Nássô (Tomai)
Do livro “Divulgando Uma Porção”
(Números 4:21-7:89)
Sumário da Porção
A porção descreve as preparações dos filhos de Israel para saírem em uma jornada do Monte Sinai para a terra de Israel. O grosso do trabalho revolve à volta do tabernáculo. A sondagem da tribo de Levi continua e há uma descrição da distribuição de deveres entre as famílias de Levi, Gerson, Kochat e Merari. O Criador dá uma ordem para enviar as pessoas impuras para fora do acampamento como preparação para a inauguração do tabernáculo.
Posteriormente, a porção narra diferentes situações nas quais as pessoas precisam de ajuda dos sacerdotes e do tabernáculo. Os incidentes incluem actos negativos, tais como roubar, uma pessoa evocar o nome do Criador em vão (peo qual um deve oferecer um sacrifício) e uma mulher que se tenha desviado ou seja suspeita de cometer adultério e desta forma seja trazida ao sacerdote.
Há também incidentes positivos, tais como a história do eremita, detalhar as leis que uma pessoa que faz um voto assume sobre si mesma e a bênção dos sacerdotes ao povo.
O fim da porção discute os presentes dos presidentes e a grande celebração – a inauguração do tabernáculo. A porção termina com a conclusão das preparações, quando o povo de Israel consegue partir para a terra de Israel.
Comentário
A Torá fala somente de nossas almas e como as devemos corrigir. Não corrigimos o corpo porque o corpo é um animal e atua de acordo com sua natureza. Devemos reinstaurar a “porção de Deus do alto” (Jó 31:2); isto é a alma.
Fazemos como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei para ela a Torá como tempero” *, pois “a luz nela reforma” **. Quando começamos a conectar aos outros sob a condição, “Ama teu próximo como a ti mesmo”,*** achamos esta ação repelente. Não queremos ver ninguém se não os pudermos usar para nosso próprio benefício.
Esta é nossa natureza, como disse o Criador, “Eu criei a inclinação ao mal”. Contudo, quanto mais estudamos e nos tentamos aproximar uns dos outros, mais descobrimos quão absolutamente impossível isso é e mais sentimos nossa natureza como má, como má vontade, como a inclinação ao mal. Então, precisamos de um meio para a corrigir e este é a luz que reforma.
Quando estudamos a sabedoria da Cabala no grupo certo, com pessoas que querem adquirir a boa inclinação, a revelação do Criador, que querem mudar e melhorar, então descobriremos dentro de nós um mundo inteiro de camadas, graus e outras partes. Certamente, os sacerdotes, Levitas, Israel e o mundo inteiro com seus inanimado, vegetativo, animado e falante estão todos nos nossos desejos, na inclinação ao mal.
A Torá conta-nos através de que contexto e com que ordem começaremos a transformar a inclinação ao malpara uma boa inclinação. É isso que precisamos fazer neste mundo. A Torá ensina-nos a usar a luz que reforma, que partes da inclinação do mal devem primeiro ser tratadas e quais mais tarde.
Este processo é como um doutor que diz a um paciente, “Primeiro, vamos cuidar de uma coisa, então a outra. Se um paciente tem um problema de coração, esse é o assunto mais urgente, até se o paciente disser, “Mas minha perna dorida dói mais”. Aqui o doutor tem de dizer, “Espere, já chegamos lá, mas esse não é o problema mais urgente”. O mesmo serve para nós.
A Torá instrui-nos como escrutinar cada detalhe, como o corrigir, como atar todas as partes corrigidas juntas e como partir temporariamente dos desejos que ainda não podem ser corrigidos pois são demasiado grandes, então devemos colocá-los de parte por agora. Avançamos para a conexão com os outros em prol de descobrir o Kli (vaso) da alma, onde descobrimos a luz superior, Boré (Criador), chamado Bô Re’éh (venha e veja). Descobrimos Boré gradualmente, um passo de cada vez, através de causa e efeito.
A porção anterior falava de dividir nossos desejos em tribos, sacerdotes, Levitas e Israel. Quem são os sacerdotes e qual é seu papel entre o povo? Como deve o povo se dividir em doze tribos? Porque são especificamente doze, três linhas e HaVaYaH, três vezes HaVaYaH, que são as quatro letras, perfazendo doze partes da vontade de receber?
Agora, falamos sobre a próxima fase na correção da alma daquele que a quer corrigir e nutrir, uma vez que ela é uma “porção de Deus do alto”. O Criador é absolutamente bom e faz o bem, então aqueles que querem trabalhar com a inclinação do bem, em vez de com a má, o fazem ao adquirir a boa inclinação, a forma do Criador. É por isso que isso é chamado “venha e veja”.
A porção descreve como é isto feito. O tabernáculo é misterioso e desconhecido, um lugar especial na nossa vontade de receber. Nada há senão a vontade de receber; o todo da Criação é desejo de receber e dentro do nosso desejo há um lugar especial onde estamos conectados com a luz superior. Trazemos nossos desejos lá do mesmo modo que vamos a um médico. Isso é chamado “um curador para aqueles de coração quebrado” *, e eles são corrigidos lá. O tabernáculo é o lugar principal onde nossos desejos são corrigidos
Perguntas e Respostas
Cada um de nós se conecta ao Criador separadamente?
Sim, cada um deve fazê-lo. É por isso que nosso trabalho é principalmente o trabalho de sacrifícios. Antes disso, fazemos todos os escrutínios: o que é kosher (ajustado/adequado/legitimo), como pode ser feito e o que dentro de nós é um Letiva, um sacerdote, Israel, nações do mundo, Klipot (cascas/peles), inanimado, vegetativo, animado ou falante. Precisamos aprender como separar e ordenar nossos desejos. No fim de todos os escrutínios, trazemos uma oferenda. A palavra, Korban (oferenda/sacrifício), vem da palavra Karov (perto/próximo). Quando corrigimos nossa vontade de receber no tabernáculo, estamos no ponto de nos aproximarmos do Criador.
É verdadeiro trabalho sagrado pois os sacerdotes são a qualidade pura de doação em nós. O alto sacerdote é GAR, ou seja, a “cabeça” desta qualidade em nós. Ele é a força dentro de nós que é chamada “sacerdote”. É também isto que podemos corrigir em todas as camadas da vontade de
receber que estão abaixo dela. É por isso que há tamanha elaboração sobre o que fazer com que partes da vontade de receber tais como um homem ou mulher não corrigidos, ou outros problemas que surgem no processo da correção.
Nosso progresso inteiro no caminho da correção é semelhante a estar no deserto. Descobrimos nossa inclinação ao male aprendemos que ela é um desejo inteiramente egoísta e que não conseguimos extrair qualquer vitalidade dele. É por isso que sentimos como se estivéssemos no deserto. Assim, todos somos nutridos pela luz do alto, chamada ”maná dos céus”; é assim que avançamos.
O deserto é uma curta fase no processo. Porque permanecemos nela tanto tempo? Está escrito que o podíamos ter atravessado em três dias, todavia levou-nos quarenta anos. Porquê?
Os “três dias” são aquilo que leva para obter três linhas. “Quarenta anos” são a participação de Malchut em Biná, que é chamado o “grau de quarenta”. Isso não são quarenta anos; a Torá não se refere a anos do mesmo modo que nós. Em vez disso, é um grau. Uma pessoa que atinge um grau na vontade de receber que é chamado Biná ascende ao grau da qualidade de doação e está inteiramente imersa no desejo de doar. Embora a vontade de receber que ainda não foi corrigida arde por dentro tal como antes, essa pessoa “congela-a” e restringe-a, mantendo o ardor por dentro. É como se houvesse uma caixa prestes a entrar em erupção como um vulcão e nós colocamos a tampa por cima e ficamos por cima dela. Tal pessoa é controla todos os desejos egoístas e isto é chamado ”ascender ao grau de Biná e estar pronta para entrar na terra de Israel”.
“Subir acima do vulcão” significa elevar-se acima dos grandes desejos, sobre todos os grandes Kelim (vasos) que levámos do Egito. Cada vez que descobrimos o mal no deserto, isso é considerado que pecamos no deserto. Através deste processo de errar e pecar, nova e novamente, Moisés e Aarão atendiam a estas matérias.
Em outras palavras, descobrimos todos os pensamentos e desejos corruptos na mente e no coração e constantemente procuramos ações e esforços de nos conectar ao meio ambiente, ao grupo no qual estamos, à luz superior, ao Criador. Isto é feito em prol de descobrir como nos conectar aos elementos externos, os aproximar do Criador e sermos santificados através deles.
Não paramos de dizer que a única coisa que precisamos corrigir são nossas conexões; contudo, tudo o que aqui é descrito parece ser interno. Se dizemos que as preparações terminaram e podemos começar, trata-se isto de algo que fizemos sozinhos?
Completámos as preparações com todos os desejos, os ordenámos e separamos em ordem. Já nos equipámos com nossas armas. Agora podemos partir e descobrir os novos desejos que indicarão como proceder no deserto.
Com quem avançamos?
Nós avançamos com nossos próprios desejos, que estão já preparados para este processo, incluindo os sacerdotes, Levitas, Israel, tribos e as divisões feitas na porção anterior. Depois de atender a cada desejo, partimos com eles. Em outras palavras, estamos agora prontos para avançar para a terra de Israel, Biná, com todos os desejos que foram “pausado”. Agora podemos avançar com todos esses desejos – as mulheres, crianças e todos os homens.
Até os animais são levados, ou seja, todos os desejos, nosso inteiro mundo inteiro. Daqui em diante avançamos inteiramente para a doação, para a qualidade de Elokim, chamada Biná.
Qual é a medida de dependência? Por exemplo, se um amigo já se encontra lá, mas eu não, isso significa que estou atrasando o meu amigo?
Isto nada tem a ver com amigos; trata-se do nosso próprio trabalho interno. Nossos amigos podem somente ajudar do exterior, evocar a importância de alcançar a terra de Israel e estar em um estado de Yashar El (direito ao Criador), onde todos os desejos visam doar. Amigos podem ajudar-nos a aumentar nosso desejo de corrigir a inteira inclinação ao malem uma boa inclinação e eles podem aumentar a importância da meta, assim indiretamente nos ajudando e despertando e reunir nossa força.
Alguns dos escrutínios que fazemos são feitos com amigos?
Todos os escrutínios são internos. Isso é trabalho interno e os outros não devem saber o trabalho que estamos a fazer.
O que são “pessoas impuras”, ou uma mulher que se desviou?
Todos nós temos tais desejos, daí que os descubramos. A Torá fala do que existe dentro de nós. Isto abre o nosso próprio interior e explica o que podemos achar no interior: desejos, qualidades e pensamentos. Isso também explica como devemos trabalhar com o “eu”. Precisamos trazer para fora todas estas qualidades e desejos para se identificarem com o Criador, como está escrito, “Retornai, Ó Israel, para o Senhor vosso Deus” (Oseias 14:2). Isso não se refere a nos elevarmos “acima da lua”, mas à ascensão espiritual, nossa elevação interna das nossas próprias qualidades.
Meus pensamentos também me são enviados; é o Criador que os envia?
Tudo nos é enviado. O Criador diz, “Eu criei a inclinação ao mal”. Nada temos com que nos preocupar; isso é o “Seu problema”. Tudo o que precisamos fazer é pedir que a luz que reforma venha e transforme a inclinação ao malem uma boa inclinação. Este é nosso trabalho inteiro; nossas vidas inteiras são para esse propósito.
Se, por exemplo, eu descubro dentro de mim uma qualidade chamada uma “mulher que se desviou”, o que significa que a trago a um sacerdote? O que faz o sacerdote?
Isso refere-se ao que santificamos. Neste caso, santificamos um desejo chamado “uma mulher que se desviou”. “Uma mulher que se desviou” é um desejo de receber que não quer trabalhar em prol de doar, mas somente de receber. Ele é um desejo que quer atrair a luz de Chochmá (sabedoria) de cima para baixo, em vez de baixo para cima. Em outras palavras, ele não quer trabalhar em doação e amor pelos outros, mas por si mesmo. Esse é um desejo egoísta no grau de uma mulher.
Há um marido, uma esposa e nações do mundo. Todos estes estão dentro de nós. Nosso desejo subitamente parece-se com aquele que só quer para si mesmo, como não tendo intenção sequer de ser próximo do Criador, dos outros ou da doação. Quando descobrimos que somos assim e que é isto que atrasa nosso progresso, o descobrimos como “uma mulher que se desviou”.
Em resposta para aqueles que dizem, “E as mulheres que cometem adultério”, um pode dizer que há homens adúlteros, também. Além do mais, hoje o adultério é muito prevalecente.
Os homens e mulheres neste caso são nossos próprios desejos. Você não pode dizer que homens ou mulheres fazem algo de errado. Tudo está no nosso mundo interno, os homens e mulheres são todos nossos desejos.
Uma mulher transporta com ela uma maior carência, enquanto um homem é mais propenso para Masachim (telas), para o poder de superar. Mas de fato, quando uma pessoa descobre estes discernimentos trata-se dos nossos próprios desejos e não faz diferença se eles são chamados, “mulher”, “homem”, “sacerdote”, “Levita”, “Israel”, ou “nações do mundo”. Todos eles devem ser ordenados pelos níveis e qualidades para ver o que deve ser feito de acordo com a Torá, chamada Hora’á (instrução), ou seja, o que deve ser corrigido dentro de mim a seguir.
Há qualquer conexão entre isso e nossos relacionamentos na vida diária?
Não há conexão que se pareça. Você pode encontrar-se com uma pessoa na rua que lhe parece ímpia ou tola, ou alguém que lhe parece esperta, ou alguém que é completamente justa, mas não consegue realmente falar do interior dessa pessoa. Isso nada mais seria senão uma ação.
De O Zohar: Uma Mulher Que Se Desviou
Porque deve um homem trazer sua mulher a um sacerdote e não a um juiz? O juiz é o padrinho da rainha, corrigindo a Malchut para um Zivug com ZA. Assim, a correção do defeito mulher que se desvia, que alcança Malchut, lhe pertencendo. …. Somente o sacerdote é adequado para isso. Ele é a qualidade de Biná, a forte qualidade de doação. Sacerdotes têm um carácter especial. Ele é tão poderoso e forte desejo e tão corrigido em prol de doar, que ele pode adicionar a si mesmo todos os pequenos e corrompidos desejos e os corrigir … porque ele é o padrinho da rainha. Também, todas as mulheres no mundo são abençoadas pela Assembleia de Israel … enquanto o sacerdote está pousado para corrigir as palavras da rainha, Malchut e olhar para tudo o que ela necessita. É por isso que somente o sacerdote é digno disso e não outro. Zohar para Todos, Nássô (Tomai), item 61
Falámos sobre a força do sacerdote, mas esta porção também menciona eremitas e até regras sobre eles. O que é um eremita?
Um “eremita” é qualquer um que se limite a si mesmo ou a si mesma. Se uma pessoa que pesa 136 kg para de comer alguma coisa, isso não faz dele ou dela um eremita? Em semelhança, quando vemos que não podemos trabalhar com a revelação do Criador, com maiores prazeres nos serem revelados e recebemos tudo para nos mesmos e nos tornamos egoístas uma vez mais, nós nos limitamos e não atraímos estes prazeres. Na sabedoria da Cabala, isso é considerado “não atrair luz de Chochmá”. Tal pessoa não toca em uvas ou produtos de uva tal como o vinho. Isto é chamado “ser-se eremita”. Contudo, assim não é para um sacerdote, que é permitido obter um pouco dele.
Estas são formas de correção que todos terão de experimentar em alguns dos seus desejos. Através delas, corrigimos o desejo e avançamos. Nesse estado, já sabemos como usar a luz de Chochmá de baixo para cima e a receber. Tudo o que foi proibido foi somente por falta de força de o usar com a meta de doar.
Assumamos que uma pessoa nos oferece uma caixa de óptimos chocolates e nós adoramos doces. Embora a pudéssemos dar a outros, dizemos, “Não a dês a mim”. Isto é chamado “ser-se eremita”. Posteriormente, adquirimos uma Massach (tela) maior e adquirimos uma medida de amor por alguém e essa medida é maior que o amor que temos pelo chocolate. Agora dizemos, “Dá-o a mim” porque agora estamos prontos para fazer uma ação de doação, para passar esta luz, este prazer, ao outro.
No nosso mundo, os Cabalistas falam de se ter de desfrutar da vida, casar, conduzir uma vida normal. Isto é, podemos fazer qualquer coisa desde que tragamos estes prazeres a um nível espiritual e não os percamos no corpóreo. Afinal, no nível corpóreo não podemos desfrutar de tudo na vida.
A Torá ensina-nos como nos elevar a tamanho nível de prazer que ele flua através de nós para os outros e regresse, andando para trás e para a frente. Isto é chamado “vida espiritual” – interminável, inteira e para a qual estamos a ser elevados. Quando agarramos para nós tudo o que pensamos que merecemos, imediatamente isso impede o fluxo e nos deixa com nada no seu lugar até que morramos. Contudo, se entrarmos no círculo de energia, fluxo, conhecimento e sensação dos prazeres intermináveis – porque ele passa entre todos – somos considerados levar uma vida espiritual.
O que é uma bênção na espiritualidade?
Uma “bênção na espiritualidade” é uma força que existe no nível de Biná, influenciando os desejos inferiores e os abençoando, os conduzindo ao nível de Biná, também. Uma benção é o grau de doação, Biná; ela é a habilidade de doar, de dar.
Termos
Monte Sinai
“Monte Sinai” é uma montanha de Sina’á (ódio). Se descobrirmos todo o mal no interior, isso é considerado estar no pé do Monte Sinai. Contudo, é possível o descobrir somente se o ponto no interior, chamado Moisés, subir essa montanha. Lá, no abismo entre o fundo da montanha e seu pico, sob essa condição adquirimos a Torá. Isto acontece porque sentimos que simplesmente devemos corrigir, mas não sabemos o que fazer. Tais pessoas são dignas de receber a luz que reforma, chamada “Torá”.
Família
Uma “família” é uma pessoa inteira consistindo de um homem, mulher, crianças e uma casa e o mundo inteiro. Ela é um Kli completo.
Impuro
Aquele que é “impuro” está impregnado de interesse pessoal. Tal pessoa corrompe todas as coisas em que ele ou ela toca porque qualquer coisa que essa pessoa queira é somente para a autogratificação, em vez de dar aos outros. Inversamente, dar, ou doação sobre os outros, é chamado de Kedushá (santidade), pureza.
Acampamento, ou Estar Fora do Acampamento
Um “acampamento” é a parte da vontade de receber que podemos definir e dizer, “nesta parte, estamos a avançar somente com a intenção de doar”. Isto é, um “acampamento” é nossos desejos corrigidos.
Tabernáculo e a Inauguração do Tabernáculo
“Inauguração” é quando estabelecemos o tabernáculo. É quando alcançámos o ponto de estabelecer esse estado.
Presente
À medida que conseguimos abdicar da vontade de receber para nós mesmos, é como se estivéssemos a dar um presente ao sacerdote, a nossa própria forma de doação, à qualidade de doação. Quando nos relacionamos ao grau de um sacerdote, a esse desejo de doar, é considerado que recebemos uma bênção por isto em retorno e que santificámos esse desejo.
Bênção
Uma “bênção” significa que a luz que reforma derrama sobre a vontade de receber e a corrige para ter a meta de doar. Esta é a correção.
Bênção dos Sacerdotes
A “bênção dos sacerdotes” é a luz que vem do grau de Biná para o grau de Malchut e o corrige, quando Malchut se começa a relacionar a si mesma ao grau de Biná. Um “sacerdote” é o grau de Biná.
Isto não é somente a correção da vontade de receber; isso relaciona-se à doação e aproxima-se do grau do Criador. Um “sacerdote” é o grau de Elokim, Biná, desejar misericórdia e doação. Sacerdotes não têm lote; eles estão no grau de desejar misericórdia, inteiramente em doação. Assim, se Malchut não se consegue juntar a ele, ela recebe uma bênção, uma correção, a bênção dos sacerdotes.
Falso Voto
Um “falso voto” ocorre quando nos conectamos ao grau de Biná e recebemos sua força, então deliberadamente usamos essa bênção com a intenção de receber, ou seja, doar em prol de receber. Isto é, estamos dispostos a dar, mas tencionamos receber um benefício para nós mesmos como resultado.
De O Zohar: Porque Cheguei Eu e Não Havia Ninguém
Quão amados são Israel pelo Criador? Onde quer que estejam, o Criador está com eles pois ELE não remove SEU amor deles, como foi dito, “E deixai-os ME fazerem um Templo, para que Eu possa morar entre eles”. (Êxodo 25:8). Zohar for All, Nássô (Tomai), item 105
“E deixai-os Me fazerem um Templo, para que Eu possa morar entre eles” significa que se tornamos a nossa vontade de receber como um Templo, é aqui que encontramos o Criador.
* Talmude Babilônico, Maséchet Kidushin, 30b.
** Midrash Rába, Eichá, Introdução, Parágrafo 2.
*** Talmude de Jerusalém, Seder Nashim, Maséchet Nedarim, Capítulo 9, p 30b.
**** O Livro do Zohar, Chayei Sára (A Vida de Sara).