O Comentário Sulam (Escada). Ele foi o primeiro a revelar o método completo para ascensão espiritual, e assim foi conhecido como Baal HaSulam (Autor da Escada).
Hoje, o Bnei Baruch baseia todo seu método de estudo no caminho pavimentado por estes dois grandes líderes espirituais.
O MÉTODO DE ESTUDO
O único método de estudo desenvolvido pelo Baal HaSulam e seu filho, o Rabash, é ensinado e aplicado diariamente pelo Bnei Baruch. Este método baseia-se nas fontes autências da Cabalá tais como O Livro do Zohar, pelo Rabi Shimon Bar-Yochai, A Árvore da Vida, pelo Santo Ari, e O Estudo das Dez Sefirot, pelo Baal HaSulam.
Enquanto o estudo baseia-se nas fontes autênticas da Cabalá, ele é levado em uma linguagem simples e usa uma aproximação científica e contemporânea. O desenvolvimento desta aproximação fez o Bnei Baruch uma organização internacionalmente respeitada, tanto em Israel quanto no mundo como um todo.
A combinação única de um método de estudo acadêmico e das experiências pessoais amplia as perspectivas dos alunos concede-os uma nova percepção da realidade que vivem. Aqueles no caminho espiritual recebem assim as ferramentas necessárias para estudarem a si mesmos e a realidade que os cerca.
A MENSAGEM
O Bnei Baruch é um movimento diverso de dezenas de milhares de alunos do mundo todo. Os alunos podem escolher seus próprios caminhos e a intensidade pessoal de seus estudos, de acordo com suas condições e capacidades únicas. A essência da mensagem disseminada pelo Bnei Baruch é universal: unidade das pessoas, unidade das nações e amor ao próximo.
Por milênios, os Cabalistas tem ensinado que o amor ao próximo deve ser a fundação de todas as relações humanas. Este amor prevalesceu nos dias de Abraão, Moisés, e o grupo de Cabalistas que eles estabeleceram. Se fizermos uma sala para estes valores experientes, ainda contemporâneos, descobriremos que possuímos o poder para colocar as diferenças de lado e nos unir.
A sabedoria da Cabalá, escondida por milênios, esteve aguardando pelo tempo quando nós estaríamos suficientemente desenvolvidos e prontos para implementar esta mensagem. Agora, está emergindo como uma solução que pode unir facções diversas em todos os lugares, nos permitindo, como indivíduos e como sociedade, enfrentar os desafios atuais.
ATIVIDADES
O Bnei Baruch foi estabelecido na premissa que “apenas pela expansão da sabedoria da Cabalá ao público podemos ser recompensados com a completa redenção” (Baal HaSulam).
Portanto, o Bnei Baruch oferece uma variedade de formas para as pessoas explorarem e descobrirem o propósito de suas vidas, provendo uma orientação cuidadosa para iniciantes assim como para estudantes avançados.
Cabalá na Televisão
O Bnei Baruch estabeleceu uma companhia de produção, ARI Films (www.arifilms.tv) especializando em produção de programas de TV educacionais ao longo do mundo, e em muitas línguas.
Em Israel, o Bnei Baruch estabeleceu seu próprio canal, indo ao ar via cabo e satélite de Domingo à Sexta-feira. O canal também vai ao ar na Internet em www.kab.tv. Todas as transmissões no canal são gratuitas. Os programas são adaptados para todos os níveis, de completos iniciantes até os mais avançados.
Adicionalmente, o ARI Films produz séries educacionais e documentários.
Site na Internet
O site internacional do Bnei Baruch, www.kab.info, apresenta a sabedoria autêntica da Cabalá usando artigos, livros, e textos originais. É de longe a fonte mais expansiva de materiais da Cabalá Autêntica na internet, contendo uma livraria única e extensiva para leitores explorarem a fundo a sabedoria da Cabalá. Adicionalmente, os arquivos de mídia, www.kabbalahmedia.info, contém mais de 5.000 itens de mídia, livros para baixar, e um vasto reservatório de textos, vídeo e arquivos de áudio em muitas línguas.
O Centro de Aprendizagem online do Bnei Baruch oferece aulas únicas gratuitas de Cabalá para principiantes, alunos iniciantes neste corpo profundo de conhecimento no conforto de suas casas.
As lições diárias do Rabi Laitman também são transmitidas ao vivo em www.kab.tv, juntamente com textos e diagramas complementares.
Todos estes serviços são gratuitos.
Jornal
Cabalá Hoje é um jornal gratuito mensalmente produzido e disseminado pelo Bnei Baruch em muitas línguas, incluindo o Inglês, Hebraico, Espanhol e Russo. Ele é apolítico, não comercial, e escrito em um estilo claro e contemporâneo. O propósito do Cabalá Hoje é expor o vasto conhecimento oculto na sabedoria da Cabalá sem custo e um formato e estilo claro e envolvente para os leitores de todos os lugares.
Cabalá Hoje é distribuído gratuitamente em todas as maiores cidades dos Estados Unidos, assim como em Toronto, Canadá, Londres, Inglaterra, Sidney e Austrália. É impresso em Inglês, Hebraico e Russo, e é também disponível na internet, em www.kabtoday.com.
Além disso, uma cópia do documento é enviada aos assinantes, com apenas o custo de entrega.
Livros de Cabalá
O Bnei Baruch publica livros autênticos, escritos pelo Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), seu filho, Rabi Baruch Ashlag (o Rabash), e Rabi Michael Laitman. Os livros do Rabi Ashlag e do Rabash são essenciais para a compreensão completa dos ensinamentos da Cabalá Autêntica, explicada nas lições do Rabi Laitman.
O Rabi Laitman escreve seus livros em um estilo claro e contemporâneo baseado nos conceitos chaves do Baal HaSulam. Estes livros são uma conexão vital entre os leitores de hoje e os textos originais. Todos os livros são disponíveis para venda, assim como para download gratuito.
Lições de Cabalá
Assim como os Cabalistas tem feito por séculos, Rabi Laitman fornece lições diárias no centro do Bnei Baruch em Israel entre às 3:15–6:00 a.m. no horário de Israel. As lições são dadas em Hebraico e são traduzidas simultaneamente em oito línguas: Inglês, Russo, Espanhol, Português, Francês, Alemão, Italiano e Turco. Assim como tudo mais, a transmissão ao vivo é provida gratuitamente a milhares de alunos ao redor do mundo.
FINANCIAMENTO
O Bnei Baruch é uma organização sem fins lucrativos ensinando e compartilhando a sabedoria da Cabalá. Para manter sua independência e pureza de intenções, o Bnei Baruch não é apoiado, financiado, ou atado de outra forma à qualquer organização governamental ou política.
Já que a maior parte de suas atividades é provida livre de custos, as fontes primárias dos financiamentos para as atividades do grupo são doações e dízimos – contribuídos pelos alunos voluntariamente – e os livros do Rabi Laitman, que são vendidos a preço de custo.
APÊNDICE B: ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES
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Do livro “Cabala Para o Estudante”
(Como os acrônimos são de palavras Hebraicas, as letras em Português podem não coincidir com as palavras que elas representam)
AA | Arich Anpin |
AB | HaVaYaH preenchido com Yud |
ABA | Achor be Achor |
ABYA | Atzilut, Briá, Yetzirá, Assiá |
ACHAP | Ózen, Chotem, Pê |
AN | Atik e Nukvá |
Ari | O Divino Rabi Isaac |
AVI | Aba ve Ima |
BON | HaVaYaH preenchido com Hey |
BYA | Briá, Yetzirá, Assiá |
GE | Galgálta Eynaim |
CHUB | Chochmá, Biná |
CHABAD | Chochmá, Biná, Dáat |
CHACHAN | Chochmá, Chéssed, Netzach |
KH | Kéter, Chochmá |
KACHÁB | Kéter, Chochmá, Biná |
KACHÁB TUM | Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret, Malchut |
KCHABAD | Kéter, Chochmá, Biná, Dáat |
Lámed Bet | número (32) |
MA | HaVaYaH preenchido com Álef |
MAD | Mayin Duchrin |
MAN | Mayin Nukvin |
Matatron | Nome de um Anjo |
MI | Duas letras do nome E-L-O-H-I-M |
NE | Nikvey Eynaim |
NEH”Y | Netzach, Hod, Yessód |
NEH”YM | Netzach, Hod, Yessód, Malchut |
NR | Néfesh, Ruach |
NARAN | Néfesh, Ruach, Neshamá |
NARANCHAY | Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá |
OBDAM | Or, Bassar, Guidin, Atzamot, Môcha |
OH | Ohr Chozêr |
OM | Ohr Makif |
OP | Ohr Pnimi |
OY | Ohr Yashár |
PARDESS | Peshat, Remez, Drush, Sod |
PBA | Panim be Achor |
PBP | Panim be Panim |
RADLA | Reisha de Lo Etyada |
Ramak | Rabi Moshe Kordovero |
Ramchal | Rabi Moshe Chaim Luzzato |
RAPACH | número (288) |
Rashbi | Rabi Shimon Bar Yochai |
RIU | número (216) |
RTS | Rosh, Toch, Sóf |
SAG | HaVaYaH preenchido com Yud, e Álef na Vav |
SNGLH | Shóresh, Neshamá, Guf, Levush, Heichal |
IVAF | Inanimado, Vegetativo, Animado, Falante |
TANTA | Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot |
TD | Tikúney Dikná |
VAK | Seis Lados (Fins) |
VAT | Seis Abaixo |
YESHSUT | Yisrael Saba ve Tevuna |
YHNRN | Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh |
ZA | Zeir Anpin |
ZAT | Sete Abaixo |
ZON | Zeir Anpin e Nukvá |
APÊNDICE A: GLOSSÁRIO CABALÍSTICO
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Abertura dos
Olhos |
Iluminação de Chochmá (sabedoria). |
Acoplamento de
Malchut |
Malchut (reino) de Rosh (cabeça). |
Adoçando/ Mitigação |
Se os Kelim (vasos) são defeituosos pela quebra, eles precisam da Luz para “adoçar” sua amargura, suas forças de Din (julgamentos), então, não haverá uma aderência neles para a
externalidade. |
Agarrar/Segurar |
Como um ramo deseja sugar através de sua aderência, a Klipá (casca) agarra num lugar desprovido de Kedushá (santidade). A ausência é o tubo através do qual ela suga força e vitalidade de
acordo com a medida de deficiência da Kedushá. |
Almas de Adam ha Rishon |
Antes do pecado—NARAN de BYA em Atzilut (emanação). Após o pecado—Luz de Néfesh (alma) que permaneceu no Kli (vaso) de Kéter (coroa) de cada uma das Sefirot (luminosidades)
de BYA, exceto para AVI de Briá (criação). |
Almas de Anjos |
Os Kelim internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha (cérebro), Atzamot (essência) e Guidin (tendões), com Luzes de NARAN. Luzes de Chaiá e Yechidá vestem-se na Luz de Neshamá. Os Kelim (vasos) ZA e Malchut foram separados do Partzuf; portanto, eles são chamados de Bassar (carne) e Ohr (luz). Estes não são Kelim reais, completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora. As Luzes dentro deles são Ruach e Néfesh e recebem dos Kelim internos. Há Luzes de Rúach–Néfesh nos Kelim internos e Luzes de Rúach–Néfesh nos Kelim externos. Almas de pessoas nascem do Zivug (acoplamento) dos Kelim internos e, as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim externos. As almas são consideradas a interioridade dos mundos, uma vez que emergem nos Kelim internos do Partzuf. Anjos são considerados a externalidade dos mundos, uma vez que
emergem dos Kelim exteriores do Partzuf. |
Almas de Pessoas |
Os Kelim (vasos) internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha (cérebro), Atzamot (essência) e Guidin (tendões), com Luzes de NARAN. Luzes de Chaiá e Yechidá se vestem dentro da Luz de Neshamá. Os Kelim ZA e Malchut foram separados do Partzuf; portanto, são chamados de Bassar (carne) e Ohr (luz). Estes não são Kelim reais, completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora. As Luzes dentro deles são Rúach e Néfesh e recebem dos Kelim internos. Há Luzes de Rúach–Néfesh nos Kelim internos e Luzes de Rúach–Néfesh nos Kelim exteriores. Almas de pessoas nascem do Zivug dos Kelim internos e as almas de anjos nascem do Zivug dos Kelim externos. As almas são consideradas a interioridade dos mundos, uma vez que emergem nos Kelim internos do Partzuf (face). Anjos são considerados a exterioridade dos mundos, uma vez que
emergem dos Kelim externos do Partzuf. |
Arredores da Cidade | As primeiras seis Sefirot (luminosidades) do mundo de Briá (criação),
projetando-se do mundo da Atzilut (emanação) para baixo. |
Árvore | Yessód (fundação) de ZA, a linha média, o lugar de Zivug
(acoplamento). |
Árvore da Vida (Etz Chaim) | Do lugar do Chazê (peito) para Cima. São cobertos Chassadim (misericórdia), a Luz dos Achoraim (costas) de Biná (entendimento) e, portanto, não há aderência para as Klipót
(cascas). |
Árvore do Conhecimento
(Etz ha Da’at) |
O lugar do Chazê (peito) para baixo, chamado Assiá (ação). Sua parte principal é Yessód (fundação), que é uma linha
média, chamada Etz (árvore). |
Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal |
Do Chazê (peito) de ZA para baixo, já que lá existe
iluminação de Chochmá (sabedoria). Assim, naquele lugar há uma espera para as Klipót (cascas), chamadas “mal”. |
Asas |
Malchut de Ima (reino da mãe) está sempre em Katnut (pequenez), interrompendo ZON do seu exterior. Ao fazer isso, ela guarda ZON, uma vez que apenas a iluminação de Chochmá passa através dela. Parsá (ferradura), abaixo de Atzilut (emanação), também é feita de Malchut de Ima e ela é chamada “sapato”, protegendo os pés de ZON. Nenhuma iluminação de
Chochmá (sabedoria) passa através dela. |
Através dos Lados |
Doação Limitada. |
Audição | A Luz de Biná (entendimento) de Rosh (cabeça). |
Beijar (Neshikin) |
Zivug (acoplamento) dos dois Partzufim (faces) internos ZA e Nukvá (feminino), também chamados de “Zivug de voz e fala”. |
Brancura Superior |
Antes de ser vestida em um Kli (vaso), a Luz é branca, já que todas as cores vêm apenas dos Kelim (vasos). |
Cabeça de raposas | O Rosh (cabeça) do grau inferior. É também uma cauda de
leões—o Siúm (fim) do grau Superior. |
Cabelos (Se’arot) |
Luzes que o Moach (cérebro) não pode tolerar devido à ausência de Tikunim (correções). Por esta razão, eles saem em Galgálta (crânio). Eles também são chamados Motrey (excedente) Môcha (excesso de Môcha). |
Caindo |
Quando ZA é digno, Tevuná (compreensão) sobe para Ima (mãe), faz um Zivug (acoplamento) em Aviut Bet (segunda espessura) e o doa para ZA. Isso é chamado “apoiar os
caídos”, ZON, uma vez que lhes dão GAR. |
Casa (Bayit) |
Ou Heichal (salão)—Bechiná (discernimento) Malchut que foi separada dos Kelim (vasos) internos e se tornou um Kli (vaso) para Ohr Makif (Luz circundante). |
Cauda de Leões | O Siúm (final) do Grau Superior, que se torna o grau de
“cabeça de raposas”, o Rosh (cabeça) do grau inferior. |
Centelha (Netzitzo) | Ohr Chozêr (Luz Retornante). |
Chochmá | A Luz de Atzmuto do emanado. Também, conhecer o resultado intencional de todos os detalhes na realidade. |
Chochmá dos Trinta e Dois Caminhos | Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) que Biná (entendimento) recebe para ZON, incluindo os vinte e dois Otiyot (letras) de
Biná e as dez Sefirot (luminosidades) para ZON em Biná. |
Chochmá inferior | Chochmá (sabedoria) em Nukvá (feminino). |
Chochmá
primordial |
Chochmá (sabedoria) em AA, que não brilha em Atzilut
(emanação). Em vez disso, brilha apenas Chochmá dos trinta e dois caminhos. |
Chochmá Superior | Chochmá (sabedoria) em ZA. |
Classificando e Corrigindo |
Classificação significa o rebaixamento dos trinta e dois Nitzotzin (centelhas)—trinta e dois Malchuyot (reinos)—como resíduos, então, apenas 288 permanecem para a construção da Kedushá (Santidade). Ele é corrigido pela iluminação de Aba (pai) e isso é chamado “classificando as Luzes”. Mas sem Malchut, não há nenhum grau. Assim, Hitkalelut (inclusão) de ambos, o primeiro Hey e o Hey inferior, são recebidos da Massach (tela) de Ima (Mãe), e isto se chama “a associação da qualidade de Din (julgamento) com a qualidade de Rachamim (misericórdia)”. Deste Hitkalelut, trinta e dois novos Malchuyot são completados, para concluir os 320 Nitzotzin. Essa classificação só é possível através da Luz de Aba, já que não brilha para Bechiná Dálet (quarto discernimento) e assim o desperdício é resolvido. Mas o Tikun (correção) é através da
Luz de Ima (mãe). Classificando significa resolver as partes de Bechiná Dálet que obstruem a recepção da Luz Superior. |
Comprimento |
A distância entre duas bordas de um grau, da mais pura
Bechiná (discernimento) (mais Alta) para a mais grosseira (mais baixa). |
Coração |
Kli (vaso) para a Luz de Ruach; está em CHAGAT. |
Costela |
Nome de Nukvá (feminino) quando está ligada Achor be Achor (costa com costa) ao Achoraim (costas) de Chazê (peito) de ZA, já que está ligada ao seu Guf (corpo) e eles servem a
um Kéter (coroa). |
Curto |
Escassez de Chochmá (sabedoria). Amplo—abundância de
Chassadim (misericórdia). Estreito—escassez de Chassadim. Longo—abundância de Chochmá. |
De Baixo para Cima | Luz que se estende do grosseiro ao puro, chamado Ohr
Chozêr (Luz Retornante). |
De Cima para Baixo |
Luz que se estende do puro ao grosseiro, chamado Ohr Yashár (Luz direta). Além disso, de Bechiná Álef (primeiro discernimento) através de Bechiná Dálet (quarto discernimento). Bechiná Dálet ficou sem Luz, portanto, ela é considerada a mais baixa. Bechiná Álef está Acima de todas elas, pois o seu desejo é o menor. |
Desperdício | Os Sigim (dejetos) deixados após os escrutínios. |
Discurso |
Dez Sefirot (luminosidades) de Luz que passam através de seu Malchut (reino) e descem para o Guf (corpo). Também, dez Sefirot de Luz que passam de Malchut de Rosh (cabeça), chamada Pê (boca), para o Toch (interno). O Partzuf (face) interno de Nukvá (feminino) é chamado “discurso”. Se ele se afasta e ela permanece apenas com o Partzuf exterior, então é chamado “mudez”, porque o Partzuf interior é GAR e o
exterior é VA”K. |
Disse ao Seu
mundo: “Chega! Espalhe não mais”. |
Malchut (reino), que termina a Hitpashtut (expansão) da Luz
Superior no Chazê (peito) do mundo de Yetzirá (criação), coloca ali esse limite. |
Doando Luzes |
De Sefirá (iluminação) a Sefirá, através Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela), todas as luzes vêm para Kéter (coroa). Quando Bechiná Guimel (terceiro discernimento) de Kéter purifica Bechiná Bet (segundo discernimento), ela dá Luzes para Chochmá (sabedoria). Quando Aviut (espessura) Chochmá purifica Bechiná Bet (segundo discernimento) para Bechiná Álef (primeiro discernimento), ela dá Luzes ao Kli
(vaso) de Biná (entendimento), etc. |
Éden inferior | Yessód (fundação) do mundo de Assiá (ação). |
Éden Superior | Yessód (fundação) do mundo de Briá (criação). |
Espaço Vazio |
Pela força de Tzimtzum Álef (primeira restrição), Malchut (reino) finaliza a Luz Superior. Este Siúm (conclusão) fica acima do ponto deste mundo. Através de Tzimtzum Bet (segunda restrição), o lugar do Tzimtzum sobe de Siúm Galgálta (crânio) ao Chazê (peito) do Partzuf (face) Nekudim (pontos). E de lá para baixo, um lugar vazio foi feito e o lugar das Klipót (cascas). No entanto, pela queda de vasos de doação abaixo do Chazê do local de BYA, apenas quatorze Sefirot (luminosidades) permaneceram por Mador haKlipót (seção das cascas). Através do pecado de Adam HaRishon (primeiro homem), o ponto de Siúm (final) de Kedushá (santidade) desceu à Biná (entendimento) de Malchut do mundo de Assiá (ação), chamada “o solo do Jardim do Éden inferior”, do qual foi feito o lugar do espaço vazio. Segue-se que o espaço foi diminuído pela quebra dos vasos e do pecado de Adam HaRishon, uma vez que desceu do lugar de Parsá (ferradura) para
Biná de Malchut de Assiá. Mas as Klipót obtiveram a força para construir quatro mundos. |
Espaço/Vazio |
Bechiná Dálet (quarto discernimento), que é esvaziada de Luz devido a Tzimtzum Álef (primeira restrição) não está ausente do emanado, mas há um espaço vazio
nele, sem Luz. |
Espiritualidade | Desprovido de qualquer estado corporal, tais como
tempo, espaço e movimento. |
Estreito |
Escassez de Chassadim (misericórdia). Amplo— abundância de Chassadim. Escassez de Chochmá (sabedoria) é chamada “curto” e abundância de
Chochmá é chamado “longo”. |
Eu (Ani) |
Quando Malchut (reino) é revelada, é chamada de “eu” ou “mim”. Quando está oculta, é chamada de “Ele” ou “dEle”. |
Extenso |
Abundância de Chochmá (sabedoria). Curto—escassez de Chochmá. Amplo—abundância de Chassadim
(misericórdia); Estreito—escassez de Chassadim. |
Extenso |
Abundância de Chassadim (misericórdia). Estreito— escassez de Chassadim. Escassez de Chochmá (sabedoria) é chamada “curto” e abundância de
Chochmá é chamada “longo”. |
Face Masculina | Doação de Chochmá (sabedoria). |
Filho | Um inferior, com respeito ao Superior. |
Firmamento (Rakia) |
Yessód (fundação) de ZA é chamado por esse nome
porque é o Siúm (final) de ZA—Água Superior—e o início de Nukvá—água inferior. |
Força | Um discernimento que é como a semente da qual a
árvore crescerá. |
Força da Klipá |
Vestimentas de Luzes partem de seus Kelim (vasos) devido ao mal misturado neles e caem nas Klipót
(cascas) com o resíduo da Luz. Isso dá força a Klipá. |
Forma |
As quatro Bechinot (discernimentos) Aviut (espessura) em Malchut (reino), chamadas Chochmá (sabedoria),
Biná (entendimento), ZA e Malchut (reino) são chamadas “quatro formas”. |
Gadlut (Grandeza/ Adultez/ Maturidade) | Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) no grau. |
Galgálta | Partzuf Kéter (face coroa), o Kli (vaso) que veste a Luz
de Yechidá (única). |
GAR |
Luzes de Rosh (cabeça) que antecederam aos Kelim
(vasos), que são as Sefirot (iluminações) KACHÁB, chamadas Rosh do Partzuf (face). |
GAR do Guf | CHAGAT |
Guidin (Tendões) | Kli de Biná (entendimento) nas dez Sefirot
(iluminações) cujos níveis são iguais. |
Guimel | Valor numérico: 3 |
Grande/Adulto/Maduro |
Revelação de Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). A
ausência de Ohr Chochmá faz um Partzuf (face) pequeno. |
Guf (Corpo) |
Os vasos reais de recepção em cada grau, que se expandem pela força de Ohr Chozêr (Luz Retornante)
de sua Massach (tela) para baixo. Ai é onde a recepção das Luzes ocorre na realidade. |
Haka’á (Notável/ Batida) |
O encontro entre a Luz Superior e a Massach (tela) é comparável ao encontro de dois objetos duros, onde um deseja romper os limites do outro e este resiste e
não deixa penetrar o primeiro. |
HaVaYaH– ADNY |
Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face) de ZA e Nukvá (feminino) implícito no anagrama YADONEHY. Yud de HaVaYaH, que é ZA, no início do anagrama, implicando a Chochmá (sabedoria) em ZA. Yud de ADNY, no final do anagrama, implica a
Chochmá em Nukvá. |
Haya | Ohr Chochmá |
Chet | Valor numérico: 8 |
Hevel | Ohr Chozêr (Luz Retornante) que sobe da Massach
(tela) para cima. |
Hey | Valor numérico: 5 |
Histaklut (Olhando) |
Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela). A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), ou Ohr Eynaim (Luz dos
olhos), ou visão, ou Histaklut (observar). |
Histaklut Álef (Primeiro Olhar) |
Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela). A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), ou Ohr Eynaim (Luz dos
olhos), ou visão, ou Histaklut (observar). |
Histaklut Bet (sengundo Olhar) |
Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) aa Massach (tela) que sobe do Tabur (umbigo) ao Pê (boca) e faz Zivugim (acoplamentos) ao longo do seu caminho, gerando Partzufim (faces) de Nekudot
(pontos). |
Hitpashtut (Expansão) |
Luz que é emitida do Emanador e vem ao ser emanado através da ampliação da vontade de receber do ser emanado, que amplia a Hitpashtut (expansão) para si
de acordo com a medida do seu desejo para a Luz. |
Hitpashtut Álef (Primeira Expansão) | Luz de Ta’amim (sabores) |
Hitpashtut Bet (Segunda Expansão) |
A segunda entrada de Luzes após a Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela). Então, já existem Kelim (vasos), de acordo com a regra, “a expansão da
Luz e sua partida torna o Kli (vaso) apto para a sua tarefa”. |
Holam | As Luzes acima dos Otiyot (letras). |
Chotem (Nariz) | Sefirá (luminosidade) ZA de Rosh (cabeça). |
Hurva (Ruina) | O lugar das Klipót (cascas) neste mundo (também desertos). |
Ibúr | Zivug (acoplamento) de Katnut (pequenez). |
Idrin |
Salas internas, CHAGAT de ZA, preenchidos de Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia) , não revelando
iluminação de Chochmá (sabedoria). É por isso que são chamadas “interiores”. |
Ima inferior | Malchut (reino) de Atzilut (emanação). |
Imagem (Demut) |
Tzélem (também imagem) significa vestes dos Môchin (cérebros) de ZA e Demut significa vestes dos Môchin de Nukvá (feminino). As Otiyot (letras) Yud, Hey, Vav do Nome HaVaYaH são Tzélem e, a última Hey de
HaVaYaH é o Demut. |
Interna (Pnimi) |
Partzufim (faces) Ibúr (gestação), Yeniká (amamentação)
e Môchin (cérebros) vestidos de forma que o maior é também o mais interno. |
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Internalidade |
O Aviut (espessura) na Massach (tela) é chamado por esse nome, porque este é o lugar para a doação de abundância. | |||||
Janela | A força de Ohr Chozêr (Luz Retornante) que abre a
recepção de Luz no Kli (vaso). |
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Jardim do Édem inferior | Yessód (fundação) de Malchut (reino) no mundo de
Assiá (ação). |
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Jardim do Éden |
Malchut (reino) de Atzilut (emanação). Éden é Chochmá (sabedoria), e Jardim é Malchut. A totalidade do mundo de Atzilut é Chochmá. É por isso que Malchut
de Atzilut é chamado “Jardim do Éden”. |
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Jardim do Eden Superior | No mundo de (entendimento). | Briá | (criação), | que | é | Biná |
Jerusalém | O Yessód (fundação) externo de Malchut (reino). | |||||
Kamatz (sinal de pontuação) |
Kmitza (condensação) das Luzes. Isto indica as dez Sefirot (iluminações) de Rosh (cabeça), que são condensadas nos Kelim (vasos) de Guf (corpo) antes de suas vestes. A Hitpashtut (expansão) das Luzes no Guf
é chamada Patach (aberta), pois abre uma entrada para a Luz. |
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Katnut (Pequenez) |
Os dois Partzufim (faces) Ibúr (gestação) e Yeniká (amamentação) em cada Partzuf (face) são chamados por esse nome, uma vez que carecem de Rosh (cabeça)
ou Môchin (cérebros). |
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Kelim de Achoraim (Kelim externos) | Kelim (vasos) abaixo do Chazê (peito) no Partzuf
(face). |
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Kelim de Panim | Kelim (vasos) Acima do Chazê (peito) no Partzuf
(face). |
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Kéter |
Colocação da raiz no grau. Vem da palavra Machtir, que significa “circunda”, como é mais pura que qualquer grau e, portanto, envolve o Partzuf (face) de
Cima. |
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Kissê Din (Trono de julgamento) |
Malchut (reino) de Môchin (cérebros) de Ima (mãe), que veste em Malchut do mundo de Beriá (entendimento). É chamado Techelet (azul celeste) e
Sandalfon. |
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Kissê Rachamim (Trono de Misericórdia) | Os nove Superiores Môchin (cérebros) de Ima (mãe). |
Kista de Chayuta (Cista (Cofre) da Força Vital) | O Reshimô (recordação) da Luz passada. Isto é o que fica no Partzuf (face) em seu lugar, como ele sobe para o Superior para MA”N e, tem a “partida dos Môchin
(cérebros)”. |
Kli | O desejo de receber nos seres emanados. |
Kli Malchut |
Bechiná Dálet (quarto discernimento) de Ohr Yashár
(Luz direta), em que houve o Tzimtzum Álef (primeira restrição), de modo a não receber Luz. |
Kli para Ohr Makif |
O exterior, a metade mais pura da parede no Kli
(vaso). A metade interna, mais grossa, da parede no Kli, serve como um Kli para Ohr Pnimi (Luz interna). |
Kli para Ohr Pnimi |
A metade interna, mais grossa, da parede no Kli (vaso). O Kli para Ohr Makif (Luz circundante) é o exterior, a
metade mais pura do Kli. |
Kli que Eleva MAN | ACHÁP do Superior durante Gadlut (grandeza). |
Klipat Noga (A casca Noga) |
Nitzotzin (centelhas) que contêm uma mistura de bom
e mau. Quando Noga recebe Luz em sua parte boa, ela também doa Luz à sua parte má. |
Klipót (Cascas) |
O desejo de só receber, ou seja, um desejo contradizendo a Luz Superior, que é apenas de doação. Assim, são separados da Vida das Vidas e são
considerados “mortos”. |
Kuf | Valor numérico: 100 |
Lamed | Valor numérico: 30 |
Lamed–Bet (32) Deuses do Ato da Criação |
Trinta e dois caminhos de Chochmá (sabedoria), que vêm de Biná (entendimento), chamados Elokim (Deus). Ele classifica Reish-Pê-Chet (288) fora de Shin- Chaf (320) Nitzotzin (centelhas), que são as nove
Superiores, deixando Malchut (reino) abaixo, como resíduo. |
Leite |
Luzes de Chassadim (misericórdia), que Biná
(entendimento) dá a ZA após seu nascimento. Essas Luzes voltam a ser Chochmá (sabedoria), e isso é chamado “leite que se torna sangue”. |
Lento | Extensão gradual das Luzes por meio de causa e
consequência. |
Linha (Kav) |
Indicando uma diferenciação “de Cima para baixo”, que não existia anteriormente, bem como a sua iluminação é muito menor que o valor anterior. Também, dez Sefirot (luminosidades) de Yósher (retidão) são chamadas Tzinor (mangueira) da perspectiva dos Kelim (vasos) e Kav da perspectiva das
Luzes. |
Local Vago e Espaço |
Quando ZA sobe para AA, que é o seu verdadeiro lugar da perspectiva dos Nekudim (pontos), um espaço vazio permanece em BYA, já que lá, não há Luz da totalidade de Atzilut (emanação), até pelo Gmar Tikun (fim da correção), Atzilut descerá abaixo da Parsá
(ferradura). |
Longe / Distante |
Uma grande medida de disparidade de forma. Além disso, a diminuta iluminação de Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). Perto significa ampla iluminação de Ohr
Chochmá. |
Lugar | O desejo de receber no emanado. Também, tempo,
espaço e movimento são todos o mesmo assunto. |
Lugar de Assentamento |
Como o lugar dos mundos BYA é dividido em GE de BYA, o lugar de Kedushá (Santidade), e as quatorze Sefirot (luminosidades) de Mador ha Klipót (Seção das Cascas), este mundo é dividido em um lugar de assentamento, que inclui BYA—o lugar do Templo,
Eretz Ysrael e exterior—bem como o local de ruína, que são os desertos, em que as pessoas não se estabelecem. |
Lugar de BYA | Preparedo durante Tzimtzum Bet (segunda restrição). |
Lugar de Concepção |
O terço inferior da Sefirá (luminosidade) Tiféret
(beleza) de AVI, enquanto é um Partzuf (face) com YICHUD (unificação). |
Lugar de Trevas |
A Sefirá (luminosidade) Malchut (reino), que finaliza o
Partzuf (face) devido à força de Tzimtzum (restrição) nela, faz trevas de seu exterior. |
Lugar onde as Klipót
Apertam |
Um lugar de deficiência em Kedushá (Santidade). |
Luz antiga | Luzes que permaneceram no mundo de Nekudim
(pontos) após a quebra dos vasos. |
Luz de Atzilut | Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). |
Luz de Beriá | Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia), sem Ohr
Chochmá (Luz de sabedoria). |
Luz de Malchut | Luz que o Partzuf (face) recebe do seu Superior
adjacente, e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamado Ohr Néfesh ou “Luz Feminina”. |
Luz de Reshimô | O que permanece após a saída da Luz do Kli (vaso). |
Luz Feminina |
Luz que o Partzuf (face) recebe do seu Superior adjacente e não como doação de Ein Sóf (infinito). É
também chamada Ohr Néfesh ou Ohr Malchut. |
Luz limitada no Kli |
Quando a Luz está presa e dependente da medida de Aviut (espessura) no Kli (vaso), por isso não pode se expandir mais, ou menos, que a medida de Aviut no
Kli. |
MA |
HaVaYaH preenchido com Álefs: Yud-Hey-Vav-Hey. Todos os níveis que emergem em Atzilut (emanação) emergem ao nível de MA. Atzilut é considerado o novo MA em relação às Luzes—os Nitzotzin (centelhas) e os Kelim (vasos) de Nekudim (pontos) que se conectam a ele. Eles são considerados mais velhos que ele, uma vez que já tinham sido usados no Partzuf (face)
anterior de Nekudim. |
Malchut |
A última Bechiná (discernimento). É chamada por esse nome por que uma orientação assertiva e firme se
estende dela na governança completa. |
Malchut Não tem Luz |
A Massach (tela) é purificada e permanece apenas Aviut Shóresh (espessura raiz) insuficiente para um Zivug (acoplamento). Portanto, ela pode receber
apenas do Zivug feito em ZA. |
MAN |
O que provoca o Zivug (acoplamento). Também, a GE do inferior foi anexada no mesmo grau com o ACHÁP do Superior, que caíram neles no estado de Katnut (pequenez). Assim, como resultado da Dvekút (adesão) durante o período de Katnut, quando o Superior veio por Gadlut (grandeza), porque o seu ACHÁP levantou- se e tornou-se um novo NEHY, dentro de seu ACHÁP está a GE do inferior. Tal como a Massach (tela) e as Reshimot (recordações) de AB, incluídos no Rosh (cabeça) de Galgálta (crânio) e gerando AB, isto é o que aconteceu no Tzimtzum Bet (segunda restrição), através do Ibúr (gestação), exceto o Zivug (acoplamento) está
em Yessód (fundação). |
MANTZEPACH םןץףך |
Bechinot (discernimentos) Massach (tela) e Aviut (espessura) do Partzuf (face) que permaneceram nele desde o momento da sua Katnut (pequenez). MA”N do inferior estão ligadas ao ACHÁP do Partzuf Nukvá (feminino), na própria MA”N de Nukvá, que sobrou para si de seu Ibúr (gestação). Da Massach do seu Ibúr, o inferior recebe o nível de Ibúr. Assim, o MA”N do Ibúr foi incluído no MANTZEPACH (Mem, Nun, Tzadi, Pê e Kuf finais) de Nukvá, como ela os eleva a
ZA. Nesse momento, um Ibúr foi feito em seu MA”N, e ele recebe seu nível. |
Masculino (Zachar) | Um Partzuf (face) que recebe Luzes do seu Superior na integralidade, como elas eram no Superior. |
Massach |
A força do Tzimtzum (restrição) despertado no emanado para a Luz Superior, detendo-o de descer para Bechiná Dálet (quarto discernimento). Assim, no momento em que atinge e toca Bechiná Dálet, esta força imediatamente desperta, a ataca e a repele. E essa
força é chamada Massach (tela). |
Mayin Nukvin |
Como Nekudot (pontos) de SAG se expandiram abaixo do Tabur (umbigo), uniram-se dois Reshimot (recordações)—dos primeiros cinco de SAG e da Hey inferior de Galgálta (crânio). A Massach (tela) é uma inclusão de duas fêmeas: Biná (entendimento) e Malchut (reino). É por isso que a Massach é chamada Maín Nukvin (águas femininas), daqui em diante há sempre duas fêmeas incluídas em cada um dos seus
Zivugim (acoplamentos). |
Mazla (Aramaico: sorte) |
Se’arot (cabelos) Dikná são chamadas por esse nome
porque suas Luzes gotejam como gotas até que se juntem as grandes Luzes nos mundos. |
Meio/Médio | Conectando e decidindo entre duas bordas distantes. |
Mem | Valor numérico: 40 |
Meses de Concepção (Ibúr) |
(Também: o tempo de concepção). Tempo e espaço são iniciações da forma. Um Partzuf (face) é concluído através de muitos Zivugim (acoplamentos) e Luzes, que são sete, nove ou doze meses, de acordo com o
número de Luzes que se juntam na conclusão. |
Metzach | Biná (entendimento) de Kéter (coroa). |
Metzach do Desejo | Durante o Zivug (acoplamento) de Gadlut (grandeza), quando Ohr Chochmá (Luz da sabedoria) brilha através
da Luz de AB-SAG, as Se’arot (cabelos) se afastam e o tempo de boa vontade aparece. |
MI | Biná (entendimento). |
Môchin | Luzes de GAR ou Luzes de Rosh (cabeça). |
Môchin de Gadlut |
Os Môchin (cérebros) que ZA recebe através de sua ascensão ao MA”N após nove anos. Ele é chamado Ibúr Guimel (terceira gestação), bem como “Môchin da procriação”, já que ZON faz um Zivug Panim be Panim
(acoplamento face a face) e pode procriar almas. |
Môchin de Holoada (procriação) |
Os Môchin (cérebros) que ZA recebe através de sua ascensão ao MA”N após nove anos. Naquele momento, ZON faz um Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face) e pode procriar almas. É também chamado de Môchin de Gadlut (cérebros de grandeza) e Ibúr Guimel (terceira gestação). Também, é a Luz de Chaiá que ZA recebe de AVI ao nível de AB.
Através destes Môchin, ZA gera o GAR das almas. |
Moshe e Israel | GAR de ZA. |
Motrey (Excesso) Môcha |
Luzes que o Moach (cérebro) não pode tolerar devido à ausência de Tikunim (correção). Assim, eles saem em Galgálta (crânio). Eles também são chamados Se’arot
(cabelos). |
Movimento | Qualquer regeneração de forma de uma forma
anterior. |
Mudez-Discurso |
Dez Sefirot (luminosidades) de Luz que atravessam de Malchut de Rosh (reino da cabeça), chamadas Pê (boca), para o Toch (dentro). O Partzuf (face) inteno de Nukvá (feminino) é chamado “Discurso”. Se elas se afastam e ela permanece somente com o Partzuf exterior, então
é considerado “mudez“, uma vez que o Partzuf interior é GAR e o exterior é VAK. |
Mulher (Nukva) |
Malchut (reino) do mundo de Atzilut (emanação) é chamada por esse nome porque recebe Luz de ZA
através de uma Nekev (orifício) em seu Chazê (peito), onde a Luz é diminuída. |
Mundo (Olam) |
O nome Olam começa com o Partzuf (face) BON do mundo de Adam Kadmon (homem primitivo), desde ZA e Malchut (reino) dos Kelim (vasos) internos de Bechiná Dálet (quarto discernimento) desapareceram e tornaram-se Kelim para Ohr Makif (Luz circundante), chamados Levúsh (vestimenta) e Heichal (palácio).
Além disso, Olam significa Hey’elem (ocultação). |
Mundos e Almas |
AVI fazem dois Zivugim (acoplamentos): 1) Achor be Achor (costa com costa), para reviver os mundos com Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia); 2) Panim be Panim (face a face), para procriar almas. Um Levush (vestimenta) estende-se do primeiro Zivug (acoplamento) externo e, do segundo Zivug interno estende Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) às almas. É por isso que há três Partzufim (faces): externo e médio—do primeiro Zivug e, interno—do segundo
Zivug. |
Néfesh |
Luz que o Partzuf (face) recebe de seu adjacente
Superior e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamado de “Luz feminina”. |
Nehirô | Ohr Yashár (Luz direta). |
Nehirô Dakik | Iluminação fina e pequena que revive as Klipót
(cascas). |
Nekudá |
Malchut (reino) no qual não há Zivug (acoplamento) e que não levanta Ohr Chozêr (Luz Retornante), permanece escura, sem Luz, devido ao Tzimtzum
(restrição) feita no ponto médio. |
Nekudôt |
Quatro níveis que emergem sobre o Zivug (acoplamento) na Massach (tela) durante sua Hizdakchut (refinamento). Luzes de Tabur (umbigo)— Nekudôt (pontos) Sobre as Otiyot (letras)—Holam. Luzes de Yessód (fundação)—Nekudôt dentro de Otiyot— Melafom. Luz de Siúm (final) Raglaim (pernas)—Nekudot
abaixo dos Otiyot (letras). |
Neshamá |
Luz que veste o Kli (vaso) de Biná (entendimento) é chamada Neshimá (respiração), da palavra Linshom (respirar), porque ZA recebe a Luz do espírito da vida,
de Biná (entendimento), subindo e descendo, como na respiração. |
Nesirá (Serrando) | Separação de Nukvá (feminino) de ZA. |
Nikvey (Orifícios de) Ózen, Chotem, Eynaim | Em Tzimtzum Bet (segunda restrição), Malchut (reino) subiu para a Sefirá (luminosidade) Chochmá (sabedoria) em cada Sefirá, e fez orifícios em Chótem (nariz), Ózen (orelha) e Eynaim (olhos). Antes da ascensão de Malchut, havia apenas um orifício em cada
Sefirá, no Pê (boca). |
Nikvey Eynaim |
Bechiná Álef (primeiro discernimento) no Rosh (cabeça), já que Chochmá (sabedoria) é chamada Eynaim (olhos) e, pela força da subida da Hey inferior ao Eynaim, uma Nukvá (feminino) foi feita também em
Chochmá. |
Nitzotzin |
Os Reshimô (recordações) que restaram das Luzes de Nekudim (pontos) após sua saída dos Kelim (vasos) quebrados. Existem neles dois tipos de Luzes: 1) Ohr Yashár (Luz direta), puro, chamado “Luzes”, que permaneceram em Atzilut (emanação) e, 2) Ohr Chozêr (Luz Retornante), grosseiro, chamado Nitzotzin
(centelhas), que desceram para BYA com os Kelim. |
No Futuro |
As Luzes de Biná (entendimento) Superior são chamadas assim, já que são definidas em ZA para o futuro. As Luzes de Tvuná (introspecção) entram no
ZON permanentemente e, portanto, são chamadas de “o próximo mundo”. |
Nome |
Uma descrição de como a Luz, que está implícita em um nome, é alcançada. O nome de cada grau descreve
os modos de realização nesse grau. |
Nova Luz | Qualquer Luz emergindo da correção dos Kelim
(vasos) no mundo de Atzilut (emanação). |
Novas Almas |
1) Completamente novas, se estendendo de Chochmá (sabedoria) de Ohr Yashár (Luz direta). Estas não vêm ao mundo de Tikun (correção). 2) Regeneração de almas, que vêm de Chochmá dos trinta e dois caminhos, de Biná (entendimento) incluídos em Chochmá. No entanto, eles são novos em relação à ZON, uma vez que eles vêm do novo MA (e apenas almas de BON são velhas). Nelas, também, há dois Bechinôt (discernimentos): 1) Novas almas de Panim be Panim (face a face), aplicadas durante o Templo, quando ZA estava permanentemente no nível de AB e, Briá (criação), considerado as almas, estava em Atzilut (emanação). Por esta razão, as almas, também, estavam no mundo de Atzilut e eram consideradas Panim be Panim. 2) Após a ruína, quando Briá desceu ao seu lugar sob a Parsá (ferradura), e não tem Luz de Atzilut, mas Achor be Achor (costas com costas). Assim,
em relação ao Achor be Achor, estas almas são consideradas novas. |
NARANCHAY |
Os Kelim (vasos) das dez Sefirot (luminosidades) são chamados KACHÁB ZON. As Luzes das dez Sefirot são chamadas Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá, Yechidá. Os
Kelim são vistos como sendo de Cima para baixo e as Luzes—de baixo para Cima, na ordem do crescimento. |
Nukvá |
A altura de seu crescimento: no futuro, ela será Panim be Panim (face a face) com ZA, em um Kéter (coroa). Sua maior diminuição—um ponto sob Yessód
(fundação) de ZA. |
Nun | Valor numérico: 50 |
Nutrição |
Estes devem ser de um Grau Superior, uma vez que
fornecem força para levantar de forma permanente e vestir o Superior. |
O Fim de Tudo |
Bechiná Dálet (quarto discernimento) em Bechiná
Dálet—o mais grosseiro de todos—é chamada Sóf (fim) porque todos os graus vêm apenas para corrigi-la. |
Odor | A Luz em ZA de Rosh (cabeça), chamada Chotem
(nariz). |
Ohr Panim | Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). |
Ohr Pnimi (Luz Interna) | Luz vestida num Kli (vaso). |
Ohr Yashár | Luz que se estende de Ein Sóf (infinito) aos Partzufim (faces). Ela não afeta os Igulim (círculos), mas apenas as Sefirot (luminosidades) de Yósher (direta), de acordo com o desejo de receber nelas: o Doador dá a um desejo mais grosseiro, para Bechiná Dálet (quarto
discernimento). Também, a Luz, que se estende de pura a grosseira, chamada “de Cima para baixo”. |
Olhando na face | Doando Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). |
Orgãos | Sefirot de Guf (luminosidade do corpo). |
Ohr (Luz) |
Tudo recebido em Bechiná Dálet (quarto discernimento). Inclui tudo, exceto o desejo de receber. |
Ohr Chochmá | Luz que se estende do Criador para a criatura, a
totalidade e o sustento dos seres emanados. |
Ohr Chozêr (Luz Retornante) |
Luz que não foi recebida em Bechiná Dálet (quarto discernimento) e foi repelida pela Massach (tela). Após Tzimtzum Álef (primeira restrição), ela serve como um vaso de recepção para todos os Partzufim (faces), em
vez de Bechiná Dálet. Também, a Luz que se estende de grosseira a pura, chamada “de baixo para Cima”. |
Ohr Eynaim |
Luz que surge sobre a Massach (tela) em NE na Bechiná Aviut Álef (fase de espessura um). Também, Luz de Hitpashtut (expansão) de Ein Sóf (infinito) aa Massach. A Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), Ohr Eynaim (visão) ou Histaklut
(observação). |
Ohr Makif |
Qualquer Luz que é repelida de recepção no Sóf (final) do Partzuf (face), devido à fraqueza da Massach (tela).
Circunda o Partzuf (face) e pressiona a Massach (tela), para ser vestido nela no futuro. |
Ohr Néfesh |
Luz que o Partzuf (face) recebe do seu Superior
adjacente e não como doação de Ein Sóf (infinito). É também chamada de “Luz Feminina” ou Ohr Malchut. |
Origem da Alma |
O desejo de receber, que foi impresso nas almas, que as separa da Luz Superior. A transição entre o mundo
de Atzilut (emanação) e o mundo de Briá (criação). |
Origem das Luzes |
Malchut (reino) de Rosh (cabeça) é chamada assim, uma vez que cria Ohr Chozêr (Luz Retornante), que veste a
Luz e leva-a para o Guf (corpo). |
Oscilante |
VA”K é chamado por esse nome, porque até o
Partzuf (face) alcançar GAR, oscila entre Din (julgamento) e Rachamim (clemência). |
Otiyot (Letras) | Kelim (vasos). |
Outros Deuses |
O aperto das Klipót (cascas) nos Achoraim de Nukvá
(Dorsos femininos), já que ela não é totalmente classificada antes Gmar Tikun (final da correção). |
Panim | O lugar no Kli (vaso) que se destina a receber ou a doar. |
Parede (Dofen) |
A Aviut (espessura) da Massach (tela) é o Kli (vaso) que recebe Luz. Isso é chamado “a parede do Kli” porque todo o Kli é somente suas paredes. As quatro Bechinot (discernimentos) de Aviut são quatro camadas na espessura da parede, posicionadas uma sobre a outra e consideradas internalidade e externalidade. A Bechiná (discernimento) mais espessa na parede do Kli estende mais a abundância e é considerada a internalidade do Kli. O resto das Bechinot, as mais puras, são consideradas a exterioridade do Kli, onde Bechiná Dálet é a interna, em comparação a Bechiná Guimel, Bechiná Guimel é interna em comparação a
Bechiná Bet, etc. |
Parede (Kotel) |
Um Massach (tela) de Achoraim (costas) de Ima (mãe), que detém Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) de atingir ZON, quando estão em Katnut (pequenez), pela força
de estar Chafez Chéssed (Deleitando-se em Misericórdia). |
Parsá | Uma fronteira que divide o Partzuf (face) em vasos de doação e vasos de recepção. |
Partições | O Guf (corpo) do Partzuf (face). |
Partzuf |
Dez Sefirot (luminosidades), uma abaixo da outra, que
vem através da ascensão de Malchut (reino) ao Emanador. |
Patach (sinal de pontuação) |
Hitpashtut (expansão) de Luzes no Guf (corpo) é chamada assim porque abre uma entrada para a Luz. Kamatz (sinal de pontuação) é Kemitza (condensação) de Luzes, indicando as dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça), que são condensadas antes de se
vestirem nos Kelim (vasos) de Guf. |
Patriarcas (Avot) | As Sefirot (luminosidades) CHAGAT em relação às
Sefirot NEHY, que são seus descendentes. |
Pê | Malchut (reino) de Rosh (cabeça). |
Pê | Valor numérico: 80 |
Peiot | Malchut (reino) é chamada por esse nome porque ela
é a última das Sefirot (luminosidades). |
Pleno | Quando não há nenhuma deficiência e nada a
acrescentar à sua completude. |
Poço (de água) |
Yessód (fundação) de Nukvá (feminino), do qual Ohr
Chozêr (Luz Retornante) aumenta, como que de um poço. |
Ponto Médio |
Bechiná Dálet (quarto discernimento) em Ein Sóf
(infinito) é chamada por esse nome porque está em unidade com a Luz de Ein Sóf. |
Indica a origem de cada grau dentro delas, se é de | |
Pontuação das Otiyot | Hitkalelut (inclusão) com o Superior, com o inferior, |
(Letras) | ou consigo mesma. O preenchimento dos nomes |
indica o nível do grau. | |
Preenchimento |
A medida de Aviut (espessura) na Massach (tela) é chamada por esse nome, por ser a razão do
preenchimento do Kli. |
O nome HaVaYaH são dez Sefirot (iluminações): Yud— | |
Chochmá (sabedoria), a primeira Hey—Biná | |
(entendimento), Vav—ZA, a Hey abaixo, Malchut | |
(reino). Mas este nome não indica o nível das dez | |
Sefirot. O nível pode ser Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá | |
ou Yechidá. O nível é determinado pelo seu | |
Preenchimento de
HaVaYaH |
preenchimento. O preenchimento indica a Luz nas dez Sefirot de HaVaYaH: o nível de Néfesh de
HaVaYaH é preenchido com Hey—Guematria BON, o |
nível de Rúach com o preenchimento de Álef— | |
Guematria MA, o nível de Neshamá com o | |
preenchimento de Yud, onde apenas Vav é | |
preenchido com Álef—Guematria SAG e o nível de | |
Chaiá é completamente preenchido com Yud, | |
incluindo a Vav de HaVaYaH—Guematria AB. | |
Preenchimento de Nomes |
Indica o nível do grau. A pontuação das letras indica a origem de cada grau particular neles, se é Hitkalelut
(inclusão) com o Superior, inferior, ou em si mesma. |
Preenchimentos |
Um Partzuf (face) são dez Sefirot (iluminações) vazias: Kéter (coroa), Chochmá (sabedoria), Biná (entendimento), ZA, e Malchut (reino). Elas são marcadas no nome HaVaYaH: Yud é Chochmá, Hey é Biná, Vav é ZA, e Hey é Malchut. Em Guematria, Yud– Hey–Vav–Hey = 10 +5 +6 +5 = 26 (Chaf–Vav). No entanto, tudo isso não indica o seu nível: Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá ou Yechidá. O nível é determinado pelo preenchimento da Luz nas dez Sefirot. Ao nível de Chaiá, está inteiramente preenchida com Yud, inclusive o Vav de HaVaYaH. Sua Guematria é Ayin–Bet (AB): Yud–Hey–Viv–Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+10+6) + (5+10) = AB = 72. Ao
nível de Neshamá, está preenchida com Yud e somente o Vav é preenchido com Álef. Sua Guematria é Samech-Guimel (SAG): Yud–Hey–Vav–Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+1+6) + (5+10) = SAG = 63. Ao nível de Rúach, é preenchida com Hey e, somente o Vav é preenchido com Álef. Sua Guematria é Mem–Hey (MA): Yud–Hey–Vav–Hey = (10+6+4) + (5+1) + (6+1+6) + (5+1) = MA = 45. Ao nível de Néfesh, é preenchida com Hey e, somente o Vav é sem preenchimento. Sua Guematria é Bet–Nun (BON): Yud–Heh-Vv-Heh = (10+6+4) + (5+5) + (6+6) + (5+5) = BON = 52. |
Preparação para Receber |
Quando há um Massach (tela) no Partzuf (face) na
medida certa para Zivug (acoplamento) e extensão da Luz. |
Primeiro Ibúr | Zivug (acoplamento) para a mera existência do Partzuf
(face). |
Proliferação de Luz |
Muitas Reshimot (recordações) que não foram regenerados num Zivug (acoplamento) e, portanto, exigem a sua correção e elevarem-se ao MA”N para um
novo Zivug. |
Próximo | Proximidade de forma para um amigo. |
Próximo Mundo |
Luzes de Tvuná (introspecção), que vêm em ZON permanentemente. No futuro—Luzes de Biná (entendimento) Superior. Elas são chamadas por esse
nome, uma vez que são definidas em ZA para o futuro. |
Quadrangular | Zivugim (acoplamentos) feitos em Malchut (reino) durante sua Hizdakchut (refinamento) de Bechiná Dálet (quarto discernimento) para Bechiná Guimel (terceiro discernimento), de Bechiná Guimel para Bechiná Bet (segundo discernimento) e até que chegue à Pê (boca). Recebem este nome após os quatro tipos de
purificação da Massach (tela). |
Qualidade do Lugar |
A quantidade do lugar é o número de graus que existem naquele lugar. A qualidade do lugar é a
importância do grau presente no local. |
Quantidade do Lugar |
Quantidade do lugar é o número de graus naquele lugar. A qualidade do lugar é a importância do grau
naquele lugar. |
Quatro Formas |
Uma Aviut (espessura) ou desejo na criatura, é considerada sua substância. As quatro Bechinot
(discernimentos) na Aviut (espessura) são chamadas de “quatro formas”. |
Quatro rudimentos | Dálet Bechinot (quatro discernimentos) na Aviut
(espessura) do Kli (vaso) Malchut (reino). |
Queda | Descida de um grau para um mais baixo, porque se
tornou como ele. |
Queda de Órgãos de Adam HaRishon |
Antes do pecado, Adam HaRishon (primeiro homem) havia NARAN de Atzilut (emanação). Após o pecado, todos os órgãos de sua alma caíram e somente Luz de Néfesh (alma) permaneceu nos Kelim (vasos) das 100
Ketarim (plural de Kéter). |
Queda dos Órgãos | A queda das almas para as Klipót (cascas). Nos Kelim
(vasos), a queda para as Klipót chama-se “quebra”. |
RADLA |
Dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça) de Atik (antigo) são chamados Reisha de Lo Etyada (RADLA) porque usam Malchut (reino) de Tzimtzum Álef
(primeira restrição). |
Raquel | Nukvá (feminino) de ZA, do seu Chazê (peito) para baixo. |
Rastro | Yessód (fundação) de Aba (pai) tem esse nome porque é longo e estreito. |
Redondo |
Quando não há distinção de Acima e abaixo entre as quatro Bechinot (discernimento) no desejo. Por esta razão, as quatro Bechinot são chamadas de “quatro
Igulim (círculos) redondos” um dentro do outro, como não há Acima e abaixo entre eles. |
Regeneração de Almas |
Doação de Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) às almas, como tiveram durante a Gadlut (Grandeza) do mundo de Nekudim (pontos) e, que foi removida pela quebra. É também como se elas tivessem tido uma segunda chance, antes do pecado de Adam HaRishon (primeiro
homem) e a segunda partida através da queda dos órgãos da alma. |
Reish | Valor numérico: 200 |
Remoção/Distanciando |
Um Tikun (correção) em que o Kli (vaso) distancia-se de receber Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) e em vez
disso escolhe Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). |
Repouso |
Quando um Partzuf (face) sobe para MA”N, seu lugar é considerado em estado de sono, sem Môchin
(Cérebros). Permanece com Kista de Chayuta (cista (peito) da força vital). |
Reshimô/Reshimot | Que a Luz deixa após sua partida. Este é o núcleo e a
raiz do nascimento de outro Partzuf (face) fora dela. |
Resíduo/Sobra (She’er) | Um Zivug (acoplamento) para reviver os mundos. |
Ressoreição dos Mortos |
Retorno de BYA para o mundo de Atzilut (emanação) é dado esse nome porque a saída do mundo da Atzilut
é chamada “morte”. |
Retorno para o Emanador |
Partida da Luz na Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela) para Malchut (reino) de Rosh (cabeça), o Emanador das dez Sefirot (luminosidades) de Guf
(corpo). |
Rodas |
Sefirot (luminosidades) de Igulim (círculos) são chamadas por esse nome porque nelas as Luzes se tornam redondas, já que lá não há pureza e Aviut
(espessura). |
Rosh (Cabeça) |
A parte no emanado que é ao máximo igual à forma de Shóresh (raiz). É também as dez Sefirot (luminosidades) da Luz Superior que se expande para a Massach (tela) em Malchut, (reino) para elevar Ohr Chozêr (Luz Retornante). É chamada por esse nome, porque precedem a Massach (tela) e Ohr Chozêr. Além disso, é as dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz direta) que se
veste nas dez Sefirot de Ohr Chozêr. |
Rosto Feminino | Kelim de Panim (vasos da face) relacionados à recepção
de Chochmá (sabedoria). |
Rúach | Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). É uma luz que se veste no Kli (vaso) de ZA, pois sua conduta é para se elevar a Biná (entendimento) para sugar sua Luz e
descer a fim de dá-la a Malchut (reino). |
Saliência | Iluminação de Chochmá (sabedoria). |
Samech | Valor numérico: 60 |
Sangue impuro | Também conhecido como “nascimento de sangue”. |
Sefira |
Dez Sefirot (luminosidades) de Ohr Yashár (Luz direta) vestidas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante), que emergem num Zivug (acoplamento), são chamadas “uma Sefirá (luminosidade)”, após a Maior
Sefirá no nível, embora contenha dez Sefirot em comprimento e espessura. |
Segol |
Uma indicação de que há três Nekudot (pontos)
CHABAD quando CHAB estão Panim be Panim (face a face). |
Segundo Ibúr | Zivug (acoplamento) para adicionar Ohr Chochmá (Luz
de sabedoria) ao Partzuf (face). |
Selado |
As mesmas dez Sefirot (luminosidades) que vão de Rosh (cabeça) ao Guf (corpo), uma vez que um selo é Ohr Chozêr (Luz Retornante) que sobe da Massach (tela),
vestindo as dez Sefirot de Rosh. |
Selo (Hotam) |
Ohr Chozêr (Luz Retornante) que sobe da Massach (tela), vestindo as dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça). Nechtám (selo)—as mesmas dez Sefirot como
elas vão de Rosh ao Guf (corpo). |
Separação | Dois graus sem equivalência de forma entre eles, de
qualquer lado. |
Separando os Sigim (Escórias) |
Sigim são as Hey inferiores, que foram misturadas nos sete Melachim (reis) e causaram a quebra do mundo de Nekudim (pontos). Assim, o Tikun (correção) é a necessidade de remover a Hey inferior de todos os Kelim (vasos) quebrados. Isso é feito por Ohr Chochmá (Luz de sabedoria), Luz de Aba (pai). Este Tikun é chamado “separação dos Sigim“. Além disso: um Tikun que é feito por Ohr Chochmá, Luz de Aba, que deverá remover a Hey inferior de todos os Kelim quebrados. Isto é assim porque Sigim são a Hey inferior, que foi misturada com os sete Melachim e causou a quebra do
mundo de Nekudim. |
Shin | Valor Numérico: 300 |
Shóresh (Raiz) | Todas as Bechinot (discernimentos) em Kéter (coroa);
dez Sefirot (luminosidades) de Rosh (cabeça). |
Sigim (Escórias) |
Hey inferior que se misturou com os sete Melachim
(reis) e causou a quebra do mundo de Nekudim (pontos). |
Simples (Pashut) | Sem distinção de graus ou lados. |
Siúm Kelim de Panim | Chazê (peito). |
Siúm de Tzimtzum Álef | Acima do ponto deste mundo. |
Siúm de Tzimtzum Bet | A Parsá (ferradura) que termina Atzilut (emanação). |
Siúm Raglaim de Adam Kadmon | O ponto de Siúm (conclusão) deste mundo. Este é o
fim da linha de Ein Sóf (infinito) e o ponto médio de todos os mundos. |
Siúm Raglaim de Atzilut | Biná (entendimento) de NEHY de Adam Kadmon
(homem primitivo). |
Sóf/Siúm (Conclusão/Fim) |
Feito pela força que repele em Bechiná Dálet (quarto discernimento). Lá a Luz Superior deixa de brilhar porque não a recebe. Bechiná Dálet é chamada Siúm
(final), porque ela pára de receber a Luz Superior e ao fazê-lo termina o grau. |
Sofrimento | Quando o Kli (vaso) é digno vestir a Luz, mas não a veste, devido à sua própria escolha. |
Sol em seu estojo | NEHY de ZA que veste em Nukvá (feminino). |
Sorte (Mazal) |
Yessód (fundação). É chamado Mazál (sorte) porque
emite Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) de forma intermitente, como gotas. |
Substância/ Matéria (Homer) |
A Aviut (espessura) num Partzuf (face) de Bechiná Dálet (quarto discernimento) no desejo. Também, tem comprimento, largura, profundidade e seis arestas—
acima, abaixo, leste, oeste, norte e sul. |
Sucção das Klipót |
A substância das Klipót (cascas) é completamente má; elas não podem receber qualquer Luz. Mas, durante a quebra dos vasos, vasos de doação caíram nas Klipót
(cascas) e se tornaram a sua alma e os meios de subsistência. |
Superior | Mais importante. |
Suplemento do Shabat | A subida dos mundos da quinta hora, na véspera do
Shabat (sábado). |
Ta’amim | Hitpashtut (expansão) da Luz de Cima para baixo, de
Pê (boca) ao Tabur (umbigo). |
Tabur | Malchut de Guf (corpo), a partir do qual começa a limitação real e a rejeição da Luz. |
Tabur do Coração | O lugar do Chazê (peito). |
Tav | Valor numérico: 400 |
Tefilin |
Tzitzit (franjas) são Se’arot (cabelos) de ZA, que brilham em Rosh (cabeça) de Nukvá (feminina), que reduzem Bechinat (discernimento) Tefilin em seu Metzach
(testa). |
Telhado | Kéter (coroa) em cada grau. |
Templo (Beit ha Mikdash) | Briá (criação) deste mundo. |
Tempo | Certa quantidade de Bechinot (discernimentos) que resultam um ao outro por causa e consequência. |
Tempo de Boa Vontade |
Durante o Zivug (acoplamento) em Gadlut (grandeza), Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) brilha através da Luz de AB-SAG, os Se’arot (cabelos) partem e o Metzach
(testa) do desejo aparece. |
Terra de Edom (Eretz Edom) | Malchut (reino) incluído em Biná (entendimento) é
chamado Biná, “a terra de Edom”. |
Terra de Israel (Eretz
Ysrael) |
Yetzirá (formação) desse mundo. |
Terra inferior | Malchut (reino). |
Terreno Superior |
Biná (entendimento). Malchut (reino) é o terreno inferior. Quando Malchut está incluído em Biná, Biná
se chama Eretz Edom (terra de Edom). |
Tet | Valor numérico: 9 |
Tocando (Tangencial) | Disparidade de forma insuficiente de um grau para
separar dois graus na raiz. |
Tohu |
Bohu (sem forma) é chamado AA, onde há realização.
Tohu (vazio) é chamado Atik (antigo), onde não há realização. |
Torá | Luz de ZA. |
Triângulo | No desejo, um grau com apenas as primeiras três
Bechinot (discernimentos). |
Trinta Graus no Guf de Nukva | Ibúr (gestação), Yeniká (amamentação), Môchin
(cérebros) em Achor de Nukvá (dorso do feminino), em cada um dos quais tem dez Sefirot (luminosidades). |
Trono |
Dez Sefirot (luminosidades) de Luz de Ima (mãe), que se espalharam no mundo de Briá (criação): GAR é chamado Kissê (trono) e VA”K é chamado “seis degraus do trono”. Malchut (reino) que veste em Malchut de Briá é chamada Din (julgamento), Techelet
(azul celeste) e Sandalfon. |
Tubo/Conduite (Tzimor) |
Kelim de Yósher (vasos de retidão) são chamados por
esse nome porque eles expandem e limitam a Luz dentro de suas fronteiras. |
Tzadi | Valor numérico: 90 |
Tzélem |
Ohr Chozêr (Luz Retornante) que se eleva sobre a Hitkalelut (inclusão) MA”N das inferiores na Massach (tela) e Aviut (espessura) do Superior, vestindo as dez Sefirot (luminosidades) de Ohr Yashár (Luz direta). Este Ohr Chozêr pertence ao Superior, mas desde que o Superior faz um Zivug (acoplamento) para as necessidades do inferior, na Aviut do inferior, este Ohr Chozêr desce para o inferior, juntamente com o Ohr Yashár. Para recebê-lo, o inferior deve diminuí-la em três graus, chamados Mem-Lamed-Tzadi, ou como ele lê
de baixo para Cima Tzadi-Lamed-Mem (Tzélem). |
Tzere (sinal de pontuação) |
Implicando CB quando Biná (entendimento) está em Achoraim (costas) para Chochmá (sabedoria) e eles não têm nenhum ponto de Da’at (conhecimento) sob eles, para levá-los ao Zivug (acoplamento). Biná, também é chamada Tzere (e), já que todos os órgãos de ZA recebem sua forma através de sua Massach de Aviut
(tela de espessura). |
Tzimtzum | Quem vence o seu desejo, detém-se e não recebe,
apesar do grande desejo de receber. |
Tzimtzum Álef |
Tzimtzum (restrição) de Malchut (reino); Tzimtzum
sobre Bechiná Dálet (quarto discernimento). Assim, a linha de Ein Sóf (infinito) para em Malchut de NEHY. |
Tzimtzum Bet |
Tzimtzum (restrição) NEHY de Adam Kadmon (homem primitivo); Tzimtzum sobre Bechiná Bet (segundo discernimento). Por esta razão, a linha de Ein Sóf (infinito) pára em Biná (entendimento) de NEHY de AK, da qual o lugar dos mundos BYA foi feito. Tzimtzum Bet é a associação de Midat (medida) haRachamim (clemência), Biná (entendimento), com
Midat haDin (julgamento), Malchut (reino). |
Tzitzit |
Se’arot (cabelos) de ZA, que brilha no Rosh de Nukvá
(cabeça do feminino), que extrai Bechiná (discernimento) Tefilin no seu Metzach (testa). |
Um | Luz Superior que se espalha de Atzmuto, de Cima para baixo, sem nenhuma mudança na forma. |
Unhas dos pés | O Siúm (conclusão) de cada Partzuf (face). |
Unico |
A Luz Superior que produz uma multiplicidade de graus para equalizá-los. Unidos—quando no final,
tudo se torna único. |
Unidos | Quando, no final, tudo se torna um. Um—a Luz
Superior que traz equivalência à multidão de graus. |
Unificação (Yichud) | Duas diferentes Bechinot que equalizaram suas formas em outra. |
Vago | Um lugar que está pronto para sofrer correções. |
VAK e Nekudá das Klipót de Atzilut |
Antes do pecado de Adam HaRishon(primeiro homem), uma vez que todos os mundos subiram para Atzilut (emanação), haviam Klipót (cascas) nas quatorze Sefirot (luminosidades) de Mador ha Klipát (seção das cascas). Elas não tinham um Partzuf (face), somente VAK para ZA da Klipá (casca) e Nekudá
(ponto) para a Nukvá (feminino) da Klipá. |
Vav | Valor numérico: 6 |
Virada para baixo | Quando a luz é dispensada de acordo com a medida
de Aviut (espessura), para vir e vestir a Aviut. |
Virada para cima |
Durante o Hizdakchut (refinamento) da Massach (tela). Eles são chamados por esse nome, porque se voltam
para uma Aviut (espessura) mais fina. |
Visão (Re’iá) |
Hitpashtut (expansão) da Luz de Ein Sóf (infinito) para a Massach (tela). Uma Luz que vem de Ein Sóf é sempre Ohr Chochmá (Luz de sabedoria) ou Ohr Eynaim (Luz dos olhos) ou Re’iá (visão), ou Histaklut (observação),
Ohr Chochmá de Rosh (cabeça). |
Vivente | No Kli (vaso) interno com a Luz de Néfesh (alma). |
Vivo/Animado |
Yessód (fundação), porque eleva as nove Sefirot
(luminosidades) de Ohr Chozêr (Luz Retornante) e recebe em si as nove Sefirot de Ohr Yashár (Luz direta). |
Voz e Fala |
Zivug (acoplamento) dos dois Partzufim (faces) internos
ZA e Nukvá (feminino). Também chamados de Zivug de Neshikin (Acoplamento por Beijos). |
Yaakov (Jacó) | VAK de ZA, Partzuf (face) externo. |
Yashár (Direto) |
Descida da Luz Superior nos Kelim (vasos) precisamente de acordo com o desejo nos Kelim, de acordo com sua Bechiná Dálet (quarto discernimento), como um objeto pesado que caísse direto ao chão. Nos
Kelim sem Aviut (espessura)—desejo—a Luz é em círculo, já que eles não têm atração, força de tração. |
Yechidá | A Luz vestida na Sefirá (luminosidade) de Kéter
(coroa). |
YESHSUT |
ZAT ou ACHÁP de AVI. Quando AVI faz um Zivug Panim be Panim (acoplamento face a face), AVI e YESHSUT são considerados como um Partzuf (face). Quando AVI faz um Zivug Achor be Achor (acoplamento costa com costa), YESHSUT parte AVI
num Partzuf separado. |
Yud | Valor numérico: 10 |
Yud–Álef (11) Sinais do incenso | Centelhas de Luz que permaneceram para reavivar o
coração de pedra. |
Yosef (José) | Yessód (fundação) de ZA. |
Yotzer (criando) | Doação de Luz sobre os mundos; inclui tudo exceto o
desejo de receber. |
Ysrael (Israel) | (Também: Moshe (Moisés) e Israel.) GAR de ZA ou
Partzuf (face) interno. |
Zayin | Valor numérico: 7 |
Zeir Anpin |
Significa “face curta”, já que a maioria de ZA é Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia) e sua minoria—Ohr Chochmá (Luz de sabedoria). Ohr Chochmá é chamada Panim (face). Assim, Kéter (coroa) é chamado Arich
Anpin, que significa “face longa”, tendo Ohr Chochmá. |
Zion (Tzion) |
O Yessód (fundação) interno de Nukvá (feminino) é chamado por esse nome através da palavra Yetzia
(saída). |
Zivug de Guf | Um Zivug (acoplamento) completo—Zivug AVI para
dar Luz às almas e procriação à ZON. |
Zivug de Haka’á (Acoplamento marcante) |
A ação da Massach (tela) de repelir a Luz de Bechiná Dálet (quarto discernimento) para a sua raiz. Há duas questões opostas neste ato: Haka’á (marcante/surpreendente) da Luz e um Zivug (acoplamento) subseqüente com ele, o que induz a sua aceitação no Kli (vaso), já que a Luz o rejeitou, de Bechiná Dálet se torna Ohr Chozêr (Luz Retornante), que se torna a roupa do Kli, o que revela a Luz no
Partzuf (face). |
Zivug de Neshikin |
A Zivug que decorre de Rosh SAG para Rosh de Nekudim, que corrige o GAR do Partzuf Nekudim, mas não se expande para o Guf de Nekudim. É também
chamado “um Zivug espiritual”. |
Zivug de Yessódot (plural de Yessód) | Corrige o ZAT do Partzuf. Também chamado “Zivug
inferior” e Zivug do Guf. |
Zivug Espiritual | Um Zivug (acoplamento) que decorre de Rosh (cabeça) SAG para Rosh de Nekudim (pontos), que corrige o GAR do Partzuf (face) Nekudim, mas não se expande para o Guf (corpo) de Nekudim. É também chamado
de Zivug de Neshikin (Zivug de beijos). |
Zivug interno de Atzilut |
Os Kelim (vasos) internos de Atzilut (emanação) são KACHÁB, chamados Môcha, Atzamot, Guidin (tendões), com Luzes de NARAN. As Luzes Chaiá e Yechidá (a única) vestem-se na Luz de Neshamá (alma). Os Kelim ZA e Malchut (reino) foram separados do Partzuf (face), portanto, são chamados Bassar (carne) e Or. Estes não são Kelim reais completos, mas apenas envolvem os Kelim do Guf (corpo) por fora. Eles recebem as suas Luzes—Rúach (Vento, Alma) e Néfesh (alma)—dos Kelim interiores. Por esta razão, há Luzes Rúach–Néfesh nos Kelim interiores, e Luzes Rúach– Néfesh nos Kelim exteriores. Almas de pessoas nascem a partir do Zivug (acoplamento) dos Kelim interiores e as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim exteriores. Por isso, as almas das pessoas são consideradas a interioridade dos mundos, à medida que emergem nos Kelim internos do Partzuf e, os anjos são considerados a externalidade dos mundos, uma
vez que emergem dos Kelim exteriores do Partzuf. |
Zivug permanente | Zivug (acoplamento) de AVI no seu lugar. |
Zona de Shabat | Um fim na Luz Superior pela força de Malchut (reino). |
PREFÁCIO GERAL
/0 Comments/in Baal HaSulam, Library /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
Para os proficientes em A Árvore da Vida, e para todos, como em, “Primeiro, aprenda; depois, compreenda”
1) Nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto parece muito perplexo, pois porque o Criador incomodaria um anjo de Cima com golpear e nutrir uma minúscula, insignificante folha de grama?
Todavia, este dizer é um dos segredos da Criação que são demasiados longos para interpretar. Isto é assim porque o coração dos infinitamente sábios deseja revelar uma porção e ocultar duas porções com suas alegorias de ouro, pois eles são cautelosos de revelar a Torá a um discípulo indigno. É por esta razão que nossos sábios disseram que o que não aprende das lendas, pois lendas estão seladas e bloqueadas perante as massas, e são reveladas apenas a uns poucos escolhidos numa geração.
E nós também encontramos em O Livro do Zohar, que Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai) instruiu Rabi Aba a escrever os segredos, porque ele sabia como revelar com intimação. Veja na Idra, onde está escrito que para cada segredo que Rashbi revelava na sabedoria, ele choraria e diria, “Ai, se eu conto; ai, se eu não conto. Se eu não conto, meus amigos perderão essa palavra; e se eu conto, os perversos saberão como servir seu Mestre.”
Isto significa que ele estava em apuros de ambos os ângulos: se ele não revelasse os segredos da Torá, os segredos seriam perdidos dos verdadeiros sábios, que temem Deus. E se ele revelasse os segredos, pessoas de nenhum mérito falhariam neles, pois elas não compreenderiam a raiz dos assuntos e comeriam fruto imaturo.
Assim, Rashbi escolheu Rabi Aba para escrever, por causa de sua sabedoria em alegorias, organizar coisas de tal uma maneira que seria suficientemente reveladas aos que são dignos de as compreenderem, e escondidas e bloqueadas aos que são indignos de as compreenderem. É por isso que ele disse que Rabi Aba sabia como revelar com intimação. Por outras palavras, embora ele revelasse, ainda permanece um segredo aos indignos.
Contudo, em O Zohar, eles prometeram-nos que esta sabedoria está destinada a ser completamente revelada no fim dos dias, até aos pequenos. E eles também disseram que com esta composição, as crianças de Israel seriam redimidas de exílio, isto é, que com a aparição da sabedoria da verdade, Israel será recompensado com completa redenção. Nós veremos também que as palavras de O Zohar e os segredos escondidos na sabedoria da verdade estão a ser gradualmente revelados, geração por geração, até sermos recompensados com revelação de toda esta sabedoria, e nesse tempo seremos recompensados com completa redenção.
Para clarificar o texto com o qual começamos, iremos primeiro explicar o versículo no famoso Livro da Criação, onde está escrito das dez Sefirot sendo dez e não nove, dez e não onze. Maioria dos interpretes o examinaram, mas explicá-lo-emos à nossa própria maneira, para que os assuntos sejam revelados a todos os que buscam a palavra de Deus.
É sabido que as dez Sefirot são chamadas Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Está escrito no Portão às Introduções do Ari, na secção “HaDa’at,” que elas são na realidade cinco Bechinot (discernimentos): Kéter, Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut; mas Zeir Anpin engloba seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y. Eu escrevi longamente sobre as dez Sefirot dentro desta composição, então aqui eu diria brevemente que neste prefácio geral, eu desejo dar ao estudante um verdadeiro e geral conhecimento da maioria desta sabedoria expansiva, e verdadeira orientação no estilo de estudo.
No livro, A Árvore da Vida, maioria dos estudantes falham compreender os assuntos, dado que os conceitos espirituais estão acima do tempo e acima de lugar, mas eles são expressos em termos corpóreos, visionados e definidos em tempos e lugares. Adicionalmente, nos escritos do Ari, a ordem para principiantes está organizada nesta sabedoria. Os livros foram compostos pelas sagradas palavras que ele diria perante seus estudantes dia após dia, e os próprios estudantes eram proficientes na sabedoria da verdade.
Então, não há texto – longo ou curto – em todos os livros que foram escritos, que não requer verdadeira proficiência na sabedoria na sabedoria em geral. Por esta razão, os estudantes tornam-se exaustos e não conseguem conectar os assuntos.
Logo, eu sai com este prefácio, para conectar os assuntos e os fundamentos da sabedoria de uma maneira concisa, para que ela esteja prontamente disponível para o estudante com todo o texto que ele possa desejar estudar nos escritos do Ari. E por esta razão, eu não elaboro ou interpreto cada assunto ao máximo, pois isto será clarificado dentro de minha composição. Em vez disso, eu resumo suficientemente para meu propósito. E nossos sábios disseram, “Primeiro, aprende; então, compreende.”
O Ari escreveu que as dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’YM são na realidade cinco Bechinot, KACHAB, ZA, e Malchut. Este é o significado do nome de quatro letras, Yud, Hey, Vav, Hey. A ponta da Yud é Kéter; a Yud é Chochmá; Hey é Biná, Vav é Zeir Anpin – contendo seis Sefirot CHAGAT NEH’’Y – e a última Hey é Malchut.
Você deve saber que as Otiyot (letras) e as Sefirot são uma coisa. Mas seguindo a regra que nenhuma Luz expande sem um Kli (vaso), quando falamos de ambos juntos, isto é, quando a Luz está vestida no Kli, elas são chamadas Sefirot. E quando nós falamos dos Kelim (plural de Kli) sozinhos, eles são chamados Otiyot.
Está escrito sobre a Luz que o branco no livro da Torá implica a Luz, e o preto no livro da Torá, isto é as letras, implica os Kelim. Isto significa, como o Ramban interpreta relativamente a “Eu formo a luz, e crio escuridão”, que a questão de suscitar existência a partir da ausência é chamada “Criador,” dado que ela é uma inovação, algo que não existia antes de sua criação. E na Luz, e todo o deleite e prazer incluídos na Luz, esta não é uma inovação e suscitação existência a partir da existência, mas em vez disso existência a partir da existência, pois a Luz e toda a abundância estão já incluídas na Sua Essência.
Por esta razão, se diz, “formo a luz,” pois esta não é uma questão de criação, mas de formação, isto é, formando a Luz de uma maneira que os habitantes abaixo a possam receber. Mas a escuridão é uma inovação que foi gerada com a Criação, ao suscitar existência a partir da ausência, isto é, que ela não está incluída na Sua Essência. É por isso que se diz, “e criou escuridão”. Mas a escuridão é o verdadeiro oposto da Luz; assim, nós devemos compreender como escuridão pode se estender da Luz.
Em Panim Masbirot (Uma Face Acolhedora), “Ramo Um”, elaborei sobre este ponto, e aqui apenas passarei levemente por isto. É sabido que está escrito em O Zohar que o propósito da Criação é de deleitar Suas criaturas, dado que esta é a conduta de O Bom fazer o bem. Claramente, cada desejo nEle é uma lei mandatária para as criaturas. Segue-se que desde que o Criador contemplou deleitar Suas criações, uma natureza mandatária de querer receber Seu prazer foi imediatamente impresso nas criaturas, isto é, o grande desejo de receber Sua Abundância. Saiba que esta ânsia é chamada um Kli, em respeito à sua raiz.
Por esta razão, os Cabalistas disseram que não há Luz sem um Kli, dado que o desejo de receber incluído em cada ser emanado e criatura é o Kli, e ele é também a completa medida da Luz. Por outras palavras, ele recebe precisamente à medida que ele deseja, não mais e não menos, dado que não há coerção na espiritualidade, e até nos corpóreos não é do lado de Kedushá (santidade).
Claramente, a forma do Kli é diferente da Luz. É por isso que ela é chamada Kli e não Luz. Mas nós precisamos compreender o significado desta Diferença de Forma. Certamente, o desejo de receber para si mesmo é uma grande Diferença de Forma, dado que esta forma não se aplica ao Emanador por completo, pois de quem receberia Ele? Em vez disso, ela foi iniciada no primeiro emanado por sua criação de existência a partir da ausência. Nela, o desejo de receber é a Causa das Causas (Panim Masbirot, “Ramo Um”).
Isto clarifica o que está escrito em o Sagrado Zohar que a Kéter Superior é escuridão comparada à Causa das Causas. Eles estão a referir-se ao desejo de receber incluído na primeira emanação; e eles chamam esta Diferença de Forma, “escuridão”, uma vez que ela não existe no Emanador. Por esta razão, ela é a raiz da escuridão, que é a cor negra, comparada à Luz, e oposta dela.
Também, foi explicado em Panim Masbirot que como coisas corpóreas são separadas uma da outra por um machado e um martelo, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. E quando a Diferença de Forma aumenta ao ponto de contrariedade, de um extremo ao outro, completa separação é criada entre eles.
Por esta razão, foi explicado lá que a forma do desejo de receber é imediatamente incluída em toda a Luz que expande dEle, mas como uma força escondida, potencial. Esta força não é revelada aos emanados exceto quando o emanado intensifica o desejo de querer abundância adicional, mais que a medida que expandiu nele pelo Emanador.
Por exemplo, quando a comida é saborosa, o desejo de um por mais comida aumenta mais que o seu comer. Assim depois do emanado aumentar o desejo de estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão, os verdadeiros vasos de recepção aparecem. E a coisa é que porque esta Diferença de Forma não se aplica a Ele, mas à criatura, ela é completada apenas pelo despertar dos emanados, e compreenda completamente.
2) Assim, a expansão de Sua Luz não estende a fronteira de ser um Emanador e torna-se um emanado até que ele atravesse os quatro Bechinot, chamados Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut. Isto é assim porque a expansão da Sua Luz é chamada Chochmá, que é a medida completa da essência da Luz do que emanou. E quanto ela intensifica e estende mais abundância que a medida de sua expansão, é considerado Bechiná (singular para Bechinot) Bet (uma segunda Bechiná), chamada Biná.
Também, três discernimentos devem ser feitos na segunda Bechiná: Primeiro discernimento: A essência da Sefira Biná é Chochmá. Segundo discernimento: A intensificação do desejo que ela manifestou, pelo qual a raiz do vaso de recepção foi revelado nela. Nesse sentido, há Diferença de Forma nela, isto é Aviut (desejo de receber), comparado ao Ohr (Luz de) Chochmá. Isto é chamado Gvurá Superior.
Terceiro discernimento: Esta é a essência da abundância que ela adquiriu por meio de um despertar de seu próprio desejo. Esta Luz é dada seu próprio nome – Ohr Chassadim, que é muito mais inferior que o Ohr Chochmá, que se expande somente do Emanador. Ohr Chassadim é associada à intensificação do emanado, como foi mencionado, que a Gvurá, que é uma Luz que foi feita mais densa, se tornou a raiz do Ohr Chassadim. Estes três discernimentos juntos são chamados Biná, e a segunda Bechiná de Chochmá. Logo, as duas Bechinot, Chochmá e Biná, foram clarificadas, e a Kéter é o Ein Sóf, a raiz do emanado.
E embora Bechiná Bet tenha manifestado um desejo intensificado em direção ao Operador, ela é ainda indigna de ser um completo vaso de recepção. A coisa é que na espiritualidade, o Kli com a Luz nele são muito próximos, virtualmente interdependentes. Quando a Luz desaparece, o Kli é cancelado, e quando o Kli desaparece, a Luz é cancelada. Logo, a importância do Kli é como a importância da Luz.
Assim, a forma do vaso de recepção não foi completada em Biná, dado que sua essência é o Ohr Chochmá. Por esta razão, o Ohr Chassadim, que ela estendeu por meio de sua própria intensificação, foi anulada perante sua essência como uma vela perante uma tocha. Logo, este Ohr Chassadim expandiu além de Biná para fora de si mesma e ganhou força para estender abundância adicional, mais que a medida de sua expansão através de Biná. Nessa altura, o vaso de recepção foi completado.
Logo, nós discernimos mais duas Bechinot, Bechiná Guimel (terceiro discernimento) e Bechiná Dálet (quarto discernimento), que são expansões que estendem de Biná, onde o vaso de recepção está ainda escondido, em potencial, enquanto ela não intensifica por acréscimo, e isto é chamado Zeir Anpin. E sua intensificação por mais abundância é chamada “o Kli de Malchut”, que é um vaso de recepção que foi completado no emanado, que é agora feito de Luz e Kli. Com isso, ela deixa de ser considerada uma Emanadora e é discernida como emanada.
Estas são as quatro Bechinot conhecidas como CHAB, ZA, e Malchut, que são o nome de quatro letras. CHAB são Yud-Hey, e ZON são Vav-Hey. Elas são consideradas dez Sefirot porque Zeir Anpin contém seis Sefirot, que são Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód.
A coisa é que a essência de ZA é a Luz de Chéssed e Gvurá, isto é, os dois Bechinot Ohr Chassadim e Gvurá Superior, que expandiu de Biná para fora. E nós devemos notar aqui que em Biná, Gvurá é a primeira e a raiz do Ohr Chassadim. Mas em Tiféret é ao contrário: Chéssed precede a Luz de Gvurá, uma vez que a Luz principal que expande é Chéssed, e a Gvurá é auxiliar dentro dela, em Biná.
Agora você pode compreender o que foi escrito em A Árvore da Vida e por Rashbi, que no mundo de Nekudim, Gvurá de ZA precede sua Chéssed, dado que os ZON de Nekudim são considerados ZON de Biná, e não os próprios ZON, como nas duas Bechinot do fundo dos quatro supramencionados Bechinot. É por isso que Gvurá de ZA precede sua Chéssed.
Também, a Sefirá Tiféret de ZA é a unificação das mencionadas Chochmá e Gvurá ao ato do Kli de Malchut. Ela é chamada Tiféret uma vez que a Luz Mitpaer (ostenta) a si mesma na Bechiná Álef (primeira Bechiná), que é Chochmá, cujo desejo não foi suficiente para fazer um Kli. Mas Bechiná Guimel, que é Chassadim e Gvurot (plural de Gvurá) tinha expandido de Biná para fora, bastou para fazer o Kli de Malchut. Este é o significado de “de acordo com a beleza (Tiféret) de um homem, para morar na casa”. Isto explica as três Sefirot CHAGAT de ZA, e elas são chamadas “os três patriarcas,” dado que elas são a essência de ZA. Também, Netzach, Hod, e Yessód são chamadas “filhos”, uma vez que elas expandem de CHAGAT.
A coisa é que por causa de Tzimtzum Álef (a primeira restrição), que é cuidadosamente explicada dentro do livro, um dura Massach (tela) foi feita no Kli de Malchut. Isto significa que Bechiná Dálet (a quarta Bechiná) no Kli Malchut detém a Luz Superior de se espalhar para dentro de Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma lá, como está escrito lá.
Todavia, a Luz expande e deseja chegar até Bechiná Dálet, também, pois a natureza da Luz Superior é de expandir aos inferiores até que ela seja quase separada de seu lugar, como está escrito em Panim Masbirot. Assim, um Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) foi feito entre a Luz Superior que se espalha para dentro do Kli de Malchut e a Massach detentora no Kli de Malchut.
Isto é como a luz do sol batendo num espelho, com centelhas sendo refletidas. Assim, dez Sefirot emergiram deste Zivug de Haka’á, chamadas dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Acontece que existem dois conjuntos de dez Sefirot em cada ser emanado: dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta) sobre as quatro Bechinot, e dez Sefirot de Ohr Chozêr.
Saiba que esta é a Luz Superior que re-expandiu de CHAGAT de ZA por Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Elas são chamadas Netzach, Hod, Yessód.
Agora você pode compreender o que está escrito em Tikuney Zohar (Correções do Zohar), que Malchut é quarta para os pais e sétima para os filhos. Isto significa que quando ela é primeiro emanada, Malchut é discernida do ato de Tiféret de ZA e segue as CHAGAT, que são chamadas “Pais.” E da perspectiva da iluminação do Ohr Chozêr no seu Massach, ela segue as NEH’’Y que expandiram para ela para Zivug de Haka’á. E as NEH’’Y são chamadas “os filhos de CHAGAT”; assim ela é a sétima para os filhos.
Logo nós explicamos adequadamente a essência das dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH’’Y, e Malchut na sua raiz. Este é o primeiro conceito na sabedoria da verdade, e isto deve sempre estar perante os olhos do estudante quando mergulhando nesta sabedoria.
Agora nós compreendemos o aviso soante em O Livro da Criação, “dez e não nove”. Isto significa que dado que um Massach detentor foi feito em Bechiná Dálet do Tzimtzum (restrição) para baixo, é impossível erroneamente dizer que Bechiná Dálet é excluída das dez Sefirot, e apenas nove Sefirot permanecem em Kedushá (santidade). Por esta razão, lá avisa, “dez e não nove”.
E lá avisa além, “dez e não onze”. Isto significa que você não deve erroneamente dizer que Bechiná Dálet se tornou um vaso de recepção depois do Tzimtzum. Então, existem duas Sefirot em uma Malchut: uma é a Massach que sempre eleva Ohr Chozêr, e um vaso de recepção para receber o Ohr Yashár, também. É por isso que lá afirma, “dez e não onze”.
3) Existem cinco proeminentes discernimentos nas dez supramencionadas Sefirot, os quais não se devem mover de nossos olhos e irão endireitar nossas maneiras ao estudar a sabedoria. O primeiro discernimento é a Luz de Atzmut (ser, essência), que é a Luz compreensiva de Ein Sóf que existe nos emanados. Esta é a essência, dado que os inferiores não participam aqui que se pareça; e ela é chamada Chochmá de Ohr Yashár.
O segundo discernimento é o Ohr Chassadim que se estende de Cima para baixo. Esta Luz está conjunta com o despertar de Gvurá dos emanados de Bechiná Bet, que é a Luz de Biná que ela atraiu. O terceiro discernimento é o Ohr Chassadim que sobe de baixo para Cima por meio de um Zivug de Haka’á. Ele é chamado Ohr Chozêr que sobe e se estende apenas dos emanados, devido à supramencionada detenção.
O quarto discernimento é a Luz da Gvurá Superior, isto é, Bechiná Bet, que é Aviut de Biná que ela adquiriu com sua intensificação. O quinto discernimento é a Gvurá inferior, ou seja, Bechiná Dálet, onde a intensificação do desejo é ativada no Ohr Chassadim que foi acrescentado pelos emanados. Isto é chamado “o Kli de Malchut de Ohr Yashár,” e esta Gvurá é o Kli de dez Sefirot, e recorde-se disso.
Saiba que a Massach em Kli Malchut é a raiz da escuridão, por causa da força detentora que existe na Massach, para impedir a Luz Superior de se espalhar em Bechiná Dálet. Esta é também a raiz da labuta em prol de receber recompensa, dado que trabalho é um ato involuntário, pois o trabalhador se sente confortável apenas quando repousando. Mas porque o senhorio está a pagar um salário, ele cancela sua vontade perante a vontade do senhorio.
Saiba que aqui neste mundo, não há ser ou conduta que não esteja enraizado nos Mundos Superiores, dos quais ramos se expandem aos mundos inferiores, até que eles sejam revelados a nós neste mundo. E você vê que em geral, trabalho e labuta estão enraizados na Massach no Kli de Malchut, que detém a Luz que ela cobiça, devido ao Emanador, O qual deseja doar deleite, e tudo o que é um Pensamento no Emanador é uma lei mandatária nos emanados. Naturalmente, Ele não necessita de ações, mas Seu Pensamento completa. Assim, ela escolhe não receber a Luz Superior, a menos que isso venha à Diferença de Forma (Panim Masbirot, “Ramo Um”).
Segue-se que a força detentora na Massach é igual à labuta. E a recompensa que o senhorio dá ao trabalhador está enraizada no Ohr Chozêr emitido pelo Zivug de Haka’á, onde pela Massach, uma raiz foi feita para o Ohr Chozêr. Acontece que ela volta a ser Kéter a estas dez Sefirot de Ohr Chozêr, assim como para Ohr Yashár. Como será explicado abaixo, todo este lucro veio a ela devido a este ato de detenção.
Do supramencionado, segue-se que as dez Sefirot são na realidade um Kli, chamado Malchut. Mas para completar sua forma, ele é discernido com três raízes: os três Bechinot Chochmá, Biná, e ZA que se estendem um do outro. Você deve saber que esta Malchut é ainda contida no Ohr Ein Sóf de antes do Tzimtzum, chamada Malchut de Ein Sóf, na qual foi a primeira restrição.
Como está escrito em Panim Masbirot, “Ramo Um”, devido à Similaridade de Forma com o Emanador, seu desejo subiu de querer receber em Bechiná Dálet, e a Luz do Kav (linha) estendeu-se a ela de Ein Sóf. A Luz da Kav contém toda a Luz que se estende para os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. Esta Luz é geralmente referida como Kav, da palavra Kav Midah (medida), pois ela se estende para os mundos por medida e um número racionado em cada mundo, de acordo com a forma do Kli de Malchut nesse mundo, como é elaborado no interior.
E a questão dos cinco supramencionados mundos são verdadeiramente a matéria da Kéter e os quatro conhecidos Bechinot nas dez Sefirot. Logo, o mundo de AK é o mundo de Kéter; o mundo de Atzilut é o mundo de Chochmá; o mundo de Briá é o mundo de Biná; o mundo de Yetzirá é o mundo de Zeir Anpin; e o mundo de Assiá é o mundo de Malchut. Contudo, em cada mundo, existem dez Sefirot, e cada Sefirá das dez Sefirot deste mundo compreende dez Sefirot, também, como está escrito no interior.
Elas estão divididas nos cinco supramencionados mundos porque o Kli de Malchut deve ser primeiro integrado em cada Sefirá, por meio de Kéter. Isto ocorre em Hitpashtut Álef (primeira expansão) de ACHAP de AK, onde ela foi integrada em ZON. Em Hitpashtut Bet (segunda expansão) de ACHAP, ela foi integrada em Biná. E no mundo de Nekudim, ela foi integrada em Chochmá, e no mundo de Atzilut ela foi integrada em Kéter.
E dado que Malchut foi integrada em cada Sefirá, o mundo de Tikun (correção) começa: Seu Rosh (cabeça) é o supramencionado mundo de Atzilut, onde a Luz de Ein Sóf se veste em Bechiná Álef. Então a Luz de Ein Sóf veste-se em Bechiná Bet, criando o mundo de Briá. Seguindo-se, ela veste-se em Bechiná Guimel, criando o mundo de Yetzirá, e então ela veste-se em Bechiná Dálet, criando o mundo de Assiá. Isso será elaborado no interior como todas elas derivam uma da outra por uma maneira mandatária de causa e consequência, e como elas estão atadas uma à outra.
4) Primeiro, nós precisamos compreender a qualidade de cada dos mundos AK e ABYA, que eu explicarei um de cada vez. Comecemos com o mundo de Kéter, que é o mundo de Adam Kadmon. Seu primeiro Kli é o mundo de Akudim (atado). Em O Portão de Akudim, Capitulo Três, o Ari escreveu que todas as dez Sefirot emergiram, mas não todas elas emergiram juntas. No principio, apenas Malchut saiu no mundo de Akudim. E esta Malchut saiu na forma de Néfesh. Seguindo-a, o resto das partes emergiu, por meio de Kéter.
E quando Kéter veio, Malchut foi completada com todas as cinco Luzes Internas – Néfesh, Rúach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Todavia, faltavam-lhes ainda todas as mencionadas Sefirot, que emergiram incompletas. Assim, elas tiveram que subir de volta para o Emanador para serem completadas. Mas agora, no retorno, Kéter retornou primeiro.
E quando Kéter subiu, a Luz de Chochmá subiu para o lugar de Kéter, Biná para o lugar de Chochmá, ZA para o lugar de Biná, e Malchut para o lugar de ZA. A seguir, Chochmá subiu ao Emanador, também. Então Biná subiu a Kéter, seguindo Chochmá, ZA a Chochmá, e Malchut a Biná. Então Biná subiu, também, e ZA subiu a Kéter, Malchut a Chochmá. Finalmente, ZA subiu e Malchut subiu a Kéter, até que Malchut, também, subiu ao Emanador.
Depois disso, a Luz voltou do Emanador e expandiu-se nelas, embora não na sua ordem inicial. Em vez disso, a Luz de Kéter não retornou, mas partiu e continuou em falta. Assim, a Luz de Chochmá saiu no Kli de Kéter, a Luz de Biná no Kli de Chochmá, a Luz de ZA no Kli de Biná, e a Luz de Malchut no Kli de ZA. O Kli de Malchut permaneceu sem Luz de todo, até então suas palavras abreviadamente. Adicionalmente, as dez Sefirot de Akudim emergiram de baixo para Cima. Malchut emergiu primeiro, então ZA, então Biná, então Chochmá, e finalmente Kéter, até então suas palavras.
Devemos cuidadosamente compreender a questão da suscitação das dez Sefirot de Cima para baixo e de baixo para Cima, mencionadas nas palavras do Ari. Certamente, não é acerca de medidas de Acima, abaixo, antes, e depois em tempo e lugar. Em vez disso, é em termos de razão e resultado, causa e consequência. Assim, como pode Malchut emergir primeiro, seguida por ZA, seguido por Biná, até que Kéter – a raiz de todas elas – emerge por fim? Isto parece perplexo. E quem e o que deu e inverteu o Superior a ser inferior e o inferior a estar Acima?
A coisa é que ordem das dez Sefirot de Ohr Yashár já foi explicada acima, sendo cinco graus um abaixo do outro, pela medida de Hizdakchut (purificação) de cada uma delas da densa Luz cuja forma tinha mudado, isto é, a Bechiná Dálet.Bechiná Álef, dado que é considerada um potencial escondido, é a mais importante no grau. E Bechiná Bet já se moveu de potencial a real por se intensificar com um desejo pior que em Bechiná Álef. Bechiná Guimel é pior que Bechiná Bet, e Bechiná Dálet, Malchut é a pior, dado que a Aviut nela é maior que nos resto.
Também, é sabido que assim que o Kli de Malchut emergiu, ela experimentou a Tzimtzum Álef de não receber em Bechiná Dálet. Esta força detentora é chamada Massach (tela), e quando o Ohr Yashár que desce de Ein Sóf golpeia a Massach em Malchut, há um Zivug de Haka’á, e então dez Sefirot de Ohr Chozêr emergem, como está escrito no interior (Ramo Três).
Dentro destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus estão invertidos comparados com o valor das dez Sefirot de Ohr Yashár. Nas dez Sefirot de Ohr Yashár, a mais pura é Mais Alta em mérito e melhor. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, a densa é Mais Alta e melhor. Isto é assim porque Malchut é a Kéter e a raiz destas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que seu densa Massach detém a Luz de descer para sua Bechiná Dálet. Logo, Malchut volta a ser Kéter por meio de seu fim está no seu princípio, como está escrito em Panim Masbirot, Ramo Três.
Acontece que ZA recebe a Luz de Kéter de Ohr Chozêr; assim, ZA é considerado um grau de Chochmá, e Biná é considerada um grau de Biná porque ela recebe de ZA, que volta a ser Chochmá. Também, Chochmá de Ohr Yashár é considerada ZA, no Ohr Chozêr, dado que ela recebe o Ohr Chozêr de Biná. E Kéter de Ohr Yashár é considerado Malchut no Ohr Chozêr, dado que ele recebe de ZA. Então, você descobre que quanto as mais puras no grau serão inferiores em louvor e mérito, e compreenda isso cuidadosamente.
Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr juntam-se e integram nos dez Kelim. Quando elas se juntam como um, todos os graus são de igual mérito, dado que o nível de Malchut é igual ao de Kéter da perspectiva do Ohr Chozêr, onde Malchut volta a ser Kéter. Também, ZA é igual a Chochmá, dado que ZA é considerado Chochmá de Ohr Chozêr. E o nível de Chochmá é igual ao de Kéter, dado que Kéter recebe o Ohr Chozêr dela, como Chochmá recebe o Ohr Yashár de Kéter.
E dado que o nível de ZA é igual a Chochmá, e Chochmá a Kéter, segue-se que o nível de ZA é igual ao de Kéter, também. Segue-se que pela suscitação das dez Sefirot de Ohr Chozêr de Bechiná Dálet, todos os graus nas dez Sefirot foram equalizados, tendo o mesmo nível através de Kéter.
5) Mas as Sefirot do mundo de Akudim desapareceram uma vez mais. E nós precisamos compreender a razão para sua partida. O Ari diz que a razão é que quando elas emergiram, elas emergiram incompletas e assim partiram uma vez mais para receber sua completude.
Contudo, nós precisamos compreender a carência e o Tikun (correção) que veio a elas por meio desta partida. Aqui o Ari escreveu que a carência foi porque Kéter emergiu apenas em Bechiná Néfesh. E em outro lugar, ele escreveu que a carência foi porque o Ohr Pnimi (Luz Interna) e o Ohr Makif (Luz Circundante) vieram do mesmo forâmen, e estavam a bater uma na outra, como ele escreve em Heichal AK, Sha’ar Vav, Sha’ar Akudim, Capitulo Um.
Seguindo-se, os Ta’amim inferiores vieram, abaixo das Otiyot (letras), que são Luzes que emergem por meio do Pê de AK, e daí para fora. E aqui as Luzes foram completamente juntadas, dado que elas saem por um único canal. E uma vez que as Luzes Circundantes e as Luzes Internas se uniram, aqui começa a criação dos Kelim.
Por esta razão, as cinco Luzes Internas e as Luzes Circundantes emergiram atadas juntas. É por isso que elas são chamadas Akudim, do versículo, “e amarrou Isaac”. Logo, quando elas emergem juntas fora do Pê (boca), atadas juntas, elas batem e golpeiam-se uma à outra, e seus golpes geram a existência dos Kelim.
Isto significa que as Luzes de Ózen e Chótem onde o Ohr Pnimi se expande através dos foramens esquerdos das Ózen e o Chótem, e Ohr Makif expandiu-se através dos foramens direitos de Ózen e Chótem. Assim, elas persistiram e não partiram, dado que há um Kli especial para o Ohr Pnimi e um Kli especial para o Ohr Makif.
Mas na Luz do Pê, onde há apenas um forâmen, o Ohr Pnimi e o Ohr Makif estavam no mesmo Kli. Assim, elas estavam a golpear-se uma à outra, como resultado do qual a Luz partiu e os Kelim caíram. Por outras palavras, eles caíram de seu grau, e mais Aviut foi acrescentado ao anterior Aviut, e isto criou os Kelim, dado que a partida da Luz completa os Kelim.
Para compreender o assunto dos dois foramens de Ózen e Chótem de AK, o assunto de um único forâmen no Pê de AK, e o significado das cinco internas e as cinco circundantes, os Bitush e Kelim e o Ibuy (acrescentar Aviut), eu preciso elaborar, dado que as palavras do Ari nestas questões são bastante sucintas.
É tanto o quanto mais assim a respeito das circundantes, onde ele aparentemente se contradiz a si mesmo em toda e cada seção. Uma vez que ele diz que elas tinham Luzes Internas KACHÁB ZON e as cinco Luzes Circundantes KACHÁB ZON do Chótem para cima, mas do Pê para baixo, as Circundantes de Biná e ZON cessaram e apenas duas circundantes, Kéter e Chochmá permaneceram, e os cinco Partzufim KACHÁB ZON. E outra vez, ele disse que a partir mundo de Nekudim para baixo, as circundantes inferiores pararam, mas existem ainda cinco Luzes Circundantes e cinco Luzes Internas nas Luzes do Pê. E outra vez, ele diz que existem cinco Internas e cinco Circundantes no todo de ABYA, e outras tais contradições.
6) Elaborarei dentro do livro, e aqui serei breve de forma a não me desviar do assunto. Isto está explicado em Ramo Um e em Ramo Quatro na ordem das dez Sefirot, a respeito dos quatro Bechinot de dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr, que em cada dez Sefirot, existem dois discernimentos de Hitpashtut (expansão) e dois discernimentos de Hitaabut (aumentar a Aviut), que expande da raiz, que é a Kéter destas dez Sefirot.
Chochmá, considerada vasta Hitpashtut, emerge primeiro. Isto significa que esta Hitpashtut contém toda a Luz que se estende de Ein Sóf a esses emanados. E o Kli, chamado Ohr ha Av (a Luz densa), ou seja, o desejo de receber contido na Hitpashtut da Luz, para a qual esse adquire Diferença de Forma do Emanador, no qual não há forma de recepção, e para o qual ele se torna mais escuro que a Luz, é ainda não revelado nesta vasta Hitpashtut. Isto é assim enquanto seu desejo não se intensificar, almejando abundância adicional mais que a medida de sua Hitpashtut. Em vez disso, ele é incluído na supramencionada Luz densa da perspectiva do Emanador, que deseja doar sobre ele.
Por esta razão, ele deve revelar seus vasos de recepção e realizá-lo de potencial a real. Assim ele torna-se mais denso à medida que se espalha, isto é, seu desejo de estender mais abundância que sua medida de Hitpashtut aumenta. E à Hitaabut que foi feita nesta Hitpashtut é dada seu próprio nome, devido a sua intensificação. Esta é chamada Biná porque ela é mais escura que o Ohr Chochmá, no qual o desejo de receber foi revelado na realidade.
Esta Biná é ainda desajustada a ser um Kli real, dado que sua essência é de Chochmá; mas ela é a raiz do Kli, pois o Kli pode apenas ser completado da Hitaabut (espessamento) feita na segunda Hitpashtut. Ele é chamado “Hitpashtut através de uma janela”, significando que a abundância adicional que Biná extraiu pela sua intensificação se espalha dela para fora. Isto é chamado Ohr Chassadim, o oposto da vasta Hitpashtut Álef (primeira Hitpashtut), chamado Ohr Atzmut (Luz da Essência).
A Hitpashtut através de uma janela que se espalha de Biná é chamada ZA, e essa se espessa enquanto se espalha, como a primeira Hitpashtut. Isto significa que ela, também intensifica para estender abundância adicional, mais que a medida de sua Hitpashtut de Biná. Com isso, ela atualiza os vasos de recepção contidos nela. A esta segunda Hitaabut é dada seu próprio nome, dado que por meio desta intensificação, ela cresceu mais escura que a Luz de Hitpashtut, e ela é chamada Malchut.
Bechiná Dálet, que é a Hitaabut criada na Hitpashtut através da janela, chamada Malchut, é o completo vaso de recepção, e não as três Bechinot a precedendo, que cascatearam apenas para revelar esta quarta Bechiná. É ela que passa pela primeira restrição, prevenindo-se a si mesma de receber abundância nesta Bechiná Dálet, devido à Diferença de Forma revelada nela. Esta força detentora é chamada Massach (tela) ou Pargod (cortina), que significa que ela detém a abundância de brilhar se espalhar e dentro dela.
Também, esta é a inteira diferença entre a primeira Hitaabut feita na vasta Hitpashtut, e a Hitaabut que foi feita numa Hitpashtut através de uma janela. Isto é assim porque na primeira Hitaabut, o Tzimtzum não governa; logo esta é apta para recepção de Luz. É por isto que ela é chamada “uma janela,” isto é receptora, como pois a casa recebe a luz do dia através da janela nela. Mas na segunda Hitaabut, a força do Tzimtzum a governa e ela previne-se a si mesma de receber a abundância na sua Aviut. Assim, ele é chamado um Massach, detendo a Luz.
E após Bechiná Dálet ter aparecido com seu Massach, a Luz espalha-se para ela novamente, e a Massach detém-na, como mencionado acima. Consequentemente, um Zivug de Haka’á é feito sobre ela, e dez Sefirot de Ohr Chozêr emerge, como está escrito em Ramo Três. A ordenação destas dez Sefirot é oposta às dez Sefirot de Ohr Yashár, que emergem de baixo para Cima, dado que a Massach que suscitou essa grande Luz, e que é sua raiz, se tornou Kéter.
Este é o significado de “seu fim está embutido no seu princípio. Tal como Kéter é o princípio e o Rosh (cabeça) das dez Sefirot de Ohr Yashár, o fim, que é Malchut, se tornou o princípio e o Rosh das dez Sefirot de Ohr Chozêr.
Logo, Malchut retornou a ser um Kéter a estas dez Sefirot, e ZA das dez Sefirot de Ohr Yashár agora tornou-se Chochmá, dado que o primeiro receptor de sua raiz é chamado Chochmá. É similarmente com o resto, até Kéter de Ohr Yashár, que se torna Malchut nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, dado que esse recebe de ZA de Ohr Chozêr, que é Chochmá de Ohr Yashár.
Acontece que nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Yashár, os graus são medidos de acordo com a pureza da densa Luz, onde quanto mais puro é Mais Alto e mais importante. Mas nas dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr, os graus são medidos pela Aviut, onde quanto maior a Aviut no grau, Mais Alto é e mais importante. Isto faz os Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Yashár inferiores nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, e os inferiores nas dez Sefirot de Ohr Yashár Mais Altos nas dez Sefirot de Ohr Chozêr.
As primeiras dez Sefirot que se espalham de Ein Sóf são chamadas Adam Kadmon. Estas são as raízes dos Kelim de Rosh, assim as dez Sefirot são chamadas devido ao Kli de Rosh: Galgalta (crânio), Eynaim (olhos), Óznaim (orelhas) são as KACHÁB das dez Sefirot de AK, e Chótem (nariz) e Pê (boca) são ZA e Malchut das dez Sefirot de AK. Também, é sabido que as dez Sefirot estão integradas uma na outra, como está escrito no interior. Assim, cada dos supramencionados Galgalta, Eynaim, e ACHAP, expandiram em dez Sefirot.
É proibido falar das dez Sefirot que se expandiram em Galgalta ve (e) Eynaim, que são Kéter e Chochmá das dez Sefirot de AK, e nós não temos relações com elas. Nós começamos a falar dos ACHAP para baixo, de Biná e ZON de AK.
Também, é sabido que as dez Sefirot são Kéter e as quatro Bechinot CHAB ZON, e lá estão Ohr Pnimi e Ohr Makif nelas. Isto significa que o que foi já vestido no Kli é chamado Ohr Pnimi, e o que ainda não foi vestido no Kli é chamado Ohr Makif. Logo, em cada das dez Sefirot de ACHAP de AK estão cinco internos, KACHÁB ZON, e cinco circundantes KACHÁB ZON.
7) Agora nós explicaremos a qualidade inerente do Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de AK. A questão das dez Sefirot de Ohr Yashár e dez Sefirot de Ohr Chozêr que existem em cada dez Sefirot foi já explicada. Nestas dez Sefirot de AK, também, existem dez Sefirot de Ohr Yashár de Kéter a Malchut, e similarmente, dez Sefirot de Ohr Chozêr de Malchut a Kéter, e o Ohr Yashár se estende e chega em completude a esses emanados. Todavia, as dez Sefirot de Ohr Chozêr não são total e imediatamente estendidas a esses emanados. Em vez disso, é estendido por todos os Partzufim emanados após Adam Kadmon. A coisa é que tudo que se estende do Emanador se estende completo e pleno. Estas são as dez Sefirot de Ohr Yashár.
Mas as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dos emanados, a partir da força detentora em Bechiná Dálet, chamada Massach, não emerge imediatamente em pleno. Em vez disso, cada ser emanado tem uma parte disso, e é multiplicada de acordo com a multiplicação dos emanados, como está escrito no interior. Agora você pode ver que as dez Sefirot de Ohr Yashár e uma parte das dez Sefirot de Ohr Chozêr são o Ohr Pnimi, ao passo que o inteiro do Ohr Chozêr é o Ohr Makif.
Também, foi já explicado acima que existem duas Nukvaot (plural de Nukva) nas dez Sefirot: Hitaabut na vasta Hitpashtut, e Hitaabut na Hitpashtut através de uma janela, chamadas Biná e Malchut. Você deve saber que Biná é discernida como um Kli interno, no qual todo o Ohr Pnimi é vestido, e Malchut é o Kli externo, no qual todo o Ohr Makif é vestido. Isto significa que o Ohr Makif está atado a ela, dado que ela tem um Massach que é imprório para recepção, devido à força detentora nele. Em vez disso, ele é a raiz das dez Sefirot de Ohr Chozêr.
Então, o conteúdo do Ohr Pnimi e Ohr Makif foi cuidadosamente explicado, assim como o conteúdo do Kli interno e o Kli externo. Agora nós podemos compreender as palavras do Ari, trazidas acima em Item 5 a respeito das cinco internas e cinco externas que emergiram atadas uma à outra através do Pê de AK. Isto diz respeito ao que ele explicou em Sha’ar TANTA, Capitulo Um, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Ózen, e o Ohr Pnimi e Ohr Makif das dez Sefirot de Chótem emergiram em dois Kelim: um Kli interno para Ohr Pnimi e um Kli externo para Ohr Makif.
Também, elas são afastadas uma da outra, dado que as cinco circundantes KACHÁB ZON emergem do forâmen das Ózen direitas, e as cinco internas KACHÁB ZON emergem do forâmen das esquerdas Ózen, e similarmente no Chótem. Assim, ele conta-nos aqui, nas dez Sefirot de Pê de AK, que não existem dois Kelim distintos aqui, mas ambos, os cinco internos e os cinco circundantes, emergiram atados a um único Kli – a Pê, chamado Malchut de AK, isto é Bechiná Dálet. Todavia, o Kli interno, que é Bechiná Bet e Bechiná Biná, não existe aqui.
Nós podíamos perguntar sobre isso: Como é possível para o Ohr Pnimi, que são as dez Sefirot de Ohr Yashár, vestir-se no Kli de Pê, que é Bechiná Dálet que foi erguido com um Massach, e é impróprio para recepção? A coisa é que a própria Malchut é discernida com quatro Bechinot distintas, chamadas Atzamot (ossos), Guidin (tendões), Bassar (carne), e Or (pele). As Atzamot de Malchut indicam a Etzem (osso, mas também núcleo) de sua estrutura. Que é a própria Bechiná ZA, isto é a Hitpashtut através de uma janela, exceto que ela ganhou Aviut ao longo de sua Hitpashtut devido à intensificação do desejo a estender mais abundância que sua Hitpashtut de Biná.
Por esta razão, ela é definida por um nome de acordo consigo mesma. Logo, duas Bechinot são discernidas nela: Bechiná Álef é as Atzamot nela, a parte de ZA, e Bechiná Bet é a Aviut adicionada a ela por sua intensificação. Isto é chamado Guidin. E o que ela toma da força de Tzimtzum – a força detentora de forma a não receber abundância nesta densa Luz – chamada um Massach, a com o Zivug das dez Sefirot de Ohr Chozêr, é Bechiná Dálet em Malchut, chamada Or. E o Ohr Chozêr que sobe da Massach pela força do Zivug é chamado Bassar, e isto é a Bechiná Guimel de Malchut.
Então, você descobre que Malchut está contida da Hitpashtut de Biná, também. Além do mais, é na realidade a essência de sua estrutura. Agora você compreenderá que as Atzamot em Malchut se tornou o Kli interno nos cinco internos nas Luzes do Pê, e a Bechiná Or nela torna-se um Kli externo para os cinco circundantes nas Luzes do Pê. Agora foi cuidadosamente clarificado como os cinco internos KACHÁB ZON e cinco circundantes KACHÁB ZON emergiram num único Kli – Malchut – no qual existem dois Kelim, também, internos e externos, embora conectados uns aos outros, dado que todas as quatro Bechinot são senão um Kli: Malchut.
8) E agora nós explicaremos o assunto do golpear e os Bitush que ocorreram entre o Ohr Makif e o Ohr Pnimi devido a eles estarem atados em um Kli. Veja em A Árvore da Vida, Heichal AK, Sha’ar 2, p. 3, assim como em Sha’ar Akudim, Capitulo Dois, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli que está vestido nele. Assim, desde as dez Sefirot de Pê de AK o Ohr Pnimi e Ohr Makif estavam atados em um único Kli em Malchut, o Ohr Pnimi estava a purificar o Kli Malchut grau a grau. Esta é a razão da partida das dez Sefirot de Pê, chamadas “o mundo de Akudim.”
A coisa é que foi já explicado em Item 6 e Item 4, que as dez Sefirot de Ohr Chozêr são de valor oposto às dez Sefirot de Ohr Yashár. Isto é assim porque nas dez Sefirot de Ohr Yashár, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua pureza, acima até sua raiz, que é o mais puro entre eles. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozêr, os graus sobem um acima do outro de acordo com sua Aviut, acima até sua raiz, que é o mais denso entre eles. Este é a Bechiná Dálet, e Malchut que se tornou Kéter novamente. Também, Bechiná Guimel é Chochmá, Bechiná Bet é Biná, Bechiná Álef é ZA, e Kéter é considerada Malchut.
No princípio, a Massach foi purificado por um grau. Isto significa que a densa forma de Luz de Bechiná Dálet foi purificada, e readquiriu a forma de Aviut de Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Luz de Malchut partiu de seu lugar e subiu a Kli de ZA, desde então, também, o Ohr Yashár se expandiu de Ein Sóf na Massach, e a força detentora controlava a Massach até que um Zivug de Haka’á foi feito e as dez Sefirot de Ohr Chozêr emergiram da Massach de Bechiná Guimel.
Contudo, elas não estão mais no nível de Kéter, como elas estavam inicialmente, mas estão no nível de Chochmá. Isto é porque a Aviut de Bechiná ZA e Bechiná Guimel de Ohr Yashár tem o valor de Chochmá no Ohr Chozêr. Acontece que a Massach não voltou a ser Kéter devido ao Ohr Chozêr, mas voltou a ser Chochmá.
Posteriormente ele purificadou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Bet, que é Biná. Lá, também, o Ohr Yashár se expandiu a ela até ao Zivug de Haka’á e o erguer de Ohr Chozêr, embora no nível de Biná. E como a Aviut de Bechiná Guimel e Bechiná Dálet foi perdida, ela perdeu as primeiras duas Sefirot de Ohr Chozêr.
A seguir, ele purificou-se mais, e recebeu a purificação de Bechiná Álef, o Ohr Yashár de Ein Sóf acasalou nele, e o Ohr Chozêr subiu, embora no nível de ZA, carenciando Bechiná Biná, também. Depois ele purificou-se ainda mais, até à forma de Shóresh (raiz), que subiu até ao nível Kéter.
Nessa altura, não havia Aviut deixada na Massach em absoluto; assim não houve mais Zivug de Haka’á sobre o Ohr Yashár com ela. Por esta razão o Ohr Chozêr desapareceu completamente das dez Sefirot de Akudim, e veja no interior em Ramo Três e Ramo Quatro, onde isso é tudo explicado elaboradamente.
Então, foi clarificado que dado que o Ohr Pnimi está vestido no Kli de Malchut também, portanto, ele purifica-o grau a grau, e no caminho de sua purificação, as dez Sefirot KACHÁB ZON de Ohr Chozêr vão desaparecendo. Isto é assim porque durante sua ascensão a Bechiná Kéter, a Massach perde todo o seu poder para erguer Ohr Chozêr. Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashár partiram com ele, também, dado que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr são interdependentes e atados um ao outro.
9) Para explicar isso, eu irei primeiro explicar o estado das Sefirot com uma imagem do Taam (singular de Ta’amim – sinais de pontuação) Segolta, assim: , isto é, o Kéter está em cima, abaixo dela na direita está Chochmá, e à sua esquerda – Biná. Nós precisamos compreender isto, pois Deus nos livre, que o devamos compreender como uma descrição de lugares que o olho tangível percepcione. Também, a questão de Panim be Panim (face-a-face) e Achor be Achor (dorso-adorso) que se aplicam nas dez Sefirot, Deus nos livre que hajam costas e frente lá.
A coisa é que foi já explicado nas quatro Bechinot de Ohr Yashár que se expandem de Ein Sóf, que é Kéter, que a expansão do Kéter é chamada Chochmá. E ele se adensa à medida que se expande, isto é a intensificação do desejo de atrair abundância mais que a medida de sua expansão. Assim, isso é considerado como dois discernimentos: Bechiná Álef é o todo da Luz que se expande de Ein Sóf à aquele emanado, chamado Chochmá, e Bechiná Bet é a Hitaabut, que foi dado a ele pela intensificação do desejo de atrair nova abundância, chamada Biná.
Por esta razão, existem três discernimentos na Sefirá Biná: o primeiro discernimento é sua própria estrutura, que é uma parte da própria Chochmá. O segundo discernimento é a Luz que adensou nela por meio de sua intensificação para estender nova abundância de Kéter. O terceiro discernimento é a essência da abundância que ela atrai de Kéter, chamado Ohr de Chassadim, que é muito inferior que ao Ohr Chochmá que se estende diretamente do Emanador. Mas a Luz de Biná que ela estende de Kéter é associada por ela intensificação inicial, que foi adensada para isso.
E quando Biná atrai a Luz de Chassadim de Kéter, ela não atrai a Luz de Chochmá da Sefirá de Chochmá. Assim, ela é considerada como sendo Achor be Achor (dorso a dorso) com Chochmá. Acontece que o Ohr Chochmá, que é a Luz de Atzmut das dez Sefirot gerais nesses emanados, cessa dela, pois Biná voltou sua Panim para atrair Ohr Chassadim de Kéter.
Todavia, quando Bechiná Dálet aparece, e as dez Sefirot de Ohr Chozêr que se estendem dela, consideradas ainda mais Ohr Chassadim que o Ohr Chassadim em Biná, Biná não mais precisa atrair o Ohr Chassadim de Kéter, dado que ela recebe abundantemente do Ohr Chozêr de Malchut. Por esta razão, ela torna seu Panim de volta a Chochmá e atrai Ohr Chochmá uma vez mais. Nessa altura, o Ohr Chochmá, também, é atraído abundantemente nas gerais dez Sefirot nesses emanados. Isto é chamado Panim be Panim de CHAB, que eles ganharam por meio do Ohr Chozêr que sobe da Malchut.
Contudo, antes do exílio do Kli de Malchut, Biná voltou seu Panim ao Kéter, que é o estado do Taam Segolta, onde Biná está abaixo de Kéter, como Chochmá, mas Chochmá atrai a Luz de Atzmut de Kéter, e Biná atrai Luz de Chassadim de Kéter. E dado que a Luz de Atzmut é a Luz coletiva nos emanados, Chochmá é considerada “direita,” e a Luz de Chassadim é considerada “esquerda,” pois ela está associada com Gevura.
Então nós explicamos que a Luz de Atzmut não pode se espalhar no todo das dez Sefirot de Ohr Yashár, dado que Biná é Achor be Achor com ela, exceto durante um Zivug de Haka’á na Massach em Kli Malchut. Nessa altura, Biná não mais precisa do Ohr Chassadim e volta a estar PBP (Panim be Panim) com Chochmá.
Acontece que quando as dez Sefirot de Ohr Chozêr partiram do mundo de Akudim, acontece também que a Luz de Atzmut das dez Sefirot de Ohr Yashár também partiram com ele. Isto é porque o Ohr Chochmá e o Ohr Chozêr são interdependentes, e apenas Achoraim de Biná permanece lá no mundo de Akudim, ou seja, Luz de Chassadim e sua Gevura.
Agora você compreenderá as palavras do Ari que trouxemos acima, que a natureza do Ohr Pnimi é de purificar o Kli no qual está vestido, dado que ele gira à volta do Ohr Chochmá que se veste na interioridade do emanado por meio da Biná que volta a estar PBP com ele.que por meio disso os Achoraim de Biná são purificados. E dado que os Achoraim de Biná, que é Bechiná Bet, é a raiz de Bechiná Dálet, portanto, dado que a raiz é purificada, o ramo, Bechiná Dálet, também é purificado junto com ela.
10) Agora nós explicaremos o assunto do Bitush das Luzes Internas com as Luzes Circundantes, dado que elas estão atadas uma à outra, que eu apresentei acima em Item 5. Também trarei as palavras do Ari em Sha’ar Akudim, Capitulo Cinco, onde ele mesmo explica o assunto do Bitush extensamente. Isto foi o que ele escreveu, abreviadamente: Segue-se que há três tipos de Luz [na Hitpashtut da Luz no mundo de Akudim e sua partida de volta para o Emanador]. A primeira Luz são as Luzes de Akudim, chamadas Ta’amim. A segunda é o Reshimô dessa Luz, que permanece após sua partida, e ele é chamado Tagin. A terceira é a Luz que vem a ele por meio da ascensão das Sefirot, altura na qual é através do Achoraim, que é Din. Isto é chamado Nekudot.
E quando a terceira Luz, chamada Nekudot, vem e golpeia a segunda Luz, chamada Reshimô, que é Rachamim, elas golpeiam e batem uma na outra. Isto é porque elas são opostas: uma é Ohr Yashár, que é Rachamim, e a outra é Ohr Chozêr, que é Din. E então Nitzotzin (centelhas) caem do Ohr Chozêr descendente, que é Din, e estes Nitzotzin são outra, quarta Luz, chamada Otiyot. Estes são os quatro discernimentos – Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot – todos os quais estão incluídos aqui nos Akudim. Também, estes Nitzotzin que caíram do descendente Ohr Chozêr são como os 248 Nitzotzin da quebra dos vasos no mundo de Nekudim.
Interpretando suas palavras: De acordo com o que foi explicado acima relativo à ordem da expansão da Luz no mundo de Akudim, primeiro a Luz se expande de Ein Sóf ao Zivug de Haka’á na Massach no Kli de Malchut. Então, saem dela, as dez Sefirot de Ohr Chozêr de baixo para Cima, como está escrito em Item 6. Elas têm um valor inverso, onde os Superiores em Ohr Yashár estão abaixo no Ohr Chozêr, dado que nas dez Sefirot de Ohr Chozêr os graus diminuem de acordo com a pureza.
Logo, ZA, que é mais puro que Malchut, é de um grau mais baixo que Malchut. Mas isto é assim apenas em respeito à Chochmá nas dez Sefirot de Ohr Chozêr. E Biná, que é mais pura que ZA, foi diminuída no grau, e ela possui apenas o valor de Biná. Chochmá, que é mais pura que Biná, é diminuída no seu grau e tem apenas o valor de ZA. E Kéter tem o valor de Malchut, como está escrito lá e no interior, em Ramo Três.
Mas assim que o Ohr Yashár e Ohr Chozêr se unem e se juntam conjuntos, isso cria um valor igual, onde o nível de cada das dez Sefirot alcança o nível de Kéter, como escrito em Item 4. E o todo do mundo de Akudim, a expansão e retorno da Luz de Ein Sóf de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, e o Ohr Chozêr que se conjunta com o Ohr Yashár num nível igual por meio de Kéter, é chamado Ta’amim ou Hitpashtut Álef de Akudim.
Foi explicado acima (Item 8) que porque ao Ohr Pnimi se veste no Kli de Malchut, cuja natureza é de purificar o Kli, isso causa a purificação da Massach grau a grau. No princípio, ele recebe a purificação como em Bechiná Guimel. Isto é considerado que a Massach subiu a ZA. Nessa altura, o Ohr Ein Sóf se expande uma vez mais de Kéter aa Massach em Kli ZA, e de ZA ao Kéter. Isto diminui o valor do Ohr Chozêr que sobe da Massach ao grau de Chochmá, similar ao valor de ZA de Ohr Chozêr. Similarmente, os graus descem na Hizdakchut da Massach através da Hizdakchut de Bechiná Kéter de Ohr Yashár, altura na qual a Massach é cancelado e o Zivug de Haka’á cessa.
Logo, todo este Ohr Chozêr, que desce grau a grau até que ele desaparece completamente, é chamado “a Luz de Nekudot.” Isto é assim porque a Massach se estende do ponto de Tzimtzum, e assim detém o Ohr Yashár, também, de se aproximar e expandir nele. É como o ponto médio de Tzimtzum Álef que se decorou a si mesmo e fez partir a Luz nele, e assertivamente escolheu a Hizdakchut de sua Aviut, de modo a equalizar a forma dela com o Emanador, como foi explicado em detalhe em Panim Masbirot, Ramo Um. Assim, esta força, o desejo de ser purificado, está impressa na Massach.
Agora nós explicaremos o significado do Reshimô – a Luz de Tagin. É sabido que ainda embora a Luz parta, ela ainda deixa um Reshimô para trás dela. Assim, a primeira Hitpashtut no mundo de Akudim, que expandiu e retornou de Kéter a Malchut e de Malchut ao Kéter, suscitando dez Sefirot cujo nível equaliza Kéter em Ohr Pnimi, e similaridade, dez Sefirot de Ohr Makif, como escrito em Item 7 [note que aqui não houve Kli distinto para Ohr Pnimi e um Kli distinto para Ohr Makif]. Esse Kli, como um todo, é chamado Kli de Kéter. Isto é assim porque todas as dez Sefirot estavam no nível de Kéter. Assim, ainda embora esta Hitpashtut tenha partido uma vez mais, um Reshimô dela permaneceu independentemente, que mantém e sustenta a forma prévia lá, para que ela não fosse revogada ao todo devido à partida da Luz.
Concordantemente, você pode ver como a Luz de Reshimô, que permaneceu de Hitpashtut Álef, e o descendente Ohr Chozêr, que é a Luz de Nekudot, são dois opostos, golpeando e batendo um no outro. Isto é assim porque a Luz de Reshimô é fortalecida pela Hitpashtut Álef, onde o Ohr Yashár se expandiu por meio da Massach de Bechiná Dálet, e desejou muito que a Massach permanecesse especificamente em Aviut de Bechiná Dálet, dado que apenas pelo poder na excessiva Aviut em Bechiná Dálet tem ela o valor do nível de Kéter. Contudo, a Luz de Nekudot, a Massach em si mesmo, intensifica com todo o seu poder apenas para ser purificado de sua densa Luz, discernida como Din, e deseja ser absolutamente purificado e equalizar sua forma com o Emanador, dado que o primeiro início do ponto de Tzimtzum foi impresso nele, e esta é sua raiz.
11) Agora nós podemos compreender a quarta Luz, que caiu por meio do Bitush da Luz de Reshimô com a Luz de Nekudot, chamada Otiyot. Elas são como as 248 Nitzotzin na quebra dos vasos no mundo de Nekudim.
Você deve saber que em cada lugar em O Zohar, os Tikunim (correções de O Zohar), e nos escritos do Ari, a palavra Nitzotzin ou Natzatzin ou Hitnotzetzut indica Ohr Chozêr. Isto é porque a iluminação de Ohr Yashár é definida pelos nomes Orot ou Nehorin, e a iluminação de Ohr Chozêr é definida pelo nome Nitzotzin ou Zikin ou Hitnotzetzut. Logo, você vê que o assunto dos Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô no descendente Ohr Chozêr é também considerado Reshimô, embora ele seja um Reshimô de Ohr Chozêr, e assim definido pelo nome Nitzotzin.
A ordem da descida do Ohr Chozêr foi explicada acima (Item 8). No princípio, ele recebeu para a purificação de ZA e foi separado de Bechiná Dálet, que é o real Kli de Malchut. E quando o Ohr Ein Sóf se expande aa Massach em Kli ZA uma vez mais, esta Luz de Malchut estará no nível de Chochmá, carenciando a Bechiná Kéter da Luz geral de Akudim, dado que a Malchut em ZA não volta a ser Kéter, mas Chochmá. [Foi explicado que o doador essencial do nível nas dez Sefirot do emanado é a Luz de Malchut, como supramencionado (Panim Masbirot, Ramo Quatro).]
Segue-se que o verdadeiro Kli de Malchut está sem Luz, e dois Reshimot deviam ter ficado nele. O primeiro Reshimô é da Luz de Ta’amim, que mantém e sustenta a Aviut de Bechiná Dálet tanto quanto ela pode. O segundo Reshimô é da Luz de Nekudot, isto é a Luz atribuída aa Massach e que almeja a Hizdakchut.
Contudo, ambos não podem permanecer juntos, dado que eles são opostos. Isto é porque o lugar do Reshimô de Ta’amim é chamado Kli de Kéter, dado que suas dez Sefirot estão no nível de Kéter. E o lugar do Reshimô do descendente Ohr Chozêr é chamado Kli de Chochmá ou “abaixo de Kéter.” Assim, seu próprio Reshimô partiu de Malchut, também, e subiu ao Kli de ZA. E o Reshimô do descendente Ohr Chozêr permaneceu no seu lugar. Logo, aqui os Reshimô para os Nitzotzin de Ohr Chozêr foram rejeitados. Contudo, daqui em diante os Nitzotzin de Ohr Chozêr são rejeitados, para a Luz de Reshimô.
E após isso, na ascensão da Massach ao lugar de Biná, isto é, que ele recebeu a purificação de Bechiná Bet, e o Ohr Ein Sóf se expande e uma vez mais de Kéter a Biná e de Biná a Kéter, e então a Bechiná Chochmá é retirada, também. Então o Kli de ZA permanece sem Luz, e dois Reshimot foram deixados lá, também, da Luz de Ta’amim e do Ohr Chozêr, que são opostos um ao outro. E aqui o Reshimô domina os Nitzotzin de Ohr Chozêr, dado que o Reshimô de Ta’amim permanece no Kli ZA; e assim sendo, ele permanece na forma de Kli de Kéter.
Todavia, os Reshimô de Ohr Chozêr, que são os Nitzotzin de Kli Chochmá, são rejeitados abaixo de Tabúr, abaixo do Kli de Kéter, dado que a Hitpashtut do mundo de Akudim é através de Tabúr, pois Malchut de Akudim é chamada Tabúr. Também, é já sabido que Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr, cujo valor é considerado Kéter de Chochmá, permanecem lá dado que os Reshimô de Malchut de Ta’amim, que são verdadeiramente Bechiná Kéter, sobem a ZA. E os Nitzotzin que caem de Kli ZA, que são os Nitzotzin de Chochmá em Chochmá, caem abaixo de Tabúr, onde está Kéter de Chochmá.
Similarmente, na ascensão da Massach a Chochmá, quando ele se purificou para Bechiná Álef, o Ohr Ein Sóf estava ainda a expandir de Kéter a Chochmá e de Chochmá a Kéter, e esta Luz está no nível de ZA. Assim, o nível de Biná foi retirado, também, e o Kli de Biná permaneceu vazio, sem Luz e permaneceram dois Reshimot, como escrito acima: Reshimô de Ta’amim que permaneceram no seu lugar, e Reshimô do descendente Ohr Chozêr que foram rejeitados e caíram abaixo dos Nitzotzin de Chochmá abaixo de Tabúr.
A seguir, ele foi purificado acima até Bechiná Kéter, que ele é o Shóresh (raiz), e assim perdeu todos os Bechinot Aviut nele. Logo, o Zivug de Haka’á foi naturalmente cancelado, não tendo mais Ohr Chozêr. Acontece que nenhum Nitzotzin caiu de Bechiná Kéter de todo, e apenas o Reshimô de Ta’amim permaneceu lá.
Então nós explicamos cuidadosamente a oposição entre o Reshimô e o descendente Ohr Chozêr, pelo qual o pacote foi quebrado, e o Reshimô das dez Sefirot de Ta’amim que permanecem no lugar deles. Estes são considerados Kelim KACHÁB ZON de Kéter, até Tabúr de AK. E os Nitzotzin, que são Reshimô do descendente Ohr Chozêr, caidos fora do grau em que eles estavam. Eles são considerados como estando abaixo de Tabúr, ou seja, abaixo de Malchut de Akudim, que são considerados Kelim KACHÁB ZON de Chochmá, como nós dissemos acima, que eles são chamados Otiyot.
12) A razão para a Hizdakchut foi já explicada acima, no fim de Item 9: O Ohr Pnimi está conectado ao Kli de Malchut, que é na realidade apenas um Kli externo para o Ohr Makif, como está escrito em Item 7. Assim, quando o Ohr Chozêr sobe e trás CHAB de volta a PBP, como está escrito em Item 9, Aviut de Biná abandona-o, pois ela volta a ser um com a Chochmá, como eles eram inicialmente. E quando a Aviut na raiz é cancelada, a Aviut no ramo é cancelada, também. Logo, quando Biná se torna um objeto com Chochmá, ela purifica a Massach junto com ela, e ele, também, sobe grau a grau, por meio dela por causa dela, até que desaparece.
No princípio da entrada do Ohr Chozêr a Biná, ela começa a tornar seu Panim de volta a Chochmá. Logo, a Massach sobe de Bechiná Dálet e Bechiná Guimel. E quando ela atrai o Ohr Chochmá de Panim de Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Bet. E quando ela se torna um objeto com a Chochmá, a Massach sobe a Bechiná Álef, até que ele sobe a Bechiná Shóresh. Este é o significado do que é mencionado no Idra Raba, “a centelha foi sugada”.
Segue-se que o Ohr Chochmá, que é a Luz principal de Atzmut no primeiro emanado, isto é, o mundo Akudim, e o Ohr Chozêr que sobe do Kli de Malchut, estão atados um ao outro e perseguem-se um ao outro. Isto é porque sem o Ohr Chozêr, o Ohr Chochmá não seria capaz de expandir no emanado, dado que a Biná volta sua face para sugar Ohr Chassadim de Kéter, e seu dorso a Chochmá. Isto significa que ela não irá sugar o Ohr Atzmut dele.
Contudo, quando o Ohr Chozêr sai, Biná volta sua face de volta a Chochmá, e apenas então pode a Luz de Atzmut se expande no emanado. Logo, a Luz de Atzmut depende do Ohr Chozêr. Mas quando CHÁB voltam a estar PBP, e sua amamentação de Kéter cessa, sua Aviut é cancelada, que naturalmente cancela a Aviut no ramo, que é a Massach. Então, o Ohr Chozêr desaparece, também. Então, o Ohr Chozêr é repelido e perseguido por causa da Luz de Atzmut.
Isto irá explicar completamente as palavras do Ari, que eu apresentei acima, Item 5, que o Ohr Pnimi e Ohr Makif se batem um no outro, e seu golpear gera os Kelim. Isto é porque o Ohr Pnimi é o Ohr Chochmá que se expande no emanado devido ao Ohr Chozêr. E o Ohr Makif é a Massach, que é o Kli externo, que está atado a todo o Ohr Makif que está destinado a sair para os mundos por meio de Ohr Chozêr, como escrito em Item 7.
E embora eles sejam dependentes um do outro, ou seja, o Ohr Pnimi que se expande apartir de devolver golpes CHÁB PBP dos golpes em Ohr Makif que purifica a Massach e causa a partida da Luz do mundo de Akudim, e nisso também as Reshimot de Ta’amim e de Ohr Chozêr se separam um do outro, e o Reshimô de Ohr Chozêr é rejeitado fora da presença dela, isto é abaixo de Tabúr, chamados Otiyot (letras), e estes são os Kelim.
13) Logo, nós clarificámos completamente a razão para a partida, devido à gradual Hizdakchut da Massach até que todo o Ohr Chozêr desapareceu, e junto com ele, a Luz de Atzmut de Kéter e Chochmá de Ohr Yashár. Todavia, isso não ficou assim: seguindo o desaparecimento da Luz de Atzmut, Biná voltou sua Panim de volta para Kéter, por abundância de Ohr Chassadim, e assim, as anteriores Achoraim e Aviut voltaram para ela; por isso, a Aviut dela voltou aa Massach, também, que são o ramo dela.
Também, é sabido que o Ohr Yashár do Emanador não para de fluir ao emanado sequer por um momento. Assim, depois da Massach ter ganhado novamente sua Aviut, o Ohr Yashár de Ein Sóf foi renovado nos quatro supramencionados Bechinot, acima até ao Zivug de Ohr Chozêr. E uma vez mais, as dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr expandiram-se no mundo de Akudim. Isto é chamado Hitpashtut Bet do mundo de Akudim.
Todavia, dado que CHÁB voltaram a estar PBP por meio do supramencionado Ohr Chozêr, a Aviut e Achoraim de Biná purificaram uma vez mais, e com isso, a Aviut de Massach, que é seu ramo. E uma vez mais, o Zivug de Haká e o Ohr Chozêr foram cancelados, e Biná volta a atrair Ohr Chassadim de Kéter. Então, a Luz de Atzmut partiu como antes.
Similarmente, assim que as Achoraim e Aviut voltaram a Biná, a Aviut foi atraída na Massach, também, e naturalmente, o Ohr Yashár renovado na Massach. Por meio disso, a Luz de Atzmut expandiu, também.
Isto é repetido similarmente: quando o Ohr Chozêr vem, a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais. E quando a Luz de Atzmut vem, o Ohr Chozêr parte. E quando o Ohr Chozêr parte, a Massach ganha novamente sua Aviut, e o Ohr Chozêr é renovado, e a Luz de Atzmut espalha-se uma vez mais, e assim por diante. Acontece que esta segunda Hitpashtut é como uma chama constante movendo para trás e diante. É por isso que o Ari diz que Ohr Pnimi e Ohr Makif que estão atadas em um Kli golpeiam e batem uma na outra.
Isto clarifica a grande diferença entre Hitpashtut Álef de Akudim que estava no nível de Kéter, dado que o Ohr Yashár acasalou com a Massach de Bechiná Dálet, e a presente Hitpashtut, que está apenas no nível de Chochmá. Isto é porque a inteira Aviut da Massach é apenas uma Hitpashtut da Aviut de Biná, como na Aviut de ZA, que estende apenas o nível de Ohr Chochmá, como está escrito em Item 8. Mas esta Luz, também, não é constante. Em vez disso, ela é como uma chama que se movimenta para diante e trás. Isto explica completamente que a questão da Hitpashtut Bet de Akudim é continuada da partida da Hitpashtut Álef em si mesma.
14) Agora nós podemos compreender as palavras do Ari em Sha’ar Nikudim, Capítulos Um e Dois, que AK se restringiu a si mesmo e ergueu todas as Luzes de baixo de Tabúr ao Tabúr e Acima, e elas subiram como MAN a AB de Galgalta. Lá, ele colocou um limite (cortina) nos seus internos e a Luz que subiu de NH’’Y saiu através dos Eynaim, até que se estendeu abaixo de Tabúr, e espalharam-se nas dez Sefirot do mundo de Nekudim.
E da Luz que foi renovada ao erguer MAN, ela espalhou-se também e fendeu a Parsá, e desceu abaixo de Tabúr, que se espalha através dos Nekavim (buracos) de Tabúr e Yessód, para dentro das dez Sefirot do mundo de Nekudim. Estas duas Luzes compreendem as dez Sefirot de Nekudim. Estas duas Luzes e este novo Tzimtzum requerem grande detalhe, que será feito a seu tempo. Aqui eu explicarei como necessário neste lugar.
Foi já explicado que as Luzes abaixo de Tabúr de AK são as Otiyot e Nitzotzin que caíram por meio do Bitush do Reshimô de Kéter e os Ta’amim no Reshimô de Chochmá e Nekudot. Até que elas sairam abaixo no inteiro Reshimô de Kéter, e este lugar de saída é chamado NEH’’Y e “abaixo de Tabúr.”
Agora, depois de Hitpashtut Bet – que é apenas Ohr Chochmá em Kli de Kéter – ter voltado ao mundo de Akudim, a equivalência entre as Reshimot de Ta’amim e as Reshimot de Nekudot foi feita uma vez mais. Isto é porque eles são ambos considerados Chochmá, e assim todos os KACHÁB ZON de Reshimot de Nekudot abaixo de Tabúr foram atraídos, subiram, e reconectaram-se com as Reshimot Acima de Tabúr. É por isto que o Ari diz que AK ergueu a Luz de baixo de seu Tabúr para Acima de seu Tabúr.
Contudo, nós precisamos compreender porque é isso chamado Tzimtzum. A coisa é que existem dois discernimentos nestes Nitzotzin que subiram. O primeiro é um Nitzotzin de Kéter do descendente Ohr Chozêr que permaneceu no próprio Tabúr, que ele é Malchut de Akudim e Bechiná Dálet. A Luz de Hitpashtut Bet não a alcança, dado que ela é de Bechiná Guimel, e tem Aviut da Hitpashtut de Achoraim de Biná. O segundo discernimento é Nitzotzin de CHÁB e ZON que é de Bechiná Guimel, como está escrito em Itens 11 e 12.
Logo, assim que CHÁB ZON de Nitzotzin subiram, as Luzes aumentaram lá mais que antes, devido à Aviut que foi acrescentada a elas por sua queda abaixo de Tabúr. E portanto, o Nitzotzin de Kéter no Tabúr, que é Bechiná Dálet, estenderam lá, também. E naturalmente, a Luz de Ohr Yashár de Ein Sóf, que nunca pára, foi espalhada e renovada sobre eles. Então, o Zivug de Ohr Chozêr foi feito em Bechiná Dálet, e como um resultado, dez novas Sefirot emergiram no nível de Kéter, como em Hitpashtut Álef.
Então, você vê como duas Bechinot de dez Sefirot foram feitas dos Nitzotzin que subiram: dez Sefirot no nível de Chochmá foram feitas dos CHÁB ZON de Nitzotzin que foram corrigidos na sua ascensão sozinhos, dado que eles são de Bechiná Guimel, como Hitpashtut Bet, e dez novas Sefirot no nível de Kéter foram feitas dos Nitzotzin de Kéter.
Estes dois Partzufim são as raízes dos Partzufim AVI e YESHSUT de Atzilut. O novo Partzuf no nível de Kéter é AVI, e é chamado Chochmá e Aba de Atzilut. E o Partzuf da velha Luz, no nível de Chochmá, é YESHSUT, e é chamado Biná e Ima de Atzilut.
Com estas raízes você irá compreender o que está escrito na Idra Zuta, que Aba trouxe Ima para fora devido a seu filho, e o próprio Aba foi feito como uma espécie de macho e fêmea. Isto é assim porque o Partzuf Superior, que está no nível de Kéter, chamado Aba, foi feito como uma espécie de macho e fêmea, dado que ele elevou Bechiná Dálet – Nukva e Malchut – até ele. E Biná, o Partzuf inferior, cujo nível está abaixo de Kéter, abandonou Aba por causa da Nukva, que é Bechiná Dálet, que termina e detém a Luz Superior de se expandir abaixo dela. É por isso que esta Bechiná Dálet é chamada Parsá, sem o Nekev (buraco) que existem em Bechiná Bet. E por causa desta Parsá, YESHSUT não veste a Luz de Kéter.
Acontece que Bechiná Bet, que é Biná, na qual a Tzimtzum Álef não se aplicou de todo, se tornou agora deficiente, dado que ela foi restringida, também, pois ela está abaixo de Bechiná Dálet. Foi por isto que o Ari disse que AK se restringiu a si mesmo ao erguer Luz de abaixo de Tabúr, relativamente a Bechiná Bet que foi agora restringida devido à ascensão de MAN.
15) Você deve conhecer a grande diferença entre Rosh e Guf. O Rosh é chamado GAR, e o Guf é chamado VAK, ZAT, ou ZON. O Guf em si mesmo está dividido em GAR e ZON, também.
A raiz desta divisão é que acima até o Pê – Malchut – a estrutura é feita essencialmente de Ohr Yashár. E o Ohr Chozêr que sobe e se junta ele é apenas um veste em relação a ele e oposto a ele, o Guf, que ela é Hitpashtut da Massach em si mesmo, na mesma extensão que ele veste as Sefirot de Rosh. Assim, ele é feito principalmente de Ohr Chozêr, e as dez Sefirot de Ohr Yashár são como seus ramos.
Embora ele seja chamado ZON, ele é essencialmente apenas Malchut. Isto é assim porque não há Luz de Malchut na realidade de todo, exceto com NEH’’Y de ZA que se unem com ela num Zivug de Haká. Assim, os dois são considerados como um que se expandem por meio do Ohr Chozêr. E foi já explicado acima que a Massach detentor e o Ohr Chozêr que emerge como um resultado dele não são atribuídos ao Emanador, mas apenas ao emanado. Por esta razão, o Rosh é considerado como a Atzmut da Luz do Emanador, e o Guf é considerado apenas como o ato do emanado em si mesmo.
Agora você compreende os cinco inclusivos Partzufim de AK, chamados Galgalta, AB, SAG, MA, e BON, e a ordem de sua criação e veste de uns e outros, como eles estão interligados e emergem um do outro por meio de causa e consequência. Isto é assim por causa de Seu uno, único, e unificado Pensamento – cuidadosamente explicado em Panim Masbirot, Ramo Um – que é de deleitar Suas criações. Este Pensamento é a raiz do Kli, e de Tzimtzum Álef que ocorreu em Bechiná Dálet, embora indiretamente, como está escrito lá em Item 7, como na alegoria sobre o homem rico. Veja em Item 8, que este único Pensamento engloba o todo da realidade, todos os mundos, e todas as muitas formas e condutas até ao fim da correção, quando todas elas se reunirem com a Luz de Ein Sóf de antes do Tzimtzum, em simples união, em uma forma que se encontra Acima de nós – “de deleitar Suas criaturas.”
E imediatamente seguindo o Tzimtzum em Bechiná Dálet, que é a Gadlut (maturidade, amadurecimento) do desejo em Malchut de Ein Sóf, quatro formas de gradações apareceram no Reshimô que foi esvaziado da Luz – no Kli. Elas são chamadas CHÁB, ZA, e Malchut, e elas contêm Ohr Pnimi e Ohr Makif, logo doze formas.
Posteriormente, a Luz estendeu-se sobre o supramencionado Reshimô, abaixo até ao ponto de Tzimtzum, dado que Sua Luz não para de todo, e recorde-se disso. Então a fina linha estendeu-se para dentro do Reshimô, e ela é chamada “fina” porque a Luz de Atzmut estende-se ao emanado apenas no Ohr Chozêr que sobe num Zivug da Massach. E pelo poder do Ohr Chozêr, o Tzélem de AK foi revelado na forma de Partzuf Galgalta, que é chamado, no exemplo, “o princípio da linha.”
Ele expande sobre os vinte e cinco discernimentos, dado que existem KACHÁB ZON em cumprimento e existem KACHÁB ZON em espessura. Como nós dissemos, porque Malchut voltou a ser Kéter, cada um KACHÁB ZON se expande em dez Sefirot até Kéter, e isso é chamado no exemplo, Galgalta, Eynaim, ACHAP, ou Galgalta, AB, SAG, MA, e BON. O nível de cada deles alcança Galgalta, e suas Luzes emergem da interioridade deste emanado, como foi explicado em Panim Masbirot, Ramo Três, Item 2, p. 32, a respeito da ordem da suscitação de Luzes devido à Hizdakchut da Massach.
16) E assim começa a suscitação de AB. Suscitação diz respeito a carência. Devido à Hizdakchut de Bechiná Dálet do AK Interno, chamada Pê, ela recebeu Aviut de Bechiná Guimel. E depois da Luz de Ein Sóf ser atraída sobre este Massach, novas dez Sefirot emergem no nível de Chochmá, chamadas AB. Acontece que o AB que sai é subtraído do AB que permanece dentro de AK, no nível de Kéter.
Logo, o Kéter de AB externo veste Chochmá de Galgalta, e espalha-se até o Tabúr do AK Interno. E ele, também, contém vinte e cinto Bechinot de seus dez Sefirot de Ohr Yashár, que são seus Galgalta, Eynaim, Ózen, Chótem, Pê, cada um deles se espalha pelo poder do Ohr Chozêr sobre as cinco Bechinot, até Kéter de AB.
Todavia, o Kéter geral do AK Interno permanece revelado, e nele é discernido Rosh e Guf também. Do Pê para baixo, ele é chamado Guf, dado que ele é apenas Hitpashtut da Massach sozinho. Assim, o Ohr Pnimi e Ohr Makif estão atados lá apenas na Bechiná Dálet de AB sozinho. É por isso que eles tinham de partir uma vez mais, e isto é chamado “o mundo de Nekudim,” sendo ZON e Guf de AB Externo.
Também, foi já explicado que a Aviut voltou aa Massach depois da Histaklut de seu Guf, e uma segunda Hitpashtut ocorreu lá, como está escrito em Itens 13 e 14. Ele estende as Luzes abaixo de Tabúr para Acima de Tabúr, e por esta ascensão, os AVI Superiores são corrigidos. Uma Parsá foi espalhada por baixo deles, e YESHSUT é da Parsá ao Tabúr. Toda esta ascensão é chamada “Partzuf SAG Externo,” isto é, que ele abandonou seu grau anterior, que, no AB externo era Biná no nível de Kéter Chochmá, que é a Luz de Ózen até Shibolet há Zakan.
Contudo, neste Partzuf, que foi feito dos Nitzotzin que caíram das Luzes de Pê do AB Externo, dado que Biná deste Partzuf está abaixo de todas as dez Sefirot de AVI Superiores, logo ela é carente do Kéter. Então, seu lugar é de Pê para baixo, isto é de Shibolet ha Zakan, que é a Galgalta dele.
E como que o AB Externo veste apenas Malchut do Kéter geral e os Nove Superiores permanecem revelados, também o SAG Externo não veste apenas Malchut de Kéter de AB, ou seja, de Pê para baixo, e o seu Nove Superiores, que são o todo do Rosh, permanece revelado. E como o AB tirou seus ramos através das Se’arot (cabelo) Rosh, estas SAG tiraram seus ramos através das Se’arot ACHAP, que serão exaltados no seu lugar. Este é o significado da Luz que é retirada deles devido a sua saída, comparada à Superior que lá permanece nas Se’arot como circundantes, como circundante de retorno.
E este SAG veste o AK de Shibolet ha Zakan até seu fim. Isto significa que suas Bechiná Rosh, que são GAR, se estendem até Tabúr, que estão no valor de Galgalta, Eynaim, Ózen, e Chótem. Seu Pê expande-se por si mesmo em dez Sefirot de Guf, como o Pê de AB Externo. E o caso das Luzes do Pê de SAG externo, como no caso das Luzes de Pê de AB Externo, que devido a eles estarem atados em um único Kli, houve gradual Hizdakchut da Massach neles também, até que foi purificado em Bechiná Kéter, e a inteira Hitpashtut desapareceu.
Este é o significado da quebra dos vasos e a queda dos 248 Nitzotzin. Todavia, isto aconteceu apenas na Bechiná ZON deles, e não no GAR deles, devido à correção da Parsá, como será exaltado no seu lugar. Posteriormente, os Nitzotzin que caíram do Pê de SAG Externo se estenderam e subiram também, na forma de MAN, no lugar deles, que então o novo MA saiu, e as dez Sefirot de Atzilut foram estabelecidas na forma de doze Partzufim.
Logo, todas as anteriores Bechinot estão incluídas no mundo de Atzilut, como está escrito em A Árvore da Vida, E o mundo de Briá foi impresso do mundo de Atzilut, de uma maneira que tudo o que existe em Atzilut é impresso em Briá. Yetzira é impresso de Briá, Assiá é impresso de Yetzira, e, portanto, não há nenhuma realidade ou lidereança nos inferiores que não esteja diretamente relacionado aos Superiores, que d’Ele derive e se estenda até sua essência inferior.
É por isto que nossos sábios disseram, “Não há uma planta abaixo que não tenha um mazal (signo, anjo) que lhe golpeia e diz, ‘Cresça!’” Isto é assim porque tudo o que se estende de um mundo Superior até um inferior, se estende por meio de Zivúgim (plural de Zivug). Mas os mundos estão divididos em interioridade e exterioridade. A interioridade dos mundos, de Atzilut para baixo, não se estende por meio de um Zivug de Haká na Massach, mas por meio de Zivug de Yessódot (plural de Yessód). Mas a exterioridade, que se estende de mundo para mundo, estendes-se por meio de um Zivug de Haká.
Este é o significado do golpear, e é por isso que nossos sábios meticulosamente afirmaram que o anjo no mundo de Yetzirá, que é a raiz da folha de grama no mundo de Assiá, doa sobre ela e nutre-a na forma de Zivug de Haká. Por outras palavras, ele lhe golpeia e diz, “Cresça!” dado que dizer significa doar.
Então, a questão de causa e consequência em Galgalta, AB, SAG de AK foi cuidadosamente explicada, e a qualidade deles de se vestir um sobre o outro. Cada inferior tem o valor de ZON do Superior, que se estende apenas dos Nitzotzin das Luzes do Pê do Superior.
E foi clarificado que no surgimento de AB, a Massach estava incluído em Bechiná Guimel. E no surgimento de SAG, a Massach estava incluído em Bechiná Bet, até Nukva de Aba. E no surgimento de MA de dentro para fora, a Massach estava incluído em Bechiná Álef. Isto será explicado no seu lugar.
Também, Malchut de Bechiná Guimel é chamado Tabúr, de Bechiná Bet é chamado Parsá, e de Bechiná Álef é chamado Kruma (crosta). Não há nada mais a acrescentar aqui; Eu apenas atei as questões nas suas raízes de uma fácil e breve maneira. Esta é minha intenção neste lugar; mas dentro do livro, as questões são explicadas elaboradamente.
TALMUD ESÊR SEFIROT, PARTE UM, HISTAKLUT PNIMIT*
/0 Comments/in Baal HaSulam, Library /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
Primeiro, você deve saber que quando lidando com assuntos espirituais que não dizem qualquer respeito a tempo, espaço e movimento, e além do mais, quando lidando com a Divindade, não temos as palavras pelas quais expressar e contemplar. O nosso vocabulário inteiro é retirado de sensações de sentidos imaginários. Assim, como podem eles nos ajudar onde o sentido e a imaginação não reinam?
Por exemplo, se você pegar na mais subtil das palavras, nomeadamente “luzes,” esta contudo se assemelha e empresta da luz do sol, ou uma luz emocional de satisfação. Então, como podem elas ser usadas para exprimir os assuntos Divinos? Elas certamente falhariam em proporcionar ao leitor algo verdadeiro.
Isto é ainda mais verdadeiro num lugar em que estas palavras deveriam revelar as negociações na sabedoria impressa, como é feito com qualquer investigação da sabedoria. Se falharmos em até uma única palavra inadequada, o leitor será instantaneamente desorientado e não encontrará suas mãos e pernas em todo este assunto.
Por essa razão, os sábios da Cabalá escolheram uma linguagem especial, à qual chamamos “a linguagem dos ramos.” Não há uma essência ou uma conduta de uma essência neste mundo que não comece na sua raiz no Mundo Superior. Além do mais, o principio de todo o ser neste mundo começa do Mundo Superior e então desce a este mundo.
Então, os sábios acharam uma linguagem adequada sem problemas pela qual eles poderiam transmitir as suas realizações um ao outro por palavra oral e em escrita de geração para geração. Eles pegaram nos nomes dos ramos neste mundo, em que cada nome é autoexplicativo, como se apontando à sua Raiz Superior no sistema dos Mundos Superiores.
Isso deve apaziguar a sua mente em respeito às expressões perplexas que frequentemente encontramos nos livros da Cabalá, e algumas que são até estranhas ao espírito humano. Isso é porque uma vez que eles escolheram esta linguagem para se exprimirem a si mesmos, nomeadamente, a linguagem dos ramos, eles não poderiam mais deixar um ramo inutilizado devido ao seu grau inferior. Eles não podiam evitar usá-lo para exprimir o conceito desejado quando o nosso mundo sugere que nenhum outro ramo seja tomado no seu lugar.
Tal como dois cabelos não se alimentam do mesmo forâmen, não temos dois ramos que se relacionem à mesma raiz. É também impossível exterminar o objeto na sabedoria que é relacionado a essa expressão inferior. Tal perda infligiria prejuízo e confusão em todo o reino da sabedoria, uma vez que não há outra sabedoria no mundo em que os assuntos estejam tão entremeados por causa e efeito, razão e consequência como na sabedoria da Cabalá. Os assuntos estão interligados e atados uns aos outros do alto a baixo como uma longa cadeia.
Então, não há liberdade de escolha aqui para trocar e substituir os maus nomes com uns melhores. Devemos sempre providenciar o ramo exato que aponta à sua Raiz Superior e elaborar sobre esse até que a definição exata seja proporcionada para a análise do leitor.
Certamente, aqueles cujos olhos ainda não foram abertos para as vistas do Céu, e ainda não adquiriram proficiência nas ligações dos ramos deste mundo com suas raízes nos Mundos Superiores são como os cegos raspando as paredes. Eles não compreenderão o verdadeiro significado de sequer uma única palavra, pois cada palavra é um nome de um ramo que se relaciona à sua raiz.
Apenas se eles receberem uma interpretação de um sábio genuíno o qual se faz de si mesmo disponível para explicar na linguagem falada, que é necessariamente como traduzir de uma língua para outra, da linguagem dos ramos para a linguagem falada. Apenas então será ele capaz de explicar o termo espiritual como este o é.
Foi isso que me preocupei em fazer nesta interpretação, para explicar as dez Sefirot como o Divino sábio o Ari nos instruiu, na sua pureza espiritual, desprovido de quaisquer termos tangíveis. Então, qualquer principiante pode abordar a sabedoria sem cair em qualquer materialização ou engano. Com o entendimento destas dez Sefirot, um irá também chegar a examinar e saber como compreender as outras questões nesta sabedoria.
CAPITULO UM
“Saiba que antes das emanações serem emanadas e as criaturas criadas, uma Superior Luz Simples tinha preenchido o todo da realidade” (A Árvore da Vida). Estas palavras requerem explicação: Como houve uma realidade que a Luz Simples tenha preenchido antes dos mundos serem emanados? Também, a questão da aparição do desejo de ser restringido de forma a trazer a perfeição das Suas ações à luz. Está implícito no livro que já havia certo desejo aqui.
Também, o problema do ponto médio nEle, onde a restrição ocorreu, é bastante perplexo, pois ele já tinha dito que não havia nem principio ou fim ali, então como havia um meio? Certamente estas palavras são mais profundas que o oceano, e devo desta forma elaborar na sua interpretação.
Não há uma única coisa no todo da realidade que não esteja contido em Ein Sóf. Os termos contraditórios no nosso mundo são contidos nEle na forma de Um, Único e Unificado.
1) Saiba que não há uma essência de um único ser no mundo, tanto os percebidos pelos nossos sentidos e os percebidos pelo nosso olho da mente, que não esteja incluída no Criador, pois todos eles vêm até nós dEle, e pode um dar o que não está nEle?
Devemos compreender os conceitos que são separados ou opostos para nós. Por exemplo, o termo, “sabedoria” é considerado como diferente do termo, “doçura”, pois sabedoria e doçura são dois termos separados. Similarmente, o termo, “operador”, certamente difere do termo, “operação”. O operador e sua operação são necessariamente dois conceitos separados. Isto é ainda mais assim com termos opostos tais como “doce” e “amargo”; estes são certamente examinados separadamente.
Contudo, nEle, sabedoria, prazer, doçura e pungência, operação e operador, e outras tais diferentes e opostas formas são todas contidas como um na Sua Simples Luz. Não existem quaisquer diferenciações entre eles, como é o termo “Um, Único e Unificado”.
“Um” indica uma uniformidade singular. “Único” implica que tudo que se estende dEle, todas estas multiplicidades estão nEle tão singulares como Sua Essência. “Unificado” mostra que embora Ele execute muitas operações, há uma Força que executa todas estas, e todas elas voltam e se unem na forma de Um. Certamente, esta uma forma engole todas as formas que aparecem nas Suas Operações.
Este é um assunto muito subtil e nem toda a mente o pode tolerar. O Ramban já nos tinha explicado o assunto da Sua singularidade, como expresso nas palavras, “Um, Único e Unificado”.
Há uma diferença entre “Um”, “Único”, e “Unificado”:
- Quando Ele se une para agir com Uma Força, Ele é chamado “Unificado”.
- Quando Ele se divide para acionar a Sua ação, cada parte d’Ele é chamada “Única”.
- Quando Ele está em numa uniformidade singular, Ele é chamado “Um”.
Interpretação: “Unindo para agir com Uma Força”, quando Ele trabalha para dar, como é digno da Sua Unicidade, e Suas operações são imutáveis, quando Ele “divide para acionar a Sua ação”, isto é quando as Suas operações diferem, e Ele aparenta estar a fazer bem e mal, então Ele é chamado “Único”, uma vez que todas as Suas diferentes operações têm um resultado singular: beneficiar.
Nós descobrimos que Ele é único em toda a ação singular e não muda pelas Suas várias operações. Quando Ele está numa uniformidade singular, Ele é chamado “Um”. Um aponta à Sua Essência, em que todos os opostos estão numa uniformidade singular. É como o Rambam escreveu, “NEle, conhecedor, conhecido e conhecimento são um, pois Seus Pensamentos são de longe mais Elevados que os nossos pensamentos, e Suas maneiras mais Elevadas que as nossas maneiras”.
Dois discernimentos em doação: antes que seja recebido e depois de ser recebido.
2) Devemos aprender dos que comeram o manná. Manná é chamado “Pão do céu” pois este não materializou quando vestindo neste mundo. Nossos sábios disseram que todo e cada um provou tudo o que ele ou ela queriam provar nele.
Isso significa que ele tinha de ter formas opostas nele: uma pessoa provou doce e a outra provou-o como acre e amargo. Então, o manná em si mesmo tinha de ter sido contido de ambos os opostos juntos, pois pode um dar o que não está nele? Então, como pode haver dois opostos no mesmo portador?
É desta forma uma obrigação que seja simples e desprovida de ambos os sabores, mas esteja apenas incluída neles de certa maneira que o receptor corpóreo possa discernir o sabor que ele ou ela quer. Da mesma maneira, você pode perceber o que quer que seja espiritual: é único e simples em si mesmo, mas consiste da inteira multiplicidade de formas no mundo. Quando caindo na mão de um corpóreo, receptor limitado, o receptor discerne uma forma separada nele, ao contrário de todas as outras formas unidas naquela essência espiritual.
Devemos desta forma distinguir sempre dois discernimentos na Sua doação:
- A forma da Essência dessa Abundância Superior antes de ser recebida, quando ela é ainda inclusiva Luz Simples.
- Depois da Abundância ter sido recebida, e então adquiriu uma forma separada de acordo com as propriedades do receptor.
Como podemos nós perceber a alma como uma parte da Divindade?
3) Agora podemos chegar ao entendimento do que os Cabalistas escreveram acerca da essência da alma: “A alma é uma parte de Deus Acima e não é de todo alterada do Todo, exceto que a alma é uma parte e não o Todo”. É como uma pedra que é cravada de uma montanha: a essência da pedra e a essência da montanha são a mesma e não há distinção entre a pedra e a montanha, exceto que a pedra é apenas uma parte da montanha e a montanha é o todo.
Estas palavras parecem completamente perplexas. É mais difícil compreender como partes e diferenças podem ser discernidas na Divindade ao ponto de assemelharem estas a uma pedra que é cravada de uma montanha por um machado e uma marreta. Mas na Divindade, como e o que as separaria uma da outra?
O espiritual é dividido por Diferença de Forma, como o corpóreo é dividido por um machado.
4) Antes que venhamos a clarificar o assunto, explicaremos a essência da separação na espiritualidade: Saiba que entidades espirituais se tornam separadas uma da outra apenas por Diferença de Forma. Em outras palavras, se uma entidade espiritual adquire duas formas, não é mais uma, mas duas.
Deixem-me explicá-lo nas almas das pessoas, que são também espirituais: É sabido que a forma da lei espiritual é simples. Certamente, existem tantas almas como existem corpos, onde as almas brilham. Todavia, elas são separadas uma da outra pela Diferença de Forma em cada uma delas, como os nossos sábios disseram, “Como suas faces não são as mesmas, suas opiniões não são similares”. O corpo pode discernir a forma das almas e dizer se cada alma especifica é uma boa alma ou uma alma má e similarmente com as várias formas.
E você vê que assim como um assunto corpóreo é dividido, cortado, e torna- se separado por um machado e movimento que aumentam a distância entre cada parte, um assunto espiritual é dividido, cortado, e separado pela Diferença de Forma entre cada parte. De acordo com a medida de disparidade, assim é a distância entre cada duas partes.
Como pode haver Diferença de Forma na Criação em respeito a Ein Sóf?
5) É agora claro neste mundo, nas almas das pessoas. Porém, na alma, que é uma parte do Deus Acima, é ainda pouco claro como é ela separada da Divindade ao ponto que lhe podemos chamar “uma Parte Divina”. Não devemos dizer, “por Diferença de Forma”, uma vez que já dissemos que a Divindade é Luz Simples, que contem toda a multiplicidade de formas e formas opostas no mundo na Sua Simples Singularidade, como em “Um, Único e Unificado”. Então, como podemos nós descrever Diferença de Forma na alma, fazendo-a diferente da Divindade, interpretando-a distinta, para lá adquirir uma parte dEle?
Certamente, esta questão aplica-se principalmente à Luz de Ein Sóf antes do Tzimtzum (restrição), pois na realidade perante nós, todos os mundos, Superiores e inferiores, se distinguem por dois discernimentos:
- O primeiro é a forma de toda esta realidade, como é antes do Tzimtzum. Nessa altura, tudo era sem fronteiras e sem fim. Este discernimento é chamado, “a Luz de Ein Sóf”.
- O segundo discernimento é a forma desta realidade inteira do Tzimtzum para baixo. Então tudo se tornou limitado e medido. Este discernimento é chamado os quatro mundos, Atzilut, Briah, Yetzirah, Assiá.
É sabido que não há pensamento e qualquer percepção na Sua Essência, e nenhum nome e apelação está nEle. E o que não alcançamos, como podemos definir por um nome? Um nome implica obtenção, indicando que o alcançamos como esse nome.
Então, é certo que não há qualquer nome e apelação na Sua Essência. Em vez, todos os nomes e apelações são apenas a Sua Luz, que se expande dEle. A expansão da Sua Luz antes do Tzimtzum, que preencheu toda a realidade sem barreiras e sem fim é chamada Ein Sóf. Então devemos compreender como a Luz de Ein Sóf é definida em si mesma e deixou Sua Essência, assim podemos defini-la por um nome, como dissemos sobre a alma.
Explicação das palavras: “Então, trabalho e labor foram preparados para a recompensa das almas, dado que ‘Aquele que come o que não é seu, tem medo de olhar na sua face.’”
6) Para de alguma forma compreender este lugar sublime, devemos avançar em detalhe adicional. Investigaremos o eixo de toda a realidade perante nós e seu propósito geral. Há um Operador sem um propósito? E qual é esse propósito, pelo qual Ele inventou toda esta realidade perante nós nos Mundos Superiores e nos mundos inferiores?
Certamente, nossos sábios já nos instruíram em muitos lugares que todos os mundos foram criados apenas para Israel, que mantêm Torá e Mitzvot. Todavia, devemos compreender esta questão dos nossos sábios, que perguntaram sobre isso: “Se o propósito da criação dos mundos é de deleitar Suas criaturas, porque criou Ele este corpóreo, turvo e atormentado mundo? Sem este, Ele certamente deleitaria as almas tanto quanto Ele quisesse; então porque trouxe Ele a alma para tal abominável e imundo corpo?”
Eles explicaram-no com o verso, “O que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua face”. Isso significa que há um defeito de vergonha em qualquer dádiva gratuita. Para poupar às almas esta deformidade, Ele criou este mundo, onde há trabalho. E desfrutaremos do seu trabalho, pois elas tomam pagamento do Todo em retribuição do seu trabalho, e são então poupadas da deformidade da vergonha.
Qual é a razão entre trabalhar setenta anos e deleite eterno,visto que não há maior dádiva gratuita que esta?
7) Estas palavras deles são perplexas por completo. Primeira perplexidade: o nosso principal objetivo e oração é, “Poupe-nos uma dádiva gratuita”. Nossos sábios disseram que o tesouro de uma dádiva gratuita é preparado apenas para as maiores almas no mundo.
A sua resposta é ainda mais perplexa: Eles disseram que há uma grande falha nas dádivas gratuitas, nomeadamente a vergonha que encontra todo receptor de uma dádiva gratuita. Para remendar isto, o Criador preparou este mundo onde há trabalho e labor, para ser recompensado pelo seu labor e trabalho no mundo vindouro.
Mas essa resposta é certamente estranha. A que se parece? É como uma pessoa que diz ao seu amigo, “Trabalha comigo apenas por um minuto, e em retribuição dar-te-ei todo o prazer e tesouro no mundo para o resto da tua vida”. Não há certamente maior dádiva gratuita que essa, uma vez que a recompensa é totalmente incomparável com o trabalho, uma vez que o trabalho é neste mundo, um transitório, mundo sem valor comparado com a recompensa e o prazer no mundo eterno.
Que valor há no mundo passageiro comparado com o mundo eterno? É ainda mais assim em respeito à qualidade do trabalho, que é sem valor comparado com a qualidade da recompensa.
Os nossos sábios disseram, “O Criador está destinado a legar a cada justo
310 mundos”. Não podemos dizer que o Criador dá certa recompensa em retribuição pelo seu trabalho e o resto como uma dádiva gratuita, pois então que bem faria isso? A deformidade da vergonha permaneceria no resto da dádiva! Certamente suas palavras não são para ser tomadas literalmente, pois há um significado profundo aqui.
Toda a realidade foi emanada e criada com um único Pensamento. Este é o Operador, este é a própria Operação, esta é a procurada recompensa, e esta é a Essência do trabalho.
8) Devemos compreender o Seu Pensamento em criar os mundos e a realidade perante nós. Suas Operações não surgiram por muitos pensamentos, como no nosso caminho. Isto é porque Ele é Um, Único, e Unificado. E como Ele é Simples, Suas Luzes, que se estendem d’Ele, são Simples e Unificadas, sem qualquer multiplicidade de formas, como está escrito, “Meus pensamentos não são teus pensamentos, nem tuas maneiras Minhas maneiras.”
Você deve desta forma compreender e perceber que todos os nomes e apelações e todos os mundos, Superiores e inferiores, são todos Uma Luz Simples, Única, e Unificada, No Criador, a Luz que se estende, o Pensamento, a Operação e o Operador e tudo o que o coração possa pensar e contemplar, são nEle uma e a mesma coisa.
Então, você pode julgar e perceber que esta realidade inteira, Superior e inferior são uma, no estado final do fim da correção, foi emanada e criada por um Pensamento Singular. Esse Pensamento Singular executa todas as operações, é a Essência de todas as operações, o Objetivo derradeiro e Essência do trabalho. É por si mesmo a própria perfeição e a procurada recompensa, como o Rambam escreveu, “Um, Único e Unificado”.
A questão do Tzimtzum explica como uma operação incompleta surgiudo Operador Perfeito.
9) O Ari elaborou no assunto do Tzimtzum Álef (primeira restrição), pois este é um assunto muito sério. Isso é porque é necessário que todas as corrupções e as várias deficiências se estendam e venham d’Ele, como está escrito, “Eu formo a luz, e crio escuridão”. Mas as corrupções e a escuridão são o completo oposto d’Ele, como podem eles derivar um do outro? Também, como podem eles juntar-se com a Luz e prazer no Pensamento da Criação?
Não podemos dizer que estes sejam dois pensamentos separados. Então, como se estende tudo isso d’Ele descendo até este mundo, que está tão cheio de escória, tormento, e imundice, e como podem eles existir juntos no pensamento singular?
CAPITULO DOIS
Explicando o Pensamento da Criação.
10) Agora vamos clarificar o Pensamento da Criação. É certo que “O fim de uma ação está no pensamento preliminar”. Mesmo nos humanos corpóreos com os seus muitos pensamentos, a ação termina no pensamento preliminar. Por exemplo, quando um constrói a sua casa, compreendemos que o primeiro pensamento neste empenho é a forma da casa para morar nela.
Desta forma, é precedida por muitos pensamentos e muitas operações até que esta forma que um tinha pré-concebido seja completada. Esta forma é o que aparece no fim de todas as suas operações; então, a ação terminou no pensamento preliminar.
A ação final, que é o eixo e o propósito pelo qual todos estes foram criados, é o de deleitar Suas criações. É sabido que o Seu pensamento termina e age imediatamente, pois Ele não é um humano, obrigado a agir, mas o próprio Pensamento completa a ação inteira de uma vez.
Consequentemente, podemos ver que assim que Ele contemplou a criação de forma a deleitar Suas criaturas, esta Luz imediatamente se estendeu e expandiu d’Ele na completa medida e forma dos prazeres que Ele tinha contemplado. Está tudo incluído nesse Pensamento, ao qual chamamos “O Pensamento da Criação”. Saiba que chamamos a este Pensamento da Criação, “A Luz de Ein Sóf”, uma vez que não temos uma única palavra ou enunciado na Sua Essência para O definir por qualquer nome.
O desejo de doar no Emanador gera necessariamente o desejo de receber no emanado, e ela éo Kli no qual o emanado recebe a Sua Abundância.
11) O Ari disse que no principio, uma Superior Simples Luz tinha preenchido toda a realidade. Isto significa que desde que o Criador contemplou deleitar as criações, e a Luz aparentemente se expandiu d’Ele e O abandonou, o desejo de receber os Seus Prazeres foi imediatamente impresso nesta Luz.
Você pode também determinar que este desejo é a completa medida da Luz expansiva. Por outras palavras, a medida da Sua Luz e Abundância é como a medida do Seu Desejo de deleitar, não mais e não menos.
Por esta razão, chamamos à essência daquele desejo de receber, impresso na sua Luz por meio do poder do Seu Pensamento, pelo nome, “lugar”. Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa tem um estômago suficientemente grande para comer dois quilos de pão, enquanto que outra pessoa não consegue comer mais que um quilo de pão, de que lugar estamos nós a falar? Não é do tamanho dos intestinos, mas da medida do apetite. Você vê que a medida para o lugar da recepção do pão depende da medida e do desejo de comer.
É tudo o mais assim na espiritualidade, em que o desejo de receber a abundância é o lugar da abundância, e a abundância é medida pela intensidade do desejo.
O desejo de receber contido no Pensamento da Criação trouxe-o da Sua Essência, para adquirir o nome Ein Sóf.
12) Agora você pode ver como a Luz de Ein Sóf abandonou a Sua Essência, na qual não podemos proferir qualquer palavra, e se tornou definida pelo nome Ohr (Luz de) Ein Sóf. É porque o discernimento acima que naquela Luz há o desejo de receber, incorporado nela a partir da Sua Essência.
Esta é uma nova forma que não está toda incluída na Sua Essência, pois de quem receberia Ele? Esta forma é também a completa medida desta Luz.
Antes do Tzimtzum, a Diferença de Forma no desejo de receber era indiscernível.
13) Na Sua Onipotência, esta nova forma não teria sido definida como uma mudança da Sua Luz, como está escrito, “Antes que o mundo fosse criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um”.
“Ele” indica a Luz em Ein Sóf, e “Seu Nome” implica o “Lugar”, que é Malchut de Ein Sóf, sendo o desejo de receber da Sua Essência, contida na Luz de Ein Sóf. Ele conta-nos que Ele é Um e Seu Nome Um. Seu Nome, que é Malchut de Ein Sóf, sendo o desejo, nomeadamente o desejo de receber que foi imerso na realidade inteira contida no Pensamento da Criação, antes do Tzimtzum, nenhuma Diferença de Forma e diferença da Luz eram discernidas nele. E a Luz e o lugar são literalmente um. Tivesse havido qualquer diferença e carência no lugar, comparada à Luz de Ein Sóf, haveriam lá certamente dois discernimentos.
Tzimtzum significa que Malchut de Ein Sóf diminuiu o desejo de receber nela.
Então a Luz desapareceu pois não há Luz sem um Kli.
14) Em relação ao Tzimtzum: O desejo de receber que é contido na Luz de Ein Sóf, chamada Malchut de Ein Sóf, que é o Pensamento da Criação em Ein Sóf, que contem o todo da realidade, ornamentou-se para ascender e equalizar sua forma com a Sua Essência. Então, ela diminuiu o seu desejo de receber a Sua Abundância em Bechiná Dálet no desejo. Sua intenção era que ao assim fazer, os mundos seriam emanados e criados até este mundo.
Então, a forma do desejo de receber seria corrigida e voltaria para a forma de doação, e isso lhe traria à Similaridade de Forma com o Emanador. Então, depois de ela ter diminuído o desejo de receber, a Luz partiu, pois é já sabido que a Luz depende do desejo, e o desejo é o lugar da Luz, pois não há coerção na espiritualidade.
CAPITULO TRÊS
Explicação da origem da alma.
15) Agora iremos explicar a questão da origem da alma. Foi dito que esta é uma parte de Deus Acima. Nós perguntamos, “Como e no que difere a forma da alma da Sua Simples Luz, que a separa de O Todo?” Agora podemos compreender que há verdadeiramente uma grande Diferença de Forma nela. Embora Ele contenha todas as concebíveis e imagináveis formas, ainda assim, depois das palavras acima, você encontra uma forma que não está contida nEle, nomeadamente a forma do desejo de receber, pois de quem receberia Ele?
Contudo, as almas, cuja criação veio a ser porque Ele as queria deleitar, que é o Pensamento da Criação, foram necessariamente impressas com esta lei de querer e ansiar receber a Sua Abundância. É aí que elas diferem dEle, já que sua forma mudou a partir dEle. Já foi explicado que uma essência corpórea é separada e dividida pela força do movimento e afastamento de localização, e uma essência espiritual é separada e divida pela Diferença de Forma.
A medida de Diferença de Forma determina a distância entre uma e outra. Se a Diferença de Forma torna-se completa oposição, de um extremo ao outro, elas tornam-se completamente cortadas e separadas até que não se possam mais nutrir uma da outra, pois elas são consideradas estranhas uma à outra.
CAPITULO QUATRO
Depois do Tzimtzum e a Massach (tela) que foi colocado no desejo de receber, este foi desqualificado de ser um Kli (vasos) para a recepção e abandonou o sistema da Kedushá (Santidade). Em seu lugar, o Ohr Chozêr (Luz Retornante) serve como um vaso para a recepção, e o Kli do desejo de receber foi dado ao sistema impuro.
16) Depois do Tzimtzum e a Massach serem colocados sobre esse Kli, chamado “desejo de receber”, ele foi cancelado e partiu do sistema puro, e o Ohr Chozêr tornou-se o vaso de recepção no seu lugar.
Saiba que esta é toda a diferença entre os puros ABYA e os impuros ABYA. Os vasos de recepção dos puros ABYA são de Ohr Chozêr que está corrigido em Similaridade de Forma com Ein Sóf, ao passo que os impuros ABYA usam o desejo de receber que foi restringido, que é a forma oposta de Ein Sóf. Isso faz deles separados e cortados da “Vida das Vidas”, nomeadamente Ein Sóf.
A humanidade alimenta-se dos resíduos das Klipót (cascas), e então usa o desejo de receber como elas o fazem.
17) Agora você pode compreender a raiz da corrupção, que foi prontamente incorporada no Pensamento da Criação, que é de deleitar as Suas criaturas. Depois do cascatear dos cinco mundos gerais, Adam Kadmon e ABYA, as Klipót apareceram nos quatro mundos impuros ABYA, também, como em “Um perante o outro assim Deus os fez”.
Nesse estado, o turvo corpo corpóreo é colocado perante nós, sobre o qual está escrito, “O coração do homem é mau desde sua juventude”. Isto é assim porque todo o seu sustento desde a sua juventude vem dos resíduos das Klipót. A essência das Klipót e impureza é sua forma de querer apenas receber. Elas não têm nada do desejo de doar.
Nisso, elas são opostas a Ele, pois Ele não tem qualquer desejo de receber, e tudo o que Ele quer é dar e deleitar. Por essa razão, as Klipót são chamadas “mortas”, uma vez que sua oposição de forma da Vida das Vidas as corta d’Ele e elas não têm nada da Sua Abundância.
Então, o corpo, também, que se alimenta dos resíduos das Klipót, é também cortado da vida e está enchido de imundice. E tudo isso é devido o desejo de apenas receber e não doar impresso nele. Seu desejo está sempre aberto a receber o mundo inteiro no seu estômago. Então, “Os perversos são chamados ‘mortos’ durante suas vidas”, uma vez que a sua Diferença de Forma fundamental da sua raiz, onde eles não têm nada da forma de doação, os corta d’Ele e eles tornam-se literalmente mortos.
Embora pareça que o mal, também, tenha a forma de doação quando eles dão caridade, etc., foi dito sobre isto em O Zohar, “Qualquer graça que façam dirige- se primariamente para si mesmos e para sua própria glória”. Mas os justos, que mantêm a Torá e Mitzvot de forma a não serem recompensados, mas a dar contentamento sobre seu Fazedor, então purificam seus corpos e invertem seus vasos de recepção para a forma de doação.
Isso torna-os completamente aderentes a Ele, pois sua forma é idêntica ao seu Fazedor sem qualquer Diferença de Forma. Nossos sábios disseram sobre o verso, “Diz sobre Sião: ‘Vós sois Meu povo’”, que estão Comigo em parceria. Isto significa que os justos são parceiros com o Criador, desde que Ele iniciou a Criação e os justos a concluiu ao tornar os vasos de recepção em doação.
Toda a realidade está contida em Ein Sóf e estende existência da existência.
Apenas o desejo de receber é novo e estende existência da ausência.
18) Saiba que a própria iniciação que o Criador tinha iniciado na sua Criação, a qual Ele trouxe existência da ausência, aplica-se apenas à forma do desejo de desfrutar, impresso em cada criatura. Nada mais foi gerado na Criação, e este é o significado de “Eu formo a luz, e crio a escuridão”. O Ramban interpreta a palavra, “Criador”, como uma indicação de renovação, isto é, algo que não existia anteriormente.
Você vê que não diz, “criar Luz”, dado que não há inovação nisso, como na existência da ausência. Isto é porque a Luz e tudo contido na Luz, todas as sensações agradáveis e concepções no mundo, estendem existência da existência. Isto significa que elas já estão contidas nEle e não são desta forma uma inovação. É por isso que está escrito, “formo a luz”, indicando que não há inovações ou criações nEle.
Todavia, diz-se sobre a escuridão, que contem toda a sensação desagradável e concepção, “e crio escuridão”. Isso é porque Ele as inventou literalmente existência da ausência. Por outras palavras, isso não existe na Sua realidade por completo, mas foi gerado agora. A raiz de todas elas é a forma do “desejo de desfrutar”, incluído nas Suas Luzes, que se expandem d’Ele.
No principio, é apenas mais escuro que a Luz Superior e é desta forma chamado “escuridão”, comparada à Luz. Mas finalmente, as Klipót, Sitra Achra, e os perversos pendem e surgem devido a isso, que são completamente cortados da Raiz da Vida por elas, como está escrito, “e suas pernas desceram até à morte”. “Suas pernas” indicam o fim de algo. E ele diz que no fim, a morte pende das pernas de Malchut — o desejo de desfrutar, encontrado na expansão da Sua Luz — até ao Sitra Achra e os que se alimentam dela e a seguem.
Porque somos ramos que se estendem de Ein Sóf, as coisas que estão na nossa Raiz são-nos agradáveis, e as que não estão na nossa Raiz são penosas e dolorosas a nós.
19) Podemos perguntar, “Dado que esta Diferença de Forma do desejo de receber deve estar nas criaturas, pois de que outra forma se estenderiam eles d’Ele e se desviariam de serem Criador para serem criaturas?” Isto é apenas possível na supramencionada Diferença de Forma.
Além do mais, este desejo de desfrutar é a principal essência da Criação, o eixo do Pensamento da Criação. Este é também a medida de deleite e prazer, do qual ele é chamado “um lugar”.
Então, como podemos nós dizer sobre ele que é chamado “escuridão” e se estende até à Bechiná (discernimento) da morte, uma vez que ele cria separação e interrupção da Vida das Vidas nos inferiores receptores? Devemos também compreender qual é a grande preocupação que vem até aos receptores devido à Diferença de Forma da Sua Essência, e porquê a grande ira.
Para explicar, devemos primeiro conhecer a origem de todos os prazeres e sofrimentos sentidos no nosso mundo. É sabido que a natureza de cada ramo é igual à sua raiz. Desta forma, cada conduta na raiz é derivada e amada e cobiçada pelo ramo, também, e qualquer questão que não esteja na raiz, o ramo, também, se remove a si mesmo dele, não o tolera e o odeia.
Esta é uma lei inquebrável que se cumpre entre cada ramo e sua raiz. Porque Ele é a raiz de todas as Suas criações, tudo nEle e o que se estende d’Ele diretamente é prazeroso e agradável a nós, pois a nossa natureza é próxima à nossa Raiz. Também, tudo o que não está nEle e não se estende a nós diretamente d’Ele, mas é em vez disso oposto à própria Criação será contra a nossa natureza e será difícil para nós o tolerar.
Por exemplo, nós adoramos descansar e odiamos veementemente o movimento, ao ponto que não fazemos sequer um único movimento se não para encontrar descanso. Isto é porque a nossa Raiz é imóvel e serena; não há movimento nEle por completo. Por esta razão, isto é contra a nossa natureza e odiado por nós.
Similarmente, adoramos sabedoria, força, riqueza e todas as virtudes pois elas estão incluídas nEle, O qual é a nossa Raiz. Odiamos os seus opostos, tais como insensatez, fraqueza, pobreza, ignomínia e tudo mais, uma vez que estes não estão de todo na nossa Raiz, que faz deles desprezáveis, repugnantes, e intoleráveis a nós.
Devemos ainda assim examinar como pode haver qualquer extensão que não venha diretamente d’Ele, mas seja oposta à Criação em si mesma? É como um homem rico que chamou um pobre sujeito, o alimentou-lhe e deu-lhe bebidas, prata, e ouro todo e cada dia, e cada dia mais que no dia anterior.
Note que este homem prova dois sabores distintos nas grandes dádivas do rico: Por um lado, ele provou prazer imensurável devido à multitude de suas dádivas. Por outro lado, é difícil para ele tolerar a plenitude dos benefícios e fica envergonhado ao a receber. Isto causa-lhe impaciência devido à plenitude dos presentes regados sobre ele a toda a hora.
É certo que seus prazer das dádivas estende-se diretamente do benfeitor rico, mas a impaciência que ele sentiu nos presentes não veio do benfeitor rico, mas da própria essência do receptor – a vergonha despertada nele por razão da recepção e da dádiva gratuita. A verdade é que isto, também, vem até ele do homem rico, é claro, mas indiretamente.
Porque o desejo de receber não está na nossa Raiz, sentimos vergonha e intolerância nisso. Os nossos sábios escreveram que para corrigir isso, Ele tem “preparado” para nós trabalho na Torá e Mitzvot neste mundo, para inverter o desejo de receber em um desejo de doar.
20) Aprendemos que todas as formas que indiretamente se estendem a nós d’Ele apresentam uma dificuldade para a nossa paciência e são contra a nossa natureza. Com isso, você verá que a nova forma que foi feita no receptor, nomeadamente o desejo de desfrutar, não é de nenhuma maneira inferior ou deficiente comparada a Ele. Além do mais, este é o eixo principal da Sua Criação. Sem este, não haveria Criação aqui de todo. Contudo, o receptor, que é o transportador dessa forma, sente a intolerância devido ao seu “eu”, dado que esta forma não existe na sua Raiz.
Agora podemos compreender a resposta dos nossos sábios que este mundo foi criado porque “o que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na sua face”. Eles referiam-se à Diferença de Forma no desejo de desfrutar, que existe necessariamente nas almas, uma vez que “o que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua face”.
Então, qualquer receptor de um presente está envergonhado quando o recebendo, devido à Diferença de Forma da Raiz, uma vez que a Raiz não contem essa forma de recepção. Para a corrigir, Ele criou este mundo, onde a alma vem e veste um corpo. E por meio da prática na Torá e Mitzvot de forma a trazer contentamento ao Seu Fazedor, os vasos da alma de recepção tornam-se em vasos de doação.
Então, por si mesma, ela não quis a distinta abundância, contudo ela recebe a abundância de forma a trazer contentamento ao seu Fazedor, que deseja que todas as almas desfrutem da Sua Abundância. Porque ela está purificada da vontade de receber para si mesma, ela não está mais receosa de olhar para a Sua face, e então revela a perfeição completa da criatura. E a falta e a necessidade de pender todo o caminho abaixo até a este mundo, com o grande trabalho de tornar a forma de recepção na forma de doação, pode apenas ser concebido neste mundo.
Os perversos são duplamente destruídos, e os justos duplamente herdam.
21) Venha e veja que os perversos são duplamente destruídos, pois eles seguram ambas as pontas da corda. Este mundo é criado com uma vontade e um vazio de toda a boa abundância, e para adquirir posses precisamos de movimento.
Todavia, é sabido que profusão de movimento doi ao homem, pois esta é uma extensão indireta da Sua Essência. Todavia, é também impossível permanecer desprovido de posses e bens, pois isso, também, está em contraste com a Raiz, uma vez que a Raiz é preenchida abundantemente. Então, escolhemos o tormento do movimento de forma a adquirir o preenchimento das posses.
Contudo, porque todas as suas posses são só para si mesmos, e “o que tem cem quer duzentos”, um morre finalmente com menos de “metade do seu desejo na sua mão”. No fim, eles sofrem de ambos os lados: da dor do movimento aumentado, e da dor da carência de posses, metade da qual lhes falta.
Mas os justos herdam duplamente na sua terra. Em outras palavras, uma vez que tornam seu desejo de receber num desejo de doar, e o que eles recebem é em prol de doar, então eles herdam duplamente. Não apenas alcançam eles a perfeição dos prazeres e diversas posses, eles também adquirem Similaridade de Forma com seu Fazedor. Então, eles chegam à verdadeira Dvekút (Adesão) e estão em repouso, também, dado que a abundância vem até eles por si mesma, sem qualquer movimento ou esforço.
CAPITULO CINCO
O Pensamento da Criação compele cada item na realidade a derivar um do outro até ao fim da correção.
22) Agora compreendemos o poder da Sua Singularidade, que Seus Pensamentos não são nossos pensamentos e toda a multiplicidade de matérias e formas que percebemos nesta realidade perante nós estão unidos nEle dentro de um Pensamento Singular, sendo o Pensamento da Criação deleitar Suas criaturas. Este Pensamento Singular engloba o todo da realidade em união perfeita até ao fim da correção, pois este é verdadeiramente o propósito da Criação, e este é o Operador, como a Força que opera nos operados. Isto é porque o que é meramente um Pensamento nEle é uma lei vinculativa nas criaturas. E uma vez que Ele contemplou deleitar-nos, ocorreu necessariamente em nós receber a Sua Boa Abundância.
E esta é a operação. Isto significa que depois desta lei do desejo de receber prazer ter sido impressa em nós, nós definimo-nos a nós mesmos pelo nome, “operação”. Isto é porque por meio desta Diferença de Forma, deixamos de ser um Criador e tornamo-nos uma criatura, deixamos de ser o Operador e tornamo-nos a operação.
E este é o labor e o trabalho. Devido à força que opera nos operados, o desejo de receber aumenta em nós à medida que os mundos pendem, até que nos tornássemos um corpo separado neste mundo, oposto em forma da Vida das Vidas, que não doa fora de si mesma de todo, e trás morte aos corpos e a todo o tipo de tormento e trabalho à alma.
Este é o sentido de servir o Criador na Torá e Mitzvot. Por meio da iluminação da linha no lugar restringido, os Nomes Sagrados — Torá e Mitzvot — estendem-se. Ao laborar na Torá e Mitzvot para doar contentamento ao Fazedor, nossos vasos de recepção gradualmente se tornam vasos de doação, e esta é a procurada recompensa.
Quão mais corruptos nossos vasos de recepção são, mais não conseguimos abrir nossas bocas para receber Sua Abundância. Isto é assim devido ao medo da Diferença de Forma, como em “O que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na sua face”. Esta foi a razão para Tzimtzum Álef, mas quando corrigimos os nossos vasos de recepção a estar em prol de doar, então equalizamos nossos Kelim com o seu Fazedor e tornamo-nos dignos de receber Sua Abundância ilimitadamente.
Então você vê que todas estas formas opostas no todo da Criação perante nós, nomeadamente a forma do operador e operado, e a forma das corrupções e correções, e a forma do trabalho e sua recompensa, todas estão incluídas no Seu Pensamento Singular. Em simples palavras, é “de deleitar Suas criaturas”, precisamente isso, não mais nem menos.
A multiplicidade inteira de conceitos está também incluída nesse Pensamento, ambos os conceitos na nossa Santa Torá, e os dos ensinamentos seculares. Todas as muitas criações e mundos e várias condutas em todo e cada uma, derivam deste Pensamento Singular.
Malchut de Ein Sóf significa que Malchut não coloca qualquer fim lá.
23) Todavia, podemos nós reconhecer uma Malchut em Ein Sóf? Isso significaria que lá estão as Nove Sefirot Superiores, também! Das nossas palavras, torna-se muito claro que o desejo de receber que está necessariamente incluído na Luz de Ein Sóf é chamado Malchut de Ein Sóf. Lá, contudo, Malchut não colocou uma barreira ou um fim sobre essa Luz de Ein Sóf, dado que a Diferença de Forma devido ao desejo de receber não se tornou aparente nela. É por isso que é chamada Ein Sóf, porque Malchut não colocou um fim lá. Inversamente, do Tzimtzum para baixo, um fim foi feito em cada Sefira e Partzuf pela força de Malchut.
CAPITULO SEIS
É impossível para o desejo de receber aparecer em qualquer essência, exceto em quatro Bechinot (discernimentos), que são as quatro letras de HaVaYaH.
24) Compreendamos completamente o fim que ocorreu em Malchut. Primeiro, iremos explicar o que os Cabalistas determinaram, que não há Luz, grande ou pequena, nos Mundos Superiores ou nos mundos inferiores, que não seja organizada pela ordem do nome de quatro letras, HaVaYaH.
Isto anda de mão dada com a lei de que não há Luz nos mundos que não esteja revestida num Kli. Eu já expliquei a diferença entre a Sua Essência e a Luz que expande d’Ele. Isso acontece apenas devido ao desejo de desfrutar que está contido na Sua Luz expansiva, sendo uma Diferença de Forma da Sua Essência, A qual não tem esse desejo.
A Luz expansiva é definida pelo nome “emanado” pois esta Diferença de Forma impede a Luz de ser o Emanador para ser o emanado. É também explicado que o desejo de desfrutar, incluído na Sua Luz, é também a medida da grandeza da Luz. É chamado o “lugar da Luz”, isto é, que este recebe a sua abundância de acordo com a sua medida de desejo de receber e anseio, não mais e não menos.
Isso também explica que este desejo de receber é a própria novidade que foi gerada na criação dos mundos por meio de fazer existência a partir da ausência. Isto é assim pois esta forma sozinha não está de todo incluída na Sua Abundância, e o Criador apenas agora a criou pelo propósito da Criação. Este é o sentido de “e criou escuridão”, dado que esta forma é a raiz da escuridão, devido à Diferença de Forma nela. Por esta razão, ela é mais escura que a Luz que se expande dentro dela e devido a ela.
Agora você pode ver que qualquer Luz que expanda d’Ele instantaneamente consiste de dois discernimentos:
- O primeiro é a essência da Luz expansiva antes que a forma do “desejo de desfrutar” apareça nela.
- O segundo é depois da forma do “desejo de desfrutar” aparecer nela, em tal altura este torna-se mais grosseiro e um tanto mais escuro, devido à aquisição da Diferença de Forma.
Então, o primeiro discernimento é a Luz e o segundo discernimento é o Kli. Por esta razão, qualquer Luz expansiva consiste de quatro Bechinot na impressão sobre o Kli. Isto é assim pois a forma do desejo de receber, chamada “um Kli para Luz expansiva”, não é completada toda de uma vez, mas por meio do operador e operado.
Há duas Bechinot no operador e duas Bechinot no operado. Elas são chamadas “potencial” e “real” no operador, e “potencial” e “real” no operado, que perfazem quatro Bechinot.
O desejo de receber não permeia o emanado exceto por meio de seu próprio despertar para receber por sua escolha própria.
25) Devido ao Kli ser a raiz da escuridão, já que este é oposto à Luz, ele deve portanto começar a operar lentamente, gradualmente, por meio de causa e consequência, como está escrito, “As águas foram concebidas e originaram escuridão” (Midrash Raba, Shemot 80, 22).
A escuridão é um resultado da Luz em si mesma e é operada por ela, como na concepção e nascimento, que são potenciais e reais. Isto significa que em qualquer Luz expansiva, o desejo de receber é necessariamente incorporado, embora isso não seja considerado como Diferença de Forma antes que este desejo seja claramente colocado na Luz.
O desejo de receber que está incorporado na Luz pelo Emanador não é suficiente para isso. Em vez, o próprio emanado deve ele mesmo independentemente descobrir o desejo de receber nele, em ação, ou seja, de sua própria escolha. Isto significa que ele deve estender abundância por sua própria escolha, mais que a medida de Luz da expansão nele pelo Emanador.
Depois do emanado ser operado por sua própria escolha em aumentar a medida do seu desejo, o anseio e o desejo de receber tornam-se constantes nele, e a Luz pode revestir permanentemente este Kli.
É verdade que a Luz de Ein Sóf expande aparentemente sobre todas as quatro Bechinot, alcançando completa medida do desejo pelo próprio emanado, que é Bechiná Dálet. Isto é porque ele não estenderia a sua própria essência de qualquer maneira e adquiriria um nome para si mesmo, ou seja Ein Sóf.
Contudo, a forma não mudou de todo devido ao desejo de receber na Sua Onipotência, e não há qualquer alteração distinguida ali entre a Luz e o lugar da Luz, que é o desejo de desfrutar; elas são uma e a mesma coisa.
Está escrito, “Antes do mundo ser criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um”. É certamente difícil compreender esta dupla referência “Ele” e “Seu Nome”. O que tem o Seu Nome ali a ver antes do mundo ser criado? Deveria ter dito, “Antes do mundo ser criado, Ele era Um”.
Contudo, isto refere-se à Luz de Ein Sóf, que é anterior ao Tzimtzum. Embora lá haja um lugar e um desejo de receber a Abundância da Sua Essência, é ainda assim sem qualquer alteração ou distinção entre a Luz e o “Lugar”.
“Ele é Um” significa que a Luz de Ein Sóf e Seu Nome são um. Isto refere-se ao desejo de desfrutar lá incluído sem qualquer alteração ou que seja. Você deve compreender o que os nossos sábios implicavam, que o “Seu Nome” é desejo na Guematria, ou seja, o “desejo de desfrutar”.
Todos os mundos no Pensamento da Criação são chamados “a Luz de Ein Sóf”, e a soma dos receptores lá é chamada Malchut de Ein Sóf.
26) Já foi explicado em respeito a “O fim de uma ação está no pensamento preliminar”, que este é o Pensamento da Criação, que expandiu da Sua Essência de forma a deleitar Suas criaturas. Aprendemos que nEle, o Pensamento e a Luz são uma e a mesma coisa. Segue-se desta forma que a Luz de Ein Sóf que se expandiu da Sua Essência contem o todo da realidade perante nós através do fim da correção futura, que é o fim de uma ação.
NEle, todas as criações já estão completas e com toda a sua perfeição e alegria que Ele desejou dar sobre elas. Esta realidade completa é chamada “a Luz de Ein Sóf”, e o que as contém é chamado Malchut de Ein Sóf.
CAPITULO SETE
Embora apenas Bechiná Dálet tenha sido restringida, a Luz deixou os primeiros três Bechinot, também.
27) Já foi explicado que o ponto central, que é a o ponto inclusivo do Pensamento da Criação, nomeadamente o desejo de desfrutar nele, se ornamentou a si mesma para melhorar a sua Similaridade de Forma com o Emanador. Embora não haja Diferença de Forma na Sua Onipotência da perspectiva do Emanador, o ponto do desejo sentiu-o como uma espécie de extensão indireta da Sua Essência, como com a alegoria sobre o homem rico. Por este motivo, ela diminuiu o seu desejo da última Bechiná, que é a completa enormidade do desejo de receber, para aumentar a Dvekút por meio de extensão direta da Sua Essência.
Então a Luz foi esvaziada de todo o lugar, isto é de todos os quatro graus que existem no lugar. Embora ela tenha diminuído a sua Luz apenas de Bechiná Dálet, é a natureza do espiritual que este é indivisível.
Posteriormente, ele re-estendeu a linha da Luz dos primeiros três Bechinot, e Bechiná Dálet permaneceu um lugar vago.
28) Posteriormente, a Luz de Ein Sóf estendeu-se uma vez mais para o lugar que foi esvaziado, mas não preencheu o lugar inteiro em todas as quatro Bechinot, mas apenas três Bechinot, como era desejo do ponto de Tzimtzum. Então, o ponto central que tinha sido restringido permaneceu vazio e oco, uma vez que a Luz iluminava apenas através de Bechiná Dálet, mas não até ao fim, e a Luz de Ein Sóf parou ali.
Iremos doravante explicar o assunto da Hitkalelut (mistura) das Bechinot umas nas outras, aplicada nos Mundos Superiores. Agora você vê que as quatro Bechinot estão integradas umas nas outras de tal maneira dentro da própria Bechiná Dálet que existem todas as quatro Bechinot, também, e apenas a última Bechiná em Bechiná Dálet permaneceu vazia e sem Luz.
CAPITULO OITO
Chochmá é chamada Luz, e Chassadim, “Água”. Biná é chamada “Água Superior”, e Malchut, “água inferior”.
29) Agora explicaremos o significado das quatro Bechinot de causa e consequência, necessários para completar a forma do desejo de receber. Existem duas Bechinot de Luz em Atzilut. A primeira Bechiná é chamada “Luz”, nomeadamente Ohr Chochmá, e a segunda Bechiná é chamada “Água”, que é Chassadim.
A primeira Bechiná estende-se de Cima para baixo sem qualquer assistência do inferior. A segunda Bechiná estende-se com a ajuda do inferior, daí o nome, “água”, pois é a natureza da Luz de estar Acima, e a natureza da água de estar abaixo.
Existem também duas Bechinot na água em si mesma: Água Superior, por Bechiná Bet nas quatro Bechinot, e água inferior, por Bechiná Dálet nas quatro Bechinot.
Explicação da expansão de Ohr Ein Sóf para dentro das quatro Bechinot de forma a descobrir o Kli, que é o desejo de receber.
30) Por esta razão, qualquer expansão de Ohr Ein Sóf consiste de Eser Sefirot. Isto é porque o Ein Sóf, que é a Raiz e o Emanador, é chamado Kéter. A Luz da expansão em si mesma é chamada Chochmá, e esta é a medida inteira da expansão da Luz de Acima, de Ein Sóf.
Já foi dito que o desejo de receber está incorporado em cada expansão da Luz de Acima. Contudo a forma do desejo não se torna realmente aparente antes do desejo despertar nos emanados, para estender mais Luz que a medida da sua expansão.
Então, porque a vontade de receber está incluída como potencial imediatamente na Luz da expansão, a Luz é compelida a trazer o potencial ao real. Consequentemente, a Luz desperta para estender Abundância adicional, mais que a medida da sua expansão de Ein Sóf. Então, o desejo de receber realmente aparece nessa Luz e adquire uma nova forma em Diferença de Forma, pois com isso ela torna- se mais escura que a Luz, pois ela cresceu mais grosseira pela nova forma, dado que se tornou mais espessa com a nova forma.
Também, esta parte, que se tornou mais espessa, é chamada Biná. Na verdade, Biná é uma parte de Chochmá, isto é, a própria Luz da expansão de Ein Sóf. Mas porque ela aumentou o seu desejo e atraiu mais Abundância que a medida da expansão nela de Ein Sóf, ela então adquiriu Diferença de Forma e cresceu um pouco mais espessa que a Luz. Então, ela adquiriu o seu próprio nome, que é “a Sefirá Biná”.
A essência da Abundância adicional que ela estendeu de Ein Sóf pelo poder de fortalecimento do seu desejo é chamada Ohr Chassadim, ou “Água Superior”. Isto é porque este desejo não se estende diretamente de Ein Sóf como Ohr Chochmá, mas por meio de assistência do emanado, o qual intensificou o desejo. Então, ela merece o seu próprio nome, de ser chamado Ohr Chassadim ou “água”.
Agora você constata que a Sefirá Biná consiste de três discernimentos de Luz:
- A Luz da essência de Biná, que é uma parte de Ohr Chochmá.
- O espessamento e a Diferença de Forma nela, adquiridos pela intensificação do desejo.
- O Ohr Chassadim que veio até ela pela sua própria extensão de Ein Sóf.
Contudo, isso ainda não completa o vaso inteiro de recepção, dado que Biná é essencialmente Chochmá, que é certamente transcendente, sendo uma expansão direta de Ohr Ein Sóf. Consequentemente, apenas a raiz para os vasos de recepção e o operador para a operação do Kli apareceram em Biná.
Posteriormente, este mesmo Ohr Chassadim que ela estendeu por meio poder da sua intensificação estendeu dela uma vez mais, e alguma iluminação de Chochmá foi acrescentada. Esta expansão de Ohr Chassadim é chamada Zeir Anpin, ou CHAGAT.
Esta Luz de Hitpashtut também aumentou o seu desejo de estender nova abundância, mais que a medida de iluminação de Chochmá na sua expansão de Biná. Esta expansão também é considerada como duas Bechinot, dado que a Luz da expansão em si mesma é chamada ZA ou VAK, enquanto que esta intensificação nela é chamada Malchut.
É assim que chegamos pelas dez Sefirot: Kéter é Ein Sóf; Chochmá é a Luz da expansão de Ein Sóf; Biná é o Ohr Chochmá que intensificou de forma a aumentar abundância, pela qual esta ganhou Aviut. ZA, a qual consiste de CHAGAT NEH”Y, é Ohr Chassadim com iluminação de Chochmá, que expande de Biná; e Malchut é a segunda intensificação para acrescentar Chochmá mais do que há em ZA.
As quatro Bechinot no desejo são as quatro letras HaVaYaH, que são KACHÁB TUM.
31) Este é o significado das quatro letras no Nome de quatro letras: O ponto do Yud é Ein Sóf, ou seja a força operativa incluída no Pensamento da Criação, que é deleitar as Suas criaturas, nomeadamente o Kli de Kéter.
Yud é Chochmá, ou seja Bechiná Álef, que é o real no potencial que está contido na Luz da expansão de Ein Sóf. O primeiro Hey é Biná, Bechiná Bet, que é a realização do potencial, ou seja, a Luz que cresceu mais espessa com a Chochmá.
Vav é Zeir Anpin ou CHAGAT NEH”Y, ou seja, a expansão de Ohr Chassadim que surgiu por meio de Biná. Este é Bechiná Guimel, a força para a execução da operação. O Hey inferior em HaVaYaH é Malchut, isto é, Bechiná Dálet. Este é a manifestação da ação completa no vaso de recepção que tem intensificado para estender mais abundância que a medida da sua expansão de Biná. Isso completa a forma do desejo de receber, e a Luz que reveste o seu Kli, sendo o desejo de receber que é completado apenas nesta quarta Bechiná e não antes.
Agora você pode facilmente ver que não há Luz nos Mundos Superiores ou mundos inferiores que não esteja organizada sob o Nome de quatro letras, sendo as quatro Bechinot. Sem isto, o desejo de receber que deve estar em cada Luz é incompleto, pois este desejo é o lugar e a medida da Luz.
As letras Yud e Vav de HaVaYaH são finas pois elas são discernidas como mero potencial.
32) Isto pode surpreender-nos, dado que Yud implica Chochmá e Hey implica Biná, e toda a essência da Luz que existe nas dez Sefirot existe na Sefirá Chochmá, enquanto Biná, Zeir Anpin, e Malchut são meramente roupagens, em respeito a Chochmá. Então, Chochmá deveria ter tomado a letra maior no Nome de quatro letras.
A coisa é que as letras do Nome de quatro letras não implicam ou indicam a quantidade de Luz nas dez Sefirot. Em vez disso, elas indicam medidas de impacto no Kli. O branco no pergaminho da voluta da Torá implica a Luz, e o preto, sendo as letras no rolo da Torá, indicam a qualidade dos Kelim.
Então, porque Kéter é apenas discernido como a raiz da raiz do Kli, é implícito apenas na ponta de Yud. Chochmá, que é a força que realmente não apareceu na verdade, é implícita pela menor das letras, nomeadamente o Yud.
Biná, onde a força é levada a cabo em ação, é indicada pela letra mais larga, o Álef. ZA é apenas a força para a execução da ação; então, ele está implícito por uma letra longa e estreita, que é Vav. A sua finura indica que a essência do Kli está por agora em potencial oculto nele, e o seu comprimento indica que no fim da sua expansão, o Kli completo aparece por meio dele.
Chochmá não conseguiu manifestar o Kli completo na sua expansão, pois Biná é um Kli incompleto, mas o operador do Kli. Então, a perna do Yud é curta, implicando que é ainda pequeno, e não manifestou o Kli inteiro pela sua expansão e por meio da força ocultada nele.
Malchut está também implícita pela letra Hey, como Biná, que é uma letra larga, aparecendo na sua forma completa. Não o deve surpreender que Biná e Malchut tenham as mesmas letras, uma vez que no Mundo de Tikun elas são certamente similares e emprestam seus Kelim uma à outra, como no verso, “Então as duas foram”.
CAPITULO NOVE
Movimento espiritual significa renovação de Diferença de Forma.
33) Devemos ainda assim compreender o significado de tempo e movimento com os quais vamos ao encontro em praticamente cada palavra nesta sabedoria. Certamente, você deve saber que movimento espiritual não é como movimento tangível de lugar a lugar. Em vez disso, ele refere-se a uma renovação de forma.
Denominamos cada renovação de forma pelo nome “movimento”. É essa renovação, essa Diferença de Forma que foi renovada no espiritual, ao contrário da sua forma geral precedente nessa espiritual, é considerada como tendo sido dividida e distanciada dessa espiritual, e abandonado o seu próprio nome e autoridade. Nisso, é exatamente como uma essência corpórea na qual certa parte a tenha abandonado e se movimenta de lugar para lugar. Então, a renovação de forma é chamada “movimento”.
Tempo espiritual significa um certo número de renovações de Diferença de Forma que derivam uma da outra. Anterior e posterior significam causa e consequência.
34) Em respeito à definição espiritual de tempo: Compreenda que para nós, a definição espiritual de tempo é apenas uma sensação de movimentos. A nossa imaginação retrata e concebe um certo número de movimentos, a qual discrimina um por um e os traduz como uma certa quantia de “tempo”.
Então, se um tivesse estado num estado de completo repouso com o seu ambiente, este não estaria sequer consciente do conceito de tempo. Então assim é na espiritualidade: Uma certa quantia de renovações de formas é considerada “movimentos espirituais”. Estas são misturadas uma com o outra por meio de causa e consequência, e elas são chamadas “tempo” na espiritualidade. Também, “antes” e “depois” são sempre referidos como “causa e consequência”.
CAPITULO DEZ
A substância inteira que é atribuída ao emanado é o desejo de receber.
Qualquer acrescento nela é atribuída ao Emanador.
35) Saiba que o desejo de receber no emanado, que é o seu Kli, é também a substância geral atribuída ao emanado, de uma maneira que tudo o que existe para além dele é atribuída ao Emanador.
O desejo de receber é a primeira forma de toda a essência. Definimos a primeira forma como “substância” pois não temos qualquer realização na essência.
36) Embora percebamos a vontade de receber como um incidente e uma forma na essência, como é que a percebemos como a substância da essência? Certamente, é o mesmo com as essências que estão perto de nós. Chamamos a primeira forma na essência pelo nome “a primeira substância na essência”, dado que não temos qualquer realização ou percepção que seja em qualquer substância, pois todos os nossos cinco sentidos são completamente impróprios para tal. A visão, audição, olfato, paladar e tacto oferecem à mente examinadora meras formas abstratas de “incidentes” da essência, formulando por meio da colaboração com nossos sentidos.
Por exemplo, se tomarmos até os mais minúsculos, átomos microscópicos nos mais minúsculos elementos de qualquer essência, separados por meio de um processo químico, eles, também, são meramente formas abstratas que aparecem dessa maneira ao olho. Mais exatamente, nós distinguimos e os examinamos pelas formas do “desejo de receber e ser recebido” que encontramos neles.
Seguindo estes procedimentos, podemos distinguir e separar estes vários átomos até à própria primeira matéria dessa essência. Contudo, mesmo então eles não seriam mais que forças na essência, não uma substância.
Então você descobre que até na corporalidade não temos outra maneira de compreender a primeira matéria, exceto ao assumir que a primeira forma é a primeira matéria, que transporta todos os outros incidentes e formas que a seguem. É tanto ou mais assim nos Mundos Superiores, onde tangível e imaginário não residem.
* O Estudo das Dez Sefirot, Parte Um, Observação Interior
PREFÁCIO AO COMENTÁRIO SULAM
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DEZ SEFIROT
1) Primeiro, precisamos saber os nomes das dez Sefirot: KACHÁB, CHAGAT, NEH”YM. Estas são as siglas de Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Estes também são os dez revestimentos da Sua Luz, criados para que os mais baixos possam receber a Sua Luz.
Isto é como a luz do sol, que é impossível olhar para ela a menos que seja através de um vidro escurecido que diminui a sua luz e torna-a adequada para a capacidade dos olhos para a ver. Similarmente, se a Sua Luz não tivesse sido ocultada por estes dez revestimentos, chamados de “dez Sefirot”, em que cada um mais abaixo reveste a Sua Luz, os menores teriam sido incapazes de obtê-la.
2) Estas dez Sefirot são os dez Nomes Santos da Torá: o nome Ehyeh (pronuncia-se Ekyeh), é a Sefirá Kéter, o nome Yah (pronuncia-se Koh) é a Sefirá Chochmá; e o nome HaVaYaH com a pontuação de Elokim é Biná. O nome El (pronuncia-se Kel) é Chéssed, o nome Elohim (pronuncia-se Elokim) é Gvurá; e o nome HaVaYaH com a pontuação de Shvah, Cholam, Kamatz é Tiféret. O nome Tzvaót é Netzach e Hod, o nome Shadai (pronuncia-se Shadi) é Yessód, e o nome Adonay (pronuncia-se Adni) é Malchut (O Zohar, Vayikra, artigos 157-163, 166-177).
3) E apesar de contarmos dez Sefirot, não há mais de cinco Bechinot (discernimentos) nelas, chamados Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret e Malchut. A razão pela qual contamos com dez Sefirot é porque a Sefirá Tiféret contém seis Sefirot, chamadas Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod e Yessód, que faz delas dez (Introdução do Livro do Zohar, “Espelhos do Sulam” p 5).
E estas cinco Bechinot, KACHÁB TUM são discernidas em cada emanação e em cada criatura, em todos os mundos – os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá, que correspondem às cinco Bechinot KACHÁB TUM – bem como no menor item na realidade. Nós discernimos que o Rosh (cabeça) que está em Kéter, desde Rosh até Chazê (peito) é Chochmá; de Chazê até Tabúr (umbigo) é Biná e abaixo do Tabúr é Tiféret e Malchut.
PORQUE TIFÉRET INCLUI CHAGAT NEH”Y
4) Quando as cinco Bechinot KACHÁB TUM surgiram, elas foram incorporadas umas nas outras de tal forma que cada uma delas continha KACHÁB TUM. No entanto, na Sefirá Tiféret, o nível das Sefirot desceu do GAR, sendo portanto, os nomes dos KACHÁB TUM incluídos nessa mudança para CHAGAT NH, e Yessód, que as contém. Portanto, quando dizemos que Tiféret contém seis Sefirot, não é por causa de seu mérito sobre as três primeiras Sefirot , mas ao contrário, é a falta de luz do GAR que causou que as cinco Bechinot KACHÁB TUM recebessem diferentes nomes: CHAGAT NH.
Assim, Chéssed, é Kéter ,Gvurá, é Chochmá e Tiféret é Biná, Netzach é Tiféret e Hod é Malchut. A Sefirá Yessód é adicionada a elas, mas não é uma Bechiná adicional (singular para Bechinot) as cinco Bechinot. Pelo contrário, é um recipiente que contém todas as cinco Sefirot CHAGAT NH dentro dela. Além disso, elas são sempre chamadas VAK, que é um acrônimo para Vav (seis) Ktzavot (pontas/arestas), que são a seis Sefirot CHAGAT NEH”Y. E uma vez que esta descida das cinco Bechinot até CHAGAT NEH”Y ocorreu apenas em ZA, nós atribuímos as cinco mudanças das Bechinot apenas a ZA.
LUZ E KLI
5) É impossível ter Luz sem um Kli em qualquer dos mundos. Inicialmente, havia apenas um kli nas dez Sefirot – Malchut. A razão pela qual nós dizemos que há cinco Bechinot KACHÁB TUM é que elas são todas partes de Malchut, chamada Bechiná Dálet. Isso significa que elas são organizadas por sua proximidade com o kli completo, que é Malchut, chamada Bechiná Dálet.
Mas depois do Tzimtzum Álef (a primeira restrição), a Massach (tela) foi construída no kli de Malchut, impedindo a Luz do Alto de entrar nele. Assim, quando a Luz do Alto atinge a Massach, a Massach a atinge e a repele. Esse golpe é chamado de “Zivug de Haka’á (acoplamento por golpe) da Luz do Alto com a Massach no kli de Malchut”, e a Luz repelida é chamada de “dez Sefirot de Ohr Chozêr (Luz Retornante)”.
Isto é assim porque a Luz repelida sobe de baixo para cima e preenche as dez Sefirot com a Luz Superior, chamado de “dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta). “E novos Kelim são feitos deste Ohr Chozêr, para vestir a Luz do Alto, em vez de Malchut, que havia sido restrita de modo a não receber Luz. O conteúdo desses novos Kelim (plural de kli) é chamado de dez Sefirot “de Ohr Chozêr”.
ROSH-TOCH-SÓF, PÊ-TABÚR-SIÚM RAGLIN
6) E por causa dos novos Kelim (vasos) de Ohr Chozêr, cada Partzuf é composto por três partes, chamadas Rosh, Toch, Sóf (Cabeça, Interior, Fim). Foi explicado que, pela força da Massach que impede a luz de atingir Malchut, houve um Zivug de Haka’á com a Luz, que produziu as dez Sefirot de Ohr Chozêr e vestiu as dez Sefirot de Ohr Yashár na Luz Superior.
Estas dez Sefirot de Ohr Yashár e Ohr Chozêr são chamadas de “dez Sefirot de Rosh”. No entanto, estas dez Sefirot de Ohr Chozêr, que surgiram a partir da Massach superior e vestiram as dez Sefirot de Ohr Yashár, ainda não estão nos verdadeiros Kelim. Isso ocorre porque o nome, Kli, indica a Aviut nele, ou seja, a força de Din (julgamento, restrição) na Massach, que impede a Luz de entrar em Malchut.
Existe uma regra que a força Din opera apenas a partir do local da emergência do Din para baixo, não a partir do local da emergência do Din para cima. E desde que as dez Sefirot de Ohr Chozêr surgiram a partir da Massach, a força Din não é aparente no Ohr Chozêr e é incapaz de ser um Kli. Por esta razão, estas dez Sefirot de Ohr Chozêr são chamadas de Rosh, isto é, uma raiz para os Kelim, e não os Kelim verdadeiros.
E Malchut, na qual a Massach para o Zivug de Haka’á tinha sido estabelecida, é assim chamado Pê (boca). Isto implica que, como em uma boca corporal, onde as Otiyot (letras) são feitas através de um Zivug de Haka’á das cinco saídas da boca, o Pê espiritual contém um Zivug de Haka’á para produzir dez Sefirot de Ohr Chozêr, sendo as cinco Bechinot KACHÁB TUM, que são os Kelim para as dez Sefirot de Ohr Yashár, e os Kelim são chamados Otiyot. Assim, as dez Sefirot de Rosh foram explicadas.
7) Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashár e as dez Sefirot de Ohr Chozêr tinham de expandir da Massach para baixo, nesse momento as dez Sefirot de Ohr Chozêr tornaram-se Kelim que recebem e revestem as dez Sefirot de Ohr Yashár. Isto é porque agora há uma Massach sobre as dez Sefirot de Ohr Chozêr. Por esta razão, a sua densidade controla das dez Sefirot de Ohr Chozêr, e com isso os Kelim foram feitos.
Também, estas dez Sefirot, que são Kelim verdadeiros, são chamadas Toch e Guf (corpo), isto é, eles são os próprios interiores do Partzuf. E Malchut do Toch é chamada Tabúr, como na frase, “o Tabúr (umbigo, centro) da terra”, referindo-se ao centro e ao meio. Isto indica que Malchut de Toch é a Malchut central, e é de seu Ohr Chozêr que os Kelim verdadeiros do Guf foram feitos.
Também pode ser dito que Tabúr vem das palavras, Tov Ohr (Boa Luz), indicando que até então a Luz é boa, pois ela está revestida em Kelim que são adequados a recebê-la. Então nós explicamos as dez Sefirot de Toch através do Tabúr.
8) Então, nós descobrimos dois discernimentos em Malchut de Rosh:
- A Malchut Mesayémet (Finalizadora): a Massach detendo a Luz Superior de se revestir no Kli de Malchut.
- A Malchut Mezavéguet (de Acoplamento): Não tivesse sido pelo Zivug da Luz Superior com a Massach através de um Zivug de Haka’á, que eleva Ohr Chozêr para revestir a Luz Superior, não haveriam recipientes de recepção na Luz Superior, e não haveria Luz na realidade, dado que não há Luz sem um Kli.
Mas em Malchut de Rosh, estes dois discernimentos são apenas duas raízes. A Malchut Mesayémet (Finalizadora) é a raiz da Malchut que termina o grau, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) é a raiz do revestimento da Luz nos Kelim.
Ambas estas ações apareceram e ocorreram no Guf do Partzuf:
- De Pê a Tabúr, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) mostra a sua força lá, e a Luz Superior é revestida em Kelim.
- E de Tabúr para baixo, a Malchut Mesayémet (Finalizadora) mostra a sua força e produz dez Sefirot de Siúm (conclusão). Cada Sefirá emerge com iluminação apenas de Ohr Chozêr, sem a Luz Superior. E quando ela alcança a Malchut destas dez Sefirot de Siúm, todo o Partzuf termina. Isto é porque esta Malchut é a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que não recebe nada, e então termina a expansão do Partzuf.
E nós chamamos a esta Malchut, Malchut de Siúm Raglaim, que corta a Luz e termina o Partzuf. E estas dez Sefirot de Siúm que expandem de Tabúr para baixo até seu Siúm Raglaim são chamadas “dez Sefirot de Sóf” (fim), e elas são todas as partes da Malchut de Sóf e Siúm.
Também, quando nós dizemos que lá há apenas Ohr Chozêr nelas, isso não significa que elas não tenham qualquer Ohr Yashár. Em vez disso, significa que elas têm certa iluminação de Ohr Yashár, mas ela é considerada VAK sem um Rosh.
CHAZÊ
9) Até então nós discutimos os Partzufim (plural de Partzuf) de Adam Kadmon. Mas nos Partzufim do mundo de Atzilut, outro Siúm foi acrescentado nas dez Sefirot de Toch: Malchut de Toch, chamada Tabúr, elevou-se até Biná das Sefirot de Toch, e finalizou as dez Sefirot do grau Toch lá. Este Siúm é chamado Chazê, e a Parsá foi colocada lá.
Isto significa que o novo Siúm que foi feito pela ascensão de Malchut até Biná no lugar do Chazê é chamado Parsá (diafragma, boca do estômago), como no firmamento que separa as Águas Superiores — Kéter e Chochmá que permaneceram no grau Toch — de Biná e TM, que abandonou o grau das dez Sefirot de Toch e se tornou o grau das dez Sefirot de Sóf.
Por esta razão, as dez Sefirot de Toch foram divididas em dois graus:
- De Pê a Chazê é considerado dez Sefirot de Toch, Atzilut, GAR do Guf.
- De Chazê para baixo até Tabúr, é considerado dez Sefirot de Sóf, Briá, VAK sem um Rosh, como as dez Sefirot de Sóf.
RELAÇÃO INVERSA ENTRE KELIM E LUZES
10) Há sempre uma relação inversa entre Luzes e Kelim. Nos Kelim, a ordem é que os Superiores são os primeiros a crescer num Partzuf. Primeiro, Kéter vem até ao Partzuf, então Chochmá, então Biná, então Tiféret, e então Malchut. Por esta razão, nós nomeamos os Kelim KACHÁB TUM, isto é, de Cima para baixo, pois assim é a sua ordem de aparição no Partzuf.
Mas as Luzes são opostas. A ordem das Luzes é que os inferiores entrem no Partzuf primeiro. A primeira a entrar é a Luz de Néfesh, então a Luz de Ruach, então a Luz de Neshamá, então a Luz de Chaiá, e então a Luz de Yechidá.
Assim, no princípio vem a Luz de Néfesh, que é a Luz de Malchut, a mais pequena de todas de todas as Luzes. E a última a chegar é a Luz de Yechidá, a maior de todas as Luzes. É por isso que nós nomeamos sempre as Luzes NARANCHAY, isto é, de baixo para Cima, pois esta é a sua ordem de entrar no Partzuf.
11) Desta forma segue-se que enquanto há apenas um Kli no Partzuf, que é necessariamente o Mais Alto Kli —Kéter —que é o primeiro a emergir, a grande Luz relacionada a Kéter, a Luz de Yechidá, não entra no Partzuf. Em vez disso, a Luz que entra e reveste no Kli de Kéter é a menor Luz, a Luz de Néfesh.
E quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os Kelim maiores — Kéter e Chochmá — a Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, e a Luz de Ruach reveste-se no Kli de Kéter. Similarmente, quando o terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra no Partzuf. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Chochmá até ao Kli de Biná, a Luz de Ruach abandona o Kli de Kéter e entra no Kli de Chochmá, a Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Kéter até a Kli de Chochmá, e a Luz de Ruach se reveste no Kli de Kéter.
Similarmente, quando o terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra no Partzuf. Nesse estado do Kli de Chochmá até ao Kli de Biná, a Luz de Ruach parte do Kli de Kéter e entra no Kli de Chochmá, e a Luz de Neshamá reveste-se no Kli de Kéter.
E quando um quarto Kli cresce no Partzuf, sendo o Kli de Tiféret, a Luz de Chaiá entra no Partzuf. Nesse estado, a Luz de Néfesh desce do Kli de Biná até ao Kli de Tiféret, a Luz de Ruach até ao Kli de Biná, a Luz de Neshamá até ao Kli de Chochmá, e a Luz de Chaiá até ao Kli de Kéter. E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, todas as Luzes entram nos seus respectivos Kelim. Isto é porque então a Luz de Yechidá é atraída para o Partzuf: a Luz de Néfesh desce do Kli de Tiféret até ao Kli de Malchut, a Luz de Ruach desce do Kli de Biná e entra no Kli de Tiféret, a Luz de Neshamá desce do Kli de Chochmá e entra no Kli de Biná, e a Luz de Chaiá desce do Kli de Kéter e entra dentro do Kli de Chochmá, e a Luz de Yechidá vem e reveste-se no Kli de Kéter.
12) Você descobrirá que enquanto nem todos os cincos Kelim KACHÁB TUM tenham crescido no Partzuf, as Luzes não estão nos seus lugares designados. Além disso, elas estão numa percentagem invertida, dado que se o Kli de Malchut — o menor Kli — está carente no Partzuf, a Luz de Yechidá — a maior Luz — estará faltando. E se os dois Kelim do fundo — Tiféret e Malchut — estiverem em falta, as duas maiores Luzes — Chaiá e Yechidá — estarão em falta. E se os três Kelim do fundo
— Biná, Tiféret, e Malchut — estiverem em falta, as três maiores Luzes — Neshamá, Chaiá, e Yechidá — estarão em falta etc.
Então, enquanto nem todos os cincos Kelim KACHÁB TUM tenham crescido num Partzuf, há uma relação inversa entre os Kelim e as Luzes. Se uma Luz e um Kli estão em falta, então a maior Luz, a Luz de Yechidá, estarão em falta. E é o oposto nos Kelim: o mais pequeno Kli estará em falta — o Kli de Malchut.
13) Agora você pode ver porque é que nós dizemos que através da ascensão de Malchut até Biná, o grau terminou abaixo de Chochmá. E por esta razão, apenas duas Sefirot permaneceram no grau —Kéter e Chochmá, enquanto Biná e TM do grau foram canceladas e desceram do grau. Todavia, isto relaciona-se apenas aos Kelim. Mas é o oposto nas Luzes: as Luzes Néfesh-Ruach permaneceram no grau, e as Luzes Neshamá, Chaiá, e Yechidá foram canceladas do grau.
14) Agora você pode compreender porque O Zohar por vezes diz que com a ascensão de Malchut até Biná, as cinco Otiyot (letras) do nome Elokim foram divididas de uma maneira que as duas Otiyot MI (Mem, Yud) permaneceram no grau e as três Otiyot ELEH (Álef, Lámed, Hey) partiram e foram canceladas no grau.
Mas algumas vezes O Zohar diz o oposto, que quando Malchut subiu até Biná, as duas Otiyot EL (Álef, Lámed) permaneceram no grau, e as três Otiyot HYM (Hey, Yud, Mem) foram canceladas e desceram do grau. A coisa é que as cinco Otiyot Elokim são as cinco Sefirot KACHÁB TUM ou cinco Luzes NARANCHAY. E quando Malchut sobe até Biná, apenas os Kelim Kéter e Chochmá, que são as duas Otiyot EL, permanecem no grau, e as três Otiyot HYM descem do grau.
Na Luz é ao contrário: as duas Otiyot do fundo MI, que implicam as duas Luzes menores, Néfesh-Ruach, permaneceram no grau, e as três Superiores Otiyot, ELEH, que implicam Yechidá, Chaiá, Neshamá, partiram e foram canceladas do grau.
Então, na Introdução do Livro do Zohar, O Zohar fala das cinco Luzes NARANCHAY, implicadas nas cinco Otiyot Elokim. É por isto que diz que MI permaneceram e ELEH abandonaram o grau. Também, no Zohar (Bereshit, 1), ele fala de cincos Kelim KACHÁB TUM, implicados nas cinco Otiyot Elokim.
Por esta razão, ele afirma o oposto: EL permaneceu no grau e as três Otiyot HYM abandonaram o grau. Devemos recordar-nos destas palavras e examinar cada lugar para ver se ele fala de Luzes ou de Kelim, e isto irá resolver muitas contradições aparentes.
A ASCENSÃO DE MALCHUT A BINÁ
15) Nós devemos cuidadosamente compreender o assunto da suavização de Malchut com Biná, pois é a raiz de toda a sabedoria. Malchut é Midot ha Din (qualidade de julgamento), na qual o mundo não pode existir. Por esta razão, o Emanador elevou- a até à Sefirá de Biná, que é Midot ha Rachamim (qualidade de misericórdia). Nossos sábios insinuaram sobre isso: “No principio, Ele contemplou criar o mundo em Midot ha Din”, isto é, apenas em Malchut, que é Midot ha Din. “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midot ha Rachamim e associou-a com Midot ha Din” (Bereshit Raba, 12).
Através da ascensão de Malchut a Biná, Malchut adquire a forma de Biná, que é Midot ha Rachamim, e então Malchut lidera o mundo em Midot ha Rachamim. Este assunto da ascensão de Malchut a Biná ocorre em todo e cada grau, do topo do mundo de Atzilut até o fundo do mundo de Assiá, uma vez que lá não há qualquer grau sem dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEH”YM. E a Malchut em cada grau subiu até Biná nesse grau e foi suavizada lá.
A DIVISÃO DE CADA GRAU EM DUAS METADES
16) É sabido que Malchut finaliza cada Sefirá e cada grau. Isto significa que pela Tzimtzum (restrição) que foi feita sobre ela, de não receber a Luz Superior, Malchut para de receber a Luz no grau de se espalhar dentro dela. Logo, a Luz do grau estende- se apenas através de Malchut e para quando ela alcança a Massach em Malchut, e um Zivug de Haka’á com a Luz é executado sobre a Massach em Malchut.
Desta forma, dado que Malchut do grau subiu até Biná nesse grau, Malchut acaba com a Luz no lugar até o qual ela subiu, isto é, no meio de Biná. Logo, metade de Biná, Tiféret, e Malchut, que estão por baixo da Malchut Mesayémet (Finalizadora), saem de seu grau e tornam-se outro grau, abaixo de Malchut.
Assim, pela ascensão de Malchut a Biná, cada grau é cortado em dois: Kéter, Chochmá, e metade de Biná acima da Malchut permanecem no grau, e metade de Biná, Tiféret (incluindo CHAGAT NEH”Y), e Malchut saem do grau e tornam-se um grau abaixo dele. Este fim que Malchut criou no meio de Biná é chamado Parsá.
17) Cada grau deve ter cinco Luzes, chamadas Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, e Néfesh vestidas em cinco Kelim, chamados Kéter, Chochmá, Biná, Tiféret (incluindo CHAGAT NEH”Y), e Malchut. E uma vez que devido à ascensão de Malchut a Biná, apenas dois Kelim completos permaneceram no grau — Kéter e Chochmá — e três Kelim, Biná, Tiféret, e Malchut estão faltando nele, apenas duas Luzes permanecem nele — Néfesh, Ruach— vestindo os dois Kelim, Kéter e Chochmá. e as três Luzes Neshamá, Chaiá, e Yechidá estão faltando nele, uma vez que elas não têm Kelim nos quais revestir.
Acontece que o grau é carente das primeiras três Sefirot, dado que devido à ascensão de Malchut a Biná, o grau foi cortado em duas metades: metade dela permaneceu no grau — Kéter-Chochmá nos Kelim e Néfesh-Ruach nas Luzes – e metade dela abandonou o grau — Biná e TM nos Kelim, e Neshamá, Chaiá, Yechidá nas Luzes. É por isto que esta ascensão de Malchut a Biná é implicada pela Yud que entrou na Luz do grau, e o Ohr (Luz) tornou-se Avir (ar). Como resultado da ascensão de Malchut a Biná, o grau perdeu a Luz das suas primeiras três Sefirot e permaneceu no nível de Ruach-Néfesh, chamado Avir. Esta questão é também aplicada nas cinco letras do nome, Elokim, dividido em duas metades: MI-ELEH. As duas letras MI implicam as duas Luzes Ruach-Néfesh, vestidas nos dois Kelim Kéter-Chochmá que permaneceram no grau, e as três letras ELEH implicam os três Kelim Biná, Tiféret, e Malchut que abandonaram o grau.
A DESCIDA DE MALCHUT DE BINÁ A SEU LUGAR
18) Contudo, ao elevar Mayin Nukvin da Torá e oração dos inferiores, a Iluminação Superior é extraída de Chochmá e Biná de AK, que trás Malchut de Biná em todos os graus, e desce-a até a seu lugar (O Zohar, VaYikahel, p 41). Os três Kelim, Biná, Tiféret, e Malchut previamente abandonaram o grau devido à entrada da Yud, que é Malchut, na Luz do grau, assim finalizando o grau por baixo de Chochmá e tornando o Ohr (Luz) em Avir (ar).
Mas agora, depois de Malchut ter descido de lá e abandonado o Avir, os Kelim voltam a seu grau. Logo, uma vez mais existem cincos Kelim KACHÁB TUM no grau. E dado que existem cinco Kelim, todas as cinco Luzes Yechidá, Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh voltam e vestem-se neles, e o Avir torna-se Ohr uma vez mais, dado que o nível dos primeiros três, chamado Ohr, voltou a seu grau.
UM TEMPO DE KATNUT E UM TEMPO DE GADLUT
19) Assim, foi explicado que devido à ascensão de Malchut a Biná, dois tempos foram feitos em cada grau: um tempo de Katnut (pequenez, infância) e um tempo de Gadlut (grandeza, fase adulta). Com a ascensão de Malchut a Biná, isso finaliza o grau abaixo de Chochmá, e Biná, Tiféret, e Malchut do grau abandonam o grau e vão para o grau abaixo dele. Logo, apenas Kéter-Chochmá nos Kelim e Ruach-Néfesh nas Luzes permanecem no grau, sem o GAR (primeiros três). Este é o tempo de Katnut.
Mas depois dos inferiores elevarem Mayin Nukvin e estenderem iluminação de Chochmá-Biná de AK, que trás Malchut fora de Biná, os três Kelim Biná e TM que caíram para o grau abaixo dele voltam e sobem de lá para seu grau inicial. E uma vez que existem agora cincos Kelim KACHÁB TUM no grau, cinco Luzes voltam e vestem-se neles: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Este é o tempo de Gadlut do grau. Assim nós explicamos que devido à queda de Biná e TM do grau até ao grau abaixo dele, o grau está em Katnut, sem GAR. E através do retorno de Biná e TM ao grau, o grau está em Gadlut, isto é, com preenchimento de GAR.
COMO O INFERIOR SOBE AO SEU SUPERIOR
20) Por esta ascensão de Malchut a Biná, a ligação e a possibilidade de elevar cada inferior ao seu Superior foram preparados. Isto é porque a regra é que quando o Superior desce ao inferior, ele torna-se como ele. E também, quando o inferior sobe ao Superior, ele torna-se como ele.
Logo, no estado do grau de Katnut, quando a Malchut Mesayémet (Finalizadora) sobe a Biná, ela leva Biná e TM para fora do grau com o grau abaixo dela, uma vez que o Superior que desce ao inferior se torna como ele. Por esta razão, no estado do grau de Gadlut, quando Malchut volta e sai de Biná e vai para seu lugar, Biná e TM que caíram de Biná voltam ao seu grau e tomam o grau inferior no qual eles estavam quando eles estavam caídos, juntamente com eles.
Porque eles agora se tornaram um grau com o inferior, quando eles estavam caídos, e se tornaram como um com ele, eles levaram-no com eles sobre seu retorno ao grau, e elevaram o grau inferior até ao Grau Superior. De acordo com a regra que o inferior que sobe ao lugar do Superior se torna como ele, agora o grau inferior recebe todas as Luzes e Môchin que existem no Grau Superior.
Assim foi clarificado como a ascensão de Malchut a Biná induziu a ligação entre os graus, para que cada grau possa subir ao grau acima dele. Então, até o grau mais baixo pode subir ao Mais Alto Nível através desta conexão feita pela queda de Biná e TM de cada grau ao grau abaixo dele (O Zohar, VaYikahel, p 41).
KATNUT E GADLUT DE YESHSUT E ZON
21) Assim que o assunto da ascensão de Malchut a Biná, se aplicou em todo e cada grau nos quatro mundos ABYA, foi explicado em geral, eu irei agora explicá-los em detalhe. Tomemos dois graus, chamados YESHSUT e ZON no mundo de Atzilut, como um exemplo. Através da ascensão de Malchut de YESHSUT a Biná de YESHSUT no estado de Katnut, as três Sefirot, Biná e TM de YESHSUT partiram e caíram no grau abaixo de YESHSUT, sendo ZON. E estas Biná e TM agarraram-se ao grau de ZON durante sua queda.
Então, à chegada do tempo de Gadlut, Malchut abandonou Biná de YESHSUT de volta para seu próprio lugar. Logo, Biná e TM de YESHSUT subiram de sua queda e chegaram ao grau de YESHSUT. E juntamente com elas, elas trouxeram ZON, uma vez que elas estavam anexadas a eles durante a Katnut, quando eles estavam caídos. Acontece que esse ZON, também, subiram e se tornaram o grau de YESHSUT, recebendo as mesmas Luzes e Môchin dignos do grau de YESHSUT.
NÃO TIVESSE SIDO A ASCENÇÃO DE MALCHUT A BINÁ, ZON NÃO TERIAM SIDO DIGNOS DO MÔCHIN
22) E aqui nós devemos saber que por si mesmos, ZON são indignos de receber Môchin, uma vez que a origem de ZON está em baixo do Tabúr de AK, onde Malchut de Midot ha Din governa, que é governada pela força de Tzimtzum e é imprópria de receber a Luz Superior. Todavia, agora que Biná e TM de YESHSUT elevou ZON ao grau de YESHSUT, ZON tornaram-se como o grau de YESHSUT e podem receber a Luz Superior como eles o fazem.
23) Agora você pode cuidadosamente compreender porque nossos sábios (Bereshit Raba, Parasha 12): “No principio, Ele contemplou criar o mundo em Midot ha Din”, isto é, com Malchut da primeira restrição, que é Midot ha Din. E “mundo” deve ser compreendido como “este mundo”, que recebe de ZON de Atzilut. Isso é porque tudo o que é recebido em ZON de Atzilut pode ser recebido pelas pessoas neste mundo, e tudo o que não é recebido em ZON não é recebido pelas pessoas neste mundo, pois nós não podemos receber acima do grau de ZON.
Assim, uma vez que a raiz de ZON está abaixo do Tabúr de AK, onde Malchut de Midot ha Din governa, eles não podem receber a Luz Superior e existir, dado que eles estão por baixo do Tzimtzum em Malchut. Tanto mais, este mundo não pode existir.
Este é o significado de, “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midot ha Rachamim e associou-a com Midot ha Din”. Isto significa que Ele elevou Malchut de cada grau, que é Midot ha Din, à Biná do grau, que é Midot ha Rachamim. Segue-se que Malchut de YESHSUT subiu a Biná de YESHSUT, pelo qual Biná e TM de YESHSUT caíram ao grau abaixo dela, que é ZON, e agarrou-se a eles.
Por esta razão, durante Gadlut de YESHSUT, quando Malchut desceu de Biná de YESHSUT e voltou a seu lugar, e os três Kelim Biná e TM de YESHSUT voltaram a seu lugar, YESHSUT, como no principio, eles tomaram ZON que estavam agarrados a eles juntamente com eles, e elevaram-nos ao grau de YESHSUT. Assim, ZON tornou-se como o grau de YESHSUT, isto é, eles tornaram-se dignos de receber a Luz Superior como YESHSUT. Por esta razão, eles recebem a Luz Superior de YESHSUT e dão a este mundo, e agora o mundo pode existir.
Mas não tivesse sido a associação de Midot ha Din com Midot ha Rachamim, isto é se Malchut de YESHSUT não tivesse subido a Biná de YESHSUT, Biná e TM de YESHSUT não teriam caído para ZON, e não haveria qualquer possibilidade para ZON subir a YESHSUT. Nesse estado, eles não seriam capazes de receber a Luz Superior para o mundo, e o mundo não seria capaz de existir. Assim nós explicamos o assunto da ascensão de Malchut a Biná.
TIKUN KAVIM
24) Nos primeiros três Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG de AK, as Sefirot estavam numa linha singular, uma por baixo da outra. Mas no mundo de Nekudim, vestindo de Tabúr de AK para baixo, houve um Tikun Kavim (correção das linhas) em seu GAR, mas não nas sete Sefirot inferiores. E no mundo de Atzilut, houve umo Tikun Kavim nas sete Sefirot inferiores, também.
DOIS DISCERNIMENTOS EM TIKUN KAVIM
25) A razão para isso é que Tikun Kavim executada nas dez Sefirot se estende da ascensão de Malchut a Biná, que se tornou Nukvá (fêmea) para Chochmá. Como resultado, dois lados foram feitos nas dez Sefirot:
- A Malchut que foi misturada em cada Sefirá tornou-se o lado esquerdo da Sefirá;
- A Sefirá em si é considerada a linha direita na Sefirá.
Também, a linha esquerda manchou a linha direita. Nesse estado, a Luz Superior acasalou na Massach de Dinim (plural para Din) nesta Malchut, e o nível de Chassadim que emergiu no Zivug de Haka’á da Luz Superior na Massach dessa Malchut tornou-se a linha do meio, unindo e equalizando as duas linhas uma com a outra. Não fossem os Dinim em Malchut, não haveria qualquer Zivug de Haka’á, nem haveriam os muitos Chassadim. Assim, Malchut, que é esquerda, tornou-se tão importante quanto a própria Sefirá, que é a direita.
É sabido que o princípio do Tikun da ascensão de Malchut a Biná foi no mundo de Nekudim, que emergiu depois do Partzuf SAG de AK. Logo, o Tikun das três Kavim começa no mundo de Nekudim, também, pois uma está dependente da outra. Mas nos primeiros três Partzufim, Galgálta, AB, SAG que precederam o mundo de Nekudim, não houve tal assunto como a ascensão de Malchut a Biná, assim, não houveram três linhas neles, mas apenas uma linha.
26) E tudo isto é possível apenas em GAR do mundo de Nekudim, considerado GAR de Biná, cujas Chassadim são GAR, uma vez que elas são Ohr Chassadim na sua própria essência, dado que elas nunca recebem Ohr Chochmá. Por esta razão, o nível de Chassadim que emergiu na Massach de Malchut é suficiente para unir as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra, e devolver GAR às Sefirot.
Todavia, isto não é assim nas sete Sefirot inferiores no mundo de Nekudim, que são consideradas ZA, cuja essência é a iluminação de Chochmá em Chassadim, dado que elas precisam de Chochmá. E uma vez que a Malchut está envolvida em todas as Sefirot, elas não podem receber Chochmá. Por esta razão, elas são carentes e defeituosas enquanto Chochmá não brilha nelas.
Logo, o nível de Chassadim que emergiu na Massach de Malchut não as ajuda a equalizar as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra. Isto é porque os Dinim estão na esquerda, que são os Dinim de Malchut que subiu a Biná, mancham a linha direita e removem a Luz de GAR dela. Assim, o Tikun Kavim de GAR não ajuda para corrigir as duas linhas, direita e esquerda em VAK, dado que VAK em todas as Sefirot são da Hitkalelut (mistura, integração) de ZA lá. Enquanto ela não tiver iluminação de Chochmá, ela é carente e defeituosa.
TIKUN KAVIM EM ZAT E EM YESHSUT
27) Assim, o primeiro Tikun necessário das sete Sefirot inferiores é remover os Dinim em Malchut que foi misturada nas Sefirot, isto é, de simplesmente estender iluminação de Chochmá-Biná de AK, que baixa a Malchut de Biná e devolve-a ao seu lugar. Nessa altura, os três Kelim Biná e TM voltam à Sefirá e tornam-se a linha esquerda, e Kéter e Chochmá que sobraram, tornam-se a linha direita. E dado que o grau é completado com cincos Kelim, KACHÁB TUM, todas as cinco Luzes NARANCHAY voltam para ele, e a Luz de Chochmá volta ao grau. Então a linha do meio pode unir as duas linhas uma na outra e completar o grau com todas as suas correções.
28) O segundo Tikun é fortalecer a Parsá, que é a força finalizadora de Malchut que subiu a Biná, para que ela nunca seja cancelada. E até quando Malchut desce de Biná, sua força finalizadora permanece no lugar de Biná. Então Biná e TM, que se unem com o grau, devem subir acima da Parsá e unirem-se lá com o grau. Todavia, quando elas estão abaixo da Parsá, elas não podem conectar-se com o grau, mesmo que Malchut já tenha descido de lá, uma vez que sua força finalizadora permanece depois de sua descida de lá, também.
29) E quando Biná e TM sobem acima da Parsá e conectam-se ao grau, elas não se tornam na verdade um grau com os dois Kelim Kéter e Chochmá, que nunca foram manchados pois eles nunca deixaram seu grau, e os três Kelim Biná e TM que abandonaram seu grau, foram manchados durante a Katnut, e agora voltaram. E essa diferença torna-os em duas linhas, direita e esquerda, em que Kéter e Chochmá do grau se tornam a linha direita, e Biná e TM do grau tornam-se a linha esquerda.
30) Esta diferença e estas direita e esquerda não se referem a uma localização porque o espiritual está acima de espaço e acima do tempo. Em vez disso, uma diferença significa que elas não querem se unir uma com a outra. Também, direita refere-se ao Ohr Chassadim e esquerda refere-se ao Ohr Chochmá.
A coisa é que Kéter e Chochmá do grau, que permanecem nele durante Katnut
– com Ohr Chassadim – se contentam com este Ohr Chassadim durante a Gadlut, também, depois de Malchut ter descido de Biná. Isto é porque esta Luz não foi danificada. Elas não querem receber o Ohr Chochmá e GAR que agora voltaram ao grau, com o retorno de Biná e TM ao grau. Por esta razão, Kéter e Chochmá são consideradas a linha direita, isto é Ohr Chassadim. Também, estas Biná e TM, as quais, sobre seu regresso ao grau, introduzem Ohr Chochmá e GAR ao grau, não querem se unir com Kéter e Chochmá, dado que elas mantêm o Ohr Chassadim que elas tinham tido durante a Katnut. Biná e TM têm alta consideração pelo Ohr Chochmá que agora veio ao grau; assim, elas são consideradas a linha esquerda, uma vez que elas mantêm o Ohr Chochmá.
31) E esta diferença entre a linha direita e a linha esquerda é também considerada a divisão da direita da esquerda. A linha direita mantém a Chassadim, e deseja cancelar o Ohr Chochmá na linha esquerda, e ordenar o Ohr Chochmá sozinho. Inversamente, a linha esquerda, que mantêm o Ohr Chochmá, deseja cancelar o Ohr Chassadim na linha direita e ordenar apenas o Ohr Chochmá. Devido a esta disputa, nenhuma delas brilha, dado que o Ohr Chassadim na linha direita é carente de Ohr Chochmá, como um Guf sem um Rosh, e o Ohr Chochmá na linha esquerda é completa escuridão porque Ohr Chochmá não pode brilhar sem Chassadim.
32) E não há qualquer correção nesta disputa exceto através da linha do meio, criada pelo inferior que ascende lá por MAN, na forma da linha do meio. Um Zivug da Luz Superior é feito na Massach do inferior, chamada Massach de Chirik, e o nível de Chassadim emerge nele, e esta é a linha do meio. Por um lado, esta Massach diminui GAR da linha esquerda, e por outro lado, ela aumenta o Ohr Chassadim. Por estes dois, ela compele a linha esquerda a se unir com a linha direita.
Logo, a Luz de VAK de Chochmá da linha esquerda veste o Chassadim na linha direita, e agora ela pode brilhar. Também, isto completa a linha esquerda, e o Ohr Chassadim na linha direita une-se com a Chochmá na linha esquerda, assim obtendo a Luz de GAR, que completa a linha direita. Assim, você vê como a linha do meio completa as duas linhas, direita e esquerda. Isto explica em termos gerais o Tikun das três linhas que foi estabelecido nas sete Sefirot inferiores.
A EMERGÊNCIA DAS TRÊS LINHAS EM YESHSUT
33) Agora nós explicaremos a ordem do surgimento das três linhas em um grau particular. E daí, você será capaz de deduzir sobre todos os graus.
Tome o grau de YESHSUT, como exemplo, que são, as sete Sefirot do fundo de Biná. GAR de Biná de AA foram estabelecidas em AVI Superior, e ZAT de Biná de AA foram estabelecidas em YESHSUT. A primeira a emergir foi a linha direita de YESHSUT — Kéter e Chochmá de YESHSUT. Ela foi estabelecida durante a ascensão de Malchut de YESHSUT a Biná de YESHSUT, que finalizou o grau de YESHSUT por baixo da Chochmá, e Biná e TM de YESHSUT caíram para baixo, para o grau de ZA.
Então, estes dois Kelim, Kéter e Chochmá, permaneceram no grau de YESHSUT e tornaram-se a linha direita. E dado que existem apenas dois Kelim lá, Kéter e Chochmá, eles têm apenas duas Luzes, Néfesh Ruach, carenciando GAR.
34) Então a linha esquerda emergiu — os três Kelim de Biná e TM de YESHSUT — depois de eles terem voltado e terem subido de sua queda. Isso foi estabelecido pela iluminação de Chochmá e Biná de AK, que trouxeram a Malchut Mesayémet (Finalizadora) de Biná de YESHSUT, e a retornaram a seu lugar. Nessa altura, Biná e TM de YESHSUT subiram de volta a seu grau.
E dado que os cincos Kelim no Partzuf estão agora completados, o completo NARANCHAY se vestiu neles. Nessa altura eles se tornaram a linha esquerda de YESHSUT. Também, com a emergência da linha esquerda, há uma divisão entre a direita e a esquerda: a direita deseja cancelar a esquerda e governar por si mesma, e a esquerda, também, deseja cancelar a direita e governar por si mesma. Por esta razão, nenhuma delas pode brilhar enquanto a linha do meio, que as une, não for erguida.
35) Posteriormente emergiu a linha do meio. Ela emergiu pela Massach do grau mais baixo em YESHSUT, ZA, que subiu como MAN a YESHSUT. Ele subiu a YESHSUT juntamente com os três Kelim Biná e TUM quando eles subiram de volta aos seus graus.
O nível da Luz que emerge sobre esta Massach une direita e esquerda em YESHSUT em uma. Contudo, a direita brilha de Cima para baixo e a esquerda brilha de baixo para Cima. Nesse estado, a Chochmá está vestida com Chassadim e pode brilhar, enquanto as Chassadim são incluídas na iluminação de Chochmá e são completadas com GAR.
Assim, você descobre que antes do estabelecimento da linha do meio, a linha direita e a linha esquerda estavam em disputa. Elas queriam revogar-se uma à outra: a linha direita, sendo sem defeito e a raiz do grau, desejou revogar o domínio da esquerda e subjugá-la, assim como é a relação da raiz com seu ramo. E dado que a linha esquerda contém o Ohr Chochmá, que é maior que o Ohr Chassadim na linha direita, seu poder é desta forma maior para revogar o Ohr Chassadim na linha direita. É por isto que nenhuma delas podia brilhar, dado que Chochmá não pode brilhar sem revestimento de Chassadim, e Chassadim sem iluminação de Chochmá são VAK sem um Rosh.
36) A razão de Chochmá não poder brilhar sem Ohr Chassadim é que ela é YESHSUT — as sete Sefirot inferiores de Biná — CHAGAT NEH”YM de Biná. E estas CHAGAT NEH”YM de Biná não são a própria Biná, mas da Hitkalelut de ZA em Biná. Isto é porque todas as dez Sefirot estão incluídas uma na outra e cada Sefirá contém dez Sefirot.
Por exemplo a Sefirá Biná é compreendida de todas as dez Sefirot KACHÁB TUM, e sua Biná é discernida como seu eu. Kéter e Chochmá nela são de Kéter e Chochmá que foram incluídas nela, e Tiféret e Malchut, que são suas CHAGAT NEH”YM, são da Hitkalelut de ZON nela. E é sabido que a Sefirá ZA de sua fonte está nas dez Sefirot de Ohr Yashár é principalmente Ohr Chassadim, mas o Ohr Chochmá brilha na sua Chassadim. Logo, é impossível que Chochmá venha a brilhar sem Chassadim em todas as sete Sefirot inferiores, dado que elas carenciam do núcleo e portador da iluminação de Chochmá – a Chassadim – a essência de ZA das dez Sefirot de Ohr Yashár, que é a raiz de todas as sete Sefirot inferiores incluídas em todos os graus.
Logo, a regra é que Chochmá pode brilhar sem Chassadim apenas nas primeiras três Sefirot. Mas nas sete Sefirot inferiores, onde quer que elas estejam, elas são consideradas ZA, e Chochmá não pode brilhar sem Chassadim, dado que as Chassadim são sua principal essência. Por essa razão, se Chochmá é carente de Chassadim, ela é escuridão e não Luz.
37) Mas devido ao Peso da Chochmá que a esquerda contém, a linha esquerda não se rende de qualquer forma para se unir com a Chassadim na linha direita. Além do mais, ela luta com ela e deseja revogá-la. Ela não se rende à direita, a não ser pelas duas forças que sobem da linha do meio, que agem sobre ela e a subjugam:
- A Massach de Bechiná Álef na linha do meio, que é ZA. Esta Massach diminui o nível de Chochmá na linha esquerda do nível de GAR de Chochmá ao nível de VAK de Chochmá. Isto é assim para que Chochmá não se expandisse e brilhasse de Cima para baixo, mas brilhasse de baixo para Cima. Esta iluminação é considerada como apenas VAK de Chochmá.
- O Zivug da Luz Superior sobre esta Massach de Bechiná Álef, que estende o nível de Ohr Chassadim. Então, por outro lado, o nível de Chochmá na esquerda desceu para VAK de Chochmá, pela força da Massach; e por outro lado, a Chassadim na linha esquerda aumentou de dois lados: do lado da linha direita e do lado do Zivug da Luz Superior sobre a Massach na linha do meio. Nessa altura, a linha esquerda rende-se e une-se com a Chassadim na linha direita e na linha do meio. Contudo, enquanto a Massach da linha do meio não diminuir o nível de GAR de Chochmá, não há poder no mundo que a possa unir com a linha direita.
38) Nós devemos saber que duas forças operam nesta Massach da linha do meio, para diminuir o nível de GAR de Chochmá na linha esquerda. Isto é porque em si mesmas ZON são impróprias para receber Môchin, pois elas são controladas por Malchut de Midot ha Din, que é conduzida pela força de Tzimtzum, para não receber iluminação de Chochmá. Nós chamamos a esta Malchut de Midot ha Din, Man’ula (fechadura). Mas posteriormente, Malchut foi associada com Midot ha Rachamim, Biná, e em Bechiná Malchut que está associada com Biná, eles são dignos de receber Môchin — Luz de Chochmá. E nós chamamos a esta Malchut, que está associada com Biná, Miftacha (chave).
Assim, na Massach de ZA, também, que é sua linha do meio, existem estas duas forças de Miftacha e Man’ula. No principio, quando ela precisa diminuir o GAR da linha esquerda, ela trabalha nesta Massach de Man’ula, isto é, em Malchut de Midot ha Din. Onde quer que ela apareça, a Luz Superior foge. Mas dado que ela deseja que VAK de Chochmá permaneça, ela remove subsequentemente esta Massach de Man’ula, e opera com a Massach de Miftacha, sendo Malchut que está associada com Biná. E através de sua força, uma iluminação de VAK de Chochmá permanece, independentemente.
Assim, nós explicamos cuidadosamente como ZA sobe juntamente com Biná e TM de YESHSUT, e através de seu Massach, se une e completa as duas linhas, direita e esquerda em YESHSUT, onde ele se torna uma linha do meio. E estas três linhas em YESHSUT são chamadas Chochmá, Biná, Dáat de YESHSUT. As duas linhas, direita e esquerda, são chamadas CHUB, e ZA, a linha do meio que decide entre elas, é chamada Dáat.
CHOLAM, SHURUK, CHIRIK
39) Estas três linhas são também chamadas “os três pontos, Cholam, Shuruk, Chirik”. A linha direita é o ponto de Cholam, a linha esquerda é o ponto de Shuruk, o Melafom, que é uma Vav com um ponto dentro dela, e a linha do meio é o ponto de Chirik. A razão para isso é que os pontos implicam iluminação de Chochmá, que ressuscita e movimenta as Otiyot (letras), que são os Kelim.
Assim, a linha direita, erguida durante a ascensão de Malchut a Biná, que carece de Chochmá, está implícita pelo ponto de Cholam, que se encontra acima das Otiyot. Isto indica que o ponto, que é Chochmá, não está vestido nos Kelim, que são as Otiyot, mas está acima dos Kelim. E a linha esquerda é feita de Biná e TM, que têm Ohr Chochmá, depois delas terem voltado a seu grau. Por esta razão, isso está implícito pelo ponto de Shuruk, que é uma Vav com um ponto dentro dela. Isto indica que o ponto, que é Chochmá, está vestido dentro dos Kelim, chamados Otiyot. E a linha do meio é feita do grau abaixo dela, que subiu ao mais Alto Grau, decidindo e completando suas duas linhas.
Não tivesse sido a linha do meio, Chochmá nunca teria sido capaz de brilhar. E dado que este Tikun vem do grau abaixo dela, ele está implícito pelo ponto de Chirik, que se encontra abaixo das Otiyot – os Kelim – pois este é seu grau inferior. E devido a isso, nós sempre nos referimos a Massach da linha do meio coma Massach de Chirik.
A LINHA DO MEIO ACIMA DAS DUAS LINHAS
40) Certamente, há uma linha do meio acima das duas linhas, nas primeiras Roshim (cabeças) de Atik, onde a Reisha de lo Etyada decide e une as duas linhas, direita e esquerda, que são as duas Roshim, Kéter e Chochmá Stimaa de AA, que estão abaixo dela. Mas embora elas tivessem sido erguidas como a raiz para as três linhas, em todas as três linhas, a linha do meio vem de baixo, exceto nestas.
E você descobre que existem Bechinot (discernimentos) de Tikun Kavim:
- Tikun Kavim nas três Roshim de Atik, onde a linha do meio está acima das duas linhas.
- Tikun Kavim no GAR, onde não há aparição de Chochmá até na linha esquerda (Item 26).
- Tikun Kavim nas sete Sefirot inferiores, onde há aparição de Chochmá na linha esquerda (Itens 27-39).
TRÊS TIPOS DE CHOCHMÁ EM ATZILUT
41) Existem três Chochmá em Atzilut:
- Chochmá nas dez Sefirot de Ohr Yashár, que, nos Partzufim, é Chochmá Stimaa de AA;
- GAR de Biná, que, nos Partzufim, é AVI, e é chamado “Chochmá da direita”;
- ZAT de Biná, que, nos Partzufim, é YESHSUT, e é chamado “Chochmá da esquerda”.
As primeiras duas Chochmá estão bloqueadas e não brilham nos inferiores. Apenas a terceira Chochmá, a Chochmá da esquerda, é aparente no lugar de Malchut, e brilha para ZON e para os inferiores.
42) Você já sabe que AA é Chochmá de Atzilut, e AVI são GAR de Biná de Atzilut, e YESHSUT são as sete inferiores Sefirot de Biná de Atzilut. E é sabido que existem apenas duas Sefirot, Kéter e Chochmá, no Rosh de AA, chamadas Kitra e Chochmá Stimaa29. Sua Biná abandonou seu Rosh e tornou-se um Guf sem um Rosh devido à Malchut Mesayémet (Finalizadora) que subiu e finalizou o Rosh por baixo de sua Chochmá.
Por esta razão, Biná e TM estão abaixo da Malchut Mesayémet (Finalizadora) no Rosh (Item 33), e assim foi discernida como um Guf. Também, estas Biná e TM são todas chamadas devido à Bechiná Mais Elevada nelas, que é Biná. E dado que ela abandonou o Rosh para formar um Guf sem um Rosh, ela é não mais digna de receber Chochmá até que ela volte à Rosh de AA.
43) Esta Biná está dividida em dois Bechinot, GAR e ZAT, dado que o defeito da ausência de Chochmá que foi feito nela por sua saída do Rosh de AA não afeta o GAR de Biná em qualquer forma, dado que eles estão sempre no estado de “pois ele se deleita em misericórdia”. Logo, Biná almeja apenas Ohr Chassadim, e não Ohr Chochmá. Até quando ela estava no Rosh de AA, seu GAR não recebeu Chochmá, mas apenas Chassadim.
Isto estendeu-se a ela de Biná de Ohr Yashár, cuja essência é Chassadim sem Chochmá. Por esta razão, GAR de Biná não ficam defeituosos de nenhuma maneira por sua saída do Rosh, e eles são considerados completamente perfeitos quando ainda no Rosh de AA. Logo, GAR de Biná foram separados para um grau em e de si mesmos. Também, as vestes dos Superiores AVI, de Pê de AA para baixo, que são sempre considerados GAR, são feitas deles, embora eles estejam abaixo do Rosh de AA.
Mas as sete Sefirot inferiores não são a essência de Biná, mas são da Hitkalelut de ZON em Biná. E a essência de ZA é a iluminação de Chochmá em Chassadim. Assim, elas precisam da iluminação de Chochmá de forma a dar a ZON. e dado que elas não são dignas de receber Chochmá para ZON sob sua saída de Rosh de AA, eles são considerados defeituosas.
Por esta razão, eles foram separados do completo GAR de Biná e tornaram-se um grau separado em si mesmo, do qual Partzuf YESHSUT de Atzilut que veste de Chazê de AA para baixo foi feito. Também, eles são considerados VAK sem um Rosh, até que Biná volte ao Rosh de AA, momento no qual eles obtêm GAR.
44) Assim, você vê que Chochmá está principalmente no Rosh de AA, chamada Chochmá Stimaa, dado que esta Chochmá inicial foi bloqueada no Rosh de AA e não brilha para os inferiores, abaixo do Rosh de AA. E AVI e YESHSUT são as originais Biná de Atzilut, chamadas “o nível de SAG e MA”, cuja essência é Chassadim e não Chochmá.
E sob a saída de Biná do Rosh de AA, apenas ZAT de Biná — YESHSUT — são defeituosos, e assim permaneceram sem GAR. Eles são completados apenas sob o retorno de Biná a Rosh de AA, momento em que Chochmá recebe para ZON.
Nessa altura, eles são considerados como Chochmá da linha esquerda. Isto significa que esta Chochmá aparece apenas através das três linhas que emergem em YESHSUT, onde a Chochmá aparece na linha esquerda destas três linhas (Item 34).
Embora GAR e ZAT de Biná, que são AVI e YESHSUT, voltaram a Rosh de AA, YESHSUT não recebem a Chochmá diretamente de Chochmá Stimaa em Rosh de AA, dado que cada grau recebe apenas de seu Superior adjacente. Logo, AVI recebem a Chochmá de Chochmá Stimaa no Rosh de AA, e dão a YESHSUT.
45) AVI são considerados como Chochmá da direita. Isto é porque mesmo quando eles estão abaixo do Rosh, eles são como completos como se eles estivessem no Rosh. Eles estão sempre unidos com a Chochmá Stimaa no Rosh de AA, mas não recebem dela, dado que eles estão sempre num estado de, “pois ele se deleita em misericórdia”.
Isto cuidadosamente explica que a essência de Chochmá está no Rosh de AA, mas ela está bloqueada e não brilha abaixo de seu Rosh. Também, a iluminação de Chochmá Stimaa, incluída em AVI, é considerada Chochmá da direita, embora elas não a recebam na verdade. E sob seu retorno ao Rosh, elas são chamadas Chochmá Ilaa (Chochmá Superior).
E a razão é que elas são consideradas Chochmá, embora elas não recebam dela, e que sua unificação com a Chochmá torna a Chassadim em AVI em completos GAR. Também a Chochmá que brilha em YESHSUT é a Chochmá da esquerda, dado que ela brilha apenas na linha esquerda. Esta Chochmá da esquerda é chamada “Trinta e dois caminhos de Chochmá (sabedoria)”, e esta é a Chochmá que aparece a ZON e aos inferiores.
Mas a Chochmá da direita não brilha qualquer Chochmá, mas apenas Chassadim, dado que AVI não recebem a Chochmá, muito menos a Chochmá de Ohr Yashár no Rosh de AA, que não brilha abaixo de seu Rosh. É por isso que ela é chamada Chochmá Stimaa. Logo, a iluminação de Chochmá não aparece, mas apenas Chochmá da esquerda, ainda embora esta não seja a própria Chochmá, mas Biná que recebe Chochmá para ZON.
TRÊS OTIYOT, MEM, LÁMED, TZADIK EM TZÉLEM
46) Os Môchin de Gadlut – depois de Malchut ter voltado para baixo do lugar de Biná ao seu próprio, e Biná e TM terem voltado a seu grau, e o grau foi completado com cincos Kelim KACHÁB TM e cinco Luzes NARANCHAY. Isto é considerado que Malchut, que é a Yud que entrou no Ohr (Luz) e a tornou em Avir (ar), e o Avir voltou a ser Ohr. Existem três graus para discernir nestes Môchin, implícitos pelas três Otiyot (letras) — Mem, Lámed, Tzadik — que é Tzélem.
Primeiro Grau: Este é o GAR de Biná que foi estabelecido nos Superiores AVI. Eles estão num estado de “pois ele se deleita em misericórdia”, e nunca recebem Chochmá. Por esta razão, é discernido neles que a Yud não abandona seu Avir. Isto é porque Avir implica o nível de Ruach, Chassadim, e em AVI estas Chassadim são consideradas como GAR na verdade, e eles não têm interesse em remover a Yud de seu Avir.
Também, elas são chamadas Mem de Tzélem, dado que esta letra implica que elas contêm quatro Môchin: Chochmá, Biná, a direita de Dáat, e a esquerda de Dáat. Cada Môach (singular de Môchin) compreende dez Sefirot, logo eles são quarenta Sefirot. Isso também implica que os Môchin estão fechados como se por um anel, que é a forma da Mem, para não receberem Chochmá.
47) Segundo Grau: Estas são as sete Sefirot inferiores de Biná que foram erguidas em YESHSUT, que requerem Chochmá em prol de dar a ZON. Assim, durante a Gadlut, a Yud abandona seu Avir e Ohr Chochmá volta a elas de forma a dar a ZON. Todavia, elas, também, não recebem Chochmá para si mesmas, dado que elas são de Biná, e cada Biná, seja GAR ou ZAT, é de Ohr Chassadim. A única diferença está em ZAT, que recebem Chochmá de forma a dar a ZON.
Este grau é chamado Lámed de Tzélem. Esta letra implica que existem três Môchin neles: Chochmá, Biná e Dáat. Cada Môach contém dez Sefirot, logo elas são trinta Sefirot. Isto é porque a direita em Dáat e a esquerda em Dáat são consideradas como um aqui, uma vez que elas são consideradas a linha do meio, unindo Chochmá e Biná.
48) O Terceiro Grau é ZON, em que Chochmá aparece do Chazê para baixo, dado que o lugar onde Chochmá aparece está neles. Isto é chamado Tzadik de Tzélem, depois das nove Sefirot em ZON. Cada uma inclui dez, logo elas são noventa30. Assim explicamos as três Otiyot Mem, Lámed, Tzadik (MLTz) nos três Partzufim AVI, YESHSUT e ZON no mundo de Atzilut em geral. No entanto, isto é assim em todos os detalhes, também, já que não existem graus nos quais estes três Bechinot MLTz não são discernidos, já que cada um deles contém MLTz.
49) Todavia, o lugar onde Chochmá aparece não é em ZA, mas em Malchut. Quando nós dizemos que Chochmá aparece do Chazê de ZA para baixo, isso é porque do Chazê de ZA para baixo é considerado Malchut. Assim, Chochmá não aparece nas primeiras nove Sefirot, mas apenas em Malchut. É por isso que Malchut é chamada Chochmá Tataa (Chochmá inferior).
DOIS DISCERNIMENTOS AO ELEVAR MAN
50) Existem dois Bechinot (discernimentos) ao elevar MAN de ZA: 1) Dado que GAR de Biná, que são os Superiores AVI, estão sempre em Achoráim para Chochmá. Isto significa que eles não querem receber Chochmá, mas Chassadim, como está escrito, “pois ele se deleita em misericórdia”. Também, YESHSUT não pode receber Chochmá de AA, mas apenas através de AVI (Item 44). Logo, YESHSUT não pode receber Chochmá através de AVI, a não menos que ZA suba a YESHSUT por MAN. Nessa altura, AVI removem seu Achoráim da Chochmá, e Chochmá passa através de AVI para YESHSUT.
Este despertar estende-se de Biná de Ohr Yashár, que estende iluminação de Chochmá em Chassadim para ZA de Ohr Yashár. E desta forma, quando quer que ZA suba por MAN, AVI despertam para estender Chochmá por isso.
51) O segundo discernimento ao elevar MAN por ZA é de unir as duas linhas, direita e esquerda, em YESHSUT (Item 35). Isto é porque quando a linha esquerda de YESHSUT emerge, uma divisão é feita entre a direita e a esquerda. Por esta razão, nenhuma delas brilha até que ZA as una uma com a outra através da linha do meio, e então ambas brilham.
TRÊS SAEM DE UM, UM EXISTE EM TRÊS
52) Assim, foi explicado que o segundo discernimento ao elevar MAN de ZA a YESHSUT é de unir as duas linhas de YESHSUT, direita e esquerda. Elas podem apenas brilhar através da Massach de Chirik em ZA (Item 39), que completa a linha do meio nelas e determina as duas linhas de Biná. Isso é considerado que três linhas emergem em Biná através da Massach de ZA, chamadas Chochmá, Biná, e Dáat.
A regra é que o inferior é recompensado com a completa iluminação que ele causa no Superior. Logo, dado que ZA, com sua Massach, causou o surgimento das três linhas Chochmá, Biná, e Dáat em YESHSUT, ZA, também, é recompensado com as três linhas, Chochmá, Biná e Dáat. Este é o significado do que está escrito no Zohar: “Três saem de um, um existe em três” (Bereshit, 1, Item 363).
A RAIZ DE NUKVÁ DE ZA, OU SEJA A MALCHUT
53) Durante a Katnut do mundo de Nekudim, ZA, que é CHAGAT NEH”Y de Nekudim, tinha seis Kelim, CHABAD CHAGAT. Isto é porque da perspectiva das Luzes, onde os pequenos crescem primeiro, eles são chamados CHAGAT NEH”Y e falta-lhes GAR. E da perspectiva dos Kelim, onde os Superiores crescem primeiro, eles são chamados CHABAD CHAGAT e falta-lhes NEH”Y de Kelim.
Logo, faltava-lhe NEH”Y de Kelim devido à ascensão de Malchut ao lugar de Biná de ZA, nomeadamente a Sefirá Tiféret, dado que CHAGAT de ZA são KACHÁB (Item 9), isto é, no terço Superior de Tiféret, no lugar de Chazê. E os dois terços, Biná e TM, que, em ZA, são chamados os dois terços Tiféret e NEH”Y, caíram do seu grau para o grau abaixo dele, para os mundos Briá, Yetzirá e Assiá, em baixo de ZA de Atzilut.
Por esta razão, apenas CHABAD CHAGAT de Kelim através do ponto de Chazê permaneceram nele. E o ponto de Chazê é a Malchut que finaliza o grau no lugar de Biná, e baixa Biná e TM, chamados TNEH”Y, ao grau abaixo dela (Item 16). É por isso que ZON em Katnut são sempre chamados VAK e Nekudá, dado que os seis Kelim CHABAD CHAGAT nele são chamados VAK, isto é Vav Ktzavot (seis fins), e o ponto de Chazê, que é a Malchut que finaliza seu grau é chamada Nekudá (ponto). Da perspectiva das Luzes, onde os mais pequenos crescem primeiro, eles são chamados CHAGAT NEH”Y, e a Malchut Mesayémet (Finalizadora) é chamada “Nekudá por baixo de Yessód”.
54) Por esta razão, Malchut tomou todos os Kelim em BYA para seu próprio domínio, que é o ponto de Chazê. Isto é porque este ponto tomou todos os Kelim de TNEH”Y de ZA fora de BYA. Também, ela retornou esses Kelim ao grau de Atzilut quando a Gadlut de Nekudim emergiu, antes deles quebrarem. Isto é porque durante a Gadlut, a Malchut Mesayémet (Finalizadora) decaiu do lugar do Chazê de volta para seu próprio lugar, sob NEH”Y de Kelim de ZA. Então os Kelim de Biná e TM que caíram para BYA, que são TNEH”Y, subiram de volta para Atzilut. E dado que ZA adquiriu o completo TNEH”Y de Kelim, ele tinha Luzes de GAR.
E dado que não há ausência na espiritualidade, é considerado que até agora Malchut permanece no lugar de Chazê de ZA como antes, e que apenas a força de Din e Siúm (final) nela desceu para o ponto deste mundo. Assim, esses Kelim TNEH”Y de ZA que estavam sob sua autoridade durante a Katnut, e agora retornaram e se uniram com ZA, unem-se com ela durante a Gadlut, também, depois deles se terem unido e completado os TNEH”Y de ZA.
Também, eles tornam-se seus nove Sefirot inferiores, dado que o ponto de Chazê, que é a raiz de Malchut que ela tinha desde o tempo de Katnut, tornou-se Kéter. E nos três Kelim NEH”Y de ZA, cada Kli foi dividido em três terços. Os três terços de Netzach de ZATornaram-se Malchut, Chochmá, Chéssed, Netzach. E os três terços de Hod de ZATornaram-se Malchut, Biná, Gvurá, Hod, e os três terços de Yessód de ZATornaram-se Malchut, Dáat, Tiféret, Yessód. Então, estes TNEH”Y de ZA que subiram de BYA durante a Gadlut, e se uniram com seu grau, causando seus GAR de Luzes, unem-se com Malchut, também, e tornam-se seus nove Sefirot inferiores em Kelim e primeiros nove em Luzes.
55) E você descobre que a raiz de Nukvá de ZA é o ponto de Chazê, que não está ausente nela sequer durante a Katnut. E ele é chamado pelo nome Kéter de Malchut. Estes Kelim TNEH”Y de ZA que caíram para BYA durante a Katnut e voltam a Atzilut durante a Gadlut, dividem-se em dois Partzufim: ZA e Malchut. Isto é porque eles servem como TNEH”Y de Kelim para ZA e CHABAD CHAGAT NEH”Y de Kelim para Malchut.
DE CHAZÊ DE ZA PARA BAIXO, PERTENCE A NUKVÁ
56) Isto fornece a regra que de Chazê de ZA para baixo, isto é, os Kelim TNEH”Y de ZA, são considerados Malchut, chamados “a Nukvá de ZA separada”. Isto é porque todas as nove Sefirot do fundo de Malchut são feitos destes TNEH”Y de ZA depois de eles se unirem com ele, durante a Gadlut. Também, nós cuidadosamente compreendemos o que nós dissemos, que em Katnut, ZA e Malchut estão na forma de Vav e Nekudá, isto é CHABAD CHAGAT de Kelim e Nekudá de Chazê. A ZA falta GAR de Luzes devido à ausência de NEH”Y de Kelim, e a Malchut faltam as primeiros nove Sefirot de Luzes devido à ausência das inferiores nove nos Kelim.
Logo, foi cuidadosamente clarificado que a raiz da Nukvá de ZA em Katnut e Gadlut é da Katnut e Gadlut do mundo de Nekudim. E embora os Kelim de Nekudim tenham quebrado, eles ainda assim voltaram e foram corrigidos no mundo de Atzilut, em ambos estes tempos de Katnut e Gadlut. Assim, ambos ZA e Malchut de Atzilut são VAK e Nekudá em Katnut, como na Katnut das dez Sefirot de Nekudim.
Nessa altura, TNEH”Y de ZA de Atzilut caem em BYA, e este ponto é a raiz da Nukvá. Durante a Gadlut, eles voltam ao seu grau em ZA de Atzilut e completam NEH”Y de Kelim para ZA e as nove inferiores de Kelim para sua Nukvá, que é Malchut, como em Katnut e Gadlut do mundo de Nekudim. Então, estes TNEH”Y de ZA de seu Chazê para baixo são as raízes de Gadlut de Nukvá.
DOZE PARTZUFIM EM ATZILUT
57) Cada grau que contém três vezes dez Sefirot – dez Sefirot de Rosh, dez Sefirot de Toch, e dez Sefirot de Sóf – é chamado um Partzuf. Ele é discernido pela sua Bechiná Mais Elevada. Se a Bechiná Mais Elevada é Kéter, todas as trinta Sefirot nele são chamadas Kéter; e se a Bechiná Mais Elevada é Chochmá, todas elas são chamadas Chochmá etc.
Também, existem cinco Partzufim cujo nível é medido pelo Zivug de Haka’á nos cinco Bechinot na Massach. Um Zivug de Haka’á sobre a Massach de Bechiná Dálet estende o nível de Kéter; Massach de Bechiná Guimel estende o nível de Chochmá; Massach de Bechiná Bet estende o nível de Biná; Massach de Bechiná Álef estende o nível de ZA; e Massach de Bechiná Shóresh estende o nível de Malchut.
58) Todavia, existem doze Partzufim em Atzilut: os quatro Partzufim de Kéter, chamados Atik e Nukvá, e Arich e Nukvá; os quatro Partzufim de Biná, chamados Superiores AVI e YESHSUT; e os quatro Partzufim de ZON, chamados “o grande ZON” e “o pequeno ZON”. A razão porque eles estão divididos desta maneira é que cada Partzuf em Atzilut compreende dois tipos de Kelim:
- Kelim que emergiram no mundo de Atzilut nos Zivúgim de Haka’á (plural de Zivug de Haka’á). Esses são chamados Kelim de MA.
- Kelim que quebraram no mundo de Nekudim, chamados Kelim de BON. Eles estão corrigidos e sobem de BYA, e conectam-se aos níveis que emergiram através de um Zivug de Haka’á no mundo de Atzilut, chamado MA. Também, os Kelim de MA são considerados “macho” e os Kelim de BON são considerados “fêmea”. Assim, cada Partzuf contém macho e fêmea.
59) Além disso, cada Partzuf está dividido em GAR e ZAT. Acontece que há macho e fêmea no GAR do Partzuf e há macho e fêmea no ZAT do Partzuf. Por esta razão, quatro Partzufim emergiram em cada Partzuf.
Os dois Partzufim de GAR de Kéter são chamados Atik e Nukvá, onde Atik é MA e Nukvá é BON. Os dois Partzufim de ZAT de Kéter são chamados Arich Anpin e Nukvá, onde Arich Anpin é MA e Nukvá é BON. Os dois Partzufim de GAR de Biná são chamados Superiores AVI, os dois Partzufim de ZAT de Biná são chamados YESHSUT, dos dois Partzufim de GAR de ZON são chamados “o grande ZON”, e os dois Partzufim de ZAT em ZON são chamados “o pequeno ZON”.
60) A razão pela qual nós não contamos quatro Partzufim em Chochmá é que AA é o nível de Chochmá de MA, mas a Chochmá nele foi bloqueada dentro de seu Kéter, por meio de “um dentro do outro”. Também, Chochmá nunca brilha em Atzilut. Em vez disso, toda a Chochmá que brilha em Atzilut é de Biná que voltou ao Rosh de AA e se tornou Chochmá. Esta Biná vestida em AVI e YESHSUT. E AVI são considerados como Chochmá da direita, e YESHSUT são considerados como Chochmá da esquerda (Item 41). Logo, nós não contamos quatro Partzufim em Chochmá, mas em Biná, que é também considerada Chochmá, que brilha em ZA e Malchut em todos os mundos.
UMA GRANDE REGRA EM TEMPO E LUGAR
61) Saiba que todas as expressões da sabedoria da Cabalá que lidam com tempo e espaço não se referem aos imaginários tempo e espaço na corporalidade, dado que aqui tudo está acima do tempo e acima do espaço. Em vez disso, “antes” e “depois” referem-se a causa e consequência. Nós referimo-nos à causa como “antes”, e à consequência como “depois”, uma vez que toda a causa precede sua consequência.
Também, “acima”, “abaixo”, “ascensão” e “descida” são medidas de Aviut e Zakut (pureza).31 Isto é porque “ascensão” significa Hizdakchut, e “descida” significa Hit’abbut (aumentar a Aviut). E quando nós dizemos que um grau inferior subiu, isso significa o que o inferior foi purificado e se tornou tão puro como o Grau Superior.
Assim, é considerado que ele se agarrou a ele porque Similaridade de Forma anexa os espirituais um ao outro.
Também, quando nós dizemos que o inferior reveste o Superior, isso significa que uma Similaridade de Forma com a exterioridade do Superior foi feita nele. Isto é porque nós chamamos à exterioridade do Superior “vestir o Superior”. E é o mesmo em todas as outras coisas percebidas no tempo ou no espaço. Estude- as desta maneira, isto é, em significados espirituais, de acordo com o assunto.
DUAS DIFERENÇAS ENTRE OS PARTZUFIM DE GAR E OS PARTZUFIM DE VAK
62) Cada Partzuf é emanado e nasce da Massach de Guf do Partzuf Superior por meio de causa e consequência. Isto aplica-se a todos os Partzufim, de Partzuf Kéter de AK, que emergiu após a primeira restrição, ao fim dos Partzufim de Assiá. Também, eles vestem-se uns aos outros; isto é, cada inferior veste o Guf do seu Superior.
63) Os Partzufim estão divididos em Partzufim de GAR — Partzuf Kéter, Partzuf Chochmá e Partzuf Biná — e Partzufim de VAK — Partzuf ZAT de Biná, chamado YESHSUT, Partzuf ZA e Partzuf Malchut. Estes três Partzufim são sempre considerados Partzufim de VAK. E até quando eles recebem GAR, eles não deixam de ser VAK, uma vez que lhes falta KACHÁB da sua própria raiz. E há uma diferença entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK, tanto no seu surgimento e nascimento quanto em como eles vestem o Guf do Superior.
Os Partzufim de GAR saem de Pê de Rosh do seu adjacente Superior. Isto começa em Partzuf Kéter de AK, uma vez que Partzuf Kéter de AK emergiu em Rosh e Guf, houve o Bitush de Ohr Makif (Luz Circundante) e Ohr Pnimi (Luz Interna) nas dez Sefirot do Guf.
Isto significa que essa Luz, que a Aviut da Massach deteve de entrar no Guf do Partzuf, é chamada Ohr Makif. Ela golpeou a Aviut da Massach, cuja Ohr Pnimi está vestida em seu Ohr Chozêr (Luz Retornante), e através deste golpear do Ohr Makif na Aviut sobre a Massach, a Massach no Guf foi purificada e sua forma foi equalizada com a Massach acasaladora no Rosh do Partzuf. Isto é considerado que a Massach de Guf subiu e foi incluída na Massach no Pê de Rosh, dentro do Zivug lá, uma vez que Similaridade de Forma é considerada Dvekút (adesão/anexação).
Assim, através de sua Hitkalelut (inclusão/mistura) no Zivug do Rosh, todos os Bechinot (discernimentos) de Aviut na Massach foram renovados, à parte da última Bechiná. Então, um Zivug de Haka’á na medida de Aviut que permaneceu na Massach — Aviut de Bechiná Guimel — emergiu nele da Luz Superior no Rosh, e o nível do Partzuf Chochmá emergiu nele.
Nessa altura, foi reconhecido que a Massach era de outra Bechiná, uma vez que o Superior é Partzuf Kéter, e este nível que foi renovado na Massach é o nível de Chochmá, dado que a última Bechiná tinha sido perdida. E seu reconhecimento é considerado “nascimento”, isto é que ele abandonou o nível de Kéter e se tornou um Partzuf distinto que tem apenas o nível de Chochmá. Logo, a fonte do recém nascido Partzuf Chochmá é a Massach de Guf do nível de Kéter, que purificou e subiu à Pê de Rosh, e a saída, local de nascença, é Pê de Rosh de Partzuf Kéter.
E depois do Partzuf Chochmá ter nascido e emergido do Pê de Rosh de Partzuf Kéter, é considerado vestir apenas o Guf de Partzuf Kéter, isto é, o GAR de Guf, que é CHAGAT. Isto é porque a Massach de Guf é a raiz da qual ele nasceu. Também, ele veste apenas a exterioridade do Guf de Partzuf Kéter, uma vez que o nível de Bechiná Guimel é externo a Partzuf Kéter, cujo nível é do Ohr Chozêr de Bechiná Dálet. Logo, isto é considerado como vestir, indicando Dvekút na exterioridade
64) Como foi explicado relativamente ao nascimento de Partzuf Chochmá de AK de Pê de Rosh de Partzuf Kéter de AK, Partzuf Biná emergiu de Pê e Rosh de Partzuf Chochmá precisamente desta maneira. Depois do Partzuf Chochmá ter sido completado com Rosh e Guf, houve outro Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, que purifica a Aviut da Massach e equaliza sua forma com a Massach de Malchut do Rosh. E uma vez que ele é incluído no Zivug do Rosh, a Bechiná Aviut nele foi renovada, exceto a última Bechiná, que foi perdida.
Então, dez Sefirot emergiram na Aviut remanescente nele, Aviut de Bechiná Bet, no nível de Biná. E dado que foi reconhecido que ele é um mais baixo que Partzuf Chochmá, ele foi discernido como separado dele e nasceu em seu próprio domínio. todavia, ele veste o Guf do Superior, o qual é sua raiz. E ele também veste o GAR de Guf, no lugar de CHAGAT.
65) Os três Partzufim de VAK — YESHSUT, ZA, e Malchut — emergiram nesta mesma maneira, exceto que existem duas diferenças neles:
- Seu inferior não emerge do Pê de Rosh de seu adjacente Superior, mas do Pê de Rosh do que está Acima do seu Superior. Por exemplo, ZA não emerge do Pê de Rosh de YESHSUT, mas apenas depois de YESHSUT se ter tornado um Partzuf com AVI, que são um Acima do Seu Superior. Similarmente, Nukvá não emerge do Pê de Rosh de ZA, mas apenas após ZATer subido até AVI. Similarmente, Partzuf Atik de Atzilut não emergiram do primeiro Rosh de Nekudim, mas do Rosh de SAG de AK. A razão é que estes Roshim (plural para Rosh), considerados VAK de sua própria raiz, são desajustados para Zivug com a Luz Superior de uma maneira que eles possam emanar um Partzuf inferior.
- Isto diz respeito à veste: Os Partzufim de VAK não vestem o GAR de Guf de seu Superior, CHAGAT, mas o VAK de Guf do Superior, que é NEH”Y de Chazê para baixo. Uma vez que eles são VAK na sua raiz, eles não se podem agarrar ao GAR de Guf do Superior. Logo, as duas diferenças entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK foram cuidadosamente clarificadas:
- Uma diz respeito ao surgimento, onde apenas Partzufim de GAR emergem do Pê de seu adjacente Superior. Isto não é assim nos Partzufim de VAK, que emergem de um Acima de seu Superior.
- E a outra diz respeito à veste, que apenas Partzufim de GAR podem se agarrar aos CHAGAT do Superior, que são GAR de Guf, mas não os Partzufim de VAK, que se agarram apenas de Chazê para baixo, no VAK de Guf.
TRÊS CONDIÇÕES PARA O SURGIMENTO DE UM PARTZUF INFERIOR
66) Existem três condições para um Zivug gerar um Partzuf inferior:
A primeira condição é a Massach que acasala com a Luz Superior num Zivug de Haka’á e eleva Ohr Chozêr, que veste a Luz Superior. O nível do inferior é de acordo com a medida da veste de Ohr Chozêr. Similarmente, depois da Massach suscitar todos os Partzufim e graus no mundo de Nekudim, eles não persistiram mas quebraram e cancelaram, e a Massach foi purificada de todas as cinco Bechinot Aviut nela, retornou ao Rosh de SAG, e todos os graus que surgiram em Nekudim deixaram suas Reshimot na Massach.
Assim, quando a Massach foi incluída no Zivug em Rosh de SAG, suas prévias Reshimot foram renovadas nele. Inicialmente, a Massach suscitou a Bechiná Mais Elevada nela, a Reshimô de Partzuf Kéter, chamado Atik de Atzilut, em Aviut de Bechiná Dálet. O resto das Reshimot, que permaneceram na Massach, surgiram juntamente com o nascimento de Atik para o lugar de Atik.
E assim que Atik tinha sido completado, houve um Zivug de Haka’á nele, na Bechiná Mais Elevada no remanescente da Massach dentro dele, que é Bechiná Guimel, e suscitou o nível de AA nele. E o resto das Reshimot na Massach, sobre as quais Zivug de Haka’á ainda não tinha sido feito, desceram junto com o nascimento de AA para o lugar de AA.
E quando AA foi completado, um Zivug foi feito nele sobre a Bechiná Mais Elevada no remanescente da Massach, que é Bechiná Bet, e suscitou o nível de AVI, etc., similarmente. Logo, todos os Partzufim emergem através de um Zivug de Haka’á da Luz Superior com a Massach.
67) A segunda condição é que Kéter e Chochmá de cada inferior estão anexados a Biná e TM de seu Superior. Logo, quando o Superior é completado e ergue sua Biná e TM, Kéter e Chochmá do inferior sobem junto com eles para o lugar do Superior e são incluídos no Zivug do Superior. Logo, cada inferior recebe seu nível do Zivug do Rosh do Superior.
68) A terceira condição é que ZA sobe a YESHSUT e completa e une as Luzes da direita e esquerda de YESHSUT. Não tivesse sido a ascensão de ZA por MAN, a direita e esquerda de YESHSUT não teriam sido capazes de brilhar. Segue-se que a ascensão de ZA a YESHSUT causou a suscitação das três linhas, direita, esquerda, e média, que são CHABAD de YESHSUT.
Há uma regra: o inferior é recompensado com a completa medida de Luz que ele causa sua iluminação no Superior. Assim, ZA recebe os mesmos Môchin de CHABAD de YESHSUT. Este é o significado de “Três emergem de um; um existe em três”. Logo, nós explicamos as três condições para o Zivug suscitar o inferior.
69) Em essência, o Zivug para suscitar o inferior surge do Zivug de Haka’á da Luz Superior na Massach, já que isto mede o nível do inferior. Todavia, isso requer um despertar de MAN do inferior, e este despertar é feito por Kéter e Chochmá do inferior, que estão anexadas a Biná e TM do Superior. Desta forma, ambos são requisitados para suscitar um Partzuf inferior.
Todavia, em ZA há uma questão adicional: sua Massach não estende Kelim de GAR, dado que ela é um Massach da Bechiná Álef. Logo, o Superior não pode dar-lhe Môchin de um Zivug da Massach na Luz Superior. Assim, a terceira condição é requisitada – de receber os Môchin ao induzir Môchin no seu Superior, como em “três emergem de um; um existe em três”.
TRÊS FASES NA SUSCITAÇÃO DAS DEZ SEFIROT
70) A primeira fase é nos primeiros Partzufim de AK, onde todas dez Sefirot emergiram de uma vez. No Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Dálet, das dez Sefirot do nível de Kéter emergiu. E no Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Guimel, dez Sefirot no nível de Chochmá emergiram. E no Zivug de Haka’á na Massach de Bechiná Bet, dez Sefirot no nível de Biná emergiram.
71) A segunda fase é o mundo de Nekudim, que emergiu numa Massach de Bechiná Álef, conectado com a Malchut, e na qual dez Sefirot emergiram em dois tempos. Primeiro, Malchut subiu a Biná de SAG de AK. Então, quando a Massach de SAG se purificou na Bechiná Álef, chamada Nikvei Eynaim, Malchut subiu e uniu-se com Bechiná Álef, finalizando o grau em baixo de Chochmá, chamado Eynaim. Segue- se que apenas dois Kelim permaneceram no grau, Kéter e Chochmá, com duas Luzes, Ruach e Néfesh. E os três Kelim Biná e TM caíram do grau. Isto é chamado Katnut (pequenez) de Nekudim.
Na altura de Gadlut (grandeza, fase adulta), os três Kelim Biná e TM voltaram ao grau e os cincos Kelim KACHÁB TUM no grau foram completados com as cinco Luzes NARANCHAY. Logo, foi clarificado que no mundo de Nekudim, as dez Sefirot não emergiram de uma vez, como nos primeiros três Partzufim de AK, mas em vez disso emergiram em dois tempos — um tempo de Katnut e um tempo de Gadlut.
Durante a Katnut, apenas duas Sefirot emergiram, e durante a Gadlut, as três Sefirot remanescentes emergiram.
72) A terceira fase é o mundo de Atzilut, no qual as dez Sefirot emergiram em três tempos, chamados Ibúr (concepção), Yeniká (amamentação), e Môchin. Isso é assim porque aqui a Hizdakchut da Massach no último grau foi adicionada ao mundo de Atzilut. Isto é porque a Massach foi purificada a partir da Bechiná Álef, chamada Nikvei Eynaim, em uma Massach com Aviut de Bechiná Shóresh, cuja Ohr Chozêr veste apenas o nível da Luz de Malchut no Kli de Kéter, chamado Metzach. Assim, esta Luz é chamada “MA que emerge da Metzach (testa)”. Isto é porque KACHÁB TUM de Rosh são chamados Galgálta, Eynaim, ACHAP, e Metzach é Galgálta.
Assim, as duas descidas de Malchut são requisitadas aqui:
- Um declínio da Metzach até Nikvei Eynaim, chamado Yeniká.
- Um declínio de Nikvei Eynaim até seu lugar no Pê. Isto é chamado Môchin.
Logo, o primeiro nível que emerge na Massach de Aviut Shóresh é chamado Ibúr. O segundo nível, emergindo na Massach depois da descida de Malchut até Bechiná Álef, é chamado Yeniká. E o terceiro nível, emergindo na Massach depois do declínio de Malchut até seu lugar, é chamado Môchin. Então, foi clarificado que no mundo de Atzilut, as dez Sefirot emergem em três tempos, chamados Ibúr, Yeniká, e Môchin.
IBÚR, YENIKÁ, MÔCHIN DE ACHOR E IBÚR, YENIKÁ, MÔCHIN DE PANIM
73) Foi já explicado que o nível que emerge numa Massach com mera Aviut Shóresh é chamado “o nível de Ibúr”. Este é o nível da Luz de Néfesh no Kli de Kéter. Em respeito às suas três linhas, ele é chamado “o nível de NEH”Y”. Todavia, há o nível de Ruach nele, também, chamado “o nível de CHAGAT”, exceto que ele é sem Kelim. Por esta razão, CHAGAT devem vestir-se em Kelim de NEH”Y, que é porque o nível de Ibúr é chamado “três dentro de três”, isto é CHAGAT dentro de NEH”Y.
74) O significado disso é que embora a Hizdakchut da Massach cause a perda da última Bechiná, para a qual os dez níveis estão um abaixo do outro, a última Bechiná não está inteiramente perdida, mas uma Reshimô de Hitlabshut dela permanece na Massach. Por exemplo, quando a Massach de Partzuf Kéter de AK foi purificada e subiu ao Pê de Rosh, ela foi incluída no Zivug lá, e suas Reshimot foram renovadas. Em respeito a Aviut na Massach, na qual o Zivug de Haka’á foi feito, apenas a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel permaneceu na Massach, dado que a última Bechiná, Bechiná Dálet, tinha sido perdida. Mas o Hitlabshut de Bechiná Dálet ainda permaneceu na Massach.
Segue-se que existem dois Bechinot Superiores na Massach que são dignos para Zivug:
- A Aviut de Bechiná Guimel, que detém a Luz Superior e recebe o Zivug de Haka’á, no qual o nível de Chochmá emerge.
- O Hitlabshut de Bechiná Dálet. Embora ele seja desajustado para Zivug de Haka’á, dado que ele não tem Aviut que detenha a expansão da Luz, quando ele é incluído e associado com Aviut de Bechiná Guimel, um Zivug de Haka’á é feito sobre ele, também, produzindo praticamente o nível de Kéter.
Estes dois níveis são chamados “macho” e “fêmea”. O nível que emergiu em Bechiná Dálet de Hitlabshut, associado com Bechiná Guimel de Aviut é chamado “macho”, e o nível que emergiu em apenas Bechiná Guimel de Aviut é chamado “fêmea”.
Similarmente, quando a Massach de Guf de Partzuf Chochmá de AK purificou- se e subiu a seu Pê de Rosh, duas Reshimot permaneceram nela – macho e fêmea. Isto é porque a Reshimô de Bechiná Guimel de Hitlabshut, associada com a Bechiná Bet de Aviut, produz praticamente o nível de Chochmá. Isto é considerado o macho. E a Reshimô de Bechiná Bet de Aviut, a qual é a principal que recebe o Zivug de Haka’á, produz o nível de Biná. Isto é considerado uma fêmea.
Da mesma forma, há masculino e feminino no Hizdakchut da Massach de Guf de Partzuf Nekudim. O macho, ou seja, a Reshimô de Bechiná Álef de Hitlabshut que permaneceu na Massach, está associada à Bechiná Aviut de Shóresh quase ao nível da Bechiná Álef, significando o nível de ZA, que é o nível de Ruach, CHAGAT, e a fêmea
,que é a Aviut de Bechiná Shóresh, que recebe o Zivug de Haka’á, é ao nível da Luz de Néfesh, Malchut, que, na perspectiva das três linhas, é chamada NEH”Y.
75) Portanto, podemos discernir dois níveis, ao nível de Ibúr: o nível de CHAGAT e o nível de NEH”Y. O nível de CHAGAT, que é do sexo masculino, surge nas Reshimot de Bechiná Álef de Hitlabshut, que se juntaram com a Aviut de Shóresh. E o nível de NEH”Y, que é do sexo feminino, surge apenas no da Reshimô Aviut Shóresh.
E desde que a Reshimô de Hitlabshut é imprópria para receber um Zivug de Haka’á, exceto através da associação com Aviut Shóresh, o nível de CHAGAT não está em si próprio, mas deve vestir-se no interior do NEH”Y. Por esta razão, o nível de Ibúr, que é CHAGAT e NEH”Y juntos, é considerado “três em três”, isto é, dentro NEH”Y CHAGAT.
76) E depois dos dois níveis CHAGAT dentro de NEH”Y emergirem no Hitkalelut do Zivug de Rosh do Superior, e isso foi reconhecido que eles são novos níveis, diferentes do Superior, este reconhecimento é considerado “nascimento”. Isto significa que foi reconhecido que um novo Partzuf nasceu aqui, diferente do Superior, e eles declinam e veste o Guf do Superior. Se eles são Partzufim de GAR, eles vestem o GAR de Guf, que são CHAGAT, e eles são Partzufim de VAK, eles vestem o VAK de Guf, que são TNEH”YM do Chazê para baixo.
Também, eles sugam a Luz do Partzuf Superior, uma sucção que contribui para a descida de Malchut da Metzach até à Nikvei Eynaim. Nessa altura, ela recebe Aviut de Bechiná Álef uma vez mais, que está conectado a Malchut, e isso foi nos Partzufim de Nekudim. Então o nível de CHAGAT adquire Bechinot Kelim, também, e eles não mais precisam dos Kelim de NEH”Y. É desta forma considerado que através de sucção, CHAGAT expandem e saem de NEH”Y. E então ele tem completo nível de Ruach.
Por exemplo, em Partzuf Atik de Atzilut, a Massach de Nekudim subiu primeiro
– através de sua Hizdakchut – o Rosh de SAG de AK. E depois da última Bechinat (Bechiná de) Aviut nele ter sido perdida, a Massach permaneceu com Aviut de Bechiná Shóresh, chamado Metzach, e Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Álef. E então dois níveis, CHAGAT NEH”Y, emergiram nele, três dentro de três, dado que CHAGAT não tem Kelim.
Quando eles foram reconhecidos como um novo nível, foi considerado que eles tinham partido e nasceram e vieram a seu lugar, para vestir de Tabúr de AK para baixo. Dado que é Partzuf VAK, ele veste apenas VAK de Guf, e isto é chamado Partzuf Atik.
Posteriormente, através de Yeniká, que ele suga de SAG de AK, ele baixa a Massach de Metzach a Nikvei Eynaim. Seguindo-se os Kelim saíram para seus CHAGAT, também, expandido de dentro de NEH”Y. Logo, os dois Bechinot, chamados Ibúr e Yeniká, foram clarificados.
77) Agora vamos explicar Partzuf Môchin. Após o Partzuf receber os dois Bechinot Ibúr e Yeniká, ora o MAN para o Criador e traz o CHUB do Criador para estar face a face. Então eles dão ao menor a iluminação que diminui a Malchut do Nikvei Eynaim para o seu próprio lugar – o Pê.
Naquela época, esses três Kelim, Biná e TM, que caíram por causa da subida Malchut a Biná volta ao seu grau anterior, e o Partzuf é completado com cincos Kelim KACHÁB TUM e cinco Luzes NARANCHAY. Isso é chamado Partzuf Môchin, uma vez que as três primeiras Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá são chamadas Môchin.
Por exemplo, após Atik receber as duas Bechinot Ibúr e Yeniká completas, que são os níveis de Ruach e Néfesh, ele sobe de volta para o Rosh de SAG para o MAN, e retornam Chochmá e Biná para ficar face a face. E desde que Biná na Partzuf Chochmá de AK não é misturada com Malchut, quando Atik recebe a sua iluminação abaixa sua Malchut de Biná, também. Naquela época, ele levanta os três Kelim Biná e TM, que caíram pela mistura de Malchut em Biná, em seu próprio grau, e agora tem KACHÁB TUM de Kelim, em que as luzes NARANCHAY podem se vestir.
78) E quando Môchin surge pela primeira vez, ele faz uma divisão entre a direita e a esquerda. Isso ocorre porque a linha de esquerda, que leva a iluminação de Chochmá, deseja cancelar a linha da direita, que carrega a Luz de Chassadim. Devido a esta falha e Bitush (bater) da esquerda e direita, que ocorrem nessa Môchin, eles são chamados Môchin de Achor. Assim, os três Bechinot Ibúr, Yeniká e Môchin de Achor foram esclarecidos.
79) Esta Bitush da esquerda e direita causa o Partzuf a voltar a erguer MAN ao Superior. Isto é porque a iluminação da esquerda, que é iluminação de Chochmá, golpeia e purifica todo a Aviut no Partzuf até que a Massach se torna tão puro como ele era quando ele primeiro subiu à Rosh do Superior. Isto significa que apenas Aviut Shóresh e Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Álef permaneceram nele. E através desta equivalência, ele adere à Rosh do Superior.
Assim que ele é incorporado no Zivug de Rosh do Superior, ele recebe um Zivug de Haka’á da Luz Superior uma vez mais, sobre a Aviut de Bechiná Shóresh e Bechiná Álef de Hitlabshut que foram renovadas na Massach. Isto suscita o nível de três dentro de três nele uma vez mais, isto é o nível de CHAGAT, vestido no nível de NEH”Y, chamado “o nível de Ibúr”. Logo nós explicamos que o Bitush da esquerda e a direita que ocorreu em Môchin de Achor causou o Partzuf a voltar ao Superior e receber uma nova Bechiná de Ibúr do Superior.
80) E assim que ele recebeu a nova Bechiná Ibúr, ele partiu do Rosh do Superior uma vez mais e vestiu o Guf do Superior. E através deste revestimento, ele sugou as Luzes do Superior uma vez mais.
Estas Luzes de Yeniká baixaram a Aviut de Shóresh em Aviut de Bechiná Álef. Elas baixaram a Malchut da Metzach ao lugar de Nikvei Eynaim, momento em que um completo nível da Bechiná Álef surgiu na Massach. Isto é considerado como a Hitpashtut (expansão) de CHAGAT de dentro das NEH”Y. Segue-se que ele obteve uma nova Bechiná de Yeniká, que está no nível de Ruach.
81) E depois de ele ter obtido novos Ibúr e Yeniká, ele eleva-se por MAN até ao Superior uma vez mais, e esta ascensão é por si mesmo, dado que ao abandonar sua raiz anexada a Biná e TM do Superior (Item 67), ele pode agora voltar lá quando quer que ele necessite. Ele une os CHUB que estão lá face a face, e eles dão sobre ele a iluminação que baixa a Malchut de Nikvei Eynaim até seu lugar. Nessa altura, Biná e TM sobem e unem-se nele como antes, e ele obtém KACHÁB TUM de Kelim e NARANCHAY de Luzes.
Para prevenir fenda de direita e esquerda de voltar a despertar, a linha do meio sobe de baixo e une a direita e a esquerda para que elas brilhem juntas: a Chochmá na esquerda irá vestir na Chassadim na direita, e a Chassadim na direita será integrada na Chochmá na esquerda (Item 37). Então os Môchin brilham na sua mais completa perfeição, e eles são chamados Môchin de Panim. Assim nós explicamos como devido à Bitush da esquerda e direita nos Môchin de Achor, os três Bechinot Ibúr, Yeniká, e Môchin de Panim ressurgiram.
82) Assim, um Partzuf é completo apenas depois de ele receber Ibúr, Yeniká, e Môchin de Achor e Ibúr, Yeniká, e Môchin de Panim. Devido à Hizdakchut da Massach que foi acrescentada em Atzilut ao grau de Aviut de Bechiná Shóresh, os Partzufim de Atzilut não serão capazes de receber suas dez Sefirot, exceto após três vezes consecutivas, chamadas Ibúr, Yeniká, Môchin. E dado que na primeira suscitação dos Môchin houve a Bitush da direita e esquerda, até que a esquerda purificasse toda a Aviut na Massach, todas as Luzes, Ibúr, Yeniká, e Môchin que tinha recebido partiram.
Isto é assim porque quando a Aviut na Massach é cancelada, o Zivug é cancelado e as Luzes partem. O Partzuf retorna à Rosh do Superior, recebendo novas três dentro de três. Então ele nasce e recebe uma nova Yeniká, que baixa a Malchut de Metzach aos Eynaim, os CHAGAT saem das NEH”Y, e ele recebe o nível de Ruach uma vez mais. A seguir, ele eleva-se por MAN e recebe Neshamá, Chaiá, Yechidá uma vez mais, nas quais há já a linha do meio, que une a direita e a esquerda uma com a outra. Isto é chamado Môchin de Panim, e eles podem brilhar e persistir. Logo, antes dos Môchin serem obtidos pela segunda vez, eles não podem persistir.
PANIM E ACHOR (FACE-A-COSTAS), E PANIM BE PANIM (FACE-A-FACE)
83) Até quando o Partzuf já tinha recebido as Môchin de Panim, a Chochmá e Biná lá estão ainda num estado de Panim e Achor. Isto significa que apenas Chochmá recebe as Môchin de Panim. Mas Biná está sempre num estado de deleitar em misericórdia e quer Chassadim e Chochmá; logo, é considerado que suas Achoráim estão direcionadas à Chochmá, e ela não quer receber as Môchin de Panim dela.
Chochmá e Biná estão nesse estado de Panim e Achor até que ZA sobe até elas por MAN. Também, há uma conexão entre Biná de Ohr Yashár, concedendo iluminação de Chochmá a ZA de Ohr Yashár. Assim, quando ZA sobe por MAN a Biná, Biná imediatamente vira sua Panim de volta a Chochmá para receber as Môchin de Panim dela — que são Môchin de iluminação de Chochmá — para ZA, como ela faz nos cinco Bechinot de Ohr Yashár. Então é discernido que Chochmá está já Panim be Panim com Biná.
QUEM MEDE O NÍVEL EM ATZILUT?
84) E nós devemos perguntar isto: “A Massach de Atzilut tem apenas Bechiná Shóresh de Aviut, chamadas Metzach, tendo apenas o nível de Ohr Néfesh. Logo, quem causou o surgimento dos cinco Partzufim em Atzilut, Atik, AA, AVI, e ZON, onde Atik está no nível de Yechidá, AA — o nível de Chaiá, AVI — o nível de Neshamá, e ZON —o nível de Ruach?” Esta pergunta aplica-se também ao mundo de Nekudim, dado que apenas Aviut de Bechiná Álef permaneceu na Massach, chamada Nikvei Eynaim. Logo, como puderam cinco Partzufim surgir em Nekudim?
85) A coisa é que essa Bechiná Dálet, também, estava conectada na Massach de Nekudim e na Massach de Atzilut pela força de Malchut que subiu a Nekudot de SAG de AK. E não tivesse Bechiná Dálet sido associada na Massach neles, nenhum Partzuf teria sido capaz de surgir nessa Massach. Isto é porque até a Aviut de Bechiná Álef em Nekudim é considerado como “fina Histaklut” (parecido), do qual o Zivug de Haka’á não produz qualquer Partzuf. É tanto o quanto mais na Aviut de Metzach em Atzilut: ele é indigno de um Zivug de Haka’á para a suscitação de um Partzuf.
Mas dado que Bechiná Dálet conjugada com suas telas, elas se tornaram dignas de Zivug de Haka’á. Agora nós podemos perguntar, “Nesse caso, o nível de Kéter devia ter surgido na Massach, dado que Bechiná Dálet está anexada a Massach!”
86) A resposta é que essa Bechiná Dálet não produz o nível de Kéter, exceto quando ela está no lugar de Malchut. Nessa altura, o Ohr Chozêr que sobe do Zivug de Haka’á nela veste os cinco Kelim KACHÁB TUM sobre as cinco Luzes NARANCHAY. Mas se Bechiná Dálet se encontra no lugar de ZA, onde estão apenas quatros Kelim KACHÁB Tiféret, o Ohr Chozêr atrai apenas quatro Luzes NRNH nos quatros Kelim KACHÁB e Tiféret.
E se Bechiná Dálet se encontra no lugar de Biná, onde estão apenas três Kelim KACHÁB, o Ohr Chozêr atrai apenas três Luzes NARAN. E se Bechiná Dálet se encontra no lugar do Kli de Chochmá, onde estão apenas dois Kelim — Kéter e Chochmá — seu Ohr Chozêr atrai apenas duas Luzes, Néfesh Ruach.
Isto é o que aconteceu em Nekudim, onde o Zivug foi feito na Nikvei Eynaim, que é o Kli de Chochmá. Assim, apenas o nível de Néfesh Ruach surgiu em Katnut.
E se Bechiná Dálet se encontra no lugar de Kéter, onde há senão um Kli, seu Ohr Chozêr atrai apenas uma Luz: Néfesh. Isto é o que aconteceu em Atzilut — apenas o nível de Néfesh surgiu na Ibúr, dado que o Zivug foi feito no lugar da Metzach, que é o Kli de Kéter.
Todavia, após a iluminação de Yeniká, que Bechiná Dálet rejeitou para o lugar de Bechiná Álef, chamado Nikvei Eynaim, o nível de Ruach surgiu. Mas então, através da iluminação de CHUB Panim be Panim do Superior, que baixou Bechiná Dálet a seu lugar em Malchut, que eleva as caídas Biná e TM a seu grau, existem cincos Kelim KACHÁB TUM lá uma vez mais. Nessa altura, Bechiná Dálet suscita o nível de Kéter na Luz de Yechidá, e este é o nível de Atik de Atzilut.
87) Agora nós precisamos explicar como o resto dos Partzufim abaixo de Atik saíram. No principio, depois da quebra dos recipientes, Massach de Nekudim subiu o Rosh de SAG. Ela foi purificada de todos os cinco Bechinot Aviut que surgiram nela em cinco Partzufim, até que ela se equalizou com a Massach de Rosh de SAG. Todavia, as Reshimot da Aviut dos cinco Partzufim que surgiram nela permaneceram nela, exceto a última Bechiná, que foi perdida, como está escrito sobre todos os Partzufim. Logo, quando ela foi incluída no Zivug da Massach de Rosh de SAG, a Aviut de todos os cinco Partzufim foi renovada na Massach de Nekudim, e um Zivug de Haka’á surgiu na Aviut na Massach.
Contudo, nem todos os Bechinot na Aviut participaram no Zivug de Haka’á, mas apenas sua Bechiná Mais Elevada, que é Aviut de Metzach, conectada a Bechiná Dálet. E através dos três Bechinot Ibúr, Yeniká, e Môchin, suas dez Sefirot foram completadas no nível de Kéter.
As outras Reshimot, do resto dos Partzufim de Nekudim que estavam na Massach, não receberam alguma coisa deste Zivug no Rosh de SAG, dado que elas estão abaixo do nível de Kéter; assim, elas são desperdício comparado com seu valor. Por esta razão, no surgimento de Atik do Rosh de SAG, todas as Reshimot do resto dos Partzufim que não estavam incluídas no seu Zivug desceram com ele.
E depois de Atik ter sido completado em Ibúr, Yeniká, Môchin de Panim, a Luz Superior brilhou na Bechiná Mais Elevada a partir das Reshimot que permaneceram nele, que é Aviut de Bechiná Guimel. E através das três Bechinot, Ibúr, Yeniká, e Môchin, dez Sefirot no nível de Chochmá surgiram. Isto é Partzuf AA.
É o mesmo aqui; todas as Reshimot de Aviut que são menos que Aviut de Bechiná Guimel são desperdício comparados ao valor do Zivug no nível de Bechiná Guimel que surgiu no Rosh de Atik. Assim, quando AA nasceu e abandonou Rosh de Atik para seu lugar, todos essas Reshimot foram atraídos para seu lugar juntamente com isso.
E depois de AA ter obtido todas as três Bechinot Ibúr, Yeniká, Môchin em completude, a Luz Superior brilhou na Bechiná Mais Elevada que permaneceu nessas Reshimot, que é Aviut de Bechiná Bet. Então, através das três Bechinot Ibúr, Yeniká, Môchin, dez Sefirot no nível de Biná surgiram nele. Este é Partzuf AVI, e o resto dos Partzufim surgiram similarmente. Assim nós explicamos como os Partzufim de Atzilut surgiram um a partir do outro.
DOIS ESTADOS EM MALCHUT
88) Malchut é a Nukvá de ZA. Sua raiz começa em Malchut de Tzimtzum Bet, que terminou nas sete Sefirot de Katnut de ZA de Nekudim. E ela é um grau separado de ZA, dado que ZA inclui CHAGAT NEH”Y de Nekudim, e o grau abaixo dela é Malchut, que finaliza os Nekudim. Assim, esta Malchut é considerada uma Nukvá separada de ZA e um grau mais baixo que ZA.
E há também Bechiná Nukvá no Guf de ZA, dado que o lado esquerdo de ZA é considerado sua Nukvá. Todavia, esta Nukvá é considerada o próprio Guf (corpo) de ZA, dado que ZA é a linha do meio, que recebe das duas linhas, esquerda e direita, de Biná. A direita nele recebe da linha direita de Biná, que é Ohr Chassadim, considerada o lado masculino nela, e o lado esquerdo nele recebe da linha esquerda de Biná, que é Ohr Chochmá, considerada o lado Nukvá nela. Todavia, ambos são um grau, incluídos um no outro.
É sabido que no princípio, o sol e a lua, que são os separados Nukvá e ZA, eram considerados as duas grandes luzes. O nível Nukvá era igual ao de ZA, e ela era tão grande como ele. Mas então a lua – a Nukvá que é separada de ZA – queixou-se e disse, “Dois reis não podem usar a mesma Kéter (coroa)”. Então foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a si mesma”. Assim ela tornou-se a pequena luz.
Então, você acha dois estados aqui em Nukvá:
- No primeiro estado, ela estava com ZA, no estado das duas grandes luzes, igual a ZA;
- O segundo estado é depois da Nukvá ser diminuída e se tornou a pequena luz.
Explicação: No principio da correção da separada Nukvá de ZA, o Emanador conectou-a com a Nukvá no Guf de ZA, que é o lado esquerdo nele, e as duas se tornaram uma Nukvá para ZA. Quando Môchin da direita e esquerda foram atraídos para elas de Biná, ZA, que é a direita nela, tomou as Luzes da direita de Biná, e a Nukvá separada tomou as Luzes da linha esquerda de Biná, como a Nukvá no Guf de ZA, dado que ela foi juntada em uma única Nukvá com ela.
E você já sabe que as Luzes da linha direita de Biná são Chassadim, e as Luzes da linha esquerda de Biná são Chochmá. Segue-se que agora ZA recebeu as Chassadim da direita de Biná sem Chochmá, e a Nukvá separada recebeu a Chochmá da esquerda de Biná sem Chassadim, e é sabido que Chochmá não pode brilhar sem Chassadim. Por esta razão, a Chochmá congelou nela e ela tornou-se escuridão e não Luz.
Este é o significado da queixa da lua, dizendo que dois reis não podem usar a mesma Kéter. Isto é porque quando eles ambos usam a mesma Kéter, que é Biná, considerada sua Kéter, ZA se torna Chassadim sem Chochmá, e a Nukvá se torna Chochmá sem Chassadim, que é escuridão, e ela não conseguiu tolerar esse estado.
Nós podemos perguntar, “Mas antes da Nukvá separada se juntar com a Nukvá no seu Guf, a direita nela, que é o macho, recebeu Chassadim, e a esquerda nela, que é a Nukvá no seu Guf recebeu Chochmá; todavia, a Nukvá no seu Guf podia tolerá-lo e não era escuridão!” A coisa é que a Nukvá no seu Guf é o próprio ser de ZA. Assim, a Chochmá nela não está separada da Chassadim em ZA. Mas isto não é assim com a Nukvá separada, que é verdadeiramente um grau diferente de ZA. Mas porque ela se juntou com a Nukvá no seu Guf, ela recebeu a Chochmá da esquerda de Biná como ela. Assim, após ela ter recebido a Chochmá dentro dela, a Chochmá foi separada da Chassadim, dado que ela não tinha conexão com a Chassadim de ZA.
Logo, nós cuidadosamente explicamos o primeiro estado da Nukvá separada. Para ser capaz de brilhar para os inferiores, foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a ti mesma”, isto é diminui-te desse grande grau de ser igual com o grau de ZA e receber de Biná. Em vez disso, ela deve descer abaixo de Yessód de ZA, como ela estava na sua raiz: abaixo do inteiro grau de ZA, e receber todas as suas Luzes de ZA.
E dado que ela recebe suas Luzes de ZA, que é a linha do meio, a Chochmá que ele lhe dá a ela está integrada com Chassadim e ela pode brilhar. Este é o segundo estado da Nukvá separada. O que ela recebeu no primeiro estado é considerado como Néfesh, Ruach, Neshamá de Achor, isto é elas não brilham. E o que ela recebe no segundo estado é considerado como Néfesh, Ruach, Neshamá de Panim, isto é que elas brilham em completude (O Zohar, Bereshit 1, Itens 111-116; Idra Raba, Item 323-325).
Existem méritos ao seu primeiro estado, desde então seu Mais Alto nível era Biná e ela podia receber Chochmá dela, e ela não precisou de receber de ZA. Todavia, ela não podia brilhar para os inferiores, devido à ausência de Chassadim. Por esta razão, é considerada Achoráim.
Mas no segundo estado, depois de ela ser diminuída sob a Massach de Yessód de ZA, ela não era mais digna de receber Chochmá, dado que a Massach de Yessód ZA a detia. Assim, ela teve de receber Chochmá em Kelim de Achoráim, que permaneceram nela do primeiro estado. Mas existem mais méritos ao segundo estado que ao primeiro estado, dado que ela podia brilhar ambas Chochmá e Chassadim para os inferiores, ao passo que no primeiro estado, ela não podia brilhar aos inferiores.
29 Nota do tradutor: estes nomes estão em Aramaico. Kitra é a Sefirá Kéter, e Chochmá Stimaa significa Chochmá bloqueada.
30 Nota do tradutor: na Gematria, o valor numérico de Tzadik é 90.
31 Nota do tradutor: Na Cabalá, Zakut se refere ao poder da Massach, ao invés do significado tradiconal da palavra: pureza.
PREFÁCIO À SABEDORIA DA CABALÁ
/0 Comments/in Baal HaSulam, Library, Uncategorized /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
Durante o estudo, é recomendado examinar os desenhos que estão no fim do capítulo, HaIlan
O PENSAMENTO DA CRIAÇÃO E AS QUATRO FASES DA LUZ DIRETA
1) Rabi Chanania filho de Akashia diz: “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot (mandamentos), como está escrito, ‘O Senhor estava contente, pelo bem da Sua retidão’, para fazer o ensinamento grande e glorioso” (Makot, 23b). É sabido que “merecer” (Zechut) é derivado da palavra “purificar” (Hizdak’chut). É como os nossos sábios disseram, “As Mitzvot foram dadas somente para a purificação de Israel” (Bereshit Raba, Parasha 44). Nós precisamos entender esta purificação que alcançamos através da Torá e Mitzvot, e qual é a Aviut (espessura, grossura, o desejo de receber) que está dentro de nós, que devemos purificar usando a Torá e Mitzvot.
Uma vez que nós já discutimos isto em meu livro “Panim Masbirot” e no Estudo das Dez Sefirot, eu resumidamente reiterarei aqui: O Pensamento da Criação era deleitar as criaturas, de acordo com a Sua abundante generosidade. Por esta razão, foi impresso nas almas um grande desejo e anseio em receber Sua Shefá (Abundância).
Isto é assim porque o desejo de receber é o Kli (vaso) para a medida do prazer na Shefá. De acordo com a medida e força do desejo de receber a Shefá, assim é a medida correspondente do prazer e deleite na Shefá, nem mais e nem menos. E eles estão tão intimamente conectados, que nós não os diferenciamos exceto no que eles se relacionam: o prazer está relacionado à Shefá, e o grande desejo de receber a Shefá está relacionado à criatura que a recebe.
Estes dois necessariamente se estendem do Criador, e necessariamente vieram no Pensamento da Criação. Entretanto, nós diferenciamos entre eles naquela Shefá que vem da Sua Essência, estendendo existência a partir da existência, enquanto que o desejo de receber incluído ali é a raiz das criaturas. Isto significa que é a raiz de algo recém criado, isto é, surgido da existência a partir da ausência, uma vez que certamente não existe a forma do desejo de receber em Sua Essência.
Portanto, nós podemos dizer que este desejo de receber mencionado acima é toda a substância da Criação do início ao fim. Isto é, a medida que todos os incontáveis tipos de criaturas, todas as incontáveis instâncias e todas as suas condutas que apareceram e que aparecerão, são nada além de medidas e várias denominações do desejo de receber. E tudo o que existe nas criaturas, ou seja, tudo o que é recebido no desejo de receber impresso em sua natureza, estende de Sua Essência existência a partir da existência. Não é de forma alguma uma nova criação, pois não é nada novo. Pelo contrário, se estende de Sua Eternidade existência a partir da existência.
2) E de acordo com o que foi dito, o desejo de receber está inatamente incluído no Pensamento da Criação com todas as suas inumeráveis denominações, juntamente com a grande Shefá que Ele pensou deleitar e transmitir a elas. E saiba que este é o segredo do Ohr (Luz) e Kli que nós discernimos nos Mundos Superiores. Eles vêm necessariamente conectados uns aos outros e descem cascateando juntos degrau por degrau. E a medida a qual os degraus descem da Luz de Sua Face, e se distanciam dEle, é a medida correspondente da materialização do desejo de receber contido na Shefá.
Nós poderíamos também declarar o oposto: que de acordo com a medida em que o desejo de receber incluído na Shefá se materializa, ele desce degrau por degrau, como será explicado. Os níveis descem até o mais baixo de todos os lugares, onde o desejo de receber se torna completamente materializado. Este lugar é chamado “o mundo de Assiá”, o desejo de receber é considerado “o corpo humano”, e a Shefá que é recebida é considerada a medida de “vitalidade naquele corpo”.
Isto é similar em outras criaturas neste mundo, de forma que a única diferenciação que existe entre os Mundos Superiores e este mundo é que enquanto
o desejo de receber incluído em Sua Shefá não for materializado completamente, ele é considerado como estando nos mundos espirituais, Acima deste mundo. E uma vez que o desejo de receber se materializou totalmente, ele é considerado como estando neste mundo.
3) A ordem do cascateamento mencionada acima, que leva o desejo de receber à sua forma final neste mundo, segue a sequência dos quatro discernimentos que existe no nome de quatro letras, HaVaYaH. Isto é porque as quatro letras, HaVaYaH (Yud, Hey, Vav, Hey), no Seu Nome contém toda a realidade, sem qualquer aspecto da realidade ser deixada fora dele.
No geral, elas são descritas nas dez Sefirot, Chochmá, Biná, Tiféret, Malchut e sua Shóresh (Raiz). Elas são dez Sefirot porque a Sefirá Tiféret contém seis Sefirot internas chamadas CHAGAT NEH”Y (Chéssed–Gvurá–Tiféret Netzach–Hod–Yessód), e a Raiz, chamada Kéter. Mas em sua essência, elas são chamadas CHÁB TUM (Chochmá–Biná Tiféret–Malchut). Lembre-se disto.
E eles são quatro mundos, chamados: Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. E o mundo de Assiá contém “este mundo” dentro de si. Portanto, não existe criatura neste mundo, que não tenha sido feita nova do mundo de Ein Sóf, no Pensamento da Criação, que é deleitar Suas criaturas, como dissemos anteriormente. Assim, está inatamente composto de Luz e Kli, ou seja, uma certa medida da Shefá com o desejo de receber esta Shefá.
A medida da Shefá se estende da Sua Essência – existência a partir da existência, e o desejo de receber esta Shefá é novo – existência a partir da ausência, como dissemos anteriormente.
Mas para que est desejo de receber adquira sua forma final, ele precisa cair em cascata junto com a Shefá dentro de si através dos quatro mundos – Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. Então a criatura é completada em Luz e Kli, chamado Guf (corpo), e a “Luz da Vida” dentro de si.
4) A razão pela qual o desejo de receber precisa cair em cascata pelos quatro discernimentos mencionados acima em ABYA (Atzilut, Briá, Yetzirá, Assiá) é que existe uma grande regra no que diz respeito aos Kelim (plural de Kli): a expansão da Luz e sua partida torna o Kli apto para sua tarefa. Explicação: Enquanto o Kli não tenha sido uma vez separado de sua Luz, ele está incluído na Luz e é anulado dentro dela tal como uma vela frente a uma tocha.
E a ideia desta nulificação é que eles são completamente opostos um do outro, de um extremo ao outro. Isto é assim porque a Luz é a Shefá que se estende de Sua Essência existência a partir da existência. Da perspectiva do Pensamento da Criação em Ein Sóf, tudo é em direção à doação e não existe nenhum traço do desejo de receber nele. Seu oposto é o Kli, que é o grande desejo de receber esta Shefá, que é a raiz da nova criatura, na qual não existe qualquer aspecto de doação.
Portanto, quando eles são unidos juntos, o desejo de receber é anulado na Luz dentro dele, e ele é incapaz de determinar sua forma até que a Luz tenha partido dali uma vez. Isto é assim porque seguindo a partida da Luz dele, este começa a suplicar por ela, e esta súplica define e delineia a forma do desejo de receber como convém. Subsequentemente, quando a Luz retorna e é vestida no desejo de receber, eles são considerados agora como dois aspectos separados: Kli e Luz, ou Guf e Vida. E observe isto atentamente, porque isto é muito profundo.
5) E portanto, nós precisamos dos quatro discernimentos que estão no nome HaVaYaH, chamados Chochmá, Biná, Tiféret e Malchut. Bechiná Álef (Fase Um), chamada Chochmá, inclui a totalidade do ser emanado, Luz e Kli. Isto é porque o grande desejo de receber está nela com toda a Luz, chamada Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) ou Ohr Chaiá (Luz da Vida), pois ela é toda a Chayim (Vida) no ser emanado, vestida em seu Kli. Entretanto esta Bechiná Álef é considerada completamente Luz e o Kli nela é quase imperceptível, já que está misturado com a Luz e anulado nela tal como uma vela frente a uma tocha.
A seguir, vem Bechiná Bet (Fase Dois), pois em seu estágio final, o Kli de Chochmá prevalece em Similaridade de Forma com a Luz Superior dentro de si. Isso significa que é despertado um desejo de doar ao Emanador, de acordo com a natureza da Luz dentro de si – inteiramente para doar.
Assim, usando este desejo, que foi despertado nela, uma nova Luz se estende para ela do Emanador, chamada Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Como resultado, ela se tornou quase totalmente separada da Ohr Chochmá dada a ela pelo Emanador, isto é porque o Ohr Chochmá só pode ser recebida em seu próprio Kli – que é o grande desejo de receber em toda sua medida, como discutido acima.
Desta maneira, a Luz e o Kli na Bechiná Bet são completamente diferentes daqueles em Bechiná Álef, uma vez que nela o Kli é o desejo de compartilhar e a Luz dentro dele é considerada Ohr Chassadim, uma Luz que se origina da Dvekút (adesão) do emanado no Emanador, pois o desejo de compartilhar induz sua Similaridade de Forma com o Emanador e na espiritualidade Similaridade de Forma é Dvekút, como será explicado posteriormente.
A seguir vem Bechiná Guimel (Fase Três). Isto é porque após a diminuição da Luz dentro do ser emanado em Ohr Chassadim sem nenhuma Chochmá, embora se saiba que Ohr Chochmá é a essência do ser emanado, portanto Bechiná Bet em seu estágio final é despertada e atrai dentro de si mesma uma medida de Ohr Chochmá, para brilhar em seu Ohr Chassadim. Este despertar reacendeu certa medida do desejo de receber, que forma um novo Kli chamado Bechiná Guimel ou Tiféret. E a Luz nele é chamada “Luz de Chassadim com iluminação de Chochmá” uma vez que a maior parte daquela Luz é Ohr Chassadim e, sua menor parte é Ohr Chochmá.
A seguir, vem Bechiná Dálet (Fase Quatro), uma vez que o Kli de Bechiná Guimel também despertou em seu estágio final para atrair Ohr Chochmá em completa medida, tal como ocorreu em Bechiná Álef. Assim, este despertar é considerado “anseio” na medida do desejo de receber que estava em Bechiná Álef e, o superando, pois agora ela já se separou daquela Luz, pois o Ohr Chochmá não é vestido nele e ele anseia por ele. Portanto, a forma do desejo de receber foi inteiramente determinada, uma vez que o Kli é determinado seguindo a expansão da Luz e sua partida dali. Mais tarde, quando ela retorna e recebe novamente a Luz, vemos que o Kli precede a Luz. Portanto, esta Bechiná Dálet é considerada a conclusão do Kli e é chamada de Malchut.
6) Estes quatro discernimentos mencionados acima são as dez Sefirot, discernidas em cada emanação e em cada criatura, num todo, que são quatro mundos e, até mesmo na menor parte na realidade. Bechiná Álef é chamada Chochmá ou “o mundo de Atzilut”; Bechiná Bet é chamada Biná ou “o mundo de Briá”; Bechiná Guimel é chamada Tiféret ou “o mundo de Yetzirá” e Bechiná Dálet é chamada Malchut ou “o mundo de Assiá”. E vamos explicar os quatro discernimentos aplicados em cada alma:
Quando a Neshamá (Alma) é estendida de Ein Sóf e vai para o mundo de Atzilut, ela é Bechiná Álef da Alma. Todavia, lá ela ainda não é discernida por esse nome, uma vez que o nome Neshamá (alma) implica que existe alguma diferença entre ela e o Emanador e que através desta diferença, ela partiu de Ein Sóf e revela sua própria vontade.
E enquanto ela não tem uma forma de um Kli, não há nada que a separe de Sua Essência, a ponto de merecer ser chamada pelo próprio nome. E você já sabe que Bechiná Álef do Kli não é considerada de modo algum um Kli e, é totalmente anulada na Luz. E este é o significado do que foi dito sobre o mundo de Atzilut, que é completa Divindade, no segredo de “Hu (Ele), Suas Chayohi (Emanações Vivificantes) e Seus Garmohi (Órgãos) são Um” 25. Até mesmo as almas de todas as criaturas viventes, enquanto atravessam o mundo de Atzilut, ainda são consideradas ligadas à Sua Essência.
7) E no mundo de Briá está governando agora a Bechiná Bet mencionada acima, ou seja, o aspecto do Kli do desejo de compartilhar. Por conseguinte, quando a alma desce em cascata ao mundo de Briá e adquire o aspecto do Kli que existe ali, ela é diferenciada com o nome Neshamá (alma). Isto significa que ela já saiu e se separou da Sua Essência e merece seu próprio nome – Neshamá. Porém, este é um Kli muito puro e fino, uma vez que ele está em Similaridade de Forma com o Emanador. Por isso, ele é considerado completamente espiritual.
8) E no mundo de Yetzirá está governando agora a Bechiná Guimel mencionada acima, contendo uma pequena quantidade da forma do desejo de receber. Portanto, quando a alma cai em cascata para o mundo de Yetzirá e adquire aquele Kli, ela sai do aspecto espiritual de Neshamá e é então chamada Ruach. Isto é porque aqui seu Kli já está misturado com um pouco de Aviut, ou seja, uma pequena quantidade do desejo de receber nele. Todavia, ela ainda é considerada espiritual, por que essa medida de Aviut é insuficiente para separá-la completamente de Sua Essência e merecer o nome “corpo”, que se mantém por si próprio.
9) E no mundo de Assiá está governando agora a Bechiná Dálet, que é o Kli completo do grande desejo de receber, como mencionado acima. Assim, lá é atingido um corpo completamente separado e distinto de Sua Essência, que se mantém por si próprio. A Luz nele é chamada Néfesh (da palavra Hebraica “descanso”), indicando que a Luz está imóvel em si mesma. E saiba que não há um pequeno detalhe da realidade que não contenha toda ABYA.
10) Assim descobrimos como esta Néfesh, que é a Luz da Vida vestida no corpo, se estende de Sua Própria Essência, existência a partir da existência. E conforme atravessa os quatro mundos ABYA, ela se torna cada vez mais distante da Luz de Sua Face, até que chega ao seu Kli designado, chamado Guf (corpo). Então é considerado que o Kli completou sua forma desejável.
E até mesmo se a Luz dentro dele diminuísse tanto, ao ponto que não há mais consciência da sua raiz de origem, através da aplicação em Torá e Mitzvot com a intenção de dar contentamento ao Criador, a pessoa gradualmente purifica seu Kli, chamado Guf, até que ele se torne merecedor de receber a grande Shefá, em toda a medida incluída no Pensamento da Criação no tempo em que foi criado. E isto é o que Rabi Chanania diz “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot”.
11) E com isso você pode entender a verdadeira barreira para diferenciar entre espiritualidade e corporeidade: Quando há um desejo de receber completo, em todos os seus aspectos, que é Bechiná Dálet, ele é chamado “corpóreo”. E isto é encontrado em todos os elementos da realidade que vemos diante de nossos olhos neste mundo. Enquanto ele estiver acima da medida deste grande desejo de receber, ele é chamado pelo nome “espiritualidade”, que são os mundos de ABYA – Acima deste mundo – e toda a realidade dentro deles.
E com isto entenda que todo o conceito de subidas e descidas descrito nos Mundos Superiores, não está relacionada a um lugar imaginário, Deus proíba, mas apenas aos quatro discernimentos no desejo de receber. Pois aquilo que está mais distante de Bechiná Dálet é considerado ser mais Elevado. Reciprocamente, aquilo que está mais próximo de Bechiná Dálet, é considerado mais inferior.
12) O ponto central e a totalidade da Criação são nada além do desejo de receber. O que está além disto, não está na categoria da Criação, mas estende-se de Sua Essência através da existência a partir da existência. Portanto, por que discernimos este desejo de receber como Aviut (espesso) e túrbido e, somos ordenados a purificá-lo através da Torá e Mitzvot, ao ponto que sem isto, não atingiremos a meta sublime do Pensamento da Criação?
13) E a razão é que, assim como os objetos corpóreos são separados um do outro pela distância física, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. Isto também pode ser encontrado em nosso mundo. Por exemplo: Quando duas pessoas compartilham os mesmos pontos de vista, elas amam uma a outra, e a distância física não causa efeito sobre elas quando elas estão distantes uma da outra.
Por outro lado, quando suas opiniões são distantes, elas se odeiam uma a outra e, a proximidade física não as trará mais próximas. Portanto, a Diferença de Forma em suas opiniões as distancia uma da outra e a proximidade de forma em suas opiniões as aproxima. E se, por exemplo, a natureza de uma delas está em todos os aspectos da natureza oposta da outra, então elas estão tão distantes uma da outra como o Leste do Oeste.
E desta forma compreenda que na espiritualidade, todos as questões de distância e proximidade, Zivug (acoplamento) e Yichud (unificação) que é discernido nelas, são nada além de medidas de Diferença de Forma. Elas se distanciam uma da outra conforme suas medidas de Diferença de Forma e se tornam ligadas uma a outra conforme sua medida de Similaridade de Forma.
E com isto entenda que embora o desejo de receber seja um princípio intrínseco na criatura, pois ele é toda a essência da Criação dentro da criatura, e é o Kli apropriado para recepção da meta que está no Pensamento da Criação, no entanto, isto separa completamente a criatura do Emanador. Isto é assim, porque existe a Diferença de Forma no ponto de oposição entre ela mesma e o Emanador. Isto, porque há uma Diferença de Forma entre a criatura e o Emanador ao nível de serem opostos, pois o Emanador é completa doação sem nenhuma centelha de recepção e, a criatura é completa recepção sem nenhuma centelha de doação. Portanto, não há maior oposição de forma do que esta. Resulta, portanto, que esta oposição de forma necessariamente separa a criatura do Emanador.
14) Para salvar as criaturas desta separação titânica, foi feito o segredo do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). A ideia é que, a Bechiná Dálet que nós falamos é separada de todos os Partzufim (faces/semblantes) de Kedushá (santidade), de tal maneira que aquela grande medida de recepção permaneceu em um espaço vazio, desprovido de toda Luz.
Isto é assim porque todos os Partzufim de Kedushá emergiram com uma Massach (tela) erguida em seus Kli Malchut para que eles não recebessem nesta Bechiná Dálet. Então, quando a Luz Superior foi estendida e se espalhou nos seres emanados, este Massach a rejeitou de volta. Isto é considerado como se houvesse um impacto entre a Luz Superior e a Massach, que eleva Ohr Chozêr (Luz Retornante) de baixo para Cima, vestindo as dez Sefirot da Luz Superior.
A porção da Luz que é rejeitada e empurrada de volta, é chamada de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Conforme veste a Luz Superior, ela se torna um Kli para recepção da Luz Superior ao invés de Bechiná Dálet, a razão para isso é que o Kli de Malchut foi expandido por meio do Ohr Chozêr – a Luz rejeitada ou retornante – que subiu e vestiu a Luz Superior de baixo para Cima e, também expandiu de Cima para baixo. Assim, as Luzes foram vestidas nos Kelim (plural de Kli), dentro do Ohr Chozêr.
Este é o segredo de Rosh (cabeça) e Guf (corpo) em cada grau. O Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) da Luz Superior impactando na Massach causa a subida do Ohr Chozêr de baixo para Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh, ou seja, as raízes dos Kelim (vasos). Isto é assim, porque lá não pode haver um revestimento real.
Posteriormente, quando Malchut se expande com Ohr Chozêr de Cima para baixo, o Ohr Chozêr termina e se torna Kelim para a Luz Superior. Então, as Luzes são vestidas nos Kelim e isto é chamado de “Guf desse grau”, isto é, Kelim completos.
15) Assim, novos Kelim foram feitos nos Partzufim de Kedushá no lugar de Bechiná Dálet, após o Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). Eles foram feitos do Ohr Chozêr do Zivug de Haka’á na Massach.
De fato, devemos entender este Ohr Chozêr e como ele se torna um Kli HaCabalá (Vaso de Recepção), já que inicialmente era apenas uma Luz rejeitada. Assim, ele está cumprindo agora um papel oposto em relação a sua própria essência.
Eu explicarei isto com uma alegoria da vida: A natureza do homem é estimar e favorecer a qualidade de doar e desprezar e detestar a recepção de um amigo. Portanto, quando uma pessoa vai ao seu amigo e ele (o anfitrião) a convida para uma refeição, ela (o convidado) recusará, mesmo que esteja faminta, já que aos seus olhos é humilhante receber um presente de seu amigo.
No entanto, quando seu amigo lhe implora suficientemente, até que fique claro que ao comer, ela estará fazendo um grande favor ao seu amigo, ela aceita comer, já que não sente mais que está recebendo um presente e, que seu amigo é o doador. Pelo contrário, ela (o convidado) é o doador, que está fazendo um favor ao seu amigo por estar recebendo este benefício dele.
Assim, você descobre que embora a fome e o apetite sejam vasos de recepção designados para comer e, que esta pessoa tinha fome e apetite suficientes para receber a refeição de seu amigo, ela ainda não podia experimentar nada, devido à vergonha. Porém, quando seu amigo começou a lhe implorar e, ela continuou a resistir, novos vasos começaram a se formar dentro dela para comer, uma vez que a força das súplicas de seu amigo e a força da sua própria resistência, conforme se acumulavam, finalmente se acumularam em uma quantidade suficiente para transformarem, a medida de recepção, em medida de doação.
Isto a leva a entender que, ao comer, estará fazendo um grande favor e trazendo grande contentamento ao seu amigo. Nesse estado, a pessoa consequentemente atinge novos vasos de recepção, para receber a refeição de seu amigo. Agora vemos que a força da resistência se tornou o vaso principal para receber a refeição e não a fome e o apetite, embora eles sejam verdadeiramente os vasos usuais de recepção.
16) Da alegoria acima entre a pessoa e seu amigo, podemos entender a questão do Zivug de Haka’á mencionado acima, e o Ohr Chozêr que se eleva através dele, que então se torna novos vasos de recepção para a Luz Superior ao invés da Bechiná Dálet. Podemos comparar a Luz Superior, que se choca com a Massach e quer se expandir na Bechiná Dálet, ao amigo suplicando a pessoa a comer, pois assim como ele anseia que seu amigo receba a sua refeição, a Luz Superior deseja se espalhar ao receptor. E a Massach, que se choca com a Luz e a repele, se assemelha a resistência e a rejeição do amigo em receber a refeição, uma vez que ele rejeita seu favor.
Nós encontramos aqui, que é precisamente a resistência e a rejeição que se tornaram os vasos apropriados para receber a refeição do amigo. Isto pode ser comparado à Ohr Chozêr que se eleva pelo choque da Massach, e a rejeição da Luz Superior, este Ohr Chozêr se torna um novo vaso de recepção para a Luz Superior, ao invés de Bechiná Dálet, que serviu como vaso de recepção antes do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição).
Entretanto, isto foi colocado apenas nos Partzufim (plural de Partzuf) de Kedushá (santidade) de ABYA, não nos Partzufim das Klipót (cascas) e neste mundo, onde a própria Bechiná Dálet é considerada o vaso de recepção. Assim, elas são separadas da Luz Superior, já que a Diferença de Forma em Bechiná Dálet as separa. Por esta razão, as Klipót são consideradas más e mortas, pois elas são separadas da Vida das Vidas pelo desejo de receber dentro delas. Isto é mencionado acima no Item 13 (veja lá). Examine isto profundamente, pois é impossível explicar mais.
CINCO DISCERNIMENTOS NA MASSACH
17) Até aqui esclarecemos os três fundamentos básicos na sabedoria. O primeiro é a Luz e o Kli, onde a Luz é uma extensão direta de Sua Essência e o Kli é o discernimento do desejo de receber, que está necessariamente incluído nessa Luz. Um sai do Emanador e se torna um ser emanado na medida desse desejo. Além disso, esse desejo de receber é considerado Malchut discernido na Luz Superior. É por isto que é chamado Malchut, no segredo de “Ele e Seu Nome são Um”, pois Shemo (Seu Nome) em Guematria é Ratzon (Desejo).
A segunda questão é a esclarecimento das dez Sefirot e os quatro mundos ABYA, que são os quatro graus um abaixo do outro. O desejo de receber precisa se pendurar abaixo deles até que esteja completado – Kli e conteúdo.
A terceira questão é o Tzimtzum e a Massach colocados nesse vaso de recepção, que é Bechiná Dálet, em troca da qual, novos vasos de recepção foram feitos nas dez Sefirot, chamados Ohr Chozêr. Entenda e memorize estes três fundamentos e suas razões, tal como aparecem perante você, uma vez que sem eles não há compreensão de até mesmo uma simples palavra nesta sabedoria.
18) Agora explicaremos os cinco discernimentos na Massach, pelos quais os níveis mudam durante o Zivug de Haka’á realizado com a Luz Superior. Primeiro, precisamos entender perfeitamente que embora se proibisse Bechiná Dálet de ser um vaso de recepção para as dez Sefirot após o Tzimtzum, e o Ohr Chozêr que se eleva da Massach através do Zivug de Haka’á tornou-se o vaso de recepção em seu lugar, ela ainda deve acompanhar o Ohr Chozêr com seu poder de recepção. Não fosse por isto, o Ohr Chozêr teria sido incapaz de ser um vaso de recepção.
Você também deve entender que a partir da alegoria no item 15. Lá, nós demonstramos que a força de rejeitar e recusar a refeição tornou-se um vaso de recepção em vez de fome e apetite. Isto ocorre, porque a fome e o apetite, os vasos normais de recepção, foram proibidos de serem vasos de recepção neste caso, devido à vergonha e desgraça de receber um presente de um amigo. Somente as forças de rejeição e recusa se tornaram vasos de recepção em seu lugar, pois através da rejeição e recusa, recepção se tornou doação e através deles, adquiriu vasos de recepção adequados para receber a refeição de seu amigo.
Porém, não se pode dizer que ele não necessita mais dos vasos usuais de recepção, ou seja, a fome e o apetite, pois é claro que sem o apetite para comer, não será capaz de satisfazer o desejo de seu amigo e trazer a ele contentamento ao comer na sua casa. Mas o fato é que a fome e o apetite, que foram banidos em sua forma usual, agora se transformaram, pelas forças da rejeição e recusa, em uma nova forma – recepção a fim de doar. Assim, a humilhação se converteu em dignidade.
Segue-se que os vasos normais de recepção ainda estão ativos como sempre, mas adquiriram uma nova forma. Você concluirá também, no que concerne a nossa questão, que é verdade que Bechiná Dálet foi proibida de ser um Kli para a recepção das dez Sefirot por causa de sua Aviut, ou seja, pela Diferença de Forma do Doador, que a separa do Doador. Porém, através da correção da Massach em Bechiná Dálet, que se choca com a Luz Superior e a repele, sua forma anterior, defeituosa, se transformou e adquiriu uma nova forma, chamada Ohr Chozêr, como a transformação da forma de recepção numa forma de doação.
O conteúdo de sua forma inicial não mudou, ele ainda não come sem apetite. Da mesma forma, toda a Aviut, que é a força de recepção na Bechiná Dálet, veio dentro do Ohr Chozêr, portanto o Ohr Chozêr torna-se adequado para ser um vaso de recepção.
Portanto, dois discernimentos sempre devem ser feitos na Massach:
- Kashiut (dureza), que é a força dentro dela que rejeita a Luz Superior;
- Aviut, que é a medida do desejo de receber a partir de Bechiná Dálet incluida na Massach. Pelo Zivug de Haka’á através da força de Kashiut nele, sua Aviut torna-se Zakut (pureza), significando recepção transformada em doação.
Estas duas forças na Massach agem nos cinco discernimentos: as quatro Bechinot CHÁB TUM e sua raiz, chamada Kéter.
19) Já explicamos que os primeiros três discernimentos não são ainda considerados um Kli, mas somente Bechiná Dálet é considerada um Kli. Ainda assim, porque os três primeiros discernimentos são suas causas e induzem a conclusão de Bechiná Dálet, uma vez que Bechiná Dálet é concluída, quatro medidas são registradas em sua qualidade de recepção:
- Bechiná Álef nela é a menor medida da qualidade de recepção;
- Bechiná Bet é um pouco mais espessa (com mais Aviut) que Bechiná Álef em termos de sua qualidade de recepção.
- Bechiná Guimel é mais espessa que Bechiná Bet na sua qualidade de recepção.
- E finalmente, Bechiná Dálet é a mais espessa de todas e sua qualidade de recepção é perfeita em todos os sentidos.
- Devemos também discernir que a raiz das quatro Bechinot (plural de Bechiná), que é a mais pura de todas, também está incluída nela.
Estes são os cinco discernimentos da recepção contidos em Bechiná Dálet, que são chamados pelos nomes das dez Sefirot KACHÁB (Kéter-Chochmá-Biná) TUM (Tiféret-Malchut), incluídas em Bechiná Dálet, uma vez que as quatro fases são CHÁB TUM e, a raiz é chamada Kéter.
20) Os cinco discernimentos de recepção em Bechiná Dálet são chamados pelos nomes das Sefirot KACHÁB TUM. Isto, porque antes do Tzimtzum, enquanto Bechiná Dálet ainda era o vaso de recepção para as dez Sefirot incluídas na Luz Superior através de “Ele é Um e Seu Nome Um”, uma vez que todos os mundos ali estão incluídos, seu vestir, nesse lugar, nas dez Sefirot, seguiu estas cinco Bechinot. Cada Bechiná das cinco Bechinot vestidas nela corresponde a Bechiná nas dez Sefirot na Luz Superior.
- Bechiná Shóresh (Fase Raiz) em Bechiná Dálet vestiu a Luz de Kéter nas dez Sefirot;
- Bechiná Álef em Bechiná Dálet vestiu a Luz de Chochmá nas dez Sefirot;
- Bechiná Bet nela vestiu a Luz de Biná;
- Bechiná Guimel nela vestiu a Luz de Tiféret;
- E sua própria Bechiná vestiu a Luz de Malchut.
Portanto, mesmo agora, após a primeira restrição, quando Bechiná Dálet foi proibida de ser um vaso de recepção, os cinco discernimentos de Aviut nela são nomeados após as cinco Sefirot KACHÁB TUM.
21) E você já sabe que em geral, a substância da Massach é chamada Kashiut, que significa algo muito duro, o qual não permite que nada empurre para dentro de suas fronteiras. Da mesma forma, a Massach não permite que nenhuma Luz Superior passe através dela e em Malchut, Bechiná Dálet. Portanto, é considerado que a Massach detem e repele a medida total de Luz que deveria vestiir o Kli de Malchut.
Também ficou claro, que aquelas cinco Bechinot de Aviut em Bechiná Dálet estão incluídas e, vêm na Massach e juntam-se à sua medida de Kashiut. Assim, cinco tipos de Zivug de Haka’á são discernidos na Massach, correspondendo nele às cinco medidas de Aviut:
- Um Zivug de Haka’á em um Massach completo, com todos os níveis de Aviut, elevam suficiente Ohr Chozêr para vestir todas as dez Sefirot, acima do nível de Kéter.
- Um Zivug de Haka’á sobre um Massach em que falta o Aviut de Bechiná Dálet, e contém apenas Aviut de Bechiná Guimel, eleva suficiente Ohr Chozêr para vestir as dez Sefirot somente até o nível de Chochmá, faltando Kéter.
- E se tem somente Aviut de Bechiná Bet, seu Ohr Chozêr diminui e é suficiente apenas para cobrir as dez Sefirot até o nível de Biná, faltando Kéter e Chochmá.
- Se contiver apenas Aviut de Bechiná Álef, seu Ohr Chozêr diminui mais ainda e é suficiente apenas para cobrir até o nível de Tiféret, faltando KACHÁB.
- E se também faltar Aviut de Bechiná Álef e, é deixado apenas Aviut de Bechiná Shóresh, seu golpe é muito fraco e é suficiente para vestir somente até o nível de Malchut, faltando as nove primeiras Sefirot que são KACHÁB e Tiféret.
22) Portanto você vê como os cinco níveis das dez Sefirot emergem através dos cinco tipos do Zivug de Haka’á da Massach, aplicados nas suas cinco medidas de Aviut. E agora vou dizer-lhe a razão, poi se sabe que a Luz não é alcançada sem um Kli.
Também, você sabe que estas cinco medidas de Aviut vêm das cinco medidas de Aviut em Bechiná Dálet. Antes do Tzimtzum, existiam cinco Kelim em Bechiná Dálet vestindo as dez Sefirot KACHÁB TUM (item 18). Após o Tzimtzum Álef, elas foram incorporadas nas cinco medidas da Massach, que junto com o Ohr Chozêr elevam-se e voltam a serem cinco Kelim, com respeito ao Ohr Chozêr nas dez Sefirot KACHÁB TUM, em vez de cinco Kelim em Bechiná Dálet, nela mesma, antes do Tzimtzum.
Consequentemente está claro que, se um Massach contém todos estes cinco níveis de Aviut, ele contém os cinco Kelim para vestir as dez Sefirot. Mas quando ele não contém todas as cinco medidas, uma vez que a Aviut de Bechiná Dálet está ausente nele, ele contém somente quatro Kelim. Portanto ele somente pode cobrir quatro Luzes: CHÁB TUM, mas falta uma Luz – A Luz de Kéter – justamente por lhe faltar um Kli – Aviut de Bechiná Dálet.
Da mesma forma, quando Bechiná Guimel também está ausente e a Massach contém apenas três medidas de Aviut, ou seja, somente até Bechiná Bet, ele contém somente três Kelim. Assim, ele pode vestir apenas três Luzes: Biná, Tiféret e Malchut. Neste estado, faltam duas Luzes, Kéter e Chochmá, tal como lhe faltam os dois Kelim, Bechiná Guimel e Bechiná Dálet.
E quando a Massach contém somente duas medidas de Aviut, que são: Bechiná Shóresh e Bechiná Álef, ele contém somente Kelim. Portanto, ele veste apenas duas Luzes: a Luz de Tiféret e a Luz de Malchut. Assim o nível, não tem três Luzes KACHÁB, exatamente como lhe faltam três Kelim: Bechiná Bet, Bechiná Guimel, e Bechiná Dálet.
E, quando a Massach tem apenas um nível de Aviut, que é somente Bechiná Shóresh da Aviut, ele tem somente um Kli. Portanto, ele pode vestir apenas uma Luz: a Luz de Malchut. Este nível não tem as quatro Luzes KACHÁB e Tiféret, tal como faltam quatro Kelim: Aviut de Bechiná Dálet, Bechiná Guimel, Bechiná Bet e Bechiná Álef.
Por esta razão, o nível de cada Partzuf precisamente depende da medida de Aviut na Massach. A Massach de Bechiná Dálet induz ao nível de Kéter, Bechiná Guimel induz ao nível de Chochmá, Bechiná Bet induz ao nível de Biná, Bechiná Álef induz ao nível de Tiféret e Bechiná Shóresh induz ao nível de Malchut.
23) Todavia, devemos ainda descobrir porque quando o Kli de Malchut – Bechiná Dálet – está faltando na Massach, lhe falta a Luz de Kéter e, quando o Kli de Tiféret está faltando, lhe falta a Luz de Chochmá, etc. Parece que isto deveria ter sido ao contrário, que quando o Kli de Malchut, Bechiná Dálet, está ausente na Massach, somente a Luz de Malchut estaria faltando no nível e, ele deveria ter as quatro luzes KACHÁB e Tiféret. Também, na ausência de dois Kelim, Bechiná Guimel e Bechiná Dálet, deveriam faltar as Luzes de Tiféret e Malchut e o nível deveria ter as três Luzes KACHÁB, etc.
24) A resposta é que sempre há uma relação inversa entre Luzes e os vasos. Nos Kelim, os Mais Elevados crescem primeiro no Partzuf: primeiro Kéter, então o Kli de Chochmá, etc. e o Kli de Malchut cresce por último. Este é o porquê de nomearmos os Kelim pela ordem KACHÁB TUM, de Cima para baixo, pois esta é a ordem do seu crescimento.
É o contrário com as Luzes. Nas Luzes, as Luzes inferiores são as primeiras a entrarem no Partzuf. Primeiro entra Néfesh, que é a Luz de Malchut, então Ruach, que é a Luz de ZA, etc. e a Luz de Yechidá é a última a entrar. Este é o porquê de nomearmos as Luzes pela ordem NARANCHAY26, de baixo para Cima, pois esta é a ordem que elas entram – de baixo para Cima.
Assim, quando somente um Kli cresceu no Partzuf, que é necessariamente o Kli mais Elevado – Kéter – a Luz de Yechidá, atribuída para aquele Kli, não entra no Partzuf, mas somente a menor das Luzes – A Luz de Néfesh. Assim, a Luz de Néfesh veste-se no Kli de Kéter.
E, quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os dois mais Elevados – Kéter e Chochmá – a Luz de Ruach também entra nele. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá e a Luz de Ruach se veste no Kli de Kéter.
Da mesma forma, quando um terceiro Kli cresce no Partzuf – o Kli de Biná – a Luz de Neshamá entra nele. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Chochmá para o Kli de Biná, a Luz de Ruach ao Kli de Chochmá e a Luz de Neshamá veste-se no Kli de Kéter.
E quando um quarto Kli cresce no Partzuf – o Kli de Tiféret – a Luz de Chaiá entra no Partzuf. Então, a Luz de Néfesh desce do Kli de Biná para o Kli de Tiféret, a Luz de Ruach para o Kli de Biná, a Luz de Neshamá para o Kli de Chochmá, e a Luz de Chaiá para o Kli de Kéter.
E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, a Luz de Yechidá entra nele. Então, todas as Luzes entram nos seus respectivos Kelim. A luz de Néfesh desce do Kli de Tiféret para o Kli de Malchut, a Luz de Ruach para o Kli de Tiféret, a Luz de Neshamá para o Kli de Biná, a Luz de Chaiá para o Kli de Chochmá e a Luz de Yechidá para o Kli de Kéter.
25) Assim, desde que nem todos os cinco Kelim KACHÁB TUM cresceram no Partzuf, as Luzes não estão em seus lugares designados. Mais ainda, elas estão numa relação inversa: na ausência do Kli de Malchut, a Luz de Yechidá está ausente, e quando dois Kelim, TUM, estão faltando, Yechidá e Chaiá lá estarão ausentes, etc. Isto é assim, porque nos Kelim, os mais Elevados surgem primeiro e, nas Luzes, as últimas são as primeiras a entrar.
Você também descobrirá que cada nova Luz que reentra veste-se apenas no Kli de Kéter. Isto é assim, porque o receptor precisa receber no seu Kli mais puro, o Kli de Kéter.
Por esta razão, após a recepção de cada nova Luz, as Luzes que já estão vestidas no Partzuf precisam descer um grau do seu lugar. Por exemplo, quando a Luz de Ruach entra, a Luz de Néfesh precisa descer do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, para criar espaço no Kli de Kéter para receber a nova Luz, Ruach. Da mesma forma, se a nova Luz é Neshamá, também Ruach, necessita descer do Kli de Kéter para o Kli de Chochmá, para liberar seu lugar em Kéter para a nova Luz, Neshamá. Como resultado, Néfesh, que estava no Kli de Chochmá, precisa descer para o Kli de Biná, etc. Tudo isto é feito para criar espaço no Kli de Kéter para a nova Luz.
Mantenha esta regra em mente e você sempre será capaz de discernir em cada caso se está se referindo aos Kelim ou às Luzes. Então você não ficará confuso, porque sempre existirá uma relação inversa entre eles. Portanto, esclarecemos de forma completa a questão dos cinco discernimentos na Massach e, como através deles, os níveis mudam um abaixo do outro.
OS CINCO PARTZUFIM DE AK (ADAM KADMON)
26) Portanto, esclarecemos completamente a questão da Massach que foi colocado no Kli de Malchut – a Bechiná Dálet após ter sido restringida – e a questão dos cinco tipos de Zivug de Haka’á dentro dele, que produzem cinco níveis de dez Sefirot uma abaixo da outra. Agora explicaremos os cinco Partzufim de AK, que precedem os mundos de ABYA.
Você já sabe que este Ohr Chozêr, que se eleva através do Zivug de Haka’á de baixo para Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior, é suficiente apenas para as raízes dos Kelim, chamadas “dez Sefirot de Rosh (cabeça) do Partzuf”. Para completar os Kelim, Malchut de Rosh expande daquelas dez Sefirot de Ohr Chozêr que vestiram as dez Sefirot de Rosh e se espalham dela e, dentro dela, de Cima para baixo, na mesma medida que as dez Sefirot de Rosh. Este espalhamento completa os Kelim, chamados “o Guf do Partzuf”. Portanto, devemos sempre distinguir dois discernimentos das dez Sefirot em cada Partzuf: Rosh e Guf.
27) No início, o primeiro Partzuf de AK emergiu. Isto porque, imediatamente após Tzimtzum Álef, quando Bechiná Dálet foi proibida de ser um receptáculo para a Luz Superior e foi erigida com um Massach, a Luz Superior foi atraída para se vestir no Kli de Malchut, como antes. Todavia, a Massach no Kli de Malchut deteve e repeliu a Luz. Através desse choque na Massach de Bechiná Dálet, ele levantou Ohr Chozêr para o nível de Kéter na Luz Superior e este Ohr Chozêr tornou-se uma vestimenta e as raízes dos Kelim para as dez Sefirot na Luz Superior, chamadas “dez Sefirot de Rosh” do “primeiro Partzuf de AK”.
Posteriormente, Malchut com o Ohr Chozêr, se expandiu dela e dentro dela, pela força das dez Sefirot de Rosh em dez novas Sefirot de Cima para baixo. Isto completou os Kelim de Guf. Então, a completa medida que emergiu nas dez Sefirot de Rosh também se vestiu nas dez Sefirot de Guf. Isto completou o primeiro Partzuf de AK, Rosh e Guf.
28) Em seguida, o mesmo Zivug de Haka’á, repetiu-se na Massach erguido no Kli de Malchut, que tem apenas Aviut de Bechiná Guimel. E então, somente o nível de Chochmá, em Rosh e em Guf, emergiu sobre ele, uma vez que a ausência da Massach em Aviut de Bechiná Dálet lhe causou ter apenas quatro Kelim, KACHÁB Tiféret. Portanto, o Ohr Chozêr tem espaço para cobrir somente quatro Luzes, CHANARAN (Chaiá, Neshamá, Ruach, Néfesh), faltando a Luz de Yechidá. Isto é chamado AB de AK.
Seguindo, o mesmo Zivug de Haka’á repetiu-se na Massach no Kli de Malchut que contém apenas Aviut de Bechiná Bet. Assim, dez Sefirot, de Rosh e Guf, no nível de Biná emergiram nele. Isto é chamado Partzuf SAG de AK. Faltam-lhe os dois Kelim, ZA e Malchut e duas Luzes, Chaiá e Yechidá.
Depois o Zivug de Haka’á emergiu numa Massach que tem somente Aviut de Bechiná Álef. Portanto, dez Sefirot de Rosh e Guf, emergiram no nível de Tiféret, faltando três Kelim, Biná, ZA e Malchut e três Luzes, Neshamá, Chaiá e Yechidá. Ele tem somente as Luzes de Ruach e Néfesh, vestidas nos Kelim Kéter e Chochmá. Isso é chamado Partzuf MA e BON de AK. Lembre-se da relação inversa entre os Kelim e as Luzes (como mencionado no item 24).
29) Assim, explicamos o surgimento dos cinco Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG, MA, BON, um abaixo do outro. A cada inferior falta a Bechiná Mais Alta de seu superior. Assim, o Partzuf AB não tem a Luz de Yechidá, o Partzuf SAG não tem a Luz de Chaiá, tal como o seu superior, AB a tem. Partzuf MA e BON não têm a Luz de Neshamá, que o seu superior SAG, tem.
Isto é assim, porque depende da medida de Aviut na Massach onde o Zivug de Haka’á ocorre (item 18). Todavia, devemos entender quem e o que fez a Massach diminuir gradualmente sua Aviut, Bechiná por Bechiná, até que ele se dividiu em cinco níveis que existem nestes cinco tipos de Zivúgim (plural de Zivug – acoplamento).
A HIZDAKCHUT DA MASSACH DE ATZILUT DO PARTZUF
30) Para entender a questão de concatenação dos graus pelos cinco níveis, um abaixo do outro, explicado anteriormente sobre os cinco Partzufim de AK, bem como em todos os graus que aparecem nos cinco Partzufim de cada mundo dos quatro mundos ABYA, através de Malchut de Assiá, precisamos entender completamente a questão da Hizdakchut (purificação) da Massach de Guf, implementada em cada um dos Partzufim de AK, o mundo de Nekudim e o mundo do Tikun (correção).
31) O fato é que não há Partzuf, ou qualquer grau inteiro, que não contenha duas Luzes, chamadas Ohr Makif (Luz Circundante) e Ohr Pnimi (Luz Interna) e vamos explica-las em AK. O Ohr Makif do primeiro Partzuf de AK é a Luz de Ein Sóf, que preenche toda a realidade. Após Tzimtzum Álef e a Massach que foi erguido em Malchut, houve um Zivug de Haka’á da Luz de Ein Sóf naquele Massach. E usando o Ohr Chozêr que a Massach levantou, ele redesenhou a Luz Superior para o mundo, limitado na forma das dez Sefirot de Rosh e dez Sefirot de Guf (item 25).
Todavia esta extensão a partir de Ein Sóf no Partzuf AK não preenche toda a realidade, como antes do Tzimtzum. Ao invés, isto é discernido com um Rosh e um Sóf.
- De Cima para baixo – sua Luz para no ponto deste mundo, a qual é a Malchut Mesayémet (Finalizadora), como no verso, “E Seus pés manter-se- ão… sob o Monte das Oliveiras”.
- E do interior para o exterior, porque assim como existem dez Sefirot KACHÁB TUM de Cima para baixo, e Malchut conclui AK de baixo, existem dez Sefirot KACHÁB TUM do interior para o exterior, chamadas Môcha, Atzamot, Gidim, Bassar e Ohr. O Ohr é Malchut, a qual termina o Partzuf do lado de fora. A este respeito, Partzuf AK é considerado uma mera linha tênue comparada com Ein Sóf, o qual preenche toda a realidade. Isto é assim porque Partzuf Ohr a acaba e a limita de todos os lados, do exterior, e não pode expandir-se e preencher de forma completa o espaço restrito. Portanto somente uma linha tênue se mantém no meio do espaço.
E a medida de Luz recebida em AK, a linha tênue, é chamada de Ohr Pnimi. A diferença entre Ohr Pnimi em AK e a Luz de Ein Sóf antes do Tzimtzum é chamada de Ohr Makif, uma vez que ela se mantém como Ohr Makif em volta do Partzuf de AK, tal como ela não podia se vestir dentro do Partzuf.
32) Isto esclarece minuciosamente o significado de Ohr Makif de AK, cuja imensidão é incomensurável. Todavia, isto não significa que Ein Sóf, que preenche toda a realidade, é em si própria considerada Ohr Makif de AK. Ao contrário, isto significa que um Zivug de Haka’á foi feito em Malchut do Rosh de AK, que Ein Sóf golpeou a Massach ali posicionada. Em outras palavras, ela quis revestir-se em Bechiná Dálet de AK, como antes da Tzimtzum, mas a Massach em Malchut de Rosh AK golpeou-
- Isto significa que ela deteve-a de se espalhar em Bechiná Dálet e a repeliu (item 14). Este Ohr Chozêr que emergiu do empurrão para trás da Luz tornou-se Kelim para também vestir a Luz Superior.
No entanto existe uma grande diferença entre a recepção em Bechiná Dálet antes do Tzimtzum e a recepção de Ohr Chozêr depois do Tzimtzum, como agora ela vestiu somente uma linha tênue no Rosh e Sóf. Isto é o que a Massach fez através de choque com a Luz Superior. E na medida em que foi rejeitada de AK pela Massach, a medida completa da Luz Superior de Ein Sóf que queria revestir-se em Bechiná Dálet – se não tivesse sido pela Massach que a deteve – tornou-se Ohr Makif circundando AK.
A razão é que não existe mudança ou ausência na espiritualidade. E uma vez que a Luz de Ein Sóf é atraída para AK, para vestir-se em Bechiná Dálet, isto, portanto precisa ser assim.
Assim, embora a Massach agora a tenha a detido e repelido, isto não nega a extensão de Ein Sóf. Ao contrário, isto a sustenta, mas de uma maneira diferente, através da multiplicação de Zivúgim (plural de Zivug) nos cinco mundos de AK e ABYA, até o final da correção, quando Bechiná Dálet esta completamente corrigida através deles. Neste tempo, Ein Sóf se revestirá nela como no início.
Portanto, nenhuma mudança ou ausência foi efetivada lá pelo choque da Massach com a Luz Superior. Este é o significado sobre o que está escrito no Zohar, “O Zivug de Ein Sóf não desce até que lhe é dada seu par”. Enquanto isto, ou seja, até aquele momento, é considerado que esta Luz de Ein Sóf tornou-se Ohr Makif, significando que ela se revestirá nela no futuro. Por ora, ela a circula e brilha sobre ela a partir do exterior com certa iluminação. Esta iluminação condiciona-a para expandir-se pelas leis certas que a trarão para receber este Ohr Makif na medida em que Ein Sóf foi inicialmente atraída para ela.
33) Agora nós esclarecemos esta questão da Bitush (batida) de Ohr Pnimi e Ohr Makif uma contra a outra, a qual produz a Hizdakchut (purificação) da Massach e a perda da última Bechiná de Aviut. Como estas duas luzes são opostas, todavia conectadas através da Massach em Malchut de Rosh de AK, elas batem e se chocam uma contra a outra.
Interpretação: O Zivug de Haka’á no Pê (boca) de Rosh de AK na Massach em Malchut de Rosh, chamada Pê, foi a razão para o revestimento de Ohr Pnimi de AK por Ohr Chozêr ela ergueu-se, e também a razão para a saída de Ohr Makif de AK. Porque ela deteve a Luz de Ein Sóf de vestir-se em Bechiná Dálet, a Luz saiu na forma de Ohr Makif.
Em outras palavras, aquela parte inteira de Luz que Ohr Chozêr não pode vestir, como Bechiná Dálet em si, saiu e tornou-se Ohr Makif. Portanto, a Massach no Pê é a razão de Ohr Makif, assim como ela é a razão para Ohr Pnimi.
34) Nós aprendemos que ambas Ohr Pnimi e Ohr Makif estão conectadas na Massach, mas em ações opostas. E tal como a Massach se estende parte da Luz Superior dentro do Partzuf através de Ohr Chozêr que a veste, isto conduz Ohr Makif a distanciar-se de revestir a Massach.
E já que parte da Luz que fica do lado de fora, pois Ohr Makif é muito larga, devido a Massach que a detém de vestir AK, isto é considerado que ela choca-se na Massach e a remove, uma vez que ela quer revestir dentro do Partzuf. Em contraste, isto é considerado que a força de Aviut e Kashiut na Massach choca-se com Ohr Makif, a qual quer cobrir dentro dela, e a detém, pois ela choca-se com a Luz Superior durante o Zivug. Estas batidas que Ohr Makif e Aviut na Massach batem-se uma na outra são chamadas de Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi.
Todavia, esta Bitush entre elas ocorreu somente no Guf do Partzuf, uma vez que o cobrimento da Luz nos Kelim, o qual deixa Ohr Chozêr fora do Kli, ali é aparente. Entretanto, esta Bitush não se aplica para as dez Sefirot de Rosh, uma vez que Ohr Chozêr ali não é considerada Kelim, ou seja, o que for, mas como meras e finas raízes. Por esta razão, a Luz nelas não é relacionada como limitação de Ohr Pnimi, para o ponto de distinção entre esta e a Luz que permanece fora como Ohr Makif. E uma vez que esta distinção entre elas não existe, não há batida de Ohr Pnimi e Ohr Makif nas dez Sefirot de Rosh.
Somente uma vez que as Luzes se estendem do Pê para baixo das dez Sefirot de Guf, onde as Luzes cobrem os Kelim, as quais são as dez Sefirot de Ohr Chozêr do Pê abaixo, existe batida ali entre Ohr Pnimi dentro dos Kelim e Ohr Makif que permaneceu do lado de fora.
35) A Bitush continuou até que Ohr Makif purificou a Massach de todos os seus Aviut e a elevou para sua Raiz Superior no Pê de Rosh. Isto significa que ela purificou todos Aviut de Cima para baixo, chamada Massach e Aviut de Guf, deixando-a com somente Shóresh (raiz) de Guf, a Massach de Malchut de Rosh, chamada de Pê. Em outras palavras, ela tinha sido purificada de seus Aviut inteiros de baixo para Cima que é o divisor entre Ohr Pnimi e Ohr Makif, deixando somente a Aviut de baixo para Cima, onde a distinção entre Ohr Pnimi e Ohr Makif ainda não ocorreu.
É sabido que a Similaridade de Forma junta espirituais em um. Portanto, uma vez que a Massach de Guf tenha sido purificada de todos Aviut de Guf, deixando nela somente Aviut que é igual a da Massach do Pê de Rosh, sua forma foi equalizada com a Massach de Rosh. Portanto, ela foi integrada e tornou-se literalmente uma com ela, uma vez que não havia nada para dividi-las em duas. Isto é considerado que a Massach de Guf subiu para o Pê de Rosh.
E uma vez que a Massach de Guf foi integrada na Massach de Rosh, ela se reincluiu no Zivug de Haka’á na Massach do Pê de Rosh, e um novo Zivug de Haka’á foi feito com ela. Consequentemente, dez novas Sefirot, em um novo nível, emergiram nele, chamado AB de AK ou Partzuf Chochmá de AK. Isto é considerado “um filho”, um descendente do primeiro Partzuf de AK.
36) E após Partzuf de AB de AK emergir, completo com Rosh e Guf, a Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi se repetiu ali, também, assim como foi explicado acima no que concerne ao primeiro Partzuf de AK. Sua Massach de Guf foi purificada de todos os seus Aviut de Guf, também, até ela equalizar sua forma com sua Massach de Rosh e então ter sido incluída no Zivug em seu Pê de Rosh.
A seguir, um novo Zivug de Haka’á foi feito nele, produzindo um novo nível de dez Sefirot no nível de Biná, chamado SAG de AK. Isto é considerado o filho e um descendente do Partzuf AB de AK, uma vez que emergiu do seu Zivug no Pê de Rosh. E os Partzufim de SAG de AK para baixo emergiram de maneira similar.
37) Portanto nós explicamos o surgimento dos Partzufim um abaixo do outro pela força da Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, a qual purifica a Massach de Guf até que ela a traz de volta para o estado da Massach de Pê de Rosh. Neste tempo, ela é incluída ali no Zivug de Haka’á, o qual se desdobra no Pê de Rosh, e através deste Zivug emite um novo nível de dez Sefirot. Este novo nível é considerado o filho do Partzuf anterior.
Desta maneira, AB emergiu do Partzuf Kéter, SAG do Partzuf AB, MA do Partzuf SAG, e assim por diante com o resto dos degraus em Nekudim e ABYA. Todavia, nós ainda precisamos entender porque as dez Sefirot emergiram somente em Bechiná Guimel, e não em Bechiná Dálet, e porque SAG somente em Bechiná Bet, etc., significando que cada um mais baixo é inferior ao seu superior por um degrau. Porque eles não emergiram um depois do outro no mesmo nível?
38) Primeiro, nós precisamos entender porque as dez Sefirot de AB são consideradas uma ramificação do primeiro Partzuf de AK, uma vez que ele emergiu do Zivug no Pê de Rosh do primeiro Partzuf, assim como as dez Sefirot do Guf do Partzuf nele mesmo. Portanto, de que maneira ele saiu do primeiro Partzuf, para ser considerado um segundo Partzuf e seu desdobramento?
Aqui você necessita entender a grande diferença entre a Massach de Rosh e a
Massach de Guf. Existem dois tipos de Malchut no Partzuf.
- A Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) – com a Luz Superior – pela força da Massach erguida nela.
- A Malchut Mesayémet (Finalizadora) – a Luz Superior nas dez Sefirot do Guf – pela força da Massach erguida nela.
A diferença entre elas é tão grande quanto à diferença entre o Emanador e o emanado. Malchut de Rosh, a qual se copula em um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, é considerada “A Emanador do Guf”, uma vez que a Massach erguida nela não rejeitou a Luz Superior tal como ela chocou-se com a Massach. Ao contrário, através de Ohr Chozêr que ela levantou, ela vestiu e estendeu a Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh. Portanto, ela expandiu de Cima para baixo, até que as dez Sefirot da Luz Superior cobriram no Kli de Ohr Chozêr, chamado de Guf.
Por esta razão, a Massach e Malchut do Rosh são consideradas Emanadoras das dez Sefirot do Guf, e nenhuma limitação ou rejeição são visíveis naquela Massach e Malchut. Todavia, a Massach e Malchut de Guf, que é, após as dez Sefirot terem se expandido do Pê de Rosh do Acima para baixo, espalharam-se somente abaixo de Malchut naquelas dez Sefirot. Isto é porque a Luz Superior não pode espalhar-se dentro de Malchut. Por esta razão, o Partzuf para aqui, e o fim e a conclusão do Partzuf são feitas.
Portanto, todo o poder do Tzimtzum e limitação aparecem apenas nesta Massach e na Malchut do Guf. Por esta razão, toda a Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi é somente feita na Massach do Guf, pois isto é que limita e empurra Ohr Makif para longe e de brilhar no Partzuf. Isto não é assim na Massach de Rosh, uma vez que a Massach de Rosh somente estende e veste as Luzes, mas o poder de limitação é ainda completamente oculto nela.
39) A isto se segue que pela força da Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, a Massach da última Malchut tornou-se a Massach e Malchut, e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) mais uma vez (item 35). Isto é porque a Bitush de Ohr Makif purificou a última Massach de todo seu Aviut de Guf, deixando nela somente finas Reshimot (registros) daquela Aviut, igual à Aviut da Massach de Rosh.
É também conhecido que a Similaridade de Forma liga e une os espirituais um ao outro. Portanto uma vez que a Massach de Guf equalizou a forma do seu Aviut com a Massach de Rosh, ela foi imediatamente incluída e elas se tornaram como se fossem uma Massach. Neste estado, ela recebeu força para Zivug de Haka’á, como a Massach de Rosh, e as dez Sefirot do novo nível emergiram nela.
Todavia, conjuntamente com este Zivug, as Reshimot de Aviut de Guf, as quais estavam nele (Aviut de Guf) desde o começo foram renovados na sua Massach de Guf. Naquele estado, a Diferença de Forma entre ela mesma e a Massach de Rosh inclui-se nela uma vez mais, para um extensão. O reconhecimento desta diferença separa e remove-a do Pê de Rosh do Superior, uma vez que após ela ter retornado e sua origem
– do Pê do Superior para baixo – tornou-se conhecida, ela não podia continuar a se manter acima do Pê do Superior, como a Diferença de Forma separa os espirituais um do outro. A isto se segue que ela foi compelida a declinar dali para o lugar do Pê do Superior para baixo.
Portanto, é necessariamente considerada a segunda entidade com respeito ao Superior, assim como até o Rosh do novo nível é considerada meramente o corpo do novo nível, uma vez que ela se estende de sua Massach de Guf. Portanto, esta Diferença de Forma distingue-as em duas entidades separadas. E já que o novo nível é inteiramente um resultado da Massach de Guf do Partzuf anterior, ele é considerado um descendente, tal como um ramo que se estende dele.
40) E existe outra diferença entre o inferior e o Superior: Cada inferior emerge na Massach com um nível diferente do de acima em relação as cinco Bechinot (item 22). Também, cada inferior não tem a Bechiná mais Elevada das Luzes do Superior e a Bechiná mais inferior dos Kelim do Superior. A razão é que esta é a natureza do Bitush de Ohr Makif na Massach para excluir a última Bechiná de sua Aviut.
Por exemplo, no primeiro Partzuf de AK, cuja Massach contém todos os cinco níveis de Aviut, descendo para Bechiná Dálet, o Bitush de Ohr Makif na Massach de Guf purifica completamente a Aviut de Bechiná Dálet, não deixando sequer um Reshimô (singular de Reshimot) daquela Aviut. E somente as Reshimot de Aviut de Bechiná Guimel e Acima permanecem na Massach.
Portanto, quando a Massach está incluído no Rosh e recebe um Zivug de Haka’á na Aviut que permaneceu em seus Reshimot do Guf, o Zivug emerge somente em Bechiná Guimel de Aviut na Massach. Isto, porque a Reshimô de Aviut de Bechiná Dálet se foi dali. Portanto, o nível que emerge naquele Massach é somente no nível de Chochmá, chamado HaVaYaH de AB de AK, ou Partzuf AB de AK.
Nós já aprendemos, no item 22, que o nível Chochmá que emerge na Massach de Bechiná Guimel não tem a Malchut de Kelim e o discernimento nas Luzes, da Luz de Yechidá, que é a Luz de Kéter. Assim o Partzuf AB não tem o último discernimento dos Kelim do Superior e o Mais Alto discernimento das Luzes do Superior. E por causa desta grande disparidade de forma, o inferior é considerado um Partzuf separado do Superior.
41) De modo semelhante, uma vez que o Partzuf AB expandiu-se no Rosh e Guf e lá havia o Bitush de Ohr Makif na Massach de Guf de AB, que é a Massach de Bechiná Guimel, este Bitush cancela e anula a Reshimô de Aviut da última Bechiná na Massach, que é Bechiná Guimel. Disto resulta que durante a ascensão da Massach para o Pê de Rosh e sua inclusão no Zivug de Haka’á, o golpe ocorreu somente na Aviut de Bechiná Bet que permaneceu nesse Massach, uma vez que Bechiná Guimel desapareceu dele. Por isso produz somente dez Sefirot no nível de Biná, chamadas HaVaYaH de SAG de AK, ou Partzuf SAG, faltando-lhe ZA e Malchut nos Kelim, e Chaiá e Yechidá nas Luzes.
Da mesma forma, quando este Partzuf SAG expandiu-se no Rosh e Guf, houve o Bitush de Ohr Makif no seu Massach de Guf, que é a Massach de Bechiná Bet. Este Bitush cancela e anula a última Bechiná de Aviut na Massach – Bechiná Bet – deixando apenas as Reshimot de Aviut da Bechiná Álef e Acima na Massach.
Assim, durante a ascensão da Massach ao Pê de Rosh e a inclusão no Zivug de Haka’á ali, o golpe ocorreu somente na Massach de Bechiná Álef que permaneceu na Massach, já que Bechiná Bet já tinha desaparecido dela. Por esta razão, ela provoca somente dez Sefirot no nível de Tiféret, chamado “o nível de ZA”, faltando-lhe Biná, ZA, e Malchut nos Kelim, e da mesma forma nas Luzes, Neshamá, Chaiá e Yechidá, etc..
42) Isto esclarece completamente a razão para o declínio dos níveis um abaixo do outro durante a concatenação dos Partzufim entre si. É porque o Bitush dos Ohr Makif e Ohr Pnimi, aplicados em cada Partzuf, sempre cancela ali a última Bechiná da Reshimô de Aviut. Porém, devemos saber que existem dois discernimentos nas Reshimot que permanecem na Massach após sua Hizdakchut (purificação):
- Reshimô de Aviut
- Reshimô de Hitlabshut (vestimenta)
Por exemplo, uma vez que a Massach de Guf do primeiro Partzuf em AK foi purificado, dissemos que a última Bechiná das Reshimot de Aviut, a Reshimô de Bechiná Dálet, foi perdido e que tudo o que restou na Massach foi a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel. Porém, embora a Reshimô de Bechiná Dálet contenha dois discernimentos, como já dissemos – Hitlabshut e Aviut – somente a Reshimô de Aviut de Bechiná Dálet havia desaparecido da Massach por aquela Hizdakchut. Mas a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet permaneceu naquele Massach e não desapareceu dele.
Reshimô de Hitlabshut refere-se a uma Bechiná (discernimento) muito sutil da Reshimô de Bechiná Dálet, que não contém Aviut suficiente para o Zivug de Haka’á com a Luz Superior. Este Reshimô permanece a partir da última Bechiná em cada Partzuf durante sua Hizdakchut. E o que dissemos que a última Bechiná desaparece de cada Partzuf durante sua Hizdakchut refere-se nele somente aa Reshimô de Aviut.
43) O resto das Reshimot de Hitlabshut da última Bechiná que ficaram em cada Massach provocaram a descoberta de dois níveis – masculino e feminino – nas cabeças de todos os Partzufim: começando em AB de AK, SAG de AK, MA e BON de AK e em todos os Partzufim de Atzilut. Isto, porque no Partzuf AB de AK, onde há somente Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel na Massach, que provoca dez Sefirot no nível de Chochmá, a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet, que permaneceu ali na Massach, não serve para Zivug com a Luz Superior, devido a sua pureza. Todavia, ele está incluido com a Aviut de Bechiná Guimel e torna-se um só Reshimô, no momento em que a Reshimô de Hitlabshut adquire a força para se acasalar com a Luz Superior. Por esta razão o Zivug de Haka’á com a Luz Superior emergiu nela, provocando dez Sefirot quase ao nível de Kéter.
Isto é assim, porque ela tinha Hitlabshut de Bechiná Dálet. Esta Hitkalelut (mistura/ integração) é chamada Hitkalelut do feminino ao masculino, uma vez que a Reshimô de Aviut de Bechiná Guimel é chamado “feminino”, como ela carrega a Aviut. E a Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Dálet é chamado “masculino” uma vez que ele vem de um lugar mais Alto e porque ele é purificado da Aviut. Portanto, embora a Reshimô do masculino seja insuficiente para um Zivug de Haka’á em si mesmo, se torna adequado para um Zivug de Haka’á através da Hitkalelut do feminino nele.
44) A partir daí, também existe Hitkalelut do masculino no feminino. Isto significa que a Reshimô de Hitlabshut está integrado na Reshimô de Aviut. Isto produz um Zivug de Haka’á somente no nível feminino, o nível de Bechiná Guimel, que é o nível de Chochmá, chamado HaVaYaH de AB. O Zivug Superior, quando o feminino está incluído no masculino, é considerado o nível do masculino, que está próximo ao nível de Kéter. E o Zivug inferior, quando o masculino está incluído no feminino, é considerado o nível feminino, que é somente o nível de Chochmá.
Todavia, a Aviut no nível masculino não vem de si mesmo, mas por meio da Hitkalelut com o feminino. E embora seja suficiente para provocar o nível das dez Sefirot de baixo para Cima, chamado Rosh, este nível ainda não pode se espalhar de Cima para baixo na forma de um Guf, o que significaria a vestimenta das Luzes nos Kelim. Isto é assim, porque um Zivug de Haka’á na Aviut que vem de Hitkalelut é insuficiente para a expansão dos Kelim.
Assim, o nível masculino contém somente um discernimento de Rosh, sem um Guf. O Guf do Partzuf se estende somente do nível feminino, que tem sua própria Aviut. Por esta razão, nomeamos o Partzuf somente após o nível feminino, isto é, Partzuf AB. Isto é assim, porque a essência do Partzuf é o seu Guf – a vestimenta das Luzes nos Kelim. E isto emerge somente do nível feminino, como explicamos. É por isso que após ela o Partzuf é nomeado.
45) E, como explicamos a respeito dos dois níveis – masculino e feminino – no Rosh do Partzuf AB, estes dois emergem precisamente da mesma maneira no Rosh de SAG. Mas ali, o nível masculino é próximo a Chochmá, uma vez que ele é da Reshimô de Hitlabshut de Bechiná Guimel na Hitkalelut de Aviut da Bechiná Bet. E o nível feminino está no nível de Biná, do Aviut de Bechiná Bet. E aqui, também o Partzuf é nomeado somente após o nível feminino, uma vez que o masculino é um Rosh sem um Guf.
Da mesma forma, no Partzuf MA de AK, o nível masculino está próximo ao nível de Biná, chamado “o nível de YESHSUT”, como ele é da Reshimô de Bechiná Bet de Hitlabshut, com Hitkalelut de Aviut de Bechiná Álef, embora o nível feminino seja apenas o nível de ZA, pois é somente Bechiná Álef de Aviut. E aqui, também o Partzuf é chamado apenas após o feminino, isto é, Partzuf MA ou Partzuf VA”K, uma vez que o masculino é um Rosh sem um Guf. Você irá encontra-lo de modo semelhante em todos os Partzufim.
TA’AMIM, NEKUDOT, TAGIN, E OTIYOT.
46) Agora esclarecemos o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, ocorrendo após a expansão do Partzuf para um Guf. Isto causa a purificação da Massach de Guf, todas as Luzes do Guf partem e a Massach com as Reshimot que permanecem nele se elevam para o Pê de Rosh, onde são renovados com um novo Zivug de Haka’á e produzem nas Reshimot um novo nível na medida de Aviut. Agora explanaremos os quatro tipos de Luzes, TANTA (Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot), ocorrendo com o Bitush de Ohr Makif e as subidas da Massach para o Pê de Rosh.
47) Foi explicado que através do Bitush de Ohr Makif na Massach de Guf, ele purifica a Massach de todas as Aviut de Guf até que seja purificado e se iguale aa Massach de Pê de Rosh. A equivalência de forma com o Pê de Rosh os une como um e isto é incluído nele no Zivug de Haka’á.
No entanto, a Massach não é purificada de uma vez, mas gradualmente, primeiro de Bechiná Dálet para Bechiná Guimel, então de Bechiná Guimel para Bechiná Bet, então de Bechiná Bet para Bechiná Álef e então de Bechiná Álef para Bechiná Shóresh. Finalmente, é purificado de todas as suas Aviut e torna-se tão puro como a Massach de Pê de Rosh.
Agora, a Luz Superior não para de brilhar nem por um momento e acopla- se com a Massach em cada estágio de sua Hizdakchut. Isto porque, uma vez que foi purificado de Bechiná Dálet e, o nível de Kéter tenha sido inteiramente removido e, a Massach tenha ido para a Aviut de Bechiná Guimel, a Luz Superior acopla-se aa Massach na Aviut remescente de Bechiná Guimel e produz dez Sefirot no nível de Chochmá.
Depois, quando a Massach se afasta de Bechiná Guimel e o nível de Chochmá também parte, deixando somente Bechiná Bet na Massach, a Luz Superior acopla-se com ele em Bechiná Bet e produz dez Sefirot no nível de Biná. Então, quando ele também foi purificado da Bechiná Bet e este nível partiu, deixando nele somente Aviut da Bechiná Álef, a Luz Superior acopla-se com a Massach na Aviut da Bechiná Álef remescente e, produz dez Sefirot no nível de ZA. E quando ele também foi purificado de Aviut de Bechiná Álef e o nível de ZA partiu, ele fica somente com o Shóresh (raiz) de Aviut.
Nesse estado, a Luz Superior faz um Zivug na Aviut Shóresh que permanece na Massach e produz dez Sefirot no nível de Malchut. E quando a Massach também é purificado de Aviut Shóresh, o nível de Malchut também parte de lá, uma vez que nenhuma Aviut de Guf permanece ali. Naquele estado, se considera que a Massach e seus Reshimot elevaram-se e se uniram com a Massach de Rosh, tornaram-se ali incluídos em um Zivug de Haka’á e produziram dez novas Sefirot sobre ele, chamadas uma “criança” e uma “consequência” do primeiro Partzuf.
Portanto explicamos que o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi que purificam a Massach de Guf do primeiro Partzuf de AK e elevam-no para o seu Pê de Rosh, pelo qual o segundo Partzuf, AB de AK, emerge, ele não é feito de uma só vez. Ao contrário, isto ocorre gradualmente, uma vez que a Luz Superior acopla-se com ele em cada estado nos quatro graus que atravessa durante sua Hizdakchut, até que ele se equalize com o Pê de Rosh.
E como isso foi explicado em relação à estimulação dos quatro níveis durante a Hizdakchut do Guf do primeiro Partzuf para o propósito de AB, três níveis emergem durante o período Hizdakchut da Massach de Guf do Partzuf AB, como ele emana Partzuf SAG e da mesma forma em todos os graus. A regra é esta: Um Massach não se purifica de uma vez, mas gradualmente. E a Luz Superior, que não para de se espalhar para o inferior, acopla-se com este em cada grau ao longo da sua purificação.
48) Todavia, estes níveis que emergem na Massach durante sua Hizdakchut gradual, não são considerados Hitpashtut dos graus reais, como o primeiro nível que emergiu antes do começo da Hizdakchut. Ao contrário, eles são considerados Nekudot, e são chamados de Ohr Chozêr e Din (julgamento), uma vez que a força de Din da partida das Luzes está misturada nelas. Isto é assim, porque no primeiro Partzuf, tão logo o Bitush começou a ocorrer e, purificou a Massach de Guf de Bechiná Dálet, ele é considerado como tendo sido completamente purificado, pois não existe “mais ou menos” no espiritual.
E já que ele começou a se purificar, tinha que se purificar completamente. Todavia, uma vez que a Massach se purifica gradualmente, existe tempo para que a Luz Superior acople-se com ele em cada grau de Aviut que a Massach assume durante sua Hizdakchut, até que esteja completamente purificado. Assim, a força de partida se mistura com os níveis que emergem durante sua partida e elas são consideradas apenas Nekudot, Ohr Chozêr e Din.
É por isto que discernimos dois tipos de níveis em cada Partzuf: Taamin e Nekudot. Isto é assim porque as primeiras dez Sefirot de Guf que emergem em cada Partzuf são chamadas Ta’amim e os níveis que emergem no Partzuf na medida em que se purifica, após a Massach já tinham começado a se purificar até que alcancem Pê de Rosh são chamadas Nekudot.
49) As Reshimot que permanecem abaixo, no Guf, após a partida das Luzes de Ta’amim, são chamados Tagin e as Reshimot que permanecem dos níveis de Nekudot são chamados Otiyot, que são Kelim. Também os Tagin, que são as Reshimot das Luzes de Ta’amim, pairam sobre as Otiyot e os Kelim e os sustentam.
Assim, aprendemos os quatro tipos de Luzes, chamadas Ta’amim, Nekudot, Tagin, Otiyot. O primeiro nível a emergir em cada Partzuf dos cinco Partzufim chamados Galgálta, AB, SAG, MA e BON é chamado Ta’amim. Os níveis que emergem em cada Partzuf uma vez que ele começou a se purificar, até que esteja completamente purificado, são chamados de Nekudot. As Reshimot que permaneceram das Luzes de Ta’amim em cada nível, após sua partida são chamados de Tagin e as Reshimot que permanecem das Luzes dos níveis de Nekudot após suas partidas são chamados de Otiyot ou Kelim. Lembre-se que em todos os cinco Partzufim chamados Galgálta, AB, SAG, MA e BON, para todos eles há Hizdakchut e todos eles têm estes quatro tipos de Luzes.
O ROSH, TOCH, SÓF EM CADA PARTZUF E A ORDEM DE HITLABSHUT DOS PARTZUFIM UM NO OUTRO.
50) Você já sabe a diferença entre as duas Malchuyot em cada Partzuf – a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) e a Malchut Mesayémet (Finalizadora). Dez Sefirot de Ohr Chozêr emergem da Massach na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento), vestindo as dez Sefirot da Luz Superior, chamadas “dez Sefirot de Rosh”, ou seja, somente raízes.
Daí para baixo, as dez Sefirot de Guf do Partzuf se expandem na forma de Hitlabshut (vestimenta) das Luzes nos Kelim completos.
Estas dez Sefirot de Guf são divididas em dois discernimentos de dez Sefirot: dez Sefirot de Toch (interiores) e dez Sefirot de Sóf (final/conclusão). A posição das dez Sefirot de Toch é do Pê ao Tabúr (umbigo), o lugar da vestimenta das Luzes nos Kelim. As dez Sefirot do final do Partzuf estão posicionadas do Tabúr para baixo para o Siúm Raglin (fim das pernas/pés).
Isto significa que Malchut termina cada Sefirá até que ele chegue a sua própria posição, que é incapaz para receber qualquer Luz, por isso ai termina o Partzuf. Esta interrupção é chamada de “o fim dos Etzbaot Raglin (dedos dos pés) do Partzuf” e dai para baixo, é um espaço vazio, um vazio sem Luz.
Saiba que estes dois tipos de dez Sefirot se estendem das dez Sefirot raiz, chamadas Rosh, uma vez que ambas estão incluídas na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento). Isto é assim porque ali existe a força das vestes – Ohr Chozêr que se eleva e reveste a Luz Superior. Existe também a força de detenção da Massach sobre Malchut por isso ela não recebe a Luz pela qual o Zivug de Haka’á que eleva Ohr Chozêr foi feito. No Rosh estas duas forças são apenas raízes.
Todavia, quando elas se expandem de Cima para baixo, a primeira força, que é uma força de vestimenta, é executada nas dez Sefirot de Toch, do Pê para baixo, até o Tabúr. E, a segunda força, que detém Malchut de receber Luz, é executada nas dez Sefirot de Sóf e Siúm, do Tabúr para baixo, para o final dos Etzbaot Raglin.
Estes dois tipos de dez Sefirot são sempre chamados CHAGAT NEHY”M. Todas as dez Sefirot de Toch, do Pê ao Tabúr, são chamadas de CHAGAT, e todas as dez Sefirot de Sóf do Tabúr para baixo são chamadas de NEHY”M.
51) Devemos também saber que a questão do Tzimtzum foi somente em Ohr Chochmá, cujo Kli é o desejo de receber que acaba em Bechiná Dálet, onde ocorreram o Tzimtzum e a Massach. Todavia, ali não existia nenhum Tzimtzum sobre Ohr de Chassadim, uma vez que seu Kli é o desejo de doar, no qual não existem Aviut e disparidade de forma do Emanador e não necessita quaisquer correções.
Portanto, nas dez Sefirot da Luz Superior estas duas Luzes, Chochmá e Chassadim, estão conectadas juntas sem nenhuma diferença entre elas, uma vez que são uma Luz que se expande de acordo com sua qualidade. Por esta razão, quando elas vêm para vestir nos Kelim após o Tzimtzum, o Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia) também se detém em Malchut embora ela não seja restringida. Isto é assim, porque se Ohr Chassadim se expandisse no lugar onde Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) não pudesse se expandir nem em pequena quantidade – a Malchut Mesayémet (Finalizadora) – existiria uma quebra na Luz Superior, pois o Ohr Chassadim teria de ser completamente separado de Ohr Chochmá. Assim, a Malchut Mesayémet (Finalizadora) tornou-se um espaço vazio, desprovida até mesmo de Ohr Chassadim.
52) Agora, podemos entender o conteúdo das dez Sefirot de Sóf do Partzuf do Tabúr para baixo. Não se pode dizer que elas são consideradas somente Ohr Chassadim, sem nenhuma Chochmá, uma vez que Ohr Chassadim nunca está completamente separada de Ohr Chochmá. Ao contrário, também é necessária uma pequena iluminação de Ohr Chochmá nelas. Você deve saber que sempre chamamos esta pequena iluminação “VA”K sem um Rosh”. Portanto, os três discernimentos das dez Sefirot no Partzuf chamados Rosh, Toch e Sóf foram explicados.
53) E agora explicaremos a ordem de vestimenta dos Partzufim Galgálta, AB e SAG de AK um sobre o outro. Saiba que cada inferior emerge da Massach de Guf do Superior, uma vez que foi purificado e equalizou sua forma com a Malchut e a Massach no Rosh. Isto é assim porque então ele está incluído na Massach no Rosh, no Zivug de Haka’á que ocorre nele.
E uma vez que ele sofre o Zivug de Haka’á nos dois Reshimot – Aviut e Hitlabshut – que permanecem na Massach de Guf, sua Aviut é reconhecida como Aviut de Guf. Através deste reconhecimento, é discernido que o nível emerge do Rosh do primeiro Partzuf de AK, desce e veste seu Guf, ou seja, na sua raiz, uma vez que ela é da Massach de Guf.
Certamente, a Massach com a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do novo Partzuf teve que descer para o lugar do Tabúr do primeiro Partzuf, uma vez que a Massach de Guf com a Malchut Mesayémet (Finalizadora) do primeiro Partzuf começa ali. Também, a raiz do novo Partzuf e seu controle está lá. Todavia, a última Bechiná de Aviut desapareceu da Massach pelo Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif (item 40) e somente Aviut de Bechiná Guimel ficou na Massach. Esta Bechiná Guimel de Aviut é chamada Chazê (peito). Por esta razão, a Massach e a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do novo Partzuf não tem poder e raiz no Tabúr do Superior, mas somente no seu Chazê, onde está ligado tal como um ramo a sua raiz.
54) Portanto, a Massach do novo Partzuf desce para o lugar do Chazê do primeiro Partzuf, onde provoca dez Sefirot de Rosh desta e acima através de um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, até o Pê do Superior – Malchut de Rosh do primeiro Partzuf. Mas o inferior não pode de modo algum vestir as dez Sefirot de Rosh do Partzuf Superior, já que este é considerado meramente a Massach de Guf do Superior. Posteriormente, ele gera dez Sefirot de Cima para baixo, chamadas “dez Sefirot de Guf” no Toch e Sóf do inferior.
O lugar deles está somente abaixo do Chazê do Partzuf Superior para o seu Tabúr, uma vez que do Tabúr para baixo é o lugar das dez Sefirot do Siúm do Superior, sendo Bechiná Dálet. O inferior não tem poder algum sobre a última Bechiná do Superior, uma vez que ele o perdeu durante sua Hizdakchut (refinamento) (item 40). Por esta razão, o Partzuf inferior, chamado Partzuf Chochmá de AK, ou Partzuf AB de AK, deve terminar acima do Tabúr do primeiro Partzuf de AK.
Assim, foi completamente esclarecido que cada Rosh, Toch, Sóf do Partzuf AB de AK, que é o inferior do primeiro Partzuf de AK, se mantém do lugar abaixo do Pê do primeiro Partzuf descendo ao seu Tabúr. Assim, o Chazê do primeiro Partzuf é o lugar do Pê do Rosh do Partzuf AB, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) e o Tabúr do primeiro Partzuf são o lugar do Siúm Raglin do Partzuf AB, isto é, a Malchut Mesayémet (Finalizadora).
55) Tal como já foi explicado em relação à ordem do surgimento do Partzuf AB desde o primeiro Partzuf de AK, é a mesma em todos os Partzufim, até o fim do mundo de Assiá. Cada inferior emerge da Massach de Guf do seu Superior, após ele ter sido purificado e incluído ali na Massach de Malchut de Rosh do Superior no Zivug de Haka’á.
Depois, ele sai dali para seu ponto de fixação no Guf do Superior e provoca em seu lugar, as dez Sefirot de Rosh de baixo para Cima, através de um Zivug de Haka’á com a Luz Superior. Também ela se expande de Cima para baixo dentro das dez Sefirot de Guf em Toch e Sóf, com foi explicado no Partzuf AB de AK. Todavia, existem diferenças em relação ao final do Partzuf, tal como está escrito em outro lugar.
TZIMTZUM BET, CHAMADA DE TZIMTZUM NEHY DE AK.
56) Assim, explicamos completamente a questão do Tzimtzum Álef (a primeira restrição) realizada no Kli de Malchut – Bechiná Dálet – para ela não receber a Luz Superior dentro dela. Também explicamos a questão da Massach e seu Zivug de Haka’á com a Luz Superior, que eleva Ohr Chozêr. Estes Ohr Chozêr tornam-se novos vasos de recepção ao invés de Bechiná Dálet.
Também explicamos a Hizdakchut da Massach de Guf, feita nos Gufim (plural de Guf) de cada Partzuf pelo Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, que produz os quatro discernimentos TANTA do Guf de cada Partzuf e eleva a Massach de Guf a ser considerado a Massach de Rosh. Isto o qualifica para um Zivug de Haka’á com a Luz Superior, no qual outro Partzuf nasce em um grau abaixo do Partzuf anterior. Finalmente explicamos o surgimento dos três primeiros Partzufim de AK, chamados Galgálta, AB, SAG e a ordem de como se vestem um no outro.
57) Saiba que nestes três Partzufim, Galgálta, AB e SAG de AK não há sequer uma raiz para os quatro mundos ABYA, uma vez que aqui, não há sequer espaço para os três mundos de BYA. Isto, porque o Partzuf interno de AK estendeu para baixo para o ponto deste mundo e, a raiz da correção desejável, que foi a causa para o Tzimtzum, não foi revelada. Isto é assim, porque a propósito do Tzimtzum que se desdobrou em Bechiná Dálet era para corrigi-la, de forma que não existiria disparidade de forma dentro dela, uma vez que ela recebe a Luz Superior (item 14).
Em outras palavras, para criar o Guf de Adam daquela Bechiná Dálet, tornará a força de recepção em Bechiná Dálet para ser com a finalidade de doar, através de seu engajamento em Torá e Mitzvot a fim de dar contentamento ao seu Fazedor. Por isto, ele equalizará a forma de recepção em doação completa e este seria o fim da correção, já que isto traria Bechiná Dálet de volta para ser um vaso de recepção da Luz Superior, estando em completa Dvekút (adesão) com a Luz, sem nenhuma disparidade de forma.
Todavia, até aqui, a raiz desta correção não foi revelada, pois isto requer que o homem (Adam) seja incluído com as Bechinot superiores, acima de Bechiná Dálet, de modo a estar apto para executar boas ações de doação. E se Adam tivesse abandonado o estado dos Partzufim de AK, ele teria ficado completamente no estado de espaço vazio. Isto, porque então a Bechiná Dálet inteira, que deve ser a raiz do Guf de Adam, estaria abaixo dos Raglaim (pés) de AK, na forma de um espaço vazio e escuro, como seria de forma oposta da Luz Superior. Portanto, ele seria considerado separado e morto.
E, se Adam tivesse sido criado a partir disso, não teria sido capaz de corrigir suas ações, quaisquer que fossem, uma vez que não existiriam centelhas de doação nele. Ele seria considerado um animal que não tem nada da forma de doação e cuja vida seria apenas para si próprio. Isto seria como os ímpios que estão imersos no desejo de auto recepção, “e até mesmo a generosidade que eles fazem, a fazem para si próprios”. É dito a respeito deles, “os perversos – durante suas vidas são chamados ‘mortos’, já que estão em oposição de forma da Vida das Vidas”.
58) Este é o significado das palavras dos nossos sábios: “No princípio, Ele contemplou criar o mundo com a qualidade de Din (julgamento). Ele viu que o mundo não existe e precedeu a qualidade de Rachamim (misericórdia) e associou-a com a qualidade de Din (Bereshit Raba, 12). Isto significa que cada “primeiro” e “próximo” na espiritualidade refere-se à causa e consequência.
É por isso que está escrito que a primeira razão para os mundos, isto é os Partzufim de AK, emanados antes de todos os mundos, foram emanados na qualidade de Din, isto é, apenas em Malchut, chamada Midat haDin (qualidade de julgamento). Isto se refere à Bechiná Dálet que foi restringida e partiu como um espaço vazio e a conclusão dos Raglaim de AK, isto é, o ponto deste mundo, abaixo do Siúm dos Raglaim de AK, na forma de espaço vazio desprovido de qualquer Luz.
“Ele viu que o mundo não existe” isto é, que deste modo, ele era impossível para Adam, que seria criado desta Bechiná Dálet, para adquirir atos de doação então, o mundo seria corrigido na quantidade desejada por ele. Isto é porque ele “associou a qualidade Rachamim com a qualidade de Din”.
Explicação: A Sefirá (singular de Sefirot) Biná é chamada Midat haRachamim (qualidade da misericórdia) e a Sefirá Malchut é chamada Midat haDin, uma vez que o Tzimtzum foi feito nela. O Emanador elevou Midat haDin, que é a força concludente feita na Sefirá Malchut e a elevou para Biná – Midat haRachamim. Ele as associou uma com a outra e, através desta associação, Bechiná Dálet – Midat haDin – foi incorporada com as centelhas de doação no Kli de Biná.
Isto permitiu que o Guf de Adam, que emergiu de Bechiná Dálet, integrar-se também com a qualidade de doação. Assim, ele será capaz de executar boas ações com a intenção de dar contentamento ao seu Fazedor, até que ele transforme a qualidade de recepção nele para ser inteiramente com a intenção de doar. Assim, o mundo alcançará a correção desejada pela criação do mundo.
59) Esta associação de Malchut em Biná ocorreu no Partzuf SAG de AK e estimulou um segundo Tzimtzum nos mundos, de si próprio para baixo. Isto, porque um novo Siúm na Luz Superior foi feito sobre ele, isto é, no lugar de Biná. Segue-se que a Malchut Mesayémet (Finalizadora) que permaneceu no Siúm Raglaim de SAG de AK, acima do ponto deste mundo, elevou-se e finalizou a Luz Superior na metade de Biná de Guf de SAG de AK, chamada Tiféret, uma vez que KACHÁB de Guf é chamada CHAGAT. Assim, Tiféret é Biná de Guf.
Também, a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) que permaneceu no Pê de Rosh de SAG de AK, subiu para o lugar de Nikvey Eynaim (pupilas) de AK, que é metade de Biná de Rosh. Então, foi feito ali um Zivug para MA de AK, em Nikvey Eynaim, chamado “o mundo de Nekudim”.
60) Isto também é chamado Tzimtzum NEHY de AK. Isto, porque SAG de AK, que acabou de igual maneira com Partzuf Galgálta de AK, acima do ponto deste mundo, acaba acima do Tabúr do AK interior através da associação e ascensão de Malchut para o lugar de Biná, na metade de Tiféret, que é metade de Biná de Guf de AK interior. Isto é assim, porque a Malchut final, subiu para aquele lugar e deteve a Luz Superior de se espalhar dali para baixo.
Por esta razão, um espaço vazio foi feito ali, desprovido de Luz. Assim, TNEHY (Tiféret, Netzach, Hod, Yessód) de SAG tornaram-se restritas e desprovidas da Luz Superior. É por isto que Tzimtzum Bet (segunda restrição) é chamado Tzimtzum NEHY de AK, uma vez que através do novo Siúm no lugar do Tabúr, NEHY de SAG de AK foram esvaziados de suas Luzes.
Também se considera que ACHÁP de Rosh de SAG afastou o grau de Rosh de SAG e se tornou seu Guf, uma vez que a Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) subiu para Nikvey Eynaim e as dez Sefirot de Rosh emergiram da Massach em Nikvey Eynaim e Acima. Também, de Nikvey Eynaim para baixo, ele é considerado o Guf do Partzuf, uma vez que ele pode somente receber iluminação de Nikvey Eynaim e abaixo, que é considerado Guf.
O nível destas dez Sefirot que emergiram em Nikvey Eynaim de SAG de AK são as dez Sefirot chamadas “o mundo de Nekudim”. Elas desceram a partir de Nikvey Eynaim de SAG para seu lugar abaixo do Tabúr do AK interior, onde se expandiram com Rosh e Guf. Saiba que este novo Siúm, feito no lugar de Biná de Guf, é chamado Parsá. Também, existe internalidade e externalidade aqui e, somente as dez Sefirot externas são chamadas “o mundo de Nekudim”, enquanto as dez Sefirot internas são chamadas MA e BON de AK em si.
61) Todavia, devemos entender que uma vez que as dez Sefirot de Nekudim e MA de AK foram emanadas e emergiram de Nikvey Eynaim de Rosh de SAG, deveriam ter vestido SAG de seu Pê de Rosh e abaixo, tal como os outros Partzufim, onde cada inferior veste seu superior, de Pê de Rosh para baixo. Porque não foi assim? Porque desceram e vestiram o lugar abaixo do Tabúr de AK? Para compreendermos isto, precisamos entender completamente como esta associação ocorreu, quando Biná e Malchut estavam conectadas em unidade.
62) A questão é que durante o emergir do Partzuf SAG, ele acabou inteiramente acima do Tabúr do AK interior, como foi explicado sobre Partzuf AB de AK. Elas não puderam se espalhar do Tabúr para baixo, já que o governo de Bechiná Dálet do AK interior começa ali, em suas dez Sefirot de Siúm e não há nada de Bechiná Dálet ou o que quer que seja nos Partzufim AB e SAG (item 54).
Todavia, quando Nekudot de SAG de AK começaram a emergir, após a Massach de SAG, que é Bechiná Dálet de Aviut, foram purificados através do Bitush de Ohr Makif neles, e vieram para Bechiná Bet de Hitlabshut e Bechiná Álef de Aviut, os Taamin de SAG partiram. Então, o nível de Nekudot surgiu na Aviut que permaneceu na Massach, em VA”K sem um Rosh.
Isto é assim, porque as dez Sefirot que emergem na Bechiná Álef de Aviut são o nível de ZA, faltando GAR. Também, não há Biná no nível masculino, que é Bechiná Bet de Hitlabshut, mas somente próximo a isso. Isto é considerado VA”K de Biná.
Assim, esta forma do nível de Nekudot de SAG foi equalizada com as dez Sefirot de Siúm abaixo do Tabúr de AK, também considerado VA”K sem um Rosh (item 52). É sabido que a equivalência de forma une os espirituais em um. Assim, este nível posteriormente desceu abaixo do Tabúr de AK e lá se misturou com ZO”N de AK, onde eram como um, uma vez que são de níveis iguais.
63) Podemos nos surpreender com o fato que existe ainda uma grande distância entre eles a respeito de suas Aviut, uma vez que Nekudot de SAG vem da Aviut de Bechiná Bet e não têm nada de Bechiná Dálet. E, embora seja o nível de ZA, não é como no nível de ZA abaixo do Tabúr de AK, que é ZA de Bechiná Dálet. Portanto, existe uma grande diferença entre eles.
A resposta é que a Aviut não é aparente no Partzuf durante a vestimenta da Luz, mas somente após a partida da Luz. Assim, quando Partzuf Nekudot de SAG apareceu no nível de ZA, desceu e vestiu no nível de ZO”N do Tabúr de AK para baixo, Bechiná Bet foi misturada com Bechiná Dálet e causou o Tzimtzum Bet. Isto criou um novo Siúm no lugar de Biná de Guf daquele Partzuf, bem como solicitou uma mudança no lugar do Zivug, fazendo-o o Pê de Rosh, ao invés de Nikvey Eynaim.
64) Assim, você acha que a origem da associação de Malchut em Biná, chamado Tzimtzum Bet, ocorreu somente abaixo do Tabúr de AK, pela expansão naquele lugar do Partzuf Nekudot de SAG. Logo, este nível de dez Sefirot de Nekudim, que vem de Tzimtzum Bet, não poderia se espalhar acima do Tabúr de AK, uma vez que não existem força e governo que possam aparecer acima de sua fonte. E desde que o lugar onde Tzimtzum Bet foi criado, foi do Tabúr para baixo, o nível de Nekudim também teve que expandir ali.
O LUGAR PARA OS QUATRO MUNDOS ABYA, E A PARSÁ ENTRE ATZILUT E BYA.
65) Assim, aprendemos que Tzimtzum Bet ocorreu somente no Partzuf Nekudot de SAG, posicionado do Tabúr de AK para baixo, através do seu Siúm Raglim, ou seja, acima do ponto deste mundo. Saiba que todas as mudanças que se seguiram após a segunda restrição vieram somente naquele Partzuf Nekudot de SAG, e não Acima dele.
Quando dissemos que Acima, através da ascensão de Malchut para a metade de Tiféret de AK, onde ela terminou o Partzuf, a metade inferior de Tiféret e NEHY”M de AK saiu na forma de espaço vazio, isso não ocorreu no próprio TNEHY de AK, mas somente em TNEHY do Partzuf Nekudot de SAG de AK. Todavia, estas mudanças são consideradas uma mera elevação do MA”N no próprio AK. Em outras palavras, ele vestiu-se nestas mudanças para emanar as dez Sefirot de Nekudim, elas mesmas, embora nenhuma mudança tenha sido estimulada no próprio AK.
66) E tão logo o Tzimtzum ocorreu, durante a ascensão de Malchut para Biná, até mesmo antes da elevação de MA”N e o Zivug que foi feito em Nikvey Eynaim de AK, isto causou ao Partzuf Nekudot de SAG de AK dividir-se em quatro partes:
- KACHÁB CHAGAT acima de seu Chazê são consideradas o lugar de Atzilut;
- Os dois terços inferiores de Tiféret, do Chazê para baixo até o Siúm de Tiféret tornaram-se o lugar do mundo de Briá;
- Suas três Sefirot, NEHY, tornaram-se o lugar do mundo de Yetzirah;
- A Malchut nele, se tornou o lugar do mundo de Assiá;
67) A razão para isto é que o lugar do mundo de Atzilut significa o lugar merecedor da expansão da Luz Superior. E porque a ascensão da última Malchut para o lugar de Biná de Guf, chamado Tiféret, o Partzuf acaba ali e a Luz não pode atravessar dali para baixo. Assim, o lugar de Atzilut acaba ali, na metade de Tiféret, no Chazê.
E você já sabe que este novo Siúm, feito aqui, é chamado “A Parsá abaixo do mundo de Atzilut”. E existem três divisões nas Sefirot abaixo da Parsá. Isto, porque na verdade, apenas duas Sefirot, ZO”N de Guf, chamadas NEHY”M, precisavam surgir abaixo de Atzilut. Isto é assim, porque uma vez que o Siúm foi feito em Biná de Guf, que é Tiféret, somente as ZO”N abaixo de Tiféret estão abaixo do Siúm e não Tiféret, embora metade de Tiféret inferior, também tenha saído para baixo do Siúm.
A razão é que Biná de Guf também consiste de dez Sefirot KACHÁB ZO”N. E uma vez que estes ZO”N de Biná são as raízes das ZO”N de Guf includentes, que foram incluídos em Biná, eles são considerados como eles. Portanto, também ZO”N de Biná saiu abaixo da Parsá de Atzilut, junto com as ZO”N inclusivas. Por esta razão, a Sefirá Tiféret foi quebrada através dele no lugar do Chazê, uma vez que Malchut que subiu para Biná está ali e traz a tona as ZO”N de Biná, isto é, os dois terços de Tiféret do Chazê para baixo, para seu Siúm.
Todavia, existe ainda uma diferença entre os dois terços de Tiféret e NEHY”M uma vez que os dois terços de Tiféret verdadeiramente pertencem a Biná de Guf e nunca emergiram abaixo do Siúm de Atzilut por causa delas mesmas, mas só porque elas eram as raízes de ZO”N. Portanto, suas falhas não eram tão grandes, uma vez que não saíram por causa delas mesmas. Portanto, se tornaram separadas de NEHY”M e se tornaram um mundo em e delas mesmas, chamado de “o mundo de Briá”.
68) Também ZO”N de Guf, chamado de NEHY”M, estão divididas em dois discernimentos, uma vez que Malchut é considerada Nukvá (feminino), sua falha é maior e ela se torna o lugar do mundo de Assiá. ZA, que é NEHY, tornou-se o mundo de Yetzirá, acima do mundo de Assiá.
Portanto explicamos como Partzuf Nekudot de SAG foi dividido por Tzimtzum Bet e tornou-se o lugar de quatro mundos: Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. KACHÁB CHAGAT, abaixo, até seu Chazê, tornou-se o lugar do mundo de Atzilut. A metade inferior de Tiféret, do Chazê ao Siúm de Tiféret, tornou-se o lugar do mundo de Briá, as NEHY nele – o mundo de Yetzirá e sua Malchut – o mundo de Assiá. Seus espaços começam a partir do ponto do Tabúr de AK e terminam acima do ponto deste mundo, isto é, através do Siúm Raglin de AK, o qual é o fim da vestimenta do Partzuf Nekudot de SAG sobre o Partzuf Galgálta de AK.
A KATNUT E GADLUT INICIARAM-SE NO MUNDO DE NEKUDIM
69) Agora que você sabe sobre o Tzimtzum Bet que ocorreu no Partzuf Nekudot de SAG com o propósito de emanar as dez Sefirot no mundo de Nekudim, o quarto Partzuf de AK, devemos retornar para explicar a eliciação das dez Sefirot particulares de Nekudim. A eliciação de um Partzuf a partir do seguinte já foi explicada. Cada Partzuf inferior nasce e se origina da Massach de Guf do Superior, após sua Hizdakchut e ascensão para renovar o Zivug no Pê do Superior. E a causa desta Hizdakchut é o Bitush no Pê de Ohr Makif na Massach do Partzuf Superior, que purifica a Massach de sua Aviut de Guf e a equaliza com a Aviut de Rosh (item 35).
Desta maneira, Partzuf AB de AK emergiu do Partzuf Kéter de AK, Partzuf SAG de AK do Partzuf AB de AK e o quarto Partzuf de AK, chamado “dez Sefirot do mundo de Nekudim”, nasceu e emergiu de seu superior, sendo da mesma maneira SAG de AK.
70) Todavia, existe outra questão aqui. Nos Partzufim anteriores, a Massach foi feito somente das Reshimot de Aviut do Guf do Superior, durante a Hizdakchut da Massach ao Pê de Rosh do Superior. Mas aqui, na Hizdakchut da Massach de SAG de AK para Nekudim, este Massach foi feito de dois tipos de Reshimot. Além de ser feito de seus próprias Reshimot de Aviut, com relação às Sefirot de Guf de SAG de AK, também está incluido com as Reshimot de Aviut de ZO”N de AK abaixo do Tabúr. Isto, por causa de sua mistura abaixo do Tabúr de AK, como está escrito (item 61) que Nekudot de SAG desceu abaixo do Tabúr de AK e ali se misturou com ZO”N de AK.
71) Portanto, a questão de Katnut (pequenez) e Gadlut (idade adulta) foi iniciada aqui, no Partzuf Nekudim. Com respeito aas Reshimot de Aviut na Massach, dez Sefirot de Katnut Nekudim emergiram sobre elas. E com respeito aas Reshimot de ZO”N de AK abaixo do Tabúr, que se misturaram e, se conectaram com as Reshimot da Massach, as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim emergiram sobre elas.
72) Você também deve saber que as dez Sefirot de Katnut Nekudim que emergiram na Massach são consideradas o núcleo do Partzuf Nekudim, uma vez que emergiram gradualmente, isto é, do núcleo da Massach de Guf do Superior, o mesmo que os três Partzufim de AK anteriores emergiram. Mas as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim são consideradas como mera adição ao Partzuf Nekudim. Isto, porque elas somente surgiram do Zivug nas Reshimot de ZO”N de AK, abaixo do Tabúr, que não aparecem gradualmente, mas foram adicionadas e conectadas aa Massach devido ao declínio do Partzuf Nekudot de SAG abaixo do Tabúr de AK (item 70).
73) Devemos primeiro esclarecer as dez Sefirot de Katnut Nekudim. Você já sabe que seguindo a Hitpashtut (espalhamento/expansão) de SAG de AK, elas submeteram-se ao Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi no seu Massach, que gradualmente as purificou. Os níveis que emergiram com sua purificação, são chamados Nekudot de SAG e elas desceram abaixo do Tabúr de AK e ali se misturaram com Bechiná Dálet (item 62). Após terem completado sua purificação de todas as Aviut de Guf na Massach e permanecerem somente com Aviut de Rosh, se considera como tendo elevado o Rosh de SAG, onde elas receberam um novo Zivug na medida da Aviut que ficou nas Reshimot da Massach (item 35).
74) E aqui, também, é considerado que a última Bechiná de Aviut, Aviut de Bechiná Bet que estava na Massach, desapareceu completamente, deixando somente a Reshimô de Hitlabshut. Assim, nada restou da Aviut além da Bechiná Álef. Portanto (item 43) a Massach recebeu dois tipos de Zivúgim (plural de Zivug) em Rosh de SAG.
- Hitkalelut de Bechiná Álef de Aviut dentro da Bechiná Bet de Hitlabshut (vestimenta), chamada “Hitkalelut da Reshimô feminino na Reshimô Masculino”, produziu um nível próximo ao grau de Biná, que é o grau de VA”K de Biná. Este nível é chamado de “a Sefirá Kéter de Nekudim”.
- Hitkalelut do masculino com a Reshimô do feminino, a Reshimô da Bechiná Bet de Hitlabshut em Bechiná Álef de Aviut, produziu o nível de ZA, considerado VA”K sem um Rosh, chamado “Aba ve Íma de Nekudim costa com costa”.
Estes dois níveis são chamados GAR de Nekudim, isto é, eles são considerados dez Sefirot de Rosh Nekudim, uma vez que cada Rosh é chamado GAR ou KACHÁB. Mas existe uma diferença entre eles: Kéter de Nekudim, que está no nível masculino, não se espalha no Guf e brilha somente no Rosh. Somente AVI de Nekudim, que são os níveis femininos, chamados “sete Sefirot inferiores de Nekudim” ou “CHAGAT NEHY de Nekudim” expandem-se para o Guf.
75) Assim, existem três graus um abaixo do outro:
- Kéter de Nekudim, com o nível de VA”K de Biná.
- O Nível de AVI (Aba e Íma) de Nekudim, que tem o nível de ZA. Estes são ambos considerados Rosh.
- ZAT de Nekudim, CHAGAT NEHY”M, considerado Guf de Nekudim.
76) Saiba, que pela ascensão de Malchut a Biná, estes dois graus de Nekudim dividiram-se em duas metades em suas saídas, chamadas Panim (face) e Achoraim (costas). Isto é assim, porque desde que o Zivug foi feito em Nikvey Eyanim, existem somente duas e meia Sefirot no Rosh – Galgálta, Eynaim (olhos) e Nikvei Eynaim, isso é, Kéter, Chochmá, e a metade Superior de Biná. Estas são chamadas Kelim de Panim (Kelim frontais).
Os Kelim de ACHÁP, que são a metade inferior de Biná, ZA e Nukvá, emergiram das dez Sefirot de Rosh e foram considerados o grau abaixo de Rosh. Portanto, Kelim de Rosh, que partiu o Rosh, são considerados Kelim de Achoraim (Kelim posteriores). Cada grau foi dividido desta maneira.
77) Segue-se que não há um único grau que não tenha Panim e Achoraim. Isto porque os ACHÁP do nível masculino, Kéter de Nekudim, emergiram do grau de Kéter e desceram ao grau de AVI de Nekudim, o nível feminino. E ACHÁP do nível feminino – AVI de Nekudim – desceu e caiu ao seu grau de Guf, o grau das sete Sefirot inferiores CHAGAT NEHY de Nekudim.
Acontece que AVI compreende duas Bechinot, Panim e Achoraim: dentro deles estão Achoraim do grau de Kéter, ou seja, os ACHÁP de Kéter e no topo destes vestem os Kelim de Panim de AVI, eles mesmos, isto é, seus próprios Galgálta Eynaim e Nikvey Eynaim. Também, ZAT de Nekudim compreendem Panim e Achoraim: os Kelim de Achoraim de AVI, que são seus ACHÁP, estão dentro de ZAT e os Kelim de Panim de ZAT vestem-nos de fora.
78) Esta questão da divisão em duas metades fez os graus de Nekudim incapazes de conter mais do que Bechiná Néfesh Ruach, ou seja, VA”K sem GAR. Isto, porque cada grau é deficiente dos três Kelim, Biná e ZO”N, por isso da ausência das luzes de GAR ali, sendo Neshamá, Chaiá, Yechidá (item 24). Portanto, explicamos completamente as dez Sefirot de Katnut de Nekudim, que são os três graus chamados Kéter, AVI e ZAT. Cada grau contém somente Kéter Chochmá no Kelim e Néfesh Ruach nas Luzes, uma vez que Biná e ZO”N de cada grau caíram para o grau abaixo dele.
ELEVANDO MA”N E A ELICIAÇÃO DE GADLUT DE NEKUDIM
79) Agora vamos explicar as dez Sefirot de Gadlut (Idade adulta/grandeza) de Nekudim que emergiu em MA”N de Reshimot de ZO”N de AK abaixo de seu Tabúr (item 71). Primeiro, precisamos entender a elevação de MA”N. Até aqui, apenas discutimos a ascensão da Massach de Guf para o Pê de Rosh do Superior, uma vez que foi purificado. Também, houve um Zivug de Haka’á nas Reshimot incluídos nele, que produzem o nível de dez Sefirot para as necessidades do inferior. Agora, no entanto, a questão da elevação de Mayin Nukvin (MA”N/águas femininas) foi renovada, para estas Luzes, que se elevaram de abaixo do Tabúr de AK ao Rosh de SAG, que são as Reshimot de ZO”N de Guf de AK, chamados “elevar MA”N”.
80) Saiba, que a origem de elevar MA”N é de ZA e Biná das dez Sefirot de Ohr Yashár (Luz Direta) (Item 5). Ali está explicado que Biná, considerada Ohr Chassadim, reunido com Chochmá quando emanou a Sefirá Tiféret, chamada Bechiná Guimel e estendeu a iluminação de Chochmá, desta para Tiféret, que é ZA. A maior parte de ZA emergiu do Ohr Chassadim de Biná e sua menor parte com iluminação de Chochmá.
Isto é, onde a conexão entre ZA e Biná foi feita, como sempre, as Reshimot de ZA sobem a Biná, Biná se conecta com Chochmá e estende a iluminação de Chochmá desta, para ZA. Esta ascensão de ZA para Biná, que a conecta com Chochmá, é sempre chamada “elevando MA”N”. Sem a ascensão de ZA para Biná, Biná não é considerada Nukvá para Chochmá, uma vez que ela mesma é apenas Ohr Chassadim e não necessita receber Ohr Chochmá.
Ela é sempre considerada “costa a costa” com Chochmá, o que significa que ela não quer receber de Chochmá. Somente quando ZA se eleva até ela, ela se torna Nukvá para Chochmá uma vez mais, para receber iluminação de Chochmá e, desta, para ZA. Dessa maneira, a ascensão de ZA faz dela uma Nukvá e é por isto que sua ascensão é chamada de Mayin Nukvin, como a subida de ZA a leva “face a face” uma vez mais. Isto significa que ela recebe dele a forma que Nukvá faz, a partir do masculino. Assim, explicamos completamente a elevação de MA”N.
81) Você já sabe que Partzuf AB de AK é o Partzuf Chochmá e Partzuf SAG de AK é o Partzuf Biná. Isto significa que eles são discernidos de acordo com a Bechiná Mais Elevada do seu nível. AB, cuja Bechiná Mais Elevada é Chochmá e, é considerada totalmente Chochmá. SAG, cuja Bechiná Mais Elevada é Biná, é considerada totalmente Biná.
Então, quando as Reshimot de ZO”N de Guf abaixo do Tabúr de AK se elevaram para o Rosh de SAG, lá eles se tornaram MA”N para SAG, para este SAG, que é Biná, acoplou-se com o Partzuf AB, que é Chochmá. Posteriormente, AB deu a SAG uma nova Luz para as necessidades de ZO”N, abaixo do Tabúr que se elevou ali.
E uma vez que ZO”N de AK recebeu esta nova Luz, eles desceram novamente para seus lugares abaixo do Tabúr de AK, onde existem as dez Sefirot de Nekudim, onde iluminaram a nova Luz dentro das dez Sefirot de Nekudim. Este é o Môchin (Luz) de Gadlut das dez Sefirot de Nekudim. Assim, explicamos as dez Sefirot de Gadlut que emergiram no segundo tipo de Reshimot, que são as Reshimot de ZO”N abaixo do Tabúr de AK (item 71). Certamente, são estes Môchin de Gadlut que causam a quebra dos vasos, tal como será descrito abaixo.
82) Foi explicado acima (item 74) que existem dois graus em Rosh de Nekudim, chamados Kéter e AVI. Dessa forma, quando ZO”N de AK brilhou a nova Luz de AB SAG para as dez Sefirot de Nekudim, primeiro foi mostrado a Kéter de Nekudim através de seu Tabúr de AK, onde Kéter veste e completa-o com GAR em Luzes e Biná e ZO”N em Kelim. Posteriormente, brilhou para AVI de Nekudim através de Yessód de AK, onde AVI veste e completou-os com GAR em Luzes e Biná e ZO”N em Kelim.
83) Primeiro, vamos explicar o Gadlut, que esta nova Luz causou nas dez Sefirot de Nekudim. A questão é que devemos perguntar sobre o que está escrito no item 74, que o nível de Kéter e AVI de Nekudim foram considerados VA”K porque agiram na Aviut de Bechiná Álef. Mas dissemos que através da descida de Nekudot de SAG abaixo do Tabúr de AK, Bechiná Dálet juntou-se com a Massach de Nekudot de SAG, que é Biná. Assim, este Massach contém também um Reshimô de Bechiná Dálet de Aviut. Nesse caso, durante a Hitkalelut da Massach em Rosh de SAG, dez Sefirot deveriam ter emergido no nível de Kéter e a Luz de Yechidá e não no nível de VA”K de Biná na Sefirá Kéter e o nível de VA”K sem um Rosh em AVI.
A resposta é que a causa é o lugar. Uma vez que Bechiná Dálet está incluída em Biná, que é Nikvey Eyanaim, Aviut Dálet desapareceu dali na interioridade de Biná, como se ela não estivesse ali, sob nenhuma hipótese. Portanto, o Zivug foi feito somente nas Reshimot de Bechiná Bet de Hitlabshut e Bechiná Álef de Aviut, que são essencialmente apenas da Massach de Biná (item 74) e, somente dois níveis emergiram ali: VA”K de Biná e VA”K completa.
84) Portanto, agora ZO”N de AK abaixo do Tabúr estendeu a nova Luz através do seu MA”N a partir de AB SAG de AK e o iluminou para o Rosh de Nekudim (item 81). E uma vez que Partzuf AB de AK não tem conexão com este Tzimtzum Bet, que elevou a Bechiná Dálet ao lugar de Nikvey Eynaim, quando sua Luz foi atraída para o Rosh de Nekudim, ele cancelou novamente o Tzimtzum Bet nele, que elevou o lugar do Zivug para Nikvey Eynaim. Além disso, baixou a Bechiná Dálet de volta ao seu lugar no Pê, como antes do Tzimtzum Álef, isto é, o lugar do Pê de Rosh.
Assim, os três Kelim – Ózen (orelha), Chotem (nariz) e Pê (boca) – que caíram de grau devido ao Tzimtzum Bet (item 76), agora retornaram aos seus lugares – seus graus –como antes. Então, o lugar do Zivug desceu uma vez mais de Nikvey Eynaim para Bechiná Dálet no lugar do Pê de Rosh. E uma vez que Bechiná Dálet já está em seu lugar, dez Sefirot surgiram ali no grau de Kéter.
Desta forma, foi explicado que através da nova Luz, que ZO”N de AK estendeu para Rosh de Nekudim, ele ganhou as três Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá e os três Kelim ACHÁP, que são Biná e ZO”N que estavam faltando quando ele emergiu pela primeira vez.
85) Agora, esclarecemos completamente Katnut e Gadlut de Nekudim. Tzimtzum Bet, que elevou a Hey inferior – Bechiná Dálet – ao lugar de Nikvey Eyanim, onde estava oculta, causou o nível de Katnut de Nekudim – o nível de VA”K ou ZA nas Luzes de Néfesh Rúach. Ali lhes faltava Biná e ZO”N nos Kelim e nas Luzes Neshamá, Chaiá, Yechidá. E através da aproximação de uma nova Luz de AB SAG de AK aos Nekudim, Tzimtzum Álef voltou ao seu lugar.
Biná e ZO”N dos Kelim voltaram para o Rosh, uma vez que a Hey inferior desceu de Nikvey Eyanim e voltou ao seu lugar – Malchut, chamado Pê. Então um Zivug foi feito em Bechiná Dálet, que retornou ao seu lugar e, emergiram dez Sefirot ao nível de Kéter e Yechidá. Isto completou as NARANCHAY das Luzes e KACHÁB ZO”N dos Kelim.
Em resumo, de agora em diante nós nos referiremos ao Tzimtzum Bet e a Katnut pelo nome “ascensão da Hey inferior para Nikvey Eynaim e a descida de ACHÁP abaixo”. Também, nos referimos à Gadlut pelo nome de “A aproximação da Luz de AB SAG, que baixa a Hey inferior de Nikvey Eyanim e traz ACHÁP de volta aos seus lugares”. Lembre-se desta explicação acima.
Lembre-se também que GE (Galgálta Eyanim) e ACHÁP são nomes das dez Sefirot KACHÁB ZO”N de Rosh e as dez Sefirot de Guf são chamadas de HGT (CHAGT) NEHY”M. Elas, também, estão divididas em GE e ACHÁP, desde Chéssed e Gevurá e o terço Superior de Tiféret – através do Chazê – são Galgálta ve (e) Eynaim e Nikvey Eynaim e os dois terços de Tiféret e NEHY”M são ACHÁP, como foi escrito acima.
Além disso, lembre-se que Galgálta, Eynaim e Nikvey Eynaim, ou CHAGAT acima do Chazê, são chamados Kelim de Panim (Kelim anteriores). E ACHÁP, ou os dois terços inferiores de Tiféret e NEHY”M do Chazê para baixo são chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posteriores), como escrito no item 76. Você também deve se lembrar de que a fissura do grau que ocorreu com Tzimtzum Bet, que deixou somente Kelim de Panim na totalidade do grau. E finalmente, cada inferior contém em si os Kelim de Achoraim do Superior (item 77).
EXPLICANDO AS TRÊS NEKUDOT CHOLAM, SHURUK, CHIRIK
86) Saiba, que as Nekudot (pontos) estão divididas em três Bechinot – Rosh, Toch, e Sóf, que são:
- Nekudot Superiores, acima das Otiyot (letras), incluídas no nome, Cholam;
- Nekudot Médias, dentro das Otiyot, incluídas no nome, Shuruk ou
Melafom, ou seja, Vav e um ponto dentro dela;
- Nekudot Inferiores, abaixo das Otiyot, incluídas no nome, Chirik
87) Estas são suas explicações: Otiyot são Kelim, isto é, Sefirot do Guf. Isto porque, as dez Sefirot de Rosh são somente raízes para os Kelim, não Kelim reais. Nekudot significa Luzes, que sustentam os Kelim e os movem, significando Ohr Chochmá chamado Ohr Chaiá27. Ele é considerado uma nova Luz, que ZO”N de AK recebeu de AB SAG e iluminou os Kelim de Nekudim, trazendo abaixo a Hey inferior de volta ao Pê de cada grau, e retornando o ACHÁP de Kelim e GAR das Luzes para cada grau.
Portanto, esta Luz movimenta os Kelim de ACHÁP e os eleva do grau inferior, conectando-os ao Superior, como no inicio. Este é o significado dos Nekudot que movem as Otiyot. E uma vez que esta Luz se estende de AB de AK, que é Ohr Chaiá, ela revive aqueles Kelim de ACHÁP ao vesti-los.
88) Você já sabe que ZO”N de AK brilhou esta nova Luz para as dez Sefirot de Nekudim através de dois lugares: Iluminou o Kéter de Nekudim através do Tabúr e iluminou AVI de Nekudim através de Yessód.
Saiba que esta iluminação através do Tabúr é chamada Cholam, que brilha para as Otiyot acima delas. Isto é assim porque a iluminação do Tabúr alcança somente Kéter de Nekudim, o nível masculino de Rosh de Nekudim (item 74). E o nível masculino não se expande para os sete inferiores de Nekudim, que são os Kelim de Guf, chamados Otiyot, assim se considera estar brilhando sobre elas somente do seu lugar acima, sem expandir-se nas próprias Otiyot.
Esta iluminação através de Yessód é chamada Shuruk, isto é, Vav com um ponto que fica dentro da linha das Otiyot. A razão é que esta iluminação vem para AVI de Nekudim, que são os níveis femininos do Rosh de Nekudim, cujas Luzes assim se expandem para o Guf, que são ZAT de Nekudim, chamadas Otiyot. É por isso que você encontrará o ponto de Shuruk dentro da linha das Otiyot.
89) Assim, o Cholam e Shuruk foram completamente explicados. A iluminação de uma nova Luz através do Tabúr, que abaixa a Hey inferior de Nikvey Eynaim de Kéter para o Pê e eleva os ACHÁP de Kéter uma vez mais, é o ponto de Cholam acima das Otiyot. A iluminação de uma nova Luz através de Yessód, que abaixa a Hey inferior de Nikvey Eynaim de AVI para seus Pêyot (Plural de Pê) e retorna seus ACHÁP, é o ponto de Shuruk dentro das Otiyot. Isto ocorre porque estes Môchin também vêm em ZAT de Nekudim, chamadas Otiyot.
90) Chirik é considerada a nova Luz que as ZAT, elas próprias, recebem de AVI, para derrubarem a Hey inferior final, que está em seu Chazê, para o lugar de Siúm Raglin de AK. Assim, seus ACHÁP, ou seja, os Kelim de Chazê para baixo, que se tornaram o lugar de BYA, retornam para eles. Então, BYA mais uma vez será como Atzilut.
Mas ZAT de Nekudim não poderia trazer a Hey inferior abaixo do Chazê e revogar completamente Tzimtzum Bet, a Parsá, e o lugar de BYA. Ao contrário, quando eles estenderam a Luz em BYA, todos os Kelim de ZAT imediatamente quebraram, uma vez que a força da Hey inferior final, que está na Parsá, foi misturada com estes Kelim.
Assim, a Luz teve que instantaneamente partir dali e os Kelim quebraram, morreram e, caíram em BYA. Ademais, seus Kelim de Panim, acima da Parsá, os Kelim acima do Chazê, também quebraram, já que toda a Luz também partiu dali. Assim, eles quebraram e caíram em BYA, devido a sua união em um Guf com os Kelim de Achoraim.
91) Portanto você vê que o ponto de Chirik não poderia emergir e controlar no mundo de Nekudim, uma vez que, por outro lado, ele causou a quebra dos vasos. Isto foi porque ela queria vestir-se dentro das Otiyot, em TNEH”YM abaixo da Parsá de Atzilut, que se tornou BYA.
Entretanto, mais tarde, no mundo do Tikun, o ponto de Chirik recebeu sua correção, uma vez que ela foi corrigida no brilho abaixo das Otiyot. Isto significa que quando ZAT de Atzilut recebe a Luz de Gadlut de AVI, que deve abaixar a Hey inferior final do lugar do Chazê ao Siúm Raglin de AK e conectar os Kelim de TNEH”YM para Atzilut, as Luzes se espalharão abaiaxo até Siúm Raglin de AK. No entanto, eles não fazem assim, mas levantam estes TNEHY do local de BYA para o lugar de Atzilut, acima da Parsá e recebem as Luzes enquanto elas estão acima da Parsá de Atzilut, assim nenhuma quebra de vasos ocorreria neles novamente, como no mundo de Nekudim.
Isto é considerado que o ponto de Chirik, que eleva os Kelim de TNEHY de ZAT de Atzilut, está abaixo dos Kelim de TNEH”YM que ela elevou, isto é, ela está no lugar da Parsá de Atzilut. Assim, o ponto de Chirik serve sob as Otiyot. Isto explica os três pontos, Cholam, Shuruk, Chirik, de maneira geral.
A ASCENSÃO DO MA”N DE ZAT DE NEKUDIM PARA AVI E A EXPLICAÇÃO DA SEFIRÁ DÁAT
92) Já foi explicado que devido à ascensão da Hey inferior à Nikvey Eynaim, que ocorreu em Tzimtzum Bet, quando a Katnut das dez Sefirot de Nekudim emergiram, cada grau foi dividido em duas metades.
- Galgálta ve Eynaim permaneceram no grau, portanto, eles são chamados
Kelim de Panim (Kelim anteriores).
- Auzen, Chotem e Pê, que caíram do grau para o abaixo deste, são, portanto chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posteriores).
Assim, cada grau é agora feito de internalidade e externalidade, uma vez que os Kelim de Achoraim do grau Superior cairam na internalidade de seus próprios Kelim de Panim. E os ACHÁP de Kéter de Nekudim caídos, estão vestidos dentro de Galgálta ve Eynaim de AVI e os ACHÁP de AVI caídos, estão vestidos dentro de Galgálta ve Eynaim de ZAT de Nekudim (item 76).
93) Em consequência, quando a nova Luz de AB SAG de AK vem para o grau, e baixa a Hey inferior de volta ao seu lugar na Pê, durante a Gadlut de Nekudim, o grau traz seus ACHÁP de volta para ela e suas dez Sefirot de Kelim e dez Sefirot de Luzes são completadas. É então considerado que também o grau inferior, que foi anexado aos ACHÁP do Superior, sobe junto com elas ao Superior.
Isto é assim, porque a regra é que “não há ausência na espiritualidade”. E como o inferior estava ligado aos ACHÁP do Superior durante a Katnut, também não estão separados entre si durante a Gadlut, quando os ACHÁP do Superior retornam ao seu grau. Disso resulta que o grau inferior agora se tornou um grau Mais Elevado, uma vez que o inferior que sobe ao Superior torna-se como Ele.
94) Disso resulta, que quando AVI receberam a nova Luz de AB SAG e baixaram a Hey inferior de Nikvey Eynaim de volta aos seus Pê e elevaram também seus ACHÁP para elas, às ZAT (sete Sefirot inferiores), que vestem estes ACHÁP durante a Katnut, agora se elevaram com elas para AVI. Assim, as ZAT se tornaram um simples grau com AVI. Esta ascensão das ZAT para AVI é chamada “elevar MA”N”. E quando elas estão no mesmo grau que AVI, recebem também as Luzes de AVI.
95) E isto é chamado MA”N uma vez que a ascensão de ZA para Biná leva-a de volta para estar face a face com Chochmá (item 80). Se sabe que cada ZAT são ZO”N. Assim, quando ZAT subiram com ACHÁP de AVI para o grau de AVI, se tornam MA”N para Biná das Sefirot de AVI. Então elas retornam para estar face a face com Chochmá de AVI e provêm ZO”N, que são ZAT de Nekudim que se elevaram para elas, com a iluminação de Chochmá.
96) Apesar da acima mencionada ascensão de ZAT para AVI, isto não significa que elas estavam completamente ausentes de seus lugares e subiram para AVI, uma vez que não há ausência na espiritualidade. Também, qualquer “troca de lugar” na espiritualidade não significa que partiu de seu antigo lugar e mudou-se para uma nova localização, assim como nos mudamos na corporalidade. Ao invés, há meramente um acréscimo aqui: elas vieram para um novo local, enquanto permanecem no antigo. Assim, embora ZAT subiram para AVI para MA”N, ainda permaneceram em seus lugares, nos seus graus inferiores, como antes.
97) Da mesma forma, você pode entender que mesmo que digamos que uma vez que ZO”N se elevaram por MA”N para AVI e lá receberam suas Luzes e dali saíram e retornaram ao seu lugar abaixo, aqui, também, isto não significa que eles partiram de seus lugares acima e se moveram para o lugar abaixo. Tivesse ZO”N estado ausente de seu lugar acima em AVI, o Zivug de AVI face a face pararia instantaneamente e eles retornariam para estar costas-com-costas como antes. Eles parariam sua abundância, e ZO”N, abaixo, também perderiam seus Môchin.
Já foi explicado acima, que Biná naturalmente deseja somente Ohr Chassadim, como em: “pois ele se deleita em misericórdia”. Ela não tem qualquer interesse em receber Ohr Chochmá; assim, ela está costas-com-costas com Chochmá. Somente quando ZO”N ascende para eles, pois MA”N faz Biná retornar para um Zivug face-a- face com Chochmá, para doar a iluminação de Chochmá para ZA (item 80).
Portanto, é necessário que ZO”N sempre permaneça ali, para dar sustentação e subsistência para o Zivug de AVI face-a-face. Por esta razão, não pode ser dito que ZO”N estão ausentes dos seus lugares de AVI quando eles vêm para os seus lugares abaixo. Ao invés, como já dissemos, qualquer “mudança de lugar” é apenas uma adição. Assim, embora ZO”N desçam de seus lugares, também, eles ainda permaneceram acima.
98-99) Agora você pode entender a Sefirá Dáat que teve seu inicio no mundo de Nekudim. Em todos os Partzufim de AK, através de Nekudim, existem apenas dez Sefirot KACHÁB ZO”N. Mas do mundo de Nekudim em diante, existe a Sefirá Dáat, que consideramos com KACHÁBAD ZO”N.
O fato é que não houve ascensão de MA”N nos Partzufim de AK, mas somente a ascensão de Massach ao Pê de Rosh (item 79). Mas você deve saber que a Sefirá Dáat surge da ascensão de MA”N de ZO”N para AVI, como foi esclarecido ao comentarmos que ZO”N, ao se elevarem ali com MA”N para Chochmá e Biná, permanecem ali mesmo após a suas saídas dali aos seus lugares abaixo, para prover sustento e subsistência ao Zivug de AVI face-a-face. Estes ZO”N, que permanecem em AVI são chamados “A Sefirá Dáat”. Portanto, agora CHUB têm a Sefirá Dáat, que as sustenta e as posiciona no Zivug face-a-face. Estes são as ZO”N que ali subiram a MA”N e permaneceram ali até mesmo após a saída das ZO”N para os seus lugares.
Assim, a partir de agora, chamamos as dez Sefirot pelos nomes KACHÁBAD ZO”N. Mas nos Partzufim de AK, antes do mundo de Nekudim, antes de elevar MA”N, lá não havia Sefirá Dáat. Você também deve saber que a Sefirá Dáat é sempre chamada “cinco Chassadim e cinco Gevurot”, uma vez que ZA que permanece ali é considerado cinco Chassadim e a Nukvá que permaneceu ali é considerada cinco Gevurot.
100) Podemos perguntar a respeito do que está escrito no Livro da Criação, que as dez Sefirot são “dez e não nove, dez e não onze”. Dizia-se que a Sefirá Dáat foi iniciada no mundo de Nekudim, portanto, existem onze Sefirot KACHÁBAD ZO”N.
A resposta é que isso não é de todo um acréscimo para as dez Sefirot, uma vez que aprendemos que a Sefirá Dáat é ZO”N que acendeu para MA”N e permaneceu ali. Portanto, não há acréscimo aqui, mas ao contrário dois discernimentos em ZO”N:
- As ZO”N em seus lugares abaixo, que são considerados Guf;
- As ZO”N que permaneceram no Rosh de AVI, uma vez que eles já estavam ali durante a subida de MA”N e não há ausência na espiritualidade. Assim, aqui não há acréscimo nas dez Sefirot, pois no fim, há somente dez Sefirot KACHÁB ZO”N. E se o discernimento de ZO”N permanece no Rosh em AVI, isto não adiciona nada às dez Sefirot.
A QUEBRA DOS VASOS E SUA QUEDA EM BYA
101) Agora que explicamos completamente a subida de MA”N e a Sefirá Dáat, que são consideradas os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim que se estenderam e subiram para AVI. Isto, porque AVI recebeu a nova Luz de AB SAG de AK de ZO”N de AK na forma do ponto de Shuruk. Elas baixaram a Hey inferior de seus Nikvey Eynaim para o Pê e elevaram seus Kelim de Achoraim, que tinham caído em ZAT de Nekudim. Como resultado, os Kelim de Panim de ZAT, que estavam ligados aos Kelim de Achoraim de AVI (itens 89-94), também acenderam e ZAT de Nekudim ali se tornou MA”N e retornou AVI para estar face-a-face.
E uma vez que a Hey inferior, que é Bechiná Dálet, já tinha retornado para o seu lugar no Pê, o Zivug de Haka’á que foi feito naquele Massach de Bechiná Dálet produziu dez Sefirot completas no nível de Kéter na Luz de Yechidá (item 84). Assim, ZAT, que estão incluidos ali como MA”N, receberam também aquelas grandes Luzes de AVI. Todavia, tudo isto é somente considerado como sendo de Cima para baixo, uma vez que AVI são considerados o Rosh de Nekudim, onde ocorre o Zivug que produz as dez Sefirot de Cima para abaixo.
Posteriormente, eles se expandem também em um Guf, de Cima para baixo (item 50). Então, as ZAT se estendem com todas as Luzes que tinham recebido em AVI para os seus lugares abaixo e o Rosh e Guf do Partzuf Gadlut de Nekudim acabam. Esta Hitpashtut é considerada o Taamin do Partzuf Gadlut de Nekudim (item 26).
102) As quatro Bechinot – Taamin, Nekudot, Tagin, Otiyot – são também discernidas no Partzuf Nekudim (item 47). Isto é assim porque todas as forças que existem nos Superiores também devem existir nos inferiores. Mas no inferior, existem questões adicionais ao Superior. Foi explicado que o coração da Hitpashtut de cada Partzuf é chamado Taamin. Depois que ele se expande, o Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi ocorre nele e, através deste Bitush, a Massach é gradualmente purificado até que se iguala com o Pê de Rosh.
E uma vez que a Luz Superior não para, a Luz Superior acopla-se com a Massach em cada estado de Aviut ao longo de sua purificação. Isto significa que quando ela se purifica de Bechiná Dálet para Bechiná Guimel, o nível de Chochmá emerge nela. E quando ela vem para Bechiná Bet, o nível de Biná emerge nela. Quando ela vem para Bechiná Álef, o nível de ZA emerge nela e, quando ela vem para Bechiná Shóresh, o nível de Malchut emerge nela. Todos estes níveis que emergem na Massach através de sua purificação são chamados Nekudot.
As Reshimot que permanecem das Luzes, uma vez que elas partiram, são chamados Tagin. Os Kelim que permanecem após a partida das suas Luzes, são chamados Otiyot e, uma vez que a Massach foi completamente purificado de sua Aviut de Guf, é incluído ali na Massach de Pê de Rosh no Zivug e, um segundo Partzuf emerge nele.
103) E aqui, no Partzuf Nekudim, isto foi feito exatamente da mesma maneira. Aqui, também, dois Partzufim surgem – AB e SAG – um abaixo do outro. E em cada um deles estão Taamin, Nekudot, Tagin e Otiyot.
A única diferença é que a questão da Hizdakchut da Massach não foi feita aqui por causa do Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, mas por causa da força de Din na Malchut Mesayémet (Finalizadora), incluída naqueles Kelim (item 90). Por esta razão, os Kelim vazios não ficaram no Partzuf após a partida das Luzes, tal como nos três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK, mas quebraram, morreram e caíram de BYA.
104) Partzuf Taamin, que emergiu no mundo de Nekudim, que é o primeiro Partzuf em Nekudim, que emergiu no nível de Kéter, emergiu com Rosh e Guf. O Rosh saiu em AVI e, o Guf é a Hitpashtut de ZAT de Pê de AVI para baixo (Item 101). Esta Hitpashtut do Pê de AVI para baixo é chamada de Mélech ha Dáat (Rei Dáat).
E isto é certamente a totalidade de ZAT de Nekudim que re-expandiu do seu lugar após a elevação de MA”N. Mas uma vez que suas raízes permaneceram em AVI para o sustento e subsistência ao face-a-face de AVI (item 98), chamado Môach ha Dáat, que acopla AVI, sua expansão de Cima para baixo em um Guf é também chamada por esse nome – Mélech ha Da’at. Este é o primeiro Mélech (Rei) de Nekudim.
105) Sabe-se que toda a quantidade e qualidade nas dez Sefirot de Rosh também aparecem na Hitpashtut de Cima para baixo para o Guf. Assim, como nas Luzes do Rosh, a Malchut acasaladora, retornou e desceu de Nikvey Eynaim para o Pê. Então, GE (Galgálta Eyanim) e Nikvey Eynaim, que são os Kelim de Panim, reuniram seus Kelim de Achoraim, seus ACHÁP e, as Luzes se expandiram neles. Da mesma forma, como elas expandiram-se de Cima para baixo ao Guf, as Luzes também foram atraídas para seus Kelim de Achoraim, que são os TNEH”YM em BYA, abaixo da Parsá de Atzilut.
No entanto, uma vez que a força da Malchut Mesayémet (Finalizadora) na Parsá de Atzilut está misturada naqueles Kelim, tão logo as Luzes de Mélech ha Dáat encontraram esta força, todas partem dos Kelim e sobem para as suas raízes. Então, todos os Kelim de Mélech ha Dáat se quebram face e costa, morrem e caem para BYA, uma vez que a partida das Luzes dos Kelim é como a partida da vitalidade de um corpo corpóreo, chamada “morte”. Então, a Massach foi purificado da Aviut de Bechiná Dálet, uma vez que estes Kelim já quebraram e morreram e somente Aviut de Bechiná Guimel permaneceu nele.
106) E como a Aviut da Bechiná Dálet foi revogada da Massach de Guf pela quebra, aquela Aviut também foi revogada na Malchut Mezavéguet (de Acoplamento) do Rosh em AVI. Isto é assim porque Aviut de Rosh e Aviut de Guf são a mesma coisa, exceto que uma é potencial e a outra é real (item 50). Assim, o Zivug no nível de Kéter também parou no Rosh em AVI e os Kelim de Achoraim, os ACHÁP que completaram o nível de Kéter, caíram uma vez mais ao grau abaixo – os ZAT. Isto é chamado “revogando os Achoraim do nível de Kéter de AVI”. Disto resulta que todo o nível de Taamin de Nekudim, Rosh e Guf, partiram.
107) E uma vez que a Luz Superior não para de brilhar, esta se acopla mais uma vez sobre Aviut de Bechiná Guimel que permaneceu na Massach de Rosh em AVI, produzindo dez Sefirot no nível de Chochmá. O Guf de Cima para baixo expandiu-se para a Sefirá Chéssed e esta é o segundo Mélech de Nekudim. Este, também se estendeu para BYA, quebrou e morreu, então, a Aviut de Bechiná Guimel também foi revogada da Massach de Guf e de Rosh. Além disso, os Kelim de Achoraim, os ACHÁP que completaram este nível de Chochmá de AVI, foram revogados mais uma vez e caíram ao grau abaixo deste, para ZAT, como aconteceu no nível de Kéter.
Na sequência, o Zivug foi feito em Aviut Bechiná Bet que permaneceu na Massach, produzindo dez Sefirot no nível de Biná. O Guf, de Cima para baixo, expandiu-se na Sefirá Gevurá e este é o terceiro Mélech de Nekudim.
Este, também, se estendeu em BYA, quebrou e morreu, revogando a Aviut de Bechiná Bet no Rosh e Guf, finalizando também o Zivug no nível de Biná na Rosh. O Achoraim do nível de Biná de Rosh caiu ao grau abaixo dela em ZAT e então o Zivug foi feito na Aviut de Bechiná Álef que permaneceu na Massach, produzindo nela dez Sefirot no nível de ZA. Também, seu Guf, de Cima para baixo, espalha-se no terço Superior de Tiféret. Todavia, este, também, não durou e sua Luz partiu dele. Assim, a Aviut de Bechiná Álef foi purificada com Guf e Rosh e os Achoraim do nível de ZA cairam para o grau abaixo dela, para ZAT.
108) Isto completa a decida de todos os Achoraim de AVI, que são os ACHÁP. Isto é assim, porque com a quebra de Mélech ha Dáat, somente os ACHÁP que pertencem ao nível de Kéter foram cancelados em AVI. E com a quebra de Mélech ha Chéssed, somente os ACHÁP que pertencem ao nível de Chochmá foram cancelados em AVI. E com a quebra de Mélech ha Gevurá, os ACHÁP que pertencem ao nível de Biná foram cancelados; e com a partida do terço Superior de Tiféret, os ACHÁP do nível de ZA foram cancelados.
A isto segue que a totalidade de Gadlut de AVI foi cancelada e somente GE de Katnut permaneceu nela e, somente Aviut Shóresh permaneceu na Massach. Depois, a Massach de Guf foi purificado de todas as suas Aviut e se equalizou com a Massach de Rosh, Então, ele foi incluído num Zivug de Haka’á de Rosh e as Reshimot nele foram renovados, além da última Bechiná (item 41). E por esta renovação, um novo nível emergiu nele, chamado YESHSUT.
109) E uma vez que a última Bechiná foi perdida, tudo o que restou foi Bechiná Guimel, na qual dez Sefirot no nível de Chochmá emergiram. E quando sua Aviut de Guf foi reconhecida, esta deixou o Rosh de AVI, desceu, e vestiu o lugar do Chazê de Guf de Nekudim (item 55). Produziu as dez Sefirot de Rosh do Chazê para cima e este Rosh é chamado de YESHSUT. Ele produziu seu Guf do Chazê para baixo dos dois terços de Tiféret através do Siúm de Tiféret. Este é o quarto Mélech de Nekudim e, este também, se estendeu para BYA, quebrou e morreu. Assim, Aviut de Bechiná Guimel purificou Rosh e Guf. Seus Kelim de Achoraim do Rosh caíram para o grau abaixo deste, no lugar de seu Guf.
Posteriormente, o Zivug foi feito em Aviut de Bechiná Bet, que permaneceu nela, produzindo nela o nível de Biná. Seu Guf, de Cima para baixo, expandiu-se nos dois Kelim Netzach e Hod, que são ambos um Mélech – o quinto Mélech de Nekudim. E eles, também, estenderam-se para BYA, quebraram e morreram. Assim, a Aviut de Bechiná Bet, purificou Rosh e Guf e os Kelim de Achoraim do nível caíram ao grau abaixo desta: o Guf.
Depois, o Zivug foi feito na Aviut de Bechiná Álef, que permaneceu nela e produziu o nível de ZA. Seu Guf, de Cima para baixo, se expandiu no Kli de Yessód e, este é o sexto Mélech de Nekudim. Este, também se expandiu em BYA, quebrou e morreu. Assim, a Aviut da Bechiná Álef também foi purificada no Rosh e Guf e os Kelim de Achoraim no Rosh caíram para o grau abaixo deles, para o Guf.
Então, houve o Zivug em Aviut de Bechiná Shóresh que permaneceu na Massach, produzindo o nível de Malchut. Este de Cima para baixo se estendeu no Kli de Malchut, e este é o sétimo Mélech de Nekudim. Este também, expandiu-se em BYA, quebrou e morreu. Assim, Aviut Shóresh também foi purificada no Rosh e Guf e, o Achoraim de Rosh caiu para o grau abaixo deste, no Guf. Agora todos os Kelim de Achoraim de YESHSUT foram cancelados, assim como, a quebra dos vasos de todas ZAT de Nekudim, chamadas “os sete Melachim (Reis)”.
110) Assim, explicamos o Taamin e Nekudot que emergiram nos dois Partzufim AVI e YESHSUT de Nekudim, chamados AB SAG. Em AVI, quatro níveis emergiram um abaixo do outro:
- O nível de Kéter é chamado “contemplação dos Eynaim de AVI”.
- O nível de Chochmá é chamado Guf de Aba.
- O nível de Biná é chamado Guf de Íma.
- O nível de ZA é chamado Yesodot (fundações) de AVI. Quatro corpos se expandem a partir deles:
- Mélech ha (Rei de) Dáat;
- Mélech ha Chéssed;
- Mélech ha Gevurá;
- Mélech do terço Superior de Tiféret, através do Chazê.
Estes quatro Gufim (plural de Guf) quebraram-se em ambos Panim e Achoraim. Mas com respeito aos seus Roshim (plural de Rosh), isto é, os quatro níveis em AVI, todos os seus Kelim de Panim permaneceram nos níveis, isto é, GE e Nikvey Eynaim de cada nível, que havia neles desde Katnut de Nekudim. Somente os Kelim de Achoraim em cada grau, que se juntaram a eles durante o Gadlut, foram recancelados pela quebra, caíram para o grau abaixo deles. E permaneceram como eram antes do emergimento de Gadlut de Nekudim (itens 76-77).
111) O emergimento dos quatro níveis, um abaixo do outro, no Partzuf YESHSUT foi precisamente da mesma maneira:
- O primeiro nível é o nível de Chochmá, chamado “contemplação de Eynaim de YESHSUT um para o outro”.
- O nível de Biná;
- O nível de ZA;
- O nível de Malchut;
Quatro Gufim se expandiram a partir deles:
- O Mélech dos dois terços inferiores de Tiféret;
- Mélech de Netzach e Hod;
- Mélech de Yessód;
- Malchut.
Seus quatro Gufim quebraram em ambos Panim e Achor (costas). Mas nos Roshim, isto é, nos quatro níveis de YESHSUT, os Kelim de Panim permaneceram neles e, somente seus Achoraim foram cancelados pela quebra, e caíram para o grau abaixo deles. Após o cancelamento dos dois Partzufim AVI e YESHSUT, o nível de MA de Nekudim emergiu. E uma vez que tudo que se expandiu dela para o Guf foram somente correções dos Kelim, não elaborarei aqui.
O MUNDO DO TIKUN E O NOVO MA QUE SURGIU DE METZACH DE AK
112) Do início do prefácio até este ponto nós explicamos de forma completa os primeiro quatro Partzufim de AK:
- O primeiro Partzuf de AK é chamado Partzuf Galgálta, cujo Zivug de Haka’á é realizado em Bechiná Dálet e suas dez Sefirot estão no nível de Kéter.
- O segundo Partzuf de AK é chamado AB de AK. O Zivug de Haka’á nele é feito em Aviut da Bechiná Guimel e suas dez Sefirot estão no nível de Chochmá. Ele veste do Pê do Partzuf Galgálta para baixo.
- O terceiro Partzuf de AK é chamado SAG de AK. O Zivug de Haka’á nele ocorre na Aviut de Bechiná Bet e suas dez Sefirot estão no nível de Biná. Ele veste o Partzuf AB de AK do Pê para baixo.
- O quarto Partzuf de AK é chamado MA de AK. O Zivug de Haka’á nele ocorre em Aviut da Bechiná Álef e suas dez Sefirot estão no nível de ZA. Este Partzuf veste SAG de AK do Tabúr para baixo e está dividido em internalidade e externalidade. A internalidade é chamada MA e BON de AK, e a externalidade é chamada de “o mundo de Nekudim”. Isto é onde se realiza a associação de Malchut em Biná, chamada Tzimtzum Bet, tal como a Katnut, Gadlut, a elevação de MA”N e a Dáat, que determina e acopla as AB (CHUB) face a face, e a questão da quebra dos vasos. Isto é assim, porque todos eles foram iniciados no quarto Partzuf de AK, chamado MA ou “o mundo de Nekudim”.
113) Estes cinco discernimentos de Aviut na Massach são nomeados após as Sefirot no Rosh, isto é, Galgálta Eynaim e ACHÁP:
- Aviut de Bechiná Dálet é chamada Pê, em que o primeiro Partzuf de AK emerge.
- Aviut de Bechiná Guimel é chamada Chotem, na qual Partzuf AB de AK emerge.
- Aviut de Bechiná Bet é chamada Ózen, no qual Partzuf SAG de AK emerge.
- Aviut de Bechiná Álef é chamado Nikvey Eynaim, no qual Partzuf MA de AK e o mundo de Nekudim emergem.
- Aviut de Bechiná Shóresh é chamado Galgálta ou Metzach, no qual, o mundo de Tikun (correção) emerge, chamado de “o novo MA”, uma vez que o quarto Partzuf de AK é o centro do Partzuf MA de AK, uma vez que ele se origina de Nikvey Eynaim no nível ZA, chamado de HaVaYaH de MA.
Mas a quinta parte de AK, que emergiu de Metzach, isto é, Bechiná Galgálta, considerada Aviut Shóresh, na verdade tem somente o nível de Malchut, chamado BON. Todavia, porque Bechiná Álef de Hitlabshut, considerada ZA, permaneceu lá, esta também, é chamada MA. Todavia, é chamada MA que emergiu de Metzach de AK, que significa, que é de Hitkalelut da Aviut Shóresh, chamada Metzach. É também chamada “o novo MA,” para distingui-la de MA que emergiu de Nikvey Eynaim de AK. Este novo Partzuf MA é chamado “o mundo de Tikun” ou “o mundo de Atzilut”.
114) Todavia devemos entender porque os três primeiros níveis de AK, chamados Galgálta, AB e SAG não são considerados três mundos, mas três Partzufim e como o quarto Partzuf de AK se diferencia para merecer o nome “mundo”. Isto também diz respeito ao quinto Partzuf de AK, uma vez que o quarto Partzuf é chamado “o mundo de Nekudim” e o quinto Partzuf é chamado de “o mundo de Atzilut” ou “o mundo de Tikun”.
115) Devemos saber a diferença entre um Partzuf e um mundo. Qualquer nível de dez Sefirot que emerge na Massach de Guf de um Superior, após esta ter sido purificada e incluída no Pê de Rosh do Superior (item 50), é chamado Partzuf. Após sua saida do Rosh do Superior, este se expande em seu próprio Rosh, Toch e Sóf e também contém cinco níveis um abaixo do outro, chamados Taamin e Nekudot (item 47). Todavia, este é nomeado somente após o nível de Taamin nele. E os três primeiros Partzufim de AK – Galgálta, AB, SAG (item 47) – emergiram daquela maneira. Mas um mundo significa que este contém tudo que existe no mundo Acima dele, tal como um carimbo e impressão, onde tudo que existe no carimbo é transferido em sua totalidade para sua impressão.
116) Portanto você vê que os três primeiros Partzufim, Galgálta, AB e SAG de AK são considerados um mundo, o mundo de AK, que emergiu na primeira restrição. Mas o quarto Partzuf de AK, onde Tzimtzum Bet ocorreu, tornou-se um mundo em si e de si mesmo, devido à dualidade que ocorreu na Massach de Nekudot de SAG em sua descida do Tabúr de AK. Isto é assim porque foi duplicado pela Aviut de Bechiná Dálet, na forma da Hey inferior em Eynaim (item 63).
Durante a Gadlut, Bechiná Dálet voltou ao seu lugar no Pê e produziu o nível de Kéter (item 84), e este nível se igualou com o primeiro Partzuf de AK. E após se espalhar na Rosh, Toch, Sóf, nos Taamin e Nekudot, um segundo Partzuf emergiu nele, no nível de Chochmá, chamado YESHSUT, que é similar ao segundo Partzuf de AK, chamado AB de AK. E seguindo sua Hitpashtut (expansão) nos Ta’amim e Nekudot, um terceiro Partzuf emergiu, chamado de MA de Nekudim (item 111), que é similar ao terceiro Partzuf de AK.
Por esta razão, tudo que existiu no mundo de AK apareceu aqui no mundo de Nekudim, isto é, três Partzufim um abaixo do outro. Cada um deles contém Ta’amim e Nekudot e todas as suas instâncias, como os três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK no mundo de AK. É por isso que o mundo de Nekudim é considerado como uma impressão carimbada do mundo de AK.
Também, por esta razão é considerado um mundo completo em si e por si mesmo. (E a razão porque os três Partzufim de Nekudim não são chamados Galgálta, AB, SAG, mas ao contrário AB, SAG, MA é que a Aviut de Bechiná Dálet que se juntou com a Massach de SAG está incompleto, devido a Hizdakchut que ocorreu no primeiro Partzuf de AK. É por isto que eles desceram para ser AB, SAG e MA).
117) Assim, aprendemos como o mundo de Nekudim foi impresso do mundo de AK. Da mesma forma, o quinto Partzuf de AK, isto é, o novo MA, foi inteiramente impresso do mundo de Nekudim. Assim, embora todos os discernimentos que serviram em Nekudim tenham ali sido quebrados e cancelados, eles foram renovados no novo MA. É por isto que ele é considerado um mundo separado.
Ele também é chamado “o mundo de Atzilut” porque acaba completamente acima da Parsá que foi criada na segunda restrição. É também chamado “o mundo do Tikun (correção)” porque o mundo de Nekudim não poderia persistir por causa da quebra e cancelamento que nele ocorreu. Só depois, no novo MA, quando todas aquelas Bechinot que estavam no mundo de Nekudim voltaram e vieram no novo MA, elas ali se estabeleceram e persistiram.
É por isto que é chamado “o mundo de Tikun”, pois de fato, é na verdade o mundo de Nekudim, mas aqui, no novo MA, ele recebe sua correção do Todo. Isto, porque através do novo MA, todos os Achoraim que caíram de AVI e YESHSUT para o Guf, bem como os Panim e Achoraim de todo as ZAT, que caíram em BYA e morreram, se reúnem e sobem através dele para Atzilut.
118) A razão para isto é que cada Partzuf inferior retorna e preenche os Kelim do Superior, após a partida de suas Luzes durante a Hizdakchut da Massach. Isto, porque após a partida das Luzes do Guf do primeiro Partzuf de AK, por causa da Hizdakchut da Massach, a Massach, recebeu um novo Zivug no nível de AB, que tornou a preencher os Kelim vazios do Guf do Superior, isto é, o primeiro Partzuf.
Também, após a saída das Luzes de Guf de AB por causa da Hizdakchut da Massach, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de SAG, que preencheu novamente os Kelim vazios do Superior, que é AB. Além disso, após a partida das Luzes de SAG, devido a Hizdakchut da Massach, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que emergiu de Nikvey Eynaim, sendo os Nekudim, que preencheram novamente os Kelim vazios do Superior, sendo Nekudôt de SAG.
E só assim, após a saída das Luzes de Nekudim por causa do cancelamento dos Achoraim e a quebra dos vasos, a Massach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que emergiu do Metzach do Partzuf SAG de AK. Isso preenche os Kelim vazios de Guf do Superior, que são os Kelim de Nekudim que foram cancelados e quebrados.
119) No entanto, há uma diferença essencial aqui, no novo MA: Ele se tornou um homem, e um Superior aos Kelim de Nekudim, que ele corrige. Por outro lado, nos Partzufim anteriores, o menor não se torna um homem e um Superior aos Kelim de Guf do Superior, mesmo que ele os preencha através de seu nível. E essa mudança é porque nos Partzufim anteriores não houve falha na saida das Luzes, pois somente a partida da Massach causou sua ida.
Mas aqui, no mundo de Nekudim, houve uma falha nos Kelim, já que a força da Malchut Mesayémet (Finalizadora) foi misturada com os Kelim de Achoraim de ZAT, tornando-os impróprios para receberem as Luzes. Esta é a razão por que eles quebraram e cairam em BYA. Assim, eles são completamente dependentes do novo MA para reanimá-los, classificá-los e elevá-los para Atzilut. Como resultado, o novo MA é considerado como masculino e doador.
E estes Kelim de Nekudim, ordenados por ele, tornam-se Nukvá (feminino) para MA. Por este motivo, seu nome foi alterado para BON, que significa que se haviam tornado Tachton (inferior) para MA, apesar de serem superiores ao novo MA, uma vez que são Kelim do mundo de Nekudim e são considerados MA e Nikvey Eynaim, cuja Mais Alta Bechiná é VA”K de SAG de AK (item 74). Mesmo assim, eles agora se tornaram Tachton (inferiores) para o novo MA, razão pela qual são chamados BON.
OS CINCO PARTZUFIM DE ATZILUT E O MA E BON EM CADA PARTZUF
120) Foi explicado que o nível do novo MA, também se expandiu em um mundo completo em si mesmo, como o mundo de Nekudim. A razão é que, como foi explicado em relação ao nível de Nekudim, também a duplicação da Massach, Bechiná Dálet (item 116). Isso, porque a iluminação de ZO”N de AK que brilhava através do Tabúr e Yessód às GAR de Nekudim, trouxe Tzimtzum Álef de volta ao seu lugar e a Hey inferior desceu de sua Nikvey Eynaim ao Pê, o que causou que emergissem todos estes níveis de Gadlut de Nekudim (item 101). No entanto, todos estes níveis foram cancelados e quebrados mais uma vez e, todas as luzes partiram deles. Por esta razão, Tzimtzum Bet voltou ao seu lugar e Bechiná Dálet se reuniu com a Massach.
121) Assim, também no novo MA, que emergiu do Metzach, também há duas Bechinot de Katnut e Gadlut, como no mundo de Nekudim. O Katnut emerge primeiro, de acordo com a Aviut revelado na Massach, que é o nível de ZA de Hitlabshut, chamado CHAGAT e o nível de Malchut de Aviut, chamado NEH”Y, devido às três linhas feitas em Malchut. A linha direita é chamada Netzá, a linha esquerda é chamada Hod e a linha do meio é chamada Yessód.
No entanto, uma vez que há apenas Hitlabshut em Bechiná Álef, sem Aviut, ela não tem Kelim. Assim, o nível de CHAGAT é desprovido de Kelim, vestindo nos Kelim de NEH”Y e este nível é chamado Ubar (embrião). Isso significa que lá há apenas Aviut de Shóresh, que ficou na Massach depois de sua Hizdakchut, durante sua ascensão para Zivug no Metzach do Superior. E o nível que emerge daí é apenas o nível de Malchut.
No entanto, no seu interior está oculta a Hey inferior, considerada como “a menor Hey no Metzach”. Uma vez que o Ubar recebe o Zivug do Superior, ele desce de lá para o seu lugar (tem 54) e recebe os Môchin de Yeniká do Superior, que são Aviut de Bechiná Álef, consideradas “a Hey mais baixa em Nikvey Eynaim”. Assim, ela também adquire Kelim para CHAGAT e CHAGAT propaga de NEH”Y e tem o nível de ZA.
122) Depois, mais uma vez, ele sobe por MA”N ao Superior. Isso é chamado Ibúr Bet (segunda concepção/impregnação), onde recebe Môchin de AB SAG de AK. Então, Bechiná Dálet desce de Nikvey Eynaim ao seu lugar no Pê (Item 101) e um Zivug é feito em Bechiná Dálet em seu lugar, produzindo dez Sefirot ao nível de Kéter. Assim, os Kelim de ACHÁP sobem de volta para seu lugar no Rosh e o Partzuf é completado com dez Sefirot de Luzes e vasos. E estes Môchin são chamados Môchin de Gadlut do Partzuf. Este é o nível do primeiro Partzuf de Atzilut, chamado Partzuf Kéter ou Partzuf Atik de Atzilut.
123) E você já sabe que depois da quebra dos vasos, toda a ACHÁP caiu de seus graus, cada um ao grau abaixo dele (itens 77, 106). Assim, os ACHÁP do nível de Kéter de Nekudim estão em GE do nível de Chochmá e os ACHÁP do nível de Chochmá estão em GE do nível de Biná, etc. Assim, durante Ibúr Bet de Gadlut do primeiro Partzuf de Atzilut, chamado Atik, que elevou seus ACHÁP mais uma vez, GE do nível de Chochmá aumentou juntamente com eles. Eles foram corrigidos junto com os ACHÁP do nível de Atik e receberam lá o primeiro Ibúr.
124) E uma vez que GE de Chochmá recebeu seu nível de Ibúr e Yeniká (nutrição) (Item 121), eles subiram novamente ao Rosh de Atik, onde receberam um segundo Ibúr para os Môchin de Gadlut. Bechiná Guimel desceu ao seu lugar no Pê, produziu dez Sefirot sobre ela, no nível de Chochmá e, seus Kelim de ACHÁP subiram de volta ao seu lugar no Rosh. Assim, Partzuf Chochmá foi concluído com dez Sefirot de Luzes e Kelim. Este Partzuf é chamado Arich Anpin de Atzilut.
125) A GE do nível de Biná subiu junto com estes ACHÁP de AA, onde recebeu seu primeiro Ibúr e Yeniká. Depois, subiu ao Rosh de AA para um segundo Ibúr, elevou seus ACHÁP, recebeu os Môchin de Gadlut e, Partzuf Biná foi concluído com dez Sefirot, Luzes e vasos. Este Partzuf é chamado AVI e YESHSUT, uma vez que GAR são chamados AVI e ZAT são chamados YESHSUT.
126) E GE de ZO”N subiu junto com estes ACHÁP de AVI, onde recebeu seu primeiro Ibúr e Yeniká. Isso completa ZO”N no estado de VA”K para ZA e Nekudá (ponto) para Nukvá. Assim explicamos os cinco Partzufim do novo MA, que emergiram no mundo da Atzilut, no estado constante, chamados Atik, AA, AVI e ZO”N.
- Atik emergiu no nível de Kéter;
- AA – no nível de Chochmá;
- AVI no nível de Biná;
- E ZO”N em VA”K e Nekudá, que é o nível de ZA.
Além disso, aqui, nunca pode haver qualquer diminuição nestes cinco níveis, uma vez que os atos dos inferiores nunca alcançam às GAR de maneira que possam manchá-las. As ações dos inferiores, atingem a ZA e Nukvá, isto é, seus Kelim de Achoraim, que obtêm durante o Gadlut. Mas as ações dos inferiores não podem atingir os Kelim de Panim, que são GE em Luzes de VA”K e Nekudá. Assim, estes cinco níveis são considerados Môchin constantes em Atzilut.
127) A ordem em que se vestem um no outro e no Partzuf AK é que Partzuf Atik de Atzilut, embora emergisse de Rosh de SAG de AK (item 118), ainda não pode se vestir do Pê de SAG de AK para baixo, mas apenas abaixo do Tabúr. Isto porque, acima do Tabúr de AK é considerado Tzimtzum Álef, Akudim.
Uma vez que Partzuf Atik é o primeiro Rosh de Atzilut, Tzimtzum Bet não o controla, por isso deve ter sido digno de vestir acima de Tabúr de AK. Mas desde que Tzimtzum Bet já havia sido estabelecido no seu Pê de Rosh, para o resto dos Partzufim de Atzilut, a partir dele para baixo, só pode vestir do Tabúr de AK para baixo.
Acontece, que o nível de Atik começa no Tabúr de AK e termina igualmente com as Raglaim de AK, ou seja, acima do ponto deste mundo. Isto é assim por causa de seu próprio Partzuf. No entanto, por causa de sua conexão com o resto dos Partzufim de Atzilut, de cuja perspectiva é considerado como incluído também em Tzimtzum Bet, a este respeito, considera-se que suas Raglaim terminam acima da Parsá de Atzilut, desde que Parsá é o novo Siúm (final) de Tzimtzum Bet (item 68).
128) O segundo Partzuf no novo MA, chamado AA, que foi emanado e saiu do Pê de Rosh de Atik, começa no local de seu emergimento, do Pê de Rosh de Atik e, veste as ZAT de Atik, que terminam acima da Parsá de Atzilut. O terceiro Partzuf, chamado AVI, que emergiu do Pê de Rosh de AA, começa do Pê de Rosh de AA e termina acima do Tabúr de AA. E ZO”N começa no Tabúr de AA e acaba igualmente com o Siúm de AA, ou seja, acima da Parsá de Atzilut.
129) Você deve saber que cada nível destes cinco Partzufim do novo MA ordenou e conectou a si mesmos uma parte dos Kelim de Nekudim que se tornaram sua Nukvá. Assim, quando Partzuf Atik emergiu, tomou e conectou a si mesmo toda GAR de Nekudim, que permaneceram completas durante a quebra dos vasos. Isto se refere a GE nelas, que emergiram durante sua Katnut, chamadas Kelim de Panim (item 76). Na Katnut de Nekudim, apenas a metade Superior de cada grau veio com eles, ou seja, GE e Nikvey Eynaim. A metade inferior de cada um deles, chamada ACHÁP, desceu para o grau inferior.
Assim, considera-se que Partzuf Atik do novo MA tomou a metade Superior de Kéter dos Kelim de Nekudim, bem como a metade Superior de CHUB e as sete raízes de ZAT, incluídas em GAR de Nekudim. E, estes tornaram-se um Partzuf Nukvá para o Atik do novo MA e juntaram-se uns com os outros. Eles são chamados MA e BON de Atik de Atzilut, uma vez que o masculino de Atik é chamado MA e os Kelim de Nekudim que se juntaram são chamados BON (item 119). Eles estão organizados face e costas: Atik de MA no Panim e Atik de BON em seu Achor.
130) Partzuf AA do novo MA, que emergiu no nível de Chochmá, ordenado e conectado a si mesmo na metade inferior de Kéter de Nekudim – os ACHÁP de Kéter
– os quais, durante a Katnut, estavam no grau abaixo Kéter, isto é, em Chochmá e Biná de Nekudim (item 77). Eles se tornaram uma Nukvá a AA da nova MA e ambos se juntaram. Sua postura é direita e esquerda: AA de MA, que é o masculino, fica à direita, e AA de BON, que é a Nukvá, fica à esquerda.
E a razão pela qual Partzuf Atik de MA não levou também a metade inferior de Kéter de Nekudim é que desde que Atik é o primeiro Rosh de Atzilut, cujo nível é muito alto, conectou a si mesmo apenas os Kelim de Panim de GAR de Nekudim, onde nenhuma falha ocorreu durante a quebra. Isto não é assim na metade inferior de Kéter, os ACHÁP que caíram em CHUB durante a Katnut. Depois, durante a Gadlut, eles se elevaram de CHUB e se juntaram em Kéter de Nekudim (item 84). Então, depois da quebra dos vasos, caíram de Kéter de Nekudim uma vez mais e foram cancelados. Assim, falharam por sua queda e cancelamento e são, portanto, indignos de Atik. Por isso AA de MA os tomou.
131) E o novo Partzuf AVI, no nível de Biná, classificou e conectou a si mesmo a metade inferior de CHUB de Nekudim, que são os ACHÁP de CHUB que caíram na ZAT de Nekudim durante a Katnut. Mas depois, durante a Gadlut de Nekudim, eles se elevaram e se juntaram com CHUB de Nekudim (item 94). Durante a quebra dos vasos eles caíram em ZAT de Nekudim mais uma vez e foram cancelados (item 107) e, AVI de MA classificou-os para ser seu Nukvá.
Eles são chamados de ZAT de Chochmá e ZAT de Biná de BON, uma vez que Chéssed de Biná permaneceu com as GAR de CHUB de BON no Partzuf Atik e somente a Vav inferior, de Gevurá para baixo, permaneceu na metade inferior de Biná. Acontece que o masculino de AVI é o nível de Biná de MA e Nukvá de AVI é ZAT de CHUB de BON. Eles estão à direita e à esquerda: AVI de MA à direita e AVI de BON à esquerda. E YESHSUT de MA, que são ZAT de AVI, tomou a Malchut de CHUB de BON.
132) E Partzuf ZO”N do novo MA, no nível de VA”K e Nekudá, classificou e conectou a si mesmo os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim, fora de sua quebra em BYA, isto é, a Bechiná GE de ZAT de Nekudim (item 78). Eles se tornaram Nukvá para ZO”N de MA e ficam à direita e à esquerda: ZO”N de MA à direita e ZO”N de BON à esquerda.
133) Assim, explicamos o MA e BON nos cinco Partzufim de Atzilut. Os cinco níveis do novo MA, que emergiu no mundo de Atzilut classificaram os velhos Kelim que trabalharam em Nekudim e os transformaram em Nukvas (femininas), chamadas BON.
- BON de Atik foram ordenadas e feitas da metade Superior de GAR de Nekudim.
- BON de AA e AVI foram ordenadas e feitas da metade inferior de GAR de Nekudim, que lhes serviu durante a Gadlut de Nekudim e foram canceladas mais uma vez.
- BON de ZO”N foram ordenadas e feitas dos Kelim de Panim que surgiram durante a Katnut de Nekudim, que quebraram e cairam junto com seus Kelim de Achoraim durante sua Gadlut.
UMA GRANDE REGRA RELATIVA AOS MÔCHIN CONSTANTES E ÀS SUBIDAS DOS PARTZUFIM E DOS MUNDOS DURANTE OS SEIS MIL ANOS
134) Já foi explicado que o emergimento da Gadlut de GAR e ZAT de Nekudim veio em três sequências, por meio de três pontos Cholam, Shuruk, Chirik (item 86). Disso você pode entender que existem dois tipos de conclusão das dez Sefirot para a recepção dos Môchin de Gadlut.
A primeira é através de ascensão e integração no Superior, ou seja, quando ZO”N de AK iluminou a nova Luz através do Tabúr em Kéter de Nekudim e baixou a Hey inferior de Nikvey Eynaim de Kéter ao seu Pê. Assim, os ACHÁP de Kéter caídos que estava em AVI elevaram-se e voltaram para os seus graus em Kéter, completando suas dez Sefirot.
Considera-se que, naquele estado, GE de AVI ligada aos ACHÁP de Kéter subiu junto com eles. Assim, também AVI estão incluídos nas dez Sefirot completas de Kéter, desde a mais baixa que sobe para o Superior torna-se como ele (item 93). Assim, considera-se que também AVI, obteve ACHÁP que faltava para completar suas dez Sefirot, pela sua integração em Kéter. Este é o primeiro tipo de Môchin de Gadlut.
135) O segundo tipo é um grau que foi completado nas dez Sefirot por si mesmas quando ZO”N de AK iluminaram a nova Luz através de Yessód de AK, chamado “o ponto de Shuruk”, para AVI e baixaram a Hey inferior de Nikvey Eynaim de AVI elas mesmas, ao seu Pê. Por isso, elas elevaram os Kelim de ACHÁP de AVI a partir do local em que eles caíram em ZAT ao Rosh de AVI e completaram suas dez Sefirot. Assim, agora AVI estão completas por si mesmas, já que agora eles obtiveram os Kelim reais de ACHÁP que lhes faltavam.
No entanto, no primeiro tipo, quando receberam a sua conclusão, de Kéter através da Dvekút com seus ACHÁP, eles eram na verdade ainda deficientes de ACHÁP. Mas, devido à sua Hitkalelut em Kéter, eles receberam uma iluminação de seus ACHÁP, que bastavam apenas para completá-los em dez Sefirot, enquanto ainda estavam no lugar de Kéter, e não quando partiram dali para o seu próprio lugar.
136) Da mesma forma, também há dois tipos de conclusões em ZAT:
- Durante a iluminação de Shuruk e a ascensão dos ACHÁP de AVI, no momento em que a GE de ZAT que está ligada a eles, também subiu juntamente com eles para AVI, onde eles receberam ACHÁP para completar suas dez Sefirot. Estes ACHÁP não são mais os seus verdadeiros ACHÁP, mas somente iluminação de ACHÁP, suficiente para completar as dez Sefirot, enquanto estão em AVI e não em sua descida para o seu próprio lugar.
- A conclusão das dez Sefirot, que as ZAT obtiveram durante a Hitpashtut de Môchin de AVI para as ZAT, pela qual elas, também, reduziram seu Hey inferior final de seu Chazê ao Siúm Raglin de AK e elevaram suas TNEHY de BYA e as conectaram ao seu grau, para Atzilut. Então, se não tivessem sido quebradas e morrido, teriam sido concluídas com dez Sefirot completas por si mesmas, já que agora haviam obtido os reais ACHÁP que lhes faltava.
137) Nos quatro Partzufim que emergiram de AVI nos Kelim de CHAGAT, bem como nos quatro Partzufim que emergiram de YESHSUT aos Kelim de TNHYM (Itens 107-109), existem também esses dois tipos de conclusão das dez Sefirot. Isso ocorre porque em primeiro lugar, cada um deles foi completado por sua adesão com ACHÁP de AVI e YESHSUT enquanto eles ainda estavam no Rosh. Este é o primeiro tipo de conclusão das dez Sefirot. Depois, quando se expandiram para BYA, elas queriam estar completas pela conclusão do segundo tipo de dez Sefirot. Isso se aplica também às Sefirot dentro das Sefirot.
138) Você deve saber que esses cinco Partzufim de Atzilut, Atik, AA, AVI e ZO”N foram estabelecidos em permanência,28 e nenhuma diminuição se aplica a eles (item 126). Atik emergiu no nível de Kéter; AA no nível de Chochmá; AVI no nível de Biná e; ZO”N ao nível de ZA, VA”K sem um Rosh.
Assim, os Kelim de ACHÁP que foram ordenados por eles, do período de Gadlut, foram considerados realização do primeiro tipo de dez Sefirot, por meio do ponto de Cholam que é mostrado em Kéter de Nekudim. Então, AVI também, foram concluídos por Kéter e obtiveram iluminação dos Kelim de ACHÁP (item 134). Assim, apesar de Atik, AA e AVI, todos tinham dez Sefirot completas no Rosh, não GAR expandida dele para seus Gufim. Mesmo Partzuf Atik tinha apenas VA”K, sem um Rosh, no Guf e assim fizeram AA e AVI.
A razão para isto é que o puro é ordenado primeiro. Assim, apenas a conclusão do primeiro tipo de dez Sefirot foi ordenada nele, do ponto de vista de sua ascensão ao Superior, ou seja, a iluminação dos Kelim de ACHÁP, o que é suficiente para completar as dez Sefirot no Rosh. Mas ainda não há Hitpashtut do Rosh ao Guf, desde quando AVI foram incluídos em Kéter de Nekudim, estabeleceram para a iluminação de ACHÁP pela força de Kéter e nada pela sua Hitpashtut para o seu lugar próprio, de Pê de Kéter de Nekudim para baixo (Item 135). E uma vez que os corpos de Atik e AA e AVI estavam em VA”K sem um Rosh, é tanto mais com a própria ZO”N, considerada o Guf de Atzilut comum que emergiu nas VA”K sem Rosh.
139) No entanto, isso não foi assim em AK. Em vez disso, toda a quantidade que emergiu nos Roshim dos Partzufim de AK também expandidos para seus Gufim. Por isso, todos os cinco Partzufim de Atzilut são considerados como meros VA”K dos Partzufim de AK. É por isso que eles são chamados “o novo MA” ou “MA dos cinco Partzufim de AK”, isto é, o nível de ZA, que é MA sem GAR. GAR são Galgálta, AB, SAG, uma vez que o coração do grau é medido de acordo com sua expansão para o Guf, do Pê para baixo. E uma vez que os três primeiros Partzufim não se espalham no Guf, mas apenas VA”K sem um Rosh, eles são considerados MA, que é o nível de VA”K sem um Rosh, no que diz respeito aos cinco Partzufim de AK.
140) Assim, Atik de Atzilut, com o nível de Kéter no Rosh, é considerado VA”K para Partzuf Kéter de AK e carece Neshamá, Chayá, Yechidá de Kéter de AK. AA de Atzilut, tendo o nível de Chochmá no Rosh, é considerado VA”K para Partzuf AB de AK, que é Chochmá, faltando Neshamá, Chayá, Yechidá de AB de AK.
AVI de Atzilut, com o nível de Biná no Rosh, são considerados VA”K do Partzuf SAG de AK e carecem de Neshamá, Chayá, Yechidá de SAG de AK. ZO”N de Atzilut são considerados VA”K do Partzuf MA e BON de AK e carecem de Neshamá, Chayá, Yechidá de MA e BON de AK. E YESHSUT e ZO”N estão sempre no mesmo grau — um sendo o Rosh e o outro sendo o Guf.
141) A conclusão dos ACHÁP das dez Sefirot do segundo tipo são ordenadas através da elevação de MA”N a partir das boas obras dos inferiores. Isto significa que eles completam AVI, em relação a si próprios, como no ponto de Shuruk. Então, os próprios AVI diminuem a Hey inferior da sua Nikvey Eynaim e elevam seus ACHÁP para eles. Então eles também têm a força para doar ao ZAT, que são ZO”N, isto é, para os Gufim de Cima para baixo. Isso, porque os GE de ZO”N, ligados aos ACHÁP de AVI, são atraídos junto com eles para AVI e recebem deles a conclusão de suas dez Sefirot (item 94).
Nesse momento, a soma total de Môchin em AVI é dada para ZO”N que também se elevam junto com eles para seus ACHÁP. Assim, quando os cinco Partzufim de Atzilut recebem esta conclusão do segundo tipo, há GAR para os Gufim dos três primeiros Partzufim — Atik, AA e AVI de Atzilut — bem como para ZO”N de Atzilut, o Guf de Atzilut comum.
Então, os cinco Partzufim de Atzilut se elevam e vestem os cinco Partzufim de AK. Isso ocorre porque durante a Hitpashtut de GAR aos Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, eles se equalizam com os cinco Partzufim de AK:
- Atik de Atzilut se eleva e veste Partzuf Kéter de AK
- AA veste AB de AK
- AVI – SAG de AK
- E ZO”N vestem MA e BON de AK.
E, em seguida, cada um deles recebe Neshamá, Chayá e Yechidá de sua Bechiná em AK correspondente.
142) No entanto, em relação as ZO”N de Atzilut, estes Môchin são considerados como apenas o primeiro tipo de conclusão das dez Sefirot. Isso, porque esses ACHÁP não são ACHÁP completos, mas mera iluminação de ACHÁP, que eles recebem através AVI, enquanto estão no lugar de AVI. Mas em sua expansão para o seu lugar próprio, eles ainda não têm seus próprios ACHÁP (item 136).
Por esta razão, todos Môchin que ZO”N obtém nos 6.000 anos são considerados “Môchin de ascensão”, já que podem obter Môchin de GAR somente quando se elevam ao lugar de GAR, como então são concluídos por eles. Mas se eles não se elevam ao lugar de GAR, não podem ter Môchin, já que ZO”N ainda tem que classificar o segundo tipo de Môchin e, isso vai ocorrer apenas no final da correção.
143) Assim, explicamos que os Môchin dos cinco Partzufim permanentes em Atzilut são do primeiro tipo de classificação dos Kelim de AVI. No mundo de Nekudim, esta iluminação é chamada “iluminação de Tabúr” ou “o ponto de Cholam”. Mesmo AVI têm apenas o primeiro tipo de conclusão; portanto, nenhuma iluminação de GAR espalha dos Roshim de Atik, AA e AVI aos seus próprios Gufim e para ZO”N, já ZAT de Nekudim, também não receberam nenhuma daquela iluminação de Cholam (item 88).
E os Môchin dos 6000 anos, até o final da correção, que vêm através da elevação de MA”N dos inferiores, são considerados classificação dos Kelim para completar o segundo tipo das dez Sefirot de AVI. No mundo de Nekudim, esta iluminação é chamada “iluminação do Yessód” ou “ponto de Shuruk”, desde então AVI eleva seus próprios ACHÁP, aos quais também GE de ZAT estão ligados. Assim, ZAT também recebem Môchin de GAR no lugar de AVI. E, estes Môchin alcançam os Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut e as ZO”N comum, exceto que devem estar acima, no lugar de GAR, e vesti-los.
No futuro, no fim da correção, ZO”N receberão a conclusão do segundo tipo das dez Sefirot e irão baixar a conclusão da Hey inferior do seu Chazê, que é Parsá de Atzilut, para o lugar de Siúm Raglin de AK (item 136). Então, TNEHY de ZO”N em BYA se conectarão ao grau de ZO”N de Atzilut e Siúm Raglin de Atzilut se equalizarão com Siúm Raglin de AK. Então, o Rei Messias aparecerá, como está escrito: “E Seus pés se levantarão… sobre o monte das Oliveiras”. Assim, foi completamente esclarecido que não há correção para os mundos durante 6.000 anos, exceto por meio de ascensão.
EXPLICANDO OS TRÊS MUNDOS BRIÁ, YETZIRÁ E ASSIÁ
144) Há sete pontos básicos para discernir nos três mundos BYA:
- De onde era o lugar para estes três mundos serem feitos?
- Os níveis dos Partzufim BYA e a situação inicial dos mundos quando foram criados e emanados da Nukvá de Atzilut.
- Todos os níveis, desde os Môchin adicionados e a posição que tinham obtido antes do pecado de Adam HaRishon.
- Os Môchin que permaneceram nos Partzufim BYA e o local para o qual os mundos caíram depois de terem sido danificados pelo pecado de Adam HaRishon.
- Os Môchin de Íma que os Partzufim BYA receberam depois de sua queda abaixo da Parsá de Atzilut.
- Os Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut, que desceram e vestiram os Partzufim BYA e tornaram-se o que é para eles discernido como Neshamá para Neshamá.
- A Malchut de Atzilut que desceu e se tornou Atik para os Partzufim BYA.
145) O primeiro discernimento já foi explicado (item 66): Por causa da ascensão da Malchut Mesayémet (Finalizadora) que estava abaixo do Siúm Raglin de AK, para o lugar de Chazê de ZAT de Nekudôt de SAG, que ocorreu durante Tzimtzum Bet, os dois terços inferiores de Tiféret e NEHY”M caíram abaixo do novo ponto do Siúm em Chazê de Nekudôt. Assim, eles não são mais dignos de receber a Luz Superior e o lugar dos três mundos BYA foi feito a partir deles:
- O lugar do mundo de Briá foi feito dos dois terços inferiores de Tiféret;
- O local do mundo de Yetzirá foi feito das três Sefirot NEH”Y;
- O lugar do mundo de Assiá era feito de Malchut.
146) O segundo discernimento são os níveis dos Partzufim BYA e suas posições sobre sua saída e nascimento de Nukvá de Atzilut. Saibam que então, ZA já havia obtido a Bechiná Chayá de Aba e a Nukvá já havia obtido a Bechiná Neshamá de Íma.
E você já sabe que as ZO”N recebem os Môchin de AVI somente pela ascensão e vestimenta (item 142). Assim, ZA veste Aba de Atzilut, chamado AVI Superior, a Nukvá veste Íma de Atzilut, chamada YESHSUT e então Nukvá de Atzilut é ordenada e emanada do mundo de Briá com seus cinco Partzufim.
147) E já que a Nukvá fica no lugar de Íma, ela é considerada como tendo o grau de Íma, uma vez que o inferior que sobe ao Superior torna-se como ele. Portanto, o mundo de Briá, que foi ordenado por ela, é considerado o grau de ZA, uma vez que é um grau inferior a Nukvá, considerada Íma e o inferior para Íma é ZA. Então o mundo de Briá, que fica no lugar de ZA de Atzilut, está abaixo de Nukvá de Atzilut, que foi então considerada Íma de Atzilut.
148) Assim, considera-se que o mundo de Yetzirá, que foi ordenado e emanado pelo mundo de Briá, está então, no grau de Nukvá de Atzilut. Isto é assim porque é o grau abaixo do mundo de Briá, que foi, então, considerado ZA de Atzilut. E o que está abaixo de ZA é considerado Nukvá. No entanto, nem todas as dez Sefirot do mundo de Yetzirá são consideradas Nukvá de Atzilut, mas apenas as quatro primeiras de Yetzirá. A razão é que há dois estados para a Nukvá: face a face e costa com costa:
- Quando ela está face a face com ZA, seu nível é igual ao de ZA;
- E quando está costa com costa, ocupa apenas quatro Sefirot TNEHY de ZA. E, já que então o estado de todos os mundos era apenas costa com costa, havia somente quatro Sefirot na Nukvá. Assim, também o mundo de Yetzirá, tem apenas suas primeiras quatro Sefirot no local de Nukvá de Atzilut. E as últimas seis de Yetzirá eram as primeiras seis Sefirot do mundo atual de Briá, de acordo com as qualidades no lugar de BYA no primeiro discernimento (item 145), onde os mundos BYA caíram após o pecado de Adam HaRishon e este é agora o seu lugar permanente.
149) O mundo de Assiá, que foi ordenado pelo mundo de Yetzirá, é considerado o grau atual de Briá. Desde que o mundo de Yetzirá estava anteriormente no grau de Nukvá de Atzilut, o grau abaixo dele – mundo de Assiá – é considerado o mundo atual de Briá. Mas, uma vez que apenas as quatro primeiras (Sefirot) de Yetzirá foram consideradas Nukvá de Atzilut e suas seis menores estavam no mundo de Briá, assim, apenas as quatro primeiras do mundo de Assiá abaixo dela são consideradas como as quatro Sefirot inferiores do mundo de Briá. E as últimas seis do mundo de Assiá estavam no lugar das primeiras seis do mundo de Yetzirá atual.
Então, as quatorze Sefirot – NEHY”M da Yetzirá atual e todas as dez Sefirot do mundo de Assiá atual – foram desprovidas de qualquer Kedushá (santidade) e tornaram-se Mador ha Klipót (a seção das cascas). Isto é assim, porque haviam apenas Klipót (cascas) no lugar dessas quatorze Sefirot, uma vez que os mundos de Kedushá terminaram no lugar de Chazê do mundo de Yetzirá atual. Assim, aprendemos os níveis dos Partzufim BYA e o lugar de sua posição em sua primeira aparição.
150) Agora vamos explicar o terceiro discernimento – os níveis dos Partzufim BYA e a postura que tiveram dos Môchin adicionados antes do pecado de Adam HaRishon. Isto porque através da iluminação da adição do Shabbat, eles tinham duas ascensões.
1 . Na quinta hora, na véspera do Shabbat, quando Adam HaRishon nasceu. Então, a iluminação do Shabbat começa a brilhar na forma do quinto do sexto dia. Então:
- ZA obteve Bechinat Yechidá e se elevou e vestiu AA de Atzilut;
- E Nukvá – Bechinat Chayá se elevou e vestiu AVI de Atzilut;
- Briá se elevou para YESHSUT;
- O conjunto de Yetzirá subiu para ZA;
- As quatro primeiras Sefirot de Assiá se elevaram para o lugar de Nukvá de Atzilut;
- E as últimas seis de Assiá se elevaram para o lugar das primeiras seis de Briá.
2 . Na véspera do Shabbat, ao anoitecer. Através da adição de Shabbat, as últimas seis de Assiá se elevam também para o lugar de Nukvá de Atzilut e os mundos de Yetzirá e Assiá permanecem no mundo de Atzilut, no lugar das ZO”N de Atzilut, na forma face a face.
151) E agora vamos explicar o quarto discernimento – o nível dos Môchin que permaneceram em BYA e o lugar em que caíram após o pecado. Por causa da falha do pecado da Árvore do Conhecimento, todos Môchin adicionados que obtiveram através das duas ascensões afastaram os mundos e ZO”N voltou a ser VA”K e Nekudá. E os três mundos BYA ficaram apenas com os Môchin com os quais inicialmente emergiram. O mundo de Briá estava no grau de ZA, o que também significa VA”K, Yetzirá e Assiá na medida acima mencionada (item 148).
Além disso, o discernimento de Atzilut deixou-os completamente e eles caíram abaixo da Parsá de Atzilut, com a qualidade do local de BYA, elaborado pelo Tzimtzum Bet (item 145). Assim, as quatro inferiores de Yetzirá e as dez Sefirot do mundo de Assiá caíram e ficaram no lugar das quatorze Sefirot das Klipót (item 149), chamado Mador ha Klipót.
152) O quinto discernimento é o Môchin de Íma que BYA receberam no lugar para onde eles caíram. Após BYA terem partido de Atzilut e caido abaixo da Parsá de Atzilut, tinham apenas VA”K (item 151). Então YESHSUT se vestiu em ZO”N de Atzilut e YESHSUT se acasalaram com a finalidade de vestirem-se em ZO”N e partilharam Môchin de Neshamá aos Partzufim BYA nos seus lugares:
- O mundo de Briá recebeu deles dez Sefirot completas ao nível de Biná;
- O mundo de Yetzirá recebeu deles VA”K;
- E o mundo de Assiá, apenas o discernimento costa com costa.
153) O sexto discernimento é a Neshamá para Neshamá, que os Partzufim BYA obtiveram dos Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut. Isso ocorre porque durante a diminuição lunar, o Partzuf de Achor de Nukvá de Atzilut caiu e vestiu-se nos Partzufim BYA. Ele contém três Partzufim, chamados Ibúr, Yeniká e Môchin.
- Bechinat (discernimento de) Môchin caiu em Briá;
- Bechinat Yeniká caiu em Yetzirá;
- E Bechinat Ibúr caiu em Assiá.
Tornaram-se Bechinat Neshamá para Neshamá para todos os Partzufim BYA, que é considerado Chayá, com respeito a eles.
154) O sétimo discernimento é Nukvá de Atzilut, que se tornou o RADLA e a iluminação de Yechidá em BYA. Isso é porque foi explicado que, durante a diminuição lunar, os três discernimentos – Ibúr, Yeniká, Môchin – do Partzuf Achor de Nukvá de Atzilut caíram e se vestiram em BYA. Eles são considerados como os Achoraim dos nove inferiores de Nukvá, que são Ibúr, Yeniká, e Môchin:
- NEH”Y é chamado Ibúr;
- CHAGAT é chamado Yeniká;
- CHABAD é chamado Môchin.
No entanto, o Achor de Bechiná Kéter de Nukvá tornou Atik aos Partzufim BYA, de uma forma que as Luzes dos atuais Partzufim BYA são, principalmente das remanescentes, deixados nelas depois do pecado de Adam HaRishon, que é o VA”K de cada uma delas (item 151).
- Receberam Bechiná Neshamá dos Môchin de Íma (item 151);
- E receberam Bechiná Neshamá para Neshamá, que é Bechiná Chayá, dos nove inferiores do Partzuf Achor de Nukvá;
- E receberam Bechiná Yechidá de Bechiná Achor de Kéter de Nukvá de Atzilut.
EXPLICANDO AS ASCENÇÕES DOS MUNDOS
155) A principal diferença entre os Partzufim de AK e os Partzufim do mundo de Atzilut é que os Partzufim de AK são de Tzimtzum Álef, onde cada grau contém dez Sefirot completas. Além disso, há apenas um Kli nas dez Sefirot – o Kli de Malchut, mas as primeiras nove Sefirot são apenas consideradas Luzes.
Os Partzufim de Atzilut, no entanto, são de Tzimtzum Bet, como está escrito: “no dia em que o Senhor Deus fez a terra e o céu”, quando Ele associou Rachamim (misericórdia) com Din (julgamento) (item 59). Midat ha Din (qualidade do julgamento), que é Malchut, se elevou e se conectou a Biná, que é Midat ha Rachamim (qualidade da misericórdia) e elas estavam coligadas. Assim, um novo Siúm foi colocado sobre a Luz Superior no lugar de Biná. A Malchut Mesayémet (que Finaliza) o Guf elevou-se para Biná de Guf, que é Tiféret, no lugar do Chazê e se acoplou com Malchut no Pê de Rosh se elevou para Biná de Rosh, chamada Nikvey Eynaim.
Assim, o nível dos Partzufim diminuíu em GE, que são Kéter Chochmá em Kelim, ao nível de VA”K sem um Rosh, que são Néfesh Ruach em Luzes (item 74). Portanto, são deficientes dos ACHÁP de Kelim, que são Biná e ZO”N e as Luzes de Neshamá, Chayá e Yechidá.
156) Foi explicado (item 124) que, ao elevar MA”N para o segundo Ibúr, os Partzufim de Atzilut obtiveram a iluminação dos Môchin de AB SAG de AK, o que reduz a Hey inferior de Nikvey Eynaim de volta ao seu lugar no Pê, como em Tzimtzum Álef. Assim, recuperam o ACHÁP de Kelim e Neshamá, Chayá e Yechidá de Luzes. No entanto, isso ajudou apenas para as dez Sefirot do Rosh dos Partzufim, mas não para seus Gufim, uma vez que estes Môchin não se espalharam de Pê para baixo para seus Gufim (item 138).
Por isso, mesmo depois dos Môchin de Gadlut, os Gufim permaneceram em Tzimtzum Bet, como durante o Katnut. Por esta razão, todos os cinco Partzufim de Atzilut são considerados como tendo apenas o nível das dez Sefirot que emergem em Aviut de Bechiná Álef, o nível de ZA, VA”K sem um Rosh, chamado de “o nível de MA”. Eles vestem o nível de MA dos cinco Partzufim de AK, ou seja, a partir do Tabúr dos cinco Partzufim de AK para baixo.
157) Assim, Partzuf Atik de Atzilut veste Partzuf Kéter de AK de seu Tabúr para baixo e recebe a sua recompensa do nível de MA de Partzuf Kéter de AK, que está ali. Partzuf AA de Atzilut veste Partzuf AB de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA de AB de AK, que está ali. AVI de Atzilut veste Partzuf SAG de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA de SAG, que está ali. ZO”N de Atzilut veste Partzuf MA e BON de AK do Tabúr para baixo e recebe sua recompensa do nível de MA do Partzuf MA e BON de AK.
Assim, cada um dos cinco Partzufim de Atzilut recebe de seu Partzuf correspondente em AK, apenas VA”K sem um Rosh, chamado “o nível de MA”. E mesmo que haja GAR nos Roshim dos cinco Partzufim de Atzilut, apenas os Môchin que expandem de Pê para baixo em seus Gufim, que são meramente VA”K sem um Rosh, são levados em consideração (item 139).
158) Isso não significa que cada um dos cinco Partzufim de Atzilut vista sua Bechiná (discernimento) correspondente em AK. Isso é impossível, uma vez que os cinco Partzufim de Atzilut vestem-se um sobre o outro e, assim fazem os cinco Partzufim de Atzilut. Pelo contrário, isto significa que o nível de cada Partzuf dos Partzufim de Atzilut está objetivando sua correspondente Bechiná nos cinco Partzufim de AK, do qual recebe a sua recompensa (HaIlan, Imagem no. 3 ).
159) Para os Môchin fluírem do Pê para baixo para os Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, foi explicado (item141) que a elevação de MA”N dos inferiores é necessária. Isso porque a seguir, as conclusões das dez Sefirot do segundo tipo são dadas a eles, o que também é suficiente para os Gufim.
E há três discernimentos nestes MA”N que os inferiores elevam:
- Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Bet, dez Sefirot no nível de Biná emergem, chamadas “o nível de SAG”. Estas são Môchin da Luz de Neshamá.
- Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Guimel, dez Sefirot no nível de Chochmá emergem, chamadas “o nível de AB”. Estas são Môchin da Luz de Chayá.
- Quando elevam MA”N de Aviut de Bechiná Dálet, dez Sefirot no nível de Kéter emergem, chamadas “o nível de Galgálta”. Estes são Môchin da Luz de Yechidá (item 29).
160) Saiba que os inferiores que são adequados para elevar MA”N são considerados apenas NARAN (Néfesh, Ruach, Neshamá) de Tzadikim (justos), que já estão incluídos em BYA e podem elevar MA”N para ZO”N de Atzilut, considerado seu (grau) Superior. Então, ZO”N eleva MA”N para seus Superiores que são AVI e, AVI os elevam mais Superior ainda, até que atinjam os Partzufim de AK. Então a Luz Superior desce de Ein Sóf para os Partzufim de AK sobre MA”N que se elevou ali e, o nível de dez Sefirot emerge, de acordo com a medida de Aviut de MA”N que eles elevaram.
- Se for de Bechiná Bet, é ao nível de Neshamá;
- Se for de Bechiná Guimel, é ao nível de Chayá.
E a partir daí, os Môchin descem grau por grau através dos Partzufim de AK, até chegarem aos Partzufim de Atzilut. E eles também viajam grau por grau, através de todos os Partzufim de Atzilut, até chegarem aos Partzufim ZO”N de Atzilut, que transmitem estes Môchin sobre NARAN de Tzadikim que elevaram estes MA”N de BYA.
E esta é a regra: qualquer iniciação de Môchin vem apenas de Ein Sóf e nenhum grau pode elevar MA”N ou receber recompensa, exceto de seu Superior adjacente.
161) Isto lhe diz que é impossível para os inferiores receber qualquer coisa de ZO”N de Atzilut antes que todos Partzufim Superiores no mundo de Atzilut e do mundo de AK forem trazidos para Gadlut por eles. E por isso foi explicado que não há iniciação de Môchin exceto a partir de Ein Sóf.
No entanto, as NARAN de Tzadikim só podem recebê-los de seus Superiores adjacentes, que são ZO”N de Atzilut. Assim, os Môchin devem jorrar em cascata através dos Mundos Superiores e Partzufim, até que atinjam os ZO”N, que depois transmitem para NARAN de Tzadikim.
Você já sabe que não há ausência no espiritual e, que a transferência de um lugar para outro não significa tornar-se ausente do primeiro lugar e chegar ao próximo local, como na corporalidade. Em vez disso, eles permanecem no primeiro lugar, mesmo depois que se moveram e chegaram ao próximo local, como se acendessem uma vela na outra, sem que a primeira se prejudicasse.
Além disso, a regra é que a essência e a raiz da Luz continuem no primeiro lugar e, só um ramo dela se estende até o próximo local. Agora você pode ver que a recompensa que atravessa os Superiores, até atingir o NARAN de Tzadikim permanece em cada grau que percorreu. Assim, todos os graus crescem por causa da recompensa que eles passam para NARAN de Tzadikim.
162) Agora você pode entender como as ações dos inferiores causam subidas e descidas nos Partzufim e mundos Superiores. Isto porque, quando eles melhoram suas ações e elevam MA”N e ampliam a recompensa, todos os mundos e graus através dos quais a recompensa passou a crescer e se elevar mais Alto, por causa da recompensa que eles passam. E quando eles corrompem seus atos, uma vez mais MA”N é corrompido e os Môchin também partem dos graus Superiores, uma vez que a transferência de recompensa deles para os inferiores se detem e, eles descem mais uma vez ao seu estado pemanente como no princípio.
163) E agora vamos explicar a ordem das ascensões dos cinco Partzufim de Atzilut para os cinco Partzufim de AK e os três mundos BYA para YESHSUT e ZO”N de Atzilut, começando com seu estado constante e até o nível que pode ser atingido durante 6.000 anos antes do final da correção. No geral, existem três ascensões, mas elas são divididas em muitos detalhes.
O estado constante dos mundos AK e ABYA já foi explicado acima: o primeiro Partzuf que foi emanado após Tzimtzum Álef é Partzuf Galgálta de AK, vestido pelos quatro Partzufim de AK: AB, SAG, MA e BON e o Siúm Raglin de AK está acima do ponto deste mundo (itens 27, 31). Ele é circundado pelo ambiente de AK de Ein Sóf, cuja magnitude é infinita e imensurável (item 32). E assim como Ein Sóf o circunda, ele se veste dentro dele e é chamado “a linha de Ein Sóf”.
164) E dentro de MA e BON de AK reside Partzuf TNEHY”M de AK, chamado Nekudôt de SAG de AK (itens 63, 66). Durante Tzimtzum Bet, a Malchut Mesayémet (Finalizadora), que se situou acima do ponto deste mundo, elevou-se e determinou seu lugar no Chazê deste Partzuf, abaixo do terço Superior de Tiféret, onde criou um novo Siúm na Luz Superior, de modo a não se espalhar de lá para baixo. Este novo Siúm é chamado “Parsá abaixo de Atzilut” (Item 68).
Além disso, estas Sefirot de Chazê abaixo do Partzuf Nekudôt de SAG de AK que permaneceram abaixo da Parsá se tornaram um lugar para os três mundos BYA:
- Os dois terços de Tiféret através do Chazê tornaram-se o lugar do mundo de Briá;
- NEH”Y tornou-se o lugar do mundo de Yetzirá;
- E Malchut, o lugar do mundo de Assiá (item 67).
Acontece que o lugar dos três mundos BYA começa abaixo da Parsá e termina acima do ponto deste mundo.
165) Assim, os quatro mundos, Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá começam do local abaixo do Tabúr de AK e terminam acima do ponto deste mundo. Isso, porque os cinco Partzufim do mundo de Atzilut começam do local abaixo Tabúr de AK e terminam acima da Parsá. E, da Parsá para baixo, para este mundo, ficam os três mundos BYA. Este é o estado pemanente dos mundos AK e ABYA e nunca haverá qualquer diminuição neles.
E isso já foi explicado (item 138), que nesse estado, existe apenas Bechiná VA”K sem um Rosh em todos os Partzufim e mundos. Isto é assim porque, mesmo nos três primeiros Partzufim de Atzilut, em cujos Roshim há GAR, eles ainda não são transmitidos de seu Pê para baixo e todos os Gufim são VA”K sem um Rosh, tanto mais nos Partzufim BYA. Mesmo os Partzufim de AK, com relação aos seus arredores, são considerados como faltando GAR (item 32).
166) Assim, sobre tudo isso há três ascensões para completar os mundos nos três níveis, Neshamá, Chayá e Yechidá, que lhes falta. E essas ascensões dependem da elevação de MA”N nos inferiores.
A primeira ascensão é quando os inferiores elevam MA”N da Bechiná Aviut de Bechiná Bet. Então, os ACHÁP do nível de Biná e Neshamá, com respeito as dez Sefirot do segundo tipo, são ordenados, da iluminação do ponto de Shuruk (item 135). Estes Môchin brilham aos ZAT e os Gufim, assim como nos Partzufim de AK, quando a quantidade total que existe nas dez Sefirot nos Roshim dos Partzufim de AK atravessam e se espalham também para os Gufim.
167) Acontece que quando estes Môchin viajam através dos Partzufim de Atzilut, cada um dos cinco Partzufim de Atzilut recebe Môchin de Biná e Neshamá, chamados Môchin de SAG, que iluminam GAR aos seus Partzufim, assim como em AK. Por isso, então se considera que crescem e se elevam e vestem os cinco Partzufim de AK, para a extensão dos Môchin que eles alcançaram.
168) Assim, quando Partzuf Atik de Atzilut obteve estes Môchin de Biná, ele se eleva e veste Partzuf Biná de AK, opostos ao nível de SAG de Partzuf Galgálta de AK, do qual recebe sua Bechiná Neshamá de Yechidá de AK, que também brilha para suas ZAT.
E quando os Môchin chegam ao Partzuf AA de Atzilut, ele se eleva e veste o Rosh de Atik do estado permanente, opostos ao nível de SAG do Partzuf AB de AK, do qual recebe Bechiná Neshamá de Chayá de AK, que brilha para sua ZAT. E quando os Môchin chegam ao Partzuf AVI de Atzilut, se elevam e vestem as GAR de AA permanente, opostos ao nível de Biná de SAG de AK, da qual recebe Bechiná Neshamá de Neshamá de AK, que também brilha aos seus ZAT. E quando estes Môchin chegam ao YESHSUT e ZO”N de Atzilut, se elevam e vestem AVI permanente, opostos ao nível de Biná de Partzuf MA e BON de AK, dos quais recebem Bechiná Neshamá de Néfesh Ruach de AK. Em seguida, a NARAN de Tzadikim recebem os Môchin de Neshamá de Atzilut.
E quando os Môchin chegam aos Partzufim do mundo de Briá, o mundo de Briá se eleva e veste Nukvá de Atzilut, da qual recebe Bechiná Néfesh de Atzilut. E quando os Môchin chegam ao mundo de Yetzirá, se elevam e vestem o mundo de Briá permanente, do qual recebem Bechiná Neshamá e GAR de Briá. E quando os Môchin chegam ao mundo de Assiá, se elevam e vestem o mundo de Yetzirá, do qual recebem Bechiná Môchin de VA”K que está em Yetzirá. Assim explicamos a primeira elevação que cada Partzuf em ABYA obtido pelas MA”N de Bechiná Bet, que os inferiores elevaram (HaIlan, Imagem nº. 7).
169) A segunda ascensão ocorre quando os inferiores elevaram MA”N de Aviut de Bechiná Guimel. Então, os ACHÁP do nível de Chochmá e Chayá são ordenados no que respeita à conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Môchin brilham para ZAT e Gufim, também, como nos Partzufim de AK. E quando os Môchin passarem através dos Partzufim ABYA, cada Partzuf se eleva e cresce através deles, de acordo com os Môchin que tenha atingido.
170) Assim, quando os Môchin chegaram ao Partzuf Atik de Atzilut, este se eleva e veste as GAR do Partzuf Chochmá de AK, chamadas AB de AK, opostas ao nível de AB de Galgálta de AK, do qual recebem a Luz de Chayá de Yechidá. E quando os Môchin alcançam Partzuf AA de Atzilut, este se eleva e veste GAR de SAG de AK, oposto ao nível de AB de Partzuf AB de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de Chayá de AK. E quando os Môchin alcançam os Partzufim AVI de Atzilut, estes se elevam e vestem as GAR de Atik permanentes, oposto ao nível de AB do Partzuf SAG de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de Neshamá de AK, que brilha também para as ZAT e Gufim. E quando os Môchin alcançam YESHSUT de Atzilut, este se eleva e veste as GAR de AA permanente, oposto ao nível de AB de MA de AK, do qual recebe a Luz de Chayá de MA de AK. E quando os Môchin alcançam ZO”N de Atzilut, estes se elevam para as GAR de AVI, opostos ao nível de AB de BON de AK, do qual recebem a Luz de Chayá de BON de AK. Além disso, eles recebem as almas dos justos de ZO”N.
E quando os Môchin alcançam o mundo de Briá, este se eleva e veste ZA de Atzilut, das quais recebe Bechiná Ruach de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Yetzirá, Yetzirá se eleva e veste Nukvá de Atzilut e recebe dela a Luz de Néfesh de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Assiá, este se eleva e veste o mundo de Briá e recebe dele Bechiná GAR e Neshamá de Briá. Então, o mundo de Assiá é concluído com as plenas NARAN de BYA. Assim explicamos a segunda elevação de cada Partzuf dos Partzufim ABYA que se elevaram e cresceram pelo MA”N de Bechiná Guimel, que as NARAN dos Tzadikim elevaram. (HaIlan, Imagem nº. 8)
171) A terceira elevação é quando os inferiores elevam MA”N de Aviut de Bechiná Dálet. Então, as ACHÁP do nível de Kéter de Yechidá são ordenadas, com relação à conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Môchin também brilham aos ZAT e seus Gufim, como nos Partzufim AK. E quando estes Môchin percorrem os Partzufim ABYA, cada Partzuf aumenta, cresce e veste seu Superior, de acordo com a medida daqueles Môchin.
172) Assim, quando os Môchin alcançam Partzuf Atik de Atzilut, ele se eleva e veste as GAR do Partzuf Galgálta de AK e recebe dali sua Luz de Yechidá de Yechidá. E quando os Môchin alcançam Partzuf AA de Atzilut, ele se eleva e veste as GAR de Partzuf AB de AK e recebem dali a luz de Yechidá de Chayá de AK. E quando os Môchin alcançam Partzuf AVI de Atzilut, ele se eleva e veste GAR de SAG de AK e recebem dali a Luz de Yechidá de Neshamá de AK. E quando os Môchin alcançam Partzuf YESHSUT, ele se eleva e veste as GAR de MA de AK e recebe dali a Luz de Yechidá de MA de AK. E quando os Môchin alcançam ZO”N de Atzilut, eles se elevam e vestem GAR de BON de AK e recebem dali a Luz de Yechidá de BON de AK. E então os NARAN dos Tzadikim recebem a Luz de Yechidá das ZO”N de Atzilut.
E quando os Môchin alcançam o mundo de Briá, ele se eleva e veste Partzuf YESHSUT de Atzilut e recebe dali Neshamá de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Yetzirá, ele se eleva e veste Partzuf ZA de Atzilut e recebe dali Bechiná Ruach de Atzilut. E quando os Môchin alcançam o mundo de Assiá, ele se eleva e veste Nukvá de Atzilut e recebe dali Bechiná Luz de Néfesh de Atzilut (Hallan, Imagem no. 9).
173) Acontece que agora, durante a terceira elevação, os cinco Partzufim de Atzilut foram concluídos com três níveis cada um, Neshamá, Chayá e Yechidá do AK, que lhes faltava no estado permanente. Considera-se, portanto, que estes cinco Partzufim se elevaram e vestiram os cinco Partzufim de AK, cada um em sua respectiva Bechiná nos Partzufim de AK.
Além disso, os NARAN de Tzadikim receberam as GAR que lhes faltava. Os três mundos de BYA que estavam sob a Parsá de Atzilut tinham apenas NARAN da Luz de Chassadim no estado permanente, afastados de Chochmá pela força da Parsá acima deles. Agora, no entanto, eles se elevaram acima da Parsá e vestiram YESHSUT e ZO”N de Atzilut, e têm NARAN de Atzilut, quando a Luz de Chochmá brilha em seus Chassadim.
174) Deveríamos saber que os NARAN de Tzadikim vestem de forma pemanente apenas os Partzufim BYA abaixo da Parsá:
- Néfesh veste as dez Sefirot de Assiá;
- Ruach – as dez Sefirot de Yetzirá;
- E Neshamá – as dez Sefirot de Briá.
Acontece que, apesar de receberem das ZO”N de Atzilut, ainda chega até eles somente através dos Partzufim BYA, que veste sobre eles. Assim, também as NARAN de Tzadikim, se elevam junto com as ascensões dos três mundos de BYA. Acontece que também os mundos BYA, crescem apenas de acordo com a medida de recepção de abundância pelas NARAN de Tzadikim, isto é, de acordo com as MA”N, classificadas por eles.
175) Portanto, ficou claro que, no estado permanente, só há VA”K sem um Rosh em todos os mundos e Partzufim, cada um de acordo com sua Bechiná. Mesmo as NARAN de Tzadikim só são consideradas VA”K, embora tenham GAR de Neshamá do mundo de Briá, essas GAR são consideradas como VA”K, em comparação com o mundo de Atzilut, uma vez que são consideradas Luz de Chassadim, separada de Chochmá.
Além disso, os Partzufim de Atzilut, embora haja GAR nos seus Roshim, eles são apenas considerados como VA”K, uma vez que eles não brilham para os Gufim. E todos os Môchin alcançam os mundos, que são mais do que VA”K, vêm somente através de MA”N que os Tzadikim (justos) elevam.
No entanto, estes Môchin só podem ser aceitos nos Partzufim através da ascensão do inferior ao lugar do Superior. Isto é assim, porque embora eles sejam considerados a conclusão do segundo tipo de dez Sefirot, com respeito aos Gufim e as próprias ZAT, eles ainda são considerados como classificação de ACHÁP do primeiro tipo, que não são completados em seu próprio lugar, mas somente quando estão no lugar do Superior (Item 142). Assim, os cinco Partzufim de Atzilut não podem receber Neshamá, Chayá e Yechidá de AK, exceto quando se elevam e as vestem.
Além disso, os NARAN e os três mundos BYA não podem receber NARAN de Atzilut, exceto quando eles se elevam e vestem YESHSUT e ZO”N de Atzilut. Isso, porque esses ACHÁP do segundo tipo, que pertencem as ZAT e se expandem de Cima para baixo para o lugar de ZAT, só serão classificados no final da correção. Assim, quando os três mundos BYA se elevam e vestem YESHSUT e ZO”N de Atzilut, seus lugares permanentes, da Parsá para baixo, permanecem totalmente vazios de qualquer Luz de Kedushá.
E há uma diferença entre o Chazê acima do mundo de Yetzirá e de seu Chazê abaixo. Isso é porque, como foi explicado acima, que do Chazê do mundo de Yetzirá para baixo, é o lugar pemanente das Klipót (Item149). Mas por causa da falha do pecado de Adam HaRishon, as quatro Yetzirá de Kedushá inferiores e as dez Sefirot de Assiá de Kedushá desceram ali e se vestiram (Item 156). Assim, durante as ascensões de BYA para Atzilut, não há nem Kedushá nem Klipót a partir do Chazê de Yetzirá para cima. Mas do Chazê de Yetzirá para baixo, existem Klipót, já que esta é a sua seção.
176) E já que os Môchin adicionais dos níveis de VA”K vêm somente através das MA”N dos inferiores, eles não estão constantemente presentes nos Partzufim, uma vez que são dependentes das ações dos inferiores. Quando eles corrompem suas ações, os Môchin (Item162) partem. No entanto, os Môchin permanentes nos Partzufim, que foram estabelecidos pela força do Próprio Emanador, nunca sofrerão qualquer mudança, uma vez que não são aumentados pelos inferiores e não são, portanto, viciados por eles.
177) Não se admirem sobre AA de BON ser considerado Kéter de Atzilut e AVI como AB (Item130). Isto, porque AA é a metade inferior de Kéter de BON e AVI são a metades inferiores de CHUB de Nekudim. Por isso, sua correspondente Bechiná de AA em AK deveria ter sido Partzuf Kéter de AK e a Bechiná correspondente a AVI em AK deveria ter sido AB de AK.
A resposta é que os Partzufim de BON são femininos, não tendo recepção própria, exceto as que os masculinos – os Partzufim de MA – lhes transmitem. Por isso, todos esses discernimentos nas ascensões, que significam obter Môchin do Superior, são discernidos apenas nos masculinos, que são os Partzufim de MA. E, uma vez que AA de MA não têm nada de Bechinat Kéter, mas apenas o nível de Chochmá e AVI de MA não tem nada de Bechinat Chochmá, mas apenas o nível de Biná (Item 126), considera-se que suas Bechiná em AK correspondentes são AB de AK para AA e SAG de AK para AVI. E Partzuf Kéter de AK se refere apenas a Atik, que tomou todo o nível de Kéter de MA.
178) Vocês também devem notar o que é dito, que a escada de graus, como eles estão nos Môchin permanentes, nunca mudam por todas essas ascensões. Afinal, foi explicado que a razão para todas estas subidas era que NARAN de Tzadikim, que estão em BYA, não podem receber qualquer coisa antes de todos os Partzufim Superiores transferirem-nas para eles de Ein Sóf. Nessa medida, os próprios Superiores, por meio de Ein Sóf, crescem e se elevam, também, cada um a seu próprio Superior (Item161).
Acontece que na medida em que sobe um grau, todos os graus através de Ein Sóf também devem subir. Por exemplo, quando ZO”N sobe de seu estado constante, abaixo do Tabúr de AA, vestindo o Chazê de AA para baixo, então, AA, também subiu um grau acima do seu estado constante, de Pê de Atik para baixo, vestindo GAR de Atik. Seguindo-o, todos os seus graus internos subiram, também: suas CHAGAT subiram ao lugar das GAR permanentes, e seu grau do Chazê ao Tabúr subiu para o lugar das CHAGAT permanentes e de seu grau abaixo do Tabúr subiu para o lugar do Chazê através do Tabúr.
Portanto, as ZO”N, que subiram ao lugar do Chazê através do Tabúr do AA permanente, ainda estão abaixo do Tabúr de AA. Isso, porque então, o Tabúr de AA inferior já tinha subido ao lugar do Chazê ao Tabúr. (HaIlan, Imagem nº. 4: as ascensões das ZO”N no estado permanente dos cinco Partzufim de Atzilut, que se elevam e se vestem durante a obtenção de Neshamá para GAR de YESHSUT, acima do Pê de AVI para baixo, sobre o Chazê AA para baixo.)
No entanto, todos os Partzufim de Atzilut então sobem (HaIlan, Imagem nº. 7). Por esta razão, você descobrirá que então, as ZO”N ainda vestem YESHSUT do Pê para baixo, acima do Chazê de AVI para baixo, sobre o Tabúr de AA para baixo. Assim, a escada de graus não mudou em nada pela ascensão. E é da mesma forma em todas as ascensões (HaIlan, imagens nº. 3- últimas).
179) Devemos também saber que, mesmo após a ascensão dos Partzufim, eles deixam todo o seu grau no lugar permanente, ou no lugar em que estavam no início, já que não há ausência no espiritual (item 96). Assim, quando GAR de AVI sobem para GAR de AA, GAR de AVI ainda permanecem no lugar pemanente de Pê de AA para baixo. E YESHSUT sobem acima de CHAGAT do AVI elevado e recebem das GAR de AVI reais, que estavam lá antes da ascensão.
Além disso, se considera que existam lá três graus juntos. As GAR de AVI elevado fica no lugar das GAR de AA permanente e doam seu lugar pemanente do Pê de AA para baixo, onde YESHSUT estão agora presentes. Assim, GAR de AA e AVI e YESHSUT iluminam ao mesmo tempo no mesmo lugar.
Esta é também a maneira com todos os Partzufim de AK e ABYA durante as subidas. Por esta razão, quando um Partzuf sobe, devemos sempre observar o significado da ascensão com respeito aos Superiores em seu estado permanente e seu valor para os Superiores, que também sobem um grau. (Examine tudo que no livro HaIlan. Na Imagem nº. 3, encontra-se o estado dos Partzufim em seu estado permanente. E nas Imagens 4-6, você encontrará as três ascensões de ZA pelo valor dos cinco Partzufim de Atzilut permanentes. Nas imagens 7-9, você encontrará as três ascensões de todos os cinco Partzufim de Atzilut, pelo valor dos cinco Partzufim de AK permanentes. E nas imagens 10-12 você vai encontrar as três ascensões de todos os cinco Partzufim de AK em relação à linha do Ein Sóf pemanente.)
A DIVISÃO DE CADA PARTZUF EM KÉTER E ABYA
180) Devemos saber que o geral e o particular são iguais. Além disso, o que é discernido no geral, também está presente em seus detalhes e, até mesmo no menor detalhe que pode haver. Também, a realidade geral é discernida em cinco mundos, AK e ABYA, onde o mundo de AK é considerado Kéter dos mundos e, os quatro mundos ABYA são vistos como CHUB Z”ON (Item 3). Da mesma forma, não há um único item em todos os quatro mundos ABYA que não compreendem estes cinco: O Rosh de cada Partzuf é considerado seu Kéter, correspondendo ao mundo de AK; o Guf, de Pê ao Chazê é considerado nele Atzilut. De Chazê até o Tabur, é considerado sua Briá e, do Tabur para baixo até seu Siúm Raglin, é considerado seu Yetsirá e Assiá.
181) E você deve saber que há muitas denominações para as dez Sefirot KACHÁB, CHAGAT, NEHY’M. Às vezes, são chamadas GE (Galgálta Eyanim) e ACHAP, ou KACHÁB e ZO”N, ou NARANCHAY, ou a ponta do Yude as quatro letras, Yud, Hey, Vav, Hey, ou simplesmente HaVaYaH e AB, SAG, MA e BON, sendo o quatro tipos de preenchimentos em HaVaYaH:
- O preenchimento de AB é Yud, Hey, Viv, Hey (o Álef em Vav é substituído por uma Yud);
- O preenchimento de SAG é Yud, Hey, Vav, Hey;
- O preenchimento de MA é Yud, Hey (Álef substitui a Yud), Vav, Hey;
- O preenchimento de BON é Yud, Heh (Hey substitui a Yud), Vav, Heh;
Elas também são chamadas AA, AVI e ZO”N. AA é Kéter, Aba é Chochmá, Ima é Biná, ZA é CHAGAT NEH”Y e Nukvá de ZA é Malchut.
E elas também são chamadas AK e ABYA, ou Kéter e ABYA. Malchut de Kéter é chamado Pê, Malchut de Atzilut é chamado Chazê, Malchut de Briá é chamado Tabur, Malchut de Yetzirá é chamado Ateret Yesod e o Malchut geral é chamado Siúm Raglin.
182) Saiba que você sempre deve distinguir duas instruções nestes diferentes nomes das dez Sefirot:
- Sua igualdade com a Sefirá a qual se refere;
- Como ele difere da Sefirá a que se refere pela qual seu nome mudou na denominação específica.
Por exemplo, Kéter das dez Sefirot de Luz Direta é Ein Sóf e, também, cada Rosh de um Partzuf é chamado Kéter. Da mesma forma, todos os cinco Partzufim de AK também são chamados Kéter. Partzuf Atik também é chamado Kéter e AA, também são chamados Kéter. Portanto, devemos considerar o seguinte: se todos são Kéter, por que seus nomes mudam para serem chamados por essas denominações? E também, se todos se referem à Kéter, eles não deveriam ser iguais a Kéter?
De fato, em certo sentido, eles são todos iguais a Kéter, pois são considerados Ein Sóf, para a regra que é: enquanto a Luz Superior não se vestir em um Kli, ela é considerada Ein Sóf. Por isso, todos os cinco Partzufim de AK são considerados como Luz sem um Kli no que diz respeito ao mundo de Tikun, uma vez que não temos nenhuma percepção nos Kelim de Tzimtzum Álef. Por isso, para nós, suas Luzes são consideradas Ein Sóf.
Além disso, Atik e AA de Atzilut são ambos considerados Kéter de Nekudim. No entanto, sob um ângulo diferente, estão afastados um dos outros, uma vez que Kéter de Ohr Yashár é uma Sefirá, mas em AK contém cinco Partzufim completos, cada um dos quais contendo Rosh, Toch e Sóf (Item 142). Além disso, Partzuf Atik é apenas metade da metade Superior de Kéter de Nekudim e Partzuf AA é a metade da metade inferior da Kéter de Nekudim (Item 129). Da mesma forma, estas duas instruções devem ser discernidas em todas as denominações das Sefirot.
183) Saiba que a instrução especial nessas denominações das dez Sefirot chamadas Kéter e ABYA é para mostrar que se refere à divisão das dez Sefirot para Kelim de Panim e Kelim de Achoraim, feitas por causa de Tzimtzum Bet (Item 60). Então, o Malchut finalizador subiu para o lugar de Biná de Guf, chamado “Tiféret no lugar de Chazê”, onde ele terminou o grau e criou um novo Siúm, chamado “Parsá abaixo de Atzilut” (Item 68).
E os Kelim abaixo do Chazê sairam de Atzilut e são chamados BYA. Os dois terços de Tiféret, do Chazê até o Siúm, são chamados de Briá; NEH”Y são chamados Yetzirá e, Malchut é chamado Assiá. Também já foi explicado que, por esta razão, cada grau foi dividido em Kelim de Panim e Kelim de Achoraim: do Chazê para cima são chamados Kelim de Panim e do Chazê para baixo são chamados Kelim de Achoraim.
184) Assim, este discernimento da Parsá no lugar do Chazê divide o grau em quatro Bechinot especiais, chamadas ABYA: Atzilut – através do Chazê e BYA – do Chazê para baixo. E o início da distinção está no próprio AK. Mas lá, a Parsá desceu através de seu Tabur (Item 68); portanto, a Atzilut nele é o AB SAG que terminam acima do seu Tabur.
Do seu Tabur para baixo é sua BYA, o lugar nele dos dois Partzufim MA e BON. É assim que os cinco Partzufim de AK são divididos em ABYA pela força do Siúm de Tzimtzum Bet, chamado Parsá: Galgálta é o Rosh, AB SAG através do seu Tabur são Atzilut e MA e BON de seu Tabur para baixo é BYA.
185) Da mesma forma, todos os cinco Partzufim do mundo de Atzilut se dividem em seu próprio Kéter e ABYA:
- AA é o Rosh da totalidade de Atzilut.
- O AVI Superior, que são AB, vestindo de Pê de AA até o Chazê, são Atzilut. E ali, no ponto de Chazê, está a Parsá, que termina a Bechiná Atzilut do mundo de Atzilut.
- YESHSUT, que são SAG, vestindo de Chazê de AA através do seu Tabur, são Briá de Atzilut.
- ZO”N, que são MA e BON, vestindo do Tabur de AA através do Siúm de Atzilut, são Yetzirá e Assiá de Atzilut. Assim, o mundo de Atzilut, também, com seus cinco Partzufim, é dividido em Rosh e ABYA, como fazem os cinco Partzufim de AK. Mas aqui está a Parsá em seu lugar no Chazê de AA, que é o seu verdadeiro lugar (Item 127).
186) No entanto, nos mundos em geral, todos os três Partzufim Galgálta, AB, SAG de AK são considerados como o Rosh geral. E os cinco Partzufim do mundo de Atzilut, que vestem do Tabur de AK para baixo, até a Parsá geral, sendo a Parsá que foi feita no Chazê de Nekudot de SAG (Item 66), são o Atzilut geral. E os três mundos BYA gerais ficam da Parsá para baixo (Itens 67-68).
187) Nesta mesma forma, cada grau particular em cada um dos mundos ABYA é dividido em Rosh e ABYA, mesmo Malchut de Malchut de Assiya, porque ele contém um Rosh e um Guf.
- O Guf se divide em Chazê, Tabur e Siúm Raglin.
- A Parsá, abaixo de Atzilut desse grau, está em seu Chazê e termina Atzilut.
- Do Chazê ao Tabur, é considerado Briá do grau, que o ponto do Tabur conclue.
- Do Tabur para baixo até seu Siúm Raglin, é considerado Yetzirá e Assiá do grau. E com relação às Sefirot, CHAGAT através Chazê são considerados Atzilut; os dois terços inferiores de Tiféret de Chazê até o Tabur são considerados Briá; NEH”Y é Yetzirá e, Malchut é Assiá.
188) Por esta razão, o Rosh de cada grau é atribuído a Bechiná Kéter, ou Yechidá, ou Partzuf Galgálta. O Atzilut nele, do Pê ao Chazê, é atribuído a Chochmá, Ohr Chaiá, ou ao Partzuf AB. Briá nele, do Chazê ao Tabur, é atribuído a Biná, Ohr Neshamá, ou ao Partzuf SAG. E Yetzirá e Assiá nele, do Tabur para baixo, são atribuídos a ZO”N, Luzes Ruach Néfesh, ou ao Partzuf MA e BON. (Examine o livro, Hallan, da imagem no. 3 em diante, como cada Partzuf é dividido por estes Bechinot.)
25 Nota do tradutor: em Hebraico, Hu se refere à “Sua Essência”, Chayohi à “Luz Emanada” e Garmohi ao “Kli”.
26 Nota do tradutor: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá, pronunciados NaRaNCHaY
27 Nota do tradutor: Chaiá vem da palavra Chayim (vida).
28 Nota do tradutor: “em permanência” também se refere como “o estado constante”.
PRÓLOGO AO PREFÁCIO À SABEDORIA DA CABALÁ
/0 Comments/in Baal HaSulam, Library /byDo livro “Cabala Para o Estudante”
INTRODUÇÃO AO PREFÁCIO À SABEDORIA DA CABALÁ
1) Todos os mundos, Acima e abaixo, estão dentro do homem, e o todo da realidade foi criado para o homem apenas. Isto está escrito em O Livro do Zohar. Então, por que nos sentimos diferentes? Sentimos que estamos dentro da realidade, e não que a realidade está dentro de nós. Ademais, por que este mundo não é suficiente para nós? Por que precisamos dos Mundos Superiores?
2) A razão para a criação da realidade é o desejo do Criador de beneficiar Suas criações. Por conseguinte, o Criador criou a criatura com uma natureza de querer desfrutar o que o Criador deseja lhe dar. O Criador está acima do tempo e do espaço; Seu Pensamento funciona como o ato em si.
Dessa forma, quando Ele desejou e contemplou a criação das criações, de modo a preenchê-las com delícias, as criaturas foram imediatamente criadas, preenchidas de todos os prazeres que haviam recebido do Criador. No entanto, não sentimos esse estado, uma vez que é apenas a nossa raiz, que devemos alcançar, de acordo com o projeto da Criação.
Ao criar a sequência dos mundos a partir do mundo de Ein Sóf através deste mundo, o Criador removeu a criatura de Si mesmo até o estado mais baixo. É importante entender por que Ele fez isso. Será que este ato indica imperfeição em Suas ações?
O Ari responde a esta pergunta no livro, A Árvore da Vida: “para revelar a perfeição de Seus atos”, de modo que as criaturas pudessem se aperfeiçoar e alcançar o grau do Criador, que é a única verdadeira perfeição. Para ajudá-las, o Criador criou a escala dos mundos. As almas descem essa escada para baixo até o nível mais baixo, onde se vestem com corpos materiais deste mundo. Assim, através do estudo da Cabalá, as próprias almas começam a subir e a escalar essa escada, por onde haviam descido, até que voltem ao Criador.
3) A alma consiste de Luz e de Kli. A Luz da alma vem do Criador, de Atzmuto (Sua essência). Através dessa Luz, o Kli (vaso) da alma foi criado, sendo o desejo de receber a Luz, para desfrutar da Luz. Portanto, o Kli se encaixa perfeitamente na Luz que vem para preenchê-lo.
A Luz é uma parte do Criador. A alma é o Kli real. Logo, unicamente o Kli é considerado uma criação. Foi criado a partir da ausência, ou seja, não havia desejo antes que o Criador tivesse decidido criá-lo. E porque o Criador quis dar o prazer perfeito para este Kli, como está se tornando dEle, Ele criou este Kli—o desejo de receber—enorme, de acordo com a medida da Luz (prazer) que Ele desejou dar.
4) Criação significa iniciação, algo novo que não existia anteriormente, e esta iniciação é chamada de “existência a partir da ausência”. Contudo, se o Criador é completo, como poderia algo não estar incluído nEle? A partir do que já foi dito, fica claro que antes da Criação, não havia desejo de receber no Criador, pois o Criador é o todo e apenas deseja doar. Assim, o que não está nEle, e deve ser criado, é tão somente o desejo de receber o prazer dEle.
O desejo de receber é o todo da realidade. Desse modo, a única diferença entre os elementos da realidade está na medida do desejo de receber em cada elemento, e não há dois elementos que contenham o mesmo desejo.
5) Não existem corpos físicos na espiritualidade. O mundo espiritual é um mundo de desejos, forças “brutas”, desprovidas de roupas materiais de qualquer espécie. Dessa forma, todas as palavras utilizadas na sabedoria cabalista são realmente as denominações do desejo de desfrutar, ou de suas impressões da realização da Luz dentro dela. O Criador é o desejo de doar, e a criatura é o desejo de desfrutar da doação do Criador. Se a criatura desfruta apenas porque o Criador desfruta de sua recepção, tal ato é considerado doação, de acordo com a sua intenção, e não como um ato de receber. Isto é considerado como o desejo do Criador e o desejo da criatura sendo iguais, sem nada para separá-los.
Consequentemente, seguindo a lei espiritual de equivalência de forma, como resultado da equiparação de suas qualidades (desejos), eles se tornam um. Nesse estado, eles não são dois desejos idênticos, mas são literalmente um. Esse estado de espírito é chamado de “equivalência de forma” ou Dvekút (adesão).
No entanto, se eles não têm o mesmo desejo, a mesma intenção, eles não têm o mesmo objetivo e são separados. Porque têm diferentes qualidades (desejos), eles são dois e não um. Na espiritualidade, esse estado é chamado de “disparidade de forma”.
A medida de equivalência de forma entre o Criador e a criatura determina a proximidade deles e a medida de disparidade de forma determina a distância entre eles. No início, o desejo do Criador de doar e o desejo da criatura de receber são iguais, uma vez que a vontade da criatura para receber nasceu do desejo do Criador de doar. Assim:
- Se todos os desejos (intenções) deles são os mesmos, eles são um;
- Se todos os desejos (intenções) deles são opostos, eles estão tão distantes como dois extremos;
- Se, de todos os desejos (intenções), eles têm apenas um desejo comum, então eles estão tocando um no outro através desse desejo comum;
- Se alguns dos desejos (intenções) são semelhantes, eles estão tão longe ou perto na sua medida de equivalência de forma ou disparidade de forma.
6) Não temos realização alguma no próprio Criador, em Atzmuto, uma vez que alcançamos apenas a sensação da Luz no Kli, o preenchimento em nosso desejo. E o que não conseguimos alcançar, não podemos chamar por qualquer nome, desde que atribuímos nomes de acordo com as nossas impressões sobre o preenchimento. Por isso, não podemos proferir uma única palavra ou atribuir qualquer nome a Atzmuto. Todos os nossos nomes e denominações, com respeito ao Criador, são apenas reflexos do que sentimos para com Ele.
Podemos senti-Lo e Suas ações unicamente pela medida de equivalência de forma (desejo, intenção) com Ele. Portanto, na medida em que somos semelhantes ao Criador, sentimos Seus desejos e ações, e damos nome ao Criador em conformidade. Quando sentimos tais desejos e ações, podemos chamá-lO de acordo com o que sentimos dEle. Isso se chama “Por Suas ações, conhecemos Você.”
7) Os cabalistas são as pessoas que vivem neste mundo e se conectam com o Criador de acordo com sua medida de equivalência de forma, enquanto vivem neste mundo. Os mundos são as diferentes medidas de sensação do Criador. Um “mundo” é a medida de revelação ou ocultação do Criador para com as criaturas; e a ocultação completa é chamada de “este mundo”.
O início da sensação do Criador é a transição entre este mundo e o mundo espiritual. A transição em si é chamada de “barreira”. Existem 125 degraus de revelações de partes do Criador às criaturas entre a ocultação e a revelação completa. Estas partes são chamadas de “mundos”.
Os cabalistas escalam os mundos espirituais, corrigindo os seus desejos (intenções). Eles nos dizem— verbalmente ou em texto—que o Criador tem apenas o desejo de beneficiar. Ele criou tudo para nos dar toda a Sua abundância. É por isso que Ele nos criou com o desejo de receber, para que possamos receber o que Ele deseja nos dar.
O desejo de receber para nós mesmos é a nossa própria natureza. Porém, nessa natureza, somos opostos ao Criador em forma, uma vez que o Criador é apenas um desejo de doar, e não possui um desejo de receber. Portanto, se permanecermos na vontade de receber para nós mesmos, permaneceremos para sempre longe do Criador.
Os cabalistas dizem que o propósito do Criador é trazer toda a Criação para si mesmo, e que Ele é a bondade absoluta. Por esta razão, Ele deseja doar a todos.
Eles também afirmam que a razão para a criação dos mundos é que o Criador deve ser completo em todas as Suas ações e forças. E se Ele não executa Suas forças em ações completas, Ele é aparentemente considerado incompleto.
Todavia, como poderiam operações imperfeitas derivarem do Criador perfeito a tal ponto que Suas ações exigiriam correção por parte das criaturas? Somos Suas ações! Se temos de corrigir a nós mesmos, isso não significa que Suas ações são imperfeitas?
O Criador criou apenas o desejo de receber, chamado de “a criatura”. No entanto, quando a criatura recebe o que o Criador deseja lhe dar, ela é separada do Criador, uma vez que o Criador é o Doador e a criatura é o receptor, e assim, eles são opostos. Na espiritualidade, a equivalência de forma é determinada pela equivalência dos desejos (qualidades, intenções). E se a criatura permanece separada do Criador, o Criador, também, não estará completo, já que as operações perfeitas resultam de um operador perfeito.
Para conceder à criatura a possibilidade de alcançar a perfeição de seu próprio livre arbítrio, o Criador Se restringiu—Sua Luz—e criou os mundos, restrição por restrição, até este mundo. Aqui o homem é completamente subordinado ao desejo de desfrutar, mas não para desfrutar da Luz de Deus, mas sim as roupas bestiais sobre ele. Toda a humanidade está se desenvolvendo a partir do desejo de prazer que os animais têm, assim, através dos desejos de riqueza, honra, poder e conhecimento, até que o Criador implante um desejo de desfrutar de algo desconhecido dentro desses desejos, algo além das roupas deste mundo.
O novo desejo leva o homem a buscar a realização até que ele chegue ao estudo da Cabalá. Durante o estudo, ele começa a entender a intenção do Criador em relação a ele. Nesse estado, ele não estuda a fim de receber o conhecimento, mas para chamar sobre si a Luz que reforma (“Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 155).
Através dessa Luz, a pessoa começa a corrigir os seus desejos. Ao todo, o homem tem 613 desejos, que são geralmente chamados Guf (corpo). A correção dos desejos é feita usando cada desejo com a intenção de doar ao Criador, assim como o Criador doa ao homem. A correção de cada desejo e da recepção da Luz contida nele é chamada de “cumprir uma Mitzvá (boa ação/mandamento)”. A Luz que uma pessoa recebe dentro do desejo corrigido comum é chamada de “Torá”. E a Luz que corrige (reforma) os desejos do homem é o meio pelo qual a criatura obtém sua perfeição (ver “Trilhando o Caminho da Verdade”).
A perfeição está baseada em que a criatura obtém equivalência de forma (qualidades) com o Criador por si mesma. Isto porque é compensador receber todo o deleite e prazer incluídos no Pensamento da Criação. Em outras palavras, se goza da Luz e do status do próprio Criador, uma vez que se alcançou a equivalência de forma em desejos e pensamentos.
Acontece que só através do estudo cabalista a pessoa pode se corrigir e atingir a meta para a qual o homem foi criado. Isto é o que todos os cabalistas escrevem. A única diferença entre os livros sagrados (Torá, Profetas, Hagiógrafo, Mishná, Talmud, etc) é a intensidade da Luz em seu interior, a qual pode corrigir uma pessoa. A Luz nos livros cabalistas é a maior; é por isso que os cabalistas recomendam estudá-los especificamente.
“Não há outro caminho para a população alcançar a elevação espiritual e redenção, exceto através do estudo da Cabalá, que é uma maneira fácil e acessível. No entanto, só alguns podem atingir a meta usando outras partes da Torá”.
–Rav Yehuda Ashlag, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 36
“A realização começa com a sabedoria do oculto, e só então são as outras partes da Torá alcançadas. No final, a Torá revelada é alcançada”.
–O Vilna Gaon (GRA), Livro de Oração
“A proibição de estudar a Cabalá foi apenas por um tempo limitado, até 1490. Mas desde 1540, todos devem ser encorajados a se ocupar em O Livro do Zohar, uma vez que só através do estudo de O Zohar irá a humanidade alcançar a sua salvação espiritual e a vinda do Messias. Por isso, não devemos evitar o estudo da Cabalá”.
–Avraham Ben Mordechai Azulai, Ohr HaChama (Luz do Sol)
“Ai de quem não deseja estudar O Zohar, pois assim eles causam miséria, ruína, saques, matança e destruição ao mundo”.
–O Livro do Zohar, Tikúney Zohar (Correções do Zohar), Tikún No. 30
“O estudo de O Livro do Zohar está acima e é preferível a qualquer outro estudo.”
–O Chidá
“A redenção e a vinda do Messias dependem apenas do estudo da Cabalá.”
– O Gaon de Vilna (GRA), Even Shlemá (Um Peso Perfeito)
“Não há limitações no estudo do Zohar.”
–O Chafetz Chaim
“Se meus contemporâneos me atendessem, eles iriam estudar O Livro do Zohar com a idade de nove anos, e assim, iriam adquirir o temor do céu, em vez de conhecimento superficial”.
–Rav Yitzhak Yehudá Yehiel de Komarno, Notzer Chéssed (Mantendo a Misericórdia)
“Apelo a todas as pessoas a dedicar tempo ao estudo da Cabalá todos os dias, pois disso é o que a purificação de suas almas depende”.
–Rav Yitzhak Kaduri
“No futuro, só pelo mérito de O Livro do Zohar é que os filhos de Israel serão redimidos do exílio”.
–O Livro do Zohar, Parashat Nasso
(Há muitos mais desses trechos no capítulo, “Cabalistas Escrevem sobre a Sabedoria da Cabalá”.)
8) Há um “poder” no estudo da Torá e das Mitzvot. Este poder é a força espiritual que leva a pessoa a equiparar seu desejo com o desejo do Criador. Porém, este poder aparece e age numa pessoa só quando ela se ocupa na Torá e nas Mitzvot a fim de não receber qualquer recompensa para si mesma. Em vez disso, ela funciona apenas para dar contentamento ao Criador. Só nesta condição é que se gradualmente adquire equivalência de forma com o Criador.
A correção da equivalência de forma do homem com o Criador é gradual, geralmente composta por cinco degraus: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá. Cada degrau é considerado um mundo, uma vez que se a pessoa galga algum degrau no processo de sua correção, ela sente a existência do Criador de acordo com a medida de sua correção. Estas correções são chamadas “mundos”, porque revelam o Criador de acordo com sua medida de correção, e escondem o Criador de acordo com os—ainda não— corrigidos Kelim (desejos), de um total de 613 desejos.
Segue-se que a pessoa recebe esses cinco degraus em seu caminho para a perfeição a partir dos cinco mundos: Assiá, Yetzirá, Briá, Atzilut e Adam Kadmon. Dentro de cada mundo existem cinco Partzufim, e em cada um deles existem cinco Sefirot, daí o total de 125 degraus na “Escada de Jacó” deste mundo até ao topo da escada.
Ao cumprir a Torá e as Mitzvot a fim de dar contentamento ao seu Criador, a pessoa é gradualmente recompensada com os Kelim do desejo de doação, degrau por degrau. Dessa forma, sobe os degraus, um de cada vez, finalmente, alcançando a completa equivalência de forma com o Criador. Nesse momento, o Pensamento da Criação é realizado numa pessoa—para receber a alegria completa e a plenitude que o Criador havia planejado para ela. Além disso, a pessoa é recompensada com o maior benefício de todos—Dvekút verdadeira—por ter obtido o desejo de doar, como o Criador.
9) Agora vamos tentar entender o acima escrito: “Todos os mundos, Acima e abaixo, e tudo dentro deles, foram criados para o homem apenas”. Todos esses degraus e mundos vêm apenas para complementar cada desejo numa pessoa com o intenção de doar, assim o homem iria adquirir equivalência de forma com o Criador. Essa equivalência de forma está ausente no homem pela natureza de sua criação.
No início, os mundos foram restringidos e os degraus desceram em cascata de degrau em degrau e de mundo em mundo, até ao nosso mundo material, para chegar a um “corpo deste mundo”. Este é o nome que a Cabalá atribui à vontade de receber para si mesmo. No degrau de “este mundo”, a pessoa é como uma besta, já que ela é incapaz de qualquer doação. Nesse estado, o homem é oposto do Criador, e não há distância maior do que essa.
Uma pessoa que estuda a Cabalá desperta a “Luz Circundante” sobre si mesma na proporção de seu desejo pela espiritualidade. Esta é a Luz que existe fora, ou em torno do Kli da pessoa (desejo/alma). A Luz Circundante corrige o Kli de tal forma que a sua intenção será de doar. A intenção de doar ao Criador e não a si mesmo torna um ato de recepção num ato de doação.
Seguinte a sua natureza, o Kli permanece um desejo de desfrutar, mas a meta muda a essência do ato de recepção em doação. Em seguida, a Luz Circundante pode entrar no Kli corrigido com o objetivo de doar ao Criador. É precisamente durante o estudo da Cabalá que a Luz Circundante pode corrigir os desejos da pessoa até que eles sejam dignos de recebê-la como “Luz Interior.”
Obtém-se o desejo de doar gradualmente, de Cima para baixo, a partir de um pequeno desejo, que é mais fácil de corrigir, até ao maior deles, seguindo a mesma ordem pela qual os degraus pendiam de Cima para baixo.
Todos os degraus são medidas do desejo de doar. A escada de degraus é organizada de tal forma que quanto mais Elevado o degrau, mais longe este está do desejo de receber para si mesmo, e tanto mais próximo está do desejo de doar. Uma pessoa adquire gradualmente todos os degraus de doação até que seja recompensada apenas com o objetivo de doar, sem qualquer auto-recepção.
Nessa altura, uma pessoa está completa, em Dvekút verdadeira com o Criador. Este é o propósito da Criação, e o homem foi criado para isso apenas. É por isso que todos os mundos e tudo dentro deles não foram criados para eles mesmos, mas apenas para auxiliar o homem a subir a escada de degraus. Quando a pessoa se corrige a si mesma e está plena de Luz, todo o sistema de mundos e tudo dentro deles está incluído em tal pessoa.
10) Uma pessoa que sabe e se lembra do que foi dito aqui tem permissão de estudar a Cabalá, sem qualquer medo de materializá-la. Isso porque estudar a sabedoria cabalista sem a devida orientação confunde o aluno. Por um lado, todas as Sefirot e Partzufim desde o mundo de Atzilut até ao mundo de Assiá são a Divindade completa, em unidade com o Criador, e por outro lado, como pode haver mudanças, subidas, descidas e Zivúgim (acoplamentos) na Divindade e da unidade?
11) A partir do que foi explicado fica claro que todas essas mudanças— subidas, descidas, restrições e Zivúgim—são discernidas apenas com relação ao Kelim das almas que recebem a Luz. A realidade pode ser dividida em duas partes: potenciais e reais.
Isso é semelhante a uma pessoa que quer construir uma casa e já tem o projeto da casa em mente. Mas o projeto da casa não é como a casa concluída—um projeto que foi executado. Isto é porque o pensamento sobre a casa é feito de substância conceptual e existe em potencial. Todavia, quando a casa começa a emergir do pensamento para a ação, ela se transforma numa diferente substância— tijolos e madeira.
Do mesmo modo, devemos distinguir entre o potencial e o real nas almas. A evocação “real” das almas do Criador começa apenas a partir do mundo de Briá. É por isso que todas as mudanças e tudo o que ocorre antes de o mundo de Briá é considerado “potencial”, sem qualquer distinção real do Criador.
Este é o motivo por que se diz que todas as almas estão incluídas em Malchut de Ein Sóf, no ponto médio da realidade, uma vez que este ponto contém “potencialmente” todos os Kelim (plural de Kli) das almas que estão destinadas a surgir na realidade a partir do mundo de Briá para baixo. E Tzimtzum Álef (primeira restrição) também ocorreu no ponto médio, apenas no “potencial”, com respeito às almas futuras.
No que diz respeito às almas, todos os Kelim das Sefirot e mundos que surgem e pendem do ponto médio, após Tzimtzum Álef e para baixo do mundo de Briá, estão apenas em potencial. Quando as almas começam a surgir, de fato, do mundo de Briá para baixo, só então as alterações nos degraus dos mundos os afetam.
12) Isto é similar a uma pessoa que se esconde e se oculta com roupas e coberturas, então ela não será vista ou notada. Contudo, para si mesma, ela permanece como estava. Assim, as dez Sefirot, Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessod e Malchut são apenas dez coberturas que cobrem Ein Sóf e o oculta das almas.
A Luz de Ein Sóf está em repouso completo; portanto, ela brilha dentro das coberturas. Mas porque as almas recebem a Luz de Ein Sóf através das coberturas, elas se sentem como se houvesse mudanças na Luz. Por esta razão, as almas que recebem a Luz são divididas em dez degraus, também, de acordo com a divisão nas coberturas.
Todas as coberturas são apenas para o mundo de Briá para baixo, uma vez que somente a partir daí para baixo existem almas que recebem das dez Sefirot através das coberturas. Nos mundos Adam Kadmon (AK) e Atzilut ainda não há presença de almas, uma vez que elas estão apenas em potencial.
Embora as dez coberturas nas dez Sefirot governem apenas os mundos BYA— Briá, Yetzirá, Assiá—as dez Sefirot não são consideradas Divindade, também, como antes de Tzimtzum Álef. A diferença é apenas nos Kelim das dez Sefirot: em AK e em Atzilut estão em potencial; e a partir de BYA, os Kelim das dez Sefirot começam a revelar a sua força de ocultação e cobertura. Isto é assim, embora as coberturas não inflijam qualquer mudança na própria Luz.
13) Isso levanta uma questão: Se, dentro dos mundos AK e Atzilut, ainda não há uma revelação real das almas que recebem Luz dos mundos, qual é o propósito dos Kelim de AK e Atzilut, e para quem eles escondem e cobrem a Luz de Ein Sóf, de acordo com as suas medidas? No futuro, as almas vão subir para AK e Atzilut, juntamente com a mundos BYA, e receber a Luz deles. Assim, as mudanças ocorrem em AK e Atzilut, igualmente, de acordo com as qualidades das almas, visto que elas estão destinadas a brilhar para as almas que vão subir até elas no futuro.
14) Conclui-se que os mundos, iniciações, mudanças e todos os degraus se referem apenas aos Kelim, que afetam as almas e as medem de forma que eles possam receber a partir da Luz de Ein Sóf. Não obstante, quando as almas sobem em degraus, elas não provocam qualquer mudança na Luz de Ein Sóf, propriamente dito, visto que as coberturas não afetam a coisa que está sendo coberta, apenas a pessoa que quer sentir o que é coberto e receber dela.
15) Devemos fazer três discernimentos nas Sefirot e nos Partzufim, onde quer que estejam—Atzmuto, Kelim, e Luzes.
- Em Atzmuto, os receptores não têm qualquer pensamento ou percepção.
- Nos Kelim, há sempre dois discernimentos opostos: ocultação e revelação. Primeiro, o Kli se oculta a si mesmo, por isso os dez Kelim nas dez Sefirot são dez degraus de ocultação. Entretanto, depois que as almas recebem as mesmas condições que nos Kelim, essas ocultações se tornam revelações, realizações das almas. Nesse estado, os dois discernimentos opostos nos Kelim se tornam como um, visto que a medida de revelação no Kli é apenas como a medida de ocultação no Kli. E quanto mais grosseiro for o Kli, quando ele se esconde mais do seu Atzmuto, ele revela um Nível Superior.
- As luzes das Sefirot são a medida específica que deve aparecer para a realização das almas. Apesar de tudo o que se estende desde Atzmuto, a realização na Luz é apenas nas qualidades do Kli. Assim, existem necessariamente dez Luzes nesses dez Kelim, ou seja, dez degraus de revelação. Deste modo, a Luz não pode ser distinguida de Atzmuto, mas apenas na medida em que não há a percepção ou a realização em Atzmuto. O que nos é revelado é apenas o que nos chega do Criador através de Suas vestes no Kelim das dez Sefirot. Portanto, nós nos referimos a algo que alcançamos pelo nome, “Luzes”.
QUATRO ESTÁGIOS NO DESENVOLVIMENTO DO KLI
Os cabalistas alcançaram a espiritualidade e escreveram nos livros cabalistas. Eles perceberam que a raiz de toda a realidade é uma Força Superior, a que chamaram Atzmuto (Seu Eu), visto que não puderam alcançá-la em si mesmos. Eles, no entanto, alcançaram que um pensamento e uma intenção se originam de Atzmuto—para criar criações e deliciá-las. Eles chamaram aquele pensamento e aquela intenção de “Pensamento da Criação” ou “Luz Superior.” Por conseguinte, no que diz respeito à criatura, a Luz é o Criador, visto que Atzmuto é inatingível. Assim, a conexão Criador- criatura existe através da Luz Superior.
Para resumir: a Luz emana a partir de Atzmuto e deseja criar uma criatura e deliciá-la, preenchendo-a com prazer. Em outras palavras, o objetivo da Luz é criar uma criatura que irá sentir a Luz como prazer. É por isso que os cabalistas chamaram a criatura, Kli, e a Luz, “preenchimento”. A Luz que provém de Atzmuto para criar a criatura é chamada Bechinát Shóresh (discernimento da Raiz), visto que é a raiz de toda a realidade. Esta Luz cria um desejo de desfrutá-la, e o desejo de desfrutar a Luz é chamado de a Luz do “desejo de receber”.
A medida de prazer depende da medida do desejo de recebê-la. Como em nosso mundo, a pessoa pode ter o estômago vazio, mas nenhum desejo de comer. Portanto, o desejo é o Kli para o preenchimento, e sem desejo, não há prazer. Não existe coerção na espiritualidade, e o preenchimento sempre segue o desejo.
A Luz emerge de Atzmuto, cria um Kli, e o preenche. O prazer experimentado na criatura pela recepção da Luz é chamado de Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria). O desejo nascido pela Luz que o preenche é chamado de Bechiná Álef (primeiro discernimento). É dado esse nome já que este é o primeiro discernimento do futuro Kli.
No entanto, este desejo ainda não é autônomo, uma vez que é diretamente criado pela Luz. Um verdadeiro ser criado é um que deseja desfrutar de toda a Luz emitida a partir do Criador por si só. Em outras palavras, o seu desejo e decisão de desfrutar a Luz deve vir de dentro de si, em vez de ser instilada nele pelo Criador.
Para querer receber a Luz, a criatura deve primeiro saber a quantidade de prazer que existe na Luz. Por isso, deve ser preenchida com a Luz e depois sentir o que é estar sem Luz. Nesse estado, um verdadeiro desejo pela Luz é criado em tal criatura.
É semelhante a situações que conhecemos da vida. Quando uma pessoa recebe alguma fruta desconhecida para provar, inicialmente, tal pessoa não tem qualquer desejo por ela. Porém, depois que a pessoa saboreia a fruta, e experimenta o prazer que dela deriva, e o fruto é retirado, a pessoa começa a ansiar por ela e deseja voltar a experimentar o prazer. Este desejo é o novo desejo que nasceu numa pessoa, que a pessoa sente como um desejo autônomo.
Por conseguinte, é impossível construir o Kli todo de uma vez. Em vez disso, para o desejo saber o que desfrutar, para que ele sinta o que ele quer desfrutar, ele deve passar por toda a ordem da evolução. Na Cabalá, esta condição é apresentada como uma lei: “A expansão da Luz no interior do desejo de receber, e a sua partida de lá torna o Kli adequado para a sua tarefa de receber toda a Luz e para desfrutar dela”. Os estados do desenvolvimento do desejo são chamados de Bechinot (discernimentos), uma vez que são novas observações no desejo de receber.
Por conseguinte, uma Luz que preenche o Kli dá, juntamente com o prazer, a sua qualidade de dar. E enquanto o Kli desfruta da Luz, ele de repente descobre que ele deseja doar, como a natureza da Luz que o preenche. A razão para isso é que o Criador intencionalmente preparou para a Luz a capacidade de transmitir ao Kli
o desejo de doar, juntamente com o prazer.
Segue-se que uma vez que a Luz criou Bechiná Álef e o preencheu, ela sentiu que queria ser semelhante ao Criador. E porque este era um novo desejo, foi um novo discernimento, chamado de Bechiná Bet (segundo discernimento).
Bechiná Bet é um desejo de dar. O prazer que se sente de ser semelhante ao Criador é chamado de Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Vemos, pois, que Bechiná Álef é oposto a Bechiná Bet no sentido de que o desejo em Bechiná Álef é para receber, e o desejo em Bechiná Bet é dar. A Luz em Bechiná Álef é Ohr Chochmá, e em Bechiná Bet é Ohr Chassadim.
Quando o desejo de receber em Bechiná Álef começa a desfrutar a Luz que o preenche, ele imediatamente percebe que a Luz é o doador do prazer e que ele (Bechiná Álef) é o receptor do prazer. Em consequência, ele começa a querer ser como a própria Luz, não querendo receber o prazer, mas dá-lo, como a Luz. Por esta razão, o desejo de receber desaparece nele e permanece vazio de Ohr Chochmá, uma vez que
o prazer é apenas sentido num desejo por ele.
O desejo de receber não pode ficar sem Ohr Chochmá, visto que Ohr Chochmá é a Luz da vida. Por isso, ele é obrigado a receber algum Ohr Chochmá. Assim, este novo desejo, chamado de Bechiná Guimel (terceiro discernimento) é composto por dois desejos: 1) o desejo de ser semelhante à Luz; e 2) o desejo de receber um pouco de Ohr Chochmá.
Nesse estado, o Kli sente duas Luzes: Luz de Chassadim—no desejo de doar— e Luz de Chochmá—no desejo de receber.
Quando Bechiná Guimel recebe Luz, ele sente que as suas duas Luzes, Ohr Chochmá, a Luz da vida, se adaptam a sua natureza. Em seguida, ele decide recebê-la em sua totalidade, e, assim, nasce um novo desejo, independente de receber aquele prazer, Ohr Chochmá. Este é o mesmo prazer, com o qual o Criador deseja preencher a criatura.
Vemos, pois, que a Luz que emerge de Atzmuto cria para si um Kli em quatro etapas. Portanto, este desejo final, chamado de Bechiná Dálet (quarto discernimento), é a única criatura. Todas as suas fases anteriores são apenas os estágios de seu desenvolvimento. De fato, toda a criação é Bechiná Dálet. Tudo o que existe, na realidade, além do Criador é Bechiná Dálet. Bechiná Dálet é chamado de Malchut (Realeza), uma vez que o desejo de receber reina nele.
QUATRO BECHINOT
Bechiná Dálet é a única criatura. Bechiná Dálet é dividido em exterioridade, cujas partes são Sefirot, Partzufim (plural para Partzuf), mundos, e nosso mundo— inanimado, vegetal e animal e em interioridade: as almas das pessoas. A diferença entre todas essas partes é apenas na medida do desejo de receber no seu interior.
Bechiná Dálet, que foi completamente preenchido com Ohr Chochmá, é chamado de “o mundo de Ein Sóf” (sem fim), uma vez que não há fim algum para o seu desejo de receber a Luz. Bechiná Dálet recebe a Luz através de seus quatro Bechinot precedentes—Shóresh, Álef, Bet e Guimel. Assim, ele é dividido internamente em cinco Bechinot do desejo de receber: desejos por Luzes no Bechinot anteriores a si próprio, e o desejo pela Luz que vem a ele.
OS QUATRO BECHINOT ANTES DE BECHINÁ DÁLET, COM CINCO BECHINOT DENTRO DELE
Resumo: A Luz emana a partir do Criador, Bechinát Shóresh. A Luz cria uma criatura, Bechiná Dálet, em quatro etapas. A essência da criatura é o desejo de receber prazer. O prazer é a sensação da Luz dentro do desejo. Bechiná Dálet, ele mesmo, se divide em quatro partes, que recebem a Luz do Bechinot anterior. Bechiná Dálet, que é preenchido com Ohr Chochmá, é chamado de “o mundo de Ein Sóf”. As partes de Bechiná Dálet são chamadas de “almas” e “mundos”. Os mundos contêm Partzufim, Sefirot, e tudo que não seja as almas.
TZIMTZUM ÁLEF, MASSACH, PARTZUF
Quando Ohr Chochmá preenche o desejo de receber em Bechiná Álef, ela concede a vontade de receber a sua natureza—o desejo de doar. Esta é a razão pela qual, no seu final, Bechiná Álef—depois que ele sentiu a natureza da Luz que o preenche—mudou seu desejo de querer receber para querer dar.
Uma vez que Bechiná Dálet se afastou de Bechiná Guimel e foi prenchido com sua Luz, a qual é Ohr Chochmá, também, a Luz o afetou de tal forma que ele começou a querer dar, semelhante à natureza da Luz em seu interior. Desse modo, o desejo de receber desapareceu de Bechiná Dálet.
Não obstante, por que a Ohr Chochmá concede ao Kli um desejo de doar quando o preenche? Isto é assim porque o Kli sente não apenas o prazer da Luz, mas o desejo do Doador, também. O Criador poderia ter criado um Kli que não O sentiria como o Doador, mas só o prazer de recepção. Em nosso mundo, isto é o que as pessoas sentem quando seu desejo de receber é ainda pouco desenvolvido, como aquele das crianças, dos brutos, ou dos doentes mentais.
À medida que a criança cresce, ela fica envergonhada de receber. No homem, essa sensação é tão desenvolvida que se preferiria qualquer dor do mundo ao sofrimento da vergonha. O Criador criou essa qualidade em nós deliberadamente, de modo que, através dela, fôssemos capazes de nos elevar acima da nossa natureza, o desejo de receber.
Para se envergonhar e sofrer por receber, a pessoa deve sentir que está recebendo. Isso só é possível se você sentir o doador, se houver um doador. Se eu não puder sentir o anfitrião, não me envergonharei. Mas se o anfitrião estiver na minha frente, eu terei vergonha.
Não posso receber diretamente porque terei que me relacionar com ele. Sentirei que devo dar algo em troca para receber dele. Nesse caso, não estarei mais recebendo, mas trocaria de lugar com ele e me tornaria um doador, desde que então, ele também estaria recebendo de mim.
A sensação do Criador evoca tão grande sofrimento devido à recepção em Malchut, que este decide nunca usar sua vontade de receber para a recepção de prazeres para si mesmo. Esta decisão em Malchut, para não receber a Luz para si mesmo, é chamada de Tzimtzum (restrição). O nome, Tzimtzum Álef (primeira restrição), indica que esta operação ocorreu pela primeira vez.
Por conseguinte, Malchut parou de receber Luz. Por meio disso, ele deixou de ser um receptor, mas ainda não estava dando coisa alguma para o Criador; ele ainda não havia cumprido o seu desejo de se tornar como a Luz, o doador de prazer. Por não receber prazer do Criador, Malchut não obteve equivalência de forma. Assim, vemos que o ato de Tzimtzum Álef não era uma meta, mas um meio para adquirir a capacidade de dar.
O propósito do Criador na Criação foi para Malchut, o ser criado, receber prazeres. O Pensamento da Criação é constante e absoluto. Por consequência, o Criador, a Luz, continuou a pressionar Malchut para recebê-la. Malchut sentiu que o ato de restrição não foi suficiente para alcançar o ato de doação. No entanto, como poderia a criatura, cuja única qualidade é receber, dar ao Criador, como Ele o faz?
Ao sentir as qualidades dos nove Superiores dentro dele—as qualidades do Criador que ele sente dentro, as quais, para ele, formam a atitude do Criador para com ele—Malchut começa a entender como ele pode vir a doar ao Criador. Decide que, se ele receber a Luz e desfrutá-la apenas porque o Criador desfruta de seu prazer nela, sua recepção seria o equivalente à doação. Recepção de prazer pelo receptor a fim de beneficiar o doador torna um ato de recepção num ato de doação. Portanto, se Malchut recebe toda a Luz (prazer) que o Criador preparou para ele, ele estaria dando a Ele, assim como o Criador está dando a ele.
Tomemos, por exemplo, um convidado visitante. O anfitrião atende o convidado com alimentos, precisamente na quantidade e sabor que o convidado deseja (o desejo está em perfeita combinação com a Luz, em sabor e quantidade, uma vez que a Luz-prazer criou o Kli-desejo de acordo com ela mesma).
Contudo, embora o convidado esteja com fome, a presença do anfitrião cria vergonha nele, o que o impede de receber. A vergonha advém da sensação de si mesmo como um receptor, e do anfitrião como um doador. E a vergonha é tão forte que ele não pode mais receber.
Contudo, o anfitrião está implorando para que ele coma, já que ele preparou tudo para o convidado, convencendo o convidado que o anfitrião iria desfrutar do seu ato de se alimentar. Então, parece ao convidado que se ele devesse receber o prazer, depois de ter rejeitado várias vezes, esta recepção seria considerada como dando e beneficiando o anfitrião. Portanto, o convidado se tornaria um doador, e o anfitrião se tornaria o receptor.
Na Cabalá, a fome, o desejo de receber deleite e prazer, é chamado de Kli (vaso). O prazer que vem do Criador é chamado de Ohr Yashar (Luz Direta). A força que repele o prazer que vem do Criador é chamado de Massach (tela). A Luz repelida pela Massach é chamada de Ohr Chôzer (Luz Refletida).
Usando a força da Massach—o poder para resistir à autogratificação e deleitar o Criador—o Kli pode resistir ao seu próprio desejo de receber. Podemos entender que o Kli rejeita a Luz, mas é mais verdadeiro dizer que o Kli rejeita usando o desejo de desfrutar por si mesmo.
O Kli não pode retornar a Luz ao Criador; ele só pode mudar sua intenção. O objetivo criado no Kli para deleitar o Criador é chamado de Ohr Chôzer (Luz Refletida). Ohr (Luz) é um outro nome para o prazer. Ohr Yashar é o prazer que o Criador deseja dar à criatura, e Ohr Chôzer é o prazer que a criatura deseja doar ao Criador.
Uma vez que o Kli (convidado) está certo que ele não vai receber (desfrutar) para si mesmo, ele examina a intensidade de sua Ohr Chôzer (a medida do seu desejo para dar prazer ao Criador—Anfitrião), e decide receber a abundância que vem através dela a partir de Ohr Yashar (a delicadeza e os deleites que o Anfitrião está proporcionando), mas apenas o quanto ele possa receber a fim de deleitar o Criador (Anfitrião).
Os cabalistas são pessoas que sentem a Luz emitida a partir do Criador e todas as suas ações. Mas quando escrevem sobre a espiritualidade, eles transmitem suas sensações numa linguagem de termos “técnicos” e definições. Portanto, apenas se o leitor tiver uma Massach e as forças, as quais os livros se referem, ele poderá “traduzir” as palavras em sentimentos, executando as mesmas ações que ele lê em seu próprio interior.
A Luz vem diretamente do Criador (daí o seu nome, Ohr Yashar) e deseja preencher o Kli. No entanto, ela encontra a Massach. A Massach repele a Luz (se recusa a recebê-la a fim de receber), mantendo assim a condição de Tzimtzum Álef: não receber para si mesmo. Uma vez que o Kli está certo que não vai receber para si mesmo, ele calcula (usando a Massach) o quanto ele pode receber a fim de doar (deleitar o Criador). A sensação na Luz e a decisão de quanto a receber são feitas antes de recebê-la. Por esta razão, esta parte do Kli é chamada de Rosh (cabeça). O lugar de cálculo, onde a Massach está, é chamado de Pê (boca).
Após a decisão no Rosh, o Kli recebe a Luz no Toch (interior). O Toch é a parte do Kli em que a recepção da Luz (sensação de prazer dentro do desejo de desfrutar) ocorre de fato. Ohr Chochmá (o prazer) é recebida com o objetivo de deleitar o Criador desta maneira. Este objetivo é chamado de Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Na linguagem cabalista, Ohr Yashar se veste de Ohr Chôzer, e Ohr Chochmá se veste em Ohr Chassadim.
O Kli pode receber apenas uma pequena porção da Luz que vem do Criador, visto que a Massach não tem o poder de receber toda a Luz. Assim, uma parte (dos desejos) nele é preenchida e uma parte permanece vazia. A parte que permanece vazia é chamada de Sóf (final, conclusão). Vemos, pois, que a criatura é composta de três partes: Rosh, Toch e Sóf. Juntas, elas são chamadas de Partzuf (face, semblante). O Guf do Partzuf (todos os seus desejos) se divide em Toch, a parte receptora e Sóf, que permanece vazia.
- O limite no Guf do Partzuf, onde a recepção da Luz termina, é chamado de Tabúr (umbigo).
- A parte da Luz recebida dentro do Partzuf é chamada de Ohr Pnimi (luz interna).
- A parte da Luz que permanece fora do Kli é chamada de Ohr Makif
(Luz Circundante).
- Através da Massach, a Ohr Yashar se divide em Ohr Pnimi e Ohr Makif.
Malchut compreende cinco Bechinot (discernimentos). A Massach decide quanto a receber em cada Bechiná. Cada Bechiná se divide numa parte que recebe e numa parte que não recebe. Logo, há cinco Bechinot no Toch e cinco Bechinot no Sóf.
Resumo: Quando a Luz corrige o Kli, ela dá o desejo do Criador ao Kli. Isso, na verdade, é o que nos falta: a Luz (a Luz Circundante, que evocamos durante o estudo, se quisermos alcançar o propósito da Criação) vir e nos corrigir, de modo que possamos querer que nossas ações sejam semelhantes àquelas do Criador (doação). Esta é a singularidade do estudo da Cabalá, e esta é também a sua importância. O estudo evoca a Luz Circundante, que corrige a pessoa.
EXPANSÃO E PARTIDA DAS LUZES
Depois que Malchut tinha decidido receber uma parte da Ohr Yashar, e a recebeu no Toch, ele parou de receber. Malchut sempre calcula, no Rosh do Partzuf, qual é a Luz máxima que ele pode receber a fim de doar. Dependendo da força da Massach, Malchut recebe apenas uma pequena parte do todo da Ohr Yashar, desde que receber a fim de beneficiar o Criador é contra a sua natureza.
A parte da Ohr Yashar que permanece fora do Kli é chamada de Ohr Makif. Ela continua a pressionar a Massach, o que limita sua expansão no Partzuf e deseja romper a Massach e preencher todo o Kli, inclusive o Sóf do Partzuf, como antes da Tzimtzum.
O Partzuf entende que se ele houvesse recebido apenas uma parte, ou seja, preenchido a si mesmo apenas ao Tabúr, e permanecido nesse estado, o Pensamento da Criação não seria realizado. Para realizar o Pensamento da Criação, toda a Luz que preencheu Malchut antes da Tzimtzum deve ser recebida com o objetivo de doar. Mas se o Partzuf devesse receber mais, abaixo de Tabúr, seria recepção a fim de receber, visto que ele não tem uma Massach para receber a fim de doar sobre aqueles Kelim.
Por esta razão, o Partzuf decide deixar a recepção da Luz completamente e retornar ao seu estado anterior à recepção. Essa decisão é tomada no Rosh do Partzuf, como acontece com todas as decisões. Após a decisão, a Massach que desceu do Pê ao Tabúr e ficou ali, começa a subir a partir de Tabúr para Pê. A ascensão da Massach faz com que as Luzes se afastem do Partzuf através do Pê até Rosh.
A decisão de parar de receber a Luz foi tomada porque a Massach que estava no Tabúr foi pressionada pela Ohr Makif que queria ser recebida no Partzuf, bem como pela Ohr Pnimi. Essas duas Luzes desejam cancelar a Massach, que é como um limite na expansão da Luz. A pressão sobre a Massach é chamada de “Bitush (espancamento) de Ohr Pnimi sobre Ohr Makif”.
Essas duas Luzes pressionam a Massach no Tabúr, o que limita a recepção da Luz no Partzuf. Elas querem que a Massach desça a partir do Tabúr até Siúm (final) do Partzuf, e que, portanto, o total da Ohr Makif seria capaz de entrar.
Este estado é semelhante a uma pessoa que recebeu uma parte do que o seu anfitrião lhe servira. Ela sente grande prazer no que tenha recebido, e isso a enfraquece, porque ela sente quão grandes prazeres existem no que ela não recebeu.
Como resultado, a Massach retorna de Tabúr para Pê, e o Partzuf é esvaziado da Luz. Assim como a Luz entrou no Partzuf através de Pê, ela deixa o Partzuf através de Pê. A expansão da Luz de Cima para baixo, de Pê ao Tabúr, é chamada de Ta’amim (sabores). A partida da Luz no Partzuf de Toch para Rosh é chamada de Nekudot (pontos). Quando a Luz parte do Partzuf, deixa uma impressão de si mesma, chamada de Reshimô (memória/lembrança). Um Reshimô das Luzes de Ta’amim é chamado de Tagin (marcas), e um Reshimô das Luzes de Nekudot é chamado de Otiyot (letras).
A expansão da Luz e sua partida torna o Kli adequado para sua tarefa, visto que somente após o Kli sentir o prazer e o prazer partir, um verdadeiro desejo por este prazer aparece no Kli. Após a partida da Luz, um Reshimô permanece no Kli. Este é um Reshimô do prazer que estava lá, do Nekudot. Uma vez que o Kli for esvaziado de Luz, o Reshimô determina o desejo e o anseio do Kli. Logo, o Reshimô da partida da Luz é chamado de Otiyot, ou Kli.
Antes do Tzimtzum, Bechiná Dálet recebe Luzes de todos os seus quatro Bechinot anteriores. A Luz chega até ele de Atzmuto através de Bechinot Shóresh, Álef, Bet, Guimel e Dálet. Dessa forma, Bechiná Dálet contém cinco Bechinot internos. Cada Bechiná interno de Bechiná Dálet recebe Luz de seu Bechiná correspondente:
- Bechinát Shóresh em Bechiná Dálet recebe Ohr Yechidá (Luz de Yechidá) de Bechinát Shóresh.
- Bechiná Álef em Bechiná Dálet recebe Ohr Chaiá de Bechiná Álef.
- Bechiná Bet em Bechiná Dálet recebe Ohr Neshamá de Bechiná Bet.
- Bechiná Guimel em Bechiná Dálet recebe Ohr Ruach de Bechiná Guimel.
- Bechiná Dálet em Bechiná Dálet recebe Ohr Néfesh de Bechiná Dálet.
Apenas Bechiná Dálet em Bechiná Dálet sente que o desejo de receber prazer é dela. Por isso, apenas esse Bechiná é considerado como uma “criatura”. O resto dos Bechinot em Bechiná Dálet, precedendo Bechiná Dálet em Bechiná Dálet, são desejos que Bechiná Dálet recebeu de Bechinot Shóresh, Álef, Bet, e Guimel que o precederam. Embora os desejos de seu Bechinot precedente sejam desejos de receber, eles vêm do Criador e não de Bechiná Dálet propriamente dito.
Bechiná Dálet consiste de cinco Bechinot; esta é a sua estrutura e é imutável. Esses Bechinot podem se dividir, preencher, se juntar para ações de recepção de Luzes dentro deles, mas a sua estrutura permanece a mesma. Chama-se a ponta da Yud, Yud, Hey, Vav, Hey.
Os mundos e tudo dentro deles, além das pessoas, emergem de Bechinot que precede Bechiná Dálet em Dálet. Eles não têm qualquer desejo independente de receber. Eles são operados pelos desejos que o Criador imprimiu neles, e não são, portanto, definidos na Cabalá como “criaturas”. Somente as almas das pessoas tinham sido feitas de Bechiná Dálet em Dálet, onde a vontade de receber existe nele independentemente. Por consequência, apenas as almas das pessoas são consideradas “criaturas”.
Um verdadeiro desejo de receber para si mesmo aparece apenas em Bechiná Dálet em Bechiná Dálet. Ele é o único que se percebe como receptor. Por isso, ele é o único que decide restringir a recepção da Luz. Contudo, a Luz se afasta do resto dos Bechinot em Bechiná Dálet, também, visto que apenas Dálet em Dálet recebe, enquanto os Bechinot anteriores apenas desenvolvem o seu desejo de receber. Quando ele pára de receber, a Luz desaparece de todos eles, visto que todos os cinco Bechinot são um Kli, a ponta da Yud, Yud, Hey, Vav, Hey.
Depois do Tzimtzum, quando Malchut recebe essas cinco Luzes através da Massach—no interior dos seus cinco Bechinot—elas entram nessas cinco partes de Malchut. A ordem na qual as Luzes entram no Partzuf é da menor Luz para a maior Luz: Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, e Yechidá. Assim, essas Luzes são chamadas NARANCHAY.
ENTRADA E PARTIDA DAS LUZES NUM PARTZUF
As cinco partes de Malchut são chamadas de Bechinot Shóresh, Álef, Bet, Guimel e Dálet. Após a Tzimtzum, quando essas partes recebem Luzes através da Massach, elas são chamadas de Sefirot (safiras, iluminações) porque a Luz brilha nelas. Assim, em vez de Bechinot, nós as chamamos de Sefirot.
Kéter = Shóresh Chochmá = Álef Biná = Bet
Zeir Anpin (ZA) = Guimel Malchut = Dálet
Os Reshimot (plural de Reshimô) provenientes das Luzes que partem são chamados de Otiyot (letras). Após a partida das cinco Luzes, Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá e Yechidá, das cinco Sefirot, Kéter, Chochmá, Biná, Zeir Anpin, e Malchut, cinco Reshimot, ou Otiyot permanecem: a ponta da Yud, Yud, Hey, Vav, Hey.
Posteriormente neste artigo, vamos aprender como os cabalistas usam
símbolos para representar as forças espirituais por escrito. Eles constroem as letras, as palavras e os nomes a partir de pontos e linhas. Essa é a forma como todos os livros sagrados foram escritos. Acontece que a escrita constitui informações sobre as forças e as operações espirituais. Quando os cabalistas leem os livros, eles podem agir de acordo com as instruções contidas neles.
Contudo, quando examinamos os livros sagrados, eles parecem discutir acontecimentos históricos. Mas está escrito na Torá que toda a Torá é constituída de nomes do Criador. Isso significa que todas as palavras na Torá nos conta acerca dos Kelim ou sobre suas ações. Em outras palavras, toda a Torá representa a mesma sabedoria da Cabalá que devemos aprender hoje, escrita numa linguagem diferente.
Existem quatro linguagens na Torá: a linguagem da Torá, a linguagem das lendas, a linguagem do Talmude e a linguagem da Cabalá. Todas elas foram inventadas pelos cabalistas que alcançaram a espiritualidade, para nos dizer como podemos alcançar o propósito da Criação.
VISÃO GERAL
O Criador deseja beneficiar Suas criaturas. As criaturas são destinadas a receber o benefício do Criador para si mesmas. Para esta finalidade, o Criador criou uma criatura independente, completamente separada dEle. A criatura não sente o Criador, porque a Luz é mais Elevada do que o Kli, e quando ela preenche o Kli, ela o controla e determina o que o Kli vai querer.
Por isso, a criatura deve nascer em ocultação da Luz, de modo a ser independente, sem a sensação de espiritualidade e da existência do Criador. Ela nasce no degrau mais distante do Criador, num degrau chamado de “este mundo”. No entanto, quando a criatura é independente da influência da Luz Superior (o Criador), ela também não tem o poder de compreender o seu estado, a sua realidade, o propósito da sua vida. Daqui decorre que o Criador deve preparar o ambiente certo para a criatura se desenvolver e crescer:
- Ele deve restringir Sua Luz ao mínimo, restrição por restrição. É assim que os degraus foram construídos de Cima para baixo, a partir do degrau de Ein Sóf, o mais próximo do Criador, até ao degrau de “este mundo”, o mais baixo e mais distante do Criador. Esse ato é chamado de “a expansão dos mundos e a Partzufim”.
- Uma vez que o ponto de partida foi preparado para a criatura, ela deve receber a possibilidade de subir a partir desse estado e alcançar o degrau do Criador. Contudo, como isso pode ser feito, se após o Tzimtzum Álef nenhuma Luz alcança o Kli—a criatura —que está no degrau de “este mundo”? Por esta razão, o Criador nos deu neste mundo uma Segulá (poder, remédio): Ohr Makif (Luz Circundante), que brilha até para o Kli restrito.
Rav Yehuda Ashlag escreveu sobre esta Segulá no Item 155 de sua “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”: “Portanto, devemos perguntar, por que então, os cabalistas obrigam cada pessoa a estudar a sabedoria cabalista? Na verdade, existe uma grande coisa nela, digna de ser divulgada: Existe um maravilhoso remédio inestimável para aqueles que se ocupam na sabedoria cabalista. Embora eles não entendam o que estão aprendendo, através do anseio e do grande desejo de entender o que estão aprendendo, eles despertam sobre si as Luzes que cercam suas almas.
“Isso significa que todas as pessoas de Israel têm a garantia de finalmente alcançar todas as realizações maravilhosas que o Criador havia calculado no Pensamento da Criação para deleitar toda a criatura. Alguém que não tenha sido agraciado nesta vida será agraciado na próxima vida, etc., até que a pessoa seja agraciada completando o Pensamento do Criador, que Ele tinha planejado para ela.
“E, enquanto a pessoa não tenha atingido a perfeição, as Luzes que estão destinadas a alcançá-la são consideradas Luzes Circundantes. Isso significa que elas estão prontas para ela, porém estão esperando que ela purifique seus vasos de recepção, momento em que estas Luzes irão vestir os vasos capacitados.
“Por isso, mesmo quando não se tem os vasos, quando se está ocupado nesta sabedoria, mencionando os nomes das Luzes e os vasos relacionados com a alma da pessoa, elas imediatamente brilham sobre ela numa determinada medida. Não obstante, elas brilham para ela sem vestir o interior de sua alma por falta de vasos capazes de recebê-las.
“No entanto, a iluminação que uma pessoa recebe ao longo do tempo durante o trabalho na sabedoria cabalista se baseia numa graça do Alto, inundando a pessoa com abundância de santidade e pureza, que trazem a pessoa para mais perto, até que ela alcance a perfeição.
“No entanto, há uma condição estrita durante o trabalho nesta sabedoria, não materializar as questões com coisas imaginárias e corporais, pois assim seria uma violação, ‘Não farás para ti imagem de escultura, nem qualquer tipo de semelhança’. Nesse caso, a pessoa é bastante prejudicada, em vez de beneficiada”.
Assim, apenas o estudo adequado da sabedoria cabalista pode conduzir o homem ao propósito de sua vida. Isto é o que os cabalistas estão dizendo, e quem sabe sobre a realidade mais do que eles?
Ohr Makif é o poder com o qual qualquer pessoa pode começar a subir a partir deste mundo para o mundo espiritual. Sem a ajuda da iluminação da Ohr Makif, não teríamos possibilidade de transcender o nosso estado, uma vez que o Kli só pode ser corrigido pela Luz, e a Luz Superior não pode chegar a este mundo. Por isso, precisamos da Ohr Makif.
Para ajudar os iniciantes a evitar falhas em seu caminho, adicionamos uma tabela com as perguntas e as respostas, um glossário, as abreviações e vários arquivos de mídia. Não temos a intenção de aprofundar ou expandir a explicação e a quantidade de informações, mas de orientar o aluno no sentido de obter o estímulo para avançar corretamente. Deve ficar claro que o objetivo do estudo é conseguir Dvekút (adesão) com o Criador. Isso deve estar diante dos nossos olhos, pois só assim é que vamos evocar em nós mesmos as Luzes Circundantes, e através do seu impacto, vamos entrar no Mundo Superior.
O glossário se destina à correta compreensão de termos básicos. Mas apenas se soubermos como interpretar as palavras que estivermos lendo corretamente, em seu verdadeiro significado espiritual, diversamente da forma como costumamos interpretá-las em nosso mundo, só nessa medida teremos a permissão para aprender e ler qualquer coisa na Torá. Caso contrário, poderemos perceber os livros da Torá como narrativas históricas.
Quando um cabalista alcança a espiritualidade, esta é indescritível em palavras, já que a espiritualidade contém apenas sensações. É por isso que os livros cabalistas são escritos na linguagem dos ramos, usando palavras mundanas para descrever conceitos espirituais.
O mundo espiritual é um lugar abstrato, “virtual”, onde só existem forças e emoções, sem roupa corpórea. Devemos constantemente renovar e repetir os conceitos espirituais, pois até alcançarmos conexão emocional com a espiritualidade, estaremos lendo os livros cabalistas, sem qualquer entendimento do que está por trás das palavras.
O erro básico é que há “cabalistas” que ensinam que existe alguma ligação entre o corpo humano e o Kli espiritual, como se o Kli espiritual se vestisse de um corpo humano, como se cada órgão corpóreo vestisse um órgão espiritual. Na opinião deles, se a pessoa executa um ato físico ou qualquer movimento físico qualquer que seja, este aparentemente contém um conteúdo espiritual. Eles pensam que ao fazê-lo, a pessoa realmente executa uma ação espiritual.
O erro deles decorre do uso da linguagem dos ramos feito pelos cabalistas, usando palavras mundanas para nomear e definir termos espirituais. Esta é a razão para a proibição estrita na Torá, “Não farás para ti imagem de escultura, nem qualquer tipo de semelhança”. Em outras palavras, é proibido imaginar espiritualidade em formas corporais, não, porque isso poderia causar danos Acima, mas porque a imagem falsa impediria a pessoa de ter a compreensão dos caminhos do Criador e da aproximação da meta.
Assim, o aluno deve repetir constantemente os conceitos chave da Cabalá, como “lugar”, “tempo” “movimento”, “nenhuma ausência”, Guf (corpo), “partes corporais” ou “órgãos”, Zivug (acoplamento), “beijo”, “abraço” até que cada conceito seja percebido corretamente. Isto é o que Baal HaSulam escreve em sua “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”. Aqueles que querem estudar a Cabalá da forma certa são aconselhados a abandonar todos os livros sobre o assunto, com exceção de O Livro do Zohar, os escritos do Ari, os escritos de Baal HaSulam, e os escritos do Rabash.
A interpretação da Torá como uma narrativa histórica contradiz o versículo que diz que toda a Torá é constituída de nomes do Criador, que é a Torá do mundo de Atzilut, e que todas as palavras contidas nela são Nomes Sagrados. É importante lembrar que ela não fala deste mundo e das pessoas que o habitam (ver “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 58).
Todos os nomes na Torá são sagrados, até mesmo nomes como Faraó, Balaão, Balaque. Por exemplo, aquele que é chamado para ficar ao lado da Arca da sinagoga durante o serviço, beija o livro da Torá sem primeiro verificar para ver se ele beijou erroneamente o nome de Faraó ou Labão. O Zohar explica que cada nome simboliza um nível espiritual: Faraó corresponde a Malchut, Labão à Luz Superior (brancura), Partzuf do Chochmá Superior, etc.
RESHIMOT
Para executar a operação correta, o Kli deve saber o que quer, como conseguir o que quer, e ter a força para conseguir o que quer.
Além do Criador, existe apenas uma Criação: o desejo de receber prazer. Assim, toda a realidade contém apenas Luz e Kli, prazer e desejo, Hitlabshut (vestimenta) e Aviut (aspereza/desejo de receber).
Em cada ato espiritual, após a partida da Luz do Kli, ou seja, após a transição de um estado onde o Kli é preenchido com Luz para um estado onde o Kli está vazio, ele deixa atrás de si duas “lembranças” do estado anterior. Elas são chamadas de Reshimô de Hitlabshut (lembrança da vestimenta) — um Reshimô da Luz que estava no Kli e partiu, e o Reshimô de Aviut (lembrança do desejo de receber) — um Reshimô do Kli na Massach que permanece para ser usado.
Estes dois Reshimot (plural de Reshimô) são considerados um Reshimô. Se nenhum Reshimô for deixado, o Kli não saberá o que quer ou como conseguir o que quer.
Os Reshimot nos quais os Partzufim Emergem
Mundo/Partzuf | Nome | Reshimô de Hitlabshut | Reshimô de Aviut |
Mundo de Adam Kadmon: | |||
Partzuf Kéter | Galgálta | Dálet | Dálet |
Partzuf Chochmá | AB | Dálet | Guimel |
Partzuf Biná | SAG | Guimel | Bet |
Partzuf ZA | MA | Bet | Álef |
Partzuf Malchut | BON | Álef | Shóresh |
Partzuf Nekudot de SAG: | |||
Partzuf Nekudot de SAG | Bet | Bet | |
Mundo de Nekudim: | |||
Partzuf de Katnut (pequenez/infância) | Bet | Álef | |
Partzuf de Gadlut (grandeza/maioridade) | Dálet | Guimel | |
Mundo de Atzilut: | |||
Partzuf Kéter | Atik | Dálet | Dálet |
Partzuf Chochmá | AA | Dálet | Guimel |
Partzuf Biná | AVI | Guimel | Bet |
Partzuf ZA | ZA | Bet | Álef |
Partzuf Malchut | Nukvá | Álef | Shóresh |
Mundo de Briá: | |||
Partzuf Kéter | Atik | Dálet | Dálet |
Partzuf Chochmá | AA | Dálet | Guimel |
Partzuf Biná | AVI | Guimel | Bet |
Partzuf ZA | ZA | Bet | Álef |
Partzuf Malchut | Nukvá | Álef | Shóresh |
Mundo de Yetzirá: | |||
Partzuf Kéter | Atik | Dálet | Dálet |
Partzuf Chochmá | AA | Dálet | Guimel |
Partzuf Biná | AVI | Guimel | Bet |
Partzuf ZA | ZA | Bet | Álef |
Partzuf Malchut | Nukvá | Álef | Shóresh |
Mundo de Assiá: | |||
Partzuf Kéter | Atik | Dálet | Dálet |
Partzuf Chochmá | AA | Dálet | Guimel |
Partzuf Biná | AVI | Guimel | Bet |
Partzuf ZA | ZA | Bet | Álef |
Partzuf Malchut | Nukvá | Álef | Shóresh |
Reshimot da Aviut do Massach dos Mundos
Mundo de Kéter | Mundo de Adam Kadmon | Aviut Dálet |
Mundo de Chochmá | Mundo de Atzilut | Aviut Guimel |
Mundo de Biná | Mundo de Briá | Aviut Bet |
Mundo de ZA | Mundo de Yetzirá | Aviut Álef |
Mundo de Malchut | Mundo de Assiá | Aviut Shóresh |
Quando toda a realidade se expandir até que nenhuma Reshimô seja deixada na Massach, este será o fim do mundo de Assiá. Malchut do mundo de Atzilut gera mais outro Partzuf, chamado Adam HaRishon, que quebra em pedaços que caem abaixo do mundo de Assiá, à um lugar chamado “Olam HaZê” (Este Mundo).
A menor Reshimô no menor Kli quebrado é chamada “o ponto no coração”. Isto é o que a pessoa sente como um desejo pela espiritualidade quando é despertada do Alto. Estas Reshimot se vestem em certas pessoas em nosso mundo e não lhes dão descanso, até que elas os corrijam com uma Massach e lhes preencham com Luz.
Se uma pessoa sente este Reshimô, ela é digna de atingir a espiritualidade, de experimentar o Mundo Superior e conhecer toda a realidade. A orientação para atingir isto é encontrada nos livros de Cabalá. Cada geração possui seus próprios livros de Cabalá, escritos para sua geração, para o tipo particular de almas que desceram nela.
Os livros que guiam nossa geração para a espiritualidade são os livros do Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), e Rabi Baruch Ashlag (o Rabash). Além de estudar estes livros, existem mais duas condições necessárias para o próprio aprendizado: estudar em um grupo, cuja meta é atingir o propósito da Criação, que é liderado por um professor Cabalista (Rabi).
Na cascata da realidade de Cima para baixo, uma escada de degraus foi formada, em que uma pessoa sobe de volta. A pessoa que atinge um certo degrau descobre nele Reshimot de um nível Elevado, e pode assim continuar a subir. Reshimot de degraus Elevados também aparecem nas pessoas em nosso mundo. Estes são Reshimot do degrau espiritual mais próximo daquela pessoa. Ao trabalhar com estes Reshimot, a pessoa sai do nosso mundo e entra no mundo spiritual.
O NASCIMENTO DOS PARTZUFIM
Bechiná Dálet é chamada Malchut, pois ela hospeda o maior desejo de receber. Quando preenchida com Luz, ela é chamada Ein Sóf (sem fim), pois ela recebe a Luz sem colocar um fim a ela. Malchut é a única criatura. Suas partes são chamadas Olamot (mundos), pois eles MA’alimim (ocultam) a Luz do Criador das criaturas. A ocultação em cada mundo corresponde à medida pela qual as criaturas podem receber a Luz usando a Massach.
Quando Bechiná Dálet recebeu a Luz de Ein Sóf, ela sentiu que a Luz estava vindo do Doador. A sensação do Doador evocou tal vergonha e agonia nela que ela decidiu nunca ser uma receptora.
Uma decisão no Superior se torna uma lei obrigatória para todos os seus estados subsequentes. Assim, mesmo se uma parte de Malchut não quiser receber por si mesma, ela não será capaz de receber, pois Malchut controla todas as suas partes. Cada nova decisão vem da fraqueza do grau, assim, cada decisão afeta apenas os graus inferiores.
Seguindo o Tzimtzum Álef, Reshimô da Luz e do Kli permaneceram em Malchut. A Luz retornou à Malchut e quis preenche-la, pois a intenção do Criador de deleitar a criatura é constante. É apenas este Pensamento do Criador que opera em cada ato na Criação, mesmo quando nos parece que a realidade não está ao nosso favor.
Malchut, que fica no Pê de Rosh do Partzuf, sente a meta do Criador de beneficia-la, como no exemplo do convidado e o anfitrião. Malchut sente que se ela não receber do Criador, ela não estará Lhe dando nada. Assim, ela decide receber, para que o Criador desfrute de sua recepção.
Com a ajuda dos Reshimot de Hitlabshut e de Aviut do preenchimento anterior, Malchut pode calcular precisamente quanto ela pode receber, não de acordo com seu desejo de desfrutar, mas em prol de deleitar o Criador.
O Reshimô de Hitlabshut é um Reshimô da Luz que estava em Malchut. A Massach, em que Malchut recebeu esta Luz, foi purificada. Não havia poder na Massach que novamente receba a mesma Luz da qual o Reshimô de Hitlabshut permaneceu. Assim, o Rosh de Hitlabshut do próximo Partzuf nasceu no Reshimô de Hitlabshut. Depois, a Massach fez um Zivug no Reshimô de Aviut, gerando o segundo Rosh, chamado Rosh de Aviut, do qual o Guf expandiu. Este é o revestimento da Luz em Malchut.
A parte em que Malchut decide quanto da Luz Superior ela pode receber em prol de doar é chamada Rosh. Seguindo a decisão em Rosh, Malchut recebe a quantidade de Luz que ela tinha decidido, dentro do Partzuf. Esta Luz é chamada Ta’amim (sabores).
Quando a Luz de Ta’amim completa sua entrada no Guf, a Massach que a estendeu para de expandir a Luz dentro do Partzuf. A Massach não permite que a Luz continue entrando, pois a decisão de Malchut na quantidade máxima que ela pode receber não em prol de deleitar a si mesma. Se ela receber mais, será em prol de receber prazer para si mesma.
Assim, em um lugar onde a Massach para e não recebe mais, Malchut sente novamente o impulso da Luz Superior para recebe-la. Este lugar é chamado Tabúr (umbigo). Se Malchut receber mais Luz, será para seu próprio prazer. Assim, ela não tem escolha se não parar de receber toda a Luz.
Todas as decisões são feitas apenas no Rosh do Partzuf, e são então executadas no Guf. Aqui, também, seguindo a decisão no Rosh de parar de receber, a Massach se eleva do Tabúr até Pê e deporta as Luzes do Guf do Partzuf.
A Massach vem ao Pê com um Reshimô da Luz que preencheu o Partzuf, e um Reshimô de Aviut que permaneceu na Massach. No encontro da Massach com a Luz Superior no Rosh do Partzuf, o desejo de receber a Luz em prol de doar é despertado novamente na Massach, que desperta Reshimot nela. A Massach faz um Zivug de Haka’á com a Luz Superior e gera o próximo Partzuf.
Existem duas Massachim (plural de Massach) em cada Partzuf: uma Massach que rejeita a Luz e uma Massach que recebe a Luz. A Massach que rejeita a Luz sempre fica no Pê do Partzuf, repelindo toda a Luz que quer penetrar o Partzuf, e assim cumpre a condição do Tzimtzum Álef.
Quando a primeira Massach repele toda a Luz e é certo que ela não receberá por si mesma, mas apenas com a intenção de doar ao Criador, ela ativa a segunda Massach, que pesa o quanto da Luz Superior que vem a ela pode ser recebida com a intenção de doar.
Seguindo a decisão, a Massach começa a receber Luz. Ela descende do Pê abaixo, e seguindo isto, a Luz entra no Partzuf. Quando a medida da Luz dentro do Partzuf atinge a medida que a Massach de Rosh tinha decidido, a Massach que descendeu ao Guf para. Isto é assim porque a Massach do Guf sempre segue as ordens e decisões feitas pela Massach do Rosh. Assim, o próximo Partzuf nasce do antigo.
O cálculo é feito na Massach em Rosh. Mas devido a sua Aviut ser menor que no Partzuf anterior, a Massach desce até o Chazê do Partzuf, e não fica no Pê. Isto é porque o Chazê é o nível de Aviut Guimel do Guf, oposto ao Pê, que é Dálet.
Assim, uma vez que a Massach se eleva de Tabúr até Pê, onde ela recebe um desejo de fazer um novo Zivug, ela desce até o Chazê e calcula quanto receber. Este cálculo gera o segundo Rosh do Partzuf. Seguindo a decisão, a Massach desce de Pê abaixo ao lugar que ela escolheu como o lugar através do qual ela receberia Luz. Este lugar se tornará o Tabúr do próximo Partzuf.
Abaixo do Tabúr e através do Siúm Raglin do próximo Partzuf, permaneceram Kelim vazios que a Massach não preencheu devido à ausência do poder de resistência. O segundo Partzuf, e o restante dos Partzufim do mundo de Adam Kadmon, não podem descer abaixo do Tabúr do primeiro Partzuf, devido à ausência do poder em sua Massach.
Após o segundo Partzuf, AB de AK, ter emergido e recebido o que decidiu no Rosh, na Massach que também desceu em seu Tabúr, houve um Bitush do Ohr Pnimi e Ohr Makif. Aqui, também, a Massach entende que ela não pode permanecer no Tabúr porque ela não tem a força de receber mais, e se permanecesse neste estado, ela não atingiria o propósito da Criação.
Assim, a Massach do segundo Partzuf também decide purificar, e se eleva ao Pê. Aqui, também, um Reshimô permanence na Massach. Quando ela atinge o Pê e é integrada na Massach do Pê, ela redesperta para receber a Luz. O ultimo Reshimô de Aviut, da Bechiná Guimel, desaparece da Massach, e Reshimô de Bechiná Bet aparece. Assim, a Massach desce ao Chazê, onde ela faz um Zivug de Haka’á para gerar um novo Partzuf, chamado Partzuf SAG de AK.
Aqui, também, uma vez que o Partzuf SAG emerge, sua Massach de Guf é purificada pelo Bitush do Ohr Pnimi e Ohr Makif nela. A Massach se eleva ao Pê, desce ao Chazê, e gera o próximo Partzuf no nível de Aviut Álef, chamado “MA Superior”.
Quando o Partzuf MA Superior para a expansão da Luz dentro dele, ele sente o Bitush das Luzes Interna e Circundante dentro dele, e decide se purificar. Ele retorna ao Pê com Aviut Shóresh, pois a Massach não tem mais a força de Kashiut (dureza) para receber a Luz. Ela não pode gerar um Partzuf, mas apenas um Rosh, e assim acaba o processo de nascimento de Partzufim.
A REALIDADE GERAL
Seguindo o Tzimtzum, Malchut decide receber em prol de doar ao Criador. Esta intenção é chamada Massach (tela). A seguir, uma sequência de Partzufim emergem na Massach em Malchut:
- Um Partzuf chamado Galgálta emerge na Massach com a força para receber Luz em Aviut Dálet.
- Um Partzuf chamado AB emerge na Massach com a força para receber Luz em Aviut Guimel.
- Um Partzuf chamado SAG emerge na Massach com a força para receber Luz em Aviut Bet.
- Um Partzuf chamado MA emerge na Massach com a força para receber Luz em Aviut Álef.
- Um Partzuf chamado BON emerge na Massach com a força para receber Luz em Aviut Shóresh.
Os nomes dos Partzufim são determinados pela quantidade e qualidade das Luzes que os preenchem. Malchut emergiu como Bechiná Dálet, ou seja o quinto na evolução da Luz de Atzmuto. Assim, ela recebe das Bechinot anteriores e as contém. Por esta razão, dentro de Malchut de Ein Sóf estão cinco Bechinot do desejo, do menor desejo em Bechiná Shóresh até o maior desejo em Bechiná Dálet, e ela recebe Luz em seu interior sem barreiras.
Após o Tzimtzum, Malchut decide receber Luz apenas em prol de doar ao Criador. Recepção desta forma é contrária ao seu desejo natural; assim, ela não pode receber sem barreiras. Ela não pode receber toda a Luz de uma vez, como antes. Assim, ela decide receber toda esta Luz em pequenas porções. No fim, ela estará completamente preenchida e atingirá o propósito da Criação.
Cada pequena parte de Malchut é como todo Malchut, contendo cinco partes do desejo de receber. Isto é porque lá não pode haver um desejo se não houverem quatro níveis de expansão das Luzes que o precedem.
Por esta razão, cada Kli tem uma estrutura fixa, de acordo com as cinco partes de Aviut: Shóresh, Álef, Bet, Guimel e Dálet, chamadas Sefirot Kéter, Chochmá, Biná, ZA e Malchut, chamadas Otiyot Ponta da Yud, Yud, Hey, Vav e Hey.
Toda Malchut é dividida em cinco partes principais, chamados cinco mundos: AK (Adam Kadmon), Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. Cada mundo é dividido em cinco Partzufim: Atik, AA (Arich Anpin), AVI (Aba ve Ima), ZA (Zeir Anpin) e Nukvá (Malchut). Cada Partzuf contém cinco Sefirot: Kéter, Chochmá, Biná, ZA e Malchut.
Os cinco mundos contêm 5×5=25 Partzufim. Cada Partzuf contém cinco Sefirot. Assim, em todos os mundos existem 25×5=125 Sefirot ou níveis que a alma precisa experimentar, deste mundo ao mundo de Ein Sóf, para atingir Dvekút com o Criador.
Cada nível, Sefirá (singular para Sefirot), Partzuf, Mundo—uma parte de Malchut de Ein Sóf, a menor fração da realidade—é compost de cinco partes do desejo de receber, uma Massach acima dele, e Luz, que ele recebe através da Massach. Assim, a diferença entre todas as partes da Criação é apenas na medida do desejo de receber e a Massach em seu topo. A medida da Massach determina o tipo e nível de implementação do desejo.
Nosso corpo contém as mesmas partes. A diferença entre as partes está em seu preenchimento (mais forte, mais inteligente ou mais habilidoso). Assim, as mesmas partes existem em todos os Partzufim espirituais: a ponta da Yud, Yud, Hey, Vav, Hey.
Estas letras são chamadas “o nome do Criador”, pois Ele criou a criatura neste pardão. A criatura sente seu Criador pela forma que é preenchida com Luz—o Criador—e ascreve nomes ao Criador em conformidade.
O nome de cada Kli segue a medida em que o Kli sente o Criador. Assim, cada nível tem seu próprio nome, deste mundo ao mundo de Ein Sóf. As almas se elevam para atingir o propósito da Criação, começando neste mundo, que é o nível mais baixo. Quando uma alma ascende a um certo nível, isto significa que ela recebe a Luz naquele nível. Em outras palavras, ela preenche seu HaVaYaH com um certo preenchimento de Luz de HaVaYaH, que, juntamente com o preenchimento, cria o nome do nível.
Está escrito que todos devem ser como Moisés. Isto significa que todos devem atingir o nível chamado “Moisés”. Todos os nomes na Torá são Nomes Sagrados, pois eles são representações da Luz, o Criador. Assim, toda a Torá é chamada “os nomes do Criador”, incluindo tais nomes como Faraó, Balaão, Balaque etc.
O nome do nível é determinado pela Luz que preenche o Partzuf, o HaVaYaH. Por exemplo, se o Kli é preenchido com Ohr Chochmá, e o símbolo desta Luz é a letra Yud, o preenchimento das letras Yud, Hey, Vav, Hey é Yud, Hey (uma Yud na Hey), Viv Hey (uma Yud na Vav), Hey Hey (uma Yud na Hey).
Isto é porque cada letra no alfabeto Hebraico tem seu próprio número:
Álef = 1 Zayin = 7 Mem = 40 Kuf = 100
Bet = 2 Chet = 8 Nun = 50 Reish = 200
Guimel = 3 Tet = 9 Samech = 60 Shin = 300
Dálet = 4 Yud = 10 Ayin = 70 Tav = 400
Hey = 5 Chaf = 20 Pê = 80
Vav = 6 Lamed = 30 Tzadi = 90
Assim, se somarmos as letras no nome HaVaYaH: Yud, Hey, Vav, Hey = Yud (10+6+4) + Hey (5+10) + Viv (6+10+6) + Hey (5+10) = 72, que são as letras AB (Ayin+Bet). É por isto que o Partzuf Chochmá é chamado AB.
Um Partzuf que recebe Luz de Chassadim é chamado SAG:
Yud, Hey, Vav, Hey = 63 = SAG (Samech+Guimel).
É assim que todos os níveis em toda a realidade são nomeados. Assim, para conhecer o nome de cada nível, nós apenas precisamos conhecer os nomes de cada tipo de Luz. Então, quando nós lermos a Torá, nós entenderemos que ações espirituais e que lugares e níveis nos Mundos Superiores estão sendo discutidos.
Então nós não iremos enganosamente pensar que a Torá discute de qualquer coisa abaixo do mundo espiritual. Nós não pensaremos que a Torá fala de nossas vidas corporais, de história ou de como nós nos gerenciamos em nossas vidas materiais. Pelo contrário, nós saberemos que todos os livros da Torá são na verdade instruções nos dizendo como atingir o propósito de nossas vidas enquanto ainda vivendo neste mundo, para que não tenhamos que retornar ciclo após ciclo e repetidamente sofrer esta vida vã, inútil e sem propósito.
Um Partzuf é dez Sefirot: Kéter, Chochmá, Biná, ZA, and Malchut
Um Partzuf em letras é Yud (Chochmá), Hey (Biná), Vav (ZA) e Hey (Malchut).
Mas o nível de um Partzuf—Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, Yechidá—não é explicado pelo nome HaVaYaH, pois as letras HaVaYaH são dez Sefirot do esqueleto do Kli. Eles clarificam o estado do Kli vazio, sem preenchimento com a Luz Superior. O nível do Kli, o nível espiritual do Kli, é determinado pela medida da Massach. A Massach preenche as dez Sefirot de HaVaYaH com Luzes. A Massach pode preencher o Kli com Luz de Néfesh, Ruach, Neshamá, Chaiá, ou Yechidá. A Luz no Kli determina
o nível do Kli na escada de níveis.
Existem apenas duas Luzes na realidade: Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) e Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). O símbolo para Ohr Chochmá é a letra Yud, e o símbolo para Ohr Chassadim é a letra Hey.
- O registro do nível de Yechidá (Kli Kéter) é simplesmente HaVaYaH, sem preenchimento: Yud, Hey, Vav, Hey = 10+5+6+5 = 26.
- O registro do nível de Chaiá (Kli Chochmá) é HaVaYaH preenchido com
Yud: Yud, Hey, Viv, Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+10+6) + (5+10) = 72.
- O registro do nível de Neshamá (Kli Biná) é HaVaYaH preenchido com Hey, exceto que a letra Vav é preenchida com Álef, e a letra Hey é preenchida com Yud: Yud, Hey, Vav, Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+1+6)
+ (5+10) = 63.
- O registro do nível de Ruach (Kli ZA) é HaVaYaH preenchido com Hey, exceto que a letra Vav de HaVaYaH é preenchida com Álef: Yud, Hey, Vav, Hey = (10+6+4) + (5+1) + (6+1+6) + (5+1) = 45.
- O registro do nível de Néfesh (Kli Malchut) é HaVaYaH preenchido com Hey, exceto que a letra Vav de HaVaYaH, que permanece sem preenchimento: Yud, Hh, Vv, Hh = (10+6+4) + (5+5) + (6+6) + (5+5) = 52.
Esta é a fonte dos nomes, AB, SAG, MA, BON.
NEKUDOT DE SAG
Após Tzimtzum Álef, Malchut decide se preencher em prol de doar usando os Reshimot que permaneceram do mundo de Ein Sóf. Receber em prol de compartilhar é contra a natureza da criatura. Assim, Malchut não pode receber instantaneamente toda a Luz Superior que a preencheu no mundo de Ein Sóf, mas apenas em pequenas porções, chamadas Partzufim. Assim, Malchut recebe cinco porções de Luz: Galgálta, AB, SAG, MA Superior e BON Superior. Isto completa a saída de todos os Reshimot nela, e a cadeia de expansão termina.
O terceiro Partzuf a emergir é Partzuf SAG. Sua natureza é a de Biná, então ele não quer receber nada por si mesmo; ele “Chafetz Chéssed” (Deleita em Misericórdia). Por esta razão, este Partzuf pode descer abaixo do Tabúr de Galgálta e preencher o Sóf (fim) de Galgálta com suas Luzes.
Partzuf SAG emergiu na Reshimot de Hitlabshut Guimel e Aviut Bet. Assim, há iluminação de Chochmá em seus Ta’amim. Por esta razão, os Ta’amim de SAG não podem descer abaixo do Tabúr de Galgálta. Mas quando o Partzuf SAG começa a purificar, o Ohr Chochmá imediatamente desaparece, e conforme a Massach purifica do Tabúr até o Pê, Partzuf Nekudot de SAG emerge, e este Partzuf contém apenas Ohr Chassadim. Assim, este Partzuf pode descer abaixo do Tabúr de Galgálta e preencher o Sóf (fim) de Galgálta com Ohr Chassadim.
Toda a realidade emerge da Bechinat Shóresh, o desejo do Criador de beneficiar Suas criaturas. De acordo com este desejo, a Luz expande como uma sequência de causa e efeito para executar o Pensamento da Criação dentro do Kli, para que ele a receba.
Em Bechiná Álef, que é o todo da Luz e o Kli, há toda a intenção do Criador de criar um Kli e preenche-lo com Luz. Tudo que emerge após Bechiná Álef emerge disto. Assim o pensamento do Criador aparece na realidade. O Criador imprimiu a possibilidade de trazer a Criação à sua meta de elevar o nível do Criador dentro da natureza dos Kelim e das Luzes, desde o início.
Após o Tzimtzum Álef, Malchut de Ein Sóf decidiu receber através da Massach e gerou cinco Partzufim: Galgálta, AB, SAG, MA Superior e BON Superior. Isto completa a extração de todos os Reshimot, esgotando a força da Massach, embora apenas a parte de Malchut seja preenchida.
Se Nekudot de SAG não tivesse descido para preencher o Sóf de Galgálta, Malchut de Ein Sóf nunca teria sido preenchido. Isto é porque Malchut é apenas um desejo de receber, sem qualquer mistura de desejos de doar. E aqui, quando Nekudot de SAG—que são Biná—desce até o Sóf de Galgálta—que é Malchut—ele cria uma mistura de Malchut com Biná. Assim, Malchut recebe a oportunidade de adquirir o desejo (Kli) para doação, para se corrigir e ser preenchida com Luz.
Seguindo o Tzimtzum Álef, Malchut de Ein Sóf decide receber apenas por meio de uma Massach, ou seja, de acordo com sua capacidade de receber em prol de doar. Ela faz um Zivug nos Reshimot de Hitlabshut Dálet e Aviut Dálet, que permaneceu nela após o Tzimtzum, e recebeu uma parte da Luz de Ein Sóf. A parte de Malchut de Ein Sóf que foi preenchida por este Zivug é chamada Galgálta ou Kéter.
Subsequentemente, Malchut recebe ainda outra porção da Luz de Ein Sóf, em prol de doar. A parte de Malchut que foi preenchida por este Zivug na Massach com Reshimot de Hitlabshut Dálet e Aviut Guimel que permaneceram após Galgálta é chamada AB, ou Partzuf Chochmá.
A parte de Malchut de Ein Sóf que foi preenchida pelo Zivug nos Reshimot no próximo estágio—Hitlabshut Guimel e Aviut Bet que premaneceram após o Partzuf AB—é chamada SAG, ou Partzuf Biná. Partzuf SAG é o mesmo Malchut, desejo de receber, exceto que ele não pode receber em prol de doar, através da Massach, como Partzufim Galgálta e AB; ele apenas pode se tornar similar à Bechiná Bet, Biná.
Por natureza, Biná não quer receber Luz; ela deseja apenas doar. Lá não existem limitações no ato de dar; assim, Partzuf SAG pode preencher com sua Ohr Chassadim, toda a parte de Malchut que permaneceu vazia.
Biná compreende três partes:
- Expansão de Ohr Chochmá.
- A decisão de Biná que ela não quer Ohr Chochmá, mas deseja apenas doar. É por isto que Ohr Chassadim se propaga nesta parte.
- Biná recebe alguma Ohr Chochmá, mas não para si mesma, para passa-la para o Partzuf ZA.
A primeira parte em Biná ainda é Chochmá. Apenas da segunda parte em Biná o desejo de doar começa a se manifestar. Assim, ela pode preencher a parte de Malchut de Ein Sóf, a parte onde há um desejo de doar com Ohr Chassadim, abaixo do Tabúr geral, que não foi preenchido.
Partzuf SAG começa a receber Luz em seu Toch através de um Zivug em Hitlabshut Guimel e Aviut Bet. A presença do Reshimô de Guimel de Hitlabshut induz a expansão do Ohr Chochmá em seus Ta’amim. Por este motivo, esta parte de Malchut não pode descer abaixo do Tabúr de Galgálta.
Mas uma vez que a Massach de SAG começa a purificar e se eleva do Tabúr até Pê, uma parte do Partzuf, que é apenas Biná, que pode descer abaixo do Tabúr de Galgálta. A Luz que parte do Partzuf SAG também pode descer abaixo do Tabúr de Galgálta, pois ele é Ohr Chassadim, sem Ohr Chochmá.
Por esta razão, a parte do Partzuf SAG, chamada Nekudot de SAG, que inclui a segunda e terceira partes do Partzuf Biná, desce abaixo do Tabúr de Galgálta e veste sobre o seu Sóf.
TZIMTZUM BET
Nekudot de SAG desce baixo do Tabúr de Galgálta e lá preencheu os Kelim de Sóf de Galgálta vazios com Ohr Chassadim. Eles sentiram que existem Reshimot da Luz que preencheu o Sóf de Galgálta antes de sua Hizdakchut (purificação) nos Kelim vazios de Galgálta.
A Luz que preencheu o Sóf de Galgálta foi Ohr Chassadim com um pouco de Chochmá, e Reshimot permaneceram lá após a Hizdakchut da Massach: Reshimô da Luz de Dálet de Hitlabshut, e Reshimô da Massach em Guimel de Aviut. O Sóf de Galgálta repeliu a Luz de se propagar nele, como Biná, e nisto, ele se tornou similar ao Nekudot de SAG. Assim, Nekudot de SAG se misturaram com o Sóf de Galgálta e preencheram seus Kelim vazios.
Ao misturar Nekudot de SAG com o Sóf de Galgálta, eles receberam Reshimot que permaneceram no Sóf de Galgálta. Os Reshimot de Galgálta eram maiores do que os da Massach de Nekudot de SAG e, consequentemente, Nekudot de SAG começaram a querer receber o prazer que havia em Galgálta para si mesmos.
A regra é que se o prazer sendo sentido no desejo de receber é maior que a força da Massach, o Kli quer ele para si mesmo, pois o mais forte—Massach ou desejo— determina.
Todos os mundos e Partzufim são partes de Malchut de Ein Sóf. Esta Malchut fez um Tzimtzum e decidiu nunca receber para si mesma. Assim, agora que o desejo de receber para si mesmo apareceu no Partzuf Nekudot de SAG, Malchut que fez o Tzimtzum Álef se elevou e ficou no Siúm de Galgálta, até o lugar onde Partzuf Nekudot de SAG fica. Este é o lugar do qual Nekudot de SAG começou a querer a Luz para si mesmos.
Cada Partzuf contém dez Sefirot: Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut. Nekudot de SAG é Partzuf Biná, e Biná se divide em duas partes:
- As partes Superiores de Biná são as Sefirot Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret. Estas Sefirot querem apenas doar, e não receber nada.
- As partes inferiors de Biná são as Sefirot Netzach, Hod, Yessód, Malchut.
Estas Sefirot não pertencem à Biná. Seu papel em Biná é receber Ohr Chochmá de Chochmá, e passa-la ao inferior. Isto significa que as Sefirot Netzach, Hod, Yessód, and Malchut em Biná têm desejo de receber Luz. Eles têm uma Massach para receber a Luz não para si mesmos, mas apenas para passa-la ao inferior. Mas se a Massach é perdida, as Sefirot—estes desejos—imediatamente querem receber para si mesmos, sem dar aos outros.
Examplo: Certa pessoa estava acostumada a receber uma soma regular de dinheiro e passa-la as pessoas que estavam na miséria. De repente, ela recebe uma soma muito maior do que o comum, e sente que ela não pode passar o dinheiro; ela quer para si mesma. Ela não pode resistir um prazer tão grande.
Enquanto o prazer no dinheiro era menor que sua Massach, ela resistia os prazeres porque o prazer de dar o dinheiro era maior que o prazer de deleitar a si mesma (roubar). Mas quando o prazer da recepção se tornou maior que o prazer de doar, ela imediatamente desejou receber para si mesma.
É assim que o desejo de receber opera em cada pessoa e em cada criatura porque nossa própria substância é o desejo de receber. Se realizarmos atos de doação, é apenas porque eles nos trarão mais benefício do que atos de recepção.
Isto é também o que aconteceu no Partzuf Nekudot de SAG: Quando a parte do Partzuf que recebeu em prol de entregar aos inferiores foi exposta a um prazer maior do que o poder da Massach, a Massach foi imediatamente cancelada e o Partzuf desejou receber para si mesmo.
O desejo de receber para si mesmo evocou no Partzuf Nekudot de SAG da Sefirá Tiféret abaixo. Isto é assim porque as Sefirot Kéter, Chochmá, Biná são Sefirot de Rosh, que não querem receber, e Chéssed, Gvurá, Tiféret são como as Sefirot Kéter, Chochmá, Biná, exceto que elas estão no Guf do Partzuf. Chéssed é como Kéter, Gvurá é como Chochmá, e Tiféret é como Biná. Assim, a Sefirá Tiféret é Biná do Guf do Partzuf.
Cada Sefirá dispõe de dez Sefirot internas. Assim, a Sefirá Tiféret é dividia em suas dez Sefirot internas em duas partes, como Biná: 1) Kelim que “não recebem”— Sefirot Kéter, Chochmá, Biná, Chéssed, Gvurá, Tiféret; 2) Kelim que “recebem em prol de doar,” que são a parte inferior de Biná, Sefirot Netzach, Hod, Yessód, Malchut.
Partzuf Nekudot de SAG se divide em vasos de doação e vasos de recepção. A linha separatória entre eles está na Sefirá interna de Tiféret, da Sefirá Tiféret. Este lugar é chamado “o Chazê do Partzuf Nekudot de SAG”.
Agora, uma parte dos Kelim de Nekudot de SAG receberam um desejo que era maior que sua Massach; assim, Malchut de Tzimtzum Álef, que mantinha Tzimtzum Álef, se elevou especificamente a este lugar. Ela ficou lá e não permitiu que a Luz permeasse abaixo dela. A fronteira na expansão da Luz que foi feita aqui é chamada Parsá.
A ascensão de Malchut ao lugar do Chazê de Nekudot de SAG, ao limite da expansão da Luz abaixo, é chamada Tzimtzum Bet (segunda restrição). Tzimtzum Álef (primeira restrição) é a proibição de receber Ohr Chochmá em prol de receber, e Tzimtzum Bet é a proibição em qualquer recepção de Ohr Chochmá, pois lá não há força para receber Ohr Chochmá em prol de doar ao Partzuf Nekudot de SAG abaixo. É por isto que qualquer negociação com isto é proibida.
“Um desejo no Superior se torna uma lei obrigatória no inferior”. Assim, em todos os Partzufim que emergem após Tzimtzum Bet, a Parsá neles não permite que a Luz Superior—Ohr Chochmá—passe por isto e desça aos vasos de recepção. Por esta razão, o lugar abaixo do Tabúr de Galgálta foi dividido em quarto partes:
- O lugar do mundo de Atzilut, onde Ohr Chochmá pode brilhar.
- O lugar do mundo de Bina, abaixo da Parsá, onde Ohr Chochmá não pode aparecer, mas apenas Ohr Chassadim.
- O lugar do mundo de Yetzirá, abaixo do lugar do mundo de Briá.
- O lugar do mundo de Assiá, abaixo do lugar do mundo de Yetzirá.
O Siúm (fim) do mundo de Assiá é também o fim de Kedushá (santidade). Abaixo da Kedushá existem (1) a barreira—a fronteira entre a espiritualidade e a corporeidade, separando o mundo de Assiá do ponto do mundo; (2) o lugar deste mundo e (3) nosso mundo.
O MUNDO DE NEKUDIM
Todo o processo da descida de Nekudot de SAG abaixo do Tabúr de Galgálta, sua mistura com o Sóf de Galgálta, e Tzimtzum Bet ocorreram durante a asncesão da Massach de SAG do Tabúr ao Pê. Assim, quando a Massach atingiu Pê de SAG, os Reshimot de tudo que tinha acontecido de Nekudot de SAG acima e do Tabúr de Galgálta abaixo já estavam nele.
Seguindo a Hizdakchut (purificação) do Partzuf Galgálta, lá permaneceu um Reshimô de Hitlabshut Dálet da Luz que estava em Galgálta e um Reshimô de Aviut Guimel da Massach que permaneceu. Seguindo a Hizdakchut do Partzuf AB, Reshimot de Hitlabshut Guimel e Aviut Bet permaneceram na Massach. Assim, nós vemos que após a Hizdakchut do Partzuf, um par de Reshimot permaneceram nele: Reshimô de Hitlabshut e Reshimô de Aviut.
Mas seguindo a Hizdakchut do Partzuf SAG, três pares de Reshimot permaneceram na Massach que atingiram do Tabúr ao Pê, no qual a Massach fez três Zivúgim, por ordem de importância:
- Um Zivug na Reshimot Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut dos Ta’amim de SAG. Eles criaram um Partzuf no nível de ZA, acima do Tabúr, chamado “MA Superior”.
- Um Zivug na Reshimot Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut dos Nekudot de SAG que tinham se propagado abaixo do Tabúr de Galgálta. Estas Reshimot são subsequentes ao Tzimtzum Bet que foi feito em Nekudot de SAG, abaixo do Tabúr.
Tudo que estava no Partzuf move até os Reshimot. Assim, a proibição em usar os vasos de recepção do Tzimtzum Bet é registrada nos Reshimot de Nekudot de SAG. Para manter esta condição de acordo com a demanda dos Reshimot, a Massach de Rosh de SAG se eleva do Pê até Nikvey Eynaim, onde ela faz um Zivug de Haka’á com a Luz Superior em Reshimot Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut.
O lugar no Rosh onde a Massach faz um Zivug de Haka’á com a Luz Superior determina a singularidade da expansão das Luzes no Guf do Partzuf.
- Um Zivug em Reshimot Dálet de Aviut e Guimel de Hitlabshut. Isto será discutido depois no artigo.
A Massach se elevou ao Nikvey Eynaim (NE) devido à proibição na recepção da Luz nos vasos de recepção. A Luz só pode se expandir através do Chazê em cada Partzuf, pois os vasos de doação estão presentes apenas através do Chazê, e do Chazê abaixo começam os vasos de recepção no Partzuf.
A Massach que faz um Zivug nos Reshimot restritos gera um Partzuf. A Luz se propaga neste Partzuf e preenche apenas os vasos de doação. Ele não preenche os Kelim para recepção da Luz, eles permanecem vazios. O Partzuf pode usar apenas uma parte de seus Kelim, é por isto que ele é considerado “pequeno”.
Pergunta: Por que a Massach se elevou do Pê ao Nikvey Eynaim e fez um Zivug
lá, de acordo com a demanda dos Reshimot?
Resposta: Isto é assim porque os Reshimot requerem um Zivug apenas nos vasos de doação. Por esta razão, a Massach deve se elevar à metade de Biná de Rosh de SAG, onde os vasos de doação do Rosh terminam, e fazer um Zivug nos Reshimot Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut.
Os Reshimot abaixo Tabúr precisam estender a Luz apenas nos vasos de doação, mas como um Partzuf pode nascer com vasos de doação? Não pode haver um Partzuf que não possua dez Sefirot. Entretanto, pode haver um Partzuf que não esteja usando alguns de seus desejos—Sefirot. Assim, Rosh de SAG deve gerar um Partzuf cujos vasos de recepção sejam inativos. Estes Kelim no Partzuf são a metade inferior de Biná, ZA e Malchut.
A Massach de SAG deve gerar o Partzuf de tal forma que, desde o início, ele não use os vasos de recepção em seu Toch, então estes vasos no Partzuf não serão preenchidos. Para isto acontecer, a Massach deve fazer um Zivug para entregar o Partzuf, apenas com os vasos de doação em Rosh.
Os Kelim de Rosh são como segue:
Kéter = Galgálta Chochmá = Eynaim Biná = Óznayim ZA = Chotem Malchut = Pê
A DIVISÃO DE ROSH DE SAG EM CINCO BECHINOT
Os Kelim, Kéter, Chochmá, e a parte Superior de Biná juntos são chamados Galgálta ve Eynaim (GE), ou “vasos de doação”. A parte Superior de Biná pertence aos vasos de doação poise la é preenchida com Ohr Chochmá, e assim não quer receber nada, mas anseia por Ohr Chassadim. Mas a parte inferior de Biná não quer receber Luz para ZA. Partzuf Nekudot de SAG é o Partzuf Biná. Da parte inferior do Partzuf Biná, ou seja, da Sefirá Tiféret de Nekudot de SAG abaixo, existem vasos de recepção:
- A parte inferior de Biná deseja receber Luz para ZA.
- ZA deseja receber Ohr Chassadim na iluminação do Ohr Chochmá.
- Malchut deseja receber todo Ohr Chochmá.
Por esta razão, esta parte do Partzuf Nekudot de SAG receberam um desejo de receber em prol de receber.
A DIVISÃO DO PARTZUF NEKUDOT DE SAG EM GE E ACHAP
O lugar onde a Massach de Rosh fica determina a forma do Partzuf que nascerá:
- Se a Massach deseja gerar um Partzuf que receberá Luz em todas as suas dez Sefirot, ela precisa fazer um Zivug no Pê. Uma vez que a Massach fica no Pê, a Kashiut (dureza) da Massach determina o nível do Partzuf (tamanho e altura), ou seja, a medida em que a Massach usará seus cinco Kelim.
- Se a Massach deseja gerar um Partzuf que receberá Luz apenas nos vasos de doação, ou seja, na parte inferior do Partzuf, ela deve ficar no Nikvey Eynaim, e não no Pê de Rosh, pois lá está a metade Superior do Rosh. Então os vasos de doação estarão acima da Massach, ou seja, elas estarão fazendo os cálculos da Massach.
Uma vez que a Massach está em Nikvey Eynaim, sua Kashiut determina o tamanho (altura) do Partzuf, ou seja, a porcentagem de seus vasos de doação que o Partzuf vai usar. O Partzuf que nasce sobre estas condições é chamado “Katnut do mundo de Nekudim”.
Uma vez que um Zivug nos Reshimot restringidos de Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut é feito em Rosh de SAG, o Partzuf recém-nascido desce ao lugar do qual as Reshimot se elevam. Ele desce abaixo do Tabúr de Galgálta e se propaga lá no Rosh e no Guf. O Rosh de Hitlabshut é chamado Kéter, Rosh de Aviut é chamado Aba ve Ima (AVI), e o Guf é chamado ZON.
Esta estrutura contém Rosh e Guf, e cada parte é dividida em duas partes: GE e ACHAP:
- GE são sempre vasos de doação. Eles sempre podem ser usados porque o Tzimtzum foi apenas na Ohr Chochmá.
- ACHAP são sempre vasos de recepção. Uma vez que o Tzimtzum Bet foi feito no Partzuf Nekudot de SAG, nenhum Partzuf que emerge tem a força para receber Ohr Chochmá nos Kelim de ACHAP em prol de doar.
O terceiro par de Reshimot, que se elevou com a Massach até Rosh de SAG, são Reshimot que se moveram até Nekudot de SAG do Sóf de Galgálta: Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut. Partzuf Nekudot de SAG foi integrado com estes Reshimot quando eles preencheram o Sóf de Galgálta, e estes Reshimot querem receber Ohr Chochmá.
Depois do Partzuf Katnut do mundo de Nekudim descer ao seu lugar, do Tabúr de Galgálta através da Parsá, Rosh de SAG deu a ele o Reshimô remanescente, Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut. Pela demanda destes Reshimot, a Massach que estava em Nikvey Eynaim de Rosh AVI desceu ao Pê de AVI, onde ela fez um Zivug nos Reshimot Dálet-Guimel. Como resultado deste Zivug, Ohr Chochmá desceu ao Guf, atingindo a Parsá, e passou através dela.
Rosh de AVI pensou que de acordo com o despertar atual dos Reshimot Dálet- Guimel, os vasos de recepção abaixo da Parsá poderiam receber agora em prol de doar. Assim, AVI fez um Zivug em Gadlut, ou seja, em Reshimot Dálet-Guimel. Por este propósito, eles juntaram os Kelim de GE com o ACHAP em seu Rosh, assim como em seu Guf, que são ZON, e Ohr Chochmá expandiu deles abaixo até ZON.
O NASCIMENTO DE UM PARTZUF DO SUPERIOR, PARTZUF KATNUT DE NEKUDIM E, PARTZUF GADLUT DE NEKUDIM
Os Roshim (plural para Rosh) de Kéter e AVI não tem conhecimento que a Luz de AB- SAG que vem de cima e dão força ao Kli para mudra de Katnut para Gadlut, não podem descer abaixo da Parsá. É por isto que a Parsá não foi cancelada. Quando Ohr Chochmá começou a sentir os Kelim abaixo da Parsá, os Kelim começaram a quebrar, pois eles permaneceram com o desejo de receber em prol de receber.
Quando Rosh de AVI fez um Ziúg nos Reshimot de Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut, Ohr Chochmá saiu deles e entrou no Guf de Nekudim. A Luz extendeu através de GE, desejando atravessar a Parsá e entrar no ACHAP do Guf. Naquele momento, os Kelim de ACHAP começaram a receber a Ohr Chochmá em prol de receber. Os Kelim de GE, que ficavam acima da Parsá, se juntaram aos Kelim de ACHAP abaixo da Parsá em um único Guf. Por esta razão, os GE—vasos de doação—quebraram juntamente com os ACHAP—vasos de recepção.
O primeiro Partzuf de Gadlut de Nekudim foi feito quando Ohr Chochmá saiu do Pê de AVI e expandiu através do Guf de Nekudim, que inclui GE e ACHAP. E ele quebrou—(a) os Kelim de Guf perderam a Massach e, (b) eles caíram de seu estado anterior, pois eles queriam receber em prol de receber.
Como resultado da quebra, a Massach do primeiro Partzuf de Gadlut, Partzuf AVI, purificou e elevou com Reshimot Guimel-Bet que permaneceram nele, ao Pê de Rosh AVI. Lá, ele fez um Zivug de Haka’á nestes Reshimot e gerou o próximo Partzuf, cujo Rosh é chamado YESHSUT. Quando o Rosh emergiu, ele calculou e produziu um Guf.
Partzuf YESHSUT também quebrou e morreu. Assim, a Massach se purificou e se elevou ao Pê de YESHSUT com os Reshimot Bet-Álef. Um Guf não pode emergir nestes Reshimot, pois não há Aviut suficiente para receber Luz.
Assim, nós vemos que os dois Partzufim que emergiram, AVI e YESHSUT, quebraram. Conforme cada Partzuf se purificou, quatro Partzufim de Nekudot emergiram. Assim, no total, oito Partzufim emergiram, chamados “os oito Melachim (reis)”, pois Malchut, o desejo de receber em prol de receber, os governa.
Cada Partzuf é composto de HaVaYaH, quarto partes. Esta é a estrutura de toda criação. Cada Partzuf contém suas próprias dez Sefirot; assim, o número total de partes é 8x4x10=320. Na Guematria, este número é chamado Shach (Shin + Chaf), pois a letra Shin é igual a 300 e a letra Chaf é igual a 20.
A quebra ocorreu em todas as Sefirot. Todas as Sefirot se misturaram e integraram uma à outra, então cada parte quebrada consiste de 320 partes. Assim, todo o trabalho do Tikun (correção) é classificar cada uma das partes dos Kelim quebrados.
As menos quebradas das 320 partes devem ser tomadas primeiro, e então classificadas as partes de Malchut que causaram a quebra entre suas partes quebradas. No total, as 320 partes quebradas são as nove Sefirot de ZON de Nekudim. Malchut é a décima parte destas dez Sefirot, ou seja, que dentro das 320 partes, 32 partes são de Malchut.
A classificação das partes de Malchut é feita apenas pela Ohr Chochmá. Quando a Ohr Chochmá brilha em todas as 320 partes quebradas, ela só pode brilhar nas novas Sefirot, ou seja em 2888 (320-32) das partes, e não para a décima Sefirá, as 32 partes de Malchut. É assim que a classificação é feita.
Malchut é a única parte má, que nos impede de entrar na espiritualidade. Nossa natureza é nos distanciarmos do mal. É assim que chegamos a odiar o mal. Porque na espiritualidade o separador é o ódio, a pessoa é separada deste mal, o desejo de receber para si mesmo.
- As 288 partes que são adequadas para correção são chamadas Rapach
(Reish = 200 + Pê = 80 + Chet = 8).
- As 32 partes inadequadas para correção são chamadas Lev haÉven (coração de pedra). Lev é escrito com Lámed (3) e Bet (2). Assim Lámed (30) + Bet (2) = 32.
Portanto, após a classificação dos Lámed-Bet (32) Malchuts que não são usados, as Rapach (288) partes quebradas permanecem para serem corrigidas. Estas são as partes quebradas das primeiras nove Sefirot. Destas, as primeiras a serem classificadas são os vasos de doação, GE. Elas compreendem o ZON do mundo de Atzilut.
Como existem dez Sefirot na Hitpashtut (expansão) da Luz no Kli de Cima para baixo, existem também dez Sefirot na espessura do Kli. Estas vêm da Hitkalelut (mistura) das Sefirot através da Ohr Chozêr. As dez Sefirot na espessura do Partzuf são chamadas:
Kéter — Môcha Chochmá — Atzamot Biná — Guidin
ZA — Bassar Malchut — Or
Aqui, também, a lei do Tzimtzum Bet se aplica assim como nas Sefirot de extensão.
O MUNDO DO TIKUN (CORREÇÃO)
Seguindo a quebra do mundo de Nekudim, as Luzes que preencheram Partzuf Gadlut de Nekudim partiram ao Rosh do Partzuf Nekudim. Os Reshimot que permaneceram na Massach se elevaram ao Rosh do Partzuf Nekudim, e então ao Rosh de SAG. Os Nitzotzin, partes do Ohr Chozêr (partes da Massach quebrada), caíram nos Kelim quebrados, que perderam a Massach e retornaram ao desejo de receber em prol de receber. Se considera que eles caíram ao lugar de BYA, abaixo da Parsá.
A diferença entre a Hizdakchut do Partzuf através da Bitush do Ohr Pnimi e Ohr Makif, e a Hizdakchut do Partzuf através da quebra é que após a quebra, os Kelim primeiro devem ser reformados primeiro, e apenas então Zivúgim podem ser feitos neles, para dar à luz novos Partzufim, ou seja, para preenche-los com Luz.
A intenção do Rosh do mundo de Nekudim era receber toda a Luz do propósito da Criação em prol de doar, ao preencher todo Sóf de Galgálta. Assim, ele atingiria o preenchimento completo de Malchut de Ein Sóf. Assim, quando a quebra dos vasos é corrigida, ela corrige todos os vasos de recepção, para eles trabalharem em prol de doar, e o Gmar HaTikun (o fim da correção) é atingido.
Porém, isto não tornará todo o Malchut de Ein Sóf corrigido, mas apenas uma parte dele, sua Bechinot Shóresh, Álef, Bet e Guimel, excluindo Bechiná Dálet. Bechiná Dálet é a única criatura. Bechinot Shóresh, Álef, Bet e Guimel nele vem da Hitkalelut das nove Superiores nela, da influência do Criador nela, enquanto uma “criatura” é um desejo que é completamente separado do Criador e existe por direito próprio.
Apenas Bechiná Dálet em Bechiná Dálet é um desejo de receber em prol de receber que se sente independente. Assim, é apenas ela que restring seu desejo de receber. Após o Tzimtzum, todos os Partzufim e todos os mundos emerge para preencher os desejos Shóresh, Álef, Bet e Guimel em Bechiná Dálet, e não Bechiná Dálet em Dálet.
Mas se o que requer correção é Bechiná Dálet em Dálet, e não Bechinot Shóresh, Álef, Bet e Guimel em Dálet, por que as Luzes são recebidas nesses desejos? Esses desejos não são os desejos da criatura, eles são as qualidades do Criador, as forças do Criador. Usando-os, Ele guia as criaturas—Bechiná Dálet em Bechiná Dálet. Estas forças preenchem os mundos espirituais, exceto pela alma de Adão.
A própria Bechiná Dálet, a alma de Adão, não pode realmente se corrigir em receber em prol de doar. Pelo contrário, a própria correção da criatura está em examinar todas as suas qualidades opostas às qualidades do Criador e, em todos os casos, preferindo ser como o Criador. A criatura não usa sua própria qualidade—o coração de pedra—mas apenas as nove Superiores, as 248 Bechinot que ela classifica e eleva após a quebra, em direção à unidade com o Criador.
Todos os Zivúgim realizados após Tzimtzum Álef são feitos nestes. Os Partzufim, mundos, e tudo dentro dos mundos nascem destes Zivúgim, e se propagam de Cima para baixo. Todos os cinco mundos, com os cinco Partzufim em cada mundo, se tornam uma escada de níveis do Criador—o Dador—à criatura—o receptor. Os degraus da escada são medidas de equivalência de desejos entre a criatura e o Criador.
O cascateamento dos Partzufim e dos mundos de Cima para baixo constroem os níveis, que são como coberturas sobre a Luz de Ein Sóf. Cada Partzuf cobre a Luz e a oculta dos Partzufim abaixo dele, a medida em que ele recebe em prol de doar.
Nós podemos comparar os Partzufim e os mundos com as peles da cebola: envolvendo, rodeando uma à outra, e quanto mais interna a pele, mais Luz é coberta. Assim, o ponto de escuridão está no fim da escada, no meio de todos estes círculos.
Para permitir o desejo da criatura por liberdade de ação, e para a criatura atingir equivalência com o Criador e aderir a Ele por livre escolha, e também, para permitir a criatura a se desenvolver e se elevar de seu estágio ao nível do Criador, a criatura precisa nascer no ponto médio de todos os mundos, o ponto de escuridão. Também, a possibilidade de corrigir seu desejo deve ser preparada para isto, embora devido à fraqueza da criatura, a correção não é instantânea, mas gradual.
Por este propósito, uma escada de níveis foi preparada, com cinco mundos, cinco Partzufim em cada mundo e cinco Sefirot em cada Partzuf. No total, existem 125 níveis do estado inicial da criatura à sua conclusão. Assim, os mundos têm dois papéis:
- Gradualmente ocultar a Luz de Ein Sóf. Isto é feito pelo cascateamento dos mundos de Cima para baixo. É por isto que os níveis de ocultação são chamados Olamot (mundos), da palavra Ha’alama (ocultação).
- Proporcionar correções à criatura (almas) com que elas possam subir os níveis dos mundos de baixo para Cima. Cada nível que adquire é um Partzuf, criado durante o cascateamento de Cima para baixo. Para subir os níveis espirituais, a criatura deve receber ajuda do nível pelo qual ela aspira. Quando a criatura recebe ajuda por aquele nível, ela usa esta força auxiliar para adquirir uma Massach e se eleva àquele estágio. Quando a criatura se eleva àquele nível, ela recebe o nome daquele nível.
Disto, nós aprendemos que todos os mundos e o que os preenche são apenas uma escada preparada pelo Criador para a ascensão do homem. Quando a pessoa ascende estes níveis, todas as almas se elevam com ela, pois todos os mundos e tudo que preenche estes mundos está dentro de nós. Assim, além do indivíduo atingindo, a criatura, há apenas o Criador!
Ao nosso redor está apenas a Luz Superior Simples, em completo repouso. Isto significa que a intenção do Criador é imutável, e é a mesma em todas as Suas Ações—beneficiar o homem. A pessoa sente o Criador apenas à medida de sua equivalência de qualidades com a qualidade de doação do Criador:
- Se as qualidades—desejos, intenções—contradizem totalmente as do Criador, a pessoa não sente o Criador. De acordo com esta sensação, a pessoa chama a esse estado “este mundo”.
- Se a pessoa consegue mudar uma certa qualidade e lhe faz algo similar à qualidade de doação do Criador, se considera que a pessoa saiu do estado de “este mundo” ao estado do “mundo spiritual”. Assim, a pessoa entra no primeiro nível da escada de níveis em direção à aproximação do Criador.
Todas as mudanças são apenas dentro do homem, nos seus vasos de recepção. Elas dependem da medida de correção da sua Massach dentro dele. Mas além do homem, há apenas a Luz Superior, onde não existem mudanças. Ao obter uma parte da Luz Superior, a pessoa atinge e sente uma parte do Criador. E de acordo com este sentimento, a pessoa nomeia a sensação do Criador: “Misericordioso”, “Clemente”, “Terrível” etc.
A Torá em sua totalidade consiste somente dos registros de sensações de uma pessoa que alcança a espiritualidade, que se aproxima do Criador. A isto segue que a Torá em sua totalidade são os nomes do Criador. Por isso é que está escrito que a Torá inteira são Nomes Sagrados. Uma pessoa que alcança a Torá alcança uma parte da Luz Comum. Os graus de entendimento da Luz são chamados pelos nomes das Sefirot (Partzufim, mundos) ou pelas Luzes que uma pessoa recebe (NARANCHAY).
Além do homem, existe somente o Criador. Portanto, cada coisa que qualquer um de nós sente, pensa e deseja provem do Criador. O que cada pessoa neste mundo sente é somente o Criador.
Quando a criatura ascende do ponto mais baixo, pelo qual uma pessoa começa a se aproximar o Criador (o ponto deste mundo), até quando esta pessoa alcança completa Similaridade de Forma com o Criador (Gmar Tikun), ela atravessa 620 degraus, chamados “As 613 Mitzvot da Torá” e as “Sete Mitzvot dos nossos grandes sábios”.
Um Zivug com a Luz Superior na Massach é chamado Mitzvá. A Luz que o indivíduo alcançou recebe em seu Kli é chamada de Ohr Pnimi (Luz Interna), ou Ohr Ta’amim (Luz dos Sabores), ou “Torá”. Por esta razão os Cabalistas dizem para todos, “prove e veja que o Senhor é bom”.
A criatura, Bechiná Dálet em Bechiná Dálet corrige seu desejo de receber, para que assim ela receba com a intenção de doar. O Tikun (correção) não está no desejo de receber para si mesmo, mas em como o desejo é usado – com o objetivo de doar. Este Tikun significa colocar o objetivo para doar, é feito em pequenas porções no desejo da criatura, da menor parte para a maior, e não no todo dela. Por isto, a criatura eleva-se de degrau em degrau na escada dos degraus. Os mundos são degraus pelos quais uma pessoa ascende para cima.
O Tikun do desejo de receber, receber somente com a intenção de doar, é um Tikun bastante difícil, uma vez que é oposto em relação à intenção. É oposta à natureza da Criatura. Portanto, o Criador dividiu todo o caminho em 613 pequenos degraus, e dividiu a criatura em 600.000 pequenos pedaços chamados de “almas”. Quando todas as almas se unem, elas são chamadas de “a alma comum” ou Adam HaRishon (o primeiro homem).
Mas o trabalho da correção começa até mesmo antes disto, no estado inferior, chamado “nosso mundo” onde todas as partes da Criação existem numa realidade onde não existe o Criador e nem a espiritualidade. Elas nem sequer sentem que lhes falta a sensação da ausência do conhecimento do Criador. Todos nós nascemos neste degrau, o qual é somente o desejo de receber os prazeres disponíveis em nossos cinco sentidos.
O mundo inteiro é conduzido pelos mandamentos do Criador. Esta liderança é chamada “natureza”, já que o desejo de receber prazer em cada um dos estados – inanimado, vegetativo, animado e falante – necessariamente determina cada reação. Isso é assim porque a lei que cada criatura escolhe é sempre o de maior prazer e escapando do sofrimento.
Em cada geração, existem pessoas em quem o Criador “planta” um ponto no coração – o desejo de sentir o Criador. Esta pessoa começa a procurar preenchimento para este seu novo desejo, não sabendo que isto é um desejo do Criador e que este somente pode ser preenchido com a Luz Superior.
Os Partzufim que emergiram depois da fragmentação são chamados de “O mundo do Tikun”. Tudo o que acontece deve aparecer na Criação e é necessário para o desenvolvimento da criatura, só assim ela pode obter a perfeição das ações do Criador e deleitar-se com o que o Criador preparou para ela.
Portanto, ambas as quebras do mundo de Nekudim, chamada de “A quebra dos mundos” e a fragmentação de Adam HaRishon, chamada de “a quebra nas almas” foram predestinadas. Na quebra do mundo de Nekudim, vasos de recepção misturaram-se com vasos de doação. As partes quebradas estão tão misturadas que cada uma delas está incluída em todas as outras. Portanto, cada uma das 320 partes (desejos) contém todos os outros desejos em si. E como resultado, 1) os vasos de recepção serão corrigidos devido à mistura com os vasos de doação, e 2) as Luzes NARANCHAY aparecerão em cada desejo (ao invés da Luz de Néfesh, que já estava lá previamente).
Sem a mistura, obtida pela quebra, os vasos de recepção não teriam maneira alguma de receber Luz, uma vez que a Parsá separaria estes do lugar no qual a Luz Superior pudesse começar a se espalhar. Mas agora, após a quebra, eles podem ser elevados para Atzilut (ACHAP) e ser preenchidos lá.
A quebra do mundo de Nekudim é chamada de “a quebra dos mundos”, uma vez que Malchut de Ein Sóf compõe-se de cinco partes. Quatro delas geram os mundos e tudo que eles contem, na medida em que se espalham de Cima para baixo. Eles contêm o todo da Criação além do homem, que foi criado a partir da Bechiná Dálet em Dálet, da última parte de Malchut – o real, e independente desejo de receber completamente separado do desejo de doar do Criador.
Por esta razão o homem é o propósito e objetivo da Criação. Além dele, o resto das partes da Criação não é independente. Elas pertencem ao desejo do Criador, uma vez que o Criador determina suas condutas, como no inanimado, vegetativo, e animado que existem em nosso mundo.
Em nosso mundo o desejo do homem não é essencialmente diferente dos animais. Somente na pessoa em quem o desejo pelo Criador emergiu (a parte do desejo de Adam HaRishon) é chamado de “Adão” (homem). Uma pessoa com tal desejo pode se corrigir adquirindo uma Massach e alcançando o desejo de doar. E se tal desejo não aparece em uma pessoa, esta pessoa nada tem a corrigir e ela não sente nenhuma inclinação para aproximar-se do Criador.
Toda a realidade neste mundo é dividida em quarto partes: inanimado, vegetativo, animado e falante, de acordo com a medida do desejo de receber, e, portanto de acordo com a medida das forças benéficas ou prejudiciais.
Uma pessoa neste mundo precisa passar pelos quatro estágios de desenvolvimento: inanimado, vegetativo, animado e falante, para desenvolver e intensificar o seu desejo de receber, até que o Criador “plante” o ponto nesta pessoa, que significa o desejo pelo Criador, para que ela alcance a meta. Por esta razão, por milênios, a humanidade tem sido pulverizada sob a pressão da natureza – A evolução do desejo de receber a partir do degrau “inanimado” até o degrau “falante”. Esta é a evolução das gerações que conhecemos.
A humanidade inteira, e cada alma – de geração em geração – passa por quatro estágios de desenvolvimento do desejo de receber:
- Plebe: Equivale ao “inanimado” na espécie humana. Através da propensão por riqueza, eles se desenvolvem até o degrau da “abundância/prosperidade”.
- Rico: O “vegetativo” na espécie humana. Através da propensão para honra (poder), eles se desenvolvem para o degrau dos “fortes”.
- Forte: O “animado” na espécie humana. Através da propensão pelo conhecimento, eles se desenvolvem para o degrau do “conhecimento”.
- Conhecedor: O “falante” na espécie humana. No estágio falante no homem, o desejo é ilimitado pelo tempo e lugar. Uma pessoa tem inveja das pessoas que viveram em gerações anteriores, por coisas que uma pessoa não tem necessidade, mas que, no entanto outras pessoas têm e ela não as tem. Portanto, ela pode incrementar seu desejo de receber, uma vez que ela deseja o que vê nos outros. Por este motivo, uma pessoa pode acentuar seu desejo de receber sem limitações, e isto torna uma pessoa adequada para se candidatar a atingir o propósito da Criação.
- Se o Criador planta um ponto no coração neste “falante”, tal pessoa começa a despertar em direção à meta e procura a raiz de sua alma.
A ordem das correções de Cima para baixo é como se segue:
- Receber com a intenção de receber – existe em nosso mundo,
- Doar com a intenção de receber – existe em nosso mundo,
- Doar com a intenção de doar – existe nos mundos BYA (Briá, Yetzirá e Assiá),
- Doar com intenção de doar – existe nos mundos de BYA
- Receber com a intenção de doar – existe no mundo de Atzilut.
Todo o sistema da Criação alcança Gmar Tikun somente através do mundo de Atzilut. Está é a razão pela qual o mundo de Atzilut é chamado “O mundo do Tikun” (o mundo da correção).
O MUNDO DE ATZILUT
Depois da quebra, a Massach purificou e se elevou com as Reshimot para o Rosh de AVI de Nekudim. As Reshimot na Massach necessitam correção para que um Zivug possa ser realizado neles para a recepção da Luz. Mas o Rosh de AVI de Nekudim retornou para o estado de Katnut e não pode realizá-lo. Portanto a Massach elevou-se para o Rosh do mais alto Partzuf, Rosh de SAG.
Não existe diferença entre uma Massach que é purificada pela Bitush de suas Luzes interna e circundante e a Massach que é purificada pela quebra. Mesmo após a quebra as Reshimot permanecem na Massach e necessitam ser preenchidas:
- As Reshimot restringidas de Hitlabshut Álef e Shóresh de Aviut que são remanentes do Partzuf Nekudim;
- Reshimot Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut do Sóf do Partzuf Galgálta.
As Reshimot restringidas Álef de Hitlabshut e Shóresh de Aviut vem do próprio Partzuf Nekudim. Portanto a Massach realiza neles o primeiro Zivug. Após o Partzuf ser gerado neles a Massach sustentará as necessidades das Reshimot Dálet-Guimel que causaram a elicitação do Gadlut do Partzuf. Portanto, uma vez que a Massach elevou- se para o Rosh de SAG, ela elevou-se de acordo com as Reshimot restritas de Aviut Shóresh, para Biná de Kéter de Rosh SAG.
As cinco Bechinot do Rosh são chamadas: Kéter—Galgálta—Aviut de Shóresh Chochmá—Eynaim—Aviut Álef Biná—Óznayim—Aviut Bet ZA—Chotem—Aviut Guimel Malchut—Pê—Aviut Dálet
Em cada uma das Sefirot situadas no Rosh existem cinco Sefirot particulares: Kéter, Chochmá, Biná, ZA, Malchut. A Reshimô restrita de Aviut Shóresh exige um Zivug somente nos vasos de doação em Aviut Shóresh. A Reshimô exige que um Partzuf seja gerado, que trabalhará somente com os vasos de doação, GE, de Aviut Shóresh. Portanto, a Massach que gera este Partzuf necessita realizar um Zivug somente nos vasos de doação de Aviut Shóresh no Rosh.
Consequentemente, a Massach eleva-se do Pê para a Sefirá Kéter de Rosh de SAG, e de lá eleva-se mais ainda, para Biná de Kéter, mantendo depois as Sefirot KACHÁB CHAGAT de Kéter. E se segue que Acima da Massach existem somente vasos de doação de Kéter, que significa Aviut Shóresh. O lugar onde a Massach se mantém é chamado Metzach (testa).
O Partzuf gerado do Zivug ocorrido na Reshimô restrita de Aviut Shóresh, é chamado Ubar (feto). Na espiritualidade não pode existir nada menos do que este degrau. Explicando de outra maneira, este é o degrau espiritual mínimo. Após o seu nascimento, o Partzuf recém-nascido desce para o lugar do qual as Reshimot elevaram- se, abaixo do Tabúr de Galgálta, e se estendem de lá a partir do Tabúr para baixo.
Após o Partzuf Ubar estender-se no seu lugar, Reshimot Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut (do Sóf de Galgálta) despertam-se nele. A Gadlut do Partzuf emerge nestas Reshimot: A Massach realiza um Zivug com a Luz Superior nas Reshimot Dálet- Guimel e o nível de Gadlut se estende do Tabúr de Galgálta através da Parsá. Este Partzuf é chamado de Atik (Antigo), uma vez que ele é Ne’etak (separado) do alcance das (almas) inferiores.
Partzuf Atik é o primeiro Partzuf em uma nova série de cinco Partzufim, chamado “o mundo de Atzilut”. Portanto, Partzuf Atik é a Kéter do mundo de Atzilut.
Após Partzuf Atik ter emergido em Gadlut, Rosh de SAG deu a ele todas as Reshimot que se elevaram para ele após a quebra. De todas as Reshimot, Atik escolheu a Reshimô mais pura, realizou um Zivug com esta, e gerou o próximo Partzuf, primeiro criando-o no nível de Ubar e então realizando um Zivug em Gadlut (Dálet Guimel). Este Partzuf estendeu-se do Pê de Atik através da Parsá, e é chamado de Partzuf Chochmá, ou Arich Anpin (AA)
Uma vez que Gadlut de Partzuf AA emerge, Atik dá a ele todas as Reshimot remanescentes, daquelas que se elevaram para o Rosh de SAG após a quebra. Daquelas, AA escolhe as mais puras, realiza um Zivug com elas, e isto gera o Partzuf Biná do mundo de Atzilut, primeiro no nível de Ubar e finalmente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se do Pê de AA para o Tabúr de AA. Ele é chamado de Aba ve Ima (AVI)
Após o Partzuf AVI emergir em Gadlut, AA dá a este todas as Reshimot remanescentes. Das Reshimot que AA deram a este, AVI escolhe as Reshimot mais puras e realiza um Zivug com elas, portanto gerando o Partzuf ZA do mundo de Atzilut. Aqui, pela primeira vez, existem três estados: Ubar, Katnut (infância, pequenez), e Gadlut (maturidade, grandeza). Partzuf ZAToma seu lugar no Tabúr de AA através da Parsá.
Uma vez que o Partzuf ZA emerge, AVI dá a este todas as Reshimot remanescentes. ZA realiza um Zivug com elas e gera Malchut do mundo de Atzilut. Isto completa os Zivúgim que podem emergir nas Reshimot que se elevaram de Rosh de SAG seguindo a quebra dos vasos.
O Estado constante de Atzilut é Katnut – GE – vasos de doação. Não podendo existir menos do que isto nele. Neste estado, ele corresponde especificamente a Katnut do mundo de Nekudim, antes da quebra. Entretanto, o mundo de Atzilut emergiu com o objetivo de trazer o todo da Criação para o Gmar Tikun, assim Malchut de Ein Sóf poderia ser preenchida com a Luz de Ein Sóf com a intenção de doar. E isto ainda não foi alcançado.
Na fragmentação, os vasos de recepção foram misturados com os vasos de doação. Portanto, quatro discernimentos foram feitos em cada Kli
- Vasos de doação.
- Vasos de doação dentro de vasos de recepção.
- Vasos de recepção dentro dos vasos de doação.
- Vasos de recepção.
Primeira classificação: Vasos de doação são separados da mistura e constituem a Katnut do mundo de Atzilut.
Segunda classificação: Vasos de doação dentro dos vasos de recepção são separados da mistura e compreendem os mundos de BYA. Estes mundos são vasos de doação, GE, tal como no mundo de Atzilut, mas eles permanecem contidos em ACHAP, os vasos de recepção. Para eles próprios, estes são vasos de doação, portanto, a Luz pode estender-se dentro deles.
Portanto, uma vez que o mundo de Atzilut emergiu, Malchut do mundo de Atzilut elevou-se para AVI e realizou um Zivug com os vasos de doação dentro dos vasos de recepção. Ela gerou o mundo de Briá, então o mundo de Yetzirá, e finalmente o mundo de Assiá.
- O mundo de Briá emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção de Aviut Bet.
- O mundo de Yetzirá emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção de Aviut Guimel.
- O mundo de Assiá emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção com Aviut Dálet.
A terceira classificação: Vasos de recepção dentro de vasos de doação são separados da mistura. Esta classificação e correção são feitas pelas almas das pessoas. Elas separam estes Kelim e os elevam acima da Parsá do mundo de Atzilut. Este trabalho é chamado “o despertar do abaixo”, uma vez que é feito pelas almas. Os Kelim quebrados que se elevam para Atzilut são chamados “ACHAP elevados”.
A quarta classificação: Vasos de recepção que não estavam misturados com os vasos de doação são examinados, verificando se estes permaneceram com suas qualidades e são, portanto proibidos de serem usados. Estes Kelim são chamados Klipót (cascas), ou Lev haÉven (coração petrificado), uma vez que não podem ser corrigidos até o Gmar Tikun.
OS MUNDOS BYA
O Zivug para gerar o mundo de Briá foi feito em Biná de Atzilut. Portanto, o mundo de Briá expande-se no lugar de ZA de Atzilut.
O mundo de Yetzirá, gerado depois do mundo de Briá, estende-se dele para baixo no lugar de Malchut de Atzilut. Partzuf Malchut de Atzilut veste somente as quatro Sefirot NEH”YM do Partzuf ZA. Portanto, somente as primeiras quatro Sefirot do Partzuf Malchut – KACHÁB e Chéssed – estão em Atzilut, opostas as quatro Sefirot NEH”YM de ZA. As Sefirot Gvurá, Tiféret, e NEH”YM do Partzuf Malchut estão abaixo da Parsá.
Por esta razão, quando o mundo de Yetzirá nasceu, as primeiras quatro Sefirot deste mundo vestiram as primeiras quatro Sefirot de Malchut, enquanto as seis últimas Sefirot vestiram o lugar das seis primeiras Sefirot do lugar de BYA.
O lugar de BYA compõe-se de trinta Sefirot. No futuro, depois do pecado de Adam HaRishon, os mundos de BYA caem neste lugar. O lugar onde as últimas seis Sefirot do mundo de Yetzirá acabam é chamado de “Chazê do lugar do mundo de Briá”. Isto é, onde Chazê de Briá estará depois dos pecados de Adam HaRishon.
O mundo de Yetzirá nasceu e expandiu-se para seu lugar, Malchut de Atzilut gerou o mundo de Assiá, o qual se espalhou abaixo do mundo de Yetzirá do Chazê do lugar do mundo de Briá para o Chazê do lugar do mundo de Yetzirá.
O Chazê do lugar do mundo de Yetzirá é chamado “Chazê do lugar dos mundos de BYA”. Este é o lugar onde a expansão dos mundos de BYA acaba. Abaixo do Chazê do lugar do mundo de Yetzirá, está vazio de Luz. Este lugar, a partir do Chazê do lugar de BYA indo abaixo através do Siúm, é o lugar das Klipót, chamado de Mador ha Klipót (a seção das cascas). Abaixo dele é um lugar chamado “o ponto deste mundo”.
Na espiritualidade, um “lugar” significa um “desejo”. O ponto deste mundo é um desejo de receber (deleite) com intenção de receber (para si mesmo), um desejo de deleitar-se em vestimentas deste mundo: sexo, honra, poder, inveja. As Klipót são consideradas Altas, uma vez que elas desejam receber prazer do Criador, o qual corresponde a Kedushá (santidade).
A sabedoria da Cabalá sempre fala a partir da perspectiva da percepção individual. Portanto, uma pessoa que percebe que seus desejos são somente receber com intenção de receber, e não de doar, pode ser dito que está em um estado chamado “este mundo”. Mas quem não percebeu que todos seus desejos são para receber com a intenção de receber não está neste lugar (desejo). Deste modo esta pessoa está abaixo (antes desta revelação), em um lugar (desejo) chamado “nosso mundo”, onde as pessoas são inconscientes (dos seus desejos), e não sentem esta inconsciência.
A humanidade inteira está no degrau do “nosso mundo”, inconsciente. Deste degrau, o desejo de receber começa a se desenvolver em uma pessoa. A evolução ocorre pela instigação da natureza sobre cada um em direção à correção pela força do julgamento severo.
A história inteira da humanidade é uma evolução de geração em geração do desejo de receber pelos três elementos: orgulho, honra e inveja. Sofrimento traz o homem, e a humanidade como um todo, para a decisão de sair do desejo de receber, uma vez que esta é a razão de todo o sofrimento.
Aqueles em quem o desejo de receber desenvolveu-se suficientemente recebem uma força do Alto para desejar o que está além deste mundo. Seguindo esta força, uma pessoa começa a procurar pela origem do prazer que preencherá o novo desejo, até que esta pessoa ache o professor certo. Esta busca pode durar anos ou até mesmo mais de uma vida, mas se o Criador traz uma pessoa para o lugar onde a Cabalá está sendo ensinada, tal como aconteceu comigo (Michael Laitman) é um sinal que a você foi dada uma oportunidade do Alto para corrigir sua alma e alcançar a meta.
OS ESTADOS DOS PARTZUFIM NOS MUNDOS DE ABYA
Adam HaRishon
Adam HaRishon é uma entidade separada de tudo que o precede. Ele é o único que foi criado em Malchut de Ein Sóf, portanto, ele é o único que merece o título de “criatura”. Ele também foi gerado por Malchut de Atzilut, a qual se elevou para AVI. Ela procriou Partzuf Adam HaRishon, tal como ela procriou os mundos de BYA, e por esta razão, Adam HaRishon está sempre dentro dos mundos de BYA.
Quando os mundos de BYA nasceram, eles se mantiveram em AVI através do Chazê do lugar do mundo de Yetzirá. Quando Adam HaRishon nasceu, ele estava dentro deles no nível dos três mundos BYA, recebendo as Luzes NARAN (Néfesh, Ruach, Neshamá) de BYA, Adam HaRishon recebeu mais Luzes, NARAN de Atzilut, uma vez que BYA estava em Atzilut.
O Estado dos mundos quando Adam HaRishon nasceu é chamado de “véspera do Shabat”. Depois através do despertar vindo do Acima, os mundos elevaram-se para a primeira ascensão, um degrau mais Alto – dez Sefirot – junto com Adam HaRishon, assim como o Siúm dos mundos de BYA, com Adam HaRishon dentro deles, elevaram-se para o Chazê do lugar do mundo de Briá.
Naquele estado, Adam HaRishon queria receber todas as Luzes com intenção de doar, como no estado que precedeu a quebra dos vasos no mundo de Nekudim. Lá, em Nekudim, Rosh de AVI não tinha entendido que parte de ZON não tinha Tikun Kavim (correção das linhas), portanto eles deram a Luz de Gadlut e ZON quebrou.
O mesmo ocorreu aqui com Adam HaRishon: não existia entendimento que uma quebra ocorreria. Mas depois deste primeiro tempo ele erroneamente recebeu com a intenção de receber, ele queria receber novamente, mas agora deliberadamente. Ele não pode mais evitar de deleitar-se.
Como resultado, Klipót nasceram nesta quebra, desejos de receber com a intenção de receber. Também, os mundos de BYA desceram abaixo da Parsá, para seus estados constantes, da Parsá para o Siúm geral. É chamado “estado constante” porque os mundos BYA não podem estar em um estado mais baixo do que este. Mas eles não estão “permanentemente” fixados naquele lugar; eles podem ascender para seus lugares constantes.
Além do declínio dos mundos de BYA para seus lugares constantes, como resultado da quebra do Partzuf Adam HaRishon, nasceram os impuros BYA. Estes são os três mundos que contêm deficiências em BYA e se mantém opostos a BYA. Portanto, BYA, que estão livres do desejo de receber com a intenção de receber, são chamados de “BYA puros” e suas correspondentes deficiências de “BYA impuros”.
Estes três mundos impuros são chamados:
- Esh Mitlakachat (fogo ardente) — corresponde ao mundo de Briá.
- Anan Gadol (grande nuvem) — corresponde ao mundo de Yetzirá.
- Ruach Se’ara (vento tempestuoso) — corresponde ao mundo de Assiá.
Após o pecado, Partzuf Adam HaRishon foi quebrado em 600.000 pedaços. A quebra continuou de forma mais profunda nos pedaços quebrados (quebras adicionais são mencionadas na Torá como “o assassinato de Abel”, “a geração do dilúvio”, “a geração da Babilônia” etc.).
Finalmente todos os pedaços em seu Partzuf permaneceram somente em seus desejos de receber com a intenção de receber, com uma centelha de Luz que estava dentro dele. Estes pedaços, os desejos com as centelhas contidas dentro deles, vestem as pessoas em nosso mundo e as estimulam a despertar em direção à espiritualidade, para a Luz, o Criador. Portanto, nós somos feitos para entrarmos em um grupo de pessoas que estão estudando a Cabalá, aprendendo o método pelo qual atingimos a meta.
Existe ainda outra Klipá (singular de Klipót): Klipát (Klipá de) Nóga. Estes são desejos misturados entre bons e maus. “Misturados” significa que eles recebem Luz em suas partes boas e também transferem a Luz para suas partes ruins. O Tikun da realidade em sua totalidade foca-se no Tikun da Klipát Nóga – separando-a das três impuras Klipót (Ruach Se’ara, Anan Gadol, e Esh Mitlakachat), na qual está atada em sua parte má, e unindo sua parte boa em Kedushá, para Atzilut.
A ASCENSÃO DOS MUNDOS
O lugar real dos mundos é aquele do segundo estado, antes do pecado:
- ZA no lugar de AA;
- Malchut no lugar de AVI;
- Briá no lugar de YESHSUT;
- Yetzirá no lugar de ZA
- As primeiras das quatro Sefirot do mundo de Assiá no lugar das primeiras quatro Sefirot de Nukvá de Atzilut vestindo TNEH”YM (Tiféret, Netzach, Hod, Yessód, Malchut) do mundo de Yetzirá;
- As últimas seis Sefirot do mundo de Assiá no lugar das seis Sefirot do mundo de Briá, abaixo da Parsá;
- As seis primeiras Sefirot no lugar do mundo de Briá, entendido como o lugar a partir da Parsá até o Chazê do lugar do mundo de Briá, é chamado de “periferia da cidade”, uma vez que elas pertencem ao mundo de Atzilut, o qual é chamado de cidade. Também, Parsá é chamada de “O muro da cidade”.
- Existem vinte e quatro Sefirot do Chazê do lugar do mundo de Briá através do Siúm geral. Isto é um vácuo que está vazio de Luz.
- As dezesseis Sefirot a partir da Parsá para o Chazê de Yetzirá são chamadas de “Zona do Shabat”, esta por sua vez contém a “periferia da cidade”, mais dez Sefirot do Chazê de Briá para o Chazê de Yetzirá. Cada dez Sefirot são chamadas de Amma (cerca de 3⁄ 4 de uma jarda). Portanto, a totalidade do lugar dos mundos de BYA é chamada de 6.000 Amma ou 6.000 anos de vida do mundo.
- As quatorze Sefirot do Chazê de Yetzirá através do Siúm geral são chamadas de “seção da concha”. Isto é onde os Klipót estavam antes do pecado de Adam HaRishon Mas após o pecado, elas se tornaram os quatro mundos impuros de ABYA.
A SEQUÊNCIA DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Quatro Bechinot (estágios) de Ohr Yashár:
- Bechiná Shóresh: A Luz é emitida de Atzmuto – Seu desejo de fazer o bem para as Suas criações. Como resultado de Seu desejo de beneficiar, Ele cria Bechiná Álef, o desejo de receber, o desejo de desfrutar a Luz.
- Bechiná Álef: Uma vez que ela esta recebendo, ela decide que não quer mais receber. Este novo desejo é Bechiná Bet.
- Bechiná Bet: Uma vez que ela está completamente vazia de Ohr Chochmá, Bechiná Bet sente a sua ausência e decide que ela quer receber um pouco de Ohr Chochmá dentro de Ohr Chassadim. Esta é Bechiná Guimel.
- Bechiná Guimel: No final, quando ela recebe Ohr Chochmá bem como Ohr Chassadim, Bechiná Guimel decide que ela quer receber toda a Luz. Esta é Bechiná Dálet, chamada Malchut, uma vez que ela é governada pelo desejo de receber. Ela sente o desejo de receber a Luz, tal como em Bechiná Álef, mas com um adicional. Este desejo adicional é um novo Kli, chamado “anseio”. Malchut sente que seu desejo é independente, que vem dela.
- Bechiná Dálet: Ela recebe toda a Luz sem limitações, por esta razão seu título, “o mundo de Ein Sóf”.
Tzimtzum Álef: Bechiná Dálet realiza a Tzimtzum Álef. A Bechiná Dálet restrita é chamada de “o mundo de Tzimtzum”.
O Trabalho da Massach: Bechiná Dálet, que é Malchut, decide receber a Luz no desejo de doar ou seja, em suas Bechinot Shóresh, Álef, Bet e Guimel, e não em sua Bechiná Dálet, que é um puro desejo de receber.
Partzuf Galgálta: Através da Massach com Reshimot Dálet de Hitlabshut e Dálet de Aviut, Malchut realiza um Zivug com a Luz Superior que se separou devido ao Tzimtzum. No Zivug com a Luz, a Massach decide o quanto de Luz ela vai receber dentro de Malchut.
Seguindo a decisão, a Massach desce para o Guf com a quantidade de Luz que ela decidiu receber. As Luzes que entram no Partzuf são chamadas de Taamin. O lugar em que a Massach interrompe a descida e limita a recepção da Luz é chamado de Tabúr.
A Luz que entra o Partzuf é chamada de Ohr Pnimi (Luz Interna). A Luz geral que permaneceu do lado de fora do Kli é chamada de Ohr Makif (Luz Circundante). Subsequentemente, a Bitush (batida) entre Ohr Pnimi e Ohr Makif ocorre na Massach que se mantém no Tabúr, uma vez que ambas desejam eliminar a limitação da recepção.
A Massach decide não usar as Reshimot de Aviut Dálet e purificar-se. Ela se eleva do Tabúr para o Pê e o Ohr Pnimi deixa o Partzuf. As Luzes que partem são chamadas de Nekudot (pontos). O Partzuf inteiro, do Zivug no Rosh até o fim de seu Hizdakchut (refinamento), é chamado de Partzuf Galgálta.
Partzuf AB: A Massach de Guf de Galgálta que elevou-se para o Pê de Rosh de Galgálta está integrada no perpétuo Zivug na Massach no Pê. O encontro entre a Massach e a Luz Superior no Rosh induz a Massach querer receber uma parte da Luz no Rosh, mas de acordo com as Reshimot que estão nela (Massach), Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut. A última Reshimô de Aviut (para a expansão da Luz) desaparece, como resultado da decisão de desistir da recepção.
A Massach desce do Chazê de Galgálta, de acordo com a Reshimô Guimel de Aviut, e realiza um Zivug com as Reshimot Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut. Este é o lugar do Pê do próximo Partzuf. Após o Zivug, a Massach desce do Pê em direção ao Tabúr do novo Partzuf, e as Luzes do Taamin entram no Toch.
Subsequentemente, existe uma Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif na Massach no Tabúr, para cancelar a limitação da Massach. A Massach decide purificar-se, as Reshimot de Aviut Guimel desaparecem, e a Massach sobe do Tabúr para o Pê. As Luzes que partem são chamadas Nekudot de AB.
Partzuf SAG: Quando a Massach vem para o Pê, ela está integrada no perpétuo Zivug com a Luz Superior que está lá, e deseja receber parte da Luz que está no Rosh. Portanto, a Massach desce para o Chazê do Partzuf AB, de acordo com a Reshimô, e lá realiza um Zivug com a Luz com Reshimot Guimel de Hitlabshut e Bet de Aviut. Ele recebe Luz e para no lugar determinado pelo Rosh – Tabúr. De imediato Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif é aplicada na Massach, uma vez que elas querem cancelar a limitação da recepção que a Massach de Toch cria. A Massach decide purificar e sobe para o Pê.
Nekudot de SAG: As Luzes, que emergiram durante o Hizdakchut da Massach, são chamadas de Nekudot. Nekudot de SAG são Bet de Hitlabshut e Bet de Aviut. Esta é uma qualidade de Biná. Estas Luzes podem aparecer em qualquer lugar (qualquer desejo). Por esta razão, as Luzes de Nekudot descem abaixo do Tabúr de Galgálta e preenchem o Sóf de Galgálta.
Sóf de Galgálta e Nekudot de SAG se misturam e Partzuf Nekudot de SAG, que é Partzuf Biná, divide-se em GAR de Biná e ZAT de Biná. ZAT de Biná, são vasos de recepção, são afetados pelas Reshimot que estão no Sóf de Galgálta e querem receber aquelas Luzes com a intenção de receber. Isto é assim porque a força da Massach de Nekudot de SAG é Bet de Aviut, e as Reshimot no Sóf de Galgálta são Dálet Guimel, mais do que o poder de resistência da Massach.
Portanto, um desejo de receber com a intenção de receber é formado a partir do Chazê de Nekudot de SAG para baixo. Isto obriga Malchut, que realizou Tzimtzum Álef, subir do Siúm de Galgálta para o lugar do Chazê de Nekudot de SAG e limita a expansão da Luz que assim alcança somente o Chazê.
Todos os processos em Nekudot de SAG se desenvolvem durante a ascensão da Massach de Guf de SAG do Tabúr de SAG para a sua Rosh, exceto as Reshimot do Tzimtzum Bet e do Sóf de Galgálta que foram adicionados a este.
Tzimtzum Bet (segunda restrição): A ascensão de Malchut de Tzimtzum Álef
para o Chazê de Nekudot de SAG é chamada de Tzimtzum Bet.
MA e BON acima de Tabúr de Galgálta: Quando a Massach de Guf de SAG alcança o Pê, ela realiza o Zivug com Reshimot Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut que permaneceram das Luzes de Ta’amim de SAG acima do Tabúr, gerando Partzuf MA Superior, do Pê de SAG através do Tabúr de Galgálta. Após o Hizdakchut do Partzuf MA Superior, Partzuf BON Superior nasce dele, do Pê de MA através Tabúr de Galgálta.
O Mundo de Nekudim (Katnut): Quando a Massach de Guf de SAG purifica- se e sobe para o Pê de SAG, ela quer realizar um Zivug com as Reshimot que estão nela (Bet de Hitlabshut e Álef de Aviut abaixo do Tabúr de Galgálta). Ela ascende, seguindo as demandas das Reshimot, a partir do Pê para Nikvey Eynaim (NE) de Rosh de SAG, uma vez que Reshimot Bet-Álef estão restritos, necessitando receber Luz somente nos vasos de doação.
Portanto, a Massach se mantém abaixo dos vasos de doação no Rosh, abaixo de Kéter e Chochmá no Rosh de SAG. A Massach sempre realiza um Zivug somente com as Bechinot Rosh que estão acima dela; Por esta razão, ela se mantém no Rosh, o lugar do qual ela deseja receber Luz dentro do Guf.
Após o Zivug, a Massach passa ativamente para o Guf que ela tinha recebido no Rosh em potencial. A Luz se espalha para o lugar do qual as Reshimot restritas Bet- Álef elevaram-se, ou seja abaixo do Tabúr de Galgálta. Este Partzuf é chamado de Partzuf Nekudim, uma vez que ele emergiu com as Reshimot de Nekudot de SAG.
Este Partzuf inclui:
- Rosh de Hitlabshut, chamada Kéter;
- Rosh de Aviut, chamada Aba ve Ima (AVI);
- Guf, chamado ZON (Zeir Anpin e Nukva).
Em cada um deles, somente vasos de doação estão ativos, seus vasos de recepção estão ocultos (dentro deles).
Gadlut do Mundo de Nekudim: Após a elicitação de Katnut do mundo de Nekudim, a Massach no Rosh de SAG desce, seguindo a necessidade das Reshimot Dálet de Hitlabshut e Guimel de Aviut, dentro do Pê de SAG, e realizou um Zivug. Como resultado deste Zivug, Ohr Chochmá veio para o Rosh de Kéter de Nekudim e para Aba do Rosh AVI.
Ima é Biná a qual não quer receber Ohr Chochmá exceto por requisição de ZON. Ohr Chochmá brilha a partir do Rosh de Nekudim até o Sóf de Galgálta, e de lá vem a requisição – através de ZON de Nekudim – para pedir a AVI por Gadlut, Ohr Chochmá. Quando ZON pede de AVI, eles copulam e trazem ZON Ohr Chochmá.
A Quebra dos Vasos: Ohr Chochmá se espalha a partir do Rosh de AVI para dentro de ZON, através de GE de ZON e para a Parsá. Quando a Luz deseja cruzar a Parsá e preenche os Kelim de ACHAP de ZON, ela encontra o desejo de receber e parte para Cima. Os Kelim GE e ACHAP se rompem e 320 partes fragmentadas e caem abaixo da Parsá.
Na quebra, os vasos de doação (GE) misturam-se com os vasos de recepção (ACHAP); portanto em cada parte fragmentada existem quatro tipos de Kelim:
- GE – que formou GE de ZON de Atzilut, Hitkalelut de GE em ACHAP – que formou os mundos de BYA; Hitkalelut de ACHAP em GE— que formou o ascendido ACHAP;
- ACHAP- que formou os Klipót, que são desejos de receber com a intenção de receber, não são adequados para receber a Luz. Estes são os (32 Lamed Bet) Malchuts dos (320 Shach) pedaços que não podem ser corrigidos até Gmar Tikun, e recebem com a intenção de doar. Os trinta e dois Malchuts são chamados de Lev haÉven (coração petrificado). Suas correções consistem na classificação dos 320 pedaços e não serem utilizados.
288 pedaços (320-32) dos 320 que existem em cada pedaço fragmentado podem ser corrigidos, uma vez que eles não são partes de Malchut, mas partes das nove Sefirot Superiores. Algumas delas pertencem a GE de ZON, devem ser separadas da mistura, já que são vasos de doação. Estes são os que construíram Katnut (GE) de ZON de Atzilut.
O SURGIMENTO DO MUNDO DE ATZILUT
Atik: A Massach, com as Reshimot, elevou-se para o Rosh de Nekudim e dali para o Rosh de SAG. A Massach separou as Reshimot mais puras, Álef de Hitlabshut e Shóresh de Aviut, elevou-se do Pê para a Sefirá Kéter de Rosh de SAG, e dali ela foi adiante e acima para Biná em Kéter, onde ali se manteve atrás dos Sefirot KACHÁB CHAGAT de Kéter
Por conseguinte, acima da Massach estão somente os vasos de doação de Aviut Shóresh. Este lugar é chamado de Metzach (testa), e é onde a Massach realiza um Zivug, do qual o Partzuf Kéter de Atzilut nasce, chamado de Partzuf Atik.
O Partzuf gerado deste Zivug é chamado de Ubar, uma vez que ele tem somente vasos de doação em Aviut Shóresh, o mínimo que pode existir na espiritualidade. Após o seu nascimento, este Partzuf desce para o lugar do qual as Reshimot se elevaram, abaixo do Tabúr de Galgálta.
Quando o Partzuf Atik nasce e desce para seu lugar, Reshimot Dálet-Guimel despertam nele e demandam que este Partzuf obtenha Gadlut. A Massach realiza um Zivug com a Luz Superior com estas Reshimot e constrói o nível de Atik em Gadlut. Este Partzuf se espalha do Tabúr de Galgálta para o Siúm de Galgálta, atravessando a Parsá, uma vez que ele é Partzuf Kéter, o qual ainda pertence ao Tzimtzum Álef. Esta é razão de ser chamado Atik, porque ele é Ne’etak (separado) do alcance dos que estão mais abaixo.
AA: Uma vez que Partzuf Atik em Gadlut emerge, Rosh de SAG passa a ele todas as Reshimot que recebeu após a quebra. De todas as Reshimot, Atik escolhe a Reshimô mais pura, realiza um Zivug com esta e gera o próximo Partzuf – Chochmá – no final do nível de Ubar, e subsequentemente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se do Pê de Atik para a Parsá e é chamado de Partzuf Arich Anpin (AA)
AVI: Uma vez que Gadlut do Partzuf AA emerge, Atik concede todas as Reshimot que permaneceram daqueles que subiram para Rosh de SAG após a quebra. Daqueles, AA escolhe as Reshimot mais puras e realiza um Zivug com estas. Este Zivug gera o Partzuf Biná de Atzilut, primeiro no nível de Ubar e subsequentemente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se do Pê de AA através de seu Tabúr.
ZA: Uma vez que AVI emerge em Gadlut, AA concede a este todas as Reshimot restantes. AVI escolhe as Reshimot mais puras de todas as Reshimot que ele tinha recebido. Realiza um Zivug com estes, e gera o Partzuf ZA de Atzilut, nos níveis de Ubar (Katnut) e então Gadlut. Partzuf ZAToma seu lugar a partir do Tabúr de AA através da Parsá.
Malchut: Após Partzuf ZA em Katnut emerge, AVI concede a ele todas as Reshimot restantes, as quais não foram corrigidas pelos Partzufim anteriores. Daqueles, ZA escolhe aqueles que se adequam a ele, realiza um Zivug, e gera Partzuf Malchut de Atzilut com um Nekudá (ponto), como era no mundo de Nekudim. Isto completa a correção de todas as Reshimot de Katnut que subiram para Rosh de SAG após a quebra.
SURGIMENTO DO MUNDO DE BYA
Os Partzufim de GAR do mundo de Atzilut emergiram com as Reshimot de Rosh de Nekudim, que foi somente purificado, mas não fragmentado. De ZON de Nekudim para baixo, o nascimento dos Partzufim é feito pela classificação e correção das partes fragmentadas. Isto se dá assim porque através da quebra do mundo de Nekudim, vasos de doação acima da Parsá misturam-se com os vasos de recepção que estão abaixo da Parsá e foram integrados uns com os outros. Por esta razão, em cada uma das 320 partes quebradas existem quatro tipos de Kelim:
- Vasos de doação;
- Vasos de doação integrados com vasos de recepção;
- Vasos de recepção integrados com vasos de doação;
- Vasos de recepção.
Primeiro, somente os vasos de doação são classificados e corrigidos (Zivúgim são feitos com eles) em todas as 320 partes por ordem de Aviut, dos puros aos espessos. A Massach que desce do Rosh de SAG gera todos os Partzufim do mundo de Atzilut, primeiro em Katnut e então em Gadlut. Katnut do mundo de Atzilut emerge em oposição a Katnut do mundo de Nekudim.
Subsequentemente, ZON de Atzilut sobe para AVI de Atzilut, ZATorna-se com Aba, e Malchut torna-se como Ima. O que está mais abaixo que sobe para Aquele Acima torna-se como ele, portanto, Malchut recebeu o degrau de Biná assim ela pode realizar um Zivug em Ohr Chochmá e gera um novo Partzufim. Quando Malchut de Atzilut subiu para Ima, ela separou os vasos de doação que estavam integrados aos vasos de recepção de cada uma das 320 partes fragmentadas, por ordem de Aviut – dos puros aos rudes. Nesta ordem, ela gerou novos Partzufim:
- Cinco Partzufim foram gerados da classificação e Zivug realizado com os vasos de doação (GE) que caíram na parte de Biná que estava abaixo da Parsá (GE integrado em Aviut Bet de ACHAP): Kéter — Atik, Chochmá — AA, Biná — AVI, ZA — ZA, e Malchut — Nukvá do mundo de Briá.
- Cinco Partzufim foram gerados pela escolha e Zivug realizado com os vasos de doação (GE) que caíram nos Kelim de ZA abaixo da Parsá (GE integrado em Aviut Guimel de ACHAP): Kéter — Atik, Chochmá — AA, Biná — AVI, ZA — ZA, e Malchut — Nukvá do mundo de Yetzirá.
- Cinco Partzufim foram gerados pela classificação e Zivug realizado com os vasos de doação (GE) que caíram para Malchut abaixo da Parsá (GE integrado em Aviut Dálet de ACHAP): Kéter — Atik, Chochmá — AA, Biná — AVI, ZA — ZA, e Malchut — Nukvá do mundo de Assiá.
Malchut de Atzilut realiza estes Zivúgim enquanto se mantém no lugar de Ima de Atzilut. Por esta razão, o mundo de Briá, o qual ela criou, mantém abaixo dela, ocupando o espaço de ZA de Atzilut.
O mundo de Yetzirá, nascido de Malchut de Atzilut após o mundo de Briá, emergiu dela e ocupou o lugar abaixo do mundo de Briá no lugar das quatro Sefirot de Malchut de Atzilut e seis Sefirot do lugar do mundo de Briá.
O mundo de Assiá, nascido de Malchut de Atzilut após o mundo de Yetzirá, emergiu dela e ocupou o lugar abaixo do mundo de Yetzirá, do Chazê do lugar do mundo de Briá para o Chazê do lugar do mundo de Yetzirá.
Todos os mundos acabam no Chazê do mundo de Yetzirá, uma vez que todas as partes fragmentadas, aquelas que estavam separadas são vasos de doação e vasos de doação integrados com os vasos de recepção. Isto corresponde ao Chazê do lugar dos mundos de BYA, uma vez que é onde seus GE acabam.
Abaixo do Chazê de Yetzirá começa ACHAP do lugar de BYA, o lugar dos vasos de recepção que foram integrados com os vasos de doação, e os vasos de recepção (Lev haÉven).
ACHAP Elevado: A classificação e correção dos vasos de recepção que estavam integrados nos vasos de doação adicionam Kelim de ACHAP no mundo de Atzilut. A Luz que se espalha nestes Kelim é Ohr Chochmá, e o mundo de Atzilut recebe Gadlut.
Ohr Chochmá se espalha somente nos verdadeiros vasos de recepção, enquanto aqui existem vasos de recepção integrados com vasos de doação durante a quebra. Portanto, a Luz que aparece nos Zivúgim destes Kelim não é Ohr Chochmá, mas somente Hey’arat (iluminação, Luz menor) de Chochmá.
Existe um Tikun especial no Rosh do mundo de Atzilut assegurando que não haverá outra quebra no mundo de Atzilut, como aconteceu no mundo de Nekudim. Existe uma limitação no Rosh do Partzuf AA, assim não há Zivug com Malchut em si mesma abaixo do Partzuf AA, mas somente em Hitkalelut (integração) de Malchut nas Sefirot acima dela, nos desejos de doar.
Como resultado, o mundo de Atzilut nasceu somente em Katnut, e cada Partzuf tem somente vasos de doação, Kelim GE. Os vasos de recepção, ACHAP, estão abaixo da Parsá. É impossível adicionar ACHAP à GE e fazer um Zivug em todas as dez Sefirot em seus lugares, como era no mundo de Nekudim, isto foi a causa da quebra.
Portanto, cada adição de vasos de recepção em Atzilut é feita pela elevação de alguns vasos de recepção, que estão integrados em vasos de doação. A ascensão é de baixo da Parsá para cima da Parsá, é assim que partes de ACHAP são adicionadas para Atzilut.
Portanto, partes de vasos de recepção elevam-se de baixo da Parsá e juntam- se a Atzilut. Todos os vasos de recepção que podem se juntar aos vasos de Atzilut, os quais são vasos de recepção que estão integrados em vasos de doação, elevam se na ordem do puro para o áspero.
Correção do Lev haÉven é feita somente pela Luz do Messias: Após tudo que foi supramencionado, as correções estão completadas, tudo o que permanece em BYA são vasos de recepção, chamado Lev haÉven. Estes vasos não estão incluídos nos vasos de recepção e, portanto não podem ser corrigidos. Suas correções consistem em ser excluídos todas as vezes que uma classificação é feita nas 320 partes que se fragmentaram. Portanto, as trinta e duas partes de Lev haÉven são removidas. Quando usamos as 288 partes para construir os Partzufim, nós devemos separar e decidir o que não queremos usar nas Lev haÉven que pertencem àquela parte.
Após a correção das 288 partes, um Ohr Chochmá especial virá do Alto chamado “Messias”, e corrigirá estes Kelim na Massach. Por esta ocasião, toda Malchut de Ein Sóf será corrigida com a Massach. Este estado em Malchut é considerado sua Gmar Tikun (fim da correção).
Todas as partes nos mundos de BYA, exceto para Lev haÉven, são corrigidas por ordem dos puros para os rudes. Em cada um dos mundos de BYA existem 2.000 estágios de correção chamados de “anos” ou “degraus”. Ao todo são 6.000 degraus nos três mundos de BYA, chamados de “Os seis dias da semana”, uma vez que os mundos de BYA são considerados dias da semana, enquanto Atzilut é considerado “O Sagrado Shabat”.
- Quando todos os mundos de BYA são corrigidos, bem como os Lev haÉven, o mundo de Atzilut se espalhará abaixo da Parsá através deste mundo. Este estado é chamado de “O sétimo milênio”.
- Depois, os mundos de ABYA subirão para SAG, e isto será chamado de “O oitavo milênio”.
- Depois, os mundos de ABYA subirão para AB, e isto será chamado de “O nono milênio”.
- Depois, os mundos de ABYA subirão para Galgálta, e isto será chamado de “O décimo milênio”.
Em outras palavras, após a correção de toda Malchut de Ein Sóf, ela será preenchida tal como ela foi antes da Tzimtzum Álef. Além disso, ela receberá adições das infinitas ascensões nos degraus de doação ao Criador.
Ainda, desde que a sabedoria da Cabalá ensine uma pessoa somente aquilo que lhe compete com relação a sua própria correção, e o que ela precisa fazer, estes estados não são ensinados. Eles não aparecem nos livros da Cabalá, uma vez que eles pertencem à parte que esta proibida de se revelada, chamada de “Segredos da Torá”. Somente alguns poucos se engajam neles e sob rígidas condições.
Adam HaRishon: Em todas as correções de Malchut mencionadas até agora,
Malchut de Malchut, o ponto central de todos os mundos, não foi preenchida.
Tudo o que se desvendou até agora – Tzimtzum Álef, Tzimtzum Bet, a quebra dos vasos, o Tikun dos Kelim – aconteceram nas nove Sefirot Superiores, não na própria Malchut, Bechiná Dálet em Bechiná Dálet. Isto porque havia uma Tzimtzum sobre ela, assim ela não poderia receber dentro dela, no desejo de receber. O que é recebido após Tzimtzum Álef é recebido somente nos vasos de doação, nos Kelim de Malchut de Ein Sóf, que foram estampados pelas nove Superiores, o desejo de doar da Luz Superior.
Malchut em Malchut será corrigida e preenchida com Ohr Chochmá, tal como antes do Tzimtzum Álef, somente se desejos de doar entrarem naquela Malchut e misturarem-se com os desejos de receber de Malchut. Na quebra dos vasos no mundo de Nekudim, Malchut misturou-se com as nove Sefirot que a precediam. Como resultado, os mundos, a externalidade da realidade emergiram. Mas isto não corrigiu nada na própria Malchut, uma vez que ela não se misturou com o desejo de doar.
Após o nascimento dos mundos de BYA, Malchut de Atzilut, a qual se mantém no lugar de Ima, realizou um Zivug em Katnut ao juntar os vasos de doação com Bechiná Dálet de Dálet. O resultado deste Zivug é o Partzuf Katnut, GE, de quem ACHAP é Bechiná Dálet de Dálet. Portanto este Partzuf está proibido de usar seus vasos de recepção, seus ACHAP. Este Partzuf é chamado de Adam HaRishon (O Primeiro Homem), o qual foi proibido de se alimentar da Árvore do Conhecimento, que é, realizar um Zivug com os vasos de recepção – ACHAP.
Com o nascimento de Adam HaRishon, os mundos de BYA expandiram-se através do local denominado Chazê de Yetzirá. Depois, a Luz de Ein Sóf, chamada de “O despertar do Alto”, veio e elevou todos os mundos em um degrau. Portanto, o Siúm do mundo de Assiá elevou-se a partir do local chamado Chazê de Yetzirá para o local do Chazê de Briá. Depois, mais Luz do despertar de Ein Sóf chegou, pela qual todos os mundos elevaram-se em mais um degrau, assim o Siúm do mundo de Assiá elevou-se acima da Parsá.
Adam HaRishon está dentro dos mundos de BYA, ele elevou-se para Atzilut conjuntamente com eles. Adam HaRishon pensou que agora poderia receber com a intenção de doar toda a Luz em seus vasos de recepção, nos ACHAP, em Bechiná Dálet de Bechiná Dálet.
Mas tal como isto aconteceu com a quebra dos vasos no mundo de Nekudim, quando ele estendeu Luz dentro dos vasos de recepção, ele rompeu-se. Ele perdeu sua Massach, sua intenção de doar. Seu Guf inteiro foi dividido em 600.000 partes, chamados “órgãos” ou “almas” as quais caíram nas Klipót (cascas) e receberam então o desejo de receber.
Todas as peças juntas, e cada peça em particular, caíram abaixo do inanimado (como descrito nos pecados que a Torá narra na primeira geração seguindo-se a Adão) Estas partes se vestiram em pessoas no nosso mundo. Aqueles em quem estas partes rompidas do Partzuf Adam HaRishon se vestiram, sentem – especificamente nesta parte – um desejo de elevarem-se e unirem-se com sua Fonte, a qual era em Adam HaRishon. Esta Fonte é chamada “a raiz de alma de uma pessoa”.
Para a criatura merecer o título de “criatura”, ela deve se manter em seu próprio direito, que é não ser influenciada pelo Criador. Este é o porque do Criador esconder a Si Próprio. E assim fazendo, Ele ajuda as criaturas equalizarem-se com Ele através de seus próprios esforços. A isto resulta que uma pessoa em nosso mundo, em quem um pedaço de Adam HaRishon está contida, é definida como uma “criatura”.
Uma criatura é uma parte de Adam ha Rishom que existe em uma pessoa em nosso mundo. Todas as criaturas, todas as almas, são partes do Guf de Adam ha Rishon. Todas elas devem participar na correção da dispersão. E fazendo isto, elas retornam para o estado que antecedeu o pecado e somam Dvekút (adesão) com o Criador. Elas separam todas as peças das Klipót (cascas). Portanto, cada pessoa deve atingir a raiz de sua alma enquanto vive neste mundo. Quem assim não o fizer, reencarnará em nosso mundo até que atinja o propósito pelo qual foi criado.
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